Tá no sangue

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Tá no sangue
DVA
Tá no sangue
CLASSE B 2013
VINÍCOLA PERICÓ
On Road, Off Road, All Road.
A nova Classe M viajou o mundo
para encontrar você.
Respeite a sinalização de trânsito.
DVA Auto Comércio Florianópolis 48 3381 1100 Blumenau 47 3334 4333 www.grupodva.com.br
Motor Pentastar 3.6L V6 286 cv
Câmbio E-Shift de 8 velocidades
GPS Garmin integrado
Tela touch screen de 8,4 polegadas
Sistema de comunicação por comando de voz
N OVO C H R Y S L E R 3 0 0 C .
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C O M A AT I T U D E .
Grupo DVA
FLORIANÓPOLIS: (48) 3381-1100 BLUMENAU (47) 3334-4333
Respeite os limites de velocidade.
EDITORIAL
EDITORIAL
Paixões
Sou apaixonado por tênis e histórias de sucesso. Nesta edição da DVA Magazine, resolvemos trazer para a capa uma pessoa que contribuiu muito para o tênis brasileiro
e hoje continua a incentivar o esporte, a educação e a economia em Santa Catarina.
Estou falando de Rafael Kuerten, empresário e irmão do tenista Gustavo Kuerten,
que, ao lado de sua mãe Alice, formaram a estrutura que ajudou a alavancar a carreira de Guga, multiplicar suas conquistas e explorar novos mercados, sempre com
o mesmo “estilo Kuerten” de ver o mundo. Seu caminho nos negócios está apenas
começando, e ele conta mais sobre seus planos na entrevista exclusiva que concedeu à
nossa equipe. Ainda falando de esporte, a Mercedes-Benz tem uma ligação forte com
o tênis. Este ano, patrocinou novamente um dos mais antigos e tradicionais torneios
do circuito mundial, o US Open. Saiba mais sobre essa história.
Outro destaque desta edição é a Vinícola Pericó, de São Joaquim. O clima, altitude
e solo da região mais fria do estado, junto à moderna tecnologia e às técnicas importadas da Europa, resultam na fórmula de sucesso para a fabricação de vinhos
premiados, alguns pioneiros no Brasil.
Três novidades de carros vão encantar nossos clientes. Primeiro, o novo MercedesBenz Classe B. Um carro compacto, espaçoso, seguro e com design esportivo
e refinado. Para quem quer ainda mais espaço e esportividade, o Classe ML 350
BlueEFFICIENCY Sport é a pedida certa. Para os minimalistas e fãs do smart, o smart
fortwo 2013 vem mais vigoroso e esportivo.
E que tal conhecer São Francisco, na Califórnia? A charmosa cidade norte-americana
é inspiração para músicos, artistas e seus moradores que defendem um estilo de
vida leve, livre e sem preconceitos. Separamos várias dicas de lugares e atividades
imperdíveis para explorar a cidade além do roteiro turístico tradicional. Para embalar
sua viagem, sugerimos que você conheça Esperanza Spalding, uma jovem e talentosa
cantora de jazz. Também te damos mais três dicas de jovens jazzistas promissores.
A moda ganhou mais páginas nessa edição. Conheça as principais tendências propostas pelas marcas brasileiras para o próximo verão que já estão nas lojas. Além de
tudo isso, ainda falamos de cinema, tecnologia, dicas de consumo e adoçamos a vida
com um novo mercado gastronômico, o delicioso brigadeiro gourmet.
Aproveite a leitura e entre para o nosso mundo!
Paulo Toniolo Junior
Diretor Grupo DVA
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30
SAFRA
PREMIADA
Vinícola Pericó
46
US OPEN
EXPEDIENTE
Ghana
Giancarlo Meneghini
Diretor de branding
Projeto Gráfico
Bernardo Presser
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SPORT CHIC
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Novo Mercedes-Benz Classe B
TÁ NO
SANGUE
Diagramação
Raisa Harumi
Rafael Kuerten
Colaboradores
Juliana Cesar
Maria Luiza Gil
Rafael Weiss
Silvia Argenta
Ulysses Dutra
Revisão
Silvia Argenta
Ulysses Dutra
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NOVOS
TALENTOS
DO JAZZ
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ALL ROAD
Mercedes-Benz Classe ML
Produção Gráfica
Karine Leorato/Ghana
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CHRISTOPHER
NOLAN
Departamento Comercial
(48) 3248 9003
Tiragem: 5.000 unidades
20
Este é um produto
desenvolvido por Ghana
(48) 3248 9003
www.ghana.com.br
68
MAIS ESPAÇO
NO MUNDO
CONSUMO
smart fortwo 2013
64
Assessoria de Imprensa
Maristela Amorim
(48) 3224 6428
DVA Automóveis
(48) 3381 1100
DVA Automóveis Blumenau
(47) 3334 4333
DVA Veículos
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CÉU DE
BRIGADEIRO
22
TRÂNSITO
SOCIAL
26
SÃO FRANCISCO
58
SUMMER TIME
Moda verão 2012/2013
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CLASSE B
S P O R T
C H I C
Design esportivo aliado a traços refinados e inovação.
É assim que o Classe B chega ao mercado brasileiro
para atender clientes que buscam carros compactos
e, ao mesmo tempo, robustos, cheios de estilo, com
tecnologia e conforto.
Com a altíssima qualidade da MercedesBenz, o novo Classe B traz acabamento perfeito em cada detalhe. As linhas do carro são
um verdadeiro show de design. Talvez os
traços mais chamativos estejam nas laterais,
intensas, com linhas horizontais correndo
em paralelo, fortes e marcadas, dando personalidade poderosa ao Classe B.
e funcional, sendo que a abertura do
porta-malas é ampla graças às proporções
esportivas. As lanternas traseiras são largas
e se estendem desde a porta traseira até
as laterais. O carro conta com tecnologia
LED de fibra óptica e faróis Bi-Xenon na
versão Turbo Sport, característica presente
também nos faróis dianteiros.
As janelas vêm sem molduras aparentes nas
portas, e os retrovisores externos contam
com indicadores integrados e otimizados.
As rodas de liga leve são de 16 e 18 polegadas com contornos reforçados e painéis nas
saias laterais.
O design frontal apresenta grade do radiador
ampliada com a estrela da Mercedes. Faróis
de halogênio escurecido estendem-se da
grade do radiador para as laterais. O carro
se destaca em seu segmento pelo novo
conceito de segurança com itens como
o assistente preventivo contra colisões,
A traseira com friso cromado é esportiva
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15
CLASSE B
chamado de Attention Assist, que detecta sinais
de sonolência no motorista.
Interior
Na parte interna do Classe B, conforto e o design
destacam-se com o display colorido no painel,
que inclui dois pares de mostradores analógicos
e um multifuncional, mostrando informações do
computador de bordo como velocidade, nível de
combustível, giro do motor (rpm) e temperatura
do líquido de arrefecimento. A alavanca de câmbio está posicionada atrás do volante, seguindo
o conceito Direct Select. No painel, ainda se
pode encontrar a conectividade Bluetooth® streaming para i-Pods, além de entradas USB e auxiliares. Os acabamentos inovadores caracterizam
o efeito 3D com padrão de estrutura Matrix e
Colmeia. O volante é multifuncional e possui 12
teclas, acabamento em couro e borboletas para
mudança das marchas.
Os assentos dianteiros do Classe B se caracterizam pelo conforto do estofamento e contornos
ergonômicos, com apoios laterais e encostos altos e ajustáveis, diminuindo o risco de lesão por
colisões traseiras. Para os passageiros do banco
traseiro, há espaço generoso para as pernas,
apoio de cabeça também no meio, com o mínimo
de interferência na visibilidade do motorista, e
ISOFIX, um assento infantil com pontos de ancoragem Top Tether nas laterais dos assentos
traseiros. O bagageiro comporta 488 litros. Com
o assento traseiro rebatido, a capacidade chega
a 1.547 litros.
Tecnologia
Entre as inovações tecnológicas, destaque para
a transmissão com dupla embreagem e motor
silencioso e econômico de quatro cilindros a
gasolina.
O carro também vem equipado de série com a
função ECO start/stop, que reduz o consumo
de combustível e as emissões de poluentes, desligando automaticamente o motor quando o
carro pára em engarrafamentos ou semáforos.
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Entre as inovações
tecnológicas, destaque
para a transmissão
com dupla embreagem
e motor silencioso e
econômico de quatro
cilindros a gasolina.
Modelos: B 200 TURBO / B 200 TURBO SPORT
Cilindradas: 1.595 cm³
Potência: 156 cv a 5.300 rpm
Torque (Nm): 250/1.250 a 4.000
0-100 km/h: 8.4s
Velocidade máxima: 220 km/h*
* Limitada eletronicamente.
Além disso, o propulsor entrega um ótimo desempenho, acelerando o novo Classe B de 0 a
100 km/h em apenas 8,4 segundos. O câmbio
automático 7G-DCT de sete velocidades possui
uma inovadora transmissão automática com
dupla embreagem, permitindo a mudança de
marchas, sem queda na potência de tração, bem
como condução dinâmica por meio de duplas e
triplas reduções no modo kickdown. O motor a
gasolina com tecnologia BlueDIRECT com injeção direta e turbo alimentado gera potência de
156 cv a 5.300 rpm e elevado torque de 250 Nm
entre 1.250 e 4.000 rpm.
Segurança
O Classe B possui airbag na parte dianteira, nas
laterais para motorista e passageiro, para os joelhos do motorista e do tipo cortina nas laterais
do veículo. O freio é ABR (Adaptive Brake) com
as funções de controle eletrônico de estabilidade (ESP), distribuição eletrônica de força de
frenagem (EBD), sistema antibloqueio dos freios
(ABS), controle de tração na aceleração (ASR),
tração eletrônica em cada roda (ETS), assistente
de freio (BAS), assistente de partida na subida
(HSA), pré-carregamento (PRIMING), brake
drying e função HOLD.
O Audio 20 CD está equipado com um rádio, leitor de CD e teclado de telefone e pode ser operado pelo volante multifuncional, além de contar
com operação amigável, interface Bluetooth, entradas de áudio USB e AUX, atrativo conteúdo de
áudio, TFT display colorido com tela de 14,7 cm
e conexões no apoio de braços central.
A iluminação do Classe B foi cuidadosamente
pensada para que o veículo seja mais visível sob
más condições climáticas e ainda traz recursos
como luzes de leitura na parte traseira, párasóis com espelho de maquiagem iluminado e
luz ambiente/alerta na tampa do porta-malas,
no vão das quatro portas, nos puxadores e nos
acabamentos.
O Classe B ainda vem nos pacotes adicionais
Sport e Night e em 11 opções de cores.
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CLASSE M
all road
Modelo: ML 350 BlueEFFICIENCY Sport
Cilindradas (cm³): 3.498 cm³
Potência (cv/rpm): 306 cv a 6.500 rpm
Torque (Nm): 370/3.500 a 5.250
0-100 km/h: 7.6s
Velocidade máxima: 235 km/h*
* Limitada eletronicamente.
Dirija com prazer o SUV mais vendido em sua categoria
A combinação entre o conforto, o luxo
de um carro de passeio e as características de um off-road definem a Classe M
da Mercedes-Benz, que chega ao Brasil
com sua terceira geração representada
pelo ML 350 BlueEFFICIENCY Sport. O
modelo conta com novidades no estilo e
na segurança, além de índices de eficiência energética sem precedentes. Também
tem tração integral permanente 4MATIC
nas quatro rodas, controle de tração eletrônica (4ETS) e um botão off-road que
aciona um modo especial de condução
fora de estrada. Ainda, há o Downhill
Speed Regulation (DSR), que regula a
velocidade em descidas.
O novo ML 350 conta com motor V6 de
3,5 litros com 306cv de potência e câmbio automático de sete marchas (mais informações no box). Traz, também, uma
série de aperfeiçoamentos no chassi e
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sistemas de controle dinâmicos inovadores, design específico da carroceria,
interior luxuoso, motores de última geração, coeficiente de arrasto aerodinâmico
líder na categoria (cd 0,32) e recursos da
tecnologia BlueEFFICIENCY.
O pacote de recursos BlueEFFICIENCY
inclui nova transmissão automática com
novo conversor de torque econômico,
mancais com fricção otimizada e sistema de gerenciamento térmico do óleo.
Eixos de transmissão de baixa fricção,
direção elétrica, correia de transmissão
otimizada com desacoplamento, controle
sob demanda de todos os componentes
e bombas auxiliares e pneus com baixa
resistência à rolagem também contribuem para reduzir o consumo. O tanque de combustível tem capacidade
para 93 litros.
O motor a gasolina apresenta um ótimo
desempenho, graças aos detalhes técnicos da nova geração de motores
BlueDIRECT.
