daniella koch de carvalho

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daniella koch de carvalho
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
CURSO DE ENFERMAGEM
UNIDADE DE APRENDIZAGEM: PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA
PROF.ª: Daniella Koch de Carvalho
FORMAS DE PREPARO E USO DAS PLANTAS MEDICINAIS
Para alcançar sua ação medicinal, uma planta deve ser tratada de tal forma que
se obtenham produtos derivados com ação específica. Com uma mesma planta, ou com
uma mesma parte da planta, pode-se preparar diversos derivados levando em consideração:
O modo de preparação,
As propriedades físicas,
O aspecto,
A concentração dos princípios ativos,
As propriedades farmacológicas sua finalidade.
1. INFUSÃO: Preparação utilizada para todas as partes de plantas medicinais ricas em
componentes voláteis, aromas delicados e princípios ativos que se degradam pela ação
combinada da água e do calor prolongado. Utiliza-se partes tenras das plantas, tais como
flores, botões e folhas. As infusões são obtidas fervendo-se a água necessária, que é
derramada sobre a planta já separada e picada, colocada em outro recipiente. Após a
mistura, o recipiente permanece fechado por um tempo variável entre 5 a 10 minutos. O
infuso, coado logo após o término do repouso, deve ser utilizado no mesmo dia da
preparação. A quantidade de erva varia de acordo com a planta medicinal escolhida.
Geralmente se usa duas colheres de sopa de erva fresca picada para 1 xícara de água e uma
colheres de sopa de erva seca picada para 1 xícara de água.
Além de fornecer as substâncias terapêuticas, hidratam o organismo, estimulam
a eliminação de substâncias tóxicas, favorecem o controle da temperatura do corpo e
auxiliam a digestão. O infuso deve ser tomado logo após a sua preparação, por isso
recomenda-se que seja feita em pequenas doses. Não se deve guarda chás prontos por mais
de 24 horas, pois tendem a fermentar, causando problemas gástricos e intestinais.
2. DECOCÇÃO: Quanto aos chás por decocção são soluções extrativas obtidas da adição
da água com a planta e levadas à fervura por tempo pré-determinado (2 a 10 minutos),
contado a partir do início da fervura. É muito utilizado este método para preparar chá com
folhas coriáceas (folhas duras), cascas e raízes.É onde se extrai o princípio ativo através do
cozimento, utiliza-se de 2 a 5 gramas da planta em 200 ml de água e ferve por:
2 minutos: folhas coriáceas
7 minutos: raízes e caules
Após a fervura manter o recipiente fechado por 10 a 15 minutos.
3. MACERAÇÃO: Preparação (realizada a frio) que consiste em colocar a parte da planta
medicinal dentro de um recipiente contendo álcool, óleo, água ou outro líquido extrator.
Folhas, flores e outras partes tenras são picadas e ficam macerando por 10 a 12 horas.
Talos, cascas e raízes duras de 22 a 24 horas. O recipiente permanece em lugar fresco,
protegido da luz solar direta, podendo ser agitado periodicamente. Findo o tempo previsto,
filtra-se o líquido e pode-se acrescentar uma quantidade do diluente (líquido extrator), se
achar necessário, para obter um volume final desejado.
4. SUCO OU SUMO: Tem-se o suco espremendo o fruto, enquanto o sumo é obtido ao
triturar uma planta medicinal fresca num pilão ou em liquidificadores e centrífugas
domesticas. O pilão é mais usado para partes pouco suculentas. Se a planta contiver uma
pequena quantidade de líquido, deve-se acrescentar um pouco de água e triturar novamente,
após uma hora de repouso, recolhendo-se, então, o líquido liberado. Esta preparação deve
ser feita no momento do uso.
