Visualizar - Polis Educacional

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Visualizar - Polis Educacional
MURILO DE OLIVEIRA HOMEM
0502031 / 8º SEMESTRE
“BENEFÍCIOS DE UM PROJETO DE REDE ESTUTURADA”
Jaguariúna
2008
2
MURILO DE OLIVEIRA HOMEM
0502031 / 8º SEMESTRE
“BENEFÍCIOS DE UM PROJETO DE REDE ESTUTURADA”
Relatório final apresentado à
disciplina
de
Trabalho
de
Graduação III, do curso de Ciência
da Computação da Faculdade de
Jaguariúna, sob a orientação do
Professor Carlos Alessandro Bassi
Viviani, como exigência parcial para
a conclusão do curso de graduação.
Jaguariúna
2008
3
Homem, Murilo Oliveira. Benefícios de um Projeto de Rede Estruturada.
Monografia defendida e aprovada na Faculdade de Jaguariúna em 12 de dezembro
de 2008, pela banca examinadora constituída pelos professores:.
________________________________
Professor Carlos Alessandro Bassi Viviani
Faculdade de Jaguariúna
________________________________
Professor Mestre André Mendelek
Faculdade de Jaguariúna
_______________________________
Professor da Banca
4
PRÓLOGO
“Todo grande homem um dia deve escrever sábias palavras, para que outros a
utilizem e as julguem”.
“Murilo Oliveira Homem, 03/04/2008”.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me conceder o dom da ciência e sempre
me proteger nos momentos mais turbulentos de minha vida e como um escudo
protetor que nunca me abandonará sei que pela eternidade me guiará.
Aos meus pais Miguel Ângelo de Oliveira Homem e Rosana Nanci Leonardi de
Oliveira Homem, que por 22 anos dedicaram infinito carinho e atenção, que
instruíram como ninguém o caminho que devo seguir.
Com imenso carinho de um eterno apaixonado, lembro também de uma pessoa
especial aqui intitulada pelas suas iniciais “HDA”, que modificou a forma de pensar
de um menino, criando um homem, que agora apresenta o trabalho de graduação de
sua primeira faculdade.
A todos os meus amigos, pois sem eles a vida não tem graça.
E por fim, de agradecer a cada professor e mestre que dedicou o melhor de si
para instruir os futuros pilares da nossa nação.
Ao orientador e agora amigo
professor Carlos Alessandro Bassi Viviani, obrigado pela dedicação e muitíssimo
obrigado por acreditar em todo meu potencial.
6
SUMÁRIO
Lista de Figuras ...........................................................................................................7
Lista de Siglas .............................................................................................................8
1.0 Resumo .................................................................................................................9
1.1 Abstract ...............................................................................................................10
2.0 Introdução............................................................................................................11
2.1 Cabeamento Estruturado.........................................................................11
3.0 Redes Estruturadas .............................................................................................12
3.1 História da Rede Estruturada...................................................................12
4.0 Componentes da Rede Estruturada ....................................................................14
4.1 Patch Cable .............................................................................................14
4.2 Conector Cat5..........................................................................................14
4.3 Patch Panel .............................................................................................15
4.4 Espelho Aparente ....................................................................................16
4.5 Espelho Embutido....................................................................................16
4.6 Distribuidor Interno Óptico - DIO..............................................................16
4.7 Cabo Eletrônico Blindado Cat5e..............................................................17
5.0 Um Projeto de Rede ............................................................................................17
5.1 Analisando uma Rede Existente..............................................................18
5.2 Realizando uma Proposta .......................................................................20
5.3 Implantação do Projeto............................................................................21
5.4 Testes da Rede .......................................................................................23
5.5 Identificação dos Pontos..........................................................................25
5.6 Finalizando o Projeto ...............................................................................26
6.0 Conclusão............................................................................................................28
7.0 Referências Bibliográficas ...................................................................................30
8.0 Assinaturas..........................................................................................................31
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Mapa de uma Rede Estruturada ................................................................14
Figura 2. Patch Cable................................................................................................14
Figura 3. Conector Cat5 ............................................................................................15
Figura 4. Patch Panel Cat5 .......................................................................................15
Figura 5. Espelho Aparente Cat5 ..............................................................................16
Figura 6. Espelho Embutido Cat5..............................................................................16
Figura 7. Distribuidor Óptico......................................................................................17
Figura 8. Cabo Eletrônico Blindado...........................................................................17
Figura 9. Inspeção de Rede e Armário......................................................................18
Figura 10. Inspeção de Rede – Telefonia e Pontos ..................................................19
Figura 11. Cabeamento Horizontal e Patch Cords ....................................................23
Figura 12. Tabela de Informações e Identificações...................................................26
Figura 13. Parte Interna dos Patch Panels................................................................27
Figura 14. Armários e Calhas de Cabeamento .........................................................28
8
LISTA DE SIGLAS
ABNT
–
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
ANSI
–
Instituto Americano de Normas e Procedimentos.
