projeto de lei nº 194, de 21 de dezembro de 2005
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projeto de lei nº 194, de 21 de dezembro de 2005
LEI MUNICIPAL Nº 5.626, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2009. INSTITUI O PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VERANÓPOLIS. O Prefeito Municipal de Veranópolis, Estado do Rio Grande do Sul. Faço saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei. Art.1º Esta Lei institui o Plano Municipal de Saneamento, nos termos do Anexo Único, destinado a articular, integrar e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros para execução dos serviços públicos municipais urbanos de abastecimento de água; esgotamento sanitário; drenagem e manejo das águas pluviais; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no Município, em conformidade com o estabelecido na Lei Federal nº 11.445/2007. Art. 2º O Plano Municipal de Saneamento, instituído por esta Lei, será revisto periodicamente, no prazo não superior a quatro anos, sempre anteriormente à elaboração do Plano Plurianual. Parágrafo Único. O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar a proposta de revisão do Plano Municipal de Saneamento à Câmara de Vereadores, devendo constar as alterações, caso necessárias, a atualização e a consolidação do plano anteriormente vigente, com prévia audiência pública para debate das propostas a serem implementadas. Art. 3º A proposta de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico deverá ser elaborada em articulação com a prestadora dos serviços, entidades e sociedade civil, em compatibilidade com as diretrizes, metas e objetivos: I. da Política Nacional e Política Estadual de Saneamento Básico, de Saúde Pública e de Meio Ambiente; II. dos Planos Estaduais de Saneamento Básico e de Recursos Hídricos. III. do Plano Diretor, da Lei de Loteamentos e demais leis municipais que tratam de temas convergentes ao Saneamento Básico. § 1º A revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico deverá seguir as diretrizes dos planos das bacias hidrográficas em que estiver inserido. § 2º O Poder Executivo Municipal, na realização do estabelecido neste artigo, poderá solicitar cooperação técnica ao Estado do Rio Grande do Sul. § 3º O Poder Executivo Municipal poderá firmar termo de cooperação com Municípios da região para desenvolver ações articuladas com o objetivo de melhor atendimento às metas do Plano de Saneamento. Art. 4º As revisões do Plano Municipal de Saneamento Básico não poderão ocasionar inviabilidade técnica ou desequilíbrio econômico-financeiro na prestação dos serviços delegados, devendo qualquer acréscimo de custo, ter a respectiva fonte de custeio e a anuência da prestadora. Parágrafo Único. No caso de descumprimento do estabelecido no caput, a prestadora dos serviços fica obrigada a cumprir o Plano Municipal de Saneamento Básico em vigor à época da delegação, nos termos do art.19, § 6º da Lei Federal nº 11.445/2007. Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. GABINETE DO PREFEITO DE VERANÓPOLIS, aos 16 de novembro de 2009. WALDEMAR DE CARLI, Prefeito. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 2 ANEXO ÚNICO PLANO DE SANEAMENTO MUNICÍPIO DE VERANÓPOLIS 1. APRESENTAÇÃO A Prefeitura Municipal de Veranópolis - RS, estabelecida na Rua Alfredo Chaves, n.° 366, CNPJ 98671597/0001-09, apresenta o Relatório Final do PLANO DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO DE VERANÓPOLIS, atendendo a Lei Federal 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Este Plano resulta de um amplo debate com a sociedade, estudos técnicos, principalmente por parte da CORSAN, que atua no Município há mais de 20 anos, além da realização de duas audiências públicas. 1.1. DIRETRIZES DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO O objetivo do Plano de Saneamento é apresentar o diagnóstico dos sistemas existentes, metas, programas e projetos, as ações emergenciais e contingências, mecanismos e procedimentos para avaliação dos resultados alcançados nos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas do município de Veranópolis. O presente estudo técnico de concepção do Plano de Saneamento do município de Veranópolis, atende as exigências do Capítulo IV – Do Planejamento de Lei Federal 11.445/07 que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, como segue: Lei federal 11.445 - CAPÍTULO IV DO PLANEJAMENTO Art. 19. A prestação de serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para cada serviço, o qual abrangerá, no mínimo: I - diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas; II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a universalização, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais; III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento; IV - ações para emergências e contingências; V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas. § 1º. Os planos de saneamento básico serão editados pelos titulares, podendo ser elaborados com base em estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço. § 2º. A consolidação e compatibilização dos planos específicos de cada serviço serão efetuadas pelos respectivos titulares. § 3º. Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográficas em que estiverem inseridos. § 4º. Os planos de saneamento básico serão revistos periodicamente, em prazo não superior a 4 (quatro) anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual. § 5º.Será assegurada ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 3 § 6º. A delegação de serviço de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo prestador do respectivo plano de saneamento básico em vigor à época da delegação. § 7º. Quando envolverem serviços regionalizados, os planos de saneamento básico devem ser editados em conformidade com o estabelecido no art. 14 desta Lei. § 8º. Exceto quando regional, o plano de saneamento básico deverá englobar integralmente o território do ente da Federação que o elaborou. Parágrafo único. Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a verificação do cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e contratuais. Para a elaboração do presente Estudo serão utilizados também os seguintes documentos de referência: NBR 9.648/86: Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário NBR 12.208/92: Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário NBR 12.209/92: Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário CONSEMA 128/2006: Dispõem sobre padrões de emissão de efluentes líquidos em águas superficiais do Rio Grande do Sul CONAMA 357/2005: Dispõem sobre a classificação dos corpos d’água e diretrizes ambientais para seu enquadramento e dá outras providências Agencia Nacional de Saneamento: http://www.anvisa.gov.br/institucional/ Ministério do Meio Ambiente: http://mma.gov.br/estruturas/cgti/_arquivos/ Ministério das Cidades: http://www.cidades.gov.br/ Fundação Nacional de Saúde: http://www.funasa.gov.br Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento: http://www.snis.gov.br/ Pesquisa Nacional de Saneamento Básico: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb/ Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN: Estudo de concepção do sistema de esgotos sanitários da cidade de Veranópolis; Estudo de concepção para o abastecimento de água na região de Nova Prata e Veranópolis. IBGE: http://www.ibge.gov.br - Consultado em julho de 2008 Secretaria Estadual da Saúde: http://www.saude.rs.gov.br FAMURS: http://famurs.com.br FEE: http://fee.tche.br DATASUS: http://datasus.gov.br SUS: http://saude.gov.br 2. DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO 2.1. HISTÓRICO Os primeiros habitantes da região, no Vale do Rio das Antas e do Rio da Prata, foram os índios Caigangues. A partir do século XIX iniciaram-se algumas incursões de tropeiros, fazendeiros e balseiros que foram aumentando à medida que crescia o núcleo populacional de Lagoa Vermelha. Sob esta influência nasceu a vila que, mais tarde, se tornaria o município de Veranópolis. Em 1830, todo o território desta região pertencia ao município de Santo Antônio da Patrulha, e as freguesias mais próximas da atual cidade de Veranópolis era Lagoa Vermelha e Vacaria. Uma única estrada ligava estas freguesias ou distritos a Santo Antônio da Patrulha. Em 1880, Júlio da Silva Oliveira, engenheiro-chefe da Comissão de Terras, funda a Colônia de Roça Reúna. Em 1884, grandes levas de imigrantes poloneses, alemães e em maior número de italianos, instalam-se e a Colônia Roça Reúna passa a denominar-se Alfredo Chaves, pertencente ao município de Lagoa Vermelha. Em 1898, Alfredo Chaves passou à categoria de vila. Na década de 40, por existir outro município com o nome de “Alfredo Chaves”, no Espírito Santo, foi oficializado o nome Veranópolis, que significa Cidade Veraneio. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 4 Atualmente, Veranópolis é conhecida como Berço Nacional da Maçã e Terra da Longevidade, além de ter o 9º melhor índice de desenvolvimento sócio-econômico no estado segundo a Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE). A Tabela 1 exibe a evolução quantitativa da população e o incremento da população urbana em relação a rural ao longo dos tempos. A diminuição da população total até 1991 reflete os desmembramentos de distritos. Tabela 1 – Evolução populacional Ano População Total População Rural População Urbana %da Urbana em Relação a Total 1911 25.053 - - - 1948 20.100 17.130 2.970 15 1980 1991 23.247 16.916 13.262 5.279 9.995 11.637 43 69 1995 1996 2000 17.121 18.122 19.446 4.558 4.929 3.446 12.563 13.193 16.020 73 73 82 Observação Incluía o distrito da Prata(Nova Prata) Incluía