Apresentação sobre Métodos de coleta em caninos e felinos

PROCEDIMENTOS PARA COLETA
EM CANINOS E FELINOS
INTRODUÇÃO
Uma das principais finalidades dos resultados dos
exames laboratoriais é esclarecer as dúvidas
durante a anamnese e exame físico realizado
pelo Veterinário. Para que o laboratório clínico
possa atender este propósito é indispensável
que o preparo do paciente, a coleta, o
transporte e a manipulação dos materiais
obedeçam as determinadas regras.
INTRODUÇÃO
• Variação Cronobiológica (diário, mensal, sazonal,
anual ou outros)
• Gênero (machos e fêmeas)
• Idade (parâmetros hematológicos e bioquímicos)
• Espécie
• Jejum
• Aplicação do torniquete (alterações metabólicas)
INTRODUÇÃO
•
•
•
•
•
Procedimentos diagnósticos e terapêuticos
Infusão de fármacos
Gel separador (interferência)
Hemólise
Lipemia
DROGAS TERAPÊUTICAS
• Sempre coletar no horário da maior
concentração da meia vida plasmática do
medicamento ou efeito que provoca no
organismo
– Fenobarbital (6 horas após)
– Digoxina (6 horas após)
– Insulina (Glicose)
– Levotiroxina (T4 – 4 a 6 horas)
HORMÔNIOS
• Cortisol (Sempre coletar basal pela manhã)
– Supressão a dexametasona baixa dose (0,01 mg/Kg)
• 2 dosagens (basal e 8 horas)
• 3 dosagens (basal, 4 e 8 horas)
– Supressão a dexametasona alta dose (0,1 mg/Kg)
• Igual baixa dose
– Estimulação ao ACTH (0,005mg/Kg)
• IV = 1 hora pós
• IM = 2 horas pós
• Reposição com T4
– Coleta basal e 4 a 6 horas após medicação
HEMÓLISE
•
•
•
•
•
Pré coleta
Coleta
Armazenamento
Formação do coágulo
Processamento
(preparo)
• Espécie
• Raça (Akita e Shiba)
– ↑ Potássio
LIPEMIA
• Jejum
• Algumas doenças
COLETA
•
•
•
•
Identificação
Jejum
Medicação
Posicionamento
SISTEMA A VÁCUO
•
•
•
•
Fácil manuseio
Qualidade
Segurança
Veias de pequeno
calibre
• Alto custo
SERINGA E AGULHA
• Qualquer calibre
• Custo mais baixo
• Materiais facilmente
encontrados
• Proporção
sangue/aditivo
• Maior atenção e
cuidado
PUNÇÃO VENOSA EM CÃES
VEIA SAFENA
VEIA CEFÁLICA
PUNÇÃO VENOSA EM CÃES
VEIA JUGULAR
PUNÇÃO VENOSA EM FELINOS
VEIA JUGULAR COM FELINO
DEITADO
PUNÇÃO VENOSA EM FELINOS
VEIA FEMORAL
VEIA JUGULAR
PUNÇÃO VENOSA ADEQUADA
Correta angulação da agulha (30 º) e
correto posicionamento do bisel
DIFICULDADES ENCONTRADAS
Interrupção do fluxo sanguíneo
DIFICULDADES ENCONTRADAS
Transfixação da veia
Tansfixação da veia
Penetração parcial do bisel na
veia
DIFICULDADES ENCONTRADAS
Estenose venosa ou colabamento da
veia
CÓDIGOS ALFA E CÓDIGOS DE CORES RECOMENDADOS PARA IDENTIFICAÇÃO DOS
ADITIVOS (SOCIEDADE, 2005)
ADITIVOS
CÓDIGO ALFA
EXAMES MAIS
COMUNS
CÓDIGOS DE CORES
EDTA Sal dipotássico
Sal tripotássico
Sal dissódico
K2 E
K3 E
N2 E
Lilás
Lilás
Lilás
Hemograma
Plaquetas
EDTA Sal dipotássico
com gel separador
K2 E
Branca translúcida
Biologia molecular
Citrato Trissódico 9:1
9NC
Azul claro
Testes de Coagulação
Citrato Trissódico 4:1
4NC
Preta
Velocidade de
Hemossedimentação
Fluoreto/Oxalato
FX
Cinza
Glicose
Fluoreto/EDTA
FE
Cinza
Glicose
Fluoreto/Heparina
FH
Verde
Glicose
Heparina de Lítio
LH
Verde
Exames bioquímicos em geral,
gasometria (seringa pré
heparinizada)
Heparina de Sódio
NH
Verde
Exames bioquímicos em geral
CPDA
Amarela
Preservação de células
Z
Vermelha
Exames sorológicos e bioquímicos
em geral
Amarela/Vermelha
Exames sorológicos, bioquímicos