5. PÓS: A planta (folha e hastes) é seca o suficiente para permitir a sua trituração com as
mãos. Peneira-se em seguida e conserva-se em frasco bem fechado, normalmente ao abrigo
da luz. As cascas e raízes devem ser moídas até se transformarem em pó, que pode ser
misturado ao leite ou mel ou, ainda, em preparos de infusões e, externamente, é espalhado
diretamente sobre o local ferido ou misturado em óleo, vaselina ou água antes de aplicar.
6. TINTURAS: É a maneira mais simples de conservar por longo período os princípios
ativos de muitas plantas medicinais, pois as substâncias ativas, em sua maioria são solúveis
em álcool. Trata-se de uma maceração especial, na qual as partes da planta trituradas ficam
macerando, ao abrigo da luz e a temperatura ambiente, por período variável entre 10 a 25
dias, devendo ser agitadas uma a duas vezes ao dia. Ao final, o resíduo deve ser prensado e
filtrado em pano limpo e guardado também ao abrigo da luz (em vidro escuro ou armário
escuro). Deve-se dar preferência ao uso de álcool de cereais, que é de melhor qualidade.
Usa-se na forma de gotas diluídas em água fria (uso interno), ou em pomadas, compressas e
fricções (uso externo). Os princípios ativos nas tinturas alcançam rapidamente a circulação
sangüínea. A quantidade de partes da planta a utilizar nas tinturas é uma controversa nas
literaturas consultadas. Devemos lembrar de que ao final da preparação o volume do
filtrado deve ser corrigido para o volume inicial do solvente, utilizando-se o mesmo líquido
extrativo (álcool de cereais). As tinturas podem ser simples (uma única planta) ou composta
(várias plantas), mas convém que sejam preparadas individualmente e depois misturadas.
7. ALCOOLATURAS: São preparações contendo planta fresca em álcool, submetida à
maceração por 10 dias em frasco fechado. Geralmente a relação entre a droga vegetal e o
álcool é de 1:1 ou 1:2.
8. POMADAS: As pomadas podem ser preparadas com o sumo da planta ou chá mais
concentrado misturado com banha animal, gordura de coco ou uma mistura de vaselina e
lanolina. Pode-se ainda aquecer as plantas na gordura, depois coar e guardar em frascos
tampados e, também, pode-se preparar a pomada adicionando a tintura à mistura de
vaselina mais lanolina. Neste último caso recomenda-se a mistura em recipiente em banhomaria, com o uso de espátula apropriada para facilitar a mistura. Pode-se adicionar um
pouco de cera de abelha nas preparações a quente das pomadas. As pomadas permanecem
muito tempo sobre a pele, devem ser usadas a frio e renovadas duas ou três vezes ao dia.
9. XAROPE: O nome xarope é de origem árabe e deriva de xarab, sirab, scharab, e
significa “bebida” ou suco açucarado”. Os xaropes são preparações líquidas, espessas, para
uso interno, que contém de 50 a 65% de açúcar e sua densidade deve ser de 1,32 g/ml.
Temos que tomar cuidado na preparação dos xaropes, pois dependendo do tempo em que
deixarmos este ao fogo ele pode “passar do ponto” (açúcar invertido) se tornando alvo fácil
do ataque de bactérias, da cristalização ou precipitação do açúcar, perdendo assim a sua
finalidade.
10. SABÃO: Desmanchar o sabão de coco, neutro ou glicerina em banho-maria ou fogo
brando, quando estiver bem desmanchado (líquido), adicionar o suco ou a tintura da planta
desejada.
11. CATAPLASMA: é obtido por diversas formas: amassar as plantas frescas e bem
limpas e aplicá-las diretamente sobre a parte afetada ou envolvidas em um pano fino ou
gaze. Reduzi-las em pó, misturá-las em água, chás ou outras preparações e aplica-las em
voltas em um pano fino sobre as partes afetadas; pode-se ainda utilizar farinha de mandioca
ou de milho e água geralmente quente, com a planta fresca ou seca triturada.