CAT
–
Cabo Eletrônico de Categorias ou “Par Trançado”.
CPCT
–
Central Privada de Comunicação Telefônica.
DIO
–
Distribuidor Interno Óptico.
DNS
–
Sistema de Nomes de Domínios.
DGT
–
Distribuidor Geral Telefônico.
EMI
–
Indução Eletromagnética.
FTP
–
Protocolo de Transferência de Arquivos.
ISO
–
Organização Internacional de Padronizações.
T.I
–
Tecnologia da Informação.
TC
–
Terminal Central.
9
1.0 RESUMO
A não adoção de um padrão normativo na implantação de uma rede
estruturada, muitas vezes leva a altos custos de implantação e a falta de um
sucesso objetivo no resultado esperado. Cabe ao projetista, dirigir o foco para
as necessidades de quem demanda, considerando sempre os três pilares do
sucesso de projeto – “Desempenho, Economia e Estabilidade”.
A certeza do sucesso esta na análise das informações, no mapeamento
do ambiente e na correta escolha de um padrão, haja vista que existem
procedimentos nacionais e internacionais que regularizam a implantação tais
como (ANSI-ISO-TIA 568, Commercial Building Telecommunication Cabling
Standart,
ANSI-ISO-TIA
Telecommunication
569,
Pathways,
Commercial
ANSI-ISO-TIA
Building
606,
Standarts
Commercial
for
Building
Identification Standarts, ABNT-NBR 14565, Procedimento de Projetos de
Cabeamento de Telecomunicações). Os procedimentos são ferramentas
normativas e adotadas em grandes ambientes de rede, inclusive são
certificáveis e constantemente auditados.
10
1.1 ABSTRACT
The bibliographical lack and the lack of patterns of implantation of a
structured net a lot of times take to high implantations costs and the lack of
objective success in the expected results.
It falls to the planner to drive the focus for the needs of who it disputes,
always considering the three pillars of the project success – “Acting, Economy
and Estability”.
The certainty of the success is in the information collection, in the ambient
mapping and in the correct choise of a pattern, have seen that exist national
and international procedures that regularize the implantation, such as: (ANSIISO-TIA 568, Commercial Building Telecommunication Cabling Standart, ANSIISO-TIA 569, Commercial Building Standarts for Telecommunication Pathways,
ANSI-ISO-TIA 606, Commercial Building Identification Standarts, ABNT-NBR
14565, Procedure of Projects of Cabling of Telecommunications).
The procedures are normative tools and adopted in big net ambient,
besides they are certified and constantly audited.
11
2.0 INTRODUÇÃO
2.1 Cabeamento Estruturado
Atualmente, faz-se necessária à busca por excelência em qualquer esfera
social e corporativa. Nada diferente é a questão da rede de cabeamento.
No entanto, a rede de estruturada deve ainda atender uma série de
exigências de compatibilidade com os sistemas já em funcionamento,
necessitando muitas vezes de um minucioso estudo para elaboração de um
projeto que atenda perfeitamente o solicitante. Departamentos de Tecnologia
da Informação, além de se preocupar com os dois itens já citados, devem ainda
se preocupar com os custos de projeto, manutenção e ter ciência da real
situação física do ambiente de rede.
Por exemplo, uma rede sem padrão, onde cabos não são corretamente
identificados podem ocasionar altos custos de manutenção, prejudicando a
corporação, pois alguns destes pontos podem abrigar importantes estações de
trabalho que estão intimamente ligadas aos resultados. Considere uma destas
estações paradas por um problema oriundo de infra-estrutura, agora, mensure
o prejuízo desta parada. Outro exemplo é quando se necessita ampliar a rede,
onde devido à má distribuição e identificação dos pontos é certo que um
péssimo resultado será apresentado nos quesitos de confiabilidade, custo e
pronto atendimento.
O sucesso de uma rede depende da elaboração de um projeto que
atenda a empresa no dado momento, mas também possibilite a expansão sem
maiores problemas. A questão principal é que o projeto deve ainda respeitar
normas brasileiras e internacionais que regulamentam a passagem de cabos e
a armazenagem dos mesmos.
