Relatório 2013 WEB - Cáritas Brasileira

Transcrição

Relatório 2013 WEB - Cáritas Brasileira
Cáritas Brasileira
Cáritas Brasileira
Quadriênio 2012-2015
uma família humana,
pão e justiça para todas as pessoas
Expediente
Cáritas Brasileira – Organismo da CNBB
Endereço: SGAN – Av. L2 Norte, Quadra 601, Módulo F
CEP: 70830-010 / Brasília (DF)
Site: www.caritas.org.br
E-mail: [email protected]
Telefone: +55-61-3521-0350
Fax: +55-61-3521-0377
SECRETARIADO NACIONAL
Diretoria
Presidente: Dom Flávio Giovenale
Vice-Presidente: Anadete Gonçalves Reis
Diretor-Secretário: Pe. Evaldo Praça Ferreira
Diretor-Tesoureiro: Aguinaldo Lima
Coordenação Colegiada Nacional
Diretora executiva nacional: Maria Cristina dos Anjos da Conceição
Coordenador: Jaime Conrado de Oliveira
Coordenador: Luiz Cláudio Mandela
Relatório geral de atividades 2013
Sistematização e organização I Loiva Mara de Oliveira Machado
Esta Publicação I Revista Cáritas Brasileira 2013
Organização de conteúdo I arteemmovimento.org
Textos l Mayrá Lima – MTB 1877/CE
Fotos l arquivo Cáritas I arquivo Arte em Movimento
Projeto gráfico l arteemmovimento.org
Coordenação de arte l Patrícia Antunes
Brasília, 2013.
Sumário
Nossos Compromissos
Apresentação
Siglas
Cáritas no Mundo
Cáritas no Brasil
Campanha Mundial
Voluntariado
Economia Popular Solidária
Infância e Juventude
Convivência com o Semiárido
Catadores de Recicláveis
Segurança Alimentar e Nutricional
Políticas Públicas
Gestão de Riscos e Emergências
Formação
Comunicação e Mobilização de Recursos
Demonstrativo Financeiro
Lista das Cáritas no Brasil
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Nossos Compromissos
Missão
Testemunhar e anunciar o evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo a vida e
participando da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, junto com as
pessoas em situação de exclusão social.
Diretrizes institucionais
A Cáritas Brasileira se compromete com a construção do Desenvolvimento Solidário Sustentável e
Territorial, na perspectiva de um projeto popular de sociedade democrática.
Princípios
Defesa e promoção da vida humana.
Defesa e promoção da sociobiodiversidade.
Mística e espiritualidade libertadora.
Ecumenismo, diálogo interreligioso e intercultural.
Cultura da solidariedade.
Relações igualitárias de gênero, raça, etnia e geração.
Protagonismo dos excluídos e excluídas.
Projeto de sociedade solidária e sustentável.
Democracia participativa.
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Apresentação
A revista anual 2013 se constitui como instrumento imprescindível ao registro e memória do caminho percorrido
pela Cáritas Brasileira no âmbito internacional, nacional e regional. Toda a organização só é possível mediante um
conjunto de esforços de agentes e lideranças que integram a rede Cáritas.
Os dados aqui consolidados se referem a informações obtidas nos relatórios de 11 equipes regionais e do
Secretariado Nacional. Trata-se das principais ações da Cáritas no ano de 2013, já integrada à Campanha Mundial
Por uma Família Humana sem Fome e sem Pobreza, principal atividade que a nossa rede irá mobilizar em prol da
superação da fome e da pobreza no Brasil e no mundo.
Todas as prioridades da Cáritas Brasileira estão voltadas para a busca da justiça para todos os seres humanos. O
momento, que reflete o meio do caminho do nosso quadriênio (2012-2015), consolida e fortalece as iniciativas
firmadas a partir da construção de um desenvolvimento que seja solidário, sustentável e territorial.
A primeira prioridade trata do fortalecimento de iniciativas locais vinculada às questões territoriais e ambientais.
Destacaremos as ações voltadas à denúncia sobre o modelo de desenvolvimento em curso, marcado pela crescente
desigualdade social e exploração dos recursos naturais. Ainda incidimos junto a grupos em situação de
vulnerabilidade social de forma a articular espaços de controle social e formulação de políticas públicas. Por fim,
também compartilhamos o que estamos fazendo para fortalecer a rede Cáritas e a sua relação com as diferentes
Pastorais Sociais da Igreja e o conjunto dos movimentos sociais e organizações populares.
O trabalho de cada linha temática recebe a mais atenta dedicação de cada agente, de cada Entidade-Membro. Esta
publicação, mais que uma prestação de contas, é um convite para que todos e todas se juntem a nós, a grande
família Cáritas Brasileira, para a edificação de uma sociedade mais justa.
Uma boa leitura!
Maria Cristina dos Anjos da Conceição
Diretora Executiva Nacional
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Siglas
AACC – Associação de Apoio às Comunidades do Campo
ABONG – Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais
ABRALATAS – Associação Brasileira de Produtores de Latinhas de Alumínio
ADL – Agente de Desenvolvimento Local
AP – Assembleia Popular
APACC – Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes
APP/BA – Articulação de Políticas Públicas da Bahia
ASA – Articulação do Semi-Árido
AVESOL – Associação do Voluntariado e da Solidariedade
BASA – Banco da Amazônia
BNB – Banco do Nordeste do Brasil
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BL – Brasil Local
CAJU – Casa da Juventude
CAMP – Centro de Educação Popular
CAV – Centro de Agricultura Vicente Nica
CB – Cáritas Brasileira
CEB – Comunidade Eclesial de Base
CECI – Centro de Estudos e Cooperação Internacional
CEEPS-PE – Conselho Estadual de Economia Popular Solidária de Pernambuco
CF – Campanha da Fraternidade
CFES – Centro de Formação em Economia Solidária
CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
CNES – Conselho Nacional de Economia Solidária
CONSEA – Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional
CONSOCIAL – Conferência Nacional da Transparência e Controle Social
CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social
CONSEP – Conselho Episcopal Pastoral
CONTAG – Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura
COPPETEC – Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos
CPT – Comissão Pastoral da Terra
CRB – Conferência dos Religiosos do Brasil
CREFAS – Centro de Referência e Formação da Criança e Adolescente Surdos DSS – Desenvolvimento
Solidário Sustentável
DSS-T – Desenvolvimento Solidário Sustentável e Territorial
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
ECOCUT – Escola Centro Oeste de Formação Sindical da CUT – Central Única dos Trabalhadores
ECOSOL – Economia Solidária
EES – Empreendimento Econômico Solidário
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Siglas
EPS – Economia Popular Solidária
ENFF – Escola Nacional Florestan Fernandes
ETENE – Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste
FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional
FBES – Fórum Brasileiro de Economia Solidária
FBSAN – Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional
FCVSA – Fórum Cearense pela Vida no Semiárido
FDS – Fundos Diocesanos de Solidariedade
FIESS – Fórum Internacional de Economia Social e Solidária
FNRA – Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo
FNS – Fundo Nacional de Solidariedade
FORTEES – Fortalecimento de Empreendimentos Econômicos Solidários
GT – Grupo de Trabalho
IMS – Instituto Marista de Solidariedade
ITASA – Instituto de Tecnologia para o Agronegócio e Meio Ambiente Selva Amazônica
MDS – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário
MNCR – Movimento Nacional dos Catadores/as de Materiais Recicláveis
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
P1+2 – Programa Uma Terra e Duas Águas
P1MC – Programa Um Milhão de Cisternas
PAA – Programa de Aquisição de Alimentos
Pangea – Centro de Estudos Ambientais
PIAJ – Programa da Infância, Adolescência e Juventude
PMAS - Planejamento, Monitoramento, Avaliação e Sistematização
PSAN – Programa de Segurança Alimentar e Nutricional
RCSES – Rede Cearense de Sócio-Economia Solidária
RECID – Rede de Educação Cidadã
RESAB – Rede de Educação do Semiárido Brasileiro
RPS – Rede Permanente de Solidariedade
SAN – Segurança Alimentar e Nutricional
SENAES/MTE – Secretaria Nacional de Economia Solidária
SOMEC – Sociedade de Meio Ambiente, Educação e Cidadania
SRT – Superintendência Regional do Trabalho
STTR – Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais
TPJ – Tribunal Popular do Judiciário
UFC – Universidade Federal do Ceará
Unisol Brasil – Central de Cooperativas e empreendimentos Solidários
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Cáritas no Mundo
Por um mundo sem fome e pobreza
No ano de 2013, a Cáritas Brasileira consolidou sua participação nas ações
internacionais e ampliou as articulações com a rede Cáritas mundial. Em dezembro, em
conjunto com a Cáritas Internacional e apoio do Papa Francisco, foi lançada a Campanha
Mundial “Uma família humana: pão e justiça para todos”, com o tema “Por uma Família
Humana sem Fome e sem Pobreza”.
O tema indica dois grandes desafios: unir a humanidade como uma família e fazer que esta família assuma a
causa do combate à fome e à pobreza até que sejam superadas. A esperança é que prevaleça na humanidade
a compreensão de que ela nasceu e existe para a solidariedade e o amor, e não para o individualismo e
indiferença.
Sabe-se que há produção de comida para todos, mas o acesso é limitado diante das fortes desigualdades
sociais que assolam mais de um bilhão de pessoas em todo o planeta. A alimentação é essencial para viver
dignamente. É também algo central para a fé Cristã. O Direito à Alimentação é humano e definido na
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ou seja, temos o dever, enquanto sociedade, de garantir que
todos e todas tenham a capacidade de se alimentar com dignidade, sendo assegurada, deste modo, a
segurança alimentar e nutricional.
A Cáritas compreende que o trabalho coletivo de articulação internacional, como uma única família
em um espírito de compaixão e de unidade, pode colaborar de maneira significativa com a
erradicação da fome e da pobreza. Por isso, a campanha também aposta na mobilização
social para pressionar governos a incluir o Direito à Alimentação em suas legislações
nacionais.
Foto
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Cáritas no Mundo
Também é no ano de 2013 que a juventude Cáritas participou, no Brasil, de um dos principais
encontros organizados pela Igreja. A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio e Janeiro, foi
espaço de integração entre milhares de jovens para a partilha, o diálogo e a articulação de pautas
que foram desde o combate ao extermínio da juventude até banalização da violência.
Como evento preparatório à jornada, a rede Cáritas organizou um Encontro Internacional dos Jovens da
Cáritas, com a participação de 80 jovens que representaram o Brasil, El Salvador, Honduras, México, Haiti,
Argentina, Uruguai, Colômbia e Costa Rica. A juventude da Cáritas quer chamar a atenção para a realidade
dos milhares de jovens da América Latina. Durante a JMJ, o grito “a juventude quer viver”, entoado na Tenda
da Juventude e na Marcha Mundial denunciou o extermínio de jovens que cresce dia após dia. Somente no
Brasil, a cada ano, 51 mil jovens morrem assassinados.
No âmbito da América Latina, destaca-se a realização do Taller sobre Equidade entre Homens e Mulheres na
Venezuela, durante a Assembleia Geral das Cáritas da América Latina e Caribe. A atividade contou com a
participação de bispos, diretores(as) e assessores(as) da Cáritas de 18 países da região. Outro seminário foi
realizado na Argentina com o tema Desenvolvimento e Equidade entre Homens e Mulheres. A atividade
contou com a presença de 26 pessoas do Cone Sul, sendo quatro representantes da Cáritas Brasileira, para a
reflexão sobre os desafios para a promoção da igualdade entre homens e mulheres, além de definir
iniciativas que permitam fortalecer a ação em torno da construção de um desenvolvimento humano integral,
solidário e sustentável.
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Cáritas no Brasil
Consolidar as prioridades em nome do Desenvolvimento
Solidário Sustentável e Territorial
A Cáritas Brasileira vive o período intermediário do seu quadriênio 2011-2015. É o momento em
que as ações previstas para cada prioridade institucional são firmadas e dinamizadas pelo
conjunto da rede Cáritas, de acordo com a diretriz que afirma o Desenvolvimento Solidário
Sustentável e Territorial, na perspectiva de um projeto popular de sociedade democrática.
A XIX Assembleia Nacional da Cáritas Brasileira, realizada nem Brasília, entre os dias 17 e 20 de outubro
de 2013, constituiu-se em uma etapa intermediária na caminhada do Plano Quadrienal. A assembleia teve
o caráter de monitoramento e avaliação das ações e dos resultados alcançados. Por ocasião da Assembleia
estatutária, quatro novas entidades foram filiadas à Cáritas Brasileira. São elas: Cáritas Diocesana de
Miracema(TO), Cáritas Arquidiocesana de Palmas(TO), Cáritas Diocesana São João Del Rey(MG) e Cáritas
Diocesana de Tianguá(CE).
Com as novas filiações, participaram da XIX Assembleia 122 Entidades-Membro, de um total de 180
entidades. O evento contou com a participação da diretoria da Cáritas, 54 pessoas que integram os
Regionais, 10 integrantes do Secretariado Nacional e nove bispos referenciais. Ainda contabilizou-se a
presença de representantes de 14 entidades parceiras, totalizando 209 participantes.
