guia rápido - AE de Lousada

Transcrição

guia rápido - AE de Lousada
Guia do Novo Acordo Ortográfico
ÍNDICE
Nota introdutória
I ALFABETO
II USO DE MINÚSCULAS E MAIÚSCULAS EM INÍCIO DE PALAVRA
III SUPRESSÃO GRÁFICA DE CONSOANTES MUDAS OU NÃO ARTICULADAS
IV ACENTUAÇÃO GRÁFICA
V HIFENIZAÇÃO
Referências bibliográficas
Ficha técnica
Sair
I
ALFABETO
Nota introdutória
(23 letras → 26 letras)
O principal objetivo do Novo Acordo Ortográfico de 1990 consiste em unificar, tanto
quanto possível, a ortografia da língua portuguesa nos oito países que fazem parte da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Portugal, Brasil, os cinco países
africanos lusófonos (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e
Príncipe) e Timor-Leste.
O alfabeto da língua portuguesa passa a ser oficialmente composto por 26
letras, com a inclusão de k (capa ou cá), w (dáblio, tradicionalmente também
O presente guia apenas especifica as alterações decorrentes do Novo Acordo Ortográfico
na norma culta lusoafricana (seguida por Portugal, pelos países africanos lusófonos e por
Timor-Leste), não contemplando as mudanças que ocorrem na norma culta brasileira.
grafado dâblio e designado duplo vê) e y (ípsilon, também designado
tradicionalmente por i grego).
A Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 de 25 de janeiro «determina a
aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano lectivo
de 2011-2012 e, a partir de 1 de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços,
organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da
República».
a.b.c.d.e.f.g.h.i.j.k.l.m.n.o.p.q.r.s.t.u.v.w.x.y.z
A.B.C.D.E.F.G.H.I.J.K.L.M.N.O.P.Q.R.S.T.U.V.W.X.Y.Z
Sugestão: além da consulta de dicionários e prontuários, recomenda-se o conversor Lince
«como ferramenta de conversão ortográfica de texto para a nova grafia» disponível em
www.portaldalinguaportuguesa.org
Índice
Índice
I - 1/5
I
ALFABETO
I
ALFABETO
(K - W - Y)
(K - W - Y)
O seu uso verifica-se em:
O seu uso verifica-se em:
a) antropónimos (nomes de pessoas) originários de línguas
estrangeiras e seus derivados:
b)
topónimos (nomes geográficos)
estrangeiras e seus derivados:
originários
Kafka
Wagner
Byron
Kuwait
Washington
Yorkshire
kafkiano
wagneriano
byroniano
kuwaitiano
washingtoniano
yorkshiriano
N.B.: As palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros mantêm as combinações de
letras e o trema, mesmo que estes não sejam próprios da nossa escrita: comtista (de Comte) ;
mülleriano (de Müller), shakespeariano (de Shakespeare), etc.
de
línguas
N.B.: No caso de topónimos de línguas estrangeiras, recomenda-se que, sempre que possível,
se usem as formas aportuguesadas consagradas pelo uso: Genebra (em vez de Génève), Nova
Iorque (em vez de New York), Zurique (em vez de Zürich), etc.
Índice
Índice
I - 2/5
I - 3/5
1
Guia do Novo Acordo Ortográfico
I
ALFABETO
I
ALFABETO
(K - W - Y)
(K - W - Y)
O seu uso verifica-se em:
O seu uso verifica-se em:
c) siglas, símbolos e palavras adotadas como unidades de medida
de uso internacional:
k
w
y
K (potássio)
kg (quilograma)
km (quilómetro)
W (watt; oeste)
WC (water closet)
WWW (World Wide Web)
Y (ítrio)
Dy (disprósio)
Yd (jarda)
e) estrangeirismos de uso corrente:
w
y
kwanza
won
yuan
w
y
bowling
Halloween
workshop
baby-sitter
spray
yang
N.B.: É aconselhável continuar a substituir, sempre que possível, o k por c (kayak/caiaque) ou
qu antes de e ou i (joker/jóquer), o w por u (whisky/uísque) ou v (kiwi/quivi), o y por i
(yoga/ioga) e, algumas vezes, por j (yard/jarda).