Se mensurarmos a porcentagem de grandes corporações que possuem
redes estruturadas, este número não para de se incrementar, devido à busca
pela excelência, como acima citado. Como a principal definição do cabeamento
estruturado é integrar comunicações de voz, dados e imagem, preparado de
forma a atender diversos lay-outs de instalações por um longo período de
tempo, um investimento de implantação é justificável, em medida que este
valor seja depreciado ao decorrer do tempo.
12
Atualmente, as corporações que ainda não adotaram um sistema de
cabeamento de rede estruturado, estão em vias de adoção desta tecnologia ou
caso contrário, inevitavelmente ficarão obsoletas as novas tecnologias, e com o
agravante de altos custos de manutenção, altos custos de atendimentos e altos
custos de adequação. [Coelho, Paulo Eustáquio – Instituto Online - Internet].
3.0 REDES ESTRUTURADAS
3.1 História da Rede:
Assim como tudo na informática, as redes passaram por um longo
processo de evolução até alcançarem os padrões utilizados atualmente. As
primeiras redes de computadores surgiram durante a década de 60, como
forma de transferir informações entre dois computadores. [Tanenbaum, 2008].
De 1969 a 1972 foi então criado a ARPANET, o embrião da Internet que
conhecemos hoje. A rede entrou no ar em dezembro de 1969, inicialmente com
apenas quatro nós, que respondiam pelos nomes SRI, UCLA, UCSB e UTAH e
eram
sediados,
respectivamente,
no
Stanford
Research
Institute,
na
Universidade da Califórnia, na Universidade de Santa Bárbara e na
Universidade de Utah, nos EUA. Eles eram interligados através de links de 50
kbps, criados usando linhas telefônicas dedicadas, adaptadas para o uso como
link de dados. [Guia do Hardware – Internet].
Em 1974 surgiu o TCP/IP, que acabou se tornando o protocolo definitivo
para uso na ARPANET e mais tarde na Internet. Uma rede interligando
diversas universidades permitiu o livre tráfego de informações, levando ao
desenvolvimento de recursos que usamos até hoje, como o e-mail, o telnet e o
FTP, que permitiam aos usuários conectados trocar informações, acessar
outros computadores remotamente e compartilhar arquivos. Na época,
mainframes com um bom poder de processamento eram raros e incrivelmente
caros, de forma que eles acabavam sendo compartilhados entre diversos
pesquisadores e técnicos, que podiam estar situados em qualquer ponto da
rede. [Guia do Hardware – Internet].
Com o crescimento da rede, manter e distribuir listas de todos os hosts
conectados foi se tornando cada vez mais dispendioso, até que em 1980
passaram a ser usados nomes de domínio, dando origem ao "Domain Name
13
System", ou simplesmente DNS, que é essencialmente o mesmo sistema para
atribuir nomes de domínio usado até hoje. [Tanenbaum, 2008].
Em 1973 a Xerox realizou o primeiro teste de transmissão de dados
usando o padrão Ethernet. Este teste deu origem ao primeiro padrão Ethernet,
que transmitia dados a 2.94 megabits através de cabos coaxiais e permitia a
conexão de até 256 estações de trabalho. [Administradores – Internet].
O fato é que todas estas inovações aconteciam muito tempo antes de
lançarem no mercado o primeiro microcomputador, o que só aconteceu em
1981.
A taxa de transmissão de 2.94 megabits da Ethernet original era derivada
do clock de 2.94 MHz usado no Xerox Alto, mas ela foi logo ampliada para 10
megabits, dando origem aos primeiros padrões Ethernet de uso geral. Eles
foram então sucessivamente aprimorados, dando origem aos padrões
utilizados hoje em dia. [Administradores – Internet].
Desde então, grandes corporações passaram a administrar toda a central
de rede, de forma a identificar a localização exata de cada ponto, podendo
inclusive ampliar facilmente o sistema, sem grandes mudanças estruturais do
projeto inicial. Assim sendo, a localização de equipamentos necessários para o
funcionamento da rede, como roteadores, switches, DG´s telefônicos, CPCT,
Patch Panel, patch cable, cabeamento horizontal da rede interna, estações de
trabalho, telefones, dentre outros são facilmente identificados com um simples
mapa, conforme modelo apresentado na Figura1, onde cada estrutura
pertinente da rede esta corretamente ligada à subseqüente, de forma simples e
objetiva. Existem no mercado alguns softwares como o LanFLow, que
diagrama redes estruturadas, no entanto, mais adiante iremos falar do
software.