Pela primeira vez, o chassi com suspensão de aço oferece amortecimento seletivo. O motorista é auxiliado pela direção
elétrica, com ótimo nível de assistência
para cada situação de condução. Além
disso, o SUV impressiona pelo menor
diâmetro de giro em seu segmento
de mercado.
Os engenheiros de desenvolvimento do
Centro de Tecnologia da Mercedes-Benz
elevaram significativamente o que chamam de nível NVH de conforto (Noise,
Vibration, Harshness - ruído, vibração
e aspereza). Um fator importante que
contribui para a sensação de conforto a
bordo do carro, fornecida pela estrutura
extremamente rígida da carroceria, refinamentos acústicos e uso inteligente de
um novo estilo de isolamento.
‘Real Life Safety’
O compartimento de passageiros é
robusto e, com zonas de deformação
dianteira e traseira, constitui a base do
sistema de proteção aos ocupantes. Um
conjunto de airbags, ativados de acordo
com o tipo e a severidade do acidente,
pode reduzir os impactos. Os freios
Adaptive Brake (ABR), constituídos
por controle eletrônico de estabilidade
(ESP®), distribuição eletrônica de força
de frenagem (EBD), sistema antibloqueio
dos freios (ABS), controle de tração na
aceleração (ASR), tração eletrônica em
cada roda (4ETS), assistente de freio
(BAS), assistente de partida na subida
(HSA), pré-carregamento (PRIMING),
Brake Drying e Função HOLD garantem
o máximo de segurança. O pacote de
equipamentos de série inclui o detector
de sonolência, o sistema de segurança
por antecipação e um sistema de alerta
para perda de pressão nos pneus, assim
como luzes de freios adaptativas.
Design e conforto
A nova Classe M é reconhecida pelo desenho característico da carroceria. A dianteira é dominada pela força das linhas
da grade do radiador, com a estrela da
Mercedes-Benz posicionada ao centro. O
efeito abrangente das lanternas traseiras bipartidas com tecnologia LED e o
teto rebaixado com defletor contribuem
para criar um conjunto harmonioso de
design. As rodas de 20 polegadas deixam
o carro ainda mais elegante.
Os bancos da nova Classe M foram projetados para oferecer conforto em trajetos
longos. Novos itens incluem apoios de
cabeça do banco traseiro com ajuste de
inclinação e apoio de braços central, e
todos os principais ajustes são elétricos
com memória. O rebatimento total do
encosto, com os assentos, cria uma plataforma de carga com capacidade de 2.010
litros até o teto - recorde na categoria.
O novo ML 350 BlueEFFICIENCY Sport
vem de série com o sistema multimídia
com GPS e tela de alta resolução colorida de 7”, permitindo acesso à internet. Além disso, o sistema oferece rádio
com duplo sintonizador, DVD player
compatível com MP3/WMA/AAC, interface USB com display para capas de
CDs, entrada auxiliar no apoio de braços
central e teclado telefônico. A interface
Bluetooth também permite telefonemas viva-voz e Audio Streaming para
transferência de músicas.
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SMART FORTWO 2013
Modelo: smart fortwo 52 kW mhd coupé
Cilindradas: 999 cm³
Potência: 52 cv a 5.800 rpm
CO²: 98 g/km
0-100 km/h: 13.7s
Velocidade máxima: 145 km/h*
* Limitada eletronicamente.
Modelos: smart fortwo 62 kW turbo
coupé e cabrio
Cilindradas (cm³): 999 cm³
Potência (cv/rpm): 62 cv a 5.250 rpm
CO²: 115 g/km
0-100 km/h: 10.7s
mais espaço no mundo
Velocidade máxima: 145 km/h*
* Limitada eletronicamente.
A nova versão de um ícone de design, eficiência e mobilidade.
mapeamento do território brasileiro,
disponível em Português.
Criador de tendências, o smart vem contribuindo para redefinir os conceitos de
mobilidade nas cidades há mais de dez
anos. Combinando preocupação com o
meio ambiente e altos padrões ecológicos com uma atitude positiva e alegria de
viver, o fortwo estabeleceu uma categoria de automóveis diferenciada, unindo
conforto interior em um automóvel que
ocupa menos espaço nas vias e estacionamentos. O smart fortwo 2013 chega
com novo design e mudanças significativas em seu visual, mais vigoroso e
esportivo, preservando seus atributos
funcionais e dimensões externas.
Os ocupantes viajam dentro de uma
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rígida célula de segurança, o tridion,
que envolve o interior do carro como
uma noz e é, em sua grande parte, feita
de aço de alta resistência. Em caso de colisão, os elementos longitudinais e transversais do tridion distribuem as forças
do impacto de modo uniforme em torno
da carroceria, enquanto as rodas agem
como zonas de deformação e absorção
de energia. Um fator de proteção adicional do carro é o posicionamento elevado
dos passageiros, acima do nível médio
de ocorrência de impactos laterais. A
segurança ativa é garantida pelo ESP®
(Electronic Stability Program – programa
eletrônico de estabilidade), que também
incorpora a função hill start assist, que
evita o recuo do carro ao arrancar em subidas. Os freios são antiblocantes (ABS)
e um sistema adicional de assistência, o
hydraulic brake assist, intensifica automaticamente a força aplicada pelo motorista sempre que for detectada uma
frenagem de emergência.
Os modelos turbo 2013 têm novo sistema de audionavegação multimídia. O
equipamento tem tela touchscreen com
6,5 polegadas, reprodutor de CD, MP3
e DVD, entrada para SD card e conexão
Bluetooth para telefone celular e streaming de áudio. No porta-luvas, conexões
para equipamentos auxiliares e USB. O
sistema inclui navegação via GPS com
A cabine do smart surpreende ao oferecer acomodações ergonômicas comparáveis às de carros de porte médio, como
o posicionamento dos bancos, ligeiramente deslocados longitudinalmente,
garantindo mais conforto aos ocupantes. O volume do compartimento de bagagens chega a 340 litros se usado até o
teto do carro. Nos modelos coupé (tanto
mhd quanto turbo), ainda há um espaço
adicional para pequenos objetos, embutido na tampa do porta-malas. Na parte
interna, os modelos turbo vêm com
acabamento em tecido nas cores preto,
vermelho ou bege. No mhd, o padrão
é preto.
START/STOP
Para elevar ainda mais a economia do
modelo mhd (iniciais de micro hybrid
drive), essa versão do smart fortwo
adota o sistema start/stop, que desliga o
motor sempre que ele não for necessário,
como ao parar nos semáforos. Nesse caso
específico, o desligamento ocorre quando
o carro ainda está em movimento, ao
reduzir para uma velocidade abaixo de
8 km/h com o pedal de freio acionado.
O motor volta a funcionar instantaneamente assim que o motorista tirar o
pé do freio, garantindo uma resposta
imediata ao acelerador para retomar
a marcha.
Em um trânsito urbano, onde as paradas em semáforos e cruzamentos são
frequentes – para não falar nos congestionamentos –, o sistema start/stop
pode reduzir o consumo entre 4,3 e 4,7
litros a cada 100 quilômetros rodados,
contribuindo, também, para a diminuição das emissões. O sistema start/stop
utiliza um gerador de eletricidade que,
além de suprir o sistema elétrico do carro
e manter carregada a bateria, também
atua como motor de partida.
CÂMBIO
O smart fortwo é equipado com a tecnologia softouch - uma transmissão
automatizada de cinco velocidades, que
fornece a praticidade das trocas manuais por meio da alavanca de câmbio sem
necessidade de pedal de embreagem ou
o conforto das trocas automáticas sem
o comando do motorista. Nas versões
turbo, as marchas podem ser selecionadas manualmente por borboletas junto
ao volante (paddle shifters). O sistema
impede erros na escolha das marchas que
possam provocar elevação demasiada na
rotação do motor ou causar perda de aceleração. Mesmo quando usado no modo
manual, o câmbio retorna à primeira
marcha quando o carro é imobilizado.
21
TECNOLOGIA
“Os sistemas C2X também podem contribuir para tornar o trânsito
mais eficiente e menos prejudicial ao meio ambiente.”
Essa experiência conta com 120 veículos rodando nas estradas da região do
Rhine-Main, na Alemanha, até o final
deste ano. Através de uma rede, eles ficam interligados entre si e conectados,
ainda, à infraestrutura de controle do
tráfego. Cada veículo mantém os outros
atualizados sobre a situação do trânsito
a todo momento. Por exemplo, se há um
engarrafamento em uma determinada
autoestrada, os veículos que se aproximam daquela área recebem um aviso,
permitindo que o motorista decida procurar uma rota alternativa. Nas situações
em que o condutor tem dificuldade em
ver o que está acontecendo na estrada
à sua frente, a tecnologia C2X pode ajudar a evitar colisões traseiras e engavetamentos, informando sobre uma freada
de emergência a quem vem mais atrás.
TRÂNSITO
SOCIAL
Mercedes-Benz aposta em rede social para automóveis
Um dos maiores e mais eficientes meios
de comunicação atualmente, as redes sociais ganham pontos positivos e adeptos,
principalmente pela velocidade da troca
de informações. Mas, se nem sempre se
pode estar presente no universo virtual,
isso não significa estar desligado (ou
offline). Alguns modelos de automóveis
já oferecem sistemas conectados à internet por meio de bluetooth ou outras
22
ferramentas. A Mercedes-Benz sai na
frente e põe em prática um dos maiores
testes de campo já realizados na área de
comunicações entre veículos, com o uso
de um sistema intitulado C2X. O objetivo é proporcionar a troca de informações sobre intensidade do tráfego e situações de risco que estejam ocorrendo nas
estradas, aumentando a segurança viária
e a eficiência dos automóveis.
Os sistemas C2X também podem
contribuir para tornar o trânsito mais
eficiente e menos prejudicial ao meio
ambiente ao controlar os semáforos
de acordo com a demanda, otimizando
o fluxo dos automóveis e oferecendo
outras funções, como sugestão do
melhor caminho até o estacionamento
mais próximo com vagas disponíveis.
Tudo isso torna a comunicação entre os
carros um elemento-chave na tecnologia
de assistência aos motoristas e nos
sistemas de segurança do futuro.
Projeto sim®
O objetivo dessa experiência de campo
é testar a adaptabilidade dos sistemas
para uso diário em condições reais de
trânsito que fazem parte do projeto
de pesquisas denominado sim®, encabeçado pela Daimler AG, empresa pioneira na área da segurança veicular. O
nome sim® corresponde às iniciais de
Safe Intelligent Mobility (Mobilidade
Inteligente Segura). “Estamos convencidos de que a comunicação entre veículos desempenhará um papel importante
na mobilidade do futuro”, afirma o
coordenador-geral do projeto sim®, Dr.
Christian Weiß, encarregado dos sistemas cooperativos na área de Pesquisas e
Desenvolvimento Avançado da Daimler.
“A comunicação C2X nos permite detectar objetos e situações perigosas muito
além da área próxima do veículo. E isso
é um passo importante no caminho para
chegarmos a uma era de condução sem
acidentes”.
O projeto sim® (www.simtd.de) é resultado da colaboração entre fabricantes
alemães de automóveis, fornecedores
da indústria, empresas de comunicações, institutos de pesquisas e setor público. Ele é patrocinado e apoiado pelos
ministérios da Economia e Tecnologia,
da Educação e Pesquisa e do Transporte,
Construção e Desenvolvimento Urbano
da Alemanha, assim como pelo estado de
Hessen.
A Daimler também realiza pesquisas
sobre comunicação C2X nos Estados
Unidos. Em sua sede na cidade de Palo
Alto, Califórnia, está adaptando sistemas C2X a veículos e realizando testes.
A pesquisa no país permite que a empresa aborde necessidades específicas
do mercado de comunicação norte-americano entre veículos e também atinja o
maior nível possível de harmonização
tecnológica.
Além da participação no projeto sim®
e da pesquisa baseada nos EUA, o forte
apoio da Daimler para as comunicações
C2X é evidente por seu longo envolvimento em outros estudos da área. O
grupo já iniciou projetos importantes
de pesquisa, como o NoW (Network on
Wheels - rede sobre rodas) e o Fleetnet,
cujos resultados foram incorporados nos
atuais testes da C2X e sua padronização.
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VIAGEM
SÃO FRANCISCO
O que você não pode deixar de ver e fazer na cidade norte-americana
Eternizada no cinema e na música, a cidade de São Francisco, na
Califórnia, é uma das principais dos Estados Unidos. Otis Redding,
autor da canção Sitting On The Dock Of The Bay, fala sobre a espera
em um cais do porto de “Frisco”, como a cidade é carinhosamente
chamada pelos moradores e turistas. Alfred Hitchcock também se
encantou e foi lá que ele filmou “Um Corpo Que Cai”. Em outros filmes
como “E se fosse verdade...”, com a atriz Reese Whiterspoon, e “O
Diário da Princesa”, com a atual mulher-gato Anne Hathaway, o bairro
‘cartão-postal’ Nob Hill aparece de seu melhor ângulo, do alto, de onde
é possível observar uma bela vista de São Francisco. Lá também se
encontra a bela Golden Gate, na Baía de Pacific Heights.
