um livro - Identidade Sagrada

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um livro - Identidade Sagrada
CAPÍTULO 4
INTRODUÇÃO À BÍBLIA
TÓPICO 1- INDTRODUÇÃO À BÍBLIA.
• 1-INTRODUÇÃO.
• É necessário
conhecermos os aspectos
relativos à bíblia em si
como um livro.
• 2- A ESTRUTURA DA BÍBLIA E SUA
ORIGEM
• A palavra "Bíblia" em português
vem do grego biblos, que significa
"um livro", também de biblion,
uma forma diminutiva de biblos,
significando "pequeno livro".
• Exemplos: "Livro (biblos) da
genealogia de Jesus Cristo..." (Mt
1:1); "Então lhe deram o livro
(biblion)... e, abrindo o livro
(biblion)..." (Lc. 4:17).
• O termo biblos vem do nome
dado à polpa interna da planta
do papiro em que se escreviam
os livros antigos.
3 O ESPÍRITO SANTO
O autor segunda a bíblia é o Espírito Santo, 2 Pedro 1:20-21.
4 A FINALIDADE DA BÍBLIA
A finalidade está descrita em 2 Tm 3:16-17
5 A IDENTIDADE DA BÍBLIA
A identidade e seu efeito produzido no homem está descrito Hb 4:12. Não
têm como negarmos que a palavra e o Espírito Santo trabalham juntos.
Exercemos a fé por intermédio da palavra: exemplo Malaquias 3:10ª “fazei
prova de min”.
O fato de seu autores terem errado um dia, não quer dizer que as Escrituras
são errôneas ( contra a tese de Boice).
6 AS DUAS GRANDES DIVISÕES DA BÍBLIA E SUAS SEÇÕES
AT: 1-Pentateuco: consiste em 5 livros.
2- Históricos: consiste em 12 livros.
3- Poéticos: consiste em 6 livros.
4- Profetas: consiste em 17 livros (4 profetas maiores, 12 profetas
menores).
N.T: 1- Evangelhos: consiste 4 livros.
2- Históricos: consiste em 1 livro.
3- Epístolas: consiste em 21 livros. Epístolas Paulíneas (13 livros), e as
Epístolas Gerais (08 livros). Obs O livro de Hebreus alguns relacionam este livro
como de autoria de Paulo.
4- Proféticos: consiste em 1 livro.
Para melhor entender:
O Antigo Testamento consiste em 39 livros escritos antes do nascimento de
Jesus Cristo. O Novo Testamento consiste em 27 livros escritos pelos primeiros
seguidores de Jesus Cristo.
Os livros que compõem o Antigo Testamento dividem-se em:
Pentateuco (5 livros): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio.
Históricos (12 livros): Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II
Reis, I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
Poéticos (5 livros): Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares de
Salomão.
Proféticos (17 livros): Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel,
Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque,
Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
O Antigo Testamento hebraico era geralmente dividido em três
seções:
A Lei (Tora), (5 livros): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio.
Os Profetas (Nebhiim), (8 livros): Primeiros Profetas - Josué, Juízes,
Samuel, Reis; Últimos Profetas: Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze
(profetas menores).
Os Escritos (Kethbhim), (11 livros): Livros Poéticos - Salmos,
Provérbios, Jó;
Cinco Pergaminhos (Megilloth) - Cantares de Salomão, Rute,
Lamentações, Ester e Eclesiastes; Livros Históricos - Daniel, Esdras
- Neemias, Crônicas.
Os livros que compõem o NT dividem-se em:
Biográficos (Evangelhos), (4 livros): Mateus, Marcos, Lucas e João.
Histórico (um livro): Atos.
Pedagógicos (Epístolas), (21 livros): Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas,
Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo,
II Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II João, III
João e Judas.
Profético (um livro): Apocalipse.
Hoje vemos a Bíblia organizada pela Septuaginta, isto é, quando os livros da
Sagrada Escritura foram traduzidos para o Grego, século III a.c.
6 CAPÍTULOS E VERSÍCULOS
6.2.1 A DIVISÃO DA BÍBLIA EM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS
A Bíblia não era originalmente dividida em capítulos e versículos como a
conhecemos hoje. Para conveniência de referência, eles foram
acrescentados em datas comparativamente recentes.
Supunha-se que as divisões em capítulos tivessem sido introduzidas pela
primeira vez pelo Cardeal Hugo, que morreu em 1263 A.D. Investigações
posteriores atribuíram-nas a Stephen Langton, arcebispo de Canterbury,
falecido em 1228.
O Novo Testamento apareceu publicado pela primeira vez com divisões em
versículos por Robert Stephans, em 1551. A primeira Bíblia a ser publicada
inteiramente dividida em versículos foi a Bíblia de Genebra, em 1560.
Segundo os números dados por William Evans, a Bíblia “contém 1.189 capítulos
e 31.173 versículos... Destes, 929 capítulos, 23.214 versículos... ocorrem no Antigo
Testamento; 260 capítulos, 7.959 versículos..., no Novo”.
