- Revista Mercado Rural

Transcrição

- Revista Mercado Rural
DEZEMBRO - 2014 • nº 13
Entrevista:
Governador
Fernando Pimentel
Saliva do
carrapato-estrela
na cura contra o cancêr
Febre Chikungunya,
a nova dengue
Rambutão e
Guaçatonga
Brahman: BR77 Braúnas Agropecuária
Referência em sistema de manejo e aumento da produtividade
D E Z E M B R O - 2014
ed i tor ial
Redação
Unique Comunicação e Eventos
Tel.: (31) 3063-0208
[email protected]
Diretor Geral
Marcelo Lamounier
[email protected]
Diretor Comercial
Marcelo Lamounier
[email protected]
Tels.: (31) 3063-0208 / 9198-4522
Jornalista responsável
Amanda Ribeiro - MT10662/MG
[email protected]
Direção de Arte
Otávio Vieira
[email protected]
Assinaturas
Unique Comunicação e Eventos
Periodicidade
Trimestral
Tiragem
5.000 exemplares
Impressão
Gráfica Del Rey
Comemoramos nesta edição o terceiro ano de revista, com nossa 13ª publicação.
Só temos a agradecer: aos nossos anunciantes, que acreditam no retorno da revista e
estiveram conosco ao longo desses três anos, aos leitores que cada vez mais admiram e
apóiam nosso projeto, aos nossos amigos, familiares e colaboradores, que acreditam na
Mercado Rural.
Continuamos empenhados em fazer um veículo de qualidade, com conteúdo diversificado e reportagens atrativas. Como tenho dito, o diferencial da nossa revista é sem
dúvidas a variedade de assuntos abordados em seu conteúdo editorial, envolvendo o
agronegócio de forma leve, porém tratando com seriedade assuntos de grande interesse
de nossos leitores. Tudo isso aliado a um projeto editorial atrativo e uma revista bonita.
Nessa edição,entrevistamos o Governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel,
que falou sobre os desafios de seu próximo governo e as prioridades em sua gestão. Na seção ‘personagem’ contamos a admirável trajetória profissional de Silvio Silveira, empresário
de destaque no ramo frigorífico brasileiro. Na matéria de capa trouxemos uma reportagem
sobre a Fazenda Braúnas, em Minas Gerais, que conta com excepcional sistema de manejo
e é exemplo em produtividade, com inovador sistema de engorda de gado de corte. A
fazenda também é referência no gado Brahman, como a mais bem avaliada da raça.
Na seção de ‘criações exóticas’ os gorilas ganharam destaque, assim como os índios
gigantes, ou galos gigantes que foram os escolhidos para ilustrar a ‘seção pet’. Mantendo a
diversidade de assuntos, nossos leitores irão aprender um pouco mais sobre a guaçatonga, febre chikungunya, rambutão, as fazendas verticais, o cavalo Bretão, chinchilas, dentre
muitos outros assuntos de grande relevância.
E mais uma vez aproveito para agradecer aos nossos anunciantes, que acreditaram
na divulgação e estiveram presentes na revista, nesse ano de 2014. Agradeço em especial
à Amanda, pela amizade e sociedade nesses anos que
caminhamos juntos, com a sua inteligência, profissionalismo e conhecimento, a revista se consolidou no mercado, e já é conhecida e reconhecida em todo o Brasil !!!
Boa leitura!
www.revistamercadorural.com.br
Desejo um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!
A Revista não se responsabiliza por
conceitos ou informações contidas
em artigos assinados por terceiros.
C@rtas
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Mercado Rural
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Recebi a revista em minha
casa e fiquei muito feliz.
Ótima revista, com matérias
bacanas. Muito obrigada!
Parabéns pela Revista
Mercado Rural.
Verônica Marquês Formiga, MG
Marcelo Lamounier
Parabéns pela 12° edição . E
parabéns também para o Haras do
Barulho, 9 vezes melhor Criador
Nacional Campolina Pampa! E não
podia deixar de parabenizar também
pelas matérias do Mangalarga
Marchador. Muito Sucesso!
Daniella Pereira - Guanhães, MG
Recebi a revista e adorei.
Natália Pinho Virginópolis , MG
Recebi a nova edição
da revista e adorei.
Dayane Nunes Itapecerica, MG
Recebi a edição de
outubro da revista,
parabéns pelo seu
trabalho, está cada dia
mais bacana.
Flávia Fonseca
Oliveira Belo Horizonte, MG
36
Saliva do carrapato-estrela na cura
contra o câncer
4
Entrevista Governador Fernando Pimentel
5
Imunobiológicos para
análise do rebanho nacional
38
Alerta: cuidados com os felinos
6
Personagem: Silvio Silveira
39
Região do Queijo canastra, agora é marca
8
Como Fazer: Carvão
42
Brahman: BR77 Braúnas Agropecuária
Referência em sistema de manejo
e aumento da produtividade
10
Fazendas urbanas verticais:
Nova tendência para a demanda de alimentos
12
O aumento da gasolina
e os bilhões perdidos
16
Exportações do agronegócio mineiro
18
Febre chikungunya, a nova dengue
20
Guaçatonga, planta milagrosa
é grande aliada no combate a doenças
48
Grãos: Um panorama mundial
22
Raças Bovinas: Hereford e Braford
49
Codornas Bobwhite
24
Minas elimina ICMS para ovinos e caprinos
50
Cavalo Bretão
28
BIODIESEL: Governo dá
incentivo fiscal para produção
52
Crise hídrica permanecerá
em pauta nos próximos anos
54
Laboratório Linkgen,
pioneirismo na área de biotecnologia
56
Rações para abelhas
58
34ª Semana Nacional do CAVALO Campolina
60
Meio ambiente: implementação
do novo código florestal
62
Projeto que proíbe abate de CHINCHILAS
pode colocar atividade em risco
63
Rambutão, a delícia do Pacífico
64
Bebidas: A Cachaça Batista
66
Automóveis: Honda Vezel
68
Turismo: Porto de Galinhas
70
SeÇão Pet: Galo Índio Gigante
72
Criações exóticas: Gorilas
74
Receita: Spaghetti de palmito pupunha
75
Evento
- IV Marchador Fest
- Restaurante Boi Vitório
inaugura novo espaço
- Cia do Nado faz confraternização de Natal
- Confraternização dos criadores
de Mangalarga Marchador
29
Universal Nutrição Animal
30
Mormo e AIE voltam a preocupar
32
33ª Exposição Nacional do Cavalo Árabe
78
Giro Rural
34
Aviação agrícola
80
Agenda Rural
revista mercado rural
3
entrevista
Fernando Pimentel
O Governador eleito de Minas Gerais, Fernando
Pimentel (PT), falou à revista Mercado Rural um
pouco sobre o que esperar de seu governo e os
projetos de sua gestão. Acompanhe a entrevista:
MR: Após 12 anos de Governo
Tucano no Estado de Minas, como o
senhor avalia sua vitória nas eleições?
Fernando Pimentel: Ao longo da
campanha, muitos jornalistas me perguntaram por que eu defendia a mudança em
Minas Gerais e trabalhava pela reeleição da
presidenta Dilma. A resposta é simples: os
12 anos de governo do PT – que agora serão 16 – mudaram o Brasil para melhor, o
que não aconteceu em Minas.
Seria leviano dizer que nosso Estado retrocedeu desde 2003, mas poderíamos ter
avançado muito mais. Goiás, Pernambuco,
Bahia, Rio e muitos outros estados avançaram muito mais do que Minas porque
souberam estabelecer parcerias com o governo federal ou porque criaram condições
para o desenvolvimento socioeconômico.
Aqui, aconteceu o contrário: Minas perdeu competitividade, cobrando uma das tarifas mais altas de energia elétrica, com uma
legislação tributária anacrônica, um cenário
que afastou investimentos e, pior, expulsou
empresas que estavam aqui. Ao mesmo tempo em que se alardeou um choque de gestão, a Saúde, a Educação, a Segurança Pública
pioraram ou não avançaram. Isso acabou
sendo exposto ao longo da campanha, resultando na nossa vitória em primeiro turno e na
vitória da presidenta Dilma nos dois turnos.
MR: Quais serão as primeiras dificuldades a serem enfrentadas ao assumir o Governo do Estado?
Fernando Pimentel: Eu chamaria de
desafios. O mais urgente é contornar a situação financeira crítica. Minas tem hoje
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a segunda maior dívida entre os Estados
brasileiros e se ressente de uma política de
atração de investimentos. Vamos ter de trabalhar muito para equilibrar as contas do
Estado, o que vai nos permitir honrar compromissos de campanha como o pagamento do piso salarial nacional aos professores da rede estadual nos próximos anos.
MR: A ajuda do Governo Federal
será primordial?
Fernando Pimentel: Vamos buscar
parcerias com o Governo Federal, que oferece muitos recursos aos estados e municípios. Talvez por opção, o grupo político que
esteve à frente do governo de Minas Gerais
nos últimos 12 anos não foi buscar esses
recursos, que dependem apenas de bons
projetos técnicos para serem liberados.
MR: Quais serão as prioridades do
seu Governo?
Fernando Pimentel: Vamos fazer um
governo regionalizado e participativo, ouvindo as mineiras e os mineiros, buscando
enfrentar nossos desafios respeitando as
vocações e o potencial das várias regiões.
MR: Haverá mudanças na Secretaria de Agricultura do Estado?
Fernando Pimentel: Estamos em
plena transição, avaliando todas as ações e
programas de governo. Não haverá rupturas. O que for bom, será mantido e ampliado. O que não for, vamos corrigir e trazer
novas ideias. Vamos fortalecer as estruturas
de apoio à pesquisa e de incentivo ao agronegócio mineiro.
MR:
O senhor já saberia dizer
quais serão as prioridades da pasta da
Agricultura para seu mandato?
Fernando Pimentel: A agroindústria
é uma atividade fundamental para a economia de Minas Gerais. Vamos investir em
tecnologia, trabalhar em parcerias com as
11 universidades federais, as seis escolas
técnicas federais, a UEMG, a Unimontes
e a Epamig no desenvolvimento contínuo de tecnologias para aumentar nossa
produtividade e agregar valor aos nossos
produtos agrícolas, gerando cada vez mais
emprego e renda.
Instituto Biológico bate recorde e aumenta em 34% a produção de
imunobiológicos para análise do rebanho nacional
“Não existe saúde animal, nem saúde
humana. Existe apenas uma saúde. Cerca
de 70% das doenças humanas têm origem nos animais”. É assim que o médico
veterinário, Ricardo Spacagna Jordão, vê a
importância dos trabalhos realizados pelo
Instituto Biológico (IB-APTA) na área de
imunobiológicos, usados para o diagnóstico de tuberculose e brucelose, que atacam
diversos animais, inclusive os bovinos. Em
2014, o IB bateu recorde na produção dos
kits disponibilizados aos pecuaristas brasileiros. Este ano, o Instituto produziu cerca
de 3,7 milhões de doses, o que representa
um aumento de 34% em relação a 2013.
Com essa produção, é possível diagnosticar um milhão de animais a mais do que
no ano anterior. Esse fato é de extrema im-
portância para a pecuária nacional, já que o
IB tem um dos dois laboratórios brasileiros
que produz imunobiológicos. O Instituto
Biológico é vinculado à Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
do Estado de São Paulo.
Este é o quinto ano consecutivo que
o IB vem batendo recordes na produção.
Os imunobiológicos são estratégicos para
o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal
(PNCEBT). Os antígenos garantem o diagnóstico preciso e alimento seguro para a
população. “Estávamos mantendo o ritmo
de crescimento de 7% ao ano, porém, em
2014 participamos de uma reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
cimento, e nos foi solicitado que aumentássemos ainda mais a produção”, explica
Antonio Batista Filho, Diretor-geral do IB.
Segundo Jordão, veterinário responsável pela produção de imunobiológicos no
Instituto Biológico, a estratégia do IB foi a
produção em partidas maiores e menos
frequentes, visto que os estoques não estavam suprindo a demanda. Mesmo com
o aumento expressivo, a produção brasileira dos antígenos ainda é insuficiente para
atender às necessidades crescentes devido
a novas adesões dos Estados ao PNCEBT. A
falta dos produtos no campo gera prejuízos
diretos e indiretos, a cadeia de produção,
aos pecuaristas e ao controle e erradicação
das duas mais importantes enfermidades
que atingem o rebanho nacional.
A Unique Comunicação e Eventos atua há 8 anos no
agronegócio, prestando com excelência e qualidade seus
serviços. Atenta à crescente demanda do setor, a empresa
especializou-se no ramo de organização de leilões e divulgação
de projetos voltados para o agronegócio.
Contato: (31) 3063-0208 • 9198-4522
Marcelo Lamounier
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revista mercado rural
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personagem
Silvio Silveira
Referência no
setor frigorífico
brasileiro
O jeito carismático e brincalhão de Silvio Silveira, esconde um empreendedor sério e empresário referência no ramo frigorífico brasileiro. Hoje já são quase 50 anos
de muito trabalho no ramo de açougues,
mas a trajetória de sucesso de Silvio passa
por relatos de muito trabalho e dedicação
aos negócios. Uma história de conquistas e
muita luta até chegar à posição de respeito
que hoje ocupa na cadeira de Presidente
da Associação de Frigoríficos de Minas Gerais, Espirito Santo e Distrito Federal (Afrig).
Em 1966 Silvio Silveira, ainda muito
jovem, com 16 anos, iniciava sua carreira
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outubro 2014
profissional montando um açougue na cidade de Pará de Minas, Minas Gerais. Inexperiente e ainda muito jovem, os negócios
de Silvio não prosperaram e então o garoto
foi para a cidade grande, a capital Belo Horizonte (MG) trabalhar como funcionário da
casa de carne Irmãos Nogueira. Começava
ali uma trajetória de sucesso.
Quase uma década depois, em 1974
Silvio abriu sua primeira empresa, o Frigo
Silveira, na cidade de Itaúna, Minas Gerais,
composta por um frigorífico e uma casa
de carne. Os negócios foram prosperando
e em 1984 Silvio comprou parte da Frigobet localizada em Betim, que trabalha com
abate e industrialização de produtos, sendo que atualmente, Silvio Silveira detém
de 100% da empresa. Em 2014 o frigorífico
está passando por uma grande reforma
com o objetivo de atender melhor o mercado interno e também o mercado externo, com modernas instalações que serão
referência de abate em todo o Brasil.
O grupo possui ainda outra empresa,
inaugurada em 2003, o Frigorífico Serradão,
que hoje possui cerca de 20 casas de carnes,
uma peixaria e frota de caminhões própria.
O Serradão comercializa produtos de
salsicharia, carne bovina, carne suína, frango e também pescados, provenientes da
Peixaria Serradão que adquire os produtos
direto de Manaus e Belém. “O Serradão é
nossa empresa que mais cresce. Adminis-
trada por meus irmãos e filhos, apostamos
na manutenção da rede para o próximo
ano em número de casas de carne e frota
de caminhões”, disse Silvio.
Atualmente o Grupo Silveira conta
com mais de 1000 funcionários, incluindo
as empresas do grupo e também cinco fazendas e confinamentos de gado. A mais
nova empresa do Grupo é o Frigovita que
atua no segmento de carne desossada,
completando assim o leque de produtos e
empresas do Grupo.
Bastante engajado nas causas do setor,
Silvio está à frente da Afrig há mais de 12
anos e se tornou uma referência nas lutas
em prol da atividade e coleciona importantes conquistas ao longo da sua gestão no
cargo de presidente. Uma das principais,
foi a desoneração do Pis e Cofins da carne
bovina, medida que beneficiou bastante
o setor. “Nossa meta é construir uma associação forte, com muitos associados, oferecer boa assessoria tributária e ambiental e
além disso, continuar lutando pela isenção
dos impostos da carne”, completou Silvio.
Silvio Silveira
com importantes
personalidades
políticas brasileiras:
Aécio Neves,
José de Alencar e
Antônio Anastasia.
revista mercado rural
7
como fazer
Carvão
Materiais usados
O carvão vem sendo usado como
combustível por, pelo menos, 3500 anos.
Nos tempos modernos, a maioria das pessoas pensa em carvão vegetal como algo
comprado em uma embalagem e usado
para churrascos. No entanto, o melhor carvão é aquele que
você mesmo faz. O
carvão caseiro queima mais rápido
e é mais quente
do que o carvão
comprado
em
lojas. Além disso,
quando você faz
seu próprio carvão,
sabe exatamente a sua
procedência. Fazer carvão é
algo que qualquer um pode fazer.
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• Pedaços de
madeira de
15x15 cm
• Pequenos
pedaços e varetas
de madeira
• Tambor de metal
de 200 litros com
topo removível
• Furador de
5 centímetros
• Jornal
• Martelo
• Luvas de trabalho
• Pá
• 2 m² de areia
• 4 tijolos
• Fósforos
Instruções
1. Use o martelo e o furador para fazer
cinco furos de 5 centímetros nos lados
do tambor.