em geral, drogas terapêuticas e
hormônios
Citrato Fosfato Dextrose Adenina
Siliconizado
Ativador de coágulo e gel
separador
Ativador de coágulo
AÇÃO DOS ANTOCOAGULANTES
• EDTA
– Quelante de cálcio
• CITRATO
– Liga-se ao cálcio (reversível)
• HEPARINA
– Inibe a conversão de protrombina em trombina
(fibrinogênio), inibindo a ação da antitrombina III
• FLURETO
– Inibição da enolase, sempre associado a um anticoagulante
ANTICOAGULANTES
• EDTA (Roxa, Lilás)
–
–
–
–
–
–
–
Hemograma (Reticulócitos, Plaquetas)
Uréia e creatinina
ALT, AST e GGT
Algumas sorologias
PCR
Exames toxicológicos
Amônia, ACTH, BNP (rápida separação e congelamento)
• Citrato (Azul)
–
–
–
–
–
–
Fatores de coagulação (Separar o plasma rapidamente)
Plaquetas
Hemograma aves e répteis
VHS
Mesmo EDTA
Cuidado com a proporção Sangue/Aditivo
ANTICOAGULANTES
• HEPARINA DE LÍTIO (Verde)
–
–
–
–
Hemograma (realização rápida do esfregaço sanguíneo)
Aves e répteis
Praticamente todos os bioquímicos
Exames toxicológicos
• FLUORETO (Cinza)
– Não é um anticoagulante sempre associado a um (EDTA, Citrato)
– Dosagem de Glicose e lactato
• COM OU SEM ADITIVO/GEL SEPARADOR
–
–
–
–
Sorologias/Hormônios
Bioquímicos (exceção do lactato e amônia)
Drogas terapêuticas (24 horas para separação)
Cálcio ionizado e ECO2 (mínimo2/3 tubo + Anaerobiose)
TUBOS PARA COLETA
Efeito do EDTA K3 nos Parâmetros Celulares Vermelhos
Volume de amostra em um tubo para 4 ml de sangue
Parâmetros
4 ml
1 ml
0,5 ml
Diferença (0,5 ml)
Hematócrito (%)
56,3
52,8
51,9
7,8 %
Hemácias
(milhões/mm³)
7,61
7,30
7,36
3,2 %
Hemoglobina (g/dL)
18,3
17,8
17,7
3,2 %
74
72,3
70,5
4,7 %
32,5
33,7
34,2
5,2 %
VCM (fL)
CHCM (g/dL)
TUBOS PARA COLETA
Tubos para obtenção de soro
sanguíneo
Tubos para a obtenção de sangue
total e plasma sanguíneo
TUBOS PARA COLETA
Amostras
10 ml de sangue em tubo para
10 ml
3 ml de sangue em tubo para
10 ml
1 ml de sangue em tubo para
10 ml
3 ml de sangue em tubo para
3 ml
Amostras
3 ml de sangue em tubo
para 3 ml
2 ml de sangue em tubo
para 3 ml
1 ml de sangue em tubo
para 3 ml
3 ml de sangue em tubo
para 10 ml
Resultado de TCO2
19,56 ± 1,89
17,53 ± 1,28
15,85 ± 1,33
19,16 ± 1,89
Volume de amostra
X resultado TCO2 em
caninos
Resultado de TCO2
15,78 ± 1,11
15,33 ± 1,14
14,32 ± 1,34
14,96 ± 1,02
Volume de amostra
X resultado TCO2 em
felinos
TUBOS PARA COLETA
Tubos para coletas de pequeno
volume de amostra
Sistema para coleta de
sangue por gotejamento
TUBOS PARA COLETA
PROCEDIMENTOS CORRETOS
Distribuição do sangue nos
tubos para coleta com seringa
e agulha
Homogeneização dos tubos
para correta distribuição dos
aditivos e/ou anticoagulantes
ESTABILIDADE DA AMOSTRA
• Refrigeração X Congelamento X Temperatura
ambiente
• Manuseio
• Tempo
TRANSPORTE
•
•
•
•
•
•
Preparo do material
Centrifugação
Armazenamento
Material para transporte
Estabilidade ??????
Meios de transporte da amostra
HEMOCULTURA
• Pico febril
• Tamanho do animal
• Correta antisepsia do frasco
e paciente
• Coletar em locais diferentes
• Cada mililitro de sangue 3 %
a mais de chance
GASOMETRIA
•
•
•
•
Material para coleta
Conservação
Transporte
Heparina Lítio X Sódica X
Balanceada
• Venoso X Arterial
• Procedimento
URINA
• Micção espontânea
• Sondagem uretral
• Cistocentese
SONDAGEM URETRAL
SONDAGEM URETRAL
CISTOCENTESE
•
•
•
•
Região anatômica. Ou na sorte ?????