d) unidades monetárias:
K
K
jackpot
karaoke
kart
Índice
Índice
I - 4/5
I - 5/5
II
USO DE MINÚSCULAS E MAIÚSCULAS
EM INÍCIO DE PALAVRA
II
USO DE MINÚSCULAS E MAIÚSCULAS
EM INÍCIO DE PALAVRA
1. Uso obrigatório de minúscula
2. Uso facultativo de maiúscula ou minúscula
a) nomes que designam disciplinas escolares, cursos e domínios do
saber:
a) meses do ano
N.B.: Os nomes dos dias da semana já se escreviam com inicial minúscula.
Matemática ou matemática
Línguas e Literaturas Clássicas e Portuguesa ou línguas e literaturas clássicas e portuguesa
Medicina ou medicina
b) estações do ano
c) pontos cardeais e colaterais
b) bibliónimos (títulos de livros):
Exemplo: O comboio deslocou-se para norte.
Memorial do Convento ou Memorial do convento
O Crime do Padre Amaro ou O crime do padre Amaro
N.B.: Mantém-se inicial maiúscula nas respetivas abreviaturas (Exemplo: O comboio
deslocou-se para N.) e na designação de regiões com os mesmos pontos (Exemplo: Vivo no
Norte.)
N.B.:
1. O primeiro elemento e os nomes próprios aí existentes são sempre grafados
obrigatoriamente com maiúscula inicial.
2. Continuam a escrever-se com letra maiúscula os títulos de periódicos (Exemplo: Diário de
Notícias).
d) vocábulos fulano, sicrano, beltrano
Índice
Índice
II - 1/3
II - 2/3
II
USO DE MINÚSCULAS E MAIÚSCULAS
EM INÍCIO DE PALAVRA
III
SUPRESSÃO GRÁFICA DE CONSOANTES MUDAS
OU NÃO ARTICULADAS
2. Uso facultativo de maiúscula ou minúscula
Eliminação das consoantes c e p quando não se pronunciam nas
seguintes sequências consonânticas:
c) nomes de ruas, lugares públicos, monumentos e edifícios:
cc
Rua ou rua da Restauração/Avenida ou avenida dos Aliados
Convento ou convento de Mafra
Museu ou museu de Serralves
Torre ou torre dos Clérigos
cç
ct
pc
pç
pt
N.B.:
1. Manutenção dessas consoantes quando se articulam, ou seja, as consoantes c e p
escrevem-se quando são pronunciadas.
Exemplo: egípcio (embora o respetivo país se escreva Egito, o que aparentemente é uma
incongruência)
2. Coexistência de duplas grafias, devido à oscilação na pronúncia de certas sequências
consonânticas interiores:
Exemplo: característica ou caraterística (este é um dos casos em que os falantes portugueses
pronunciam ou não a consoante em causa)
3. Nas assinaturas pessoais e nos nomes de marcas ou entidades legalmente registadas não é
obrigatória a adoção da nova ortografia.