É de suma importância que o estudante compreenda que estas divisões não
faziam parte dos textos originais, não foram inspiradas.
A maioria das divisões é muito útil, mas algumas trazem bastante confusão por
terem sido inseridas no meio do assunto tratado, havendo então uma
tendência de se pensar que há um novo tema quando termina um capítulo e
outro começa. Algumas vezes há necessidade de ignorar completamente a
divisão em capítulos. Dois exemplos simples deste problema são os seguintes:
em Atos 22, a mensagem de Paulo está separada dos acontecimentos que a
motivaram, registrados no capítulo anterior. João 7:53 e 8:1, lidos juntos, sem o
corte do capítulo, apresentam um contraste significativo: "E cada um foi para
sua casa. Jesus, entretanto, foi para o Monte das Oliveiras."
6.3.1 O PERÍODO DA IMPRENSA
A Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso
da história. João Gutenberg, de Mainz,
Alemanha, inventou a imprensa em 1450.
O primeiro livro saiu com o nome a Bíblia
de “Mazarin”, com base na Vulgata
Latina, em 1455. Sendo publicado em
1516, apenas com o NT.
Obs: Vulgata é a forma latina abreviada de vulgata editio ou vulgata versio ou
vulgata lectio, respectivamente "edição, tradução ou leitura de divulgação
popular" - a versão mais difundida (ou mais aceita como autêntica) de um
texto.
No sentido corrente, Vulgata é a tradução para o latim da Bíblia, escrita entre
fins do século IV início do século V, por São Jerónimo, a pedido do Papa
Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Católica e ainda é muito respeitada.
Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi
nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos
Romanos, de São Paulo, bem como muitos escritos cristãos de séculos
seguintes.
No século IV, a situação já havia mudado, e é então que o importante biblista
São Jerónimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o latim e revê a
Vetus Latina.
A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do
que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia
que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução
grega conhecida como Septuaginta.No Novo Testamento, São Jerônimo
selecionou e revisou textos
. Ele inicialmente não considerou canônicos os sete livros, chamados por
católicos e ortodoxos de deuterocanônicos. Porém, seus trabalhos
posteriores mostram sua mudança de conceito, pelo menos a respeito
dos livros de Judite, Sabedoria de Salomão e o Eclesiástico (ou
Sabedoria de Sirac), conforme atestamos em suas últimas cartas a
Rufino. Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi
usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje
é fonte para diversas traduções.
O nome vem da expressão vulgata versio, isto é "versão de divulgação
para o povo", e foi escrita em um latim cotidiano, usado na distinção
consciente ao latim elegante de Cícero, do qual Jerônimo era um
mestre.
A denominação Vulgata consolidou-se na primeira metade do século
XVI, sobretudo a partir da edição da Bíblia de 1532, tendo sido
definitivamente consagrada pelo Concílio de Trento, em 1546. O
Concílio estabeleceu um texto único para a Vulgata a partir de vários
manuscritos existentes, o qual foi oficializado como a Bíblia oficial da
Igreja e ficou conhecido como Vulgata Clementina.
Após o Concílio Vaticano II, por
determinação de Paulo VI, foi realizada uma
revisão da Vulgata, sobretudo para uso
litúrgico. Esta revisão, terminada em 1975, e
promulgada pelo Papa João Paulo II, em 25
de abril de 1979, é denominada Nova
Vulgata e ficou estabelecida como a nova
Bíblia oficial da Igreja Católica .
7 A BÍBLIA HEBRAICA
Ela é o nosso At. Sendo organizada em três grandes
divisões.
Jesus menciona sobre a bíblia hebraica (Mt 5:17;
22:40).
Três seções: 1) a Lei, 2) os profetas, 3) os escritos. Esta
divisão está de acordo com a descrição de Cristo
(Lc 24:44).
8 PERÍODO
INTERBÍBLICO
A Expressão “400 Anos de
Silêncio”, frequentemente
empregada para descrever
o período entre os últimos
eventos do A.T. e o começo
dos acontecimentos do N.T.
não é correta nem
apropriada.”
Autoria / Fonte: Charles F.
Pfeiffer
“De Malaquias a Mateus”
(Traduzido)
Trecho do livro:
“A Expressão “400 Anos de Silêncio”, freqüentemente empregada para
descrever o período entre os últimos eventos do A.T. e o começo dos
acontecimentos do N.T. não é correta nem apropriada. Embora nenhum
profeta inspirado se tivesse erguido em Israel durante aquele período, e o A.T.
já estivesse completo aos olhos dos judeus, certos acontecimentos ocorreram
que deram ao judaísmo posterior sua ideologia própria e, providencialmente,
prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a proclamação do Seu
evangelho.”
*Desenvolvimento Político
*Grupos religiosos
A Supremacia Persa
*Fariseus, Saduceus, Essênios
*Alexandre, o Grande
*Os escribas
*A Judéia sob os Ptolomeus
*Os herodianos.
*A Judéia sob os Selêucidas
*Os Macabeus
*Roma.
(Tópicos descritos no resumo).