Se a cidade serve de inspiração para músicos e diretores de cinema,
também merece a visita de turistas e curiosos em conhecer novos lugares. Em uma viagem à costa oeste dos Estados Unidos, vale a pena
incluir São Francisco no roteiro. Além de ser palco e berço de importantes eventos e manifestações comportamentais, ainda conta com
ótimos restaurantes, bares, lojas e particularidades muito especiais.
Passeio de Bonde
Além de ser uma relíquia e mais antigo que carros e ônibus, o
bonde a cabo é um dos charmes de São Francisco. Em um dia
ensolarado, aproveite para passar pelos bairros Union Square,
Chinatown, Fisherman’s Wharf, o cartão-postal Nob Hill e o
Haight, bairro onde teve início o movimento hippie no final
da década de 60.
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Visite Alcatraz
Pode parecer uma armadilha para turistas, mas conhecer
uma das prisões mais emblemáticas do mundo é um ótimo
programa. O primeiro farol da Costa Oeste foi construído em
1854, mas logo foi decidido que o isolamento da ilha seria perfeito para uma prisão. O local tornou-se uma prisão militar
na década de 1870, mas só foi convertido em uma penitenciária de segurança máxima federal em 1934, e foi aí que o
nome Alcatraz se tornou um símbolo internacional de punição. Apesar de estar fora de funcionamento há quase 50 anos,
Alcatraz permanece fixa no imaginário popular como a colônia
penal definitiva. Atualmente, é um parque nacional e atrai mais
de um milhão de visitantes a cada ano. Para conhecer Alcatraz,
a dica é comprar o ingresso pela internet com cerca de dois
meses de antecedência e consultar os horários de visitação,
que variam durante o ano. Acesse: www.nps.gov/alca para mais
informações.
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VIAGEM
Arte
O Museu de Arte Moderna de São Francisco conta com uma coleção que inclui obras de artistas variados como René Magritte,
Jeff Koons, Piet Mondrian e Marcel Duchamp. No entanto, as
exposições especiais são a verdadeira atração. Outro local interessante é o Museu de Arte Asiática, que abriga 17mil tesouros.
Nostalgia musical
A boemia que se instalou na década de 50 e o movimento hippie
com seus hinos de amor deram a São Francisco uma extraordinária história musical e, por isso, a cidade conta com ótimas
opções de casas de shows que recebem artistas de gêneros como
blues, R&B, jazz, hip hop, pop e música alternativa. A dica é
checar a programação do Great American Music Hall, Boom
Boom Room, The Warfield e The Fillmore.
Cozinha orgânica
A agricultura sustentável e os alimentos orgânicos passaram a
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conquistar consumidores fiéis na década de 70. No Acme Chop
House, o menu é supervisionado para manter o compromisso
com a sustentabilidade. Para experimentar os melhores coquetéis orgânicos, visite o Fish&Farm. Já o Millennium é muito
conhecido na cidade. Com 60 anos de experiência servindo pratos orgânicos e vegetarianos, ainda possui uma das melhores
listas de vinhos orgânicos do país.
mais sobre o legado deixado pelos Beats, visite o The Beat
Museum (www.thebeatmuseum.org), o bar Tosca (um dos
favoritos dos Beats e que fica na mesma rua do museu) e a
livraria City Lights, fundada em 1953 pelo poeta Lawrence
Ferlinghetti.
Movimento Beat
Musicais teatrais ficam anos em cartaz nos Estados Unidos,
como “O Fantasma da Ópera”, por exemplo, que é programa obrigatório para quem visita Nova York. Mas é em
São Francisco que é possível assistir à peça que está há mais
tempo em cartaz na história, o Beach Blanket Babylon, no Club
Fugazi. Provocativo e divertido, o espetáculo é uma sátira às
atuais figuras políticas e celebridades. O elenco e os personagens vão se renovando, o que contribui para a longevidade da
peça.
O Movimento Beat marcou a década de 50 por reunir escritores, artistas e pensadores que espalhavam uma nova maneira
de pensar por meio de conceitos baseados em tolerância, compaixão e coragem de viver e de fazer aquilo que cada um acreditava como sendo verdadeiro e libertador. São Francisco foi
a sede dos Beats, geração cujo espírito foi retratado por Jack
Kerouac, escritor do clássico On The Road. A obra, aliás, serviu
de inspiração para o cineasta brasileiro Walter Salles (Central
do Brasil), que lançou neste ano o filme “Na Estrada”.
Em “Frisco”, o movimento ganhou um museu em 2003 com
uma extensa coleção de memorabilia, que inclui manuscritos
originais, cartas e objetos pessoais de Kerouac. Para conhecer
No teatro
Moda
Para usar o cartão de crédito com vontade, opte pelas regiões
Union Square, onde estão as grandes lojas de departamento
como Bloomies, Saks, Barneys, H&M e Zara e as grifadas, entre elas a Louis Vuitton. Na Chestnut St., Fillmore St. e Union
St., também é possível encontrar ótimas butiques. A oferta
de roupas vintage em São Francisco é bem interessante, com
lojas incríveis para serem visitadas. O brechó Painted Bird tem
bom preço e uma seleção de roupas e acessórios variada, com
destaque para as décadas de 70 e 80, de marcas como Prada e
Balmain. O Ver Unica vende peças mais raras e retrô.
Pipoca e Cinema
A cidade de São Francisco realiza diversos festivais de cinema,
que englobam gêneros como animação, filmes judaicos e mudos. Alguns levam seus espectadores para fora das salas e dos
teatros e realizam exibições em parques. Um dos maiores é
o Film Night in the Park (www.filmnight.org), onde se pode
assistir a clássicos como Casablanca. A dica é bem romântica,
já que muitos casais levam suas cestas de piquenique, garrafa
de vinho e coberta.
Outra dica para os meses de junho, julho e agosto é o
Overcooked Cinema Film Festival (www.overcookedcinema.
com) com a mostra de curtas e vídeos todas as segundas-feiras.
27
VIAGEM
Anote:
Museus
Alcatraz – Ilha de Alcatraz, Baía de São Francisco.
Balsas saem do Píer 33, em Embarcadero.
Museu de Arte Moderna de São Francisco - 151 3rd
Street, entre as ruas Mission e Howard.
Museu de Arte Asiática - 200 Larkin Street, em Fulton
Street
The Beat Museum - 540 Broadway Street
Casas de shows musicais
Great American Music Hall - 859 O’Farrell Street, entre
as ruas Polk e Larkin, Tenderloin
Lombard Street: construída em forma de zigzag, a via de trânsito mais famosa da cidade já
serviu de cenário para vários filmes.
Boom Boom Room - 1601 Fillmore Street, Geary
Boulevard, Fillmore
Warfield - 982 Market Street, Mason Street, Tenderloin
Fillmore - 1805 Geary Boulevard, Fillmore Street,
Fillmore
Comida orgânica
Acme Chop House - 24 Willie Mays Plaza, esquina com
King e 3rd Streets
Fish&Farm - 339 Taylor Street, Ellis Street
Restaurante Millennium - Hotel California, 580 Geary
Street, Jones Street
Cafeteria e Restaurante
Tosca Café - 242 Columbus Avenue, entre as avenidas
Broadway e Pacific
Foreign Cinema – 2534 Mission Street, entre as ruas
21st & 22nd
Filmes estrangeiros também têm seu lugar no restaurante
Foreign Cinema (www.foreigncinema.com), que serve jantar
ao ar livre em um pátio onde os filmes são projetados.
Sapatilhas de balé
São Francisco é o lar da companhia de balé mais antiga dos
Estados Unidos, o San Francisco Ballet. Fundado em 1933 e
conhecido por misturar obras tradicionais com novas coreografias, foi pioneiro, sete anos depois, ao apresentar aos americanos a versão completa de “O Lago dos Cisnes”. A temporada
de apresentações oficiais da companhia na cidade é entre os
meses de fevereiro e maio. O Smuin Ballet (www.smuinballet.
org) é especialista em dança contemporânea e tem um repertório inovador, e o The Alonzo King’s Lines (www.linesballet.org)
é famoso pela sensibilidade aguçada das coreografias.
28
Imperdível
Restaurante em Chinatown
imperdível, o Hong Clay Pot
é difícil de encontrar quando
não se está procurando por ele.
Frequentado pelos moradores
locais, o menu é em chinês, e
os atendentes mal falam inglês,
mas a comida chinesa servida é
tradicional, exótica e apetitosa.
Onde fica: 960 Grant Avenue #2
Livraria
City Lights - 261 Columbus Avenue, Jack Kerouac Alley,
entre as avenidas Broadway e Pacific, North Beach
Teatro
Club Fugazi - 678 Beach Blanket Babylon Boulevard
(Green Street)
War Memorial Opera House (San Francisco Ballet) 301 Van Ness Avenue, entre as ruas Grove e McAllister,
Civic Center
Brechós
Painted Bird – 1201A Guerrero Street, 24th Street,
Mission
Ver Unica - 437B Hayes Street, entre as ruas Gough e
Octavia, Hayes Valley
29
VINHOS
SAFRA PREMIADA
A Vinícola Pericó colheu seu primeiro cacho em 2007 e, em
cinco anos, comemora sua melhor safra, atingindo um nível de
excelência de padrão europeu.
Por ser uma cidade com um dos pontos mais altos de Santa
Catarina, São Joaquim foi escolhida para abrigar o vinhedo
da Pericó Valley. As condições do solo basáltico e do clima de
altitude, aliadas às cepas especiais francesas, regem esse novo
espaço de desenvolvimento de vinhos finos com sabor e aromas
únicos. Em sua sexta safra, a Vinícola Pericó festeja a maturidade de suas parreiras francesas.
no pico máximo de cor e açúcares. Dessa forma, é possível elaborar espumantes e vinhos estruturados de alta qualidade.
Enquanto as uvas do Sul do Brasil são normalmente colhidas
no mês de fevereiro, na altitude catarinense têm seu ponto de
colheita em março, abril ou junho, para fazer o Icewine brasileiro, primeiro e único do gênero no país, produzido a partir de
uvas congeladas. A cada safra, até atingir a maturação, as uvas
são avaliadas todas as semanas para ser colhidas manualmente
A Vinícola Pericó nunca aplicou herbicida nos vinhedos. A
faixa de cultivo é mantida limpa com a capina mecanizada,
e a área de vegetação entre as filas é constantemente roçada,
diminuindo a contaminação e mantendo a estrutura do solo
com boa capacidade de drenagem. Os tratores italianos Mach 4,
de esteira na frente e atrás, evitam a compactação do terreno.
30
O manejo dos vinhedos é o grande diferencial dos vinhos e
espumantes que a Pericó elabora. As plantas estão a apenas
75 cm umas das outras, e a poda é feita pelo sistema Guyot,
mesmo usado nas mais importantes vinícolas europeias.
A cada safra, até atingir
a maturação, as uvas
são avaliadas todas as
semanas para ser colhidas
manualmente no pico
máximo de cor e açúcares.
Dessa forma, é possível
elaborar espumantes e
vinhos estruturados de
alta qualidade.
31
VINHOS
Tecnologia e inovação
A mecanização dos vinhedos com equipamentos de última geração é mais um ponto forte da Pericó Vinhos. Nesse ano, toda
a poda seca e verde, desfolha e retirada das feminelas foram
feitas com os seis minitratores Mach 4 que a Pericó importou
da Itália em 2010, os primeiros usados no Brasil. Esse equipamento aumentou em 45% o desempenho da vinícola. Assim
como o Arcobaleno, um pulverizador italiano a túnel que recupera 95% das gotículas de água com o fungicida. A Pericó
inaugurou o uso da máquina na América do Sul.
Técnicas inovadoras nos processos de cultivo também são pesquisadas e aplicadas na Pericó, como no cuidado com as videiras, por exemplo, nas quais foi adotada uma tecnologia à base
de ar aquecido direcionado às folhas e aos cachos, reduzindo a
necessidade de fungicidas.
Pioneirismo na produção de
vinhos
A Pericó Vinhos foi fundada por Wandér Weege, em São
Joaquim, onde foram plantadas videiras para a altitude que
vieram da França para um projeto de produção de vinhos finos
no Brasil. O projeto Pericó iniciou em 2002, com a aquisição
das terras e, logo em seguida, com a preparação do terroir, vitaminas, neutralização e afofamento do terreno para o plantio das mudas francesas das variedades Cabernet Sauvignon,
Pinot Noir, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc, que iniciou
entre os anos 2004 e 2005.
Em 2007, foi lançado o primeiro vinho: Taipa Rosé Pericó. A
vinícola ainda criou o primeiro espumante da altitude catarinense e o primeiro Icewine do Brasil, produzido com uvas
colhidas ainda congeladas (a -7,5°C) pela manhã, antes do sol
nascer. Isso ocorreu nos dias 4 e 12 de junho de 2009, da casta
Cabernet Sauvignon, em colheita tardia por ser mais resistente.