os distritos de Cotiporã, Fagundes Varela e Vila Flores Idem Não incluía mais os distritos acima mencionados Idem Idem Idem 2.2. LOCALIZAÇÃO A cidade de Veranópolis está localizada na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul, região conhecida também como Serra Gaúcha, distante, aproximadamente 160 km da capital Porto Alegre e a 90 km de Caxias do Sul (pela RSC 470). A área territorial de Veranópolis é de 289,432 km², com altitude de 705 m.s.n.m.. A área urbana do município é de 13,6 km². Os principais acessos de Veranópolis são a RSC 470 (Porto Alegre – Bento Gonçalves) e a RS 324 (Passo Fundo). A RS 359 liga o município a vizinha Cotiporã e a RS 355 liga a Fagundes Varela. Os mapas em anexo mostram: Figura 1 - Mapa da Região da Serra; Figura 2 - Mapa com acessos de Porto Alegre aos municípios da Serra; Figura 3 - Mapa do Estado do Rio Grande do Sul. Tabela 2 – Principais Indicadores do Município ITEM DESCRIÇÃO Porte Município Médio-Pequeno Altitude da sede (m) 705 Longitude -51,549 Latitude -28,936 Data de criação 15/01/1898 (Decreto nº 124-B) Município de Origem Lagoa Vermelha Densidade Demográfica 82,6 hab/km² Microrregião Caxias do Sul Mesorregião Nordeste Rio-Grandense Nome da Região Geográfica Sul Código do IBGE 432280 População em 1991 16.916 População em 1996 18.122 População em 2000 19.466 População em 2007 23.904 População em 2009 26.121 Área 289,4 km² P. Lei nº 118/2009 – Pág. 5 Taxa de analfabetismo em 2000 Expectativa de Vida ao Nascer em 2000 Coeficiente de Mortalidade Infantil em 2007 PIB em 2006 (R$) PIB per capita (R$) Exportações Totais em 2007 (U$ FOB) Água encanada Água tratada Esgoto tratado Hospitais 4,6% 75,51 anos 8,70 por mil nascidos vivos 387.762.000 18.161,00 59.475.198 90% 90% Não tem 1 unidade, com 51 leitos 3. ATIVIDADES ECONÔMICAS O município de Veranópolis conta com 250 indústrias, representando mais de 60% do PIB do município. As maiores indústrias são: a Coopershoes, fabricante de calçados esportivos, com aproximadamente 500 funcionários; a empresa E.R. Amantino e Cia. Ltda., que possui em torno de 300 funcionários e fabrica armas de fogo, peças e acessórios; a Oleoplan SA, empresa de Biodiesel e derivados de soja, com 300 funcionários e maior faturamento do município; a Lupatech, empresa de microfusão de aço, com 250 funcionários; a MGA, empresa de microfusão de aço com 230 funcionários. A agricultura de Veranópolis está baseada predominantemente do cultivo da uva e do milho. As demais culturas são consideradas de agricultura familiar, ou para cultivo de subsistência. A criação de animais – aves, gado e suínos –, em sistema integrado de confinamento, tem grande importância econômica. O setor de serviços apresenta em torno de 30% do total do PIB do município. O comércio dentro do setor de serviços atende basicamente as necessidades locais da população e apresenta em média 15% do total do PIB de serviços. Setor Agropecuária Indústria Serviços Total Tabela 1 - Valor agregado a preços básicos VERANÓPOLIS R$ 30.609.570 9,38 200.903.085 61,54 94.933.175 29,08 326.445.830 100,0 % 3.1. EMPREGO E RENDA A indústria em Veranópolis é responsável pela maior movimentação da economia local, assim os empregos diretos e indiretos estão mais concentrados neste setor. O município de Veranópolis possui 7.183 empregos formais, distribuídos em 1.675 estabelecimentos, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. A população economicamente ativa em Veranópolis foi de 10.929 no Censo do IBGE. Na tabela 2, apresenta-se a composição da renda mensal dos responsáveis pelos domicílios, onde a maior concentração da população está nas faixas de renda entre 01 e 05 salários mínimos. Tabela 2 – Rendimento Nominal Mensal – Domicílios P. Lei nº 118/2009 – Pág. 6 Situação do Domicílio Total Classes de Rendimento Nominal Mensal da Pessoa Responsável pelo Domicílio Total Até ¼ de salários mínimos Mais de ¼ a ½ salários mínimos Mais de ½ a ¾ de salários mínimos Mais de ¾ a 1 salário mínimo Mais de 1 a 1 ¼ de salário mínimo Mais de 1 ¼ a 1 ½ salário mínimo Mais de 1 ½ a 2 salários mínimos Mais de 2 a 3 salários mínimos Mais de 3 a 5 salários mínimos Mais de 5 a 10 salários mínimos Mais de 10 a 15 salários mínimos Mais de 15 a 20 salários mínimos Mais de 20 a 30 salários mínimos Mais de 30 salários mínimos Sem rendimento Pessoas Responsáveis pelos Domicílios Particulares Permanentes (Pessoas) 5.586 1 5 21 Percentual 634 72 11,35 1,29 280 5,01 868 15,54 862 1.167 1.017 210 15,43 20,89 18,21 3,76 136 2,43 69 1,24 75 169 1,34 3,03 100,00 0,02 0,09 0,38 Fonte: IBGE 2000 3.2. ENERGIA ELÉTRICA O fornecimento de energia elétrica no município de Veranópolis está a cargo da empresa RGE – Rio Grande Energia, que presta o serviço em toda a Região da Serra Gaúcha. Na tabela 3 destacamos o número de consumidores por classes e o consumo de