TÓPICO 2
AS LÍNGUAS, MATERIAIS E INSTRUMENTOS DE
ESCRITA DA BÍBLIA
I INTRODUÇÃO
Transmissão das Escrituras a partir
da invenção da escrita, 3000 a.c.
2 A TRANSMISSÃO ORAL
Foi 1600 que ela foi escrita, longo
período. No início a transmissão da
criação e o início do judaísmo
foram de forma oral.
3 AS LÍNGUAS ESCRITAS
3.1 ELOS
- possibilidade do
conhecimento.
- o reconhecimento do
aspecto canônico.
- os próprios registros dos
textos inspirados por
Deus.
HB 1:1; João 1:1 e 14
3.2 AS ESCRITAS
PRIMITIVAS.
3.2.1 O CUNEIFORME
Mesopotâmia em 3200
a.c., sistema de escrita
“cunha” por isso,
cuneiforme (latim
cunes). No fim do século
8 a escrita já era feita
em linhas, usado cerca
de 800 sinais.
Breve resumo, fonte
wikpedia: foi
desenvolvida pelos
sumérios e é a
designação geral dada
a certos tipos de escrita
feitas com auxílio de
objetos em formato de
cunha
. É, juntamente com os hieróglifos egípcios, o mais antigo tipo conhecido de
escrita, tendo sido criado pelos sumérios por volta de 3500 a.C. Inicialmente a
escrita representava formas do mundo (pictogramas), mas por praticidade
as formas foram se tornando mais simples e abstratas.
Os primeiros pictogramas eram gravados em tabuletas de argila, em
sequências verticais de escrita, e com um estilete feito de cana que gravava
traços verticais, horizontais e oblíquos. Então duas novidades tornaram o
processo mais rápido e mais fácil: as pessoas começaram a escrever em
sequências horizontais (rotacionando os pictogramas no processo), e um
novo estilete em cunha inclinada passou a ser usado para empurrar o barro,
enquanto produzia sinais em forma de cunha.
Ajustando a posição relativa da tabuleta ao estilete, o escritor poderia usar
uma única ferramenta para fazer uma grande variedade de signos.
Tabuletas cuneiformes podiam ser tostadas em fornos para prover um
registro permanente; ou as tabuletas poderiam ser reaproveitadas se não
fosse preciso manter os registros por longo tempo. Muitas das tabuletas
achadas por arqueólogos foram preservadas porque foram tostadas
durante os ataques incendiários de exércitos inimigos, contra os edifícios
no qual as tabuletas eram mantidas.
Inventada pelo sumérios para registrar a língua suméria, a escrita
cuneiforme foi adotada subsequentemente pelos acadianos, babilônicos,
elamitas, hititas e assírios e adaptada para escrever em seus próprios
idiomas; foi extensamente usada na Mesopotâmia durante
aproximadamente 3 mil anos, apesar da natureza silábica do manuscrito
(como foi estabelecido pelos sumérios) não ser intuitiva aos falantes de
idiomas semíticos.
. Antes da descoberta da civilização Suméria, o uso da escrita cuneiforme
apesar das dificuldades levou muitos filólogos a suspeitar da existência de
uma civilização precursora à babilônica.
A sua invenção ficou a dever-se às necessidades de administração dos
palácios e dos templos (cobrança de impostos, registro de cabeças de
gado, medidas de cereal, etc.). Fez nascer a escola, o livro, a literatura e os
códigos de leis.
3.2.2 OS
HIERÓGRAFOS
Foi o sistema criado pelos Egípicios, sinais representados por desenhos
que tinham significados. Era totalmente diferente da cuneiforme. Usavam
700 sinais, escritos com pena sob um papiro, nos muros, palácios, túmulos,
etc.
3.2.3 O ALFABETO
HEBRAICO
Os fenícios desenvolveram este sistema na antiga Canaã (1050 a 850
a.c.). A escrita hebraica é de origem fenícia, possui 22 consosantes, e se
escreve da direita para a esquerda.
4 OS MATERIAIS,
INSTRUMENTOS E ESCRITA E
IDIOMAS USADOS.
Resumo sobre os idiomas da
Bíblia
A maior parte do Antigo Testamento foi escrita em
hebraico. Alguns capítulos foram escritos numa língua
afim, o aramaico. O Novo Testamento foi escrito em
grego.
1. Hebraico: Quase todos os 39 livros do Antigo
Testamento foram escritos em hebraico. As letras tipo
bloco eram escritas em maiúsculas, sem vogais, sem
espaços entre palavras, frases ou parágrafos, e sem
pontuação. Os pontos das vogais foram
acrescentados mais tarde (entre 500 e 600 A.D.) pelos
eruditos massoretas. O hebraico é conhecido como
um dos idiomas semíticos.
2. Aramaico:
Um idioma aparentado com o hebraico, o aramaico tornou-se a língua
comum na Palestina depois do cativeiro babilônico (500 A.C.). Algumas
partes do Antigo Testamento foram escritas nesse idioma: uma palavra
designando nome de lugar em Gênesis 31:47; um versículo em Jeremias
10:11; cerca de seis capítulos no livro de Daniel (2:4b-7:28); e vários capítulos
em Esdras (4:8-6:18; 7:12-26).