A Campanha Mundial “Uma Família Humana, Pão e Justiça para Todos” se configura na principal atividade da
Cáritas em todo mundo e no Brasil. A campanha, em terras brasileiras, é assumida no contexto dos 10
anos do programa Fome Zero, que, quando anunciado em 2003, apontava a existência de 44 milhões
de pessoas no país que viviam em estado de insegurança alimentar. Como entidade da
sociedade civil, a Cáritas está na vanguarda da institucionalização de políticas públicas para
emancipação de sujeitos sociais a partir da formação de uma postura crítica em
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Cáritas no Brasil
ao conjunto de políticas adotadas para a erradicação da fome, mas também se
colocando como sensibilizadores de práticas que fortaleçam o coletivo e construtores de
novas formas de gestão, cooperação e participação nos espaços de poder.
Dos trabalhos realizados neste ano, destaca-se o fortalecimento de iniciativas locais vinculadas às
questões territoriais e ambientais, a constituição e dinamização dos Fundos Solidários, em âmbito
local, estadual e nacional e as ações voltadas à garantia da política de Segurança Alimentar e Nutricional
Sustentável. No que diz respeito ao Controle Social e a incidência em políticas públicas, principalmente no
trabalho junto às populações tradicionais, catadores(as), mulheres, crianças, adolescentes e jovens, foi
prioritário o debate sobre preservação ambiental a exemplo do Projeto de Prevenção de Emergências e o I
Seminário Nacional sobre Política de Assistência Social.
A Cáritas Brasileira, no ano de 2013, comemorou 30 anos de trabalho na Economia Solidária, consolidando a
inserção junto aos Centros de Referência em Economia Solidária. Fortalecemos cada vez mais as experiências
com Fundos Solidários em todas as regiões brasileiras. Também neste ano verifica-se o empenho da rede
Cáritas no debate sobre ações preventivas, a partir da conscientização da população para a preservação do
meio ambiente e da recuperação das nascentes, a exemplo do Projeto de Prevenção de Emergências.
Os debates e reflexões sobre a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos possibilitou
avançar no trabalho junto aos catadores(as) de materiais recicláveis. A formação em políticas públicas
e controle social foi ponto prioritário no trabalho da Cáritas em âmbito diocesano, regional e
nacional. No mesmo contexto, a participação em conselhos, comitês e comissões também fez
parte das ações de 2013. A Cáritas esteve presente nos Conselhos Nacional de
Desenvolvimento Rural e Sustentável, de Economia Solidária (CNES), de Segurança
Alimentar e Nutricional (Consea), dos Direitos da Criança e Adolescente
(Conanda), de Defesa Civil (CONDEC), das Cidades (ConCidades), além do
Conselho de Assistência Social do Distrito Federal (CAS/DF).
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Cáritas no Brasil
Ainda verificam-se avanços na incorporação do processo de Planejamento, Monitoramento e
Avaliação (PMAS), bem como, da gestão compartilhada nos diferentes âmbitos de organização
da rede Cáritas. Os espaços de intercâmbio e articulação das pastorais, a realização do Grito dos
Excluídos e, especialmente, a 5ª Semana Social Brasileira sinalizaram para o necessário mutirão em
torno da construção do “Estado e da sociedade que queremos”, o qual será viável mediante o
protagonismo das populações empobrecidas nos processos decisórios.
Neste processo, o empenho da juventude Cáritas para o enfrentamento de todos esses desafios foi
importante. A organização, em Minas Gerais, do I Encontro Internacional de Jovens da Cáritas foi um passo
importante para a celebração da partilha e da coragem para lutar por solidariedade e diversidade em âmbito
internacional. O encontro reuniu cerca de 100 jovens ligados à Cáritas, sejam eles assessores, de grupos
acompanhados e lideranças juvenis do Brasil e de oito países da América Latina, iluminados pelo texto
bíblico do Discípulo de Emaús (Lucas 24;13-35) e pelo tema “Partilhar o pão para que as Juventudes tenham
vida”.
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Nossa Abrangência
Boa Vista
Macapá
Belém
Manaus
São luís
Teresina
Fortaleza
Natal
João Pessoa
Rio Branco
Recife
Porto Velho
Maceió
Aracajú
Palmas
Salvador
Cuiabá
DF
Goiânia
Belo Horizonte
Campo
Grande
Vitória
Rio de Janeiro
São Paulo
Curitiba
Florianópolis
Na página 56 você pode verificar os
contatos de todas as Cáritas no Brasil.
Porto Alegre
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Campanha Mundial
Uma Campanha Nasce para Mover Corações Humanos
A relação com a comida que ingerimos e a felicidade que sentimos, pode revelar muito sobre quem somos. Por
isso valem os ditados: “saco vazio, não para em pé” e “barriga cheia, pé na areia”. Esses dois ditados ajudam a
entender como na vida cotidiana a humanidade lida com o ato de se alimentar e com a felicidade.
Todos os anos cerca de 18 milhões de pessoas (50 mil por dia) morrem por razões relacionadas com a pobreza,
sendo a maioria mulheres e crianças. Cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem 5 anos. Um
bilhão e 100 milhões de pessoas, cerca de um sexto da humanidade, vive com menos de 1 dólar por dia. Dois
bilhões e 700 milhões têm um nível inferior a 2 dólares por dia, e mais de 800 milhões de pessoas estão
subnutridas, ou poderíamos dizer parafraseando o dado: “mais de 800 milhões de pessoas estão de saco vazio, e
não param em pé”. Desse modo a afirmação de “a qualidade de uma sociedade (...) não se mede pelo PIB, pela
renda média de sua população, mas pela qualidade de vida de seus membros mais fracos”. (Zigmunt Bauman,
2003) é atual e fundamental que nos dediquemos a entender.
Nesse cenário de compreender a qualidade de vida dos membros mais fracos (empobrecidos), surge
a Campanha Mundial Contra a Fome e a Pobreza, uma família humana pão e justiça para todas as
pessoas. Uma campanha nascida para mover corações humanos. Ela é importante porque quer
tocar o coração das pessoas e assim desinstalar a humanidade dos lugares de conforto e caminhar
rumo a mobilização e a organização solidária para mudar a realidade dura da Fome e da Miséria,
por via da qualidade de vida, e não do poder de consumo das pessoas mais empobrecidas.
A Campanha Mundial representa para os amigos(as), parceiros(as), organizações, pastorais
sociais, agentes Cáritas uma oportunidade única de novamente colocar no centro do
processo, a pessoa humana e suas fomes: de beleza, do lúdico, da justiça, de abraços e
beijos desinteressados, de reunir nas calçadas, de paz, de fraternidade, de comer
juntos(as), de fazer ressoar as alternativas que mundo a fora já aparecem concretizando o
outro mundo possível. A campanha representa assim, uma forma de promover e gerar
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Campanha Mundial
um modo de proceder com a Casa do Mundo. A vida é de uma beleza sem fim, e é para
todos(as) essa beleza. Na casa comum do Mundo há espaço para todos(as).
Todos(as) podemos nos envolver. As gerações futuras não votam e não consomem. Portanto,
quem vai pagar para deixar algo aí, sem direito a ver o que vai ser, somos todos(as) nós. Participe!
Ainda estamos no tempo de Mobilizações: Compartilhando as notícias da campanha veiculadas no site
da Cáritas. Entre em www.caritas.org.br. Compartilhando as informações da campanha a partir das redes
sociais da Cáritas:
www.facebook.com/caritasbrasileira
twitter.com/caritasbrasil
https://www.youtube.com/user/CaritasBR
Indicando alguém para ser referência nos diálogos sobre a Campanha e para receber notícias e ajudar na
comunicação da mesma. Participar das atividades que iremos realizar em nível nacional ou regional, e que podem
ser feitas em parceria Cáritas e a entidade ou organização. Promovendo debates e reflexões sobre a campanha e
suas temáticas. Disseminando os materiais de divulgação da campanha na sua rede de contato e enviar as peças de
divulgação da campanha a veículos de comunicação que você conheça. Entre em “materiais” no endereço:
http://caritas.org.br/campanha-mundial. E, sobretudo, reúna pessoas da sua diocese ou paróquia, pastorais
sociais, organismos ou organização; procure realizar as rodas de conversa da campanha. Ela será o nosso
instrumento para a escuta que queremos realizar sobre a fome e a pobreza. Baixe o material e saiba mais
informações.
Envolver-se com a Campanha: Uma família humana pão e justiça para todas as pessoas é
assumir fazer o que podemos, nos lugares que estamos, construindo alternativas concretas
para felicidade das pessoas. Somos uma rede humana que move corações em uma
corrente de solidariedade.
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Voluntariado
A concretização do ser solidário
O compromisso com os pobres e a busca de uma sociedade mais igualitária é
o que move a rede de voluntários da Cáritas Brasileira. Dos 12 mil agentes Cáritas
no Brasil, 89% são voluntários(as), número que vem aumentando desde outubro de
2013, quando a nova página de internet da Rede de Permanente de Solidariedade (RPS)
abriu a possibilidade de colaboração por meio do voluntariado.
O resultado é animador! Dos contatos recebidos pelo novo site da RPS, 30% são de pessoas que
ofereceram seu tempo, seus conhecimentos e habilidades eletivamente em prol de alguma ação da Cáritas.
No estado de São Paulo, 44% das fichas recebidas foram de pessoas que tinham o objetivo de fortalecer
atividades de forma facultativa.
Outra novidade é em relação ao perfil de quem se oferece como voluntário. A partir da página da RPS, 55%
dos contatos foram realizados por mulheres e 45% por homens, o que mostra uma situação de equilíbrio no
que antes era considerado um comportamento tipicamente feminino.
A Cáritas Brasileira incentiva um voluntariado que se destaque pela ação solidária, pela motivação de ajudar
pessoas e, deste modo, mudar o mundo. O método da Educação Popular é o que utilizamos para construir
diálogos e mobilizar comunidades para atuar de forma organizada e participativa.
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Voluntariado
Cáritas na Prática
Depois do terremoto ocorrido no Haiti, em 2010, uma intensa migração de
haitianos é verificada no Brasil, principalmente a partir da Amazônia
brasileira. Cidades como Tabatinga e Manaus, ambos no Amazonas,
recebem centenas de migrantes e, para acolher essas pessoas, a Cáritas
atua de forma a mobilizar apoios tanto do Governo Federal, como de outras
entidades para a garantia dos direitos humanos de quem chega no Brasil.
Através da campanha SOS Haiti, a Cáritas Brasileira destinou mais de R$ 250 mil
para o atendimento das primeiras necessidades, como alimentação e remédios, para os migrantes que
estavam em Tabatinga. Com os recursos, as pastorais e pessoas voluntárias organizaram mutirões de
almoço e cafés da manhã, além de atividades culturais e aulas de português.
Muitos dos haitianos, após alguns meses na Amazônia, vão para cidade de São Paulo e também
encontram a ajuda da Cáritas Brasileira. O Centro de Acolhida para Refugiados recebe solicitantes de
refúgio e refugiados – estrangeiros que necessitam da proteção internacional por sofrerem
perseguições injustas em seus países. O Centro oferece auxílio para o procedimento junto ao Governo
Federal, orientação para a obtenção dos documentos de permanência e de trabalho e apoio
para necessidades de moradia, saúde e integração.
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Voluntariado
Você Sabia?
Qualquer pessoa pode ser voluntária, independente do
grau de escolaridade. O importante é ter boa vontade e
responsabilidade. No voluntariado, todos ganham: A ação
voluntária visa a ajudar pessoas em dificuldade e melhorar a
qualidade de vida da comunidade. Seu sentido é eminentemente
positivo: ao mobilizar energias, recursos e competências em prol de
ações de interesse coletivo, o voluntariado reforça a solidariedade
social e contribui para a construção de uma sociedade mais justa e
mais humana. A Lei Nº 9.608 em seu artigo segundo destaca que: O
serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de
adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador de
serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de
seu exercício.
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Economia Popular Solidária
Cáritas Brasileira: 30 anos de experiência
com economia solidária
Durante os dias 12 a 15 de junho de 2012, a Coordenação Regional de Cáritas e Pastoral Social
do Secretariado Latino-americano e Caribenho de Cáritas (SELACC) se reuniram no Rio de
Janeiro. O encontro contou com a participação de representantes Cáritas de dez países de todas
as regiões
acompanhar
trabalhos30
desenvolvidos
a partircom
dos aseguintes
eixos
pastorais:
Em
2013, para
a Cáritas
Brasileiraoscelebrou
anos de trabalho
Economia
Popular
Desenvolvimento
Humanono
Integral
entre
Homens eem
Mulheres,
Solidária
- EPS. Destaca-se
períodoe aSolidário,
efetivaçãoIgualdade
dos Centros
de Formação
EconomiaMeio
Ambiente
e Gestão
de Risco,
Formação,
Espiritualidade
Solidária (CFES),
através
de convênio
com
o Ministério edoComunicação.
Trabalho e Emprego. Os Centros se
destinam à formação de formadores(as), educadores(as) e gestores(as) públicos e atuam com a
Neste encontro,
foi realizada asustentável,
oficina “Equidade
entre Homens
e Mulheres”.