2. Use uma pá para remover 2 m² de grama ou qualquer tipo de vegetação. Ao
terminar, a área deve ser coberta com
terra ou areia. Coloque quatro tijolos a
60 centímetros de distância um do outro
em ângulos retos. A posição dos quatro
tijolos deve formar um quadrado aberto
em cima da terra ou areia.
3. Coloque o tambor sobre os tijolos. Ateie
fogo no fundo usando as pequenas peças
de madeira, jornal velho e os fósforos. Aumente o fogo com os pedaços maiores de
madeira até que esteja queimando
bem. Encha o cilindro firmemente. Preencha costuras e áreas abertas com
galhos quebrados. Coloque
a tampa sobre o tambor,
deixando uma
área de mais ou
menos 1 centímetro
aberta para que a fumaça vaze.
revista mercado rural
9
Fazendas urbanas verticais:
nova tendência para a demanda de alimentos
Com cada vez menos espaço nas gran- instalados nas regiões rurais.
Em Nova York, outro projeto, o Vertical
des cidades, o céu é o limite para a construção de prédios residenciais e comerciais Farming, propõe um novo jeito de produque precisam abrigar tanta gente no menor zir alimentos para acompanhar o cresciambiente possível. Num mundo onde a ver- mento populacional do mundo: prédios
ticalização de moradias é uma tendência, autossuficientes, que produzem uma cularquitetos e urbanistas em várias partes do tura diferente por andar e, ainda, reapromundo desenvolvem projetos de fazendas veitam os próprios resíduos para cultivar
urbanas verticais, onde é possível plantar e novos alimentos. O projeto prevê diversos
ecossistemas, capacolher alimentos, de
zes de reaproveitar
forma comunitária e
“A produção
os próprios resíduos
sustentável, sem sair
de
alimentos
para produzir comida cidade. Segundo
da. Mais econômicas,
o idealizador de uma
nas alturas é
essas estufas moderfazenda em forma de
considerada
nas usariam apenas
pirâmide, Dickson Despommier, a população solução visionária 10% de água e 5%
da terra utilizada nas
está aumentando mais
para garantir
fazendas convenciodo que a capacidade
nais. No projeto, está
atual de produção de
a segurança
previsto desde culalimentos - o que pode
alimentar de
turas mais simples,
gerar a fome de 3 bilhões de pessoas até forma sustentável como a de frutas e
verduras, até siste2060 -, daí a necessidaem
tempos
de
clima
mas mais complede de novas estratégias
no fornecimento de extremo e aumento xos, como a criação
de peixes e aves.
alimentos dentro das
da demanda
Com a intenção
megalópoles.
de diminuir a depenpor comida.”
Partindo desta
dência por alimentos
perspectiva vertical,
arquitetos e urbanistas têm repensado importados, Cingapura inaugurou sua priespaços verdes, com a intenção de inte- meira fazenda vertical em 2012. Localizada
grá-los às metrópoles, se tornando numa na ponta da península Malaia, é uma ilha que
forma de proximidade entre moradores e tem apenas 710 quilômetros quadrados – a
jardins, hortas e até fazendas. Esses espa- maior parte deles urbanizados e edificados.
ços verdes são autossuficientes, capazes Hoje apenas 7% dos vegetais consumidos
de reutilizar água e resíduos para produ- lá são produzidos localmente. Desenvolvizir plantas e vegetais. Um exemplo de fa- da pela Sky Greens Farms, a fazenda vertical
zenda vertical é o projeto da Skyfarm em tem 120 torres de alumínio com mais de 9
Toronto, no Canadá, que usaria menos metros de altura. No total, ela pode produzir
água e terra do que as fazendas e sítios 0.5 toneladas de vegetais por dia. A empresa
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outubro 2014
espera atrair investidores e obter U$ 21 milhões para expansão e aperfeiçoamento. O
ideal é construir 300 torres, o que permitiria a
produção de duas toneladas por dia. No momento, a fazenda tem três tipos de vegetais, e
eles podem ser encontrados em apenas uma
rede de supermercados. Mas de acordo com
o Channel News Asia, os consumidores estão
entusiasmados com o novo projeto e as lojas estão tendo dificuldades de manter seus
estoques. Além disso, a Sky Greens espera
colaborar com a queda dos preços quando
aumentar a produção.
Fonte: Green Me
revista mercado rural
11
O aumento
da gasolina
e os bilhões
perdidos
Arnaldo Luiz Corrêa, gestor de riscos em
commodities agrícolas e diretor da Archer Consulting
A presidente da Petrobras anunciou
que “aumento da gasolina não se anuncia,
se pratica”. Que bom. Esperamos ver a estatal do petróleo praticando em breve o que
já deveria estar fazendo há muito tempo:
seguir o velho e bom mercado livre.
A política energética e econômica do
governo Dilma vai ficar nos anais como
uma das mais desastrosas da história republicana brasileira. Os prejuízos causados às
empresas de energia somam os bilhões de
reais. E o setor sucroalcooleiro, de quebra,
atingido pela política de preços subsidiados da gasolina, amarga uma dívida estrondosa de R$ 65 bilhões. Só para se ter
uma ideia da magnitude desse valor, a valores correntes do mercado internacional
no início de novembro, essa dívida representa 72,5 milhões de toneladas de açúcar,
o dobro da produção brasileira. Um valor
que é quase a totalidade da receita de toda
a indústria sucroalcooleira.
Se assumirmos um EBITDA médio de
10%, ou seja, estamos falando que se as-
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Como recuperar um
setor com dívidas de
65 bilhões de reais?
sumíssemos que nas condições atuais as
usinas ainda conseguissem ter um lucro
operacional nas negociações com açúcar
e etanol e usassem – digamos – metade
desse lucro para pagar uma parte dessa
dívida, o setor levaria 20 anos para quitá-la.
Evidentemente que o cálculo aqui é simplista e carece de uma análise mais técnica.
Mas, a verdade não é difícil de constatar:
sem renegociação dessa enorme dívida,
não haverá salvação para o setor. A dívida é
impagável. São inúmeras as empresas que
hoje tentam renovar suas linhas de crédito, rolar seus compromissos e conseguir
dinheiro novo para fazer a máquina girar.
A Petrobras levou anos praticando uma
política de preços que deu um tiro no coração do setor. A equação elaborada pelo governo de combustível barato e automóveis
com redução de imposto, só fez aumentar
os congestionamentos nas cidades, presti-
giou a indústria automobilística e deu uma
banana para o setor sucroalcooleiro. Agora
que o estrago está feito, a estatal do petróleo deveria ao menos aproveitar o momento de queda acelerada da commodity no
mercado internacional (que derreteu mais
de 20% nos últimos meses) e introduzir um
critério justo de formação do preço da gasolina usando o mercado internacional e a
variação do real. Com isso, daria visibilidade
de preço para facilitar o planejamento de
longo prazo e, quem sabe, atrair dinheiro
novo para o setor, enquanto pode fazer um
colchão para tentar compensar os bilhões
e bilhões de reais perdidos pela empresa
subsidiando combustível às custas do dinheiro do contribuinte.
Quem sabe em 2015 a empresa consiga sair das páginas policiais dos jornais
para entrar finalmente na página de
bons negócios.
revista mercado rural
13
HARAS TERRA NATAL
ELEITA DA TERRA NATAL
Limite D2 x Brava G.M.O (Ringo D2)
FAÍSCA DA TERRA NATAL
Limite D2 x Brava G.M.O (Ringo D2)
14 outubro 2014
Carlos
Augusto Reis de Oliveira - (31) 9618-6018 - [email protected] - Inhaúma/MG
HARAS TERRA NATAL
FAGULHA DA TERRA NATAL
Limite D2 x Quijuba do Yuri
FADA DA TERRA NATAL
Limite D2 x Ilicínea Granfina
revista mercado rural
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Carlos Augusto Reis de Oliveira - (31) 9618-6018 - [email protected]
- Inhaúma/MG
Exportações do agronegócio mineiro até novembro
somam US$ 7,4 bilhões
A receita das exportações mineiras
do agronegócio, no acumulado de janeiro a novembro de 2014, somaram U$ 7,4
bilhões, valor 8,5% superior ao registrado
em igual período do ano passado. Os dados são do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC),
e foram analisados pela Superintendência
de Política e Economia Agrícola (Spea) da
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) de Minas Gerais.
De acordo com o subsecretário do
Agronegócio, Antônio Carlos Xavier da
Gama, a cifra alcançada pelas vendas externas dos produtos agrícolas e pecuários
mineiros equivale a 27,3% do total das
exportações estaduais, que somaram US$
27,1 bilhões nos onze meses avaliados. Ele
destaca os resultados obtidos com a comercialização externa do café, que somou
US$ 3,7 bilhões, um aumento de 29,2% em
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Aumento das
vendas é de
8,5%, e o café
participa com
receita de
US$ 3,7 bilhões
relação ao registrado em idêntico período
de 2013. O volume embarcado teve uma
variação positiva de 12,9%, até alcançar
19,3 milhões de sacas.
Antônio da Gama ressalta também o
desempenho da carne suína de Minas no
mercado internacional em 2014. “As exportações no período de janeiro a novembro
somaram US$ 147,2 milhões, aumento de
14,5%, embora o volume dos embarques,
da ordem de 38,9 mil toneladas, mostre
uma redução de 10,8%.”
Esses dados, segundo o subsecretário, mostram que a carne suína tem
alcançado boa cotação no mercado internacional, “um reflexo da confiança dos
compradores na qualidade do produto
dos criatórios mineiros”.
Ele ainda observa que as exportações de carne bovina no acumulado de
janeiro a novembro também apresentam
resultados positivos: receita de US$ 410,9
milhões, aumento de 5,5% em relação ao
valor registrado em idêntico período de
2013. Já o volume embarcado, de 89,7 mil
toneladas, equivale a uma evolução inferior a 1% na comparação com o registrado no ano passado. “Portanto, neste segmento também se observa a valorização
do produto no mercado externo”, finaliza
Antônio da Gama.
revista mercado rural
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Febre chikungunya,
a nova dengue!
Durante anos a dengue atraiu o olhar
dos brasileiros, mas agora o mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue, começa a transmitir um vírus novo no
Brasil: o chikungunya.
E há com o que se preocupar. De acordo
com reportagem divulgada na revista Época,
mais de 824 pessoas foram diagnosticadas
com a nova doença no Brasil e outros 689 casos suspeitos estão em investigação. O vírus
avançou pelo Nordeste até provocar epidemia na Bahia – a região mais afetada até o momento. O chikungunya raramente mata. Em
2004, cerca de 60% dos habitantes das Ilhas
Reunião, um departamento francês no Oceano Índico, se infectaram. A doença deixou a
população debilitada e afetou gravemente a
economia. Ninguém podia sair de casa para
trabalhar, estudar ou consumir. Houve 266 mil
casos e apenas 256 mortes – o que significa
uma taxa de letalidade de 0,1%. Mais tarde, na
epidemia indiana de 2006, houve 1,3 milhão
de casos e nenhuma morte. Os caribenhos,
acostumados às agressões do vírus, dizem
que o chikungunya não mata, mas aleija.
Ao prever um verão com epidemias
simultâneas de dengue e de febre chikungunya, o Ministério da Saúde lançou no mês
de novembro, mais uma campanha de combate aos focos do mosquito. Desta vez, com
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um claro alerta: “O perigo aumentou. E a
responsabilidade de todos também”. Foram
produzidas peças publicitárias com imagens
que mostram os criadouros do Aedes aegypti, como vasos de plantas com água, sacos de lixo, caixas d’água abertas, pneus desprotegidos e garrafas plásticas destampadas.
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue,
porém mais dolorosos. No idioma africano
makonde, o nome chikungunya significa
“aqueles que se dobram”, em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Por ser transmitido pelo mesmo vetor
da dengue e também pelo mosquito Aedes
albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com infectologistas. O risco
aumenta, portanto, em épocas de calor e
chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles também picam principalmente
durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes
albopictus também pode ser encontrado
em áreas rurais, não apenas em cidades.
Diferentemente da dengue, que tem
quatro subtipos, o chikungunya é único.
Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já
pegou dengue não está nem menos nem
mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos
sintomas parecidos e da forma de transmissão similar, tratam-se de vírus diferentes.
Sintomas
Entre quatro e oito dias após a picada
do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores
nas articulações. Outros sintomas, como dor
de cabeça, dor muscular, náusea e manchas
avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Em média, os sintomas duram entre 10
e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em
alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De
acordo com a OMS, complicações graves são
incomuns. Em casos mais raros, há relatos
de complicações cardíacas e neurológicas,
principalmente em pacientes idosos. Com
frequência, os sintomas são tão brandos que
a infecção não chega a ser identificada, ou é
erroneamente diagnosticada como dengue.
Não há um tratamento capaz de curar a
infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de
antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem
por muito tempo e forem dolorosas demais,
uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
Apesar de haver poucos riscos de formas hemorrágicas da infecção por chikungunya, recomenda-se evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina)
nos primeiros dias de sintomas, antes da
obtenção do diagnóstico definitivo.
revista mercado rural
19
Guaçatonga,
planta milagrosa é grande
aliada no combate a doenças
O nome pode até ser estranho, mas
essa planta já é utilizada há muito tempo
pelos indígenas, que descobriram suas
propriedades medicinais e as usam a seu
favor – servindo desde casos de problemas
de pele, até mordidas de cobras. Ela recebe
o nome científico de Casearia sylvestris e
é popularmente conhecida como bugru-branco, café-bravo, café-do-brejo ou
café-do-diabo. Facilmente encontrada em
território brasileiro, a Guaçatonga é amplamente utilizada como principal ingrediente na produção de remédios homeopáticos, cremes fitoterápicos e no tratamento
das indesejáveis herpes labial e aftas.
A guaçatonga é indicada em inúmeros
casos, atuando em: paralisia, reumatismo,
sapinho, herpes, hemorragias, inflamações,
inchaços nas pernas, ácido úrico, aftas de todos os tipos, artrite, dores no peito, diarreia,
eczemas, picadas de variadas cobras, circulação, hematomas, perda de albumina, hidropisia, picadas de variados insetos, micose,
sífilis, obesidade, úlceras e sarnas. Existem
três formas de uso da planta medicinal: A
compressa é recomendada para problemas
na pele, pode ser preparada fervendo 30g
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da planta em um litro de água, durante 10
minutos. Depois, pode ser facilmente aplicada no local desejado. O tradicional xarope é
indicado para as aftas. Basta triturar folhas de
guaçatonga com álcool e aplicar a solução
sobre as aftas desejadas. Já o chá de guaçatonga é indicado para problemas digestivos
e para os diversos tipos de úlceras. Pode
ser preparado com 10g de guaçatonga em
200ml de água fervente, deixando em infu-
são. 2 xícaras por dia é o recomendado.
Como qualquer planta normal, a guaçatonga também pode ter suas contra-indicações e seus efeitos colaterais, que – caso
existam – sempre devem ser levados em
conta quando alguém pensa em consumi-la. As mulheres grávidas ou em fase de
lactação devem evitar o uso da planta, pois
a guaçatonga estimula as contrações uterinas, podendo ocasionar num indesejável
aborto espontâneo. Felizmente, ainda não
existem registros de efeitos colaterais causados pela guaçatonga ou uma superdosagem da mesma. Contudo, evite utilizá-la em
excesso, por precaução, já que nenhuma
planta ou sequer remédio é recomendado
nessa dosagem.
Fonte: Benefícios naturais
revista mercado rural
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Raças Bovinas
Hereford e Braford
A raça Hereford
Os animais da raça Hereford são bem
constituídos, harmoniosos e equilibrados, vigorosos e de bom tamanho (sem serem pequenos, nem excessivamente grandes). São
caracterizados pelo seu temperamento muito dócil, porém alerta, e dotados de ótima fertilidade, além de precoces em seu desenvolvimento. As vacas “pampa”, são famosas por
sua capacidade de repetirem cria, ano após
ano, desmamando terneiros saudáveis e de
peso adequado. São animais muito eficientes
em regime de pasto, apresentando terminação excelente, produzindo carcaças de tamanho adequado à indústria e carne com ótimo
marmoreio, características transmitidas às
crias, uma das razões que tem feito a raça ser
tão escolhida para uso em cruzamentos.
A raça Braford
Esse bovino sintético que congrega
em um só animal a fertilidade, temperamento dócil, volume e qualidade de carne
do Hereford e rusticidade e rendimento de
carcaça dos zebuínos.
Toda esta seleção de
características ainda é in-
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crementada pelo benefício indiscutível da
Heterose, que qualifica ainda mais o produto.