O aramaico continuou sendo o vernáculo da Palestina durante vários
séculos. Jesus e seus primeiros seguidores aparentemente falavam
aramaico. Temos assim algumas palavras aramaicas preservadas no Novo
Testamento, tais como: talitá cumi (Mc 5.41), Maranata (I Co 16.22),
Gólgota (Mt 27.33), Eli, Eli lama sabachthani ("Deus meu, Deus meu, por que
me desamparaste?"), (Mt 27:46). Jesus se dirigia habitualmente a Deus
como Abba (aramaico "Pai"), (Mc 14:26). Note a influência disto em
Romanos 8:15 e Gálatas 4:6.
3. Grego:
Apesar de Jesus falar aramaico, o grego (grego koinê) era mais difundido que o
aramaico e foi a língua empregada pelos autores dos livros do Novo Testamento.
A mão de Deus pode ser vista nisto, porque o grego era o idioma internacional
do século I, tornando assim possível a divulgação do evangelho através de todo
o mundo então conhecido.
Essas línguas continuam sendo faladas em algumas partes do mundo
contemporâneo. O hebraico é a língua oficial do Estado de Israel. O aramaico é
falado por alguns cristãos nas vizinhanças da Síria. O grego, embora muito
diferente daquele do Novo Testamento, é falado por milhares de pessoas hoje.
A história de como a Bíblia chegou até nós, na forma em que a conhecemos, é
longa e fascinante. Ela começa com os manuscritos originais, ou "autógrafos",
como são às vezes chamados. Esses textos originais foram escritos por homens da
antigüidade movidos pelo Espírito Santo (2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20,21).
Durante anos, os céticos declararam que Moisés não poderia ter escrito a
primeira parte da Bíblia porque a escrita era desconhecida na época (1500 A.C.).
A ciência da arqueologia provou desde então que a escrita já era conhecida
milhares de anos antes dos dias de Moisés. Os sumérios já escreviam cerca de
4000 A.C., e os egípcios e babilônios quase nessa mesma época.
MATERIAIS UTILIZADOS
NOS ESCRITOS
ANTIGOS
PEDRA
Muitas inscrições famosas encontradas no Egito e Babilônia foram escritas
em pedra. Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos escritos em tábuas de
pedra (Êx 31:18, 34:1-28). Dois outros exemplos são a Pedra Moabita (850
A.C.) e a Inscrição de Siloé, encontrada no túnel de Ezequias, junto ao
tanque de Siloé (700 A.C.).
ARGILA
O material de escrita predominante na Assíria e Babilônia era a argila,
preparada em pequenos tabletes e impressa com símbolos em forma de
cunha chamados de escrita cuneiforme, e depois assada em um fomo ou
seca ao sol. Milhares desses tabletes foram encontrados pelas pás dos
arqueólogos.
MADEIRA
Tábuas de madeira foram bastante usadas pelos antigos para escrever.
Durante muitos séculos a madeira foi a superfície comum para escrever
entre os gregos. Alguns acreditam que este tipo de material de escrita é
mencionado em Isaías 30:8 e Habacuque 2:2.
COURO
O Talmude judeu exigia especificamente que as Escrituras fossem
copiadas sobre peles de animais, sobre couro. É praticamente certo,
então, que o Antigo Testamento foi escrito em couro. Eram feitos rolos,
costurando juntas as peles que mediam de alguns metros a 30 metros
ou mais de comprimento. O texto era escrito em colunas
perpendiculares ao rolo. Os rolos, entre 26 e 70 cm de altura, eram
enrolados em um ou dois pedaços de pau.
PAPIRO
É quase certo que o Novo Testamento foi escrito sobre papiro, por ser este o
material de escrita mais importante na época. O papiro é feito cortando-se
em tiras seções delgadas de cana de papiro, empapando-as em vários
banhos de água, e depois sobrepondo-as umas às outras para formar
folhas.
Uma camada de tiras era colocada por sobre a primeira, e depois as
punham numa prensa, a fim de aderirem umas às outras. As folhas tinham
de 15 a 38 cm de altura e 8 a 23 cm de largura. Rolos de qualquer
comprimento eram preparados colocando juntas as folhas. Geralmente
mediam cerca de 10 m de comprimento, embora tenha sido encontrado
um rolo com 47 m de comprimento.
Velino ou
pergaminho:
O velino começou a predominar mediante os esforços do rei Eumenes II, de
Pérgamo (197-158 A.C.). Ele procurou formar sua biblioteca, mas o rei do Egito
cortou o seu suprimento de papiro, sendo-lhe então necessário obter um novo
tipo de material de escrita. Fez isto aperfeiçoando um novo processo para o
tratamento de peles.
O resultado é conhecido como velino ou pergaminho. Embora os termos
sejam usados como sinônimos, o velino era preparado originalmente com a
pele de bezerros e antílopes, enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas
e cabras.