O objetivo
da atividade
estratégia
de desenvolvimento
contribuindo
para fortalecer
o potencial
de inclusão
social, foi
debater
o
tema
como
as
Cáritas
da
América
Latina
e
Caribe,
além
de
apresentar
o
plano
de
trabalho
da
principalmente de comunidades em situação de pobreza.
equipe, para os próximos anos. A proposta traz alguns objetivos como: promover a apropriação do conceito
de igualdade
entre homens
e mulheres;
temática
Através
de equipes
em âmbito
nacional promover
e pessoas adeintegração
referênciadanas
regiõesde
deequidade
execuçãonos
doseixos
CFESpastorais;
Regionais,
promover
iniciativas
e
articulações
com
a
Rede
Cáritas
e
outras
organizações
sociais,
bem
como
consolidar
e
os Centros têm o papel de sistematizar e divulgar metodologias adequadas à implementação de práticas
fortalecer
a
Comissão
de
Regional
de
Gênero.
educativas em Economia Solidária em conjunto com organizações parceiras.
Outra ação importante é o Projeto de Articulação de Redes de Fundos Solidários, também em parceria com o
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por meio da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES). Os
Fundos Solidários são processos de gestão coletiva de recursos, voltados para a sustentabilidade local e
territorial. São instrumentos concretos de desenvolvimento social, democratização da gestão dos recursos e
de promoção da participação popular.
Com recursos da própria comunidade, os Fundos Solidários incentivam o desenvolvimento econômico
de mais dez mil famílias brasileiras, possibilitam que grupos organizados possam gerir coletivamente e
dar o melhor destino aos recursos. Por sua metodologia, pode-se afirmar que se constituem em
Patrimônio das Comunidades, atendendo à população mais excluída e os segmentos mais vulneráveis,
com expressiva presença nas comunidades remanescentes de quilombos, acampados, catadores,
indígenas e ribeirinhos.
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Economia Popular Solidária
Em 2013, a Cáritas Brasileira celebrou 30 anos de trabalho com a Economia Popular Solidária. Para
sua execução, é necessária a reafirmação dos princípios da autogestão, da confiança e da vivência
comunitária, da solidariedade, das decisões coletivas, do respeito ao meio ambiente, do equilíbrio nas
relações de gênero. O Fundo visa o fortalecimento de ações que valorizam o saber popular e de
produção de conhecimento. Desta forma, citam-se as experiências com agricultura agroecológica no
Norte e Nordeste, ou mesmo as redes de artesanato construídas na região Sudeste do país.
A Cáritas Brasileira é a principal organização articuladora dos projetos de apoio aos Fundos Solidários que
também é desenvolvido pela Fundação Grupo Esquel Brasil, no Nordeste brasileiro, pelo Programa
Providência, no Centro-Oeste, e pelo Camp, na região Sul. O projeto ainda conta com o apoio do Fórum
Brasileiro de Economia Solidária (FBES) e da Articulação no Semiárido (ASA Brasil).
Mapeamento
Em junho de 2013, um seminário nacional com mais de 300 participantes apresentou um mapeamento das
experiências de fundos solidários em todo o país. Ao todo, foram identificados 1.049 experiências de Fundos
Solidários em todo o país. A região Nordeste foi a que apresentou o maior número, 336 experiências
mapeadas, seguida da região Centro-oeste (71), Sudeste (39), Sul (38) e Norte (24).
A dinamização em âmbito local, estadual e nacional dos Fundos Solidários contribuiu para a implantação de
casas de sementes e quintais agroecológicos em diversas áreas de atuação da Cáritas em todo o território
nacional. Diante da diversidade de experiências e tipologias de Fundos Solidários no Brasil, cabe à Rede
Nacional proporcionar espaços de intercâmbio de metodologias de gestão de empreendimentos baseados na
EPS.
O objetivo é desenvolver a potencialidade de ser referência formativa, organizativa e política para os Fundos
Solidários em sintonia com os Fóruns de Economia Solidária e com as outras expressões de Finanças
Solidárias.
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Economia Popular Solidária
Cáritas na Prática
Ao longo dos seus 57 anos de existência, pelo menos 30 anos a Cáritas se dedicou a construir
outra economia junto com as pessoas mais empobrecidas desse país. A atuação da Cáritas se
mistura muito com a trajetória da Economia Solidária no Brasil que, somado a milhares de
trabalhadoras e trabalhadores, possibilita ousar em construir, não apenas outra economia, mas outro
modo de viver, outro modo de desenvolver a vida das pessoas.
Neste ano, os agentes Cáritas de todos os regionais se reuniram no 2º Fórum Social, 2ª Feira Mundial de
Economia Solidária e 20ª Feicoop, eventos realizados no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo
Lorscheiter, em Santa Maria(RS). De acordo com dados fornecidos pelo Projeto Esperança/Cooesperança,
promotor dos eventos, 27 países estiveram representados na Feira: África do Sul, Alemanha, Argentina, Brasil,
Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Cuba, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, Equador, França, Filipinas, Hungria,
Itália, Marrocos, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, Portugal, República Tcheca, Senegal, Suíça e Uruguai.
Todos os estados brasileiros enviaram representantes, num total de 530 municípios. Mais de mil
empreendimentos de Economia Solidária estiveram presentes, oferecendo mais de 10 mil variedades de
produtos e serviços. A participação de comunidades quilombolas e povos indígenas, além de grupos de
mulheres, de jovens e do Movimento Negro foram evidenciadas. As discussões sobre um marco legal da
Economia Solidária, os debates sobre o consumo responsável e a organização do próprio Movimento de
Economia Solidária perpassaram o evento.
21
Economia Popular Solidária
Você Sabia?
Está tramitando no Congresso Nacional um
projeto de lei que cria a Política e o Sistema
Nacional de Economia Solidária e dispõe
sobre os empreendimentos econômicos
solidários. O projeto de lei, inicialmente de
iniciativa popular, hoje tramita nas comissões
aguardando momento para ser votado pelos
parlamentares. Essa é uma luta da Cáritas
Brasileira e de todo o movimento de
Economia Solidária e é uma importante
ferramenta para fortalecer as iniciativas de
Economia Solidária no país.
22
Em novembro de 2013 foi realizada no Auditório da
Assembleia Legislativa do estado de Minas Gerais uma
audiência pública com o objetivo de discutir a criação do
Fundo Estadual de Economia Popular Solidária. Como
resultado foram aprovados cinco requerimentos, dentre
eles os dois que destacamos a seguir: I. Criação do Fundo
Estadual de Fomento ao Desenvolvimento da Economia
Popular Solidária, de acordo com o que define a Lei
15028, de 19/01/2004 (Lei do Executivo). II. Destinação
de pelo menos 5% do FEM - Fundo de Erradicação da
Miséria (criado pela LEI Nº 19.990, DE 29 DE DEZEMBRO
DE 2011) ou do Fundo Social do Minério (quando for
criado).
Infância e Juventude
Fortalecer o PIAJ para a garantia dos direitos
da criança e do adolescente
No início da década de 2000, a Cáritas Brasileira definiu o trabalho com a infância e adolescência
como horizonte político pedagógico para sua ação. A partir do protagonismo exercido junto aos
Conselhos de Políticas Públicas incorporados à juventude, nasceu o PIAJ, o Programa de Infância,
Adolescência e Juventude da entidade, que vincula a garantia e a promoção dos direitos deste público à
concepção de desenvolvimento solidário e sustentável.
Passados 13 anos, a Cáritas se dedica na estruturação do PIAJ em todos os regionais e Entidades-Membro,
envolvendo articulações de coletivos para a participação de crianças, adolescentes e jovens nos processos
formativos no que se refere à garantia de direitos através das políticas públicas. O PIAJ incentiva e apoia
atividades educativas com foco no Estatuto dos Direitos da Criança e Adolescentes – e no recém aprovado
Estatuto da Juventude – entre outros referenciais de apoio na defesa e proteção destas categorias sociais. O
objetivo é estimular a participação política e social em suas comunidades, Conselhos de Direito e Fóruns da
Criança, Adolescente e Juventude.
Pode-se destacar como ações principais o Voto Adolescente, o Enfrentamento à Violência e Exploração
Sexual, a Participação na Gestão de Políticas Públicas, as Campanhas Contra a Redução da Maioridade Penal
e Contra a Violência e Extermínio de Jovens, seminários regionais e nacionais com temáticas sobre a
conjuntura atual e elaboração dos planos de ação regional e nacional.
A participação em redes e fóruns também é parte do programa. A Rede Juventude Viva é um exemplo diante
da principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos - o homicídio. Este problema atinge,
principalmente, a juventude negra do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas
dos centros urbanos. A partir desta constatação e com parceria do Governo Federal, o Plano
Juventude Viva é fruto de uma intensa articulação interministerial para enfrentar a violência contra
a juventude brasileira, especialmente os jovens negros.
No Regional Nordeste II da Cáritas Brasileira (Pernambuco e Paraíba), a centralidade das ações com
a infância e a juventude se deu na elaboração de referencial metodológico contextualizado para
a disseminação de Políticas de Proteção Infantil (PPI). O objetivo da ação é garantir a
23
Infância e Juventude
proteção à criança mediante a articulação entre Instituição e Família. As comunidades de
Palmeira dos Índios (AL) e Cajazeiras (PB) já possuem essa experiência desenvolvida, sendo
possível o acompanhamento in loco em casos especiais de violações.
O Regional Nordeste II também promoveu, em novembro, o I Encontro de Capacitação, promovido
pela Cáritas Brasileira Regional NE2 na cidade de Caruaru(PE), com o tema “Diga Sim a Proteção Infantil
– Educação em Valores e Cultura de Paz”. O encontro capacitou seus participantes, em sua maioria
educadores sociais e famílias acompanhadas pelo PIAJ, para a atuação com políticas de proteção à infância.
Todo o processo de capacitação é composto por quatro etapas, sendo a primeira um curso intitulado Política
de Proteção Infantil – PPI que está sendo oferecido em modalidade EAD (Educação a Distância) em sete
módulos. Cada etapa tem a duração de dois meses. A segunda etapa é formada por encontros presenciais,
onde serão realizadas três oficinas na perspectiva de trabalhar a temática “Educação em Valores e Cultura de
Paz”, através das experiências vivenciadas pelos educadores sociais. Já o terceiro momento consiste na
implementação do PPI, a última etapa é o monitoramento da política. Desta forma, a Cáritas Brasileira parte
para a finalização do processo de elaboração da Política Nacional do PIAJ, fruto de um caminho de escuta dos
regionais para a publicação de um documento que oriente a política no que refere-se as ações com crianças,
adolescentes e jovens em toda a rede.
Outra linha de ação é a erradicação do trabalho infantil. Em todo o mundo, milhões de crianças e
adolescentes estão envolvidos em alguma forma de trabalho. De acordo com dados do UNICEF, cerca de 150
milhões de meninas e meninos, entre 5 e 14 anos, ou seja, uma em cada seis, estão envolvidas com o
trabalho infantil em países de desenvolvimento. Conforme estimativa da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), 7,4 milhões de crianças na mesma faixa etária estão envolvidas no trabalho doméstico que é,
desproporcionalmente, realizado por meninas.
No último relatório divulgado pelo Fórum Nacional para a Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), em
2011, o número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos envolvidos em atividades econômicas ilegais
caiu no Brasil, mas ainda atinge 3,7 milhões de meninos e meninas.
A Cáritas Brasileira participa do FNPETI e colabora na mobilização e sensibilização da sociedade brasileira na
luta pela prevenção e o fim da exploração do trabalho de crianças e pela proteção ao adolescente
trabalhador.
24
Infância e Juventude
Cáritas na Prática
O I Encontro Internacional de Jovens da Cáritas, ocorrido
em julho de 2013, em Mário Campos (MG), afirmou o ideal evangélico de “Partilhar
o pão para que todas as juventudes tenham vida”. Mais de 100 jovens latinoamericanos
da Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Haiti, Honduras, México e Uruguai
participaram da atividade e compartilharam da indignação pela multidão de jovens com baixa
escolaridade, com horizonte privado de grandes sonhos desde cedo.
Os(as) jovens propuseram a criação de um grupo de trabalho de juventudes na Cáritas latinoamericana, além
de organizações juvenis nas instâncias paroquiais, diocesanas, territoriais, nacionais e internacionais de forma
que se interrelacionem em rede.
Além disso, o encontro debateu os desafios frente ao aumento exagerado da população carcerária, cuja
maioria se trata de jovens empobrecidos; o alarmante crescimento da violência letal contra a população juvenil
em situação de vulnerabilidade social, em que na outra ponta do gatilho está também parte dessa mesma
juventude vitimizada pela falta de políticas públicas. “Sentimos que a riqueza de uma troca de saberes aos
moldes do que vivemos aqui precisa ser compartilhada em todas essas instâncias de forma permanente e
consequente, com realizações de encontros diocesanos, regionais, nacionais que culminem em outros espaços
latinoamericanos, podendo chegar, quem sabe, a nível intercontinental”, afirmam no
documento final do encontro.