As noites frias e os dias de sol nessa região fazem as uvas amadurecerem mais lentamente e concentram um sabor e aroma
extra nas frutas.
Os vinhos e espumantes da Pericó conquistaram 12 prêmios
em cinco safras, incluindo premiações nacionais e internacionais de cidades como Bruxelas (Bélgica) e Sevilla (Espanha).
32
33
VINHOS
COLEÇÃO PERICÓ
Alguns dos produtos da vinícola catarinense
Vinho Rosé Fino Seco – Taipa
O primeiro vinho elaborado pela Vinícola
Pericó é também o primeiro vinho rosé
brasileiro a passar por barricas francesas de carvalho. Possui aroma complexo
elaborado a partir de uvas Cabernet
Sauvignon (60%) e Merlot (40%). O visual é rosa cereja claro, brilhante e elegante. O aroma é fino e delicado, com
notas de frutas vermelhas, como goiaba,
amora e morango. Apresenta um aroma
floral de rosas, com leve toque de baunilha, originado da breve passagem pelas
barricas.
Harmonização: vinho versátil que harmoniza com peixes, antepastos, massas,
camarão, crustáceos, culinária japonesa
e oriental, carnes brancas, comidas leves
e vegetarianas.
34
Vinho Branco Fino Seco –
Chardonnay – Plume
Vinho Branco Fino Seco
- Vigneto
O primeiro vinho branco da Vinícola
Pericó apresenta visual amarelo palha,
com reflexos esverdeados. O aroma é
complexo, franco e muito intenso, com
notas de frutas tropicais, como maracujá, mamão papaia, casca de grapefruit
e uma nota discreta de folha de tomate.
Harmonização: peixes, camarão, crustáceos, culinária japonesa, carnes brancas,
massas e comidas leves.
A fermentação de uvas Chardonnay resulta num aroma complexo e intenso,
típico da variedade, e num excelente
frescor. O Plume Chardonnay tem visual amarelo palha brilhante, e o aroma
é fino, complexo e intenso, com notas
de abacaxi, banana e, mais delicadamente, de baunilha, chocolate e tostado. Ao provar, o gosto é frutado, com
acidez equilibrada, harmônico e persistente, podendo-se perceber as mesmas
frutas encontradas no aroma, principalmente o abacaxi.
Harmonização: peixes, camarão, massas, crustáceos, culinária japonesa,
carnes brancas, coelho, comidas leves
e vegetarianas.
Tinto Pinot Noir – Vinho Fino
Seco - Basaltino
Basalto – Vinho Tinto Fino Seco
Elaborado com uvas Cabernet Sauvignon
(60%) e Merlot (40%). É estruturado,
com taninos e aroma frutado com notas
da sua curta passagem pela madeira do
carvalho francês.
Harmonização: carnes vermelhas, churrasco, pratos típicos da culinária brasileira à base de carne com lento cozimento, como rabada, costela e barreado.
Esse foi o primeiro vinho tinto da Pericó
e tem visual vermelho rubi claro e brilhante. O aroma é fino, complexo e intenso, com notas de cereja, morango e
frutas do bosque. Na boca, é frutado,
refrescante e harmônico, permitindo
a percepção das mesmas frutas encontradas no aroma e uma discreta nota
de baunilha e de gosto tostado, devido
à permanência do vinho em barricas de
carvalho francês.
Harmonização: peixes, aves, coelho,
massas com molhos leves, queijos leves
e exclusivos.
Cave Pericó Branco Brut
– Champenoise
Elaborado com Cabernet Sauvignon,
Merlot e Chardonnay, apresenta perfeita
acidez e tem visual amarelo palha claro
e perlage muito fino, abundante e duradouro. O aroma é fino, delicado e complexo com notas de frutas brancas, pêra e
abacaxi, casca de pão tostado e levedura.
Harmonização: aperitivos, peixes, crustáceos, culinária japonesa, carnes brancas, massas, risotos, pizzas, queijos leves
e foie gras.
35
CAPA
TÁ NO
SANGUE
No primeiro andar do Centro Executivo Aldo Kuerten, uma
porta de vidro em frente ao elevador sugere que, dali em diante,
moram as memórias do maior tenista brasileiro. As revistas em
cima da mesa da recepção têm Gustavo Kuerten estampado
na capa, o painel ao fundo da sala traz Guga clicado em seus
momentos de vitória e na sala ao lado há esculturas, quadros
e painéis que ilustram o manezinho da Ilha. Então, a porta se
abre e de lá sai Rafael Kuerten, um empresário atípico.
36
37
CAPA
“Eu brinco que não sou aquele
empresário puro, que olha a
linha final do balanço para
saber quanto vai ser o lucro.
Minhas análises também têm
um pouco de romantismo”.
Por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher
- e um grande irmão. Na vida de Guga funciona assim. Além
do suporte da mãe Alice, a serenidade do irmão Rafael Kuerten
ajudou a fazer desse grande atleta uma figura carismática,
exemplar e - por que não? - rentável.
atletas e em academias. Nesse contexto, ainda que com pouco
tempo, ainda há espaço para dialogar e decidir em família quais
atitudes devem ser tomadas. No GKP, as convicções da família são prioridade - não importa o valor e a importância do
contrato.
Rafael é um empreendedor triplo A, com habilidade de se antecipar, coragem para lidar com a ambiguidade e capacidade
de adaptação a outras culturas. Assim, ajudou a traçar uma
trajetória baseada em princípios diferentes dos que se conhece
no meio. “Eu brinco que não sou aquele empresário puro, que
olha a linha final do balanço para saber quanto vai ser o lucro.
Minhas análises também têm um pouco de romantismo”.
Em poucos minutos de conversa, Rafael revela-se uma pessoa
altruísta, não só pelos projetos sociais que desenvolve junto ao
Instituto Guga Kuerten, mas também pelo quanto se doou para
a carreira do irmão. É metódico, líder, reservado e perfeccionista. Mostra ter muita responsabilidade e pés no chão tanto
para administrar a empresa quanto para ser pai. Ele é casado
desde 2000 com Letícia Tomelin Kuerten, mãe de seus quatro
filhos: os gêmeos Gabriel e Leonardo, de 10 anos, Larissa, de
sete, e André, de três. E, como tal, preocupa-se com valores
como educação, disciplina e respeito, princípios difundidos pela
GKP por meio da figura positiva de Guga. “Mais do que pela
empresa, tenho a educação das crianças como meta pessoal,
como pai e como brasileiro, e isso vem na frente dos negócios”,
conta.
Era dia 8 de junho de 1997. Com o inesquecível uniforme de
listras verticais em azul e amarelo, Guga derrotava o espanhol
Sergi Bruguera na final de Roland Garros. Depois do último
lance da partida, comemorou discretamente fechando os punhos, respirou fundo, bebeu água e cumprimentou o oponente,
a mãe e Larri Passos, seu treinador. Aquele garoto de 20 anos
reverenciou Björn Borg - cinco vezes campeão de Wimbledon e
seis vezes vencedor de Roland Garros -, pegou a taça prateada
em forma de cálice, beijou-a e ergueu-a, transformando os rumos do esporte no Brasil e marcando o dia em que o trabalho
realizado até ali ganhou sua primeira recompensa.
O Grupo Guga Kuerten Participações (GKP) é um empreendimento familiar que evoluiu, pois, além de administrar a marca
e a imagem do tenista e de outras empresas, trabalha no segmento de eventos, no setor imobiliário, no gerenciamento de
38
Hoje, Rafael se equilibra entre a vida de pai, empresário e tenista. Administra a sua vida e a de Guga, sempre se preocupando em manter o crescimento controlado da empresa e não
deixando que ela fuja à essência da família. “O que Guga fez
dentro de quadra nos obriga a ser muito bons. Temos que fazer
com que a imagem dele, que já atingiu um patamar alto, continue lá em cima e cresça ainda mais. Planejar essa imagem é
o nosso objetivo diário”.
39
CAPA
Como tudo começou?
Na verdade, a empresa nasceu antes mesmo de o Guga ter despontado. Sempre tivemos uma visão profissional do negócio
em que estávamos entrando. Os patrocínios não eram tratados
somente com logomarcas no uniforme, nós fazíamos relatórios com fotos - isso desde a época de juvenil. Acho que foi
um insight, alguma coisa que nos dizia que deveríamos fazer
algo diferente. Nós temos o recorte do primeiro jornal em que
o Guga saiu, quando ele tinha sete anos. Tudo era guardado
pela minha mãe, pensando que de alguma forma poderia ser
aproveitado. O primeiro currículo do Guga está exposto aqui
(na Sala de Troféus, na sede da empresa).
O negócio envolvendo o atleta iniciou com o
apoio da família?
Sim. No início, partia só da minha mãe, porque nós éramos
muito pequenos. Mas sempre tínhamos essa visão. Eu comecei
a trabalhar muito cedo também, dando aula de tênis e encordoando raquetes. Para mim, não foi um problema abrir mão
de tentar ser um jogador de tênis para ele buscar esse sonho.
Era como se eu pudesse fazer parte de um time. Eu estava
com ele de outra forma, buscando a parte fora de quadra, que
era também muito importante para vencermos. Eu sempre me
senti dentro de quadra junto com ele.
Então não aconteceu por acaso. Foi tudo
planejado...
Exato. Lógico que só depois que o Guga se tornou um grande
vencedor é que fomos buscar ampliar a marca Guga Kuerten
nos diversos campos de atuação. Ele tem um diferencial, além
de ser um grande tenista, que é ser uma figura simpática e carismática. Esses valores o tornaram grande e, de certa forma,
isso aconteceu sob nosso cuidado. Nós nos perguntávamos:
“o que vamos precisar saber ou fazer, caso ele venha a ser um
campeão?”. E nos preparávamos para isso. Se ele tinha que
saber dar entrevista, então depois do treino eu pegava uma
filmadora e fazia perguntas para ele. Ali já pensávamos como
o garoto Guga conversaria com seus patrocinadores.
No início vocês se prepararam para
administrar a carreira e a imagem dele?
Usávamos muito o nosso feeling e nos aconselhávamos muito.
Eu sou apenas três anos mais velho que o Guga. Quando nos
remetemos àquela época, estamos falando de quando eu tinha
16 anos. Eu era novo e tinha que ter muita maturidade. Tudo
foi baseado em uma relação familiar muito forte. Eu e a minha
mãe trabalhávamos para ajudar nas viagens dele. Ao mesmo
40
tempo em que tínhamos um objetivo em longo prazo, ele era
batalhado no dia a dia. Precisávamos buscar algo palpável para
a carreira do Guga e aprendemos a administrar na prática.
Como era a divisão de tarefas entre vocês?
Você ficava aqui enquanto a Dona Alice viajava
com ele?
No princípio, ninguém viajava com ele. Mal conseguíamos pagar a passagem dele e do Larri. Muitas vezes ele ia sozinho
ou então se formava uma equipe para que os atletas dividissem o técnico. Em outras ocasiões, ele tinha que viajar com o
técnico dos outros. Nessa época, minha tarefa e a da mãe era
planejar financeiramente como o Guga cumpriria o calendário
esportivo.
Aos 24 anos, em 2001, Guga já era tricampeão
de Roland Garros. Como foi o caminho até lá?
O Guga sempre foi um juvenil muito esforçado. Tanto que conquistou resultados internacionais aos 18 anos. Em 1996, ele já
era o número 66 do mundo. Já estava em outro patamar, pois
era considerado um atleta profissional e promissor e tinha um
bom relacionamento com os patrocinadores. Três anos depois,
nós já estávamos consolidados na carreira e nos negócios.
Com os títulos e a evidência na mídia, o
assédio deve ter aumentado. Como foi
administrá-lo? O que foi feito para evitar que
outras pessoas se aproveitassem do sucesso
que Guga estava fazendo?
Como eu falei, já tínhamos uma empresa bem montada e parceiros estratégicos no exterior para nos representar. As decisões eram tomadas em família e talvez por isso que tenhamos
acertado mais. Então, quando Guga ganhou Roland Garros, a
procura veio como um enxame de abelhas, mas conseguimos
manter a calma para não tomarmos decisões precipitadas.
Tínhamos consciência de que não terminávamos por ali, estávamos em um caminho. O Guga tinha, naquela época, em maio,
um contrato que, mesmo não condizendo mais com o que ele
poderia estar ganhando, foi cumprido até o fim. Mesmo que
a cláusula rescisória fosse mínima, nosso pensamento era: “o
contrato foi assinado, então vamos cumpri-lo até o final. Eles
apostaram quando eu precisei, agora vamos honrar o compromisso”. Acho que essa preocupação foi assertiva porque deixamos claro quem éramos. Além dos resultados no tênis, mostramos ser pessoas corretas com valores que aprendemos desde a
nossa infância com nossos pais.