Obtinha-se assim um couro de excelente qualidade, preparado especial e
cuidadosamente para receber escrita de ambos os lados. Este tipo de material
foi utilizado centenas de anos antes de Cristo e, por volta do século IV A.D., ele
suplantou o papiro. Quase todos os manuscritos conhecidos são em velino.
OS INSTRUMENTOS
ANTIGOS DA
ESCRITA
• A tinta negra para escrever era
preparada com fuligem ou negro
de fumo e cola diluídos em água.
• Os essênios, que escreveram os
Rolos do Mar Morto, usavam ossos
queimados de cordeiro e azeite. É
notável
como
a
escrita
permanece tão bem conservada
até hoje. Os instrumentos de
escrita eram um cinzel para usar
sobre pedra e um estilete feito de
metal ou de madeira dura para
uso nas tábuas de argila.
OBS: Códice ou códex caule de uma
planta que era. utilizada para escrever
em papiro, pergaminho... Também é um
exemplo de instrumento da escrita.
Penas foram inventadas para escrever sobre o papiro ou velino. Estas eram
feitas de talos ocos de grama de pasto (capim) ou bambu. O bambu seco
era cortado diagonalmente com uma faca, sendo bem afiado na
extremidade, a qual era então fendida. A fim de manter os materiais em boas
condições, os escribas portavam uma faca. Daí a palavra inglesa penknife
(faca para cortar pena).
É preciso ressaltar que, tanto quanto sabemos, nenhum dos manuscritos
originais existe. Alguns podem vir a ser ainda descobertos, mas isso é
duvidoso. Não se encontrou até agora nenhum material dos tempos bíblicos.
MANUSCRITOS
CLASSIFICAÇÃO DOS MANUSCRITOS
Os manuscritos estão divididos em duas classes:
Unciais (do latim uncia, polegada): São assim chamados por serem escritos em
grandes letras maiúsculas sobre o velino delgado. Trata-se dos manuscritos mais
antigos.
Cursivos: Vieram mais tarde os manuscritos cursivos, que receberam este nome por
serem escritos com letras "cursivas" ou à mão. Datam do século X ao século XV A.D.
Dos 4.500 manuscritos existentes, cerca de 300 são unciais e o restante são cursivos.
Não fosse a ordem de Diocleciano para destruí-los em 302 A.D., haveria
provavelmente um número muito maior deles. Dos 300 unciais existentes hoje, cerca
de 200 são manuscritos copiados em velino que datam do século IV ao século IX.
Além desses, há cerca de setenta documentos em papiro datados do século II ao
século IV.
Peças de cerâmica fragmentadas, conhecidas como "óstracos", eram muito
usadas na antiguidade como material de escrita, e cerca de trinta delas foram
encontradas, contendo porções das Escrituras. Esses papiros e óstracos só
recentemente vieram à luz e serviram para aumentar consideravelmente nosso
conhecimento do texto do Novo Testamento.
Manuscrito Sinaítico - Códice Alef
Um dos primeiros manuscritos unciais
(340 A.D.), o Sinaítico foi descoberto
em 1844 pelo Dr. Constantine
Tischendorf, um professor da Bíblia e
erudito alemão, no Monastério de St.
Catherine, no monte Sinai. Escrito em
grego, ele contém uma parte da
tradução Septuaginta do Antigo
Testamento em grego e o Novo
Testamento inteiro, além de metade
dos livros apócrifos, assim como a
Epístola de Barnabé e uma boa parte
do Pastor de Hermas. Ele contém 364,5
folhas de excelente velino, com 34,56
cm de largura e 38,15 cm de altura.
Cada página possui quatro colunas de cerca de 6,35 cm de largura,
exceto os Livros Poéticos, onde existem duas colunas mais largas. Cada
coluna tem quarenta e oito linhas.
O Dr. Tischendorf descobriu as páginas do manuscrito no monastério,
onde os monges as utilizavam para acender fogo. Ele resgatou quarenta
e três folhas do velino; mas somente 15 anos mais tarde conseguiu obter
as folhas restantes, com a ajuda do Czar da Rússia, em troca de alguns
presentes para o monastério no Sinai. Em 1869, a obra foi entregue à
Biblioteca Imperial em São Petersburgo (agora Leningrado).
Em 1933 a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) a vendeu ao
Museu Britânico por 100.000 libras inglesas (cerca de US$ 500.000), onde se
encontra até hoje. Um recinto antes desconhecido foi descoberto no
Monastério de St. Catherine em 1975, e nele foram encontradas mais treze
páginas do Sinaítico. Junto com o Vaticano, o Sinaítico é considerado um
dos dois manuscritos mais importantes existentes. Ele é o único que
contém o Novo Testamento completo.
Manuscrito Alexandrino - Códice A
Este manuscrito, o último dos três maiores unciais considerados aqui, data
do século V (cerca de 450 A.D.). Embora contenha tanto o Antigo como o
Novo Testamento, algumas partes estão faltando.