25
Infância e Juventude
Você Sabia?
A Lei Menino Bernardo é o nome adotado pelos
deputados para projeto de Lei 7672/2010, da Presidência
da República, proposto ao Congresso Nacional que visa
proibir o uso de castigos físicos ou tratamentos cruéis ou
degradantes na educação de crianças e adolescentes. A
imprensa brasileira apelidou a lei de Lei da Palmada. O
projeto prevê que pais que maltratarem os filhos sejam
encaminhados a programa oficial de proteção à família e
a cursos de orientação, tratamento psicológico ou
psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança
que sofrer a agressão, por sua vez, deverá ser
encaminhada a tratamento especializado. A proposta
prevê ainda multa de três a 20 salários mínimos para
médicos, professores e agentes públicos que tiverem
conhecimento de agressões a crianças e adolescentes e
não denunciarem às autoridades.
26
O Estatuto da Juventude é o
instrumento legal – Lei 12.852/2013 –
que contempla hoje cerca de 51
milhões de jovens brasileiros com idade
entre 15 e 29 anos. Ele determina que
direitos como, Direito à Diversidade e à
Igualdade; Direito ao Território e à
Mobilidade; dentre outros devem ser
garantidos e promovidos pelo Estado
brasileiro, independente de quem
esteja à frente da gestão dos poderes
públicos.
Convivência com o Semiárido
No meio de uma longa estiagem, mobilização
para convivência com o semiárido
Segundo dados oficiais do Ministério da Integração, o Semiárido brasileiro abrange uma área de
969.589,4 km² e compreende 1.133 municípios de nove estados do Brasil: Alagoas, Bahia, Ceará, Minas
Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Historicamente reconhecido pela sociedade
como um lugar difícil para sobrevivência, devido aos grandes períodos de seca, a região foi vítima de grandes
êxodos e ainda hoje concentra a maior parte da população empobrecida do Brasil.
Segundo o Ministério da Integração Nacional, mais da metade (58%) da população pobre do país vive na região. Estudos do Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef) demonstram que 67,4% das crianças e adolescentes no Semiárido são afetados pela
pobreza. São quase nove milhões de crianças e adolescentes que convivem com essa situação.
A Cáritas Brasileira aposta na convivência com o semiárido ao focar em estratégias que potencializem a vida dentro do bioma e
ecossistema que o compõem. Não são as características climáticas que determinam a pobreza, mas sim a exclusão de parte da
população, ou seja, a privação de condições mínimas para a sobrevivência.
A partir da mobilização e organização comunitária, a formação técnica e política para o desenvolvimento local sustentável, os
Regionais Cáritas, junto com a Articulação do Semiárido (ASA), contribuem na implementação de obras hídricas (cisternas,
pequenas barragens, perfuração de poços) e de projetos produtivos (criação de pequenos animais, lavouras coletivas, hortas
medicinais, entre outros). Desde 1999 com a criação do programa de Convivência com o Semiárido da Cáritas, mais de 100 mil
famílias já foram atendidas com obras hídricas e mais de 70 mil com atividades educacionais e produtivas.
Em 2013, as ações da Cáritas para a Convivência com o Semiárido foram voltadas para a recuperação e
melhoramento dos mananciais hídricos, além da construção de obras de armazenamento e retenção de água,
com a construção de cisternas. As ações foram realizadas, principalmente, nos estados onde as famílias
vivenciam a maior estiagem dos últimos 40 anos, o que afirma mais ainda a necessidade do estabelecimento
de condições sustentáveis de convivência com o bioma.
27
Convivência com o Semiárido
Segundo dados da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a situação da seca pode piorar. O estudo realizado pela
universidade aponta que a estiagem deverá se arrastar por mais cinco anos, completando um longo período de nove
anos consecutivos. Diante dessa realidade, a campanha "Tem Gente com Sede de Solidariedade", iniciada em
dezembro de 2012 em Pernambuco, tem sido dinamizada com o objetivo de arrecadar recursos financeiros para a
construção de reservatórios de água para consumo humano e produção de alimentos.
Os resultados da campanha mostram que cerca de 150 mil litros de água potável já foram distribuídos nos municípios
mais necessitados. Já conseguiu a arrecadação de mais de R$ 300 mil. Os recursos estão sendo investidos em ações
estruturantes, como por exemplo, construção de cisternas e barragens subterrâneas nos municípios pernambucanos
de Águas Belas, Jupi, Manari e Ouricuri.
No Ceará, na Assembleia Legislativa, destacou-se o Seminário e a Audiência Pública realizado em maio, com o tema
"Convivência com o Semiárido e a Afirmação de Direitos". Participaram do evento mais de 100 pessoas, agricultores e
agricultoras do Ceará, além de agentes Cáritas, representantes dos Bispos do Brasil, professores e gestores públicos.
No mês de março, autoridades governamentais e do Poder Legislativo brasileiro receberam, na cidade do Recife, um
documento, construído pela Cáritas e diversos movimentos sociais dos estados nordestinos, com 88 diretrizes com
proposições para políticas públicas direcionadas ao Semiárido. Entre as propostas, a constituição de um conselho
nacional para a gestão da política de Convivência com o Semiárido, criação de um fundo nacional com recursos do
Orçamento Geral da União, mapeamento da infraestrutura hídrica dos municípios, fomento a pesquisas sobre cisternas
e barragens, e a democratização do acesso à água.
Também foi fundamental a implantação de unidades de produção coletivas nas comunidades do estado da Bahia.
Projetos desenvolvidos pela Cáritas privilegiaram o fortalecimento das redes de produção de Economia Popular
Solidária e casas de sementes, para garantir a plantação no retorno das chuvas. Desta forma, o trabalho foi centrado na
garantia de acesso à água para consumo humano através de tecnologias sociais; no fortalecimento dos vínculos sociais,
culturais e ambientais das comunidades do semiárido com o seu bioma e nas articulações de intercâmbio entre as
famílias que vivem no semiárido baiano.
28
Convivência com o Semiárido
Cáritas na Prática
Em pleno semiárido, agricultores(as) da localidade de Mamoeiro em
Cariús, Diocese de Iguatú, no Ceará, trabalham com alternativas produtivas,
geração de renda e alegria, motivos que fazem a diferença nesse momento de
incertezas diante da estiagem. Os(as) trabalhadores(as) usaram a criatividade e
desenvolveram atividades como a quebra de pedras para produzir cal e fazer carvão, alternativas
que ajudaram a driblar a escassez de recursos e, consequentemente, a fome.
Destaca-se a experiência dos quintais produtivos, que vem garantindo a segurança alimentar das famílias, que
aos poucos descobrem o grande potencial dos seus quintais. Onde tem de tudo um pouco: banana, maracujá,
batata, acerola, pimentão, quiabo, macaxeira, tomate, coentro, cebola, alface, cenoura e beterraba garantem
a alimentação e também são comercializados na própria comunidade. Com a ajuda da rede Cáritas, os(as)
agricultores(as) puderam entender o processo de manejo do solo, cuidado com as plantas, e o resultado se
comprova na mesa com alimentos saudáveis e sem riscos para consumo humano.
A avaliação é de que todas essas práticas ajudaram na melhoria na alimentação com o consumo permanente
de verduras e legumes; qualidade dos alimentos cultivados; aumento da renda familiar em 50% com a
comercialização diária na residência e periódica nas comunidades vizinhas e sede do município; acesso mínimo
ao saneamento básico com a construção de banheiro domiciliar; maior unidade comunitária e familiar com o
exercício da partilha do saber e da produção.
29
Convivência com o Semiárido
Você Sabia?
A realização da 1ª Conferência Temática de Convivência sobre o
Semiárido brasileiro, realizada em Fortaleza, em julho de 2013.
Resultou em um documento com 10 propostas debatidas a partir das
reivindicações e reflexões dos povos do Semiárido. E essas propostas
fazem parte do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e
Solidário que acaba de ser concluído. Dentre as propostas destacamos:
I - a Construção de um Plano de Reforma Agrária para o Semiárido, com
efetiva participação social, orientada pelas seguintes diretrizes
estratégicas: a) Reforma Agrária como estratégia de desenvolvimento
econômico, social, ambiental, político e cultural; b) Convivência com o
semiárido numa perspectiva agroecológica e da economia solidária;
30
Catadores de Recicláveis
A luta dos catadores(as) por dignidade e trabalho
Durante os dias 12 a 15 de junho de 2012, a Coordenação Regional de Cáritas e Pastoral Social
do Secretariado Latino-americano e Caribenho de Cáritas (SELACC) se reuniram no Rio de
O fortalecimento de grupos de catadores e catadoras de materiais recicláveis é uma das
Janeiro. O encontro contou com a participação de representantes Cáritas de dez países de todas
prioridades da Cáritas Brasileira. Como bem ensina a Campanha Mundial “Uma família
as regiões para acompanhar os trabalhos desenvolvidos a partir dos seguintes eixos pastorais:
humana, pão e justiça para todas as pessoas”, atitudes e práticas populares podem superar
Desenvolvimento Humano Integral e Solidário, Igualdade entre Homens e Mulheres, Meio
o empobrecimento. A entidade assessora grupos informais na formação de cooperativas e
Ambiente e Gestão de Risco, Formação, Espiritualidade e Comunicação.
associações, apoia a organização do trabalho, além de atuar no fortalecimento da estrutura para
auxiliar em trabalhos como: obtenção de galpão para estocar os materiais coletados, equipamentos
Neste encontro, foi realizada a oficina “Equidade entre Homens e Mulheres”. O objetivo da atividade foi
de proteção para auxiliar no processo produtivo e de proteção individual, entre outros. Desde 2003,
debater
o tema
como as Cáritas
dabeneficiados(as)
América Latina eemCaribe,
além
apresentar
o plano
de trabalho da
mais
de 5,7
mil catadores(as)
foram
projetos
quedeenvolvem
a Rede
Cáritas.
equipe, para os próximos anos. A proposta traz alguns objetivos como: promover a apropriação do conceito
de igualdade
entre homens
e mulheres;
promover
integração
da temática
de equidade nos
eixos
pastorais;
Neste
ano, através
do Secretariado
Nacional,
foi apossível
realizar
o acompanhamento
direto
aos
regionais
promover
articulações
com acom
Rederecursos
Cáritas eda
outras
organizações
sociais,
como consolidar
Cáritas
queiniciativas
executame projetos
apoiados
Fundação
Banco do
Brasil bem
e Secretaria
Nacional ede
fortalecer aSolidária
Comissão
de Regional
de Gênero.
Economia
(SENAES).
A discussão
sobre a erradicação dos lixões, a estruturação do trabalho e a
política de coleta seletiva como atuação de desenvolvimento socioambiental, garantindo a autonomia de
organização dos grupos foi adotado em cursos de formação para reivindicação de acesso a direitos como
saúde, educação e moradia.
Diante da implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a Cáritas Brasileira integrou o
Comitê Interministerial de Inclusão Social de Catadores de Materiais Recicláveis. Trata-se de um espaço de
proposição e monitoramento de políticas públicas para este segmento, principalmente diante da política
de fim dos lixões, que deve ser obedecida pelos governos locais até agosto de 2014.
Evidencia-se a realização do 12º Festival Lixo e Cidadania, em outubro, na cidade de Brasília. O evento,
organizado pela Cáritas com a parceria do Movimento Nacional de Catadores(as) de Materiais
Recicláveis e da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal, contou com a participação
de mais de 2 mil pessoas, entre catadores(as), representantes de entidades e autoridades
governamentais.
31
Catadores de Recicláveis
O debate central do Festival foi a implantação da PNRS e as suas consequências para as organizações
de catadores(as) de materiais recicláveis, mas também abordou temas como a taxação de serviços
ambientais, boas práticas de inclusão de catadores(as) e direitos humanos e sociais.
Plano de Ações
No ano de 2013, a rede Cáritas elaborou um plano de ações e se concentrou no monitoramento
desse plano e no acompanhamento a atividades realizadas pelos regionais. Desta forma, diversas
novas associações e cooperativas foram criadas com o apoio da Cáritas Brasileira. Em fevereiro, por exemplo, os catadores e catadoras do Alto e Médio Vale do Itajaí, em Santa Catarina, realizaram a assembleia de
fundação da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis do Alto e Médio Vale do Itajaí, em que participam
catadores dos municípios de Rio do Sul, Agronômica, Aurora, Salete, Lontras, Apiúna, Ituporanga, Pouso
Redondo, Taió, Laurentino e Rio do Campo.
Incluí-se também o apoio aos os eventos culturais organizados por catadores(as). Em Fortaleza, capital do Ceará,
durante o carnaval, o Bloco Pracatá da Rede de Catadores desfilou seu cortejo ao lado dos maracatus do estado.
O bloco passou por dias de preparação até sair às ruas com abadás, banda de lata das crianças do Projeto
Catando Cidadania, porta bandeira e muita animação. O desfile ainda levou para a sociedade cearense a luta pela
erradicação do trabalho infantil na coleta seletiva.