41
EDITORIAL
“Há sempre um
caminho onde você
pode fazer o bem e
lucrar sem explorar”.
Empresas familiares dividem opiniões sobre
os prós e os contras de envolver parentes nos
negócios. Você reforça que a GKP é fundada
nos princípios da sua família. Qual é a sua
opinião sobre esse modelo de gestão?
Nós ainda estamos construindo uma empresa familiar, não
posso dizer que temos sucesso antes de passar o comando
para meus filhos, sobrinhos e netos. A empresa começou do
zero, comigo, Guga e a nossa mãe. A única coisa que tínhamos
era uma vontade enorme de sermos bem sucedidos. E o diálogo é a característica mais positiva da nossa administração.
Debatemos opiniões diferentes e conseguimos ser assertivos.
Como empresário, eu estou satisfeito. Errei algumas vezes, mas
considero que acertei muito mais. Eu sonho em poder ver a
próxima geração à frente da empresa e deixar o caminho aberto
para eles, crescendo no presente e acertando na transição no
futuro.
Mesmo depois de ter encerrado a carreira,
Guga mantém muitos de seus patrocinadores
da época de atleta. Como foi essa transição?
Algum dos parceiros deixou de apoiá-lo por
ele não estar mais nas quadras?
Cada empresa enxerga algo em seu patrocinado, e as que
apoiam o Guga buscam seus atributos. Ele tem credibilidade,
ética, alegria, além de ser um vencedor. São qualidades que
permanecem mesmo fora das quadras, e isso nos dá uma longevidade. Lembro-me de dois momentos. Certa vez, Guga precisou passar por uma cirurgia e teria que ficar dois meses fora
das quadras. Tínhamos acabado de assinar um contrato com
o Guaraná Kuat. Fomos, então, ao Rio de Janeiro conversar
com a diretoria da empresa para avisá-los e deixá-los à vontade
para tomar uma decisão. A resposta que recebemos do vice-presidente da Coca-Cola foi surpreendente. Ele nos disse que
42
não buscavam somente o Guga jogador e sim o jeito alegre do
Guga. O outro caso foi na despedida. Quando Guga decidiu que
ia parar de jogar, nós nos preparamos para conversar com os
nossos parceiros. Um deles, a Grendene, foi provocativo, o que
foi bom para nós. Eu disse que acreditava que, fora das quadras,
a imagem do Guga iria crescer porque ele teria mais tempo de
ser, além de um tenista, ele mesmo. A atitude da Grendene foi
de achar que era difícil, mas que pagaria para ver. Isso foi em
2008 e passou a ser um estímulo para nós. E estamos com eles
até hoje, crescendo nas vendas. Depois disso, renovamos com
o Banco do Brasil e iniciamos parcerias com a Lougge, Correios,
Peugeot, Sistema FIESC, Coral, Aurora Alimentos, Angeloni e
Edubrazuca. Além disso, o Guga se tornou embaixador mundial
da Lacoste.
Vocês começaram gerenciando a imagem do
Guga e hoje são multiempresários. Como foi a
abertura desse leque para outros ramos?
Do meu primeiro negócio, que foi com 11 anos encordoando raquetes, virei um microempresário. Com o Guga trazendo cordas
das viagens que ele fazia, aprendi estratégias de venda e marketing. Então, comecei a dar aula, aos 16 anos. Ao mesmo tempo,
corríamos atrás de patrocínios para o Guga. Depois, ele se tornou um jogador conhecido e passamos a ter, além de patrocínios, contratos de imagem. Foi a nossa grande mudança, pois
vieram as propagandas de televisão, contratos publicitários e
produtos com a marca Guga Kuerten com a Grendene, que é
a nossa parceira mais antiga, desde 1998. Hoje, via licenciamento, temos linha de chinelos, papetes e óculos, representamos outros atletas, produzimos eventos, como a Semana Guga
Kuerten que já é o maior torneio de tênis juvenil do Brasil, e
temos negócios no setor imobiliário, de tecnologia e com as
academias Fórmula.
E quais são os planos de expansão da marca?
Queremos expandir a marca no segmento de tecnologia, não
podemos desprezar a força da internet. Também estamos evoluindo muito nos serviços de tênis para o público infantojuvenil. Nos próximos anos, a Escolinha Guga deve crescer exponencialmente por meio do sistema de franquias. Na gestão de
atletas, somos muito qualitativos. Assim, mesmo crescendo,
teremos um número menor de atletas sendo representados
por nós.
E quanto aos novos negócios?
Estamos abrindo quatro unidades da academia Fórmula, ainda
este ano, em Florianópolis, São José, Blumenau e Joinville.
Em Balneário Camboriú e Criciúma, serão abertas no ano que
vem. Certamente não pararemos por aí. No setor imobiliário,
também buscaremos a qualidade e devemos focar nossos investimentos no SC-401 Square Corporate, um centro empresarial
triple way que deve surpreender o mercado de Florianópolis.
A família pensou alguma vez em sair de
Florianópolis?
Eu lembro que, logo depois das vitórias do Guga, recebemos
convites para que fôssemos morar em São Paulo. Lá os negócios teriam mais retorno, e, de certa forma, isso era verdade.
Mas não era a nossa vontade. Nós somos daqui, e a ideia era
fazer algo que ajudasse a cidade a crescer. Esse é um dos nossos
objetivos até hoje, por isso nossos negócios priorizam a nossa
cidade e o nosso Estado. Só espero que Florianópolis mantenha
a qualidade de vida para que possamos continuar vivendo aqui.
Essa busca por fazer sempre o certo,
independente do lucro, é o diferencial do
GKP?
Acredito que sim. Há sempre um caminho onde você pode
fazer o bem e lucrar sem explorar. Ter a visão de que a sua
empresa pode melhorar a comunidade onde ela está inserida
é muito bacana, e vejo que temos muitos exemplos como este
em Santa Catarina. Nós conseguimos criar uma imagem que é
muito forte para o público infantojuvenil, por isso pensamos
em como desenvolver ideias que possam educar esse mesmo
público.
E foi pensando nisso que vocês passaram
a desenvolver os projetos sociais junto ao
Instituto Guga Kuerten (IGK)?
Eu e o Guga crescemos aprendendo a ajudar em casa com o
Guilherme (caçula da família que tinha paralisia cerebral e morreu aos 27 anos, em 2007, vítima de insuficiência respiratória).
A gente via o Guga ganhando de todo mundo na quadra e, ao
mesmo tempo, tínhamos um irmão todo dia travando batalhas
pessoais. Quando Guilherme conseguia apertar o botão da televisão, era uma conquista tão grande quanto o Guga ganhar
um torneio. Além disso, minha mãe é assistente social. Aquela
era a nossa vida, ajudar sempre foi muito verdadeiro para nós.
Então, em 2000, a gente resolveu criar o IGK e institucionalizar nossas ações filantrópicas. O IGK tem crescido muito e é
motivo de orgulho para nossa família.
Agora vamos falar de família. Você tem quatro
filhos e é um multiempresário. Como conciliar
as duas coisas?
Eu digo que sou pai, empresário e tenista, nesta ordem. Adoro
ser pai. Muitas vezes tenho que me virar, não é fácil. Mas os 11
anos que eu convivi com o meu pai foram muito importantes
pra mim [Aldo Kuerten morreu em quadra aos 41 anos, vítima
de uma parada cardíaca enquanto arbitrava em Curitiba. Na
época, Rafael tinha 11 anos, Guga, oito, e Guilherme, cinco].
Por isso, eu equilibro a vida de pai e empresário e procuro estar
43
CAPA
sempre presente na vida dos meus filhos, tanto em grandes
celebrações quanto nos deveres diários.
Antes de ser pai biológico, por conta da
perda do seu pai, você precisou ser um pai
de família. Como foi para você lidar com essa
responsabilidade logo aos 11 anos?
Digamos que na minha juventude eu tinha mais preocupações
do que precisava ter. Eu me preocupava muito com o Guga.
Nunca conseguia vê-lo só como irmão. Mas foi uma troca boa,
porque eu aprendi muito nessa convivência tão próxima com
ele. Guga tem uma maneira muito bacana de ver a vida. Além
disso, no mundo do esporte, você tem que estar bem preparado,
tem que ter escudos, e eu sabia que essa era uma função minha
para que o Guga tivesse tranquilidade. Eu me pergunto se não
teria curtido mais a juventude caso não tivesse que estar tão
atento a tudo por ele. Mas, independente da resposta, faria
tudo do mesmo jeito.
No momento da conquista, quando Guga
levantava o troféu, onde você ficava? Estava
no backstage já pensando nos próximos
passos ou comemorava junto com ele?
Durante os torneios, eu ficava com eles, celebrava, mas não
me dava ao luxo de extrapolar nas comemorações. Eu voltava à
realidade para pensar no dia de amanhã. Gosto desse equilíbrio,
até porque, quando o caso é no outro extremo e acontece algo
ruim, eu também procuro não me abalar. Sendo na alegria ou
na tristeza, procuro ser racional.
E como é a sua rotina?
Eu acordo bem cedo, por volta das seis horas, porque temos que
arrumar os quatro filhos para o colégio. Eu os levo para a escola
de três a quatro vezes por semana. Depois faço academia, jogo
tênis ou corro. Minha esposa, Letícia, às vezes não entende,
mas quanto maior a correria no trabalho, mais eu preciso sair
para gastar energia. Meu descanso é fazer exercício físico.
Chego à empresa às nove horas da manhã e fico até meio-dia,
quando busco meus filhos no colégio. Gosto de almoçar em
casa e à tarde volto para a empresa, onde fico até o fim da tarde.
Quem desenvolveu o lado esportivo em você
e no Guga foi seu pai. Assim como ele, você
busca inserir seus filhos nesse mundo?
A vida de quem gosta de esporte é o esporte. Na TV, vejo tênis,
futebol, vôlei, tudo! E as crianças curtem. Gosto de ir ao estádio
44
“Eu digo que sou pai,
empresário e tenista,
nesta ordem. Adoro
ser pai. Muitas vezes
tenho que me virar, não
é fácil. Mas os 11 anos
que eu convivi com o
meu pai foram muito
importantes pra mim”.
ver o meu time, o Avaí, jogar, e eles vão junto comigo. Eles também me acompanham nos torneios de tênis que eu participo.
Ou seja, nossa vida é o esporte.
E como é o Rafael tenista?
Jogo desde os sete anos. Os primeiros troféus que foram para
a prateleira de casa eram meus. As conquistas começaram comigo (risos). Eu sempre fui um bom jogador, de nível estadual,
mas nunca participei de torneios como profissional, apesar de
o tênis sempre me acompanhar. E foi interessante porque eu
parei de jogar quando o Guga estava no auge e só voltei quando
ele encerrou a carreira. Participo dos campeonatos estaduais e
jogo de seis a oito torneios por ano, mas tenho ganhado menos
do que eu gostaria. Sou bastante competitivo.
Você é formado em Ciências da Computação
pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Por que não seguiu a carreira?
Eu comecei a trabalhar com tênis antes mesmo de passar no
vestibular. Quando estava no meio do curso, o esporte já era
uma realidade para mim. Eu trabalhava na academia Gemitt,
dava aulas particulares nos finais de semana e fui convidado
a treinar a equipe competitiva de tênis do Lagoa Iate Clube
(LIC). Meus alunos começaram a ganhar campeonatos estaduais, e o tênis passou a ser uma realidade profissional muito
mais palpável do que a computação. Fui treinador da equipe
de Florianópolis nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina e
só deixei de ser técnico quando o Guga venceu Roland Garros,
em 1997. Aí ficou difícil de conciliar as atividades de técnico e
de braço direito do Guga. Além disso, na faculdade, os estudos
eram muito voltados para que os alunos se tornassem colaboradores de grandes empresas, e eu queria ter o meu próprio
negócio. Sempre gostei de vender, de negociar.
Qual a lição mais importante que o esporte e
que o mundo dos negócios lhe trouxe?
Os dois mundos são bastante competitivos. Mas são competições leais. O tênis preza muito isso. Você compete, mas há
regras a serem respeitadas. A bola é boa ou fora. Após o jogo, os
adversários se respeitam. Nos negócios também vejo ética, isso
é importante, e seria ótimo se essas regras valessem também
na esfera governamental. Trabalhar no terceiro setor traz outra
lição: todos trabalham juntos. Se eu faço uma ação social em
um bairro e não consigo fazer em outro, chega outra empresa
e o faz. Assim, todos nós saímos ganhando.
45
ESPORTE
Getty Images
Philip Hall/USTA
US Open
Andy Murray ganha o US Open
2012 após derrotar Novak
Djokovic nas finais.
Patrocinado pela Mercedes-Benz desde
1996, o US Open é um dos mais tradicionais
torneios do tênis mundial.