Do Antigo Testamento faltam: Gênesis 14:14-17; 15:1-5; 16-19; 16:6-9; 1 12:1814:9 e Salmos 49:19-79:10. Do Novo Testamento faltam: Gênesis 1:1-25:6; João
6:50-8:52; 2 Coríntios 4:13-12:6.
É composto de 773 folhas, 639 do Antigo Testamento e 134 do Novo. Seu
tamanho é 26,24 cm de largura e 32,64 cm de altura. Cada página tem duas
colunas de 50 ou 51 linhas.
Foi provavelmente escrito em Alexandria, no Egito. Conta-se ter sido
apresentado ao patriarca de Alexandria, tendo obtido o nome de Códice
Alexandrino. Encontra-se agora na Biblioteca Nacional do Museu Britânico em
Londres, na Inglaterra. Apesar disso, não chega a alcançar o elevado padrão
dos manuscritos Vaticano e Sinaítico.
Só mais dois desses unciais antigos serão mencionados aqui. Existem inúmeros
outros - na maioria pequenas porções do Antigo ou Novo Testamentos.
Todavia, por menores que sejam esses fragmentos, cada um acrescenta seu
testemunho à exatidão das presentes Escrituras.
Manuscrito Vaticano - Códice B
Este uncial famoso datado século IV (350,
possivelmente 325 A.D.). Está escrito em
grego e contém a tradução Septuaginta
do Antigo Testamento, os Apócrifos (com
exceção dos livros dos Macabeus e da
Oração de Manassés) e o Novo
Testamento. No Antigo Testamento estão
faltando Gênesis 1:1-46:28,2 Reis 2:5-7,
10:13 e Salmos 106:27- 136:6. No Novo
Testamento, faltam Marcos 16:9-20/ João
7:53-8:11 e Hebreus 9:14 até o fim do
Novo Testamento, incluindo as Epístolas
Pastorais (1 e 2 Timóteo, Tito e Filemom) e
Apocalipse (mas não as Epístolas Gerais:
Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas).
Como o nome sugere, este manuscrito encontra-se agora na Biblioteca do
Vaticano em Roma, onde foi catalogado pela primeira vez em 1481, e
contém 759 folhas, 617 do Antigo Testamento e 142 do Novo.
As páginas possuem 25,6 cm de largura e 26,88 cm de altura.
Cada página contém três colunas de 42 linhas, exceto os Livros Poéticos,
têm duas colunas.
O Vaticano é considerado como a melhor cópia conhecida do Novo
Testamento. É interessante notar que não inclui Marcos 16:9-20, porém o
escriba deixou mais de uma coluna vazia nesse lugar, como se conhecesse
esses versículos, mas estivesse indeciso quanto a incluí-los ou não.
Manuscrito Efraim - Códice C
Este manuscrito contém partes do Antigo e
Novo Testamentos. Existem agora apenas 64
folhas do Antigo Testamento e 145 do Novo
Testamento.
As páginas são de 24,32 cm por 31,36 cm.
Cada página contém uma coluna larga de
40-46 (geralmente 41) linhas. Julga-se que foi
escrito no Egito, provavelmente em
Alexandria, e data do século V (cerca de 450
A.D.).
Este manuscrito é o que se chama de
palimpsesto, significando "raspado".
O pergaminho de velino era escasso e de alto preço; portanto, a escrita era
algumas vezes raspada e outro material era escrito por cima ou, como neste
caso, entre as linhas originais.
No século XII, as palavras originais deste manuscrito foram parcialmente
apagadas e os sermões do Padre Sírio Efraim (299-378) inseridos entre as
linhas. Esta é a razão de ser chamado Manuscrito Efraim.
Quase no final do século XVII, um aluno da biblioteca pensou ter visto traços
de uma escrita mais antiga por baixo dos sermões de Efraim. Em 1834,
mediante uma solução química forte, as Escrituras originais da Bíblia grega
foram parcialmente restauradas. Em 1840, Tischendorf revelou mais
completamente o texto anterior e foi o primeiro a lê-lo com êxito. Em 1843-45
ele o editou e publicou.
Manuscrito Beza - Códice D
Data do século VI (cerca 550 A.D.). Com
algumas omissões, contém os Evangelhos, 3
João 11-15 e Atos. Acha-se depositado na
biblioteca da Universidade de Cambridge, na
Inglaterra. O manuscrito compõe-se de 406
folhas, cada uma de 20,48 cm por 25,6 cm, com
uma coluna de 33 linhas por página.
Este é o mais antigo manuscrito conhecido
escrito em dois idiomas. A página da esquerda é
em grego, enquanto o texto correspondente em
latim fica do lado oposto, à direita. Em 1562, ele
foi encontrado no Monastério de Santo Irineu,
em Lyons, França, por Theodore Beza, renomado
literato bíblico francês que viajou para a Suíça e
se converteu em assistente e sucessor de João
Calvino, o famoso reformador de Genebra. Em
1581, Beza entregou o manuscrito à Universidade
de Cambridge.
LECIONÁRIOS
Mais uma palavra deve ser acrescentada para completar a história dos
manuscritos do Novo Testamento. Os manuscritos incluem um grupo de
materiais chamados "lecionários".