12. GARRAFADAS: Utiliza-se como veículo à cachaça ou o vinho branco e, raramente,
água, onde são mergulhadas várias plantas medicinais acrescentando-se, às vezes, produtos
de origem animal e mineral. Depois de um tempo variável de repouso, os preparados estão
prontos para tomar, sem filtrar. São concentrados tomando-se um cálice por dia.
As plantas medicinais podem ser usadas em banhos, inalações, escalda-pés, compressas e
gargarejos.
O sucesso do tratamento, depende da escolha do método adequado, há muitas dúvidas ainda
sobre como calcular as doses das ervas e de como usá-las quando se fala em uma pitada,
um punhado.
Para tanto, segue abaixo uma lista com as doses mais comumente utilizadas e sua
equivalência em gramas.
Vale ressaltar que essas medidas são apenas uma média das diversas plantas medicinais,
podendo variar dependendo do peso específico de cada planta.
1 colher de café
1 colher de chá
1 colher de sobremesa
1 colher de sopa
Unidades Domésticas de Peso
800 mg para folhas/flores
Até 1,5 g para cascas e raízes
0,5 a 1,0 g para pós (colher rasa)
2 ml para líquidos (colher rasa)
1,5 g para folhas/flores
Até 3 g para cascas e raízes
1 a 2 g para pós (colher rasa)
5 ml para líquidos (colher rasa)
3 g para folhas/flores
Até 6 g para cascas e raízes
3 a 5 g para pós (colher rasa)
10 ml para líquidos (colher rasa)
6 g para folhas/flores
Até 12 g para cascas e raízes
5 a 10 g para pós (colher rasa)
15 ml para líquidos (colher rasa)
Fonte: FERRO, 2008, p. 176
EQUIVALÊNCIAS
1 colher de café: 2 ml/0,5g
1 colher de chá: 5 ml/1g
1 colher de sobremesa: 10 ml/2g
1 colher de sopa: 15 ml/3 g
1 cálice: 30 ml
1 xícara de café: 50 ml
1 xícara de chá: 150 ml
1 copo americano: 150 ml
(ANVISA, 2010)
DOSAGEM:
Conforme Ferro (2008), são admitidas tradicionalmente dosagens para chás segundo o peso
da pessoa, conforme descrito abaixo:
1. Crianças: evitar o uso em crianças abaixo de 6 meses, somente com prescrição médica.
1.1. Abaixo de 18 meses: crianças abaixo de 18 meses devem ser considerada de maneira
especial, sendo que as apresentações mais recomendadas são os xaropes e chás. A dosagem
será de um quinto da dose habitual do adulto, ou seja, de 30 a 150 ml do chá por dia, em 3 a
4 tomadas ao dia, na concentração máxima de 2,5% ou 2,5 g da planta para cada 100 ml de
água.
1.2. Entre 18 e 30 meses: segue as mesmas apresentações acima. Dose média será de um
quarto da dose média do adulto, sendo a dose do chá de: 50 a 250 ml, em 3 a 4 tomadas ao
dia, concentração máxima de 2,5%.
1.3. Crianças de 20 kg (cerca de 6 anos): aqui será de um terço da dose adulta por dia,
sendo a dose média de chá: 100 a 300 ml/dia, concentração máxima de 2,5 % em 3 a 4
tomadas ao dia.
1.4. Crianças de 30 kg (cerca de 10 anos): o recomendado é de maia dose do adulto. Sendo
a dose média do chá de: 200 a 400 ml por dia, concentração máxima de 5% ou 5g da planta
para cada 100 ml de água, em 3 a 4 tomadas ao dia.
1.5. Crianças de 40 kg: o recomendado é de dois terços da dose adulta por dia, sendo a dose
média do chá de: 400 a 800 ml/dia, concentração máxima de 10% ou 10g da planta para
cada 100 ml de água, em 3 a 4 tomadas diárias.