Serena Willians ganha de 2 sets
a 1 no US Open 2012.
Há poucos anos, o tênis ainda era um esporte atrelado à elite.
Com o investimento pesado da mídia nos torneios de Grand
Slam, esse panorama mudou radicalmente. Para os brasileiros,
o fenômeno catarinense Gustavo Kuerten definitivamente colocou o tênis como um esporte interessante para os brasileiros.
Na edição 2012 do US Open, televisões do país inteiro ficaram ligadas para a final entre o inglês David Murray e o sérvio
Novak Djokovic. No feminino, a vencedora foi novamente a
americana Serena Williams, com vitória em cima da bielorrussa
Victoria Azarenka.
Na partida final do US Open, em setembro, Andy Murray levantou a taça do Aberto após vencer o sérvio por 3 sets a 2
(parciais de 7-6 (12-10), 7-5, 2-6, 3-6 e 6-2) depois de quase
cinco horas de partida. Antes dessa final, os dois já haviam
se enfrentado 14 vezes, com ligeira vantagem para o sérvio:
46
8 a 6. Djokovic superou o adversário na semifinal do Aberto
da Austrália e na decisão de Miami; já Murray ganhou nas semifinais em Dubai e no torneio olímpico. Com o título do US
Open, o britânico ganhou um prêmio de US$ 1,9 milhão. Vale
lembrar que este ano Murray faturou ainda a medalha de ouro
nos Jogos Olímpicos de Londres.
Na final feminina, Serena Williams não tomou conhecimento
da boa campanha da bielorrussa Victoria Azarenka, com vitória por 2 sets a 1 (6-2, 2-6 e 7-5). A vitória de Serena representa o quarto título do US Open em sua carreira (1999,
2002, 2008 e 2012) e o 15º de Grand Slam, depois do mais
recente Wimbledon e de sua medalha de ouro em Londres
2012. Williams se torna, assim, a primeira tenista a ganhar
o US Open com 30 anos, desde a tcheco-americana Martina
Navratilova em 1987.
47
ESPORTE
O US Open é um dos
mais antigos torneios
de tênis do mundo,
tendo sua primeira
edição em 1881, com
vitória de Richard Sears.
Desde 1987, o evento
é cronologicamente
o quarto e último dos
Grand Slams do ano.
O US Open
O US Open é um dos mais antigos torneios de tênis do mundo,
tendo sua primeira edição em 1881, com vitória de Richard
Sears. Desde 1987, o evento é cronologicamente o quarto e último dos Grand Slams do ano. A partir de 1978, o US Open vem
sendo realizado nas quadras do USTA Billie Jean King National
Tennis Center, em Flushing Meadows, no Queens, em Nova
Iorque. Ocorre sempre nos meses de agosto e setembro e hoje
é disputado nas categorias masculina, feminina, duplas masculinas e femininas e mistas. Também acontecem competições
adicionais para seniores e juniores.
Os maiores vencedores
Em toda sua história, os maiores vencedores foram os americanos Richard Sears, William Larned e Bill Tilden, com sete títulos cada um. Desde que o torneio se mudou para o Queens, em
Nova Iorque, o US Open teve os americanos Jimmy Connors
e Pete Sampras e, mais recentemente, o suíço Roger Federer
como os maiores vencedores, com cinco campeonatos cada.
Porém, o US Open teve outros grandes vencedores, entre eles
o polêmico roqueiro tenista, Joe McEnroe, o tcheco Ivan Lendl,
o australiano Patrick Rafter e vitórias únicas de tenistas do
naipe do alemão Boris Becker, do espanhol Rafael Nadal, do
48
russo Marat Safim, do argentino Juan Martin Del Potro, e,
no ano passado, do sérvio Novak Djokovic, que acabou sendo
derrotado por Andy Murray na edição 2012.
Mercedes-Benz participa
desde 1996
No feminino, as competições iniciaram em 1887, com vitória
da americana Ellen Hansell. As maiores vencedoras foram as
tenistas Molla Bjurtedt Mallory, dos Estados Unidos, com oito
vitórias, e Helen Wills Moody, com sete. Das atletas que jogaram o aberto a partir de 1978, as maiores campeãs foram a
alemã Steffi Graf, com cinco vitórias, a americana Chris Evert,
com seis, e Serena Williams, com quatro.
Desde o ano de 1996, a famosa estrela da MercedesBenz é presença constante nos cantos das redes nas
quadras do US Open. A marca alemã é a patrocinadora da competição masculina.
A participação brasileira
Incluída entre as maiores vencedoras de todos os tempos do
US Open, figura a brasileira Maria Esther Bueno, que, do final
dos anos 50 até meados dos anos 60, ganhou quatro edições
do torneio. Maria Esther Bueno venceu em 1959, 1963, 1964
e 1966. Ela também foi vice-campeã do torneio nos anos de
1960 e 1968.
Maria Esther Bueno foi a maior atleta do tênis brasileiro de
todos os tempos, vencendo 19 torneios do Grand Slam. Entre
1959 e 1960, ela foi a tenista número um do ranking de classificação dos melhores tenistas do mundo.
Como veículo oficial do Aberto dos EUA, a MercedesBenz oferece uma frota de utilitários esportivos e sedãs essenciais para o transporte de jogadores, convidados especiais e outros VIPs de forma segura e
em grande estilo durante o torneio. No entanto, os
jogadores não são os únicos a receber o tratamento
VIP. A empresa oferece estacionamento gratuito para
todos os participantes do US Open 2012 que chegam em um veículo Mercedes-Benz.
Fãs de tênis e entusiastas de automóveis podem também conferir os mais novos lançamentos da marca
que ficam em exposição durante todo o USTA Billie
Jean King National Tennis Center. Os visitantes da
Mercedes-Benz Brand Center podem ver o novo e redesenhado veículo da sexta geração 2013 do SL550
Roadster, GL450 sete passageiros SUV de luxo e do
Coupé Concept Estilo, um carro de quatro portas
desportivo com proporções magníficas e design dinâmico poderoso.
49
créditos: Johann-Sauty-Hi
MÚSICA
z
a
z
J
O futuro do
É PRESENTE
A instrumentista, cantora e compositora
Esperanza Spalding aponta novos rumos
para o gênero no século 21.
Desde que nasceu, entre o fim do século 19 e o início do século 20, na
Congo Square e nos bares e ruas de New
Orleans, o jazz evoluiu e se reinventou
inúmeras vezes. Sempre incluindo novas
influências, o gênero chegou aos anos
2000, tendo como um dos maiores expoentes a baixista, compositora e cantora
Esperanza Spalding. A talentosa artista
abraçou toda a tradição do jazz e, com as
bênçãos de um virtuosismo exuberante,
de uma voz que soa natural tanto no inglês quanto no espanhol e no português
e uma beleza angelical, se tornou a esperança do futuro do gênero e da música
instrumental.
Uma outsider
encontra a música
clássica
Esperanza Spalding nasceu em 8 de outubro de 1984 em Portland, Oregon,
nos EUA, e foi criada pela mãe, que teve
um papel central em sua formação e deu
todo o apoio na precoce escolha dela pela
música. Aos quatro anos, após assistir a
uma apresentação do violoncelista Yo-Yo
Ma num programa de TV, um caminho se
abriu para ela. “Foi quando me dei conta
de que eu queria fazer algo musical”,
afirma.
Em apenas um ano, ela aprendeu, sozinha, a tocar violino bem o bastante para
lhe garantir uma vaga em uma orquestra comunitária, a The Chamber Music
Society of Oregon, aos cinco anos de
idade. Aos dez já era a compositora do
grupo.
Na adolescência, ganhou uma bolsa de
estudos numa escola local privilegiada.
“Aquilo foi horrível! Odiei, por isso
nunca ía”, ela conta. Certa vez, assistindo à professora, saiu entediada pela
sala, encontrou um contrabaixo acústico
que abraçou e imediatamente começou a
dedilhar improvisos. Assim, com a ajuda
Patti Austin e os saxofonistas Donald
Harrison e Joe Lovano.
da mãe, que lhe ensinava em casa, continuou os estudos até os 15 anos, quando
foi promovida a concertista mestre daquela orquestra comunitária na qual entrou aos cinco anos. Mas, ao descobrir
o contrabaixo e todos os caminhos que
o instrumento lhe revelou, de repente
tocar música clássica numa orquestra
comunitária não era o suficiente para a
talentosa Esperanza.
Na mesma época, entrou num clube de
blues como crooner de uma banda formada por experientes músicos. No final da apresentação, um dos veteranos
chamou-a para conversar e perguntou se
ela não queria seguir com eles para ver
se “assim aprendia realmente a tocar alguma coisa”.
Da academia para o
Estrelato
Com 16 anos, Esperanza foi para a famosa escola de música Berklee, em
Boston, tendo se graduado em 2005
como a mais jovem formanda na história
da faculdade, onde passou a lecionar. Lá
criou uma rede de relacionamentos que
a levou a tocar com nomes como o pianista Michel Camilo, o vibrafonista Dave
Samuels, Stanley Clarke, Pat Metheny,
Em apenas um ano,
ela aprendeu, sozinha,
a tocar violino bem o
bastante para lhe garantir
uma vaga em uma
orquestra comunitária,
a The Chamber Music
Society of Oregon, aos
cinco anos de idade. Aos
dez já era a compositora
do grupo.
Em 2008, iniciou a carreira solo com o álbum Esperanza, que mostrou ao mundo
a musicalidade, a voz sinuosa e o talento
dos arranjos que misturavam a velha escola do jazz com o frescor das influências
do soul, pop e world music. O disco foi
direto para o topo da parada de jazz contemporâneo da Billboard, onde ficou por
70 semanas.
A partir daí, apresentou-se nos maiores
programas da TV norte-americana e por
duas vezes na Casa Branca. Ganhou inúmeros prêmios como instrumentista e
compositora, inclusive um Grammy de
Melhor Artista Novo em 2011, derrotando o ídolo teen Justin Bieber.
O sucesso foi seguido pelo disco
Chamber Music Society, lançado em
2010, que confirmou a trajetória ao estrelato. Inspirado em sua formação na
música clássica, levou o jazz a outros territórios, misturando-o a uma moderna
orquestra de câmara de folk, jazz e world
music.
Seu disco mais recente, Radio Music
Society, lançado em 2012, avança no
groove e traz belas composições com
arranjos sofisticados, mas leves e cheios
de ritmo.
Alma brasileira
Esperanza esteve no Brasil pela primeira vez em 2006, acompanhada pelo
pianista cubano Roberto Fonseca. Aqui,
gravou, com a cantora e compositora Ana
Carolina, a música Traição. Na passagem
mais recente, tocou no Rock in Rio em
2011. Seu show no Palco Sunset contou
com a participação do cantor Milton
Nascimento, com quem também já gravou, e teve um repertório ancorado na
música popular brasileira.
51
Outros nomes mostram a cara do jazz atual
Novos talentos do jazz
MÚSICA
Trombone Shorty
O apelido, Troy Andrews ganhou quando era apenas um garotinho que estudava trombone. Hoje, aos 25 anos, detém um
currículo invejável como uma das revelações da cena musical
de New Orleans, o berço do jazz, onde nasceu.
Começou a tocar trombone aos seis anos. Foi músico da banda
de Lenny Kravitz, com quem realizou uma turnê mundial em
2005. Em 2010, lançou seu primeiro álbum, Backatown, que
chegou ao primeiro lugar da parada da revista Billboard na
categoria Jazz Contemporâneo, onde permaneceu por nove
semanas consecutivas.
tromboneshorty.com
Jamie Cullum
Nascido em Essex, na Inglaterra, começou a tocar piano na infância. Já na faculdade trabalhava como cantor-pianista em pubs, hotéis, cruzeiros marítimos e em qualquer lugar onde o contratassem.
Com um empréstimo estudantil, gravou o primeiro álbum, que ele
mesmo vendia nos locais onde se apresentava.
Mas o sucesso chegou mesmo com o disco Twentysomething, de
2003, que trazia os hits All at Sea e What a Difference a Day Made.
Hoje, aos 33 anos, é um dos grandes nomes do jazz pop britânico.
jamiecullum.com
Shamarr Allen
O trompetista Shamarr Allen também nasceu no berço do jazz,
New Orleans, e aos sete anos já estava envolvido com a música.
Seu pai era um saxofonista amador e foi seu primeiro professor.
Começou a carreira profissional como músico de rua no Bairro
Francês de New Orleans.
Como intérprete, tem uma marca única e, assim como seu mestre,
Louis Armstrong, é um grande entertainer, preocupado antes de
tudo em divertir a plateia com sua fusão de jazz contemporâneo
e funk.
shamarrallen.com
52
53
CINEMA
Christopher
Nolan
O diretor por trás do amadurecimento dos filmes sobre o Homem-Morcego
54
sucessos do cinema atual e com atores
consagrados como Al Pacino, Robin
Williams e Hilary Swank, que estrelaram
seu projeto seguinte: “Insônia”.