cada uma delas, e também o consumo médio por categoria. Em 2003 o município de Veranópolis contava com 5.779 consumidores residenciais que representavam 71% do universo. O consumo médio residencial é expressivo, da ordem de 1,9 MWh/Consumidor em 2003. Em destaque apresentamos o consumo da indústria que é de 41.329 MWh/Indústria. Outro destaque está no consumo médio do setor público que no ano de 2003 ficou em 52,34 MWh/unidade. Tabela 3 – Veranópolis Consumo de Energia Elétrica por Categoria ANO 2000 2001 2002 2003 RESIDENCIAL (MWH) (%) 10.444 20,7 9.972 19,7 10.040 17,5 11.002 16,5 INDUSTRIAL (MWH) (%) 25.366 50,3 26.197 51,9 32.563 56,9 41.329 61,8 RESIDENCIAL un (%) 4.923 69,3 4.923 66,7 5.211 67,3 5.779 71,3 INDUSTRIAL Um (%) 361 5,1 395 5,4 446 5,8 485 6,0 COMERCIAL (MWH) (%) 6.516 12,9 6.519 12,9 6.278 11,0 6.509 9,7 PÚBLICO (MWH) (%) 5.185 10,3 4.814 9,5 4.651 8,1 4.711 7,0 RURAL (MWH) (%) 2.933 5,8 3.006 6,0 3.720 6,5 3.288 4,9 OUTROS (MWH) (%) 1 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 TOTAL (MWH) (%) 50.445 100,0 50.508 100,0 57.252 100,0 66.839 100,0 OUTROS un (%) 0,0 0,0 0,0 0,0 TOTAL un (%) 7.104 100,00 7.380 100,00 7.743 100,00 8.101 100,00 Número de Consumidores por Categoria ANO 2000 2001 2002 2003 COMERCIAL un (%) 759 10,7 796 10,8 834 10,8 854 10,5 PÚBLICO un (%) 83 1,2 82 1,1 86 1,1 90 1,1 RURAL un (%) 977 13,8 1.183 16,0 1.165 15,0 892 11,0 1 1 1 1 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 7 Consumo Médio por Categoria ANO RESIDENCIAL (MWH/un) INDUSTRIAL (MWH/un) COMERCIAL (MWH/un) PÚBLICO (MWH/un) RURAL (MWH/um) OUTROS (MWH/un) TOTAL (MWH/un) 2000 2,121 70,266 8,585 62,470 3,002 1,000 7,101 2001 2,026 66,322 8,190 58,707 2,541 0,000 6,844 2002 1,927 73,011 7,528 54,081 3,193 0,000 7,394 2003 1,904 85,214 7,622 52,344 3,686 0,000 8,251 A empresa RGE estabeleceu, em 2003, 8.101 unidades, com um consumo total de 66.839 MWH. 4. RECURSOS HÍDRICOS E BACIAS HIDROGRÁFICAS O aqüífero captado no município de Veranópolis está inserido no limite das Subprovíncias do planalto e borda do planalto da Província Hidrogeológica Basáltica. (Hausman, 1995). Trata-se de um aqüífero constituído por rochas resultantes de derrames basálticos, possuindo um comportamento de aqüífero fraturado em que a circulação de água subterrânea se dá através de planos de descontinuidade de extensão variável, de acordo com o tectonismo que o afetou. Compõem-se basicamente de basaltos cinza a amarroados, com intercalações de basalto preto, vítreo e zonas amigdalóides. Em alguns poços são também descritas rochas de caráter ácido como riolitos de coloração marrom-escura. Todo o conjunto apresenta uma notável heterogeneidade e anistropia, a qual proporciona características hidrodinâmicas que podem variar de poço para poço. Dentro do município de Veranópolis, os poços mais bem construídos são aqueles pertencentes à Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN). Estes poços abasteciam a cidade antes da entrada em funcionamento do sistema de captação superficial no Arroio Retiro. A profundidade média de captação de água subterrânea é de aproximadamente 110 metros, sendo que o poço mais raso atingiu a 33,50m e o mais profundo a 172 metros. O aqüífero apresenta várias entradas de água, comumente entre três a quatro que geralmente encontram-se associadas aos planos de descontinuidade entre os derrames horizontais e zonas de basaltos amigdalóides. A vazão de exploração dos poços da CORSAN situa-se entre 8,0 e 18,0 m³/h, o que para abastecimento público de uma cidade do porte de Veranópolis é considerado insuficiente. Entretanto, para quase todos os fins de uso privado, como residências, indústrias, sítios e hospitais, o aqüífero apresenta uma boa potencialidade. A capacidade específica média, que demonstra a produtividade dos poços é de 0,439 m³h por metro de rebaixamento. O maior índice alcança 1,32 m³h e o menor 0,055 m³h, o que demonstra por esta significativa variação a necessidade de uma locação geológica bem feita, para que o investimento na captação de água subterrânea seja bem sucedido neste município. Fato digno de nota é a ótima qualidade que as águas subterrâneas apresentam nesta região. Cerca de 70% dos poços apresentam pH entre 6,3 e 6,9, os restantes 30% entre 7,1 e 8,0. Os sais dissolvidos na água possuem teores em média de 169 mg/1, com valores extremos em 213,0 e 110,9 mg/1. Os sais de cálcio e magnésio variam de 8 a 66 mg/1, apresentando-se as águas subterrâneas doces e “moles”. As águas são bicarbonatadas cálcicas e magnesianas, com teores de fluir dentro dos limites de potabilidade e com ferro raramente ultrapassando a 0,3 mg/1, servindo para fins reabastecimento público, doméstico, agrícola e industrial. No município também foi perfurado um poço, que localizou o aqüífero Guarani (também chamado de Botucatu), no Parque Municipal da Usina Velha com o objetivo de implantar um empreendimento turístico para banho de águas termais. A perfuração teve 504 metros de profundidade e vazão de teste estimada em 10 mil litros/hora, com temperatura da água variando entre 38 e 40 graus. Análises de laboratório apontaram excelente qualidade da água, considerada mineral, própria para o consumo humano. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 8 As figuras 4 e 5, em anexo, exibem a geologia básica da área de interesse. 4.1 RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS O território do município de Veranópolis está situado na encosta de um planalto em fase de dissecação, ou seja, na encosta da Serra Geral, onde a paisagem geomorfológica é caracterizada por vales bastante encravados e profundos, com amplitudes de relevo muito acentuadas. Tal relevo movimentado fica bem evidente ao atravessar-se o vale do Rio das Antas, na divisa com Bento Gonçalves. No fundo do vale as altitudes situam-se entre 60 a 80 m acima do nível do mar, enquanto que nas encostas próximas ao rio são comuns altitudes que alcançam a 500 m, às vezes superando até 600 m. Na região limítrofe de Veranópolis com Cotiporã, a cota do arroio Retiro fica um pouco abaixo dos 300 m e bem próximo dali, não mais de 5 km, alcança-se 600 e mesmo 700 m. Na zona urbana da sede municipal, as altitudes encontram-se no intervalo de 600 e 700 m, havendo uma referência formal a uma altitude de 680 m para a cidade. De uma maneira geral, pode-se enquadrar o solo da região como do tipo latossolo roxo, a maduro, desenvolvido, especialmente, por ação das águas de infiltração, que promovem a alteração dos minerais presentes no substrato pedogenético e a remoção dos minerais por lixiviação. O mapa em anexo da figura 6 exibe a tipologia de solos da área de interesse. As figuras 7 e 8 exibem a conformação topográfica e geomorfológica da área de interesse. 4.2 HIDROGRAFIA E CLIMA A região está inserida na Bacia Hidrográfica G-40/Taquari-Antas. O território de Veranópolis possui uma drenagem exorrêica que tem como maior curso d’água o Rio das Antas que é o elemento balizador da divisa com o município de Bento Gonçalves. Ele é um afluente da margem do rio Taquari que por sua vez flui ao Jacuí que deságua no estuário do Guaíba, próximo a Porto Alegre. A figura 9 em anexo, a seguir, exibe a conformação geral da bacia hidrográfica Taquari-Antas, onde está contido o município de Veranópolis. O Rio das Antas segue uma trajetória acentuadamente serpenteada com diversas curvas sob a forma de ferradura (meandros encaixados). Sua largura e profundidade são variáveis, em função das pluviosidades sazonais. No mapa topográfico da DSG, em escala 1:50.000, na região da ponte que faz a conexão com o território de Bento Gonçalves, ele está representado com uma largura em torno de 200 metros. A construção de três hidrelétricas do Complexo Ceran alterou a profundidade e a característica do Rio das Antas, passando de um rio de corredeiras para a formação de três lagos continuados, nos municípios de Nova Roma do Sul, Veranópolis e Cotiporã. O mesmo aconteceu com o Rio da Prata, onde foram construídas duas pequenas centrais hidrelétricas, em Antônio Prado e Veranópolis. A Figura 10, em anexo, mostra o mapa de localização dos barramentos no Rio das Antas. Os afluentes do Rio das Antas mais importantes são o rio da Prata, o arroio Retiro e o arroio Jaboticaba, e o Rio Carreiro, que ao desaguar no Antas forma o Rio Taquari. O clima de Veranópolis é do tipo temperado, mesotérmico, brando e superúmido. Os dados a seguir fornecem indicações sobre as condições climáticas gerais: Tabelas 1 – Principais Dados Climáticos do Município de Veranópolis ITEM Precipitação pluviométrica média anual Época de concentração máxima de precipitação em três meses consecutivos Meses mais secos, pela ordem DESCRIÇÃO 1.750 a 2.000 mm Junho / Julho / Agosto Novembro / Março e Fevereiro P. Lei nº 118/2009 – Pág. 9 Temperatura média anual Temperatura média de janeiro Temperatura máxima absoluta do ano Temperatura térmica de julho Temperatura mínima absoluta Ocorrência média de geada número de vezes por ano 16 a 20º C 22 a 26º C 36 a 40º C 10 a 15º C -4 a -8º C 5 a 15º C Observação: A ocorrência de neve é muito rara, estando ausente na maioria dos anos. Segundo dados do Projeto RADAM/BRASIL o município de Veranópolis está situado na faixa de domínio do clima úmido (C) forte (1) com mesoclima (m), portanto, é do tipo Cim. A região está situada numa altitude média de 530 metros, apresentando uma temperatura média anual de 16,5ºC. Não há deficiência hídrica ao longo de um ano normal, e no seu balanço hídrico anual, ocorre uma retirada de novembro a janeiro, sucedida por uma reposição de água que perdura de fevereiro a abril. O excedente total de 439 mm distribui-se desde o mês de maio até o de outubro, com concentração nos meses de junho, julho e agosto, nos quais atinge 305 mm. Nos últimos anos as precipitações pluviométricas têm sido bastante irregulares. No verão de 2005 – entre janeiro e março – foi registrada a maior estiagem das últimas décadas, com racionamento de água, tanto em Veranópolis como em Nova Prata. O arroio Retiro, que abastece as duas cidades, praticamente secou. Neste ano de 2009, o inverno foi mais seco. Em compensação, nos meses de agosto, setembro e outubro foram registrados índices de chuvas acima da média. 5. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE A captação – elevação – adução de água bruta do sistema produtor de Veranópolis tem como base a tomada de água no arroio Retiro. A capacidade atual é de 90 l/s. Segundo estudo da CORSAN, este volume seria superior a demanda requerida pelo sistema, que é de aproximadamente 55 l/s. As estruturas existentes são bastante precárias requerendo reformas ou até mesmo a implantação de novas instalações. Nos itens seguintes será feita breve descrição das unidades componentes da captação, elevação, adução de água bruta. 5.1. MANANCIAL O arroio Retiro é o manancial do Sistema de Abastecimento de Água de Veranópolis. Este arroio com nascentes próximas à área urbana de Nova Prata, tem duas captações: reservatório de acumulação para a cidade de Nova Prata e 02 barramentos de nível e um terceiro em fase final de construção para a cidade de Veranópolis. O barramento da cidade de Nova Prata, inaugurado em 2002, mostrou-se insuficiente na última estiagem, pois o volume acumulado com o reservatório cheio era suficiente para somente 01 dia de abastecimento. Tal situação explica-se na medida em que o barramento foi executado abaixo do nível operacional previsto (2 metros abaixo da cota de projeto) e pelas pequenas vazões contribuintes do arroio Retiro. No estudo de regionalização de vazões, realizado pela CORSAN, tendo como base posto fluviométrico da região no rio da Prata, as vazões mínimas do arroio Retiro para bacia de contribuição de 18,02 km² são da ordem de 27 l/s. Na última estiagem a perfuração do poço NPR 06 com volume de 70 m³/h, descarregando diretamente no reservatório de acumulação ajudou a atenuar o racionamento. Também foi perfurado o poço NPR 07, próximo a RSC 470, com igual capacidade, porém não foi necessário o seu aproveitamento. Ao mesmo tempo, que o arroio Retiro mostrou-se insuficiente para suprimento da cidade de Nova Prata, a retirada de volumes deste corpo hídrico compromete o seu aproveitamento para Veranópolis, pois, sendo o mesmo manancial para ambas e não havendo reservatório com volume suficiente para compensação, tem como conseqüência a redução de vazões afluentes à captação desta última. A vazão mínima no arroio Retiro em Veranópolis para bacia contribuinte total de 78,09 km² é de 118 l/s. Retirada a vazão de Nova Prata, resulta neste ponto o valor de 91 l/s. Esta vazão seria suficiente, P. Lei nº 118/2009 – Pág. 10 caso não houvessem outros usos na bacia, pois atualmente são captados 90 l/s para a elevatória de água bruta de Veranópolis. 5.2. CAPTAÇÃO A captação de água para Veranópolis é efetuada em pequena barragem de nível, a qual aduz por gravidade até a elevatória de água bruta por canalizações de ferro fundido DN 200 (595 metros) e DN 150 (1.240 metros) com extensão total de 1.835 metros. A vazão aduzida por esta adutora é de 24 l/s. Complementando esta estrutura foram lançadas duas bombas submersíveis Flygt, com potência de 30 HP cada, com vazão total de 70 l/s, as quais descarregam diretamente no poço de sucção da elevatória. Foi proposto pela CORSAN em estudo de 2002, ampliar a barragem de nível em 1,00 metro e executar nova adutora por gravidade, com a finalidade de aduzir 120 l/s para elevatória, desativando-se os grupos elevatórios submersíveis. 5.2.1. ELEVATÓRIAS DE ÁGUA BRUTA A elevatória de Veranópolis é localizada ao lado do arroio Retiro e através de recalque descarrega diretamente na ETA. As características do bombeamento são as seguintes: - EBA 1 Vazão = 70 l/s AMT = 10 mca Potência = 30 cv - EBA 1A Vazão = 90 l/s AMT = 280 mca Potência = 600 cv As instalações existentes são bastante precárias requerendo todas as edificações reforma ou até mesmo a construção de novas instalações para abrigo dos grupos elevatórios e equipamentos. 5.2.2. ADUTORAS DE ÁGUA BRUTA A adutora de Veranópolis é composta por dois trechos. O primeiro em tubulação de ferro fundido com maiores pressões. O segundo trecho com tubulações de PVC DEFOFO e ferro fundido. Recentemente foi ampliado o primeiro trecho por tubulação de ferro fundido DN 350. O segundo trecho não foi ampliado. As características das adutoras são as seguintes: - Veranópolis Vazão = 90 l/s Diâmetro 1º trecho = FF DN 350 // FF DN 150 Extensão = 1.230 m Diâmetro 2º trecho = PVC DEFOFO DN 200 // FF DN 150 Extensão = 1.280 m A Figura 11, em anexo, mostra o sistema de abastecimento de água em Veranópolis. 