Em 2015 a raça promoverá seu Congresso Mundial na África do Sul. Realizado a cada
triênio, a Associação Brasileira de Hereford e
Braford (ABHB) e o projeto Brazilian Hereford
e Braford irão promover a sexta edição do
Congresso Mundial Braford, que irá acontecer entre os dias 15 e 18 de março de 2015,
em Pretória, no Teatro Atterbury na África do
Sul. No seu 15° ano, sendo a sua 6° edição,
o congresso tem a finalidade de unir mundialmente a genética Braford, bem como
proporcionar a troca de informações, ideias
e experiências entre os seus criadores. O
encontro será realizado no Teatro Atterbury,
que faz parte da delegacia Lynnwoodbridge.
O evento teve início no Brasil, no ano 2000,
seguindo pela Argentina (2003), Austrália
(2006), Uruguai (2009) e Paraguai, em 2012.
A ABHB em conjunto com os demais
países da Federação Braford Mercosul
(FBM), está organizando uma delegação
para os interessados em participar do con-
gresso, com o intuito de facilitar a ida e reduzir os custos da viagem. Os interessados
devem entrar em contato com a Associação Brasileira de Hereford e Braford.
ABHB
Entidade fundada há mais de meio século, tem destacada atuação nacional na seleção
e registro de reprodutores e matrizes, adotando padrões que visam orientar o produtor,
melhorando seu produto para que produza
mais alimento saudável e com qualidade.
A ABHB atua na difusão da criação dos
Herefords e Brafords brasileiros através de
encontros técnicos, das exposições e remates, da difusão e do melhoramento genético,
de projetos com pecuaristas familiares, dos
programas de bonificação de carne de qualidade, de cursos de qualificação técnica e seleção de animais, e da veiculação constante
das suas atividades e de seus associados nas
diversas mídias nacionais e internacionais.
revista mercado rural
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Minas elimina ICMS
para ovinos e caprinos
Desde 1º de novembro, os produtores
mineiros de ovinos e caprinos já estão isentos da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços
(ICMS) para a comercialização de animais vivos, nas transações interestaduais. A isenção
é um benefício importante para fomentar a
atividade e atrair frigoríficos para o Estado.
As novas regras foram explicadas aos
produtores e representantes do segmento
em reunião realizada dia 29 de novembro,
na secretaria de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, na Cidade Administrativa
(BH). O produtor estará isento da cobrança
de um percentual médio de 12% de ICMS
na comercialização dos animais vivos.
Segundo o secretário de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, André Merlo,
esta é uma demanda antiga dos produtores. “Esta solicitação foi encaminhada à
Seapa por meio da Câmara Técnica de Caprino e Ovinocultura e levamos o assunto para análise da Secretaria de Fazenda.
Existem convênios do Conselho Nacional
de Política Fazendária (Confaz), que isentam vários estados da cobrança do ICMS
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Medida é
válida até 2016
e pretende
atrair
frigoríficos
para o Estado
no mesmo segmento e solicitamos a inclusão de Minas, equiparando o estado
aos outros que já usufruem do benefício”,
explica o Secretário André Merlo.
A isenção fiscal na comercialização de
ovinos e caprinos tem período de validade
até 31 de março de 2016. A principal expectativa é atrair novos empreendedores
para o Estado. De acordo com o Coordenador da Assessoria de Pecuária da Secretaria
da Agricultura, Bruno Barros de Oliveira, Minas não dispõe, atualmente, de frigoríficos
com Serviço de Inspeção Estadual (SIE) habilitado para o abate de ovinos e caprinos.
“A isenção é uma forma de estimular os
produtores, aquecer a demanda, aumentar
a competitividade e atrair empreendedores
interessados no processamento da carne. O
objetivo é que o estado deixe de vender a
matéria-prima para comercializar o produto final, com maior valor agregado com ganhos para toda a cadeia produtiva”, explica.
O coordenador da Seapa acrescenta,
ainda, que os produtos comestíveis resultantes do abate, dentro do Estado, já têm
tratamento diferenciado com um crédito
presumido de 0,1% na saída da carne industrializada do Estado.
Segundo o Censo Pecuário do IBGE, o
rebanho caprino mineiro conta com aproximadamente 115 mil animais. Os ovinos
somam cerca de 226 mil cabeças. Apesar
da crescente presença em todas as regiões
de Minas Gerais, a participação mineira no
rebanho nacional ainda é tímida. “Daí a importância de medidas que estimulem a expansão da atividade, passando pela cadeia
produtiva até o consumidor final”, afirma o
Coordenador Bruno de Barros.
Fonte: Secretaria de Agricultura de MG
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Governo dá incentivo fiscal
para a produção
de biodiesel
O Diário Oficial da União publicou no
mês de novembro, instrução normativa que
suspende a incidência da contribuição para o
PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na aquisição de matérias-primas destinadas à produção de biodiesel. O objetivo, informou a
Receita Federal, é dar mais estímulos ao setor.
Pela instrução fica suspensa a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep
e da Cofins sobre as receitas decorrentes
das vendas de matéria-prima in natura de
origem vegetal destinadas à produção de
biodiesel, quando efetuadas por pessoa
jurídica que exerça atividade agropecuária,
cooperativa de produção agropecuária ou
pessoa jurídica cerealista.
Atividade agropecuária, diz a instrução,
engloba a produção e comercialização da
produção agropecuária pelas cooperativas,
incluindo ainda o beneficiamento da produção; cerealista, de acordo com a mesma
instrução, é a pessoa jurídica que limpa,
padroniza, armazena e comercializa matérias-primas de origem vegetal destinadas à
produção de biodiesel.
O biodiesel, destaca o Ministério de Minas e Energia, é combustível biodegradável
derivado de fontes renováveis como óleos
vegetais e gorduras animais. Existem diferentes espécies de oleaginosas no Brasil que
podem ser usadas para produzir o biodiesel.
Entre elas estão mamona, dendê, canola, girassol, amendoim, soja e algodão. Matérias-primas de origem animal, como o sebo bovino e gordura suína, também podem ser
utilizadas na fabricação do biodiesel.
PNPB
O Programa Nacional de Produção e Uso
do Biodiesel (PNPB) visa promover o novo
combustível em diversas regiões, gerando
inclusão social, desenvolvimento regional,
emprego e renda para o agricultor familiar.
O Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA) concede o Selo de Combustível Social aos produtores de biodiesel que
apoiam os agricultores e concede a eles o
acesso a melhores condições de financiamentos, além de alíquotas reduzidas do
Programa de Integração Social (PIS/Pasep)
e da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins).
Atualmente, 42 empresas produtoras
de biodiesel possuem a concessão do Selo
Combustível Social, juntas elas comercializam aproximadamente 99% da produção
nacional. No total, cerca de 85 mil agricultores familiares e 77 cooperativas são beneficiadas pelo Programa.
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Universal Nutrição Animal
é destaque no setor
O médico veterinário e produtor rural
Eduardo Figueiredo está á frente da Universal Nutrição Animal há 25 anos, empresa especializada como o próprio nome diz,
em nutrição animal, focada no atendimento ao produtor rural. A ideia de abrir a empresa surgiu da percepção de Eduardo, que
já atuava no ramo como técnico em nutrição, de que os produtores rurais enfrentam
muitos desafios para tirar leite e criar bovinos de corte. E idealizo assim a universal
Nutrição Animal, empresa que auxilia os
produtores a otimizarem seus resultados e
aumentarem o faturamento das empresas.
O nome Universal surgiu do entendimento de que a empresa é completa e
resolve todos os problemas nutricionais
dos animais, aliado à criação de produtos
de alta qualidade a preço justo, específicos
para cada categoria animal.
De acordo com Eduardo, a Universal
se destaca no mercado pelo seu atendimento personalizado. “Contamos com
equipe técnica que após visita ao cliente
detecta seus problemas individuais e cria
soluções para os mesmos. Somos bastante comprometidos com os problemas
dos clientes, tornando-os nossos. Temos
compromisso com o sucesso dos empreendimentos rurais de nossos clientes.
Ajudamos a aumentar a lucratividades
das propriedades”, conta.
Uma das conquistas da empresa em
2014 foi concluir o projeto de produção de
sal mineral e para 2015 Eduardo conta que
pretende inaugurar a Fabrica de Ração e
Silagem no inicio do ano, e abrirá loja direto da fabrica dentro do Ceasa e outra na
cidade de Paraopeba.
Eduardo Figueiredo
revista mercado rural
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Equinos
Mormo e AIE
voltam a preocupar
Mormo e Anemia Infecciosa Equina
são doenças que acometem os cavalos, os
jumentos e os muares ou burros. Essas enfermidades fazem parte do Programa Nacional de Sanidade dos Eqüídeos (PNSE),
estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As
doenças estavam erradicadas mas novos
casos voltaram a surgir recentemente no
Brasil e causou alerta entre os criadores.
O mormo é uma doença contagiosa, causada por uma bactéria e que acomete equídeos e pode acometer também o homem.
Não existe cura e o sacrifício de animais comprovadamente doentes é obrigatório. Não
há dados precisos sobre a época em que o
mormo foi introduzido no Brasil. Ao longo do
século XIX várias ocorrências da doença foram
registradas, principalmente nas cidades do
Rio de Janeiro, Campos, São Paulo e Salvador.
Quanto aos sintomas, existem três
formas de manifestação: Nasal: febre alta,
tosse e descarga nasal com úlceras nas narinas; pode ocorrer úlceras e nódulos em
membros e abdômen. Pulmonar: mais comum em cavalos, pode causar pneumonia
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crônica com úlceras na pele dos membros
e na mucosa nasal. Cutânea: Ocorre sob a
forma de nódulos e úlceras na região interna dos membros, com presença ou não de
secreção amarelada escura.
O mormo apresenta forma crônica ou
aguda, esta mais freqüente nos asininos.
Os animais suspeitos devem ser isolados e
submetidos à prova complementar de maleina, sendo realizada e interpretada por
um veterinário do serviço oficial. A mortalidade dessa doença é muito alta.
Quando identificada a suspeita, o proprietário do animal deve notificar imediatamente à Defesa Sanitária; isolar a área da
infecção e os animais suspeitos; sacrificar
os que reagiram positivamente à mesma
prova de maleína; cremar os cadáveres no
próprio local e desinfetar todo o material
que esteve em contato com eles; desinfetar rigorosamente dos alojamentos; suspender as medidas profiláticas somente
120 dias após o último caso constatado.
Bloqueio e suspensão do trânsito animal.
Anemia Infecciosa Equina- A AIE é uma
doença causada por vírus, transmissível e
incurável, que ataca eqüídeos de qualquer
raça, sexo e idade; uma vez infectado, o
animal torna-se fonte de infecção permanente para outros eqüídeos.
Os sintomas são febre alta (39º a 41ºC);
pequenos sangramentos na língua e olhos;
fraqueza, perda de apetite, edema nos
membros e abdômen; anemia; animais podem se apresentar aparentemente sadios,
porém servir como reservatório do vírus
e propagar a doença. As formas de transmissão são: picadas de insetos, que se alimentam de sangue; mutucas e moscas (do
cavalo, dos estábulos); agulhas, seringas,
esporas, freios, arreios e utensílios contaminados com sangue infectado; material
cirúrgico contaminado; leite e sêmen.
Para prevenir a doença, recomenda-se:
adquirir animais negativos para AIE; confirmada a doença, eliminar o animal; limpar
as baias, para evitar insetos; vacinar ou medicar os animais, só com agulhas descartáveis; desinfetar os equipamentos antes do
uso; participar de eventos com aglomeração de eqüídeos só com animais comprovadamente negativos para AIE.
revista mercado rural
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33ª Exposição Nacional
do Cavalo Árabe
Entre os dias 15 e 23 de novembro, a
33ª Exposição Nacional do Cavalo Árabe foi
realizada nas pistas do Helvetia Riding Center, em Indaiatuba (SP) e teve duplo objetivo: foi o mais completo evento da raça no
ano e comemorou os 50 anos de fundação
da Associação Brasileira dos Criadores do
Cavalo Árabe (ABCCA).
Participaram do evento, cerca de 750
cavalos inscritos em várias modalidades
de provas. “Com certeza, fizemos em
Indaiatuba uma festa do Árabe, com a
presença não somente de participantes
do Brasil, mas de criadores, cavaleiros e
treinadores de várias partes do mundo.
Trata-se de um público diferenciado e
apaixonado, que acompanhou com muita empolgação o mais importante evento
do Cavalo Árabe no ano”, diz Fábio Amorosino, presidente da ABCCA.
Provas
O tira-teima dos 3 Tambores da ANCAF
(Associação Nacional do Cavalo Árabe Funcional) e as provas de 6 Balizas e Salto pela
ABHIR (Associação Brasileira de Hipismo
Rural) encerraram com chave de ouro a 33ª
Exposição Nacional do Cavalo Árabe, no
dia 23 de outubro.
Na prova do Tira-Teima dos 3 Tambores,
o grande vencedor foi Mário Souza Anastácio, que montou EZ Tamara Bint Hylan,
de Carlos Idelmar Barbosa. Mário cravou o
tempo de 16 segundos e 988 milésimos e
faturou a troféu de primeiro lugar e o prêmio de R$ 6 mil. A vice-campeã foi Vivian
Leis Correia, que montou S. Cyrus, de propriedade de Edmur de Andrade Neto. Vivian
levou o troféu de prata e R$ 4 mil ao fazer
o tempo de 17 segundos e 191 milésimos.
Na prova 6 Balizas, categoria Jovem, a
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campeã foi Laura Michelone Bonatto, que
montou Hafati Key Yasmin, de propriedade
de Almir Faleiro dos Santos. Laura cravou
22 segundos e 315 milésimos e levou o
troféu de campeã. Com o tempo de 22s e
889 milésimos, a amazona Lara Beatriz Duarte foi a vice-campeã, montando Tamuz El
Dimar, pertencente ao criador Laucídio Coelho Neto. E, em terceiro lugar, ficou Mauri
Alvarez da Fonseca, que montou Gabeon,
de sua propriedade.
Na Prova de Salto, na categoria Nível II
do Cavalo Árabe (com barreiras de 90 cm)
quem levou a melhor foi o cavaleiro Felipe
Ávila Honório, competidor pela Hípica Vidotto, de Tietê (SP), que montou FHJ Jaklana Kam e, ao somar 50 pontos, ficou com
o título de campeão. O segundo lugar foi
para Luana Gianichine Senra, com Nicolete, que conseguiu 48 pontos. Em terceiro
lugar, ficou Bruno Rachioni Barbosa, montando Pic Donald, com 47 pontos.
O Leilão Excellence Brazilian National
Auction, realizado no dia 21 de novembro, em Indaiatuba (SP), movimentou
R$ 1,05 milhão. A média geral registrada
ficou em R$ 29,2 mil. Foram ofertados
36 lotes entre éguas, potrancas, potros
e reprodutores, além de óvulos e embriões para FIV (Fertilização in Vitro). O lote
mais valorizado foi o da potranca Sirena
UB, arrematada pela Agropecuária Vila
dos Pinheiros por R$ 208 mil. O leilão
Excellence 2014 fez parte da programação da 33ª Exposição Nacional do Cavalo
Árabe e foi promovido pelo criador Paquito Carrasco, titular do Haras Carandá,
de Sorocaba (SP).
revista mercado rural
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Aviação agrícola
Congresso
Nacional
debate setor
as normas vigentes, através da comprovação de documentos. A próxima etapa dessas empresas é o nível II, que garante a qualificação tecnológica da empresa. O CAS já
tem vinte empresas participando do nível II.
O programa é aplicado em três níveis:
nível I: certificação legal da operação; nível II: certificação da qualificação tecnológica da empresa; e nível III: certificação
da conformidade de equipamentos, instalações e procedimentos.
É realizado pela Fundação de Estudos
e Pesquisas Agrícolas e Florestais (FEPAF),
em parceria com a ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal) e o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola
(SINDAG), tendo como entidades coordenadoras a Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” (FCA/UNESP-Botucatu), a Universidade Federal de
Lavras (UFLA) e a Universidade Federal
de Uberlândia (UFU).
Fotos: ANDEF
De 20 a 22 de agosto, Foz do Iguaçu (PR)
foi palco do Congresso Nacional de Aviação
Agrícola e XXIII Reunião do Comitê Executivo Aeroagrícola do Mercosul. O evento reuniu pesquisadores, empresários, técnicos,
pilotos e autoridades do setor de todo
o Brasil e de mais sete países: Argentina,
Uruguai, Paraguai, Chile, Venezuela, Equador e Estados Unidos.
O destaque do evento foi o CAS (Certificação Aeroagrícola Sustentável). Trata-se
de um programa voluntário de certificação
para empresas de aplicação aérea. O objetivo é melhorar a qualidade das aplicações
aéreas de defensivos, reduzindo os riscos
de danos ao meio ambiente. O programa,
que teve início em julho de 2013, propõe a
capacitação e a qualificação das empresas
de aviação agrícola e dos operadores aeroagrícolas privados.
