Sou +...na Casa de Saúde do Telhal

Transcrição

Sou +...na Casa de Saúde do Telhal
Mais 33 jovens tocados pela hospitalidade
Nos dias 29, 30 de Novembro e 1 de Dezembro, realizou-se, na Casa de Saúde do
Telhal, a actividade “Sou mais” organizada pelo Raio Mais, destinada aos jovens inscritos
pela primeira vez na Juventude Hospitaleira. A actividade, para além de proporcionar um
excelente convívio entre os participantes, teve como principal objectivo o primeiro contacto
destes com os doentes da casa. À chegada, foi-nos proposto uma pequena reflexão sobre o
“lixo” que ainda permanece dentro de nós e que, de certa forma, gostaríamos de vê-lo
convertido e transformado para que possa ser usado, posteriormente, sob a forma de
ferramenta para laborar na imensa seara de Deus, cultivando o amor, a justiça e a paz entre
os homens.
Entre várias apresentações, desde a história da vida de São João de Deus, passando
pela origem e fundação das Irmãs e Irmãos hospitaleiros, e terminando com uma breve
descrição do carisma da juventude hospitaleira, visitámos as unidades, travámos
conhecimentos, fizemos teatro, cantámos e alegrámos.
De todas as tarefas realizadas, a mais marcante, que acabou por emocionar a maioria,
foi a que nos fez interagir directamente com os doentes da casa, isto é, com o lado da face
social que pouca gente conhece, pois o nosso mundo técnico precisa de coração para se
tornar habitável e esse coração é constituído pelos sofredores e rejeitados, na medida em
que vamos até eles.
Como todos sabemos, São João de Deus foi um dos grandes benfeitores da caridade,
dando-nos a conhecer os desígnios de Deus. Escolheu fazê-lo no momento em que o
homem se envolvia num caminho obscuro e sem sentido. Ele quis dar-nos a maneira de
viver esta nova fase, no caminho do amor. E os guias que nos deixou são os sofredores e os
feridos pela vida. Se seguirmos as suas indicações e deles nos acercarmos com amor,
podemos construir um mundo de santidade, ou seja, um mundo de paz. Porque, “Nunca
alguém viu Deus. É amando-nos uns aos outros que Deus reside em nós e que esse amor é
realizado”.
Nuno Monteiro (Porto)