Dois anos depois, lançou “Amnésia”, que
conquistou elogios da crítica com uma
trama não-linear e um personagem inseguro e esquecido. O roteiro, assinado por
ele, rendeu ao filme indicações ao Oscar
e ao Globo de Ouro. Ao longo de pouco
mais de uma década, ele passou de filmes independentes de baixo orçamento
para trabalhar em alguns dos maiores
O ponto de virada na carreira de Nolan
ocorreu quando foi escolhido para ser o
novo diretor da franquia “Batman”, em
2005. Em “Batman Begins”, o diretor deu
uma interpretação corajosa, moderna
e com alto nível de seriedade para o
Homem-Morcego. Antes de avançar para
a sequência de “Batman Begins”, Nolan
dirigiu, co-escreveu e produziu o thriller
Amnésia (2000) – Homem que teve a mulher
assassinada sai em busca do criminoso. Só
que, após o ocorrido, ele não consegue se
lembrar por muito tempo de situações recentes, o que o deixa à mercê de anotações. O
filme é contado de trás para a frente por meio
de uma narrativa inovadora e interessante.
de mistério “O Grande Truque”, estrelado por Christian Bale e Hugh Jackman,
que ainda contou com Michael Caine, a
bela Scarlett Johansson e David Bowie
no elenco.
Em 2008, Nolan lançou “Batman, O
Cavaleiro das Trevas”, que faturou
mais de um bilhão de dólares em todo
o mundo. O filme também recebeu oito
indicações ao Oscar e um Oscar póstumo
ao ator Heath Ledger, que interpretou o
vilão Coringa no papel mais marcante de
sua curta carreira.
Insônia (2002) – Thriller psicológico com os astros Al Pacino,
Robin Williams e Hilary Swank. Um policial é enviado a uma
pequena cidade do Alasca para investigar o assassinato de
uma adolescente, acaba atirando acidentalmente em seu próprio parceiro e passa a ser chantageado pelo suspeito que
tentava prender. Enquanto isso, uma detetive local resolve iniciar uma investigação por conta própria para descobrir o que
realmente aconteceu entre o policial e seu parceiro.
2005
Following (1998) – Em seu primeiro longa-metragem, Nolan
conta a história de um escritor
inexperiente, que gosta de seguir pessoas estranhas pelas ruas
de Londres, até ser confrontado
por uma delas.
em vários festivais internacionais de cinema, dando a Nolan credibilidade suficiente para reunir um financiamento
substancial para sua próxima película.
2002
FILMOGRAFIA
1998
Com alguns bons trabalhos no currículo,
foi com os filmes sobre o Batman que
Nolan se estabeleceu como um grande
nome dentro da indústria cinematográfica. Aos sete anos de idade, ele já arriscava suas primeiras filmagens com a
câmera Super 8 do pai. Graduou-se em
literatura pela Universidade de Londres e
começou a realizar curtas em 16mm, inspirado pelas obras dos diretores Ridley
Scott e Stanley Kubrick. Sua estreia
como diretor de longas-metragens foi
em 1998, com o filme em preto e branco
“Following”, que não chamou tanta
atenção do público, mas foi reconhecido
2000
O personagem Batman foi criado na década de 30 pelo desenhista Bob Kane,
e suas histórias foram publicadas pela
DC Comics desde então. O sucesso do
super-herói não demorou para ganhar
versões para a televisão e o cinema. A
trilogia mais recente e definitiva (até
agora) foi idealizada pelo diretor inglês
Christopher Nolan, que, com a ajuda do
ator Christian Bale, deram uma roupagem mais madura e séria aos filmes.
“Super-heróis
preenchem uma lacuna
na psique da cultura
pop, semelhante ao
papel da mitologia
grega. Para mim,
Batman é o que mais
claramente pode
ser levado a sério.
Ele não é de outro
planeta ou cheio de
gosma radioativa.
Quer dizer, Superman
é essencialmente um
deus, mas Batman é
mais como Hércules:
um ser humano cheio
de falhas”
— Christopher Nolan
Fonte: International Movie Database
Batman Begins (2005) – O milionário Bruce Wayne decide viajar pelo mundo em busca de meios que lhe
permitam combater a injustiça e provocar medo em
criminosos, já que ele viu os pais serem assassinados
quando criança. Após retornar a Gotham City, sua cidade natal, ele idealiza seu alter-ego: Batman, um
justiceiro mascarado que usa força, inteligência e um
arsenal tecnológico para combater o crime.
55
CINEMA
CHRYSLER 300: IMPORTED
FROM GOTHAM CITY
Christopher Nolan no set de “A
Origem” (Inception) com Leonardo
DiCaprio e Ellen Page.
56
O Grande Truque (2006) – Para superar os truques um
do outro, dois mágicos competem entre si. Quando um
deles consegue realizar uma mágica revolucionária, o
outro fica obcecado em descobrir como ele consegue
realizá-la. No elenco, Hugh Jackman, Christian Bale e
Scarlett Johansson.
Batman, O Cavaleiro das Trevas (2008) – Dois anos
após o surgimento do Batman, os criminosos de
Gotham City estão acuados. Com a ajuda do tenente
James Gordon e do promotor público Harvey Dent,
Batman luta contra o crime organizado. Acuados com
o combate, os chefes do crime aceitam a proposta
feita pelo Coringa e o contratam para derrotar Batman.
Na época do lançamento do mais recente filme da franquia “Batman, O Cavaleiro das
Trevas Ressurge”, a Chrysler divulgou um vídeo no canal online YouTube, no qual um
modelo 300 é preparado para circular em Gotham City. O carro ganhava uma carroceria
fosca, rodas especiais de liga leve esportivas, sistema de gerenciamento especial para
novas funções e um propulsor a jato na parte traseira. A placa do automóvel também remete ao filme “DK – 300S”, que significa “Dark Knight” (Cavaleiro das Trevas). A direção
do curta é de Stacy Wall.
Assista em http://youtu.be/CtCH97rkgV8.
A Origem (2010) – Filme complexo, com Leonardo
DiCaprio, que aborda a possibilidade de entrada
na mente humana durante o sono. Um dos profissionais mais experientes nesta área está impedido
de ingressar nos Estados Unidos e rever seus filhos. Desesperado, ele aceita a proposta de um
empresário japonês que exigirá suas habilidades
para entrar na mente do herdeiro de um grande
império econômico.
2012
“Filmes são subjetivos, o que você gosta
ou não. Para mim, o que é absolutamente
unificador é a ideia de ir ao cinema para
sentir que se trata do melhor filme do
mundo e que as pessoas que o fizeram
investiram tudo e amaram fazer parte
dele. Eu posso concordar ou não, mas
quero sentir que houve um esforço ali,
quero sinceridade. Quando isso não
transparece, sinto que estou perdendo
meu tempo no cinema”, afirmou Nolan
ao comentar sobre o trabalho de um diretor. Com esse pensamento, pode-se
sempre esperar obras interessantes assinadas por ele.
2010
2006
Neste ano, ele concluiu sua participação como diretor de um filme sobre
o Batman. “O Cavaleiro das Trevas
Ressurge” é épico, grandioso e mostra
o herói em sua faceta mais frágil e humana. O final do filme deixou arestas
mal-resolvidas, mas no bom sentido,
dando oportunidade para uma continuação ou não. Apesar de ter declarado que
não continua com o Batman, Nolan não
abandonou as criações dos quadrinhos,
e seu próximo projeto é um filme sobre
o Super-Homem, com estreia prevista
para 2013.
2008
“A Origem”, com o ator Leonardo
DiCaprio, é outro grande sucesso na carreira de Nolan. Mais uma vez, ele, além
de dirigir, produziu e assinou o roteiro
original do instigante thriller de ficção
científica. Cheio de efeitos especiais e sutilezas na história e nos diálogos, o filme
foi um dos mais discutidos e debatidos
em 2010 e ganhou quatro estatuetas do
Oscar.
Batman, O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012) – Desde
a morte de Harvey Dent há oito anos, Gotham City está
pacificada. A situação faz com que Bruce Wayne se torne
um homem recluso em sua mansão. Um dia, porém, uma
garçonete rouba um colar de grande valor sentimental.
Curioso em descobrir quem é ela, Bruce retorna à caverna e, aos poucos, começa a perceber indícios do
surgimento de uma nova ameaça a Gotham City. É o
suficiente para que volte a vestir a roupa de morcego.
57
MODA
Estampas
Conheça os destaques da moda brasileira para o próximo verão
As marcas nacionais desfilaram suas criações para o verão
2012/13 nas mais recentes edições do Fashion Rio e São Paulo
Fashion Week, as principais semanas de moda brasileira para
o consumidor nacional. Sem grandes surpresas e sem a construção de uma forte imagem como referência, a moda brasileira
traduziu diversas tendências que já estavam nas araras e vitrines de grifes internacionais.
58
Pense em estampas ou em cores tropicais, como o branco, azul
e verde. A influência do mar na moda não se reflete apenas em
roupas nos tons azuis ou na adoção de figuras marinhas. Ela também aparece em texturas molhadas (as chamadas “glossy”) e em
estampas que seguem outros temas, só que retratadas pela gama
de cores que lembra o mar e seus habitantes. A estamparia comumente vista em lenços – caleidoscópica e colorida – é outra forte
tendência do verão. Desde que a marca italiana Miu Miu lançou a
estampa de gatinhos há cerca de dois anos, desenhos pequenos e
delicados de objetos e animais tornaram-se comuns. Para o verão
2012/13, a Prada reforçou a onda e lançou a estampa de carros
antigos, quase com uma pegada mais infantil. O estilista brasileiro Reinaldo Lourenço, que se inspirou em iates (olha o lifestyle
direto do mar!), propõe uma estampa de lanchas divertida em
conjuntinhos femininos. Obras de arte também são estamparias
interessantes para a estação, como propõem a Triton e a Forum.
O verão será a época das “candy colors” (tons de algodão-doce)
e do revival das tonalidades neon ou flúor (a volta dos anos
90!), dos tecidos metalizados (dourados e prateados), das
transparências recortadas, do mix de estampas e dos looks
minimalistas em coordenados conjuntinhos que voltaram com
força total.
59
MODA
Minimal
O minimalismo do verão 2012/13 é fã das tonalidades clarinhas e/
ou das modelagens simples, limpas e clássicas. O que muda nessa
estação é a inserção de recortes e transparências, a brincadeira
do mostra-esconde, com tules fininhos e sofisticados que quase
passam despercebidos. Apesar do tom sexy da combinação entre
cortes e peles exibidas, tudo é pensado de maneira comportada e
muito, muito chique. Destaque para a coleção futurista e delicada
da Gloria Coelho.
Alfaiataria de
verão
A barra das calças para os homens e as mulheres sobe, podendo
estar logo acima da canela ou no modelo cigarrete para as consumidoras. O público masculino pode optar por bermudas bem
cortadas para acompanhar os paletós e jaquetas com pegada esportiva. Os conjuntinhos que voltaram ao guarda-roupa feminino
são uma aposta quente e, se estampados, ficam melhor ainda,
como o look da Colcci com o “pasley”. Entre as cores, destaque
para o azul e os tons neon. São os clássicos revisitados e modernizados pela estamparia, com o uso de cores ousadas ou mixados
com outros estilos e recortes.
MODA
Party Time
Em matéria de look para a festa, esses três estilistas, com estilos
tão diferentes, sabem como valorizar o corpo da mulher. André
Lima, sem medo de exageros, acertou a mão ao criar vestidos com
a cintura marcada, esvoaçantes, cheios de babados e estampados.
Perfeitos para o verão brasileiro! Paula Raia já propõe vestidos bem
diferentes, minimalistas e com modelagem “clean”, brincando com
a transparência e com recortes diferentes, assim como a Gloria
Coelho. O estilista Samuel Cirnansck, conhecido pelos vestidos de
noivas de algumas celebridades como Juliana Paes, criou vestidos
de sonhos para princesas sílfides, com destaque para o corpo trabalhado e as saias transparentes e leves, em tons nude e sobre o
imbatível preto.
Chic Beach
Praticamente todas as tendências de cores, texturas e estampas
aparecem na moda praia. Looks para o sunset na praia ou na beira
da piscina variam entre blusas folgadas, macaquinhos, saias evasê
levemente rodadas e vestidos-mullet, ajustados ou curtos em formato “A”. Os maiôs de crochê voltaram! Dê preferência aos metalizados, com modelagem retrô dos anos 50 ou com estampa “artsy”.
63
Caroline Bittencourt
GASTRONOMIA
A doce paixão dos brasileiros ganha nova vida e movimenta o comércio nacional.