32
Catadores de Recicláveis
Cáritas na Prática
As cooperativas populares de coleta e seleção de materiais recicláveis é uma
forma de promoção do desenvolvimento social e sustentável de uma
localidade. O Centro de Referência em Cooperativismo e Associativismo
(CRCA) foi fundado em 2002, a partir do programa “Luxo no Lixo” da Cáritas
Arquidiocesana de Campinas. Desde então, a organização cresce, apoiando
mais de 150 cooperados organizados.
O processo de incubação do CRCA perpassa várias áreas. Na produção, oferece
apoio da ordenação do trabalho, planejamento do layout da cooperativa,
definição de funções e responsabilidades, até o processo de entrada e saída de
materiais. A cultura solidária é trabalhada com toda a comunidade, de forma que
percebam a importância do empreendimento que está sendo construído.
Equipamentos de Proteção Individual e práticas de segurança no trabalho fazem parte
da vida dos trabalhadores.
Neste contexto, a Reciclamp, incubada na CRCA, é um exemplo exitoso desta prática. Regida pelo
princípio de igualdade de condições, para que a negociação dos produtos seja justa para todos(as),
trata-se de uma central de venda conjunta dos empreendimentos ligados ao Centro. Hoje, cinco
cooperativas em Campinas (Antônio da Costa Santos, Divipaz, São Bernardo, Reciclar, Unidos na
Vitória) e uma em Valinhos (Recoopera) fazem parte da iniciativa.
33
Catadores de Recicláveis
Você Sabia?
A Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, é bem ampla, incorpora conceitos modernos de gestão de
resíduos sólidos e se dispõe a trazer novas ferramentas à
legislação ambiental brasileira. Esta política dá uma especial
atenção aos catadores como os atores mais importantes no
gerenciamento de resíduos. Um dos instrumentos da lei prevê o
incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de
outras formas de associação dos catadores, reafirmando a
possibilidade de contratação de cooperativas e associações para
prestação de serviços na coleta, triagem, beneficiamento de
resíduos sólidos com dispensa de licitação.
34
Segurança Alimentar e Nutricional
Combater a fome com políticas de segurança
Durante
os dias 12ea 15
de junho de 2012, a Coordenação Regional de Cáritas e Pastoral Social
alimentar
nutricional
do Secretariado Latino-americano e Caribenho de Cáritas (SELACC) se reuniram no Rio de
contou com
a participaçãoEm
de representantes
de40
dezmil
países
de todas
AJaneiro.
fome éOaencontro
maior problema
da humanidade.
todo o mundo, Cáritas
cerca de
pessoas
morrem a
as regiões
para
acompanhar
trabalhos
desenvolvidos
a partir dos seguintes
eixos pastorais:
cada
dia. No
século
XXI, numosmundo
globalizado
e interdependente,
sem segurança
alimentar não há
Desenvolvimento
Humano
Solidário,mundial.
Igualdade entre Homens e Mulheres, Meio
nem
poder, nem pode
haver Integral
paz, nemesegurança
Ambiente e Gestão de Risco, Formação, Espiritualidade e Comunicação.
Cerca de 870 milhões de pessoas estavam subnutridas no período de 2010 a 2012 no mundo. Isto representa
Neste encontro,
foi realizada
“Equidade
entre
Homens
e Mulheres”.
objetivo
atividade
foi em
12,5%
da população
mundial, aouoficina
uma em
cada oito
pessoas.
A grande
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tema como as Cáritas
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desnutrida.
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objetivos
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Ásia,
o número
a proporção
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caindo,como:
mas napromover
África e na
Ásia Ocidental
quantidade
igualdade
entreestado
homens
e mulheres;
promover a integração da temática de equidade nos eixos pastorais;
de pessoas
nesse
é cada
vez maior.
promover iniciativas e articulações com a Rede Cáritas e outras organizações sociais, bem como consolidar e
fortalecer
a Comissão
de Regionalpela
de Cáritas
Gênero.Internationalis, em uma de suas reflexões, trata a fome e a pobreza
A
campanha
mundial promovida
como crimes. Neste sentido, combater a subnutrição significa também construir outro modelo de
desenvolvimento que seja sustentável e solidário.
O direito à alimentação – e à água – é um direito humano que protege todos os seres humanos a se alimentar
com dignidade, seja por meio da produção do seu alimento ou por meio da compra. Para produzir seu próprio
alimento uma pessoa precisa de terra, sementes, água e outros recursos. Para comprá-lo precisa-se de dinheiro
e acesso ao mercado. Isso significa que os países têm de fornecer um ambiente no qual as pessoas possam
produzir ou adquirir alimentos suficientes para si e para suas famílias, com rendimentos adequados e
redes de segurança social.
Para a Cáritas Brasileira, garantir a segurança alimentar e nutricional do nosso povo é trabalhar por
mudanças estruturais na forma de produção de alimentos em nosso País. A agricultura familiar e
35
Segurança Alimentar e Nutricional
camponesa é o modelo que garante, pelo menos, 70% da comida que chega à mesa dos brasileiros(as),
ainda os(as) trabalhadores(as) enfrentam a estrutura agrária concentrada que marca a história brasileira.
Por isso, a reforma agrária, somado à agroecologia, são passos necessários para o desenvolvimento de
forma solidária, sustentável e territorial do Brasil.
O trabalho das organizações da Cáritas sobre a fome varia desde o fornecimento de ajuda
alimentar em tempos de crise, a programas de longo prazo para melhorar a agricultura em
pequena escala, a infraestrutura, os sistemas agroflorestais e o reflorestamento. A entidade
também promove a participação cívica e a defesa em questões sociais e econômicas, tais
como acesso a mercados, nutrição, água e saneamento para as comunidades vulneráveis.
Garantir a segurança alimentar para todos é parte da visão Cáritas, em um mundo onde o bem
estar e a dignidade humana são fundamentais.
Um exemplo é a organização de Bancos Comunitários de Sementes. A experiência exitosa nas
regiões Sul e Nordeste inspirou a Cáritas Diocesana de Palmeira dos Índios, em Alagoas. Com o
início das chuvas, 739 famílias de agricultores do Sertão e Agreste alagoano foram mobilizadas. As
sementes, oriundas do estado de Santa Catarina e adquiridas através do Movimento dos Pequenos
Agricultores, beneficiaram assentados da reforma agrária, quilombolas e indígenas. Cada família
recebeu 13 kg de feijão preto e 20 kg de milho e assumiram o compromisso de organizar os bancos
comunitários em suas localidades.
A Cáritas Brasileira ainda está presente no Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
(CONSEA) e em vários conselhos estaduais contribuindo no processo de proposição de políticas
públicas, tais como o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de
Alimentação Escolar. A entidade também participa do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Rural e Sustentável e contribuiu com propostas para a II Conferência Nacional de mesmo tema.
36
Segurança Alimentar e Nutricional
Cáritas na Prática
Premiado com o segundo lugar da quarta edição do Prêmio Odair Firmino de Solidariedade, cujo tema
foi “Soberania Alimentar e Solidariedade: alternativas para as desigualdades sociais”, a experiência da
Pastoral da Terra da Diocese de Santa Cruz do Sul (RS) merece destaque. Em 1999, juntamente com
agricultores locais, foi criado o Banco de Sementes Crioulas para a recuperação destas sementes e o
posterior repasse para as famílias da região.
Já no primeiro ano, a coleta se apresentou bastante diversa. Sementes crioulas de milho, arroz, feijão e ramas de
mandioca beneficiaram, no início, 37 lares. Hoje, a ação da Diocese envolve cerca de 400 famílias que
multiplicam mais de 350 variedades de sementes crioulas. Camponeses, recém-assentados em projetos de
reforma agrária, comunidades rurais, jovens rurais, mulheres camponesas, indígenas e quilombolas devolvem 2
Kg de sementes a cada quilo repassado. Por meio do projeto, os trabalhadores(as) conseguem discutir modelos
solidários de agricultura, direitos trabalhistas, relações sociais de gênero, etnia, reforma agrária, soberania e
segurança alimentar.
37
Segurança Alimentar e Nutricional
Você Sabia?
Com o tema Soberania Alimentar e Solidariedade: alternativas para as
desigualdades sociais, o IV Prêmio Odair Firmino de solidariedade
promoveu em 2013 reflexões e debates de propostas para a superação
da pobreza extrema e das desigualdades sociais. Com 21 projetos
inscritos, oriundos todas as regiões do nosso país, que foram estudados
e avaliados cuidadosamente por um júri nacional. Dentre eles foram
premiados três importantes experiências que nos apontam os rumos da
soberania alimentar: Rede Mandioca (Maranhão); Sementes crioulas
(Rio Grande do Sul); Semeando em Rede (Botucatu(SP)); Conheça as
experiências na Revista do IV Prêmio Odair Firmino de Solidariedade.
38
Políticas Públicas
A participação uma ferramenta contra a
desigualdade social
O fomento às discussões sobre as políticas públicas necessárias para a redução da pobreza
e das desigualdades sociais no Brasil é uma das ações trabalhadas pela Cáritas Brasileira.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil é a sexta economia mais
rica do mundo, no entanto 57 milhões de pessoas ainda vivem em estado de pobreza, ou seja,
sobrevivem com meio salário mínimo.
Mesmo com programas de distribuição de renda promovidos pelo Governo Federal, 20% dos mais ricos
ainda detém 63,8% da renda nacional, enquanto os 20% mais pobres acessam apenas 2,5% de toda a riqueza
que é produzida pelo país.
O “Atlas de Exclusão Social: os ricos no Brasil” mostra que o país tem mais de 51 milhões de famílias, sendo
que cinco mil delas se apropriam de 45% de toda a riqueza e renda nacional.
Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), em 2012, em termos absolutos, o
estado da Bahia apresentou maior contingente de pessoas na extrema pobreza, 1.126.897 pessoas, seguido
dos estados do Maranhão (924.515), Ceará (718.066), São Paulo (666.452) e Pernambuco (609.160). Já em
termos proporcionais, Maranhão, Alagoas, Ceará, Bahia e Pernambuco, respectivamente, são os que
apresentam as maiores taxas. Consideram-se extremamente pobres àquelas com renda domiciliar per capta
inferior a R$ 70.
A desigualdade também se repete de forma mundial. De acordo com o Relatório da Riqueza Global, lançado
pelo banco suíço Credit Suisse, se a riqueza produzida no mundo em 2013, que foi de UU$ 241 trilhões, fosse
distribuída em partes iguais entre as pessoas adultas do planeta, cada um iria receber UU$ 56.600,00.
39
Políticas Públicas
O relatório ainda aponta que os 10% mais ricos controlam 86% da riqueza global, enquanto
apenas 32 milhões de adultos, 0,7% do total de habitantes do planeta, possuem 41% da riqueza
mundial. Por outro lado, dois terços dos adultos da humanidade – 3,2 bilhões – só conseguem
dividir 3% da riqueza mundial.
Neste sentido, a articulação de espaços de controle social e participação são fundamentais para a
construção de um país mais justo e de um mundo sem pobreza.
A campanha mundial “Uma família humana: pão e Justiça para Todos” traz esta reflexão em seu objetivo
principal, que é combater a fome no mundo. No Brasil, a articulação de espaços de controle e participação
social são fundamentais para a construção da igualdade. Neste sentido, a Cáritas Brasileira destaca a
importância dos tribunais populares, dos conselhos temáticos e conferências para o debate, construção e
controle de políticas públicas e também para reivindicação de direitos.
Em 2013, os agentes Cáritas estiveram mobilizados para a participação e proposição de políticas em várias
Conferências, destacamos aqui a 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário,
que teve como foco a construção de planos nacionais, estaduais e municipais de desenvolvimento rural, a 5ª
Conferência Nacional das Cidades – quando a entidade foi reconduzida ao cargo de titular no Conselho
Nacional das Cidades (ConCidades) – e ainda a 9ª Conferência Nacional Assistência Social, cujo ponto central
foi o comprometimento com a participação popular.
A Cáritas ainda promoveu o I Seminário Nacional da Cáritas sobre a Política de Assistência Social, momento
que marca o trabalho da entidade na área. O evento reuniu 33 participantes, representantes de 12
Regionais: Região Sudeste: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais; Região Sul: Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná; Região Norte: Pará; Região Nordeste: Maranhão, Piauí, Ceará, Nordeste II e Nordeste
III. O encontro teve como objetivo geral a estruturação de fluxo de informações na rede Cáritas que
permita o desenvolvimento de ações transformadoras em sintonia local, estadual, nacional, junto à
Política Nacional de Assistência Social.
40
Políticas Públicas
Cáritas na Prática
As Semanas Sociais são parte da ação evangelizadora da Igreja em muitos países. No
evento nacional realizado em Brasília, durante os dias 2 a 5 de setembro, a Cáritas
Brasileira, em conjunto com diversas organizações, debateu o caráter do Estado, além
de promover reflexões acerca do Estado que queremos.
A partir das discussões, assumimos compromissos para a construção de uma sociedade mais justa e
fraterna. Deste modo, as nossas ações também serão voltadas, em um sentimento de unidade, para a defesa
do trabalho digno para todos(as); para a promoção da formação para a cidadania; para a retomada das
Assembleias Populares em todo o país, além do fortalecimento da Campanha para Expressar a Liberdade, que
visa à democratização dos meios de comunicação através da instituição de um marco regulatório para o setor.