14
(Figura 1 – Mapa de uma rede estruturada)
4.0 COMPONENTES DA REDE ESTRUTURADA
4.1 Patch Cable:
Aplicação em sala de telecomunicações ou sala de equipamentos, para a
manobra entre os painéis de distribuição ou equipamentos ativos da rede. Sistemas
de cabeamento estruturado, para tráfego de voz, dados e imagem. Para
cabeamento horizontal ou secundário. Uso interno, em ponto de acesso na área de
trabalho para interligar o equipamento do usuário e as tomadas de conexão à rede.
[Norma ANSI/TIA/EIA-568B.2].
(Figura 2 – Patch Cable)
4.2 Conector Cat5:
Sistemas de Cabeamento Estruturado para tráfego de voz, dados e imagens,
segundo requisitos da norma ANSI/TIA/EIA-568B.2 (Balanced Twisted Pair Cabling
15
Components), para cabeamento horizontal ou secundário, uso interno, em ponto de
acesso na área de trabalho para tomadas de serviços em sistemas de cabeamento
estruturado, popularmente conhecido como “JACK”. [Norma ANSI/TIA/EIA-568B.2].
(Figura 3 – Conector Cat5)
4.3 Patch Panel:
Segundo requisitos da norma ANSI/TIA/EIA-568B.2 (Balanced Twisted Pair
Cabling Components), para cabeamento horizontal ou secundário, em salas de
telecomunicações (cross-connect) na função de distribuição de serviços em sistemas
horizontais e em sistemas que requeiram margem de segurança sobre
especificações normalizadas para a categoria 5e, provendo suporte às aplicações
GigaBit Ethernet (1000 Mbps). As condições e locais de aplicação são especificados
pela norma ANSI/TIA/EIA-569 – Pathway and Spaces. [Norma ANSI/TIA/EIA568B.2].
(Figura 4 – Patch Panel Cat5)
16
4.4 Espelho Aparente:
Indicada para uso em redes locais que não possuem infra-estrutura para
instalações embutidas, em parede ou piso, demandando sistemas de distribuição
sobrepostos às superfícies. [Furukawa – Internet].
(Figura 5 – Espelho Aparente Cat5)
4.5 Espelho Embutido:
Indicada para uso em redes locais que possuem cabeamento interno
(embutido), em ponto de acesso na área de trabalho, para acomodação de
conectores e adaptadores para espelhos e caixas aparentes. Pode ser instalada em
parede ou piso. [Furukawa – Internet].
(Figura 6 – Espelho Embutido Cat5)
4.6 Distribuidor Interno Óptico - DIO:
Tem a finalidade de acomodar e proteger todas as conexões ópticas
existentes, devendo ser dimensionado levando-se em consideração as diversas
variáveis de um sistema com cabeamento estruturado óptico. [Furukawa – Internet].
17
(Figura 7 – Distribuidor Óptico)
4.7 Cabo Eletrônico Blindado Cat5e “par trançado”:
Indicado para uso em sistemas horizontais, tráfego de voz, dados e imagens,
ainda para cabeamento secundário entre os painéis de distribuição dos (Patch
Panels) e os conectores nas áreas de trabalho. Segundo a norma, estes cabos
devem conter proteção contra EMI (Indução Eletromagnética) e RFI (Interferência
por rádio freqüência). [Norma ANSI/TIA/EIA-568B.2].
(Figura 8 – Cabo Eletrônico Blindado Cat5)
5.0 UM PROJETO DE REDE
Um momento importantíssimo da implantação é a análise das necessidades.
Deve-se primeiramente, entender a demanda e o ambiente de trabalho. A questão
principal é que muitas vezes quem demanda não busca a confiabilidade e a redução
de custos a médio/longo prazo, mas exigem projetos com baixo valor inicial, de
maneira a atender todas as suas expectativas. De forma geral, um importante
trabalho de levantamento de custos, de cada etapa, sumarizando as mais
18
importantes até as menos importantes. Levantada as necessidades junto a quem
demanda, deve-se inspecionar cuidadosamente o ambiente, buscar meios para
deixar o projeto com o mínimo custo possível de mão de obra e materiais.