Atualmente, o CAS tem trinta empresas
certificadas no nível I, que
confere a conformidade do
operador com a legislação e
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revista mercado rural
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Saliva do carrapato-estrela
na cura contra o câncer
Molécula
Amblyomin-X,
extraída a partir
da saliva do
carrapato-estrela
regrediu células
tumorais sem
oferecer risco
as saudáveis;
testes em
humanos
aguardam
autorização
da Anvisa
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O Instituto Butantan, unidade da Se- lante. O grande diferencial é que esta procretaria de Estado da Saúde e um dos maio- teína ataca e mata as células cancerígenas,
res centros de pesquisas biomédicas do sem oferecer risco às células saudáveis.
“O objetivo da nossa pesquisa é obtermundo, obteve sucesso nos procedimentos pré-clínicos realizados para produção mos um medicamento inovador para o tratade um medicamento biotecnológico con- mento do câncer e que possua menos efeitos
colaterais ao paciente”, explica Ana Marisa
tra o câncer, produzido a partir da saliChudzinski-Tavassi,
va do carrapato Amblyoma cajennense,
coordenadora do esconhecido
tudo e responsável
como carrapelo Laboratópato-estrela.
rio de BioquímiDurante os
ca e Biofísica do
experimentos
Instituto Butantan.
com a proteína em
Os
pesquisadores
camundongos e coeaguardam a aprovação da
lhos, observou-se reFoto: Jaqueline Matias
Anvisa para o início do tesgressão significativa
tes clínicos em humanos.
de tumores do tipo
A
iniciativa
conta
com
o financiamento do
melanoma, pâncreas e renais, além da
redução de metástases pulmonares deriva- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que destinou recursos
das desses tumores.
A pesquisa é baseada na clonagem de para a construção do laboratório de bioquígenes oriundos das glândulas salivares do mica e biofísica, onde todo o processo de tem
Fonte: Instituto Butantan
carrapato, que possuem ação anticoagu- sido executado.
revista mercado rural
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Alerta: cuidados
com os felinos
A população de gatos no Brasil é a segunda maior em todo o mundo e está perto de se igualar a de cães. A opção por ter
um felino como bicho de estimação cresce
de forma tão significativa no país, que tem
incentivado a existência de clínicas veterinárias exclusivas para o atendimento a esses
animais. Diante dessa mudança, o Conselho
Federal de Medicina Veterinária (CFMV) faz
um importante alerta: garantir a saúde e o
bem-estar animal deve ser o pensamento
inicial de quem tem ou pensa em ter gatos.
São várias as razões pelas quais as famílias brasileiras têm optado pelos gatos, que
vão desde sua adaptação mais fácil a lares
menores e o próprio perfil desses felinos,
mais independentes e autossuficientes. É
o que explica o conselheiro do CFMV Marcello Roza, que, ainda, ressalta: “antes de a
pessoa adquirir um gato, é preciso que ela
entenda qual é a espécie mais adequada
ao perfil da família. Por isso, é importante
conversar com um médico veterinário antes da decisão de agregar um novo mem-
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bro à família”, explica. Além disso, somente
o médico veterinário pode repassar informações idôneas sobre necessidades, segurança, saúde e bem-estar desses animais.
Assim como Roza, o vice-presidente do
Conselho Regional de Medicina Veterinária
de Goiás (CRMV-GO), Wanderson Ferreira,
atribui à verticalização urbana dos municípios brasileiros como um dos motivos para
o aumento do número dos felinos nas residências. “No Brasil, a população felina cresce
em média 8% ao ano, enquanto a de cães
permanece estagnada. Em 2022, é esperado que haja 40 milhões de gatos no Brasil”,
afirma Ferreira, que também é presidente
da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
A expectativa da Abinpet é que, em
sete anos, a população de gatos se iguale a
de cães. Haverá um gato para cada cachorro. “Atualmente, são 21 milhões de gatos
no Brasil e 37 milhões de cães”, revela Ferreira. “Já nos Estados Unidos e na Europa,
há mais gatos do que cães nas residências.
Só nos EUA, atualmente, são 80 milhões de
gatos e 65 milhões de cachorros.”, afirma.
O presidente da Abinpet conta que é
comum as residências brasileiras abrigarem mais de um gato. Por isso, nesses casos é imprescindível ter conhecimento de
detalhes importantes, a fim de garantir a
saúde, a segurança e o bom convívio entre
eles. Uma das recomendações é a instalação de um gatil fechado até o teto, com
escadas, já que esses felinos gostam de
dormir em locais mais altos. “A interação
é importante para o bem-estar da espécie.
Contudo, embora os gatos sejam sociáveis,
eles, inicialmente, não toleram outros gatos desconhecidos na apresentação inicial.
Por isso, deve-se ficar atento a muitos animais em um mesmo ambiente”, esclarece
Ferreira. “Caso haja mais de três em uma
mesma casa, é importante que cada um
deles tenha seu espaço reservado. Naturalmente, os felinos distinguem seus próprios
ambientes, sem invadir território alheio”,
explica o vice-presidente do CRMV-GO.
Região do Queijo canastra
agora é marca
Foi lançado no início de dezembro,
em São Roque de Minas, no Centro-Oeste
do Estado de Minas Gerais, a marca “Região do Queijo Canastra”. O objetivo dos
produtores da região, é diferenciar os produtos ali produzidos. Agora, com o Selo
de Origem, a marca Queijo Canastra, só
poderá ser usada nos sete municípios que
compõem a região: Bambuí, Delfinópolis,
Medeiros, Piumhi, São Roque de Minas,
Vargem Bonita e Tapiraí.
O queijo da Serra da Canastra foi um
dos primeiros produtos a conseguir o Selo
de Origem no Brasil. O queijo canastra, produzido entre as montanhas, é o sustento de
dezenas de famílias. O novo selo reforça a
função da identificação geográfica concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade
Industrial (INPI) aos produtores da região,
além de dificultar a venda desregrada de
outros tipos da iguaria com as mesmas especificidades como se fossem produzidos
na Canastra. A ação é a primeira de uma série de propostas em parceria com o Sebrae
para difundir a história por trás do queijo.
O queijo produzido na região será comercializado com três identificações: o selo
da vigilância sanitária, outro de identificação geográfica e a nova logomarca criada
pelos produtores. O primeiro atesta as condições produtivas; o outro garante que o
queijo foi feito seguindo as regras certificadas pelo INPI e o último confirma a origem.
Para que a certificação fosse aprovada os produtores tiveram que demonstrar
que fabricam um produto com as mesmas
características históricas que diferenciam a
receita, como a fabricação do próprio fermento, chamado na região de pingo, que
dá mais consistência e sabor ao queijo. Outro importante aspecto foi o comprometimento com a qualidade e padronização do
produto. O maior produto pesa uma média
de sete quilos. As normas sanitárias já eram
exigência de órgãos estaduais. Para produzir o queijo é preciso estar adequado as
normas de produção do Instituto Mineiro
de Agropecuária, que estabelecem, entre
outras exigências, o isolamento da queijaria e o tratamento da água. Hoje, de 1.785
produtores, apenas 17 estão prontos.
Com o registro do INPI, a associação
dos produtores pretende combater o maior
problema que enfrenta: os queijos feitos de
forma semelhante e que ganham mercado
com a fama conquistada pelo canastra em
todo o país. Por enquanto o queijo canastra
só pode ser vendido no estado de Minas
Gerais. Para que a comercialização seja liberada para todo o país, os produtores ainda
dependem da regulamentação do Serviço
de Inspeção Federal (SIF).
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capa
Fazenda Braúnas
referência em sistema de manejo e aumento
da produtividade para os produtores
A Fazenda Braúnas, localizada em Funilândia, Minas Gerais, sempre foi referência
em todas as atividades a qual se dedicou.
Tudo começou em 1989 com a importação
da raça Pardo Suíço dos Estados Unidos,
tornando-se uma propriedade produtora de
leite até o ano de 2008, ocasião em que parou com a atividade leiteira. Foram muitos os
prêmios conquistados pela Braúnas, motivo
de orgulho para o proprietário Adalberto
Cardoso que conquistou o título de melhor
criador nacional entre 1996 e 2004. Após
essa fase na criação do gado leiteiro, a Fazenda passou a dedicar-se e ser reconhecida pela qualidade de seu rebanho Brahman,
muito premiado nas pistas e a partir dali vieram outros reconhecimentos e destaques.
Atualmente, além de ainda estar focada na criação da raça Brahman, a Fazenda
Braúnas adaptou a estrutura já existente
e criou um novo projeto de manejo e de
engorda de gado de corte, não apenas
para animais Brahman, mas para atender
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às exigências do mercado de raças em geral e
principalmente, se tornar um modelo referência de uma pequena propriedade com altos
índices de lucratividade e produtividade. Ou
seja, em um pequeno espaço físico, aumentar
os ganhos cada vez mais, otimizando sua produção. Objetivo este que é buscado sempre
pela maioria das pequenas propriedades.
Como conquistar essa maior produtividade aliada à lucratividade é o que o empresário Adalberto Cardoso contou à nossa
reportagem, que conferiu de perto os processos utilizados na Fazenda Braúnas.
A estrutura é enxuta, são apenas 8 funcionários: 1 gerente, 2 funcionários no manejo, 1 na agricultura, 1 no trato dos animais e
2 para serviços gerais, para cuidar dos 1200
animais da propriedade que ocupa uma área
total de 400 hectares. A divisão por hectare
da propriedade foi calculada na ponta do
lápis por Cardoso: São 90ha de reserva ambiental, 30ha de plantação de eucalipto e
280ha distribuídos na criação e manejo do
gado sendo: 17ha para lavoura de milho,
27ha plantação de cana, 150ha divididos em
dois módulos de 60ha (que também foram divididos em dois módulos de 30ha
cada, com quatro piquetes de 7,5ha em
cada sub-módulo) e 15ha de reserva
com pastagens de braquiária (MG4)
para cada módulo. E mais 30ha de pas-
BR77 BRAÚNAS AGROPECUÁRIA
A FAZENDA MAIS BEM AVALIADA NA RAÇA BRAHMAN!
tagem de tifton irrigados , divididos em dois
módulos de 12ha (4 piquetes de 3ha) com 1
piquete de 3ha de reserva para cada módulo.
Além de uma área de sequeiro de 30ha
de tifton sem irrigação e 30ha de braquiária
como áreas de reservas para complemento
dos manejos em ocasiões especiais.
Manejo
O grande diferencial do Projeto Braúnas
está no manejo dos animais. O sistema é
rotacionado, onde cada grupo de animais
permanece no máximo quatro dias em cada
piquete. O tempo de alimentação no piquete para desenvolvimento da carcaça vai
depender dos objetivos de cada grupo em
determinado momento.
Para o sistema de alimentação à pasto
existem dois módulos de 60ha cada, com
plantação de braquiária (MG4) divididos em
8 piquetes de 7,5ha. Uma área total de 120 h,
mais 15ha de reserva para cada módulo. Os
animais ficam quatro dias em cada piquete.
“ É fundamental saber o momento certo do
gado entrar e sair de cada piquete, para dar
tempo da reconstituição do pasto. Nesse módulo da braquiária, na rotação de quatro em
quatro dias por piquete, tem-se a recomposição do pasto em 32 dias”, explica Adalberto.
Abate de animais
super precoces
Após 5 meses no sistema à pasto, o gado
(que começa esse processo entre 6 e 7 meses
e 5 a 6 arrobas), ganha cerca de 5 arrobas e
se necessário faz-se a suplementação. Após
esse período, o gado vai para o confinamento, onde ficará por 3 meses para ganhar mais
6 arrobas, alimentando-se de milho (grão
puro) e ração própria; um processo ainda
novo no Brasil. Passado esse período ele estará com 17 arrobas pronta para o abate.
O diferencial desse sistema que tem
dado bastante certo na Fazenda Braúnas, é
que no primeiro momento os animais tem a
alimentação tradicional para bovinos ruminantes (braquiária ou tifton) e no segundo
momento já no confinamento, ela passa a
ser monogástrica, com a mesma características dos suínos. “ A carne desse animal terá
muito mais qualidade, melhor sabor e a cor
mais rosada. Fabricamos assim uma carne
mais nobre”, completa o empresário. No
confinamento tradicional, para abate de animais precoces, a alimentação se faz a base
de cevada e silagem de milho.
Adalberto conta que esse método é bastante utilizado nos Estados Unidos e depois
de pesquisas, resolveu adaptar sua fazenda
para esse novo projeto. “ Os custos aumentaram cerca de 20%, mas foram compensados
pelo aumento na lucratividade, que foi conseqüência de um ganho na qualidade da carne produzida por nós e na produtividade que
aumentou. Além isso, no manejo convencional, o tempo de alimentação à pasto é de dez
meses, no novo sistema é de cinco. Tive um
ganho de 50% na produção”, comemora.
Tifton
Na Fazanda Braúnas, além dos dois módulos de braquiária conforme explicado
anteriormente, existe também o módulo
da pastagem em tifton irrigado, com cinco
piquetes de 3ha cada. Esses, são utilizados
exclusivamente para os animais de elite
da raça Brahman criados na propriedade.
Como o tifton brota mais rápido que a braquiária (cerca de 32 dias), então essa área é
mais eficiente, ficando cada animal quatro
dias em cada piquete, e a reconstituição do
pasto se dá em 16 dias.
Adalberto Cardoso
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O sistema na
Fazenda Braúnas
Equipe enxuta
• 1 gerente
• 2 funcionários no manejo
• 1 na agricultura
• 1 no trato dos animais
• 2 para serviços gerais
Plantel
• 1200 animais
Distribuição por hectare
• Área total 400ha
• 90ha de reserva ambiental
• 30ha de plantação de eucalipto
• 280ha distribuídos na criação
e manejo do gado sendo:
- 17ha para lavoura de milho
- 27ha plantação de cana
- braquiária: 150ha divididos em dois módulos de 60ha (que foram subdivididos
em dois módulos de 30ha cada, com quatro piquetes de 7,5ha em cada submódulo) e 15ha de reserva com pastagens de
braquiária (MG4) para cada módulo
- 30 ha de pastagem de tifton irrigados,
divididos em dois módulos de 12ha
(4 piquetes de 3ha) com 1 piquete de
3ha de reserva para cada módulo.
- área de sequeiro de 30ha
de tifton sem irrigação
- 30ha de braquiária como áreas
reservas para complemento dos
manejos em ocasiões especiais.
Manejo rotacionado à pasto
• Braquiária: cada grupo de animais
permanece no máximo quatro dias
em cada piquete. (tempo de renovação
da braquiária de 32 dias).
• Tifton: apenas para animais de
elite Brahman: cada grupo de animais
permanece no máximo quatro dias em
cada piquete. (tempo de renovação
do tifton de 16 dias).
Confinamento
• Alimentação monogástrica com grão
puro de milho e ração.
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Foco
O criador pontua que esse
novo método de trabalho na Fazenda Braúnas transformou sua
rotina e lucratividade nos últimos
3 anos. “Os tempos não são mais os
mesmos. O mercado de criação de
gado de elite já rendeu bons frutos aos
criadores mas a situação mudou e muitas
pessoas desistiram de seus criatórios. Tivemos que nos adequar a novas formas de
criação e projetos inovadores que buscassem o aumento da produtividade aliado
à maior lucratividade. Quem não tiver um
bom projeto e foco não vai se sustentar no
mercado”, completa Adalberto.
Como em quase tudo na vida, novos
projetos também exigem um tempo de
maturação, e a Fazenda Braúnas ainda não
fechou o primeiro ciclo de quatro anos para
renovação de todo seu rebanho. No sistema,
durante a estação de monta, há por duas
vezes o processo de inseminação artificial,
onde os animais que prenharem nas duas
primeiras inseminações permanecem na
fazenda e as que não confirmarem prenhez
irão virar receptoras durante dois anos para
o processo de Fertilização in Vitro. Assim, a
Fazenda Braúnas tem um processo de reposição de 25% de animais ao ano, entrando
novilhas com bons resultados de prenhez
e descartando as que não atenderam os requisitos estabelecidos pelo criador.
A cada quatro anos, a Fazenda Braúnas
estará selecionando o que tem de melhor
em sua produção, um ciclo contínuo de
renovação e seleção. Importante ressaltar
também, que a produção BR 77 Braúnas é
avaliada em 100% de seu rebanho, testado
e comprovado por Programas de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) desenvolvido pela ABCZ e pelo Programa de
Melhoramento Genético da Raça Brahman
(PMGRB) da ANCP (Associação Nacional dos
Criadores e Pesquisadores).
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Um panorama mundial da
produção de grãos
José Luiz Tejon Megido,
Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para
Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de
Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rede Estadão
Em 2014, os dados mais recentes da
FAO, relatório de 11 de dezembro, apontam para um recorde histórico com mais
de 2 bilhões e 500 milhões de toneladas de
grãos no mundo. São cereais, superando
as estimativas, e promovendo uma oferta
superior à demanda, oferecendo um percentual elevado de superávit, em torno de
25%, entre oferta versus demanda.