Palpação
Guiada por US
Cuidados:
–
–
–
–
–
–
Tumores em bexiga
Ciscite enfisematosa
Aumento de órgãos internos (Fígado, Baço etc)
Animais muito agitados
Animais obstruídos ou com dificuldade de urinar (bexiga distendida)
Machos
• Pênis
• Veias
– Fêmeas
• Aumentos uterinos
SONDAGEM URETRAL
Região anatômica
CISTOCENTESE
Palpação
• Muito utilizada em gatos e caninos quando filhotes
• Dificuldade em caninos pela musculatura abdominal
CISTOCENTESE
Guiada por US
ENVIO
•
•
•
•
•
Tubos cônicos
Seringa
Coletor Universal
Tubos estéreis e secos
Frascos ou tubos com
conservantes
• Não enviar em frascos com
ativador de coágulos e/ou
gel de separação
CONSERVAÇÃO
• Conservar em temperatura de 6 a 8 °C (geladeira)
• Boa conservação e até 12 horas, mas não passar de 24 horas
para análise
• Ideal que a urina seja analisada em até 2 horas após a coleta
• Quando analisar amostra refrigerada esperar chegar a
temperatura ambiente
• Período prolongado da análise entre a coleta pode provocar
alterações químicas e/ou destruir ou formar cristais
PESQUISA DE ECTOPARASITAS
• Raspado de pele profundo com o auxílio de uma lâmina de
bisturi
– Utilização de óleo mineral para facilitar a remoção mecânica e
visualização no microscópio.
• Fita adesiva
• Swab estéril
PESQUISA DE ECTOPARASITAS
Coleta
PESQUISA DE ECTOPARASITAS
Envio e conservação
PESQUISA DE ECTOPARASITAS
Envio e conservação
CITOLOGIA
•
•
•
•
•
Uso de um citoaspirador em aumento de volume
Swab estéril em lesões, mucosas ou tumores esfoliativos
Seringa e agulha
Apenas agulha
Realização do esfregaço
CITOLOGIA
Coleta
CITOLOGIA
Coleta
ROLAMENTO
TIPO “ESFREGAÇO SANGUÍNEO”
• Realizado para materiais líquidos um pouco mais densos
• Realizar com uma lâmina para confecção de esfregaço ou
lamínula
FITA ADESIVA
• Para coleta de materiais superficiais, muito utilizado para
citologias de pele.
• Utilizar uma fita adesiva dupla face de boa qualidade
• Colar uma face na lâmina e na outra face fazer leves pressões
no local afetado
• Corar a lâmina com a fita adesiva
CULTURA E ANTIBIOGRAMA
• Verificar uso de antibióticos tópico ou por via oral
• Intervalo de 3 dias para banhos e 7 a 10 dias quando utilizado
substâncias antisépticas
• Limpeza com solução fisiológica a área afetada
• Remoção de crostas e tecido morto
• Realização de lâmina para confecção de GRAM
CULTURA E ANTIBIOGRAMA
CULTURA E ANTIBIOGRAMA
CULTURA
CULTURAFÚNGICA
E ANTIBIOGRAMA
• Verificar a utilização de antifúngicos sistêmicos ou tópicos
• Coletar das lesões e bordos
• Frascos: Coletor universal, frascos estéreis ou diretamente em
meios para crescimento fúngico.
• Conservação: Temperatura ambiente livre de umidade e raios
solares
CULTURA E ANTIBIOGRAMA
CULTURA E ANTIBIOGRAMA
TRICOGRAFIA
• Exame realizado como auxílio de lesões nos pelos onde se
avalia a morfologia ciclo biológico que eles se encontram
• Coletar o material por arrancamento no sentido de
crescimento do pelo
• Local: No meio da lesão
• Frasco para coleta: Coletor Universal ou frasco estéril
• Conservação: Temperatura ambiente
PARASITOLÓGICO DE FEZES
• Coletor universal
• Pedido de acordo com a suspeita
– Wilis e Faust (ovos) - ovos leves
– Sheather (Solução de açúcar) ou Coloração de Ziehl Neelsen
• Cryptosporidium
– Hoffman e Agua éter (ovos pesados)
• Platynosomum, Aelurostrongylus etc
• Fezes de felinos podem estar com areia
• Não aceitar amostra em saco plástico, envoltos por papel
absorvente (papel toalha, guardanapos entre outros), luvas de
procedimentos – Segurança para atendentes, veterinários e
proprietários
PARASITOLÓGICO DE FEZES
• SEMPRE separar vermes ou outras estruturas parecidas em
outro frasco (ou descrever na requisição)
– Conservar em álcool 96ºC ou formol 10%
• Conservação: Refrigeração (6 a 8 °C)
– Amostras viáveis por até 48 horas ???