Exemplo: Optimus
4. Uma exceção a esta regra de que o que não se pronuncia não se escreve é o h inicial.
Exemplo: habitante
d) axiónimos (formas de tratamento, expressões que exprimem
reverência, hierarquia ou cortesia) e hagiónimos (nomes de santos):
Senhora Professora ou senhora professora
Ex.mo Sr. Primeiro-Ministro ou ex.mo sr. primeiro-ministro
Vossa Santidade ou vossa santidade
São João ou são João
Índice
Índice
II - 3/3
cc
cç
ct
pc
pç
pt
III- 1/7
2
Guia do Novo Acordo Ortográfico
III
SUPRESSÃO GRÁFICA DE CONSOANTES MUDAS
OU NÃO ARTICULADAS
b) cç  ç
a) ccc
ANTES
AGORA
ANTES
accionar
acionar
acção
ação
coleccionador
colecionador
correcção
correção
confeccionar
confecionar
direcção
direção
leccionar
lecionar
protecção
proteção
reaccionário
reacionário
selecção
seleção
N.B.:
1. Exemplos de palavras em que essa consoante se escreve porque é pronunciada:
faccioso, ficcional, friccionar
2. Exemplo de dupla grafia:
infeccioso ou infecioso (mas: infecção  infeção; infectar  infetar)
Índice
III
SUPRESSÃO GRÁFICA DE CONSOANTES MUDAS
OU NÃO ARTICULADAS
cc
cç
ct
pc
pç
AGORA
N.B.:
1. Exemplos de palavras em que essa consoante se escreve porque é pronunciada:
convicção, dicção, ficção, fricção, sucção
2. Exemplo de dupla grafia:
intersecção ou interseção
pt
Índice
cc
cç
ct
pc
pç
pt
III- 2/7
III
SUPRESSÃO GRÁFICA DE CONSOANTES MUDAS
OU NÃO ARTICULADAS
c) ct  t
III
SUPRESSÃO GRÁFICA DE CONSOANTES MUDAS
OU NÃO ARTICULADAS
d) pc  c
ANTES
AGORA
ANTES
AGORA
acta
ata
anticoncepcional
anticoncecional
dececionar
director
diretor
decepcionar
espectáculo
espetáculo
excepcional
excecional
lectivo
letivo
percepcionar
percecionar
tacto
tato
recepcionista
rececionista
N.B.:
1. Exemplos de palavras em que essa consoante se escreve porque é pronunciada:
bactéria, contactar, facto, intelectual, invicta, octógono, pacto
2. Exemplos de dupla grafia:
acupunctura ou acupuntura
dactilografia ou datilografia sector ou setor
táctil ou tátil
carácter ou caráter
espectro ou espetro
telespectador ou telespetador
característica ou caraterística
expectativa ou expetativa
veredicto ou veredito
conector ou conetor
intersectar ou intersetar
Índice
III- 3/7
cc
cç
ct
pc
pç
pt
N.B.:
1. Na sequência interior mpc, quando o p cai, o m passa a n, escrevendo-se nc.
Exemplo: assumpcionista  assuncionista
2. Exemplos de palavras em que essa consoante se escreve porque é pronunciada:
egípcio, núpcias, opcional
Índice
cc
cç
ct
pc
pç
pt
III- 4/7
III
SUPRESSÃO GRÁFICA DE CONSOANTES MUDAS
OU NÃO ARTICULADAS
III
SUPRESSÃO GRÁFICA DE CONSOANTES MUDAS
OU NÃO ARTICULADAS
f) pt  t
e) pç  ç
ANTES
AGORA
ANTES
adopção
adoção
adoptar
adotar
contracepção
contraceção
baptizar
batizar
decepção
deceção
contraceptivo
contracetivo
excepção
exceção
Egipto
Egito
recepção
receção
cc
óptimo
ótimo
cç
ct
pc
pç
AGORA
N.B.:
1. Na sequência interior mpt, quando o p cai, o m passa a n, escrevendo-se nt.
Exemplo: peremptório  perentório
2. Exemplos de palavras em que essa consoante se escreve porque é pronunciada:
adepto, apto, captar, corrupto, eucalipto, rapto, réptil
3. Exemplos de dupla grafia:
apocalíptico ou apocalítico
conceptual ou concetual
séptuplo ou sétuplo
N.B.:
1. Na sequência interior mpç, quando o p cai, o m passa a n, escrevendo-se nç .
Exemplo: assumpção  assunção
2. Exemplos de palavras em que essa consoante se escreve porque é pronunciada:
corrupção, erupção, interrupção, opção
Índice
III- 5/7
pt
Índice
III- 6/7
cc
cç
ct
pc
pç
pt
III- 7/7
3
Guia do Novo Acordo Ortográfico
IV
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
IV
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Supressão de acentos gráficos em palavras graves*
Supressão de acentos gráficos em palavras graves
b) acento agudo nas palavras graves com ditongo oi
a) acento circunflexo na 3.ª pessoa do plural em alguns verbos da
segunda conjugação
t
ANTES
AGORA
crer/…
(presente do indicativo)
crêem/…
creem /…
dar/…
(presente do conjuntivo)
dêem/…
deem /…
ler/reler/…
(presente do indicativo)
ver/antever/prever/rever/…
(presente do indicativo)
lêem/relêem/…
leem/releem/…
vêem/antevêem/prevêem/
revêem/…
veem/anteveem/preveem/
reveem/…
ANTES
AGORA
bóia
boia
espermatozóide
espermatozoide
heróico
heroico
jibóia
jiboia
jóia
joia
paranóia
paranoia
tiróide
tiroide
Tróia
Troia
N.B.:
1. Formas semelhantes como comboio e dezoito já não tinham acento.
2. Esta regra não se aplica às palavras agudas terminadas em ditongo aberto -ói (Exemplo:
herói) ou -óis (Exemplos: heróis, lençóis).
* Palavra grave: palavra cuja sílaba tónica (aquela que se pronuncia com maior intensidade) é a penúltima
Índice
Índice
IV- 1/9
IV- 2/9
IV
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
IV
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Supressão de acentos gráficos em palavras graves
Supressão de acentos gráficos em palavras graves
c) acento agudo no u tónico dos verbos que contêm no radical gu
(aguar, apaziguar, averiguar, desaguar, enxaguar, etc.; arguir e
redarguir) e qu (adequar, apropinquar, obliquar, etc.; delinquir,
etc.)
Exemplo: verbo
arguir
(presente do
indicativo)
ANTES
d) acento agudo ou circunflexo para distinguir palavras homógrafas
ANTES
AGORA
pára (forma do verbo parar)
≠
para (preposição)
para
* Será o contexto em que a palavra ocorre que
permite estabelecer a distinção
AGORA
Exemplo: verbo
averiguar
(presente do
conjuntivo)
averigúe
averigue
averigúes
averigues
péla(s) (nome e forma do verbo pelar)
≠
pela(s) (contração: preposição + artigo)
pélo (forma do verbo pelar)
ANTES
AGORA
(2.ª pessoa do sing.:
Tu)
argúis
arguis
(1.ª pessoa do sing.:
Eu)
(3.ª pessoa do sing.:
Ele/Ela)
argúi
argui
(2.ª pessoa do sing.:
Tu)
(3.ª pessoa do pl.:
Eles/Elas)
argúem
arguem
(3.ª pessoa do sing.:
Ele/Ela)
averigúe
averigue
(3.ª pessoa do pl.:
Eles/Elas)
averigúem
averiguem
Exemplos:
ANTES: Pára aí, que eu quero sair! / AGORA: Para aí, que eu quero sair!
ANTES: O comboio para Lisboa pára em Coimbra… / AGORA: O comboio para Lisboa para em Coimbra…
N.B.: Estas formas verbais escrevem-se sem acento à
semelhança do que já acontecia no presente do
indicativo: (Eu) averiguo; (Tu) averiguas; (Ele/Ela)
averigua; (Eles/Elas) averiguam.
Índice
pêlo (s) (nome)
≠
pelo(s) (contração: preposição + artigo)
pela(s)
* Será o contexto em que a palavra ocorre que
permite estabelecer a distinção
pelo(s)
* Será o contexto em que a palavra ocorre que
permite estabelecer a distinção
Exemplo:
O pelo do teu gato é macio.