A documentação de cada detalhe é importante ao projetista. A planta da
empresa deve ser analisada, quem demanda deve solicitar onde necessita de
pontos de dados, e quem projeta busca os meios para levar os dados até lá, de
forma eficiente e barata. Como é vital a busca por uma padronização, é altamente
recomendável que cada componente da rede estruturada seja do mesmo fabricante,
pois no caso de alguns específicos como Furukawa e AMP, por exemplo, emitem
certificados de desempenho da rede, bem como certificado de rede garantida, o que
de fato é um importante fator para as grandes corporações que buscam segurança.
5.1 Analisando uma rede existente:
Considere que, analisar uma rede existente é fundamental para mostrar a
quem demanda os erros e eventuais falhas de projeto. Sendo assim, abaixo
veremos algumas falhas documentadas com fotos em um projeto de rede.
(Figura 9 – Inspeção de Rede “Armário”)
19
A Figura 9, que retrata uma inspeção de switches, onde é possível retratar uma
série de inconsistências, como um multiplicador de ponto de rede, não identificação
de cabos de rede, não padronização de cabos de rede, falta de organização com os
cabos, etc.
A seta em vermelho (Figura 9) representa exatamente o ponto onde se
encontra o multiplicador de rede, de acordo com as normas técnicas, todo um
projeto de rede pode ser colocado em risco devido a um simples multiplicador como
este detectado e devidamente fotografado no ato da inspeção.
Outra análise perceptível em uma simples visualização desta imagem é a
questão da organização, alguns cabos possuem identificação, outros não e ainda
existe o agravante de cabos de coloração diferente, que por lógica seria um tipo de
conexão “especial”, porém após a análise foi detectado que se tratava de um
simples ponto de rede existente.
(Figura 10 – Inspeção de Rede – Telefonia e Pontos)
20
A Figura 10, que retrata uma inspeção de DG telefônico e pontos de rede, é
possível notar uma total desorganização no que se diz respeito à padronização.
Muitas vezes essa desorganização acarreta em sérios problemas de manutenção,
quando o sistema vir a falhar, lembrando ainda, que a forma que se encontram os
cabos nesta figura, é prova que todo o sistema telefônico pode vir a ser prejudicado,
por um único fio desconectado, citando como exemplo.
As setas em vermelho representam as inconsistências abordadas logo acima,
no entanto, aprofundando a análise, notam-se cabos identificados com anéis
amarelos “anilhas”, estes cabos estão parados no “DG”, e saem diretamente do
switch central. Sendo assim, comprova-se o fato de que a rede não era devidamente
estruturada, pois o conceito de estruturação prevê que estes cabos estejam
conectados diretamente em tomadas.
5.2 Realizando uma proposta:
A realização da proposta deve ser o passo a ser tomado logo após as devidas
análises solicitadas por quem demanda. A proposta deve ser algo minucioso, de
forma a atender as necessidades atuais a data da vistoria, bem como possíveis
expansões. Quando uma empresa busca a economia de ter uma rede estruturada,
ela deseja ver também a economia amortizada no decorrer dos meses que sucedem
a implantação do projeto.
A proposta deve ser clara e objetiva, atendendo cada detalhe, desde calhas
para o cabeamento horizontal até as tomadas que serão instaladas. Deve ainda
contemplar um estimado de horas de trabalho, preferencialmente em cada etapa,
como por exemplo, passagem de cabeamento horizontal, conectorização dos cabos,
montagem de patch panels e assim sucessivamente.
A opção de quem irá executar o serviço e também fazer a venda do material,
nestes casos específicos deve-se atentar a preocupação com os prazos deve ser
total de quem realiza o serviço, no entanto, quando a responsabilidade da compra
cai sobre o departamento de compras de quem contrata, um constante trabalho de
acompanhamento deve ser executado, afim dos prazos serem atendidos.
A regra da proposta deve ser a padronização de fabricantes, devido à garantia
e certificação, por exemplo, caso todos os componentes da rede sejam da fabricante
Furukawa, esta empresa pode emitir um certificado único de garantia que contempla
cada componente em caso de eventuais falhas. Outro fabricante que possui esta
21
forma de trabalho atualmente no mercado nacional é a AMP, divisão de produtos de
rede da empresa TYCO Systems. De qualquer forma este pode ser um diferencial a
ser apresentado a quem solicita a estruturação, como necessidade e segurança.