Isto termina por ser o reflexo do aumento dos preços dos cereais nos últimos
anos, com a consequente ampliação da
produção, e uso de tecnologia, o que se
reverte em crescimento da produtividade
de cada lavoura. Estamos tendo
condições favoráveis ampliadas na Europa para as
lavouras, uma previsão de
colheita recorde de milho
nos Estados Unidos, e
com mais arroz, também, no mundo, um
cereal fundamental na
alimentação da grande
massa humana planetária.
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Mas os estudos da FAO nos alertam
também para os aspectos da insegurança
alimentar. E as causas das regiões onde
cresce o risco de problemas de escassez de
alimentos, os fatores principais determinantes são: conflitos civis, adversidades climáticas, e, enfermidades, como o vírus ebola.
O local onde estão concentrados os grandes riscos alimentares do mundo é a África,
com 29 países sob riscos, perante um total
de 38 países nessa condição no mundo.
Nos países afetados pelo ebola, os preços do arroz dispararam. Na Síria, sob guerra civil, há uma estimativa da existência de
6,8 milhões de pessoas, refugiados de países vizinhos, em risco de insegurança alimentar. O abandono das terras provocará
uma diminuição substancial das colheitas,
na área. No Iraque o panorama, da mesma
forma, é tétrico sob o ponto de vista da comida, devido ao conflito civil. São mais 2,8
milhões de pessoas refugiadas.
Por aqui, no Brasil, seguimos com uma
perspectiva de safras na faixa de 194 a 199
milhões de toneladas de cereais, dependendo do clima, de pragas e doenças e da
safrinha de milho.
Tétrico mesmo, no agronegócio brasileiro, está a questão do setor de cana de açúcar,
onde a orientação a ser seguida pelo próximo
governo irá pontuar o nível da sua sobrevivência ou decadência. A volta da CIDE para a
gasolina, e a ampliação da mistura de etanol
na gasolina são as duas decisões mais emergenciais, ao lado de alongamentos de dívidas
das usinas, que num total, devem mais do
que toda a receita prevista
para o setor, ao longo de
um ano. E com o petróleo a US$ 60 o barril, e nossa
gasolina hoje acima dos preços internacionais, fica aí a
sinuca: como aumentar
o preço da gasolina sob
uma realidade de diminuição dos preços?
Sem dúvida, 2015
será um ano para superação.
Codornas
Bobwhite
Por ser muito saborosa e nutritiva, sua carne é muito apreciada. A comercialização dos
ovos (in natura) é um pouco restrita, devido a
sua falta de pigmentação. A coturnicultura ou
criação de codornas vem sendo considerada
uma alternativa interessante para aumentar a
renda do pequeno produtor rural.
A Bobwhite é uma ave de caça, tímida,
esquiva e conta com uma camuflagem para
passar despercebida, e também pode partir
em voo baixo se sentir-se ameaçada. Estas
aves são geralmente solitárias ou encontradas
em pares no início do ano, mas grupos familiares são comuns no fim do verão e abrigos
de inverno podem ter duas dúzias ou mais
pássaros em um único bando. No entanto,
o habitat das codornas varia muito durante
toda a sua vida. Em sua alimentação, há uma
variedade de alimentos, entre os favoritos
estão o milheto, trigo egípcio, sorgo e outros
grãos. No entanto, codornas gostam de ervas
daninhas, ambrosia e ervilhas. Naturalmente,
comem insetos, gafanhotos servem como a
dieta principal de Bobwhites jovens e adultos.
Colorações
As codornas Bobwhites são distinguidas
por uma listra atrás do olho ao longo da cabeça, em preto e marrom. A área em branco
entre elas é de machos e marrom amarelado
em fêmeas. O corpo é marrom, salpicada de
preto ou branco em ambos os sexos, e seu
peso médio é 140-170 g. Os pintos são muito
pequenos, e precisam ser mantidos aquecidos por um número de dias. O canto da Bobwhite inclui uma série de assobios sibilantes.
Além da cor tradicional, temos ainda outras mutações: Dourada com pigmentação
preta, dourada com pigmentação vermelha
e orange (preta com pigmentação dourada).
Manutenção
Não é uma espécie muito exigente e se
adapta muito bem em viveiros, uma gaiola
para um casal medindo 25 cm x 25 cm de
área e altura de 20 cm é suficiente.
Reprodução
A codorna Bobwhite é uma ótima poedeira, sua postura vai de setembro a março,
podendo atingir 200 ovos por ano. O ovo é
branco e pesa em média 10 a 12g. A fêmea
atinge sua maturidade sexual e começa a
postura com 4 meses de idade e o macho
começa a cantar com 5 meses, já podem
ser acasaladas. A incubação dura de 22
ou 24 dias em uma temperatura de 38° C
e 70% de umidade, os filhotes nascem e
pouco depois estão se alimentando sozinhos sem muito problema.
Fontes: CriaçoesBobwhite (Evandro Dias),
Proagri e Recanto das Aves
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Cavalo Bretão
O Bretão é uma raça de origem francesa , que vem sendo selecionada há mais de
150 anos, com o objetivo principal de servir
à atrelagem , seja ela para trabalho pesado,
médio ou leve, muito usada nas épocas das
guerras na França, e na agricultura até a vinda da mecanização agrícola, onde substituíam os tratores com maestria. No início da
década de 20 se formou o padrão mais adequado à raça, e foi criada a entidade que cuidaria de sua preservação e melhoramento
até os dias de hoje, o Syndicat des Éleveurs
du Cheval Breton. Com a vinda da mecanização agrícola, as funções começaram a ser
diversificadas, ampliadas, algumas se voltaram para o esporte, outras para o lazer, e
outros para o trabalho ainda em setores que
se saem melhor que as máquinas . O Brasil
começou a importar Bretões no final da década de 20 e início de 30, e a mecanização se
deu na década de 70. A Associação Brasileira
foi criada em 1982, e os primeiros registros
começaram a ser controlados em 1989.
Suas qualidades fenotípicas, seus an-
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damentos e sua docilidade, tornam hoje
o Bretão uma das raças mais equilibradas
para a atrelagem, para quem quer um cavalo inteligente , com disposição para o trabalho, força e de confiança. E o que encanta os criadores é depois poder usá-lo para
sela, em pequenos passeios, e as fêmeas
hoje têm diversas funções como produção
de leite para confecção de cosméticos, medicamentos, dentre outras; e as suas mestiças para serem receptoras de outras raças
menores, pela excelente habilidade materna, tamanho de útero e produção de leite.
De acordo com o criador Paulo Koukdjian, criar a raça Bretão, é ter um objetivo
maior que ter um simples cavalo, é manter
um animal com diversas aptidões , inteligência e docilidade extremas dentro do convívio
do dia a dia ou de um fim de semana, que
propicia o lazer em família e o relaxamento
da rotina de trabalho na cidade ou no escritório, pela atenção que eles dão ao ser humano. “São diferentes, muito dóceis e vêm
sempre ao seu encontro para receber e dar
carinho. É uma raça fiel ao seu dono, que tem
uma resistência incrível , uma vontade de trabalhar admirável, e uma conversão alimentar
surpreendente, desde pequenos. Como já
escutei de diversos criadores, criar o Bretão é
ter um novo cavalo a cada 3 meses, pois o desenvolvimento deles é impressionante, assim
como sua força , desde o momento que nascem até os 5 anos, quando param de crescer.
E o prazer maior da criação além de ver novos
produtos cada vez melhores em genética e
padrão nascendo e se desenvolvendo, é dar
a oportunidade para que mais pessoas possam ter um Bretão, ou começarem a criá-lo
também, visto que temos um plantel pequeno aqui no Brasil, e assim preservamos, melhoramos e fomentamos essa raça incrível,
com funções variadas para qualquer gosto
pessoal daqueles que são apaixonados por
cavalos”, conta o titular do Rancho K.
Paulo comenta ainda que atualmente
no Brasil existe ainda o trabalho agrícola,
nas florestas e o trabalho de cargas nas
fazendas, mas o forte mesmo em todo o
mundo, é vê-los em atrelagens bonitas,
com carruagens ou veículos de tração
animal grandes, para lazer, turismo e eventos, ou em atrelagens esportivas, para as
competições de diversas provas, sejam de
provas de peso ou provas que exijam habilidade contra o tempo, em percursos em
pistas ou em maratonas entre rios e árvores. “Na sela são bons também, mas devido
ao peso e largura, são mais utilizados em
apresentações e shows”, finaliza.
Crise hídrica permanecerá
em pauta nos próximos anos
Antonio Petzold, consultor de logística e infraestrutura
de agroindústria para a Archer Consulting
Estamos em novembro e esparsas chuvas começam a cair sobre o Estado de São
Paulo. Estas chuvas podem ter melhorado
a qualidade do ar, mas não resolvem o
problema de escassez de água nos reservatórios por todo o Estado, sobretudo no
Alto da Cantareira, responsável pelo abastecimento de grande parte da capital e cidades adjacentes.
Mesmo com o estado crítico de água
para consumo humano, o operador do sistema elétrico – que é Federal – obrigou o
Governo do Estado de São Paulo a abrir suas
reservas de águas para geração de energia
elétrica. As regras internacionais dizem que
a prioridade da água é sempre para consumo humano. Se for assim, acho que a atual
gestão do Governo Federal do País não participa da comunidade internacional e não
compartilha das mesmas regras.
A verdade é que este PT faz qualquer
coisa para preservar seus interesses de poder e o candidato, pelo partido, ao governo
de São Paulo, batia na tecla da falta de água
em todo transcorrer da sua campanha. Mesmo com os problemas enfrentados pelo
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A conscientização do uso
pela população também faz
parte do rol de soluções
governador de São Paulo, e mesmo com a
campanha sórdida do PT, Geraldo Alkmin
foi reeleito. O governo de São Paulo, verdade seja dita, não fez nada desde 2011, data
na qual alguns peritos já vislumbravam o
risco dessa crise hídrica, para enfrentar essa
estiagem que abateu toda a região Sudeste,
incluindo o Estado. Segundo algumas fontes que consultei da própria Sabesp, para
voltar ao nível normal, o sistema Cantareira
precisará de três anos de períodos normais
de chuva para sua recuperação.
Temos que desenvolver outra solução
para este problema. Além das chuvas, faz-se necessário a ampliação dos sistemas
chamados de reuso (a água que antes ia
para o esgoto, é tratada e reutilizada para
lavagem geral). Ou seja, a água do chuveiro
e do lavatório deve ser recuperada e tratada para ser usada como água de descarga
de privada, água para lavagem de pisos, de
carros, etc. Também existem outras soluções que lançam mão da tecnologia para
proporcionar economias visíveis. Nesse
quesito, apenas para efeito de comparação, enquanto algumas privadas no Brasil
usam de 18 a 22 litros de água a cada acionamento da descarga; no Japão, o consumo é de apenas 3 litros por descarga.
As empresas que usam água para resfriamento, lavagem e outros serviços também necessitam usar circuitos fechados
com retirada de resíduos e reuso da água.
Com um menor consumo de água por habitante, o descarte de água e esgoto também será menor, o que facilita o tratamento desses resíduos e deve permitir uma
melhor conservação dos sistemas hídricos.
Mas tudo isso só será possível se a
população mudar sua consciência sobre
o uso da água e o governo investir pesadamente na captação e armazenamento
de água. E para isso, uma crise de pelo
menos três anos de escassez de água vai
servir para mudar a consciência de muita
gente sobre o seu uso.
Laboratório LinkGen,
pioneirismo na área de biotecnologia
O Laboratório LinkGen Biotecnologia
iniciou suas atividades em 1996, sendo
pioneiro na realização de exames usando a
técnica de DNA para a verificação de vínculo genético na área veterinária na América
do Sul. “Em 1996, no Brasil, muita atenção
era dada ao teste de DNA na área humana
e como no exterior o teste já estava sendo
usado na área veterinária, surgiu a ideia de
atuarmos neste segmento no qual a comprovação de vínculo genético era feita por
tipagem sanguínea, um teste bem menos
preciso do que a técnica de análise do
DNA”, comentou Sergio Paulo Bydlowski,
sócio da empresa.
A LinkGen iniciou um trabalho de divulgação do serviço, mostrando que pela sua
melhor precisão, esta técnica proporcionava resultados mais confiáveis. “A Associação
Brasileira de Criadores de Cavalos Quarto de
Milha se interessou e introduziu, no início de
maneira tímida, o teste de DNA para a verificação de parentesco em casos onde a paternidade não era comprovada, por exemplo,
a não informação da data de monta. Consideramos este início nossa maior conquista.
Não foi um trabalho fácil. Vencer as resistências naturais a qualquer mudança foi nosso
maior obstáculo”, completou Cynthia Rachid
Bydlowski também sócia na empresa.
Algum tempo depois, por volta do ano
2000, o Ministério da Agricultura (MAPA)
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iniciou os trabalhos para a normatização
do teste de DNA na área veterinária e em
2004 foi publicada a Instrução Normativa.
Desde então, os laboratórios que pretenderem atuar nesta área devem ser credenciados pelo MAPA, sendo que o laboratório
LinkGen foi credenciado em 2006. “Outras
instruções normativas foram publicadas,
sendo que a última em 13 de dezembro
de 2013 introduziu atualizações que cumprimos no prazo estipulado e estamos nas
etapas finais da acreditação pelo Inmetro,
um avanço que esta última instrução trouxe. Assim, nosso credenciamento foi renovado em 10 de julho de 2014”, explica outro
sócio e diretor Alberto Hiroyuki Tomiyama.
Desde o seu início, o laboratório preocupa-se com sua base científica- tecnológica, tendo já realizado quatro projetos de
pesquisa com o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de
São Paulo). Estes projetos visam um aprimoramento da técnica, assim como o desenvolvimento de novos testes para serem
oferecidos aos clientes.
Atualmente, a empresa conta com
uma equipe de profissionais altamente
especializados, promovendo sempre um
bom ambiente de trabalho. Para a realização dos testes são usados equipamentos
importados de última geração. “Trabalhamos para oferecer alta qualidade técnica e
de atendimento aos nossos clientes, associações e criadores interessados na identificação genética e outros testes genéticos.
A identificação é necessária para o Registro
Genealógico e também agrega valor na
comercialização do animal. Nosso atendimento é personalizado: para nós cada
cliente é único”, finaliza Cynthia.
O laboratório LinkGen realiza o exame
de Genotipagem (perfil genético) para a
verificação de parentesco em equinos, bovinos, ovinos e caprinos. Assim como testes
para verificar a presença de genes: Para doenças genéticas: HYPP em Equinos, BLAD,
DUMPS, CITRULINEMIA e deficiência de fator XI em bovinos. Para cor de pelagem em
equinos: Homozigose para tobiano, preto
e tordilho. E o mais recente, sexagem de
aves e genotipagem para comprovação de
parentesco de aves e cães.
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Importância de rações proteicas
para abelhas Apis mellifera
Msc. Aline Patricia Turcatto,
Laboratório de Biologia e Genética de abelhas - APILAB
Departamento de genética da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP
As abelhas necessitam em sua alimentação de nutrientes como: proteínas,
carboidratos, minerais, lipídios, vitaminas
e água para seu pleno desenvolvimento,
manutenção, reprodução e longevidade.
Esses nutrientes na natureza são encontrados no néctar, pólen e água, sendo que
o néctar coletado pelas forrageadoras satisfaz o requerimento de carboidratos enquanto o pólen satisfaz o requerimento
de proteínas, minerais, lipídeos e vitaminas (Herbert, 1992). Alguns fatores como
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crescimento e manutenção das colônias
são controlados, entre outros, pela quantidade de alimento disponível na natureza
(Amdam e Omholt, 2002) além da capacidade produtiva e reprodutiva que também
está relacionada com a eficiência nutricional (Couto, 1998). A deficiência desses nutrientes compromete o desenvolvimento
da colônia, diminuindo assim o tempo de
vida destes insetos e favorecendo o estresse e o aparecimento de doenças, assim
como a capacidade produtiva da colônia.
Nesse sentido, a cada dia no Brasil,
cresce a preocupação de pesquisadores e
apicultores em relação às questões que envolvem a alimentação artificial suplementar para as abelhas A. mellifera, já que em
algumas regiões do Brasil, devido ao clima,
alguns apicultores perdem cerca de 50%
de suas colônias devido à falta de recursos
alimentares na natureza.
Atualmente no Brasil, devido à grande
destruição das áreas verdes para o cultivo
principalmente da cana-de-açúcar, em algumas regiões, a carência de pólen tem se
tornado um grande problema, pois a apicultura por ser uma atividade dependente
dos recursos naturais, apresenta oscilação
de produção de acordo com as condições
climáticas e ambientais de cada região
(Cremonez, 1996). Assim, apesar da diversidade da flora apícola no país, devido ao
seu tamanho encontramos diversas realidades nutricionais. Por conseguinte, todo
ano os apicultores
perdem uma grande parte das suas
colônias, que
abandonam
os apiários
em busca de
novos pastos no período de escassez alimento. (Freitas, 1991; Lima, 1995).