Tanto faz o formato. Redondo ou espalhado numa tigela, o
mais brasileiro dos doces é degustado por pessoas de todas as
idades e classes sociais. Paixão nacional, o brigadeiro é tido, especialmente entre as mulheres, como calmante, estimulando a
sensação de bem estar. Por isso, não há como negar que ele faz
muito sucesso. Que o digam os empresários que apostaram na
venda do produto manufaturado. Para garantir a longevidade
do negócio, é preciso ter criatividade – e muita!
Ultimamente, as mudanças que o brigadeiro vem sofrendo têm
elevado seu patamar na gastronomia nacional. E são a partir
dessas modificações que as empresas têm estimulado e fortalecido o consumo do doce, que não se limita mais à receita
tradicional, tendo diversas facetas como alterações na cor e no
sabor aos quais estamos acostumados. Fugindo do estereótipo
da bolinha marrom coberta de chocolate granulado, o brigadeiro hoje se permite a ter aromas e gostos diversificados a
partir da criação culinária, adquirindo, por consequência, um
aspecto visual diferenciado.
Brigadeiro Gourmet
O Ateliê Maria Brigadeiro, em São Paulo, foi pioneiro no conceito de brigadeiro gourmet. A proprietária, Juliana Motter,
iniciou o negócio como uma motivação pessoal com o intuito
de expandir o potencial do brigadeiro para além do estigma de
um docinho de festas infantis. Além disso, não havia literatura
64
sobre o assunto para permitir o desenvolvimento de técnicas
de produção.
“O desafio que me impus foi o de aplicar no brigadeiro tudo
aquilo que eu aprendia sobre pâtisserie, numa promessa silenciosa de que um dia eu contribuiria para que ele fosse reconhecido como um doce de paladar adulto”, diz. Paralelo a
isso, Juliana ainda lançou “O Livro do Brigadeiro”, pela Editora
Panda Books, para suprir um pouco a carência editorial sobre
o assunto.
Atualmente, oferece cerca de quarenta sabores diferentes do
doce, preparados artesanalmente numa cozinha aberta. Apesar
de a loja também vender outros produtos, como bombons,
balas e tortas, de fato o grande diferencial está na criação de
brigadeiros variados, entre eles os de pistache, limão siciliano
e amêndoa de cacau. A empresa investe ainda no design das
embalagens, seduzindo o cliente pelo formato de venda das
mercadorias. Pratos, bailarinas, caixas e forminhas de porcelana, por exemplo, possuem estampas exclusivas.
“Embora pareça um doce fácil, o brigadeiro tem características
próprias, que fomos descobrindo ao longo do trabalho. Uma
trufa dura até 30 dias sem conservante. Já um brigadeiro cristaliza poucas horas depois de pronto. E, apesar de culturalmente brigadeiro cristalizado não ser um problema, quando
falamos da versão gourmet entendemos que ele deve ser
65
GASTRONOMIA
“O desafio que me impus foi o de
aplicar no brigadeiro tudo aquilo
que eu aprendia sobre pâtisserie,
numa promessa silenciosa de que
um dia eu contribuiria para que ele
fosse reconhecido como um doce de
paladar adulto.”
— Juliana Motter, proprietária do Ateliê Maria Brigadeiro
Receita tradicional de
brigadeiro:
consumido fresco, com a textura macia
e amanteigada, sentindo plenamente os
aromas e sabores dos ingredientes utilizados em sua receita”, afirma.
Produção em massa
A Brigaderia, outra empresa dedicada à
venda do doce, produz mais de dez mil
brigadeiros por dia. A intenção é garantir que as lojas espalhadas por São Paulo
ofereçam sempre produtos frescos que
lembrem a maciez e a textura do brigadeiro feito em casa. A tradição da culinária mineira influenciou a empreendedora
e administradora de empresas Taciana
Kalili a buscar a receita perfeita com o
sabor e a consistência ideais.
Os doces são feitos com chocolates belga
e francês e possuem versões com coberturas crocante de pistache, farofinhas
de nozes, farelo de paçoca, lâminas de
amêndos ou raspinhas de limão. Uma
das novidades é a linha Brigaboom,
versão do brigadeiro de chupar, com
15 ou 60 gramas. Já as embalagens dos
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produtos são criadas em parceria com a
confecção feminina Farm, conhecida pelas estampas coloridas.
Em outubro, a empresa vai lançar um
cardápio de bebidas, indicando as harmonizações mais adequadas entre o
café Nespresso e o brigadeiro. O ristretto
pode ser consumido com os doces de sabores de maracujá, amêndoa, macadâmia, castanha do pará, nutella e avelã,
baileys, meio amargo, ovomaltine, crispy
amargo e cocadinha. O espresso leggero
combina com brigadeiro de pistache,
ao leite, chococookie, branco e doce de
leite. O espresso decaffeinato vai bem
com doces à base de cereais, castanhas
ou nozes. E o lungo leggero harmoniza
com brigadeiros de frutas. Entre outras
tantas bebidas do cardápio, destaque
para o chocolate quente, servido numa
caneca com 150 ml da bebida e um brigadeiro dentro.
A primeira loja da Brigaderia foi inaugurada em 2010 e, desde então, o negócio
só cresce. Até o final deste ano, a meta é
inaugurar a décima loja. Além da dedicação ao desenvolvimento das receitas e
das embalagens, as instalações físicas da
marca também possuem um diferencial.
Os projetos arquitetônicos privilegiam
o design e pretendem remeter a uma
caixa de doces, forrada de tecidos coloridos, como uma “joalheria de doçuras e
delícias”.
História
O Brigadeiro Eduardo Gomes era candidato às eleições pela União Democrática
Nacional, UDN, em 1945. O termo
Brigadeiro, “que é bonito e é solteiro”
(bordão da campanha do candidato),
apareceu pela primeira vez nessa época,
ligado aos docinhos que as eleitoras faziam para trocar por donativos de campanha. Há outras fontes que afirmam
ter sido uma senhora de Minas Gerais
quem teria feito os primeiros docinhos
de leite condensado e chocolate e então
oferecido ao candidato.
Por ser um alimento de fácil preparo, o brigadeiro pode
ser encontrado em todos os cantos do país. É possível
ser feito com os ingredientes tradicionais ou, ainda, por
meio dos produtos industrializados, que dão uma ajudinha aos avessos à cozinha. Apesar de ser brasileiríssimo, empresas multinacionais tentam se aproximar do
paladar nacional, como a Starbucks, que oferece uma
bebida chamada Brigadeiro Frappuccino.
Ingredientes:
1 lata de leite condensado
3 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 colher (sopa) de manteiga
1 xícara (chá) de chocolate granulado
Modo de preparo:
Em uma panela, coloque o leite condensado com o
chocolate em pó e a manteiga. Misture bem e leve ao
fogo baixo, mexendo por cerca de dez minutos até desprender do fundo da panela. Retire do fogo, passe para
um prato untado com manteiga e deixe esfriar. Com as
mãos untadas, enrole em bolinhas e passe-as no granulado. Sirva em forminhas de papel.
Rendimento: 40 unidades
Tempo de Preparo: 45 minutos
Nível de Dificuldade: Fácil
Custo: Baixo
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Relógio Overseas,
Vacheron Constantin
A coleção Overseas, da marca Vacheron Constantin, lançou dois novos modelos
esportivos e com a mais alta e tradicional técnica relojoeira. Luxuoso e requintado,
o modelo Chronograph Perpetual Calendar tem caixa de 42mm em ouro rosa 18
quilates, calendário perpétuo e cronógrafo. O mostrador é inspirado na Cruz de
Malta, emblema da Vacheron Constantin, com ponteiros, coroa e botões de pressão
rosqueados. A face posterior conta com um medalhão em relevo do famoso navio
de três mastros Américo Vespúcio. O relógio tem duas pulseiras, uma em borracha
vulcanizada castanha e outra em pele de crocodilo na mesma cor, com fivela
desdobrável de lâmina tripla em ouro rosa. O outro modelo chamado Chronograph
ostenta caixa em aço com mostrador azul profundo.
Valor: sob consulta
www.vacheron-constantin.com
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Couleur Eye-Gloss, Dior
Esta impressionante sombra em gel adere instantaneamente à
pálpebra, proporcionando um efeito fresco, e deixa uma camada
brilhante em uma única aplicação. O acabamento fica suave e
radiante durante todo o dia, independentemente do calor. Uma
fórmula ultrarrefrescante, durável e também à prova d’água.
Valor sugerido: R$ 115,00 cada.
EAU de Parfum Fan FENDI Extreme, Fendi
Viciante e sensual. O frasco arquitetônico é opulente e traz o
icônico fecho “Fendi Forever” com acabamento luxuoso: bordas em
ouro. A fragrância é floral oriental em uma base de couro com notas
cítricas de bergamota e mandarina da Calábria, Jasmin de Sambac,
tuberosa da Índia, baunilha e patchouli.
Valor: 30ml - R$209,00; 50ml - R$299,00; 75ml - R$369,00
SAC 0800 170 506
Batom Aqua Rouge #8, MAKE UP FOR EVER
+ Gina Booke
Gina Booke, maquiadora da cantora Madonna, colaborou com a
MAKE UP FOR EVER para criar o batom oficial da turnê MDNA. O
novo Aqua Rouge #8 é um classic tom de vermelho que combina
com todos os tons de pele. O batom é parte da nova linha Aqua
Rouge da MAKE UP FOR EVER, tem longa duração, brilho de gloss
e é à prova de suor.
Valor: R$ 106,00
www.sephora.com.br
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Eau de Toillete Madly Kenzo, Kenzo
Dahlia Noir, Givenchy
Fragrância floral-frutal feminina inspirada na natureza
com notas de pêra e lichia, jasmine e flor de
heliotrópio, cedro e almíscar.
Valor: 30ml – R$139,00; 50ml – R$ 209,00; 80ml – R$
245,00
SAC 0800 170 506
O frasco sensual de linhas puras abriga uma
fragrância feminina, um buquê de rosas, íris e
mimosa. Ganha poder graças às notas de fundo
amadeirado, resultado da mistura de patchouli e fava
de Tonka.
Valor: 30ml – R$198,00; 50ml – R$ 287,00
SAC 0800 170 506
Couleurs - Edição Croisette, Dior
Apenas para o verão, a paleta de sombras 5 Couleurs terá um
relevo especial que remete aos raios de sol, numa referência para
os vestidos de alta-costura Dior. O estojo Swimming Pool explora a
tonalidade azul aquático, com um toque de frescor para iluminar os
olhos. A paleta contém quatro tons perolados e um acetinado - um
contraste de cores e texturas. Valor sugerido: R$ 250,00
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Banco Tajá, Studio Moobil
Banco desenvolvido em madeira maciça certificada com tratamento
específico para áreas externas. Design de Sérgio Rodrigues.
Medidas: 115 x 76 x 65cm
Valor: R$ 2.930,00
www.moobil.com.br
Sapato de camurça, Ermenegildo Zegna
Sapato mocassim masculino confeccionado em camurça
vermelha. Também disponível em outras cores.
Valor: R$1.570,00
Shopping JK Iguatemi, São Paulo, SP
Balcão Red B, Studio Moobil
Estrutura em mdf com laminado de imbuia.
Medidas: 40 x 79 x 165cm
Valor: R$ 1.710,00
www.moobil.com.br
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a melhor
oportunidade
para viver
sua aventura.
iPhone 5
A nova geração de telefones da Apple é mais rápida e leve. O aparelho é mais fino e conta com
câmera iSight de 8MP, que dá a possibilidade de
tirar fotos panorâmicas com qualidade de até 28MP.
Ainda tem tela Retina de 4 polegadas e conexão
wi-fi mais veloz. Os fones foram repensados e ganharam formato anatômico.
Segundo a Apple, o aparelho deve chegar ao Brasil
até o fim de dezembro.
Onde encontrar: store.apple.com
Nike+ Fuel Band
Jeep Compass
Motor Pentastar 3.6L V6 286 cv
• Tração Quadra-Trac II 4x4 “on
demand” • Controle de estabilidade
ESC e anticapotamento
• Tela LCD touch screen de 6,5”,
porta USB 2.0 e Bluetooth® Handsfree
Motor 2.0 L 16V • Teto solar elétrico
• Câmbio automático CVT com 6
velocidades • 6 air bags com 8 pontos
de proteção • Controle de estabilidade
ESC e anticapotamento • Bluetooth
Uconnect® Handsfree
®
Pulseira desenvolvida pela Nike para monitorar os movimentos e
controlar o nível de atividade diária. Para usar a pulseira, é necessário baixar no celular um aplicativo que ajudará nesse controle. A
contagem é diária e zerada à meia-noite, voltando a funcionar no
dia seguinte, assim que se acorda. A Nike+ Fuel Band vale para
qualquer tipo de atividade.
Onde encontrar: www.amazon.com
Jeep Grand Cherokee
Grupo DVA
FLORIANÓPOLIS: (48) 3381-1100 BLUMENAU (47) 3334-4333
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Respeite os limites de velocidade.
No trânsito somos todos pedestres.
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