Segundo a ANVISA (2010), nas dosagens de crianças devem ser respeitadas a idade das
mesmas sendo recomendado para crianças de 3 a 7 anos usarem 25% das doses
recomendadas para adulto. Nas crianças de 7 a 12 anos e nos idosos acima de 70 anos
utilizar 50% das doses indicadas para o adulto.
2. Adultos:
2.1. Adulto de 60 kg: dose padrão: 400 a 800 ml/dia, concentração média de 5% (planta
seca) e 10% (planta fresca), em 3 a 4 tomadas ao dia.
2.2. Adultos acima de 80 kg: uma dose mais um quarto por dia é média recomendável, 600
a 1200 ml do chá/dia.
Ainda sobre dosagens dos fitoterápicos, Gaio e Farias (1998), referem que variam de
acordo com a idade para algumas preparações com plantas medicinais, sendo:
1. Tinturas: adultos: dez a vinte gotas três vezes ao dia;
Crianças: cinco gotas três vezes ao dia reduzindo conforme idade.
2. Xaropes: adulto: uma colher de sopa três vezes ao dia
- Crianças: de 6 meses a 1 ano: uma colher de café duas vezes ao dia;
- de 1 a 4 anos: uma colher de chá três vezes ao dia;
- de 5 a 10 anos: uma colher de sobremesa três vezes ao dia.
Importante observar os cuidados com o preparo de cada planta medicinal.
TABELA DE CONSERVAÇÃO
Material vegetal
Planta seca
Prazo de validade
1 ano
Pó
6 meses
Tintura
1 ano
Infuso e decocto
24 horas
Garrafada
1 ano
Xarope
3 meses
Pomada
6 meses
Recomendações
Sinais de alteração
Embalagens escuras Ausência de
coloração
características,
presença de fungos
e manchas.
Embalagens escuras Descoloração,
presença de fungos.
Vidro âmbar
Mudança de
coloração,
precipitação
acentuada.
Guardar em
Aroma e sabor
geladeira ou local
desagradáveis,
fresco
bolor.
Vidro âmbar
Perda de cor e
precipitação do
material
Vidro âmbar e local Perda da coloração
fresco
e presença de
fungos
Embalagens opacas Manchas escuras e
fungo, odor
desagradável.
Fonte: ASBAHR, 2008.
PREPARAÇÕES EXTRATIVAS E MÉTODOS DE EXTRAÇÃO
1. ALCOOLATURA
Preparação
O processo geral de preparação das alcoolaturas: plantas frescas 500g em 1 litro de álcool
de cereais.
Metodo Extrativo: Maceração.
Processo:
Macerar a droga com álcool em recipiente, limpo e sanitizado, fechado por 8 - 15
dias.
Agitar diariamente.
Coar usando peneira.
Filtrar por papel de filtro
2. TINTURA DE CALÊNDULA
Solvente: Hidroalcóolico (Álcool 70% e Água 30%)
Planta: Calendula officinalis L
Parte utilizada: flores.
Relação droga/ extrato: 1: 5
FORMULA para 1 kg de tintura.
Calêndula (flores)...................... 0,2 kg
Álcool de cereais......................................... 0,70 kg
Água filtrada.............................. 0,30 kg
Procedimento
Coloque o uniforme, touca, luva, máscara e guarda-pó.
Higienize e sanitize todos os utensílios e a bancada que serão utilizados na prática.
Parte I - Preparo do líquido extrator (solvente)
- Pesar o Álcool em um recipiente adequado higienizado e sanitizado, compatível com a
quantidade e transferir a quantidade de água solicitada na fórmula.
- Homogeneizar com auxilio de uma espátula.
- Identificar
Parte II – preparo da tintura
- Pesar a quantidade de planta em um recipiente adequado de boca larga higienizado e
sanitizado e transferir o liquido extrator sobre a planta.
- Homogeneizar com auxilio de uma espátula
- Deixar em maceração por 7 – 15 dias em um recipiente de boca larga com tampa.