Sendo assim, na ausência de floradas,
quando a reserva de alimento na colônia é
insuficiente, é aconselhável o fornecimento de uma alimentação artificial em forma
de ração para as abelhas (Azevedo-Benitez
e Nogueira-Couto, 1998). Muitos apicultores elaboram suas próprias rações, com
produtos regionais e mais baratos. Mas a
maioria das rações tem em sua composição ingredientes proteicos facilmente encontrados, como farelo de soja, levedura
de cana-de-açúcar, levedura de cerveja,
farelo de arroz, albumina e outros. Essas
rações devem ser elaboradas em ambiente limpo, para não ter contaminação, além
disso, o cuidado com o armazenamento é
importante para garantir a viabilidades das
mesmas. Mas um grande desafio para pesquisadores e apicultores que desenvolvem
essas rações é deixar essas rações atrativas
Receita das rações
Ração 1:
500g Extrato de soja
170g de Albumina
330k Açúcar
1,5 L Água
para as abelhas consumam essas rações.
Muitas rações, principalmente nos
E.U.A são comercializadas, aqui no Brasil na
maioria dos casos são os próprios apicultores que preparam essas rações de acordo
com sua necessidade.
Testes realizados pelo grupo de nutrição de abelhas, coordenado pelo Prof.
Dr. David de Jong no departamento de
genética USP, mostraram que colônias
alimentadas com as rações tiveram um
melhor desempenho em relação às colônias que não foram alimentadas com as
rações e, dependiam apenas dos recursos
naturais. Alguns dos parâmetros utilizados para avaiar os benefícios das rações
par as abelhas foi avaliar a quantidade de
cria e o peso das colônias, e os resultados
mostraram uma aumento tanto na área
de cria, quanto no peso das colônias ali-
Ração 2:
258g de levedura-de-açúcar
258g de extrato de soja
145g farelo de arroz
258g Açúcar
1,43 Litros de Água
mentadas com as rações. durante 45 dias.
Além disso foram avaliados os níveis de
proteínas na hemolinfa(sangue da abelha) de abelhas operárias adultas durante esse período e podemos observar um
maior nível de proteínas na hemolinfa das
abelhas que consumiram as rações.
Esses resultados mostram que o fornecimento dessas rações é importante
para a manutenção dessas colônias, diminuindo as perdas dos apicultores em
períodos de escassez alimentar.
Depois de pronta a massa, pode ser
envolvida em papel manteiga e pesada. Podem ser fornecidas 200g de ração para cada
colônia até duas vezes por semana. E podem ser armazenadas em geladeira por até
30 dias. As rações são fornecidas sobre os
quadros, em cima da área de cria da colônia,
para facilitar o acesso das abelhas à ração.
revista mercado rural
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Campolina Marchador:
mais uma Nacional
de tirar o chapéu
Cerca dez mil pessoas visitaram o Parque da Gameleira, em Belo Horizonte (MG),
durante a 34º Semana Nacional do Cavalo
Campolina, que ocorreu entre 8 e 18 de
outubro. O evento contou com 130 expositores e quase 500 cavalos nos concursos de marcha e morfologia. Participaram
criadores de Minas Gerais, São Paulo, Rio
de Janeiro, Pernambuco, Distrito Federal e
também de Alagoas, Espírito Santo e Ceará,
onde a raça ainda é pouco conhecida. Mais
importante do que cifras, os remates aproximaram novos criadores e usuários. Já as
provas funcionais reuniram quase 90 animais montados, dos mais experientes aos
mais jovens. A participação desse último
grupo, em especial, vem aumentando ao
encontrar um ambiente mais competitivo.
O mercado também presenciou uma das
maiores premiações do mundo equestre,
com a distribuição de 13 carros e 7 motos
avaliadas em R$ 300 mil.
Os primeiros dias da mostra foram
reservados para a admissão dos animais
na Gameleira. O evento foi lançado oficialmente no dia 10 de outubro (sábado),
mas na sexta-feira, os tratadores curtiram
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outubro 2014
a “Festa do Peão”, um reconhecimento da
Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina (Campolina Marchador),
aos quais também desempenham papel
fundamental na perpetuação da raça. Estudos científicos sugerem que a genética
representa apenas 30% de um campeão. O
restante decorre de fatores externos, como
a nutrição, a sanidade, a doma e os tratos
que são submetidos.
Mesmo com tantos exemplares em
pista, os dez jurados escolhidos para comandar o julgamento fizeram um trabalho considerado exemplar pela diretoria
da associação. Divididos em dois grupos,
um avaliando andamento e o outro a
morfologia, atenderam clamores de associados que desejavam julgamentos
mais criteriosos. Da mesma forma que nas
Olimpíadas, maior e menor classificação
eram desconsideradas. Também entrou
em vigor o regulamento antidoping para
as exposições nacionais da raça, adaptado
em parceria com o professor Eustáquio
Braga, da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG), nos moldes da Federação
Equestre Internacional (FEI).
Pela beleza e
marcha cômoda,
campolinistas
transformam
raça em
referência de
cavalo completo;
exposição
marca nova era
A programação social teve início no
dia 16 de outubro, com a confraternização
dos criadores e a promoção do II Leilão
Nacional Explosão de Qualidade. Joel Bastos Garcia, da Fazenda Chaparral, em Cachoeiras do Macacu (RJ), recepcionou 500
convidados. A comercialização de 40 lotes
resultou no faturamento de R$ 523.900,00,
com destaque para Oca do L.P.D., vendida
pelo convidado Luiz Pacheco Drumond,
do Haras L.P.D. É uma filha de Jacuí da
Maravilha em Flecha de Santo Amaro e
foi vendida por R$ 105.400,00 para Aylton
Bernardino de Almeida.
No dia 17 de outubro, Charles Marx, do
Haras Chiribiribinha, de Duas Barras (RJ),
promoveu o segundo leilão da Nacional.
Para celebrar 27 anos de criação, ele apartou 36 lotes, a maioria filhas de Neruda
do Chiribiribinha, pai de vários campeões
nacionais, sétimo do livro de elite da raça.
E para finalizar, o tradicional Leilão Raça
Campolina Sun Shine, realizado pelos haras
SantAnna, Top, Campanário, J.H.R, Campolina das Marias, Jaicurê, TK, Capibaribe, Anjos, R3M e Camparal. Juntos, leiloaram 49
lotes por R$ 1.259.840,00. Este foi o leilão
que atingiu o maior faturamento da Nacional, e nele também saiu uma venda por R$
105.400,00, Haila da Hibipeba, comprada
por um campolinista carioca.
revista mercado rural
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Meio ambiente
IMPLEMENTAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL
SÓ ACONTECERÁ COM INCENTIVOS
ECONÔMICOS PARA PRODUTORES
O Observatório do Código Florestal
(OCF) convidou especialistas do governo,
do mundo acadêmico e da sociedade civil
para mostrar o que está em estudos e iniciativas pioneiras que podem ser ampliadas para auxiliar na implementação do Código Florestal e na regularização ambiental
efetiva dos imóveis rurais.
Em vigor há dois anos e meio, o Código
até agora não teve criados ou regularizados
os incentivos econômicos previstos em
seus artigos 41 e 50, com a finalidade de
estimular os proprietários rurais a conservarem suas florestas ou buscarem restaurar,
regenerar ou compensar os desmatamentos ilegais ocorridos em suas propriedades.
“A ausência da implantação dos incentivos prejudica a aplicação da própria lei”, afirma Andréa Azevedo, Diretora de Políticas
Públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), membro fundador
do Observatório do Código. “Precisamos
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conhecer as dificuldades para a implementação enfrentadas no campo e oferecer sugestões que ajudem a tirar o Código Florestal do papel,” argumenta Azevedo.
Até agora, prevalecem as medidas de
punição, sem pouca ou quase nenhuma
oferta de benefícios econômicos que premiem quem já preserva mais do que a lei
exige, além de atrair os que gostariam de
aderir a práticas de conservação.
Os incentivos, em forma de isenções ou
reduções tributárias, linhas de crédito com
juros menores e boas práticas na agropecuária que aumentam a produtividade e reduzem os danos ao meio-ambiente, formam
um capítulo bastante amplo do Código.
Mas ainda são aplicados timidamente,
no caso da linha de crédito diferenciada
para agricultura de baixo carbono e da
isenção de Imposto Territorial Rural (ITR)
para áreas de Reserva Legal (percentual
de vegetação nativa obrigatório em cada
propriedade) e de Preservação Permanente (APPs). “Se há consenso sobre a importância dos instrumentos econômicos e sua
complementaridade às ações de fiscalização e controle ambientais, então é preciso
aplicá-los”, defende Laurent Micol, Coordenador-Executivo do Instituto Centro de
Vida, em Mato Grosso.
O governo estima que haja 5,2 milhões
de propriedades rurais no país e pelo novo
Código Florestal todas devem estar com
seu Cadastro Ambiental Rural realizado em
maio de 2015. As propriedades com mais
de quatro módulos fiscais que tiverem déficit de vegetação nativa em APPs ou menos
Reserva Legal do que o exigido em lei vão
precisar assinar um termo de compromisso com a autoridade ambiental estadual e
iniciar o reflorestamento, regeneração ou
compensação da vegetação nativa. Um estudo calcula que este passivo de florestas
no Brasil seja de 23 milhões de hectares.
revista mercado rural
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Projeto que proíbe abate de chinchila
pode colocar atividade em risco
A criação de chinchilas no Brasil é considerado um negócio seguro para os investidores. O país é o segundo maior no ramo,
atrás apenas da Argentina. Com o crescimento do segmento ‘pet’, hoje a procura é
muito maior do que os animais existentes.
O chinchila é o terceiro animal de estimação mais procurado, e possui boas características para o convívio doméstico: adoece
pouco, vive cerca de 15 anos e é de fácil
trato. Outro mercado que é bastante explorado são as vendas de pele dos animais,
que rendem bons lucros aos criadores. Mas
a criação dessa espécie está sendo ameaçada no estado de São Paulo.
O projeto de lei (PL 616) de autoria de
Feliciano Filho (PEN) sancionado pelo Governador Geraldo Alckmin (PSDB), proíbe o
abate da chinchila para o comércio de sua
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pele no Brasil. A lei visa preservar os animais
usados na indústria de casacos e acessórios
como coelhos, raposas, visons, focas, coiotes, esquilos e principalmente chinchilas.
De acordo com Carlos Perez, presidente da Associação Brasileira dos Criadores do
Chinchila Lanígera (ACHILA), hoje o mercado movimenta entre 15 e 20 milhões de
dólares por ano e existem cerca de 1000
criadores de chinchilas no Brasil, sendo 600
no estado de São Paulo com plantel de cerca de 50 mil animais. Perez pondera que a
lucratividade do negócio de chinchilas no
país não vem exclusivamente da carne,
mas também da venda de filhotes, gordura,
pelo e rabo. “ Nosso preocupação é aprovarem um projeto eleitoreiro, sem nenhum
fundamento científico, nenhuma prova de
maus tratos e que tem na sua justificativa
só mentiras. É assustador saber que um deputado mal intencionado consegue fazer
passar pela Assembléia e pelo executivo,
uma lei que iria prejudicar centenas de produtores rurais paulistas só com o poder da
palavra. As razões dele para fazer o projeto são facilmente refutadas tecnicamente.
A criação de chinchila é uma atividade do
agronegócio como qualquer outra, podendo assim, ser o ponto de partida para terminarem com outras criações”, finaliza Perez.
Segundo a Associação, a atividade é regulamentada pelas associações estaduais,
Nacional e o Conselho Mundial de Chinchilas que orientam e fiscalizam o bem estar
dos animais. O responsável pela introdução da criação de chinchilas no Brasil foi o
próprio Perez, que nasceu na Argentina em
meio a uma criação familiar.
Rambutão,
a delícia do Pacífico
O rambutão (rambutan ou rambutã)
é uma fruta exótica originaria do sudeste
asiático também conhecida como Delícia
do Pacífico. É semelhante à Lichia tanto na
aparência como no paladar, pois pertencem a mesma família Sapindaceae.
O rambutão é o fruto da rambutaneira
(Nephelium lappaceum), uma árvore tropical de tamanho médio, que se julga ser nativa do Arquipélago Malaio. O rambutão é
um fruto comestível, muito abundante no
Sudeste Asiático, sobretudo na Tailândia.
É de cor vermelha (podendo raramente
apresentar também cor amarela ou alaran-
jada), com uma casca dura revestida de “espinhos” tenros, assemelhando-se a pequenos ouriços. O seu interior é carnudo, com
uma polpa translúcida de cor rosada, de
sabor doce e ligeiramente ácido. Contém
apenas uma semente (caroço), de cor acastanhada, tóxica, pelo que nunca deve ser
consumida com a sua polpa. O seu interior
é muito semelhante aos frutos longan e lichia porém os frutos são maiores que os da
Lichia, suas sementes menores, possuem
casca firme cobertas com pelúcia macia e
coloração vermelho carmim. Sua polpa é
doce, pouco ácida semelhante à uva po-
dendo ser utilizada em conservas e sucos,
aceita também congelamento mantendo
as características originais.
Dentre seus princípios ativos estão, saponinas, taninos e alcalóides de semente que
auxiliam na redução da taxa de colesterol e triglicerídeos sanguíneos, efeito imunogênico,
redução da produção de amônia e controle
de parasitas. Além disso, o Rambutan contém
vitamina C, carboidratos, proteínas, cálcio, fósforo, potássio, ferro e vit. B3. O extrato da raiz
é comumente utilizado para tratar febre e as
folhas para aliviar as dores de cabeça.
revista mercado rural
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BEBIDAS
Cachaça Batista
A Cachaça Batista foi fundada por José
Batista de Oliveira em 1943, em Sacramento (MG), cidade situada no Triângulo Mineiro, fazendo divisas com o Parque Nacional
da Serra da Canastra. Na época, em plena
guerra mundial, com o Brasil em crise na
produção de açúcar, José Batista cultivava
em sua fazenda cana que era utilizada na
fabricação de rapaduras para suprir a falta
de açúcar. Foi, então, que José Batista teve
a idéia de testar fermentar e destilar o caldo
feito das rapaduras, iniciando ali a produção da bebida que se tornaria uma lenda
na região. Em 1958 produzida pela “Batista
e Cia Ltda”, a marca, na época nomeada
“Caninha Batista”, ganhou a famosa logomarca da estrela - remetendo ao slogan
“a estela das Gerais,” encantando paladares
até 1974, quando encerrou suas atividades.
Hoje, pouquíssimas garrafas são guardadas
como jóias raras na coleção de poucos.
Ao completar 90 anos, o Sr. Zé Batista
confessou ao genro o desejo dele continuar o seu trabalho. Marco Antônio Afonso
Mota aceitou o desafio e perpetuou o sonho do sogro. Com ele herdou os segredos
e técnicas de como fazer uma boa cachaça:
a Cachaça Batista.
Em 2008, com entusiasmo e um aguçado espírito empreendedor, Marco An-
Marco Antonio e Bruno Zille
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tônio e o filho Marco Elísio construíram
na “Fazenda Boa Sorte” a nova fábrica da
Cachaça Batista. Revivendo assim a tradição regional de mais de 70 anos. Hoje, a
fábrica tornou-se um empreendimento
que honra a tradição da marca e projeta
um novo ciclo para sua permanência num
cenário francamente receptivo à cachaça
de alambique brasileira.
Um dos diferenciais de qualidade da
Cachaça Batista está no terroir da região,
com a mata preservada no entorno da
fábrica, o solo e condições climáticas favoráveis ao cultivo da cana e à fermentação
– tradicionalmente mantida com fermento
“selvagem” ou “caipira” – tornando possível
o resgate de características originais da
produção da cachaça e propiciando aromas desejáveis ao destilado. Tradicionalmente, a destilação é realizada em alambiques de cobre e o destilado repousa então
em barris de carvalho especiais, cuidadosamente selecionados.
Os principais produtos da empresa
são a cachaça prata: sem envelhecimento
em madeiras, permanece descansando
em tanques de aço inox por no mínimo 1
ano. A edição ouro: envelhecida em barris
de carvalho selecionados por período médio de 1,5 ano. O blend final possui toque
de tonéis de jequitibá. E a linha Premium:
que será lançada no inicio de 2015, possui
envelhecimento maior em barris de carvalho primeiro uso e tosta controlada. É um
produto bastante promissor, possui total
controle de rastreabilidade da produção
certificados pelo Inmetro e os barris utilizados terão controle disponível on line no
site da Cachaça Batista.
Toda a tradição da Cachaça Batista, em
2014 alcançou novos ares e foi feito o primeiro embarque internacional. “Uma empresa tradicional Européia estava à procura
de cachaça de alto padrão de qualidade.