Uma boa proposta deve ser clara e objetiva, para isso de modo geral, uma
proposta deve conter um campo de “Objetivo” para descrever sistematicamente o
objetivo da mesma, todo o escopo do projeto deve ser incluído. Outro item
importante é a “Qualificação do Recurso”, pois quem contrata deseja saber quem
estará prestando o serviço, neste campo, coloca-se um breve resumo das
experiências e certificações de cada profissional que esta trabalhando no projeto. O
tempo de execução do projeto deve existir na proposta, para tanto um item de
“Condições Comerciais e Estimativas de Prazo” deve ser criado, afim de que todas
as condições sejam analisadas e colocadas no documento de proposta.
Ainda
sobre a estimativa de prazo, a sugestão é que cada etapa seja rigorosamente
enumerada, para que cada uma delas seja descrita e detalhada, de modo ao
solicitante pode compreender com clareza os objetivos da referida proposta.
Finalmente, o último item de uma proposta, trata-se da “Estimativa de Custo”,
falamos em estimativa, pois durante um projeto novas idéias podem surgir, sendo
que a idéia central inicial pode ser levemente alterada, sendo assim, deve-se passar
uma estimativa de acordo com a realidade encontrada e com as possíveis mudanças
que possam surgir.
5.3 Implantação do Projeto:
Após a devida aprovação do orçamento e do projeto, a implantação deve se
iniciar de acordo com os escopos acertados e detalhados em orçamento. A questão
predominante nesta fase é a agilidade para atender os prazos. Esta fase do projeto
é o momento onde o cabeamento será lançado, criando assim todo o cabeamento
horizontal. Todo este cabeamento será lançando de um ponto, este ponto segundo
as normas da ISO, deve ser a central de T.I, onde todo o cabeamento será
devidamente conectorizado nos patch panels, para posteriormente receber sinal de
conexão do switch ou da central telefônica, para finalmente enviar o sinal à estação.
O
processo
de
cabeamento
horizontal
requer
atenção,
ou
seja,
acompanhamento de perto dos profissionais responsáveis pelo projeto, para que se
tenha certeza que todo este cabeamento esteja realmente passando por dutos
22
únicos de rede, ou de qualquer outro material que não interfira no desempenho da
rede, ou não esteja de acordo com as normas regulamentadoras da ISO.
Todo cabeamento horizontal que sai do ponto central de T.I, chegará a uma
determinada tomada que se encontra em algum lugar da planta do projeto, de
acordo com as necessidades de quem realizou a demanda, previamente definidas
em projeto, sendo assim, após o término da passagem do cabeamento horizontal há
o início da conectorização dos pontos nos patch panels e nas tomadas.
Terminando o processo de lançamento de cabos e conectorização dos
mesmos, há o início da identificação e teste inicial dos cabos existentes e já
conectorizados. Para isso utiliza-se o Scanner, sendo que através dele poderemos
saber se o ponto esta em pleno funcionamento ou, se há algum problema que
necessite um novo processo de conectorização. Após êxito obtido nesta etapa, há a
identificação do ponto de acordo com o número de Patch Panel e porta conectada.
A figura 11, logo abaixo, mostra como todo o cabeamento horizontal chega
para ser conectado na referida central, e como internamente é feito o manuseio de
conexão através de patch cords. Há também o detalhe de organização dos cabos
com velcro.
Uma observação importante é que muitos profissionais que trabalham com
rede, utilizam fitas hellerman, para prender os cabos, muito embora a fita seja eficaz
na organização de armários de T.I, não é recomendada para o cabeamento
horizontal, devido ao fato da pressão no fechamento da fita, romper fios internos do
cabo ou até mesmo, cortar o cabo. Esta é uma questão que futuramente ser tornará
item da norma de regulamentação segundo alguns sites de especialistas do tema.
As setas em vermelho mostra a utilização de velcro para prender o cabeamento
horizontal e também os patch cords de manuseio interno.
23
(Figura 11 – Cabeamento Horizontal e Patch Cords)
A questão da organização do cabeamento horizontal é vital para a estética do
projeto, tendo em vista que cabos devidamente organizados são mais fáceis de
identificar em caso de eventuais falhas, e todo o espaço físico da central ganha em
quesitos importantes como ventilação e não proximidade dos cabos de rede com
cabos de energia elétrica. Através da figura 11, é possível analisar que todos os fios
de energia elétrica passam do lado oposto do cabeamento horizontal, exatamente
de acordo com as normas regulamentadoras da ISO.
