ARTIGO - Kaspersky Lab – Newsroom Europe.

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ARTIGO - Kaspersky Lab – Newsroom Europe.
ARTIGO
eBay seguro no Natal
por Vicente Diaz, Analista Sénior da Kaspersky Lab Iberia
O Natal é tempo de eBay - seja porque começamos à procura de boas pechinchas
para as nossas prendas, seja porque queremos realizar algum dinheiro vendendo
alguns dos presentes que recebemos, mas sem os quais podemos viver bem. O site de
leilões online já funciona há 16 anos e actualmente conta com quase 100 milhões de
utilizadores registados em todo o mundo. Só no ano passado, a venda de artigos no
eBay ultrapassou os 46 mil milhões de euros, o que representa a astronómica quantia
de 1.480 euros por segundo.
O volume de vendas do eBay cresce consideravelmente no Natal, atingindo o seu nível
máximo após as férias, já que os leilões online parecem ser o meio preferido da
maioria dos utilizadores para trocar por dinheiro as suas prendas indesejadas ou os
CDs de música repetidos que lhes trouxe o Pai Natal.
As plataformas de leilões online, especialmente o eBay, fazem todo o possível para
que os utilizadores estejam sempre seguros enquanto navegam nas suas páginas.
Verificam – pelo menos em parte - a identidade dos utilizadores para se assegurarem
que não existem identidades falsas e intervêm sempre que surgem problemas entre
utilizadores. Dispõem ainda de um sistema de avaliação do comprador e do vendedor,
que ajuda a criar confiança entre os clientes. No entanto, a fraude nestes leilões é um
fenómeno comum, com vendedores frequentemente tentam desfazer-se de uma caixa
vazia ou inserem uma imagem de um objecto que, na realidade, não existe. Alguns
também solicitam o pagamento adiantado aos interessados nos seus artigos e depois
não entregam o produto.
Todo o cuidado é pouco
Para que seja possível ter uma experiência positiva nestes leilões, existe uma regra
que os utilizadores devem seguir à letra: a protecção dos dados pessoais tem que
estar sempre primeiro. Muitas das tentativas para defraudar os clientes do eBay
baseiam-se em contas com dados de pagamento de utilizadores falsos ou roubados.
Desde que os sites de leilões começaram, de uma maneira geral, a verificar a
identidade dos novos membros através de controlos de crédito ou serviços de
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localização e verificação, é mais complicado para os cibercriminosos dispor da
informação necessária para evitar estes controlos.
No entanto, não é difícil encontrar dados pessoais ao alcance de qualquer um na
Internet. Nomes, endereços de correio electrónico e datas de nascimento podem ser
encontrados em numerosos perfis de redes sociais ou directórios de membros de
clubes e associações. Até os obituários são fontes de identidades falsas. Deste modo,
quando o leilão termina, os compradores fraudulentos facilitam por e-mail os detalhes
de uma conta bancária para as transferências diferente da do registo. Se os
cibercriminosos dispõem também da senha, o processo é ainda mais simples já que,
dessa forma, podem criar leilões e comprar artigos.
A desconfiança é saudável
A corrente de fraudes online também inclui o branqueamento de dinheiro. As
“cibermulas” - um termo não muito simpático mas que define os utilizadores que são
recrutados através do envio de milhões de emails de spam a oferecer um trabalho a
partir de casa, com elevados benefícios - proporcionam os seus dados bancários às
vítimas que, pensando ter ganho o leilão, fazem a transferência de dinheiro para essa
conta.
São os cibercriminosos, que muitas vezes operam a partir de países da Europa de
Leste, onde as forças policiais e jurídicas não são tão activas como na Europa
Ocidental, quem fica com o dinheiro, sendo oferecido às tais “cibermulas” uma
percentagem a título de comissão. Mas, em muitos casos, estes utilizadores nem
chegam a desfrutar do negócio por muito tempo, já que o seu número de conta acaba,
mais tarde ou mais cedo, por chegar à polícia.
É por tudo isto essencial que todos os utilizadores activos na Internet, sobretudo os
adeptos das compras online, tenham os seus computadores protegidos por uma
solução integral de segurança online, quanto mais não seja para se poupar a futuras
dores de cabeça. Convém que seja um sistema capaz de monitorizar o computador e
todas as ligações à Internet. E isto porque os cibercriminosos utilizam frequentemente
programas maliciosos, como Trojans, que se instalam no equipamento sem que o
utilizador se aperceba e passam a controlar todos os dados de acesso. Um keylogger,
por exemplo, é capaz de registar cada tecla que o utilizador pressiona ao introduzir as
suas passwords de acesso à banca online.
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