Índice
IV- 3/9
IV- 4/9
IV
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
IV
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Supressão de acentos gráficos em palavras graves
Uso obrigatório do acento circunflexo
d) acento agudo ou circunflexo para distinguir palavras homógrafas
(Continuação)
ANTES
pôde (3.ª pessoa do singular do
pretérito perfeito do indicativo)
AGORA
pólo (s) (nome)
polo(s) (nome)
Exemplo:
Ele pratica polo-aquático.
côa(s) (forma do verbo coar)
Côa (topónimo)
coa (s) (forma do verbo coar)
Coa (topónimo)
Exemplo:
Sou natural de Vila Nova de Foz Coa.
pêra(s) (nome)
pera(s) (nome)
Exemplo:
A pera é um fruto do teu agrado?
pêro(s) (nome)
pero(s) (nome)
pôr (verbo)
≠
≠
pode (3.ª pessoa do singular do
presente do indicativo)
por (preposição)
Exemplos:
Ontem, ele pôde estudar muito.
≠
Ele pode fazer melhor!...
Exemplos:
Onde vais pôr aquilo?
≠
Não vás por aí!
N.B: As razões da supressão do acento gráfico nestes casos são as seguintes: em primeiro
lugar, por coerência com a anterior abolição do acento gráfico em casos semelhantes
(Exemplos: nome acordo (ô) e acordo (ó), forma do verbo acordar; nome cor (ô) e cor (ó),
elemento da locução de cor); em segundo lugar, porque, pertencendo a classes gramaticais
diferentes, o contexto sintático permite distinguir claramente tais homógrafas.
Índice
Índice
IV- 5/9
IV- 6/9
4
Guia do Novo Acordo Ortográfico
IV
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
IV
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Uso facultativo de acentos gráficos em palavras graves
Uso facultativo de acentos gráficos em palavras graves
a) acento agudo na 1.ª pessoa do plural do pretérito perfeito do
indicativo dos verbos regulares da 1.ª conjugação
ANTES
AGORA
estudámos
estudámos ou estudamos
b) acento circunflexo na 1.ª pessoa do plural do presente do
conjuntivo do verbo dar
ANTES
AGORA
dêmos
dêmos ou demos
Exemplo: Torna-se urgente que dêmos/demos tudo o que temos e não
temos!...
≠
demos (pretérito perfeito do indicativo)
(Exemplo: Ontem, nós demos tudo o que podíamos! )
Exemplo: Ontem, nós estudámos/estudamos muito!
≠
estudamos (presente do indicativo)
(Exemplo: Nós estudamos todos os dias!...)
Índice
Índice
IV- 7/9
IV- 8/9
IV
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
V
HIFENIZAÇÃO
1. ELIMINAÇÃO DO HÍFEN
Uso facultativo de acentos gráficos em palavras graves
a) Nas formações em que
o prefixo ou pseudoprefixo termina
em vogal
c) acento circunflexo no nome fôrma
–
o segundo elemento começa por
vogal diferente
AGORA*
ANTES
AGORA
fôrma ou forma
auto-avaliação
co-autor
contra-indicação
extra-escolar
infra-estrutura
intra-uterino
autoavaliação
coautor
contraindicação
extraescolar
infraestrutura
intrauterino
Exemplo: Quem é que unta a fôrma/forma do bolo?
≠
forma (nome e forma do verbo formar)
(Exemplos: Aquele objeto começa a tomar forma (nome).
A escola já não forma (forma verbal) como formava...)
N.B.:
1. Esta prática em geral já era adotada para os termos técnicos e científicos.
Exemplos: antiaéreo; coeducação; plurianual; socioeconómico
2. As palavras formadas com o prefixo co- escrevem-se sempre aglutinadas: quando o
segundo elemento começa por vogal, mesmo que seja igual (Exemplos: coobrigação,
coocorrência), e por consoante (Exemplos: codireção, copiloto; corresponsável; cosseno),
exceto h (Exemplo: co-herdeiro).
* Antes do Novo Acordo Ortográfico escrevia-se sem acento.