O termo "leitura" refere-se a uma passagem escolhida na Escritura, destinada
a ser lida nos serviços públicos. Assim sendo, um lecionário é um manuscrito
especialmente arranjado e copiado com este propósito.
Alguns eram unciais e outros, cursivos. A maioria deles foi extraída dos
Evangelhos, mas alguns de Atos e das Epístolas. Os estudos mostraram que
eles foram copiados com mais cuidado do que um manuscrito comum;
portanto, fornecem cópias excelentes para comparações. Mais de 1.800
lecionários foram enumerados.
APÓS OS MANUSCRITOS SURGEM AS VERSÕES
Depois dos manuscritos, a próxima forma mais importante das Escrituras, que
dá testemunho da sua antigüidade, são as versões.
A versão é uma tradução do idioma original de um manuscrito em outro
idioma. Existe um número muito grande de versões, mas apenas algumas
serão consideradas como exemplos dispersos através dos anos até hoje.
A Septuaginta
Esta é, talvez, a mais importante das versões,
por sua data antiga e influência sobre outras
traduções. A Versão Septuaginta é uma
tradução do Antigo Testamento hebraico
para o grego. Foi iniciada cerca de 200 A.C.
e terminada cerca de 180 A.C., sendo
provavelmente a mais antiga tentativa de
reproduzir um livro de um idioma para outro.
Este é o documento bíblico mais antigo que
possuímos.
"Septuaginta" significa "setenta". A abreviação desta versão é LXX. Ela é às vezes
chamada de "Versão Alexandrina", por ter sido traduzida na cidade de Alexandria, no
Egito. Esta obra notável é denominada "septuaginta" por causa de uma velha lenda que
fala de setenta e dois eruditos procedentes da Palestina (seis de cada uma das doze
tribos de Israel) que viajaram para Alexandria, onde se diz que completaram a obra em
setenta e dois dias.
Acredita-se agora que a tradução foi feita por judeus e alexandrinos, ao
invés de palestinos. O trabalho realizou-se em Alexandria.
O Pentateuco constitui a melhor parte desta tradução. Outras porções do
Antigo Testamento são excelentes, mas algumas não passam de uma
interpretação ou comentário.
Além dos 39 livros do Antigo Testamento, ela contém todos, ou parte, dos
14 livros conhecidos como Apócrifos. A Septuaginta foi comumente
utilizada nos dias do Novo Testamento e mostrou-se muito útil em
traduções subsequentes.
O Pentateuco Samaritano
A raça samaritana surgiu depois dos assírios terem
conquistado o reino do Norte de Israel, em 721 A.C., e
levado a maior parte das dez tribos para o cativeiro.
Sargão, rei dos assírios, mandou muitos povos idólatras
das suas províncias orientais para Israel (2 Reis
17:5,6,24). Esses povos fizeram casamentos mistos com
os israelitas que tinham ficado na terra, formando
assim a raça samaritana, uma mistura de israelitas e
pagãos. Eles estabeleceram um culto rival ao dos
judeus, construindo um templo no monte Gerizim (Jo
4). Os samaritanos aceitavam apenas o Pentateuco.
O Pentateuco samaritano é um Pentateuco hebraico escrito em letras
samaritanas. Não se trata de uma tradução, mas de uma outra estruturação
do próprio texto hebraico. A data em que foi escrito é aproximadamente
430 A.C.
Em 2 Reis 17:26-28, lemos a respeito de um sacerdote, dentre os judeus cativos
na Assíria, sendo mandado de volta a Samaria para ensinar o povo. Acreditase que ele levou consigo uma cópia do Pentateuco hebraico e que o
Pentateuco samaritano foi calcado nele.
É dito que existem cerca de 6.000 variações do texto hebraico na obra. A
maioria delas é de menor importância, exceto onde os samaritanos
deliberadamente fizeram alterações para adequá-lo às suas crenças
específicas.
Existem provavelmente cerca de 100 cópias desta versão em lugares
diferentes da Europa e América. O manuscrito mais antigo conhecido, datado
de 1232, acha-se na Biblioteca Pública de Nova Iorque. Em Nablus (antiga
Siquém), em Israel, encontra-se um rolo samaritano que parece muito antigo.
À medida que a mensagem do cristianismo foi-se difundindo para além da
Palestina, a necessidade de traduções das Escrituras para os idiomas daqueles
que estavam sendo evangelizados tornou-se evidente. Temos assim diversas
versões, apesar de que somente algumas serão examinadas. Comparadas
aos manuscritos, seu valor é secundário, mas elas são de alguma ajuda para a
compreensão do texto original.
As Versões Siríacas
O idioma sírio era a principal língua falada nas regiões da Síria e
Mesopotâmia. É quase idêntico ao aramaico.
O Siríaco Antigo: Só se soube da sua existência há pouco mais de cem
anos. Existem dois manuscritos principais desta obra:
- O Siríaco Curetônio é uma cópia do século V dos evangelhos, consistindo
em oitenta folhas. Recebeu esse nome em honra do Dr. Curetan, do Museu
Britânico, que o editou.