Fomos um dos solicitados a enviar amostras, que foram rigorosamente analisadas e
avaliadas sensorialmente. No fim fomos selecionados e firmamos parceria com a empresa que é uma das primeiras a visualizar o
potencial e investir no mercado de cachaça
de alta qualidade. Além da exportação recente, estamos em fase avançada de negociações com dois grupos nos EUA e um no
leste Europeu”, finaliza Bruno Zille.
revista mercado rural
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automóveis
Honda Vezel
Anunciado como um veículo a ser fabricado no Brasil, já na apresentação como
carro-conceito, em janeiro de 2013, o Honda Vezel tornou-se um dos lançamentos
mais aguardados dos últimos tempos. A
expectativa cresceu não só pelo interesse que SUVs compactos despertam nos
brasileiros, como também pelo tempo de
espera entre o anúncio e a chegada (ainda
oficialmente indefinida) do carro às lojas. O
Vezel foi a principal atração da Honda no
Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro deste ano, mas a previsão é de que
suas vendas comecem somente no fim do
primeiro trimestre de 2015. Para diminuir a
ansiedade, a revista Quatro Rodas foi até o
Japão conhecer o carro e contar o que o
consumidor encontrará por aqui. A revista
Mercado Rural, publica nesta edição, alguns trechos da reportagem. O texto é de
Paulo Campo Grande e a versão na íntegra
pode ser conferida no site da Quatro Rodas.
No Japão, onde foi lançado no fim de
2013, o Vezel tem posicionamento de produto premium (com preços acima da média do
segmento). No Brasil, ficará no patamar de
seus concorrentes, que hoje são Ford EcoSport e Chevrolet Tracker - em breve haverá
outros, como Peugeot 2008 e Renault Captur, para citar apenas os que chegam mais
cedo. Ainda não dá para falar em preços, mas
sabemos que o Vezel será um pouco mais caro que o EcoSport. Sua versão básica
custará tanto quanto uma intermediária desse
rival. Podemos
esperar que sua
versão de entrada
fique entre 60000
e 70000 reais. O
Vezel terá três ou quatro configurações (algo
como CX, LX, EX e EXL). Nesse momento, a
fábrica ainda faz contas, mas sabe que deve
ter preço atraente para atingir o volume pretendido de 3 000 unidades/mês.
Apesar de usar a mesma plataforma do
pequeno Honda Fit, o Vezel é mais encorpado e parece até dono de uma distância
entre-eixos maior. Por dentro, ele lembra
o irmão maior, o Honda CR-V. O espaço do
motorista é delimitado pelo console. Mas, ao
abrir a porta traseira, a gente se surpreende
com a área disponível nas três dimensões:
comprimento, largura e altura. O porta-malas tem 400 litros de capacidade, 36 litros a
mais que o do EcoSport e 94 litros acima do
que cabe no Tracker. E, assim como o Fit, o
Vezel tem bancos modulares, que permitem
o uso versátil da cabine. Ao assumir o volante, o que chama atenção são os materiais de
acabamento, com destaque para as partes
em preto brilhante, com frisos cromados,
presentes desde a versão básica, no Japão,
mas ainda não confirmadas para o Brasil. O
console central é digno de nota: ele é plano,
elevado até a altura dos bancos e tem um
discreto porta-objetos na parte de baixo,
com entradas 12V,
USB (duas)
e HDMI (pelo menos na versão japonesa).
Por causa da diferença de posicionamento, nosso Vezel terá acabamento de modo geral mais simples do que se vê nas fotos. Também será menos equipado. Pode mudar, por
exemplo, o revestimento interno das portas
(de tecido) e as maçanetas externas (de alumínio, enquanto as do Honda Civic nacional
são de plástico cromado). Entre os equipamentos, o ar-condicionado, que no modelo
japonês tem tela de controle sensível ao toque, e o freio de emergência autônomo são
itens que devem ser suprimidos ou substituídos por aqui. A versão asiática conta com freio
a disco nas quatro rodas, mas para mantê-lo
abaixo dos 70000 reais a marca pode optar
por usar disco na frente e tambor atrás, como
a maioria dos rivais comercializados no Brasil.
Pelo que vimos, o Vezel deverá agradar o
consumidor brasileiro. E a Honda aposta alto
nesse modelo. Para satisfazer o mercado, ela
pode até mudar a denominação do carro.
Desconfiada de que existe o risco de o nome
Vezel não agradar. Agora é só esperar.
Fonte: Quatro Rodas
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revista mercado rural
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turismo
Porto de Galinhas
Summerville Beach Resort
Muro Alto, uma das praias mais paradisíacas do litoral brasileiro e, até o ano de
2000, totalmente virgem, foi eleita na época por Pontes Hotéis & Resorts, para instalar
o Summerville Beach Resort com padrão
cinco estrelas de hospedagem e excelência
no atendimento. A deslumbrante beleza
deste trecho do balneário de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco, foi determinante para a escolha do local do novo
empreendimento da rede pernambucana.
O primeiro resort de porte internacional de um dos balneários mais badalados
da Costa Dourada do Nordeste brasileiro, o
Summerville ocupa uma área verde de cerca
de 70 mil m², perfeitamente integrado à paisagem composta por coqueiros, mata atlântica, mangues, além de ficar à beira-mar e
ter uma imensa piscina natural formada por
arrecifes a sua frente. Por sinal, o nome “Muro
Alto” se deve justamente ao paredão de arrecifes que margeia esse trecho da praia.
Na época da sua construção, instituições ligadas ao meio ambiente foram consultadas a fim de preservar o ecossistema
da região. E essa preocupação está presente no dia-a-dia do funcionamento do
resort. Dessa forma, o Summerville executa
ações para a manutenção de espaços preservados, localizados nas propriedades da
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empresa. Além disso, a rede hoteleira adota uma série de medidas que diminuem a
poluição e contribuem com a preservação
da natureza. A exemplo dos melhores do
mundo, o Summerville possui uma completa área de lazer, um bem estruturado
centro de convenções, acomodações confortáveis e total infraestrutura para hóspedes de todas as idades.
INFRAESTRUTURA
O Summerville Beach Resort tem a estrutura ideal para quem deseja relaxar, está
de férias ou viajando a negócios. São 202
unidades habitacionais distribuídas em
apartamentos e Suítes, além de Bangalôs,
que podem abrigar mais de 600 pessoas,
oferecendo total privacidade e conforto.
Todas as acomodações têm varanda com
vista para o mar, piscina ou coqueiral e estão equipadas com TV LCD, ar-condicionado central com controle individual, acesso
a internet rápida, cofre digital, frigobar, secador de cabelos e espelho de aumento.
As Suítes possuem sala de estar com mini-cozinha americana e forno micro-ondas.
Quadras de tênis, beach soccer e vôlei
de praia, campo de futebol de areia. Pista de
cooper, fitness center, além de sauna seca e
a vapor, são algumas opções encontradas
neste paraíso. Também o mini-golf - para a
prática de golfe com tacadas de curto alcance, sala de leitura e salão de jogos que
têm conquistado a cabeça da meninada
sob os cuidados do Clubinho Summerville.
A praça para shows com capacidade para
até 1.000 pessoas tem sido um diferencial,
assim como boate, bares, restaurantes e
uma piscina de 2.300 m² de espelho d’água,
com áreas para crianças e adultos.
Isso sem falar do bar Cortina D’água, os
decks molhados, hidromassagem ao ar livre,
cascatas e ilhas com jardins tropicais. Tudo
faz parte da imensa área de lazer, na qual a
infraestrutura, somada às atividades esportivas e aos serviços de recreação, proporcionam aos hóspedes dezenas de opções de
entretenimento. O Summerville ainda conta
com atrações como o toboágua instalado na
piscina de 2,3 mil metros de espelho d’água.
EVENTOS
O Summerville também é o local perfeito para a realização de congressos, reuniões, festas, coquetéis e, principalmente,
convenções de grandes empresas. O Centro de Convenções com capacidade para
mais de 2 mil pessoas é composto por
nove salas, foyers e espaços para coffee-break. O salão principal, com pé direito de
5,74 metros e sem colunas, pode receber
1.100 convidados de uma só vez. Reservado, o bloco de eventos é totalmente independente e possui cerca de 3 mil ².
O resort ainda conta com um pavilhão
para exposições e feiras com 400 m². A área
tem pé direito de 5,40 m e tem capacidade
para abrigar stands e espaço para exposição de produtos de grande porte.
ESPORTES & LAZER
A programação de esportes e lazer do
Summerville é uma das mais completas da
hotelaria brasileira. No Fitness Center, além de
aparelhos de musculação, sauna seca e a vapor, o hóspede também pode participar de
aulas de alongamento, ginástica e dança, que
são monitoradas por profissionais especializados. Já na piscina, aulas de hidroginástica
e atividades de entretenimento são ministradas ao menos duas vezes ao dia. Jogos aquáticos, vôlei de praia, futebol de areia, e arco e
flecha também fazem parte da programação.
Gincanas, torneios, jogos, entre outras
atividades, integram a programação esportiva. Já a recreação infantil é baseada
em brincadeiras interativas, que têm como
objetivo desenvolver a criatividade e a sociabilidade das crianças. Oficinas, que estimulam a coordenação motora, criatividade
e outras percepções em desenvolvimento,
além de programações que despertam a
consciência ambiental e ecológica, como
caminhadas pela praia e visitas ao manguezal, fazem parte das brincadeiras de caráter educativo. A horta também é cenário
de atividade que, além de ensinar como
cuidar de uma plantação, ajuda a criança
a conhecer verduras, frutas e folhas, como
também, proporciona a vivência das etapas da semente à colheita.
Outros espaços que são motivos de
deleite dos hóspedes são os spas. Com ambientes específicos para adultos e, outros
para crianças, o Summerville oferece, com
custo a parte, tratamentos e serviços especiais. Projetados especialmente para proporcionar experiências renovadoras e revitalizantes, o atendimento a adultos pode
ser feito em salas de massagem, individual,
com banheira, ou dupla (para casais ou familiares), com jacuzzi, que possibilitam banhos relaxantes. Duas tendas com vista para
o mar e caminho das pedras, para reflexologias naturais (massagem nos pés), ao ar livre, também fazem parte da estrutura. Toda
a ambientação foi especialmente preparada
em todos os detalhes para causar o relaxamento através de todos os sentidos.
revista mercado rural
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seção pet
Galo Índio Gigante
Os Índios Gigantes são aves popularmente conhecidas como o “Nelore” das
aves caipiras e têm sido cada vez mais adquiridas por pequenos produtores rurais
que tem como objetivo melhorar o seu galinheiro e ou criar aves exóticas. As aves são
resultado de melhoramento genético que
foi realizado pelo cruzamento de diferentes raças, com base na herança de genes
transmitida pelos galos de briga.
Em Minas Gerais, situada na fazenda
São Sebastião, zona rural de Baldim, a apenas 80 quilômetros de Belo Horizonte, com
uma estrutura diferenciada encontra-se
a criação do Galo Gigante. Considerada a
melhor da região, é uma espécie de granja
que está se especializando na criação de
aves da raça Índio Gigante.
Com a origem intimamente ligada aos
criatórios de aves combatentes, os produtores rurais e criadores perceberam que essas aves poderiam também ser aproveitadas como linhagem de corte, em função de
suas características desejáveis como massa
muscular avantajada, resistência e rusticidade e assim elas tiveram grande aceitação
entre os criadores de aves caipiras.
As aves podem medir aproximadamente 1 metro de altura, da ponta da unha do
dedo maior à ponta do bico. Aos 130 dias de
vida podem estar prontas para o abate e o
seu peso pode variar de 2,5 quilos (fêmeas)
a 3 quilos (macho). De acordo com a forma
como as aves são criadas os machos adultos
podem alcançar um peso de até oito quilos.
Além disso, são ótimos exemplares de aves
ornamentais por exibirem grande porte e
beleza, devido às suas penas sobrepostas e
com ampla variedade de cores.
A produção das aves da raça Índio Gigante em Baldim é simples, porém mantém um
alto padrão de qualidade, desde a reprodução
de aves até o setor de recria e crescimento do
plantel. Todas as atividades do Galo Gigante
passam por um rigoroso controle de qualidade para assegurar que cada ovo, pintinho,
frango e galo, estejam dentro dos padrões
estabelecidos pelo mercado. A produção tem
acompanhamento veterinário e os funcionários são treinados e capacitados para o manuseio das aves a administração da produção.
As aves são separadas em boxes ou pi-
quetes, e na fazenda foram criados vários
setores onde toda a produção das aves é
organizada: setor de reprodução, incubação e nascimento, cria, recria e crescimento,
seleção e vendas. Em cada setor acontece
um procedimento adequado para garantir
o cuidado e a qualidade das aves criadas.
Todo o trabalho de produção e desenvolvimento genético do Galo Gigante
é baseado em 3 pilares: Qualidade, Controle e Processos. A cada dia essa pequena produção rural está sendo mais conhecida e procurada.
revista mercado rural
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criações exóticas
Lou Lou, Sawidi, Imbi seu filhote e Leon
Gorilas
Minas Gerais é um estado privilegiado
quando o assunto é a criação de gorilas,
pois é no Jardim Zoológico de Belo Horizonte que estão as únicas espécies da
América do Sul. Os atuais cinco moradores
do zoológico mineiro da espécie Gorilla
gorilla gorilla (Gorila da Planície Ocidental) são: o macho “Leon”, nascido em 1998,
que chegou em Belo Horizonte em 2013,
procedente da Espanha; a fêmea “Imbi”,
nascida em 2000, mas chegou ao zoológico em 2011, procedente do Reino Unido;
a fêmea “Lou Lou”, nascida em 2004, que
uniu-se ao grupo em 2013, procedente
do Reino Unido; o macho “Sawidi”, nascido
em agosto deste ano, filho de Lou Lou e
Leon e o caçula do grupo, que ainda não
tem nome definido, nascido em 10 de setembro, filho de Imbi e Leon. Sendo estes
dois filhotes, as únicas reproduções ocorridas no Brasil de gorilas.
Para a conservação dessa subespécie,
o nascimento dos filhotes na Fundação
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outubro 2014
Zoo-Botânica de Belo Horizonte representa uma vitória, ainda mais se considerarmos que se trata de uma subespécie
que segundo a Lista Vermelha de Espécies
Ameaçadas é considerada criticamente
em perigo” e que no ano de 2013 foram
registrados apenas 28 nascimentos nos
zoos espalhados pelo mundo. Além disso,
sabe-se que quanto maior a diversidade
genética da população em cativeiro – “ex
situ” – maior é a chance de sucesso dos
programas de conservação em ambiente
natural – “in situ”, que prevê inclusive a
reintrodução de alguns desses animais.
Os gorilas vivem em grupos constituídos por cinco a trinta indivíduos, entre jovens imaturos, fêmeas e seus filhotes, liderados por um macho adulto dominante. Este
é facilmente reconhecido por apresentar
as costas cinza-prateadas, denominado “silverback”. A liderança é conseguida graças à
sua experiência e suas habilidades em proteger o grupo e não somente por causa de
sua força. Esses animais quando atingem a
maturidade, tanto machos quanto fêmeas,
saem do grupo no qual nasceram. Os machos podem formar grupos de solteiros ou
andar solitários até encontrar fêmeas para
constituir seu próprio grupo. Para as fêmeas, essa migração se dá por volta dos oito
anos e para os machos a partir dos 11 anos.
A manutenção de gorilas em zoológicos,
assim como de outras espécies ameaçadas
de extinção, é fundamental para os projetos
de reprodução e reintrodução das espécies
na natureza. Através dos programas educativos desenvolvidos com seus visitantes, os
zoos promovem a formação de cidadãos
sensíveis e comprometidos com a manutenção e valorização da biodiversidade.
Manejo
Os animais possuem acesso contínuo
às áreas internas e externas do zoológico.
Recebem alimentação quatro vezes ao dia.
Diariamente são fechados na área interna
do recinto, por um curto período de tempo,
como parte do manejo rotineiro dos indivíduos. Para a realização da limpeza diária e
de ocasionais ações de manutenção, são fechados ou do lado externo do recinto ou do
lado interno. A Seção de Bem Estar Animal
realiza diversas ações de enriquecimento
ambiental visando o bem estar geral dos indivíduos. A Seção de Veterinária realiza observações rotineiras específicas para avaliar
as condições de saúde de cada um.
Os gorilas, alimentam-se de frutas variadas (maçã, banana, melão, manga, laranja,
goiaba, uva, abacaxi, coco, pêra, mamão,
tomate, milho verde, etc), hortaliças e legumes variados (abobrinha, vagem cenoura,
beterraba, berinjela, jiló, nabo, chuchu, pepino, rabanete, pimentão, batata inglesa,
mandioquinha, cará, abóbora, batata doce,
couve-flor, brócolis, mostarda, almeirão,
alface, chicória, cebola, coentro, agrião,
couve, salsão, espinafre, acelga, cebolinha,
etc), galhos variados (rami, amora, hibisco,
malvavisco, milho, folha de banana, bambu,
ramo de chuchu, ramo de batata doce, folha de feijão, amendoim forrageiro), ração
Imbi e seu filhote
de primatas, bolo de banana, biscoito de
ração e sementes, sucos variados ( mamão,
banana com outra fruta, abacaxi com outra
fruta, manga com outra fruta).