5.2.3. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA O sistema conta com estação de tratamento de água com capacidade 120 l/s, que é realizado em estação convencional com processos de mistura/floculação/decantação/desinfecção. A mistura é realizada em calha Parshall onde é aplicado o sulfato de alumínio e realizada a précolocação. Os floculadores são do tipo hidráulico. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 11 Os decantadores são de fluxo horizontal convencionais. Cada decantador conta com cortina difusora e calhas de coleta com vertedores triangulares. Os filtros são do tipo rápido empregando como elemento filtrante areia regular. A operação dos filtros é controlada por poço de união com vertedor. No poço de união é aplicado o flúor e realizada a pós-cloração se necessária. No parque da ETA também estão implantados a casa de química para estoque, preparo e dosagem de produtos químicos e laboratório de controle, elevatórias de água e reservatório para lavagem de filtros, contando, também, com lagoas de lodo e elevatória para retorno dos efluentes da água de lavagem dos filtros. 5.2.4. ELEVATÓRIAS DE ÁGUA TRATADA São em número de duas. As características dos bombeamentos são as seguintes: - EBA 2 – abastece R-02 e R-02A Vazão = 20 l/s Potência 15 cv - EBA 3 – abastece R-05 Vazão = 32 l/s Potência = 30 cv 5.2.5. RESERVAÇÃO São em número de nove com volume total de 2.250m³, destinados a acumulação da produção da ETA, lavagem de filtros, volante de elevatórias e abastecimento. As características dos reservatórios são as seguintes: - R-01 – acumulação da ETA Volume = 200 m³ Nível médio = 657,00 m - R-02 – Abastecimento da Zona Alta 1 Volume = 50 m³ Nível médio = 674,00 m - R-02ª – lavagem dos filtros Volume = 150 m³ Nível médio = 674,00 m - R-03 – quebra-pressão Volume = 30 m³ Nível médio = 625,00 m - R-04 – volante EBA 3 Volume = 50 m³ Nível médio = 645,00 m - R-05 – abastecimento Zona Alta 2 Volume = 100 m³ Nível médio = 669,00 m - R-06 – acumulação da ETA Volume = 300 m³ Nível médio = 657,00 m - R-07 – abastecimento Zona Alta 2 Volume = 200 m³ Nível médio = 669,00 m - R-09 – acumulação da ETA Volume 1.000 m³ Nível médio = 657,00 m 5.2.6. DISTRIBUIÇÃO O sistema conta ao todo com 103.522 metros de redes distribuidoras, com 04 zonas de abastecimento atendendo a 7.202 economias, definidas pelos seguintes conjuntos: P. Lei nº 118/2009 – Pág. 12 - R-02 - R-03 - EBA 3 / R-05 / R-07 - R-01 / R-06 / R-09 5.2.7. INFORMAÇÕES OPERACIONAIS Visando a identificação de parâmetros de consumo e demanda, determinaram-se os principais indicadores operacionais dos sistemas de abastecimento de água de Veranópolis. As informações foram fornecidas pela CORSAN e referem-se ao período 2000 a 2004. Nas tabelas 1 a 6 a seguir, foram elaborados resumos da performance dos SAA no período. 5.3. DADOS COMERCIAIS E FINACEIROS A apresentação dos dados comerciais e financeiros de Veranópolis nas Tabelas 8 e 9 compõem a caracterização de consumo de água da população, desde o número de economias até a evasão de receitas do sistema. Os dados apresentados na Tabela 8 – Dados comerciais foram disponibilizados pela CORSAN e referem-se ao período de 2000 a 2004. A seguir serão descritas as principais observações sobre os dados comerciais e financeiros do sistema existente: Tabela 1 – Dada Comerciais e Financeiros Veranópolis Período 2000 Número de Economias 5.783 Volume Faturado Anual (m³) 866.771 Faturamento anual (R$) 1.936.454 Arrecadação Anual (R$) 1.839.320 Evasão de Receitas (%) 4,74 2004 7.117 971.694 3.445.846 3.431.664 0,09 Na Tabela 9 Dados Comerciais Comparativos são apresentados as relações entre os principais dados comerciais e financeiros do sistema, sendo eles utilizados como dados de entrada para as projeções de receitas do projeto. No cálculo das receitas futuras do sistema será utilizado para Veranópolis o valor de 145,78 m³/eco ao ano. Em Veranópolis a evasão de receitas foi da ordem de 2,84% em média no período de 2000 a 2004, adotando-se para cálculo da estimativa de receitas uma evasão na ordem de 3,50%. A relação entre volume consumido e volume faturado por economia, mostra nos últimos 05 anos um decréscimo de 2,81%. Tabela 2 – Dados da Produção de SAA de Veranópolis - Ano 2000 Ano 2000 Indicador Volume Produzido (m³) Volume Consumido (m³) Número de Economias Média Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 131.946 119.717 121.292 120.741 126.370 122.150 123.580 118.854 115.337 115.681 120.499 131.946 122.343 87.402 75.681 72.262 79.796 70.370 79.631 68.275 67.314 76.388 71.042 77.400 87.402 76.080 5.648 5.666 5.689 5.706 5.716 5.734 5.771 5.855 5.871 5.894 5.916 5.925 5.783 VPU (m³/ECO) 23,36 21,13 21,32 21.16 22,11 