Índice
Índice
Emprego do hífen
Eliminação do hífen
IV- 9/9
V 1.- 1/5
V
HIFENIZAÇÃO
V
HIFENIZAÇÃO
1. ELIMINAÇÃO DO HÍFEN
1. ELIMINAÇÃO DO HÍFEN
c) Nas formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo
haver seguidas da preposição de
b) Nas formações em que
o prefixo ou pseudoprefixo termina
em vogal
–
o segundo elemento começa por r
ou s, duplicando-se estas consoantes
ANTES
AGORA
anti-rugas/anti-social
auto-rádio/auto-satisfação
co-responsável/co-seno
contra-relógio/contra-senso
extra-regulamentar/extra-sensível
semi-recta/semi-sábio
ultra-romantismo/ultra-secreto
antirrugas/antissocial
autorrádio/autossatisfação
corresponsável /cosseno
contrarrelógio/contrassenso
extrarregulamentar/extrassensível
semirreta/semissábio
ultrarromantismo/ ultrassecreto
N.B.:
1. Esta prática já se encontrava generalizada em palavras deste tipo pertencentes aos
domínios científico e técnico. Exemplos: biorritmo, biossatélite; microssistema,
microrradiografia
2. Não se usa o hífen à semelhança do que geralmente já acontecia quando o segundo
elemento começava por consoante (exceto h e muitas vezes as duas consoantes em causa).
Exemplos: antidemocrático; autocrítica; extraconjugal; semicolcheia; ultravioleta
Índice
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
AGORA
(Eu) hei de
(Tu) hás de
(Ele/Ela) há de
(Eles/Elas) hão de
N.B.:
1. Compare-se com as restantes formas (nas quais não se usava o hífen):
(Nós) havemos de
(Vós) haveis de
2. Continua a usar-se o hífen quando as formas verbais se ligam a um pronome pessoal.
Exemplos: dá-se; amá-lo-ei
Índice
V 1.- 2/5
ANTES
(Eu) hei-de
(Tu) hás-de
(Ele/Ela) há-de
(Eles/Elas) hão-de
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
V 1.- 3/5
5
Guia do Novo Acordo Ortográfico
V
HIFENIZAÇÃO
V
HIFENIZAÇÃO
1. ELIMINAÇÃO DO HÍFEN
1. ELIMINAÇÃO DO HÍFEN
d) Em certas palavras compostas, em relação às quais já se perdeu,
em certa medida, a noção de composição
ANTES
AGORA
manda-chuva
pára-quedas
pára-quedismo
pára-quedista
mandachuva
paraquedas
paraquedismo
paraquedista
N.B.: Há palavras que já se grafavam aglutinadamente:
girassol
madressilva
pontapé
Índice
e) Na maioria das locuções
ANTES
AGORA
bicho-de-sete-cabeças
bicho de sete cabeças
chapéu-de-chuva
chapéu de chuva
dia-a-dia
dia a dia
fim-de-semana
fim de semana
lua-de-mel
lua de mel
rés-do-chão
rés do chão
rosa-dos-ventos
rosa dos ventos
todo-o-terreno
todo o terreno
N.B.: Exceções já consagradas pelo uso (expressamente referidas no texto do Acordo
Ortográfico): água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao
deus-dará, à queima-roupa.