Ainda apoiamos a proposta da Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas e a convocação de
plebiscito para uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político. A garantia
da efetivação dos Conselhos de Juventude, a reivindicação de políticas de defesa civil, a luta pela reforma
agrária e a exigência da implementação do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil também
estão no conjunto das atividades impulsionadas através da Semana Social Brasileira.
41
Políticas Públicas
Você Sabia?
Todos os brasileiros tem direito de se manifestar e lutar por um Brasil melhor. As
manifestações ocorridas recentemente no Brasil são legítimas, legais e estão relacionadas
com direitos constitucionalmente assegurados: o direito de reunião e o direito de liberdade
de expressão. A liberdade de expressão é o direito de buscar e receber ideias e informações
de todos os tipos, com ou sem a intervenção de terceiros, inclusive através do direito de
manifestar. Esse é um direito fundamental e inalienável, inerente a todas as pessoas. É,
ademais, um requisito indispensável para a própria existência de uma sociedade
democrática e está previsto na Constituição Federal no artigo 5º, IV, VII e IX. O Direito de
reunião também é um direito fundamental previsto na Carta Magna, artigo 5º, XVI, que
dispõe que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
Ambos os direitos são cláusulas pétrias e fundamentais para a consolidação do Estado
Democrático de Direito. Eles são direitos que não podem ser revogados, mudados, suspensos
ou restringidos por lei infraconstitucional, salvo pela criação de uma nova Constituição.
42
Gestão de Riscos e Emergências
A identidade Cáritas na atuação em emergências
Os desastres socioambientais estão diretamente relacionados com as mudanças climáticas,
cujos impactos são cada vez mais frequentes e desastrosos para a população mundial. Situações
de emergência diante de inundações, períodos de grandes estiagens, ou desastres naturais sejam
elas em âmbito nacional, ou internacional.
A Cáritas Brasileira tem como identidade a ação em caso de emergências. Campanhas foram organizadas,
tais como o SOS Filipinas, que deu suporte à aquisição de bens de primeiras necessidades e de reconstrução
pós-desastres para o socorro às vítimas do Tufão Haiyan, que assolou o país. O SOS Haiti, iniciado em janeiro
de 2010, após o terremoto que vitimou a milhares de pessoas, está na fase de reconstrução de casas, escolas e
implantação de experiências de Economia Popular Solidária. Em 2013, também foram realizados intercâmbios
de experiência com a presença de dois haitianos no Brasil e dois brasileiros no Haiti.
A entidade também deu continuidade ao SOS Sudeste, após os desastres socioambientais ocorridos em janeiro
de 2011, através dos processos de construção das novas casas das famílias atingidas. A campanha beneficiou
mais de 5 mil famílias nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. No estado capixaba,
destaca-se a melhoria das condições de vida de 30 famílias do município de Barra do São Francisco com a
construção de casas com dois dormitórios, banheiro, sala/cozinha, varanda e área de serviço, totalizando
41,11m².
No Piauí, o enfrentamento da grande estiagem em 2013 contou com a ajuda Cáritas. Nos municípios de Nazaré
do Piauí e Pavussu, o projeto Promovendo Vida beneficiou 220 famílias com o fornecimento de água com
a construção de pequenas obras hídricas e a recuperação de suas fontes, além da produção
de alimentos, plantação de hortas comunitárias, apoio à criação de pequenos animais,
formar e assessorar as comunidades em gestão de risco, além de organizar a
produção familiar através da realização de mutirões agroecológicos.
Já no Sul do país, o projeto “Prevenção de Emergências, Construindo
43
Gestão de Riscos e Emergências
Comunidades mais Seguras” desenvolvido pelas Cáritas Regional Rio Grande do Sul e
Regional Santa Catarina tratam de ações preventivas, dentro de uma concepção de
conscientização da população para a preservação do meio ambiente e da recuperação das
nascentes, tão fundamental para o abastecimento de água e a preservação ambiental nas
comunidades. Uma das características principais desse projeto é a sua temporalidade não
limitada a ações pontuais, mas a processos continuados.
Em Santa Catarina, destacam-se os processos de formação e capacitação para atuação em situações
emergenciais. Em Rio do Sul (SC), cerca de 60 pessoas participaram do seminário “Sociedade de riscos
e prevenção de emergências, possibilidades e desafios”, que ocorreu em outubro, em Porto Alegre. O
evento debateu a criação de fundos de emergência nos municípios; a criação de grupos para trabalhar o
pós-trauma; a garantia da capacitação dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil, além da mobilização para a
Conferência Nacional de Proteção e Defesa Civil.
A preocupação com a gestão de riscos diante de uma emergência socioambiental não mobiliza somente o
Brasil. Cerca de 50 representantes da Cáritas da América Latina e Caribe, Cáritas Internacional, Cáritas Alemã
e da agência humanitária Catholic Relief Services (CRS) estiveram presentes no Seminário Regional de Gestão
de Riscos, Emergência e Comunicação. O evento aconteceu em setembro, em Siguatepeque, a 120 km de
Tegucigalpa, capital de Honduras.
O seminário propôs o compartilhamento de experiências e práticas entre os diferentes países da América
Latina e Caribe no que se refere às respostas imediatas a situações extremas de emergências, como
terremotos, furacões e enchentes. A partir da temática central que conduziu todo evento –
Magre: Meio Ambiente, Gestão de Risco e Emergência - os agentes Cáritas trabalharam
na perspectiva de definir os protocolos regionais de resposta às emergências. Na
interface entre Magre e Comunicação, temas como redes sociais, políticas e meios
de comunicação, planejamento e apresentação de experiências em comunicação
também estiveram no foco dos debates que estruturaram o evento.
44
Gestão de Riscos e Emergências
Cáritas na prática
A Cáritas Brasileira desenvolveu, em 2013, o “Projeto de ajuda emergencial e de
reabilitação para famílias vitimadas pela seca no Estado da Bahia”. O projeto atuou na
execução de medidas que objetivaram a superação da fome e da falta de água no semiárido
baiano.
As ações abrangeram a área de atuação da Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3, abrangeu todas as iniciativas
de convivência com o semiárido com o desenvolvimento de tecnologias sociais de captação de água de chuva
nos municípios de Rafael Jambeiro, Castro Alves, Itatim, Santa Terezinha e Iaçu. Com a colaboração da Cáritas
Alemã, foram construídas dez cisternas de produção, onze cisternas de consumo, sete barreiros-trincheira
familiares, seis limpezas de aguadas e três tanques de pedra.
Capacitações para a implantação de cinco casas de sementes, além de 25 unidades de produção comunitária
(os quintais produtivos) foram trabalhadas pela Cáritas Brasileira. Na linha da formação e troca de saberes,
foram realizados seis cursos para capacitação técnica em gestão de recursos hídricos e produção de alimentos,
um Seminário Nacional de Convivência com o Semiárido, um Seminário Regional sobre Gerenciamento e
Gestão de riscos no Semiárido brasileiro, além do Encontro Regional de Monitoramento das Ações
de Convivência com Semiárido e Emergênca da seca e dos encontros de formação
para as Comissões Municipais da Água dos municípios envolvidos no projeto.
45
Gestão de Riscos e Emergências
Você Sabia?
A alimentação é um direito social garantido na Constiuição Federal do Brasil entre
os direitos sociais, individuais e coletivos desde 2006? Que para garantir esse
direito foi constituído o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN)
assim como os outros sistemas de garantias de direitos? Que as situações de
emergências e desastres figuram mundialmente entre as principais causas de
insegurança alimentar? Que a LOSAN (Lei Orgânica da Segurança Alimentar)
estabelece as definições, princípios, diretrizes, objetivos e composição SISAN, para
o poder público formular e implementar políticas, planos, programas e ações que
assegure esse direito humano fundamental? Fique ligado!
46
Formação
Os passos do combate à fome no Brasil e no mundo
os dias 12em
a 15conjunto
de junhocom
de 2012,
Regional
deempenhada
Cáritas e Pastoral
A Durante
Cáritas Brasileira,
todas aasCoordenação
Cáritas do mundo,
está
com aSocial
campanha mundial “Uma
do Secretariado
Latino-americano
Caribenho
de Cáritas
se reuniramnacional
no Rio de
Família
Humana: pão
e justiça para etodos”.
Queremos
gerar(SELACC)
uma sensibilização
na Igreja e em toda a
sociedade
respeito contou
da fome
e dos
problemasde
sociais
decorrentes
dela.de
É dez
urgente
que
Janeiro. Oaencontro
com
a participação
representantes
Cáritas
países
de façamos
todas o debate sobre o
motivo
da pobreza
e das desigualdades
no Brasil.
Por isso,
a Cáritas eixos
convida
a todos(as) a uma grande
as regiões
para acompanhar
os trabalhossociais
desenvolvidos
a partir
dos seguintes
pastorais:
mobilização
social, inspirados
pela ondae mundial
deIgualdade
oração ementre
torno Homens
da campanha.
Desenvolvimento
Humano Integral
Solidário,
e Mulheres, Meio
Ambiente e Gestão de Risco, Formação, Espiritualidade e Comunicação.
A animação da Campanha “Uma Família para Todos” foi impulsionada não só pelo lançamento realizado pela
Confederação
Nacional
dos Bispos
do Brasil,
em dezembro,
mas também
atravésOda
apresentação
dos objetivos
da
Neste encontro,
foi realizada
a oficina
“Equidade
entre Homens
e Mulheres”.
objetivo
da atividade
foi
campanha
para
movimentos
sociais,
organizações
sociais
e
autoridades
governamentais.
Deste
modo,
o
passo
debater o tema como as Cáritas da América Latina e Caribe, além de apresentar o plano de trabalho da
seguinte
de conversa
às pessoas
em situação
vulnerabilidade
e de insegurança
alimentar,
equipe,são
paraasosrodas
próximos
anos. Ajunto
proposta
traz alguns
objetivosdecomo:
promover asocial
apropriação
do conceito
que subsidie a elaboração de mapas sobre a realidade da fome, da pobreza e dos direitos no Brasil, a fim de avançar
de igualdade entre homens e mulheres; promover a integração da temática de equidade nos eixos pastorais;
na garantia, na ampliação e acesso a direitos e políticas públicas.
promover iniciativas e articulações com a Rede Cáritas e outras organizações sociais, bem como consolidar e
fortalecer
a Comissão
de Regional
Gênero.
Cada
Regional
e articulação
da Redede
Cáritas
têm a meta de realizar 400 rodas de conversa, totalizando mais de cinco
mil em todo o Brasil. Este processo é acompanhado de metodologias que devem garantir a formação de agentes
multiplicadores desta grande jornada em defesa da igualdade social e do direito à alimentação saudável. A Educação
Popular é o método adotado para o trabalho com toda a rede Cáritas, sempre na busca do diálogo e construção
coletiva.
A proposta prevê a reflexão de temas chaves, que comporão o Mapa dos Direitos de Pão e Justiça para Todas as
Pessoas: do Brasil que temos e do Brasil que queremos. A partir da indagação “Você tem fome de quê? Você tem
sede de quê?” vamos estimular as reflexões sobre a injustiça, desigualdade e pobreza no Brasil e no mundo; a
pobreza e a fome como crimes contra os Direitos Humanos; as atitudes e práticas populares que visam superar
o empobrecimento e, assim, convocar todos e todas à esperança de um mundo melhor.
Cada Roda de Conversa deve identificar as regiões a serem mapeadas, de forma a obter histórias de vida,
troca de saberes e partilha de experiências. É o potencial de organização e reivindicação de direitos que
buscamos construir como valores inerentes à prática cristã, um caminho de superação das limitações
do individualismo.
47
Comunicação e Mobilização de Recursos
A sinergia entre comunicação e mobilização de
recursos na ação Cáritas
Dentro do planejamento da Cáritas Brasileira, os trabalhos de mobilização de recursos são
fundamentais para garantir a sustentabilidade da instituição. Em 2013, o trabalho de
mobilização de recursos da entidade esteve focado na construção da independência de apoios
recebidos por projetos governamentais e de cooperação internacional, além da consolidação do plano
de sensibilização para a fidelização de doadores e o fortalecimento da rede Cáritas por meio de processos
de formação.
Dentro desse contexto, a comunicação é praticada de forma paralela e trata da consolidação, diante da
comunidade e da rede Cáritas, da sua imagem, suas missões, da transparência das ações. É a partir da
sinergia entre as ferramentas de comunicação e de mobilização de recursos que relatamos as atividades
seguintes.
O conceito “Solidariedade que transforma”, firmado na identidade visual da Cáritas Brasileira, permeou
todos os trabalhos de forma a consolidar os veículos fundamentais de comunicação da instituição, como o
site, as redes sociais, além dos materiais de conteúdo interno, tais como novas publicações de cartilhas e a
continuidade dos boletins de notícias.
Com foco em fortalecer a rede Cáritas no âmbito da mobilização de recursos, foram realizadas, neste ano,
cinco oficinas regionais. Assim, deu-se início a um processo de formação da rede, que busca o
conhecimento das ferramentas que envolvem a mobilização de recursos, a
compreensão de como e quando utilizá-las, além da orientação de
como fundamentá-la a partir de um planejamento focado nos
objetivos e prioridades da instituição, dentro da realidade de cada
regional e Entidade-Membro.