- O Siríaco Sinaítico foi descoberto no Monastério de St. Catherine, no
Monte Sinai. É um palimpsesto, e só aproximadamente três quartos dele
puderam ser decifrados. A data designada é o século IV ou início do século
V A.D.
A Pesita: A palavra "pesita" significa "simples" ou "comum", sendo então
conhecida como Vulgata Siríaca ou Versão Autorizada da Igreja Oriental.
Ela vem sendo utilizada desde o século V A.D. Contém o Novo Testamento
inteiro, com exceção de 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse. Existem
cerca de 250 manuscritos dessa versão. Tem sido de grande utilidade para
a crítica textual e sua circulação é vasta, até mesmo na China. Há uma
tradução em inglês feita por George Lamsa.
As Versões Latinas
É interessante notar que a primeira Bíblia em inglês foi
baseada no latim.
O Latim Antigo: Reporta-se a uma data bem antiga,
possivelmente 150 A.D. Existem cerca de vinte cópias dessa
versão. Tem grande importância como testemunha da
autenticidade do texto bíblico, por causa de sua
antiguidade e sua fidelidade ao texto que traduz.
A Vulgata Latina: "Vulgata" significa "comum" ou "corrente". Esta é a grande
versão da Bíblia em latim. Devido aos inúmeros erros dos copistas da versão
do latim antigo, Damaso, bispo de Roma, obteve os serviços de Jerônimo
para produzir uma revisão como norma autoritária para as igrejas de fala
latina. O trabalho foi feito em Belém: o Novo Testamento (382-383 A.D.) e o
Antigo Testamento (390-405 A.D.).
É praticamente impossível superestimar a influência da Vulgata de
Jerônimo sobre a nossa Bíblia. Por mais de mil anos toda tradução das
Escrituras na Europa Ocidental foi baseada nessa obra.
A Vulgata veio a ser eventualmente a Bíblia oficial da Igreja Católica
Romana, continuando a sê-lo até hoje.
A Bíblia Católica Romana em inglês é na verdade uma tradução de uma
tradução, não sendo, como a Bíblia protestante, uma tradução da língua
grega original.
Depois da invenção da imprensa em 1450, a Vulgata foi o primeiro livro
impresso de tipo móvel (1455).
OS ROLOS DO MAR MORTO
Descobertos pela primeira vez em março de
1947 por um jovem pastor de cabras numa
caverna perto do lado norte do Mar Morto, os
Rolos do Mar Morto, cerca de 350 ao todo,
foram considerados como uma das maiores
descobertas arqueológicas do século XX.
Escritos pelos essênios, entre o primeiro século antes e o primeiro século depois
de Cristo, as partes bíblicas deste rolo nos fornecem manuscritos centenas de
anos mais antigos que quaisquer outros. Partes de cada livro do Antigo
Testamento foram encontradas, com exceção de Ester. De especial interesse
são os rolos do livro de Isaías, porque um dentre os dois encontrados é o livro
completo desse grande profeta. Trata-se de um manuscrito hebraico de Isaías
mil anos mais antigo do que qualquer outro já descoberto. De maneira
notável os rolos confirmam a exatidão do texto massorético do Antigo
Testamento.
OS PAPIROS
Certa quantidade de papiros descobertos recentemente
(1931) nas tumbas do Egito, atraem a atenção dos estudiosos e
pesquisadores. Estes têm sido freqüentemente considerados os
de benefício mais importante para a crítica textual do Novo
Testamento, desde que Tischendorf anunciou a descoberta dos
Códices Sinaíticos. Esses papiros foram adquiridos por um
renomado colecionador de manuscritos, A. Chester Beatty.
Outros se encontram na Universidade de Michigan e nas mãos de particulares. Eles contêm partes do
Antigo Testamento em grego: trechos consideráveis de Gênesis, Números e Deuteronômio, e trechos
de Ester, Ezequiel e Daniel. Três manuscritos do grupo são livros do Novo Testamento: porções de trinta
folhas dos Evangelhos e Atos, oitenta e seis folhas das Epístolas Paulinas e dez folhas da parte do meio
do livro de Apocalipse. Esse material é da maior importância, pois data do século III ou antes. O texto
é de tão alta qualidade que se compara aos Códices Vaticano e Sinaítico.
O Fragmento de John Rylands é um pequeno pedaço de papiro com apenas 38,96 cm por 6,4 cm.
Embora tão pequeno, é reconhecido como o manuscrito mais antigo de qualquer parte do Novo
Testamento. Está escrito de ambos os lados e contém uma parte do Evangelho de João: 18:3133,37,38. Foi obtido em 1920.
Em 1956, Victor Martin, professor de filologia clássica na Universidade de Genebra, publicou um
códice de papiro do Evangelho de João: o Papiro Bodmer 11. Este incluía os capítulos 1:1 até 14:26,
sendo datado de 200 A. D. Trata-se provavelmente do livro mais antigo do Novo Testamento.

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