- Identificar
- Homogeneizar diariamente com auxilio de uma espátula
ParteIII - Filtragem
Após o tempo de maceração filtrar em uma peneira e posteriormente em papel de filtro.
Parte IV – identificação e Acondicionamento
Identificar a tintura com nome da planta, data de fabricação e validade.
Acondicionamento: frasco de vidro âmbar
Prazo de validade: 6 meses a 1 ano.
3. MELITO DE GUACO
Planta: Mikania glomerata Spreng
Parte utilizada: folhas
Fórmula
Folhas de guaco fresco ou seco picadas......................................................... 1 colher de sopa
Água fervente.................................................................................................1 xícara de chá
Mel de abelhas............................................................................................... 1 xícara de chá
Material
Guaco
Água filtrada
Mel de abelhas
Porta Filtro tipo Melitta
Filtro tipo Melitta
Peneira
Panela
Colher plástica
Procedimento
Coloque o uniforme, touca, luva, máscara e guarda-pó.
Higienize e sanitize todos os utensílios e a bancada que serão utilizados na prática.
Faça uma infusão das folhas de guaco na água fervente. Deixe em repouso por 5
minutos e coe em filtro de papel ou peneira.
Transfira o infuso para uma panela, acrescente uma xícara de chá de mel de abelhas.
Aqueça mexendo sempre até que o mel derreta e a mistura fique homogênea.
Espere esfriar e armazene em frascos bem fechados.
Indicações
Utilizado para afecções pulmonares, tosse e bronquite.
Posologia
Posologia: uma colher de sopa do melito duas a três vezes por dia.
4. XAROPE DE GUACO:
Planta: Mikania glomerata Spreng
Parte utilizada: folhas
Fórmula
Folhas de guaco fresco ou seco picadas......................................................... .1 xícara
Água fervente.....................................................................................................450 ml
Açúcar mascavo ............................................................................................... 850 gr
Material
Guaco
Água filtrada
Açúcar mascavo
Porta Filtro tipo Melitta
Filtro tipo Melitta
Peneira
Panela
Colher plástica
Procedimento
Coloque o uniforme, touca, luva, máscara e guarda-pó.
Higienize e sanitize todos os utensílios e a bancada que serão utilizados na prática.
Ferva o açúcar e a água durante 10 minutos mexendo sempre.
Após acrescente uma xícara de planta picada (guaco) e uma fatia de gengibre
(opcional). Ferver por mais 5 minutos e após coe.
Espere esfriar e armazene em frascos bem fechados de cor âmbar.
Indicações
Utilizado para afecções pulmonares, tosse produtiva e bronquite.
Posologia
Posologia: uma colher de sopa do xarope duas a três vezes por dia para adulto.
5. XAROPE DE AGRIÃO
Planta: Nasturtium officinale R. Br.
Parte utilizada: folhas e ramos
Fórmula
Folhas e ramos de agrião fresco picados........................................................ 1 colher de sopa
Água fervente.................................................................................................1 xícara de chá
Açúcar cristal................................................................................................. 1 xícara de chá
Material
Agrião
Água filtrada
Mel de abelhas
Porta Filtro tipo Melitta
Filtro tipo Melitta
Peneira
Panela
Colher plástica
Procedimento
Coloque o uniforme, touca, luva, máscara e guarda-pó.
Higienize e sanitize todos os utensílios e a bancada que serão utilizados na prática.
Faça uma infusão das folhas e ramos de agrião na água fervente. Deixe em repouso
por 5 minutos e coe em filtro de papel ou peneira.
Transfira o infuso para uma panela, acrescente uma xícara de chá de açúcar cristal.
Aqueça mexendo sempre até que o açúcar derreta e a mistura fique homogênea.
Espere esfriar e armazene em frascos bem fechados.
Indicações
Utilizado para afecções pulmonares, tosse e bronquite.
Posologia
Posologia: uma colher de sopa do xarope duas a três vezes por dia.