5.4 Testes da Rede:
Primeiramente o teste de “Verificação de Cabos”, que permite a identificação e
a verificação para qualquer tipo de redes CAT5, através do aparelho que possui um
LCD, é possível ver informações concisas, mostrando todo o tipo de falhas
detectadas do cabeamento, como por exemplo, o tamanho de um determinado cabo
horizontal. Este aparelho possui um gerador de ondas interno que envia um sinal ao
cabo instalado, de modo que a que através da parede o utilizador possa saber por
onde passa e deste modo realizar um mapa do percurso do cabo e identificar o
ponto terminal do mesmo. [Internet – Jroma Equipamentos de Testes de Rede].
24
Existe também o teste de “Analisador de Redes”, é feito através de um
equipamento de verificação de falhas de cabeamento e de configurações de rede.
Após o início do processo de teste, o resultado é apresentado em cerca de 2
segundos, após montagem da unidade principal e respectiva unidade remota. A
unidade principal liga e desliga-se automaticamente entre cada teste, e para por o
sistema a funcionar, basta plugar o cabo e testar. [Internet – Jroma Equipamentos de
Testes de Rede].
O teste de Wiremap, um dos mais importantes, verifica a conectividade fim a
fim em cada pino, assim como checagem de pares arrebentados. Qualquer fio
perdido, partido, aberto, em curto, cruzado ou arrebentado pode ser detectado. Este
teste é obrigatório segundo todas as normas vigentes mundiais.
[Norma
ANSI/TIA/EIA-568A].
Existe também o teste de atenuação, ou seja, todo sinal eletromagnético perde
força quando se propaga além de sua fonte, e na LAN´s não há exceção. A
atenuação aumenta com a temperatura e freqüência. Sinais de mais alta freqüência
são muito mais atenuados que sinais de baixa freqüência, o que é uma das razões
pela qual o cabo pode possuir correta continuidade pino a pino, passar
perfeitamente em tráfico de baixa velocidade como 10 Base-T e mesmo assim não
suportar o 100 BaseT. Com o cabeamento de cobre categoria5, atenuação é
consideravelmente consistente de fabricante para fabricante. Cabos que possuem
desempenho de atenuação muito melhorem que os números da norma da categoria
cinco normalmente possuem o diâmetro de cobre aumentado ou impedância
ligeiramente maior. [Norma ANSI/TIA/EIA-568A].
O último teste ou teste de NEXT (Near End Crosstalk) é o mais importante
teste para qualificar a desempenho do cabeamento de rede. O crosstalk, ou dia
fonia, ocorre quando os sinais de um par de fios se irradiam e interferem num par
adjacente de fios. O crosstalk aumenta a freqüência, então assim como para a
atenuação, um cabo categoria três pode ser bom para 10 Base-T, mas não pode
lidar com 100 Base-T, por exemplo. Manter os pares bem trançados e bem
equilibrados minimiza o crosstalk. Este entrançamento melhora o cancelamento de
campos eletromagnéticos opostos, então reduzindo as emissões do par. O cabo de
categoria5 é muito mais fortemente trançado que o da categoria3, e utiliza materiais
de isolamento melhores que de longe reduzem o crosstalk e a atenuação. A norma
25
EIA/TIA 568 A, requer que todas as terminações UTO sejam propriamente trançadas
em até 0,5 polegadas de todas as conexões. [Norma ANSI/TIA/EIA-568A].
5.5 Identificação dos Pontos:
A
identificação
do
cabeamento
estruturado,
segundo
a
norma
regulamentadora EIA/TIA 606 é baseada em três conceitos de administração de
cabos:.
• Identificadores únicos
• Registros
• Ligações
Cada componente da infra-estrutura de telecomunicações atribui uma única
etiqueta vinculando o componente ao seu registro correspondente. Os registros
devem conter informações ou até mesmo relatórios sobre um componente
específico. Portanto os registros possuem informações exigidas, as ligações
exigidas, informações adicionais e outras ligações. Ligações são consideradas
conexões lógicas, entre identificadores e registros bem como vínculos entre um
registro e outro. A codificação por cores dos campos de terminação pode simplificar
a administração do sistema de cabeamento estruturado. A codificação por cores é
baseada nos dois níveis de hierarquia da configuração estrela do cabeamento do
backbone.
O primeiro nível inclui o cabeamento da conexão cruzada principal ao armário
de telecomunicações (TC) no mesmo edifício ou de uma conexão cruzada
intermediária a um edifício remoto, como em um ambiente de campus de uma
universidade, por exemplo.
O segundo nível inclui o cabeamento entre dois TC´s em um edifício contendo
a conexão cruzada principal ou entre uma conexão cruzada intermediária e um TC
em um edifício remoto. Todos os componentes do sistema de cabeamento precisam
ser identificados e etiquetados. Há uma quantia mínima de informações a serem
coletadas e registradas por cada componente, de acordo com as informações
exigidas e ligações a outros registros. [Norma EIA/TIA 606].