48
Comunicação e Mobilização de Recursos
O resgate da Rede Permanente de Solidariedade (RPS) foi outro importante avanço de
2013. O projeto, voltado para potencializar e fidelizar a rede de doadores e voluntários da
Cáritas, ganhou nova identidade visual, novo conceito, uma página na internet mais
completa e elaborada e um processo de cadastro que possibilita conhecer, por meio de
relatórios detalhados, o perfil das pessoas que aproximam da rede, abrindo espaço para
ações direcionadas.
A comunicação, seja ela externa ou interna à rede Cáritas, potencializou a interação entre todos os
públicos Cáritas, o que resultou em um crescimento de mais de 150% em seguidores no Facebook, além
de um significativo aumento de acessos ao site da Cáritas Brasileira, que também ganhou nova estrutura e
padrão visuais.
Além disso, a Jornada Mundial da Juventude, o Encontro Internacional de jovens da Cáritas, o lançamento da
Campanha Mundial “Uma família Humana - pão e justiça para todas as pessoas”, a realização da XIX
Assembleia Nacional da Cáritas Brasileira e outros eventos que aconteceram em 2013, foram espaços para a
consolidação das ações propostas e também de atividades específicas no contexto da relação com os meios
de comunicação, site de informações e notícias da Cáritas no Brasil e redes sociais.
As capacitações para mobilizações de recursos, bem como o fortalecimento da RPS na rede Cáritas,
desenvolvem-se no horizonte da entidade para o próximo ano, quando novas relações e novas
oportunidades também serão exploradas. Para a campanha mundial, outras ações de comunicação,
adequadas aos contextos que serão encontrados, darão continuidade ao trabalho de 2013. O
investimento no trabalho através da internet tem o potencial de ampliar ainda mais as relações
da Cáritas com toda a sociedade, em contínuo aperfeiçoamento.
49
Demonstrativo Financeiro
A Cáritas Brasileira em 2013 mobilizou recursos na ordem de R$ 59.000.000,00 (cinquenta e nove milhões de
reais), que foram efetivamente executados na sua totalidade em projetos de desenvolvimento sustentável e
solidário.
Do montante de recursos executados em 2013, cerca de 45% são de origem em Convênios Públicos voltados para
ação de Políticas Públicas; 27% são projetos específicos de recursos nacionais não governamentais como os
Fundos Nacional de Solidariedade da CNBB; 12% são projetos de apoio da Cooperação Internacional; 5% são
projetos apoiados por Campanhas Emergenciais específicas, direcionadas para situações de desastres,
inundações e secas; e 10% são provenientes de doações e outros aportes eventuais.
4,72%
10,38% 12,18%
Convênios Públicos
Acordos Internacionais
27,22%
45,50%
50
Cooperação Internacional
Campanhas Diversas
Outras Receitas
Demonstrativo Financeiro
Composição das Receitas Executivas no Exercício de 2013
Origem
Cooperação Internacional
Acordos Nacionais
Convênio Público
Campanhas Diversas
Outras Receitas
Valor
11%
Total das Receitas
18%
7.231.767,83
16.150.778,11
27.001.759,20
2.798.661,19
Percentual
12,18
27,22
45,50
4,7
6.157.086,74
10,38
59.340.953,07
100%
19%
51
Demonstrativo Financeiro
ANEND
AUDITORES INDEPENDENTES S/C
À
D.D. DIRETORIA DA
CÁRITAS BRASILEIRA
BRASÍLIA – DF
CNPJ: 33.654.419/0001-16
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Examinamos as demonstrações contábeis da CÁRITAS BRASILEIRA - SECRETARIADO NACIONAL, que
compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 e as respectivas demonstrações do resultado,
das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o
resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis
A administração da CÁRITAS BRASILEIRA - SECRETARIADO NACIONAL é responsável pela elaboração e adequada
apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos
controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis
livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
52
Demonstrativo Financeiro
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa
auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem
o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo
de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos
valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do
julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis,
independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles
internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da CÁRITAS
BRASILEIRA - SECRETARIADO NACIONAL e para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas
circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da CÁRITAS
BRASILEIRA - SECRETARIADO NACIONAL. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas
contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação
da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da CÁRITAS BRASILEIRA - SECRETARIADO NACIONAL em
31 de dezembro de 2013, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo
naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
53
Demonstrativo Financeiro
Outros Assuntos
De acordo com os nossos testes e avaliações, somos de opinião que além das Práticas Contábeis adotadas no
Brasil a entidade atendeu ao contido na Lei 1.201 e ao Decreto Lei 7.237 e tanto no que tange as gratuidades
quanto a prestação de serviços de assistência social.
Brasília, 24 de abril de 2014.
ANEND AUDITORES INDEPENDENTES S/S
CRC/RJ - 003550/S-DF
54
Lista das Cáritas no Brasil
Entidade
E-mail
Telefone
Fortaleza
Cratéus
Crato
Iguatu
Itapioca
Limoeiro do Norte
Sobral
Tianguá
Vitória
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(85) 3388.8716
(88) 3692.3623
(88) 3521.8046
(88) 3581.0340
(88) 3631.0484
(88) 3423.3222
(88) 3611.1149
(88) 3671.2378
(27) 2104.0250
Cáritas Diocesana de C. do Itapemirim
Cáritas Diocesana de Colatina
Cáritas Diocesana de São Mateus
Cáritas Arquidiocesana de São Luís
Cáritas Diocesana de Bacabal
Cáritas Prelatícia de Balsas
Cáritas Diocesana de Brejo
Cáritas Diocesana de Caxias
C. do Itapemirim
Colatina
São Mateus
São Luís
Bacabal
Loreto
S. Bernardo
Caxias
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
zefi[email protected]
[email protected]
[email protected]
(28) 2101.7612
(27) 2102.5016
(27) 3763.1169
(98) 3223.9204
(99) 3621.1280
(99) 8102.5722
(98) 8183.0598
Cáritas Diocesana de Coroatá
Cáritas Diocesana de Imperatriz
Cáritas Diocesana de Viana
Ação Social Arquidiocesana - ASA
Cáritas Arquidiocesana de Diamantina
Cáritas Arquidiocesana de Mariana
Cáritas Arquidiocesana de Montes Claros
Coroatá
Imperatriz
Viana
Belo Horizonte
Diamantina
Mariana
Montes Claros
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(98) 9174.8540
(99) 3524.8665
(98) 3664.6736
(31) 3428.8046
(38) 3531.3583
(31) 3557.1237
(38) 3222.9736
Cáritas Arquidiocesana de Fortaleza
Cáritas Diocesana de Cratéus
Cáritas Diocesana de Crato
Cáritas Diocesana de Iguatu
Cáritas Diocesana de Itapioca
Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte
Cáritas Diocesana de Sobral
Pastoral Social da Diocese de Tianguá
Cáritas Arquidiocesana de Vitória
56
Cidade
Lista das Cáritas no Brasil
Entidade
Cáritas Arquidiocesana de Juiz de Fora
Cáritas Diocesana de Almenara
Cáritas Diocesana de Araçuaí
Cáritas Diocesana de Governador Valadares
Cáritas Diocesana de Itabira
Cáritas Diocesana de Janaúba
Cáritas Diocesana de Januária
Cáritas Diocesana de Leopoldina
Cáritas Diocesana de Paracau
Cáritas Arquidiocesana de Juiz de Fora
Cáritas Diocesana de Macapá
Cáritas Diocesana de Castanhal
Cáritas Metropolitana de Belém
Cáritas da Prelazia de Cametá
Cáritas da Prelazia de Óbidos
Obras Sociais da D. Abaetetuba
Obras Sociais da D. de Bragança
Obras Sociais da D. de Ponta de Pedras
Cáritas Arquidiocesana de Maceió
Cáritas Diocesana de Palmeira dos Índios
Cáritas Diocesana de Penedo
Ação Social Arquidiocesana - ASA
Ação Social da Diocese de Patos
Ação Social D. Cajazeiras - ASDICA
Cidade
Juiz de Fora
Jequitinhonha
Araçuaí
Governador Valadares
João Molevade
Janaúba
Januária
Leopoldina
Paracatu
Juiz de Fora
Macapá
Castanhal
Belém
Cametá
Óbidos
Abaetetuba
Bragança
Ponta de Pedras
Maceió
Palmeira dos Índios
Penedo
João Pessoa
Patos
Cajazeiras
E-mail
Telefone
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(32) 3226.1089
(33) 3741.1447
(33) 3731.2143
(33) 3276.6220
(31) 3852.6377
(38) 3821.6851
(38) 3621.3102
(32) 3441.2008
(38) 3671.4421
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(32) 3235.8760
(96) 3222.0426
(91) 3711.3390
(91) 3225.0370
(91) 3781.1157
(93) 3547.1950
(91) 3751.1088
(91) 3425.3855
(91) 3225.1625
(82) 3223.3290
(82) 3421.6796
(82) 3551.2227
(83) 3241.3048
(83) 3421.2250
(83) 3531.1335
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
57
Lista das Cáritas no Brasil
Entidade
Cidade
Cáritas Diocesana de Campina Grande
Cáritas Diocesana de Guarabira
Ação Social da Paróquia de Palmares
Cáritas Diocesana de Caruaru
Cáritas Diocesana de Garanhuns
Cáritas Diocesana de Nazaré da Mata
Cáritas Diocesana de Pesqueira
Cáritas Arquidiocesana de Natal
DTO de Ação Social D. de Mossoró
Campina Grande
Guarabira
Palmares
Caruaru
Garanhuns
Nazaré da Mata
Pesqueira
Natal
Mossoró
Departamento Diocesano Social
Associação E. C. e FAM. A. da Bahia - AECOFABA
Cáritas Arquidiocesana de Feira de Santana
Cáritas Arquidiocesana de Vitória da Conquista
Cáritas Diocesana de Alagoinhas
Cáritas Diocesana de Caetité
Cáritas Diocesana de Barreiras
Cáritas Diocesana de Ilhéus
Cáritas Diocesana de Irecê
Cáritas Diocesana de Paulo Afonso
Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa
Cáritas Diocesana de Serrinha
Cáritas Arquidiocesana de Aracaju
Cáritas Diocesana de Estância
Cáritas Diocesana de Propriá
58
Caicó
Riacho de Santana
Feira de Santana
Vitória da Conquista
Alagoinhas
Caetité
Barreiras
Ilhéus
Irecê
Canudos
Ruy Barbosa
Serrinha
Aracaju
Estância
Propriá
E-mail
Telefone
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(83) 3321.4199
(83) 3363.2046
(81) 3661.1505
(81) 3721.8719
(87) 3761.0805
(81) 3633.1009
(87) 3835.2646
(84) 3615.2800
(84) 3314.7255
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(84) 3421.3632
(77) 3457.5154
(75) 3623.2875
(77) 8802.4957
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(74) 3641.3422
(77) 9963.1071
(77) 3613.6620
(73) 9961.4257
(75) 3252.2605
(75) 9983.4483
(79) 3522.2138
(77) 3457.5154
Lista das Cáritas no Brasil
Entidade
Cáritas Arquidiocesana de Teresina
Cáritas Diocesana de Bom Jesus da Gurguéia
Cáritas Diocesana de Campo Maior
Cáritas Diocesana de Floriano
Cáritas Diocesana de Oieiras
Cáritas Diocesana de Picos
Cáritas Diocesana de S. Raimundo Nonato
Ação Social do Paraná
Cáritas Diocesana de Apucarana