Emprego do hífen
Eliminação do hífen
Índice
Emprego do hífen
Eliminação do hífen
V 1.- 4/5
V 1.- 5/5
V
HIFENIZAÇÃO
V
HIFENIZAÇÃO
2. EMPREGO DO HÍFEN
2. EMPREGO DO HÍFEN
a) Nas palavras compostas que não contêm formas de ligação, cujos
constituintes mantêm a autonomia fonética e conservam o seu
próprio acento, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento
estar reduzido:
afro-luso-brasileiro
ano-luz
arco-íris
azul-escuro
conta-gotas
corre-corre
decreto-lei
direção-geral
Índice
finca-pé
guarda-chuva
guarda-joias
médico-cirurgião
para-choques
primeiro-ministro
segunda-feira
tenente-coronel
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
b) Nas palavras compostas que designam espécies botânicas e
zoológicas
abóbora-menina
couve-flor
erva-doce
feijão-verde
andorinha-grande
cobra-capelo
formiga-branca
erva-do-chá
ervilha-de-cheiro
fava-de-santo-inácio
bem-me-quer (=margarida/malmequer)
andorinha-do-mar
bem-te-vi (pássaro)
Índice
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
V 2.- 1/12
V 2.- 2/12
V
HIFENIZAÇÃO
V
HIFENIZAÇÃO
2. EMPREGO DO HÍFEN
2. EMPREGO DO HÍFEN
c) Nos topónimos compostos
d) Nos compostos com os advérbios
que se iniciam pelos adjectivos
Grã ou Grão
Grã-Bretanha
Grão-Pará
que se iniciam por uma forma
verbal
Passa-Quatro
Quebra-Costas
quando os elementos estão
ligados por um artigo
Albergaria-a-Velha
Entre-os-Rios
Montemor-o-Velho
Trás-os-Montes
bem
bem-aventurado
bem-educado
bem-estar
N.B:
1. Os restantes topónimos constituídos por mais do que um elemento continuam a escrever-se separados, sem hífen (Exemplos: América do Sul, Cabo Verde, Castelo Branco), à exceção de
Guiné-Bissau e Timor-Leste. Há gentílicos que se grafam com hífen, embora este não exista no
topónimo (Exemplos: cabo-verdiano, sul-americano; nova-iorquino; são-tirsense).
2. Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam,
formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares (Exemplo: o percurso
Lisboa-Coimbra-Porto) e nas combinações históricas ou ocasionais de topónimos (Exemplo:
Angola-Brasil ).
Índice
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
bem-criado
bem-falante
bem-vindo
bem-visto
mal-agradecido
mal-educado
mal-estar
mal-entendido
mal-humorado
bem-humorado
N.B.: Em certos compostos, este
advérbio
aglutina-se com o segundo
elemento (começado por consoante).
Exemplo: benfeitor
Índice
V 2.-3/12
mal
apenas quando o segundo elemento
começa por vogal ou h
Eliminação do hífen
N.B.: Não se emprega o hífen quando o
segundo elemento começa por consoante
(Exemplos: malcriado, malfalante, malvisto)
Emprego do hífen
V 2.- 4/12
6
Guia do Novo Acordo Ortográfico
V
HIFENIZAÇÃO
V
HIFENIZAÇÃO
2. EMPREGO DO HÍFEN
2. EMPREGO DO HÍFEN
e) Nos compostos com os elementos
f) Nas formações em que
além
além-fronteiras/além-mar
aquém
aquém-fronteiras/ aquém-mar
recém
recém-casado/recém-nascido
sem
sem-abrigo/sem-vergonha
o prefixo ou pseudoprefixo termina
em vogal ou consoante
–
o segundo elemento começa por h
pré-história
semi-hospitalar
sobre-humano
sub-hepático
super-homem
ultra-hiperbólico
anti-herói
co-herdeiro
contra-harmónico
extra-humano
geo-história
neo-helénico
N.B.: Quando o elemento sem não mantém a pronúncia própria, ou seja, quando se
pronuncia como em quente e não como em bem, aglutina-se.
Exemplo: sensabor
N.B.:
1. As palavras formadas com o prefixo co- escrevem-se sempre aglutinadas, exceto quando o
segundo elemento começa por h.
2. Continuam a escrever-se sem hífen as palavras que contêm o prefixo co- quando o
segundo elemento perdeu o h inicial (Exemplo: coabitar). Aliás, o mesmo acontece com os
prefixos des-, in- e re- (Exemplos: deserdar, desumano; inábil, inumano; reabilitar, reaver).