Reprodução
Como dito anteriormente, a maturidade sexual para as fêmeas ocorre, geralmente, a partir dos oito anos de idade e para
os machos a partir dos 11 anos. Mas, em
cativeiro isto pode ser antecipado. O período de gestação é, em média, de 8 meses
e meio. Nasce geralmente um filhote
por vez; casos de gêmeos são raros.
Normalmente, o intervalo entre
um nascimento e outro é de
três a cinco anos. O filhote, ao
nascer, pesa cerca de dois
quilos, mas o peso pode
variar de 1,4kg a 3,0kg.
Ao completar três
meses, o filhote
começa a explorar o ambiente e
a experimentar
alimentos sólidos. O desmame ocorre por
Lou Lou e Sawidi
Fotos: Suziane Fonseca/Divulgação FZB-BH
volta dos quatro anos. Durante este tempo,
ele sempre acompanha a mãe. Quando o
jovem torna-se independente, a fêmea volta a ficar apta para nova cria. Várias mães
reproduzem no mesmo período e se ajudam na criação dos bebês. O macho dominante - silverback - além de proteger a
família, também se mostra um pai paciente
e carinhoso. Quando o filhote começa se
interessar pelas brincadeiras, o macho dominante costuma acompanhá-lo.
No entanto, em caso de morte do filhote, ou se o mesmo precisar ser separado da
mãe, esta poderá engravidar logo em seguida
e esse intervalo pode ser de apenas um ano.
Quando nasce, o filhote é amamentado aproximadamente quatro anos. No
início, os períodos de amamentação devem ser curtos e mais vezes; normalmente,
acontece a cada uma ou duas horas. Além
da amamentação, as mães desempenham
as seguintes funções: transporte do filhote,
cuidados com a sua saúde, higiene e proteção. Os gorilas vivem cerca de 35 anos na
natureza e 50 anos em cativeiro.
Colaboração: Valéria do Socorro Pereira,
Chefe da Seção de Mamíferos do
Departamento de Jardim Zoológico /
Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte
revista mercado rural
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RECEITA
Spaghetti
de palmito
pupunha
Com apenas 30 calorias a cada
100gr, o spaghetti de palmito
pupunha é um sucesso entre os
adeptos das dietas sem glúten
que querem ter aquela sensação
de comer uma bela massa sem
o peso na consciência.
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outubro 2014
Ingredientes
• 500 g de pupunha
• 1/2 brócolis
• 1/2 cenoura ralada
dinha
• 1/2 cebola bem pica
cerejas
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• 20 unidades de tomate
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• 10 cebolinhas franc
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• 1/2 xícara de fo
manjericão
• azeite
• sal a gosto
Modo de prepar o
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e deixe por 4 minuto
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Misture tudo cu
Evento/Premiação e Homenagem
IV Marchador Fest
res do Cavalo Mangalarga Marchador
(ABCCMM) dia 8 de novembro de 2014,
com o apoio do Núcleo Catarinense do
Mangalarga Marchador. O evento reuniu
cerca de 700 pessoas.
Durante a festa foi formalizada a
parceria da ABCCMM no Projeto Marchadores pela Vida, que irá beneficiar
portadores de câncer e com dependên-
cias químicas nas fases de tratamento e
recuperação. Foram diversas as doações
durante o encontro.
Na abertura do evento, o presidente da ABCCMM, Magdi Shaat, destacou
números e projetos da entidade. O Marchador Fest foi marcado também pela solidariedade, através da parceria da Associação no Projeto Marchadores pela Vida.
Fotos: Roberto Pinheiro
Uma bela festa realizada em Jurerê
Internacional, em Florianópolis (SC), premiou os “Melhores do Ranking 2013/2014”
e homenageou aqueles que contribuíram
para a expansão e o fortalecimento da
raça Mangalarga Marchador no Brasil.
O VI Marchador Fest, conhecido
como o “Oscar da Raça”, foi promovido
pela Associação Brasileira dos Criado-
Magdi Shaat, Ana Marquito e Vicente Araújo
Tadeu Domingues, Vicente Araújo, José Eduardo Luz e Jonas de Oliveira
Georgina Penna Costa e Maurício Zacarias
Carlos Karam, Yuri Engler, Vicente Araújo e Maurício Zacarias
Janete Campos e Antônio Sérgio Barbosa
Maurício Zacarias, José Luiz Cruz, Adolfo Géo, Magdi Shaat e Carlos Motta
revista mercado rural
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Evento/Confraternização
Restaurante Boi Vitório
inaugura novo espaço
Fotos: Marcelo Lamounier
No dia 26 de novembro, o restaurante Boi Vitório
inaugurou sua nova sede no Bairro Mangabeiras, em Belo
Valter Otacílio, Carlos Salvador e Eva Ángela
Horizonte. Na ocasião, convidados argentinos estiveram
presentes a convite do amigo Valter, para saborear
um delicioso churrasco no evento de inauguração,
que contou com música ao vivo, muita animação e
degustação da Cachaça Batista. A festa contou com
lotação máxima da casa, todos apreciando o requinte,
charme, beleza e conforto do novo local. A revista
Fabricio Lana, Fabiano Tolentino
Verónica Alejandra, Marianne Salgado
e Maximiliano Di Mari
Mercado Rural esteve presente e registrou esse momento. e Marcelo Lamounier
Cia do Nado faz confraternização de Natal
Fotos: Marcelo Lamounier
No dia 28 de novembro, foi a vez do restaurante Boi Vitório, receber a turma da Cia do
Nado em sua confraternização de Natal para festejar a chegada de um novo ano. A festa
teve um amigo oculto divertido e animado, que contou com a presença de Marcelo
Lamounier diretor da revista Mercado Rural.
Marcelo Lamounier, Aline Carolina,
Gabriel Rocha e Sara Santos
Evandro Alvim, Inês Eugenio,
Regina Monteiro e Gabriel Rocha
76
outubro 2014
Paula Apgaua, Flávio Brito,
Sara Santos e Tânia Gimpel
José Geraldo, Elisa Maciel, Mauricio Santos,
Emilio Suyama e Mercedes Suyama
Evento / Confraternização
Confraternização dos criadores
de Mangalarga Marchador
Fotos: Letícia Miller
Dia 27 de novembro foi a vez dos amigos e criadores do cavalo Mangalarga Marchador, se
encontrarem no restaurante Boi Vitório, para sua tradicional confraternização de final de
ano. A revista Mercado Rural registrou esse momento de muita descontração e diversão.
Bernardo Junqueira, Paulo Henrique, Marcelo
Gustavo Rosenburg, Leonardo Motta e Fabrício Lana Lamounier, Carlos Paulino e Frederico Salgado
Teresa Rosenburg, Patricia Lana,
Marcela Meireles, Flávia leite e Claudia Fares
Leonardo Motta e Axel Sorensen
Marcelo Lamounier, Fabrício Lana,
Frederico Salgado e Carlos Paulino
Caroline Gulhelmelli, Emanuelle Novaes
e Flávia Guimarães
Renata Nascimento, Caroline Gulhelmelli
e Marcela Meireles
Aureliano Espírito Santo, Bernardo Junqueira,
Leonardo Motta, Gustavo Motta e Marcelo Lamounier
Frederico Salgado, Cristiano Franco, Camilo Leão, Carlos Augusto, Helvécio Rosenburg e Leo Fares
NOVO ENDEREÇO
Av.
Afonso
Pena,rural
4374 77
revista
mercado
Bairro Cruzeiro - Belo Horizonte / MG
giro rural
CRI Genética contrata
JEITO FIV DA BELA
Raça Ponei em
confraternização
de fim de ano
A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pônei,
no dia 17 de dezembro, reuniu a sua diretoria, criadores e
amigos para comemorar a sua festa de final de ano
JEITO FIV DA BELA foi sucesso na Expogenética 2014 ao entrar para a lista
de touros do PNAT. Da seleção da Fazenda Bela Alvorada, o reprodutor mostra
na avaliação individual e no pedigree, seu potencial como melhorador da raça
Nelore. O touro vem das linhagens Zancaner, Lemgruber e IZ e se mostra uma
excelente opção para uso em variações das famílias. Daniel Carvalho, gerente de
produto corte da CRI Genética, identificou o diferencial do touro, resultando na
contratação para a bateria Nelore da central. “As informações técnicas e avaliações
de JEITO FIV DA BELA, por meio do PMGZ, e o conhecimento do trabalho de seleção por desempenho da Fazenda Bela Alvorada (ZAN), alicerçaram a contratação”.
IV CAEQUI
Promovido
pela “UNIASF”
Fabrício Borges, Andre e Eduardo Aparecido
A AEPCN (Associação Equestre e de Preservação do Cavalo Nordestino) promoveu palestra no IV
CAEQUI (Curso de Atualização em Equinos) no dia 08 de Novembro na UNIVASF (Universidade Federal do Vale do São Francisco), Campus Juazeiro, com o título: “Cavalo Nordestino Patrimônio Genético
Ameaçado e Desconhecido”. “Podemos plantar a semente da preservação e valorização das raças nativas
junto à estudantes de veterinária de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Bahia e levarmos os nossos garanhões
Acordeom e Gesso aonde os alunos puderam conhecer de perto e montar em um cavalo nordestino.
Foi a segunda vez que tivemos a honra de sermos convidados a participar deste tão importante evento.
Parabéns à todos que se empenharam pelo sucesso de mais um CAEQUI”, comentou Luis Cleber.
A Rações Futura está expandindo seu
mercado de atuação por todo o Brasil.
Está selecionando representantes
para os Estados de
Mato Grosso, Goiás,
São Paulo e Espirito Santo.
Interessados entrem em contato.
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(37) 3524-1008
78
outubro 2014
Tomou posse dia 25 de novembro a diretoria da FAEMG eleita para o triênio 2015-2017. O
evento foi no Hotel Dayrell, em Belo Horizonte. Entre as presenças: a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, o governador mineiro Alberto Pinto Coelho e o presidente do TRE-MG, desembargador Geraldo Augusto
de Almeida, além de dezenas de
outras autoridades do mundo
político e empresarial.
Eleito com 99% dos votos
válidos, Roberto Simões será
conduzido ao seu quarto mandato à frente da entidade, cargo
que ocupa desde 2005. A diretoria é composta por representantes dos Sindicatos Rurais de
todas as regiões do estado.
Rafael Motta/FAEMG
Diretoria da FAEMG toma posse em BH
Programa Mais Alimentos passa por alterações
O Programa Mais Alimentos do Ministério de Desenvolvimento
Agrário (MDA), que estimula a venda de máquinas e equipamentos
agrícolas produzidos no Brasil, está passando por mudanças na sua
plataforma de vendas. A partir de agora, todos os o fabricantes já
inscritos como vendedores devem se recadastrar. Essa alteração vai
permitir melhor concorrência entre as empresas, que antes eram
AMAEI, reuniu criadores
para confraternização
de final de ano
A Associação Mineira de Aves Exóticas, no dia 22 de dezembro,
reuniu a sua diretoria, criadores e amigos para confraternização de
final de ano, no Restaurante Boi Vitório.
obrigadas a vender produtos similares por um mesmo valor, sem
diferença de preço entre eles. O Programa possibilita formas de financiamento especiais de R$ 750 mil para estimular a modernização
das propriedades rurais familiares, permitindo ao agricultor investir
na aquisição com taxas de juros de no máximo 2% ao ano, pagando
em até 10 anos e com uma carência de até três anos.
TRACBEL marca presença na
Exposibram Amazônia 2014
Com equipamentos de última geração específicos para o segmento de mineração, a TRACBEL esteve presente na Exposibram Amazônia
2014, em Belém. Os visitantes conferiram de perto a escavadeira Volvo
EC220D, com peso operacional de 22 toneladas, braço e lança heavy
duty e equipada com a caçamba de 1,35 metros cúbicos. Também esteve exposto no estande o pneu Michelin, voltado para operações que
exigem pneus de alta performance e destinados para equipamentos
fora-de-estrada. O evento foi realizado entre os dias 17 a 20 de novembro, no Hangar, Centro de Convenções da Amazônia.
Alvaro Lima, Mauro Garcia e Ronaldo Beltrão
Calsite, nova opção
de fertilizante é sucesso
entre os produtores
Com o foco no desenvolvimento de novos produtos para a
agronegócio, a TMF Fertilizantes Inteligentes, lançou no mercado
um fertilizante que tem feito bastante sucesso entre produtores rurais: o calsite, que possui ação multifuncional, corrigindo, fertilizando
e condicionando o solo, deixando-o em perfeitas condições para o
plantio, além de favorecer a nutrição das plantas durante todas as
etapas de crescimento. Após aplicado, o Calsite ajuda na liberação
de nutrientes e micronutrientes do solo, como Fósforo, Enxofre e
Potássio, e fornece alta concentração de Cálcio e Silício, elementos
essenciais para as plantas. O resultado é um crescimento da fertilidade do solo, aliado à produtividade e qualidade no produto final.
revista mercado rural
79
giro rural
Festival Internacional de Blues compõe a
programação de verão do Águas de Santa Bárbara
O Águas de Santa Bárbara Resort Hotel, situado a 260 km de Belo Horizonte, na charmosa
Vila de Santa Bárbara irá promover na segunda
quinzena de janeiro, o Festival de Blues e Gastronomia, evento que será simultâneo ao FIB (Festival Internacional de Blues) 2015- que acontecerá
em Belo Horizonte.
O festival é um pocket show que reúne
grandes nomes do Blues nacional e internacional como, Kenny Brown (New Orleans – EUA),
Jesse Monroe (London – UK), Los Mind Lagunas
(MEX), Flávio Guimarães (Blues Etílicos), Santiago
Blues (MG), Sérgio Pererê (MG), Mojo (MG), Décio
Caetano (PR). No dia 24 de janeiro, a apresentação no resort será com a atração diretamente de
New Orleans, Kenny Brown e Santiago Blues.
Em meio a uma natureza exuberante, o
hotel oferece também atrações para todas as
idades e perfis como recreação full Day, parede
de escalada, arvorismo, boia cross nas corredeiras, passeios ecológicos a cachoeiras, praias
de água doce e areias brancas e mergulhos em
um cristalino lago mineral de águas quentes
além de passeios à vila histórica e às ruínas da
antiga fábrica têxtil de 1886. As opções gastronômicas são de dar água na boca desde a
rústica e típica cozinha da Pousada Sombra do
espinhaço situada na Vila à elaborada gastronomia sensorial do Bistrô do lago dentro do
hotel, sem deixar de lado a deliciosa pizza da
pizzaria “Pizza na Fulô”. A temporada de janeiro
promete entretenimento para todo o mês e
muitas atrações especiais.
março fevereiro
janeiro
Agenda Rural
80
11/01/2015
Leilão Fazenda Velha - 120 Novilhas Prenhas ou Solteiras Girolando - Agrocanal
Lima Duarte
MG
18/01/2015
Leilão Fazenda Santa Rosa - 60 Fêmeas Girolando em Lactação Ou Prenhas - Agrocanal
Sete Lagoas
MG
18/01/2015
Leilão Agropecuária Toledo - 140 Novilhas Prenhes e Bezerras – Agrocanal
Prata
MG
25/01/2015
Leilão 11 Anos Mercado do Leite - 100 Vacas em Lactação e Novilhas Girolando - Agrocanal Arcos
MG
25/01/2015
Leilão Agropecuária Casa Blanca - 500 Novilhas Prenhas 1/2 e 3/4hpb - Agrocanal
Matias Barbosa
MG
09/02/2015
XXV Leilão Seleção de Cores - Mangalarga Marchador - Três Barras
Belo Horizonte
MG
26/02/2015
IV Leilão Teimoso - Mangalarga Marchador - Três Barras
Porto Seguro
BA
26/02/2015
Leilão Haras Bavária - Canal Terra Viva - Pupio Leilões
São Paulo
SP
28/02/2015
Leilão Nova Geração - Agropecuaria Jpz & Convidados - Terra Viva
São Paulo
SP
07/03/2015
1ª Mega Liquidação Total - Fazenda Estrela - Girolando - Novo Canal
Morrinhos
GO
10/03/2015
Leilão Haras Textor - Canal Terra Viva - Pupio Leilões
São Paulo
SP
24/03/2015
Leilão Amigos do Rio - Canal Terra Viva - Pupio Leilões
São Paulo
SP
24/03/2015
5º Leilão Renovação - Campolina - Três Barras
Belo Horizonte
MG
outubro 2014
revista mercado rural
81
82
outubro 2014

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