6. POMADA COM TINTURA DE ARNICA
A. Fórmula Base 1
Lanolina....................................... 5 g
Tintura de Arnica (Arnica montana) 1:5....................... 5
Vaselina sólida q.s.p......................100g
B. Modo de preparo (tecnica de preparação).
C1. Frio
Pese a lanolina no recipiente limpo e sanitizado destinado à preparação da pomada.
Pese a Tintura de Arnica 1:5 e acrescente aos poucos na lanolina homogeneizando
bem.
Pese a vaselina sólida e acrescente aos poucos na mistura homogeneizando bem.
Identifique.
C2. Quente – Banho -Maria
Pese a lanolina e a vaselina e leve ao aquecimento em banho-maria até 60ºC em um
recipiente limpo e sanitizado, homogeneizando eventualmente.
Deixe resfriar até 40 ºC e acrescente aos poucos a Tintura de Arnica previamente
pesada. Homogeneíze.
Identifique.
D. Acondicionamento - frasco plástico opaco.
7. BALA DE GUACO:
Planta: Mikania glomerata Spreng
Parte utilizada: folhas
A. Fórmula Base 1:
1 Kg de açúcar mascavo
2 xícaras de açúcar cristal
200 ml de chá de guaco
B. Modo de preparo:
Primeiro prepara-se um chá bem concentrado, com 50 gramas de folhas secas para 250 ml
de água. Na panela, mistura-se o açúcar mascavo, o açúcar cristal e o chá coado. A mistura
é levada ao fogo. Deixa-se ferver até dar o ponto. Depois que chegar ao ponto, despeja-se a
bala sobre uma bancada de pedra untada. Retira-se porções da massa ainda quente. Essas
porções devem ser manuseadas e esticadas até que a massa esfria e de o ponto de corte.
Nesse ponto, a massa se tornará esbranquiçada. A bala deve ser cortada com uma tesoura e
enrolada em pedaços de papel manteiga.
A. Fórmula Base 2:
50 ml de tintura de guaco
50 gramas de manteiga
1 lata de leite condensado
1 xícara de açúcar mascavo
1 xícara de mel
B. Modo de preparo:
A manteiga, o leite condensado, o açúcar e o mel em uma panela serão misturados e
levados ao fogo. Deixa-se ferver até dar ponto de bala. Quando chegar ao ponto, retira-se a
panela do fogo, batendo para que a massa esfrie um pouco. Depois, junta-se a tintura de
guaco à massa, misturando bem. Despeja-se a bala em uma bancada já untada. Retira-se
porções da massa, enrolando-as em tiras compridas, para cortar no formato de bala. As
balas devem ser enroladas em papel manteiga ou celofane.
Nessas duas receitas, o guaco pode ser substituído por outras plantas como a hortelã, o
eucalipto e a erva-doce.
OBS: AS RECEITAS AQUI LISTADAS NÃO DEVERÃO SER UTILIZADAS COM
FINS DE COMERCIALIZAÇÃO.
Referências:
ASBAHR, Ana Carolina C.; MARTINEZ, Mariane. Apostilas Aulas Práticas. Disciplina:
Formas de preparo e uso de plantas medicinais. In: Curso de Especialização em Plantas
Medicinais. Faculdade Bagozzi. Forquilhinha. 2008. material não publicado.
BRASIL. Resolução n.º 10 de 9 de março de 2010. Dispõe sobre a notificação de drogas
vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras
providências. ANVISA. Disponível em: www.anvisa.org.br. Acesso em 16 de março de
2010.
FERRO, Degmar. Fitoterapia: conceitos clínicos. São Paulo: Atheneu, 2008. 502 p.
GAIO, T. C.; FARIAS, F. T. Iniciação em Plantas Medicinais e Oficinas Fitoterápicas.
Associação Vida Verde. Pastoral da Saúde. Florianópolis. 1998. Material não publicado.

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