Através da figura 12 e tabela abaixo é possível ver exatamente quais
informações são exigidas no processo de identificação, sendo ainda que o campo
“emenda” é valido apenas para fibra óptica.
26
(Figura 12 – Tabela de Informações de Identificação)
5.6 Finalizando o Projeto:
A rede estruturada é o produto final de todo o projeto, sendo assim, este
produto em questão deve atender as necessidades previamente abordadas e
levantadas pelo solicitante. A questão da organização e economia continua no pósprojeto deve ser cuidadosamente apresentado ao solicitante. Para a abordagem da
organização, através das figuras 13,14 e 15, será possível visualizar as
organizações internas do armário central de cabos, será possível ainda, verificar
detalhes de como os cabos internamente são remanejados e como a estrutura de
rede horizontal passa pelo ambiente, será possível também, entender como é a
tomada de conexão para o usuário, com sua devida etiqueta de identificação do
ponto, que caracteristicamente condiz com seu ponto interno do armário de T.I.
A figura 13, apresenta exatamente como é a parte interior dos patch panels,
mostra as conexões internas devidamente realizadas nas portas. É possível notar
ainda, alguns patch cords verdes de telefonia.
27
(Figura 13 – Parte Interna dos Patch Panels)
A figura 14, retrata a calha, exatamente pelo local que todo o cabeamento
horizontal chega ao armário, de forma organizada e regularizada, de acordo com as
normas regulamentadoras. A seta vermelha retrata exatamente o chicote de
cabeamento horizontal chegando ao armário preto, armário este de conexões de
patch panels e outros.
Através da figura 14 é possível notar também os três armários que foram
instalados, sendo dois para servidores e um para cabeamento e interconexões,
trata-se exatamente do armário preto e se verificar na imagem, através do fumê do
plástico da porta é possível ver os cabos de manuseio (patch cords), é possível
também verificar as etiquetas em branco.
28
(Figura 14 – Armários e Calhas de cabeamento)
6.0 CONCLUSÃO
Este trabalho abordou os aspectos gerais que dizem respeito à implantação de
uma rede estruturada, bem como os itens mais utilizados para uma implantação,
inclusive foi demonstrado os principais passos a serem tomados nas etapas de
implantação, sempre visando à organização, como maior preocupação de todas as
etapas deste trabalho.
Os conceitos avançados ou específicos como fibra-óptica não foram abordados
neste trabalho, no entanto a maioria das normas apresentadas nos temas,
expliquem também a cabeamento de infra-estrutura óptica.
Os métodos de pesquisa foram baseados em uma implantação real, que foi
coordenada sob minha responsabilidade, cada detalhe foi analisado e transferido
29
para este trabalho de maneira a deixar o tema simples para quem pela primeira vez,
buscar uma referência.
Esta referência, que cito diz respeito a quem procura uma breve pesquisa
sobre o tema, levando-se em conta que atualmente existem poucas literaturas que
amplamente abordam o tema de maneira tão simples e objetiva, com referência as
normas regulamentadoras.
De maneira clara e objetiva, foi possível através do trabalho atingir o objetivo
de que uma rede devidamente estruturada, além da organização estética, oferece a
quem a implanta uma boa perspectiva de economia, devido à facilidade de encontrar
e solucionar problemas provenientes de sistema de rede.
Durante todo o trabalho, em paralelo a implantação existente, foi possível tirar
fotos que documentam cada etapa aqui apresentada, sendo ainda que as principais
fotos encontram-se incluídas neste trabalho de forma a facilitar a abordagem dos
temas e apresentar ao leitor, um fácil entendimento do objetivo que deve ser atingido
nos tópicos.
30
7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Instituto Online – Tendências da Rede Estruturada.
[Internet:
http://www.instonline.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=102&Itemid=1
09
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20/05/2008].
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JRoma – Testes de Cabeamento Estruturado.
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31
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Coelho, Eustáquio Paulo. “Projetos de Redes Locais com Cabeamento Estruturado” – Editora
Instituto Online.
Tanenbaum .S, Andrew. “Redes de Computadores” – Editora Campus.
Microsoft Official Course. “Gerenciando um ambiente Windows – 2147ª” – Editora
Microsoft Learning.
Microsoft Official Course. “Mantendo um ambiente Windows – 2165ª” – Editora Microsoft
Learning.

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