Índice
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
Índice
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
V 2.- 5/12
V 2.- 6/12
V
HIFENIZAÇÃO
V
HIFENIZAÇÃO
2. EMPREGO DO HÍFEN
2. EMPREGO DO HÍFEN
g) Nas formações em que
h) Nas formações com os prefixos
o prefixo ou pseudoprefixo termina
em vogal
o segundo elemento começa por
vogal igual
–
ante-estreia
anti-inflamatório
auto-observação
contra-ataque
intra-arterial
mega-agrupamento
micro-ondas*
semi-interno
hiper-realista
inter-regional
super-resistente
hiper-humano
inter-humano
super-homem
EXCEÇÃO:
As palavras formadas com o prefixo co- escrevem-se sempre aglutinadas: quando o segundo
elemento começa por vogal (Exemplo: coincineração), mesmo que seja igual (Exemplos:
coobrigação, coocupante), e por consoante (exceto h: co-herdeiro).
N.B.: * Antes do Novo Acordo, escrevia-se microondas.
Índice
Eliminação do hífen
quando o segundo elemento começa
por consoante igual à última do prefixo
(r) ou por h [caso já considerado na
alínea f)]
hiperintersuper-
Emprego do hífen
N.B.: Continua a não se usar o hífen quando o segundo elemento começa por uma consoante
diferente (hipermercado; interturmas; supermercado) ou por vogal (Exemplos: hiperativo;
interurbano; superinteressante).
Índice
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
V 2.- 7/12
V 2.- 8/12
V
HIFENIZAÇÃO
V
HIFENIZAÇÃO
2. EMPREGO DO HÍFEN
2. EMPREGO DO HÍFEN
j) Nas formações com os prefixos
i) Nas formações com o prefixo
quando o segundo elemento começa
por consoante igual à última do prefixo
(b), por r ou por h [caso já considerado
na alínea f)]
sub-
sub-bibliotecário
pós-
pós-graduação/pós-laboral/pós-operatório
pré-
pré-escolar/pré-história/pré-seleção
pró-
pró-ativo/pró-europeu/pró-vida
sub-região
sub-hepático
N.B.: Continuam a escrever-se sem hífen as palavras formadas com este prefixo quando o
segundo elemento não se inicia por nenhuma das três consoantes mencionadas: b, h ou r
(Exemplos: subaquático; subdiretor).
Índice
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
Índice
V 2.- 9/12
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
V 2.- 10/12
7
Guia do Novo Acordo Ortográfico
V
HIFENIZAÇÃO
V
HIFENIZAÇÃO
2. EMPREGO DO HÍFEN
2. EMPREGO DO HÍFEN
k) Nas formações com os prefixos
l) Nas formações com os prefixos
ex- (com o sentido de estado
anterior ou cessamento)
ex-aluno/ex-hospedeira/ex-marido/ex-primeiro-ministro
sota-/o- (quando é sinónimo de
vice-/vizo-)
sota-piloto/soto-embaixador
vice-/vizo-
vice-diretor/vizo-rei
quando o segundo elemento começa por
vogal
m
n
h [caso já considerado na alínea f)]
circume
pan-
circum-escolar
circum-murado
circum-navegação
circum-hospitalar
pan-africano
pan-mágico
pan-negritude
pan-helénico
Índice
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
Índice
Eliminação do hífen
Emprego do hífen
V 2.- 11/12
V 2.- 12/12
Referências bibliográficas
Ficha técnica
• Texto oficial [ANEXO I – ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA (1990)
ANEXO II – NOTA EXPLICATIVA DO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA (1990)]:
o BERGSTRÖM, Magnus e REIS, Neves, Prontuário Ortográfico e Guia da Língua Portuguesa,
Lisboa, Editorial Notícias, s/d, 26.ª Edição
o http://www.priberam.pt
• CASTELEIRO, João Malaca
e CORREIA, Pedro Dinis , Atual - O Novo Acordo Ortográfico, Lisboa,
Texto Editores, 2009, 4.ª edição
• Acordo Ortográfico, Porto, Porto Editora, 2011
• Suplementos de manuais escolares, guias e textos de apoio de diversas editoras
Autoria:
Alice de Ascensão Gonçalves Póvoa
(PQND do Grupo 300 da Escola Secundária de Lousada)
• Internet:
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/
agosto de 2011
Índice
Índice
8