Cáritas Diocesana de Ponta Grossa
Associação de Reflexão e Ação Social de Maringá
Cáritas Arquidiocesana de Londrina
Cáritas Diocesana de Foz do Iguaçu
Cáritas Diocesana de Umuarama
Cáritas Arquidiocesana de Cascavel
Cáritas Diocesana de S. José dos Pinhais
Ação Social Diocesana de Bagé
Ação Social da Diocese de Pelotas
Ação Social da Dioc. de Santa Clara do Sul
Ação Social da Dioc. de Santa Maria
Cáritas Diocesana de Cachoeira do Sul
Cáritas Diocesana de Caxias do Sul
Cáritas Diocesana de Cruz Alta
Cáritas Diocesana de Erexim
Cidade
E-mail
Telefone
Teresina
Bom J. da Gurguéia
Campo Maior
Floriano
Oieiras
Picos
S. Raimundo Nonato
Curitiba
Apucarana
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(86) 9972.0911
(89) 3563.1063
(86) 8136.6674
(86) 9981.5387
(89) 3462.1710
(89) 3422.1276
(89) 3582.1476
(41) 3330.6200
(43) 3033.6732
Ponta Grossa
Maringá
Londrina
Foz do Iguaçu
Umuarama
Cascavel
S. José dos Pinhais
Bagé
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(42) 3028.2308
(44) 3263.4887
(43) 3338.7252
(45) 3574.5706
(44) 3622.1301
(45) 3222.4313
(41) 3282-1957
(53) 3241.1701
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(53) 3223.0828
(51) 3715.6971
(53) 3219.4599
Pelotas
Rio Pardo
Santa Maria
Cachoeira do Sul
Caxias do Sul
Cruz Alta
Erexim
(54) 3211.5032
(54) 3522-3611
59
Lista das Cáritas no Brasil
Entidade
Cáritas Diocesana de Novo Hamburgo
Cáritas Diocesana de Passo Fundo
Cáritas Diocesana de Rio Grande
Cáritas Diocesana de Santo Ângelo
Cáritas Diocesana de Vacaria
Secretaria de Ação Social Aq. Porto Alegre
Cáritas Diocesana de Uruguaiana
Cáritas Diocesana Frederico Westpalen
Diocese de Osório
Novo Hamburgo
Passo Fundo
Rio Grande
Santo Ângelo
Vacaria
Porto Alegre
Uruguaiana
Novo Barreiro
Maquiné
Ação Social de Bagé
Ação Social da Diocese de Pelotas
Associação Diocesana de Promoção Social
Ação Social Arquidiocesana - ASA
Ação Social Diocesana - ASDI
Cáritas Arquidiocesana de Ribeirão Preto
Cáritas Diocesana de Blumenau
Cáritas Diocesana de Caçador
Bagé
Pelotas
Joinville
Florianópolis
Chapecó
Ribeirão Preto
Blumenau
Caçador
Cáritas Diocesana de Criciúma
Cáritas Diocesana de Lages
Cáritas Diocesana de Rio do Sul
Cáritas Diocesana de Tubarão
Cáritas Arquidiocesana de São Paulo
Cáritas Diocesana de Botucatu
Cáritas Arquidiocesana de Campinas
60
Cidade
Criciúma
Lages
Rio do Sul
Tubarão
São Paulo
Botucatu
Campinas
E-mail
Telefone
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(51) 3035.4678
(54) 3045.1262
(53) 3231.9568
(55) 3313.5263
(54) 3231.1373
(51) 3223.2555
(55) 3412.1246
(55) 9953.7779
(51) 3662.1833
[email protected]
[email protected]
[email protected]
asa@arquifloripa.org.br
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(53) 3241.1701
(53) 3223.0828
(47) 3451.3715
(48) 3224.8776
(49) 3322.3045
(17) 2136.8699
(47) 3237.0037
(49) 3222.4384
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(47) 3521.2497
(49) 3222.4384
(47) 3521.2497
(48) 3622.1504
(11) 3105.4023
(14) 9786.3131
(19) 3237.2631
Lista das Cáritas no Brasil
Entidade
Cidade
Cáritas Diocesana de Amparo
Cáritas Diocesana de Sorocaba
Cáritas Diocesana de Araçatuba
Cáritas Diocesana de Bauru
Cáritas Diocesana de Bragança Paulista
Cáritas Diocesana de Campo Limpo
Cáritas Diocesana de Caraguatatuba
Cáritas Diocesana de Catanduva
Cáritas Diocesana de Franca
Amparo
Sorocaba
Araçatuba
Bauru
Itatiba
São Paulo
Caraguatatuba
Catanduva
Franca
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(11) 5563.1599
(15 )3234.8158
(18) 3624.3561
(14) 3223.6576
(11) 9989.5846
(11) 5841.3365
(12) 3883.8250
(17) 3521.6501
(16) 3721.6109
Cáritas Diocesana de Guarulhos
Cáritas Diocesana de Itapeva
Cáritas Diocesana de Jales (Sacra)
Cáritas Diocesana de Jundiaí
Cáritas Diocesana de Limeira
Cáritas Diocesana de Lins
Cáritas Diocesana de Marília
Cáritas Diocesana de Mogi das Cruzes
Guarulhos
Itapeva
Jales
Jundiaí
Limeira
Lins
Marília
Mogi das Cruzes
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(11) 2440.5752
(15) 3522.4157
(17) 3632.1370
(17) 3632.1370
(19) 3441.5329
(14) 3522.6892
(14) 3433.9944
(11) 4799.9133
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(11) 3683.4522
(14) 3322.6733
(11) 5563.1599
(11) 4971.9171
(13) 3222.5824
Cáritas Diocesana de Osasco
Cáritas Diocesana de Ourinhos
Cáritas Diocesana de Santo Amaro
Cáritas Diocesana de Santo André
Cáritas Arquidiocesana de Santos
Cáritas Diocesana de São Carlos
Cáritas Diocesana de São José do Rio Preto
Osasco
Ourinhos
São Paulo
Santo André
Santos
São Carlos
São José do Rio Preto
E-mail
Telefone
(17) 2136.8699
61
Lista das Cáritas no Brasil
Entidade
Cidade
E-mail
Telefone
São José dos Campos
Taubaté
Piracicaba
Brasília
Goiás
Tocantins
Duque de Caxias
Rio de Janeiro
Nova Friburgo
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(11) 3905.5101
(12) 3632.2855
(19) 3426.5727
(61) 3321.1762
(62) 3373.1979
(63) 8475-2250
(21) 2652-1518
(21) 2240-2819
(21) 2521.1203
Cáritas Diocesana de Nova Iguaçu
Cáritas Diocesana de Valença
Cáritas Diocesana de Jales (Sacra)
Cáritas Diocesana de Jundiaí
Cáritas Arquidiocesana de Cuiabá
Cáritas Diocesana de Juína
Cáritas Diocesana de Rondonópolis
Cáritas Diocesana de Sinop
Nova Iguaçu
Valença
Jales
Jundiaí
Cuiabá
Juína
Rondonópolis
Sinop
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(21) 2767.7677
(24) 2453.3996
(17) 3632.1370
(11) 4583.7472
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(66) 3566.1011
(66) 3426.1001
(66) 3531.5201
Cáritas Diocesana de Dourados
Cáritas Arquidiocesana de Manaus
Cáritas Diocesana de Tefé
Cáritas Diocesana de Cruzeiro do Sul
Cáritas Diocesana de Rio Branco
Cáritas Arquidiocesana de Porto Velho
Cáritas Diocesana de Ji-Paraná
Cáritas Guajará-Mirim
Dourados
Manaus
Tefé
Cruzeiro do Sul
Rio Branco
Porto Velho
Ji-Paraná
Guajará-Mirim
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
(67) 9632.3807
(92) 3212.9030
(97) 3343.2775
(68) 3342.1145
(68) 8408.4998
(69) 3224.5750
(69) 3422.3507
(69) 3541.2275
Cáritas Diocesana de São José dos Campos
Cáritas Diocesana de Taubaté
Pastoral do Serviço da C. Piracicaba
Cáritas Arquidiocesana de Brasília
Cáritas Diocesana de Goiás
Ação Social Diocesana Porto Nacional
Ação Social Diocesana Paulo VI
Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro
Cáritas Diocesana de Nova Friburgo
62
Lista das Cáritas no Brasil
Endereços dos regionais
CB-SECRETARIADO NACIONAL
MARIA CRISTINA DOS ANJOS
[email protected] | [email protected]
SGAN 601 - MÓDULO “F”, s/nº
70830-010 - BRASÍLIA(DF)
Telefone: (61) 3521-0350 - Fax: (61) 3521-0377
Celular: (61) 9217-9740/8134-1001
CNPJ: 33.654.419/0001-16
CB-REGIONAL NORDESTE III
CÁTIA MOREIRA CARDOSO
[email protected]
[email protected]
Rua Emilia Couto, 270 - Brotas
40285-030 - SALVADOR(BA)
Telefone: (71) 3357-1667/3356-8013
Celular: (71) 8800-7024
CNPJ: 33.654.419/0002-05
CB-REGIONAL CEARÁ
PATRÍCIA AMORIM TEIXEIRA LOUREIRO
[email protected]
[email protected]
Rua Júlio César, 442 – Jardim América
60410-505 - FORTALEZA(CE)
Telefone: (85) 3253-6998/3231-4783
Celular: (85) 9950-6521/9674-1146
CNPJ: 33.654.419/0005-40
CB-REGIONAL PIAUÍ
ADONIAS DE MOURA RODRIGUES
[email protected];
[email protected];
[email protected]
Rua Agnelo Pereira da Silva, 3135 - São João
64045-260 - TERESINA(PI)
Telefax: (86) 3233-6302
Celular: (86) 8847-1115/9925-1115
CNPJ: 33.654.419/0007-01
CB-REGIONAL NORDESTE II
ÂNGELO ZANRE
[email protected]
[email protected]
Rua Monte Castelo, 176 - Boa Vista
50050-310 - RECIFE(PE)
Telefone: (81) 3231-4923/3435/3532
3011-6890/3231-5260/3231-5272
Celular: (81) 9913-5256
CNPJ: 33.654.419/0011-98
CB-REGIONAL NORTE
SOLANGE VILHENA FERREIRA
[email protected];
[email protected]
Trav. Barão do Triunfo, 3151 – MARCO
66093-050 - BELÉM(PA)
Telefone: (91) 3226-9273 - (91) 8178-0042
Solange: (91) 9112-7702
CNPJ: 33.654.419/0003-88
CB-REGIONAL SÃO PAULO
JOÃO SÉRGIO DA SILVA
[email protected]
[email protected]
Av. Thomaz Edison, 355 - Barra Funda
01140-000 - SÃO PAULO(SP)
Telefone: (11) 3392-5911
Celular: (11) 99113-6032/99840-3240
CNPJ: 33.654.419/0009-73
CB-REGIONAL MINAS GERAIS
RODRIGO PIRES VIEIRA
[email protected]
[email protected]
Rua Fornaciari, 129 - Caiçara
30770-010 - BELO HORIZONTE(MG)
Telefax: (31) 3412-8743/2512-8742
Celular: (31) 9922-9898/(81)9607-1186/(31) 8423-1623
CNPJ: 33.654.419/0008-92
CB-REGIONAL RS
MARINÊS BESSON
[email protected]
[email protected]
Rua Cel André Belo 452 – 3º andar Menino Deus
90110-020 - PORTO ALEGRE(RS)
Telefone: (51) 3272-1700
Celular: (51) 9612-5466/9285-0244
CNPJ: 33.654.419/0010-07
63
Lista das Cáritas no Brasil
Endereços dos regionais
CB-REGIONAL PARANÁ
AMAURI ANTÔNIO MOSSMANN
[email protected];
[email protected];
[email protected]
Rua Manuel Eufrásio - 78
Bairro Juvevê
80030-440 - CURITIBA(PR)
Telefone: (41) 3023-9907 - (41) 9692-6519
CNPJ 33.654.419/0014-30
CB-REGIONAL MARANHÃO
RICARTE ALMEIDA SANTOS
[email protected]
[email protected]
Rua do Alecrim, 343 – Centro
65010-040 - SÃO LUÍS(MA)
Telefone: (98) 3221-2216/3221-2412
Celular: (98) 9112-2872
CNPJ: 33.654.419/0004-69
CB-REGIONAL DE SANTA CATARINA
Pe. ROQUE ADEMIR FAVARIN
[email protected]
[email protected]
Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 1524 – Pantanal
88040-001 - FLORIANÓPOLIS(SC)
Telefone: (48) 3234-7033/ (48) 3207-7034/
Pe.Roque (48) 9137-1030/Fabiana (48)9142-9100
Guilherme (48) 9146-6797
CNPJ: 33.654.419/0012-79
CB-REGIONAL NORTE 2
SOLANGE VILHENA FERREIRA
[email protected];
[email protected]
Trav. Barão do Triunfo, 3151 - Marco
66093-050 - Belém(PA)
Telefone: (91) 3226-9273/3347-9809
Celular: (91) 8178-0042
CNPJ: 33.654.419/0003-88
CB- REGIONAL ESPÍRITO SANTO
ELIZABETH REGINA LOPES
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Rua Abílio dos Santos, 47 - Centro
29015-620 - VITÓRIA(ES)
Fone: (27) 3222-0824 - Fax: 3222-0824 (27) 9801-8973
(institucional) (27) 3326-3933 - 9266-3356 (pessoal) /
(27) 9801-8973(Beth)
CNPJ: 33.654.419/0001-16
Articulações regionais
CÁRITAS DIOCESANA DE CRUZEIRO DO SUL
PAULO MOLL
[email protected]
Av. Japrim, 1440 - Mâncio Lima
69900-000 - CRUZEIRO DO SUL(AC)
Telefone: (68) 3342-1145
Celular: (68) 9981-8688
64
CÁRITAS ARQUIDIOCESANA DE MANAUS
FREI JORGE LUIZ SOARES DA SILVA
[email protected]
v. Joaquim Nabuco 1023 - Centro
69020-030 - MANAUS(AM)
Telefone: (92) 3212-9030
Fax: (92) 3234-9031
Celular: (92) 8816-1865/8414-8610
CNPJ: 04.209.813.00001-47
CÁRITAS ARQUIDIOCESANA DO RIO DE JANEIRO
JANETE RODRIGUES SALGUEIRO
[email protected]
Catedral de São Sebastião
Rua dos Arcos, 54 - Lapa
20230-060 - Rio de Janeiro(RJ)
Telefone: (21) 2240-2819

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