21,30 21,41 20,30 19,65 19,63 20,37 22,27 21,17 VCU (m³/ECO) 15,47 13,36 12,70 13,98 12,31 13,89 11,83 11,50 13,01 12,05 13,08 14,75 13,16 Perdas (%) 33,76 36,78 40,42 33,91 44,31 34,81 44,75 43,36 33,77 38,59 35,77 33,76 37,83 133.780 121.438 123.072 122.413 128.056 124.013 125.449 120.735 117.079 117.543 122.262 126.885 123.560 671 623 678 649 637 612 580 532 514 506 546 576 594 Nº horas/dia (h) 21,65 22,25 21,87 21,63 20,55 20,40 18,71 17,16 17,13 16,32 18,20 18,58 19,54 Vazão Média Produção ETA (l/s) 49,95 50,20 45,95 47,23 47,81 47,84 46,84 45,08 45,17 43,89 47,17 47,37 47,04 Volume Aduzido (m³) Nº Horas Produção (h) P. Lei nº 118/2009 – Pág. 13 Volume Processo (m³) Vazão Operação Eta (l/s) 1.834 55,38 1.721 1.780 1.672 1.686 1.863 1.869 1.881 1.742 1.862 1.763 -5.061 1.218 54,15 50,42 52,39 55,84 56,29 60,08 63,04 63,27 64,53 62,20 61,19 58,23 Tabela 3 – Dados da Produção de SAA de Veranópolis – Ano 2001 Ano 2001 Indicador Volume Produzido (m³) Volume Consumido (m³) Número de Economias Média Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 125.668 113.937 125.236 119.017 111.789 109.546 112.557 114.639 108.153 151.677 117.139 118.737 119.008 79.071 97.662 73.708 88.371 74.560 75.062 73.762 74.344 85.653 69.233 84.482 81.683 79.799 5.961 5.986 6.046 6.098 6.140 6.201 6.218 6.262 6.253 6.306 6.331 6.340 6.179 VPU (m³/ECO) 21,08 19,03 20,71 19,52 18,21 17,67 18,10 18,31 17,30 24,05 18,50 18,73 19,27 VCU (m³/ECO) 13,26 16,32 12,19 14,49 12,14 12,10 11,86 11,87 13,70 10,98 13,34 12,88 12,93 Perdas (%) 37,08 14,28 41,14 25,75 33,30 31,48 34,47 35,15 20,80 54,35 27,88 31,21 32,24 Volume Aduzido (m³) 127.417 115.594 126.993 120.759 113.644 111.351 114.489 116.550 109.979 153.609 118.944 120.556 120,824 Nº Horas Produção (h) 580 541 608 559 527 519 524 506 496 527 554 583 544 Nº horas/dia (h) 18,71 19,32 19,61 18,63 17,00 17,30 16,90 16,32 16,53 17,00 18.47 18,81 17,88 47,57 47,78 47,41 46,59 42,43 42,96 42,75 43,51 42,43 57,35 45,89 45,01 45,97 1.749 1.657 1.757 1.742 1.855 1.805 1.932 1.911 1.826 1.932 1.805 1.819 1.816 61,02 59,35 58,02 60,01 59,90 59,60 60,69 63,98 61,59 80,97 59,64 57,44 61,85 Vazão Média Produção ETA (l/s) Volume Processo (m³) Vazão Operação Eta (l/s) Tabela 4 – Dados da Produção de SAA de Veranópolis – Ano 2002 Ano 2002 Indicador Volume Produzido (m³) Volume Consumido (m³) Número de Economias Média Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 115.011 99.606 112.167 101.156 105.040 100.294 104.304 116.572 108.268 110.528 110.756 113.281 108.082 83.716 85.949 71.868 81.667 77.794 75.877 70.689 78.947 76.355 76.526 83.760 79.002 78.513 6.359 6.382 6.402 6.417 6.450 6.481 6.478 6.513 6.532 6.556 6.574 6.601 6.479 VPU (m³/ECO) 18,09 15,61 17,52 15,76 16,29 15,48 16,10 17,90 16,58 16.86 16,85 17.16 16,68 VCU (m³/ECO) 13,16 13,47 11,23 12,73 12,06 11,71 10,91 12,12 11,69 11.67 12,74 11.97 12,12 Perdas (%) 27,21 13,71 35,93 19,27 25,94 24,35 32,23 32,28 29,48 30,76 24,37 30,26 27,15 116.901 101.472 114.153 103.068 107.040 102.120 106.305 118.557 110.212 112.588 112,640 115.272 110.027 Volume Aduzido (m³) Nº Horas Produção (h) Nº horas/dia (h) Vazão Média Produção ETA (l/s) Volume Processo (m³) Vazão Operação Eta (l/s) 575 392 358 337 403 356 407 361 332 344 336 347 379 18,55 14,00 11,55 11,23 13,00 11,87 13,13 11,65 11,07 11,10 11,20 11,19 12,46 43,65 41,94 42,62 39,76 39,96 39,40 39,69 44,26 42,52 42,04 43,46 43,04 41,86 1.890 1.866 1.986 1.912 2.000 1.826 2.001 1.985 1.944 2.060 1.884 1.991 1.945 56,47 71,90 88,57 84,96 73,78 79,68 72,55 91,23 92,21 90,91 93,12 92,28 82,31 Tabela 5 – Dados da Produção de SAA de Veranópolis – Ano 2003 Ano 2003 Indicador Volume Produzido (m³) Volume Consumido (m³) Número de Economias Média Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 114.320 104.122 115.461 105.285 108.170 102.281 105.912 107.342 105.811 113.704 108.603 114.740 108.813 95.695 82.054 87.433 82.075 97.296 88.453 80.636 86.542 85.550 86.138 90.406 78.605 86.740 6.625 6.680 6.691 6.711 6.741 6.750 6.768 6.790 6.840 6.871 6.915 6.945 6.777 VPU (m³/ECO) 17,26 15,59 17,26 15,69 16,05 15,15 15,65 15,81 15,47 16,55 15.71 16,52 16,06 VCU (m³/ECO) 14,44 12,28 13,07 12,23 14,43 13,10 11,91 12,75 12,51 12,54 13,07 11,32 12,80 Perdas (%) 16,29 21,19 24,27 22,04 10,05 13,52 23,87 19,38 19,15 24,24 16,76 31,49 20,19 Volume Aduzido (m³) 116.398 105.914 117.509 107.025 110.119 104.820 108.432 109.722 107.829 116.196 110.781 117.536 111.023 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 14 Nº Horas Produção (h) 353 333 351 319 329 312 328 343 322 357 344 382 339 Nº horas/dia (h) 11,39 11,89 11,32 10,63 10,61 10,40 10,58 11,06 10,73 11,52 11,47 12,32 11,16 43,46 43,78 43,87 41,29 41,11 40,44 40,48 40,97 41,60 43,38 42,74 43,88 42,25 2.078 1.792 2.048 1.740 1.949 2.539 2.520 2.380 2.018 2.492 2.178 2.796 2.211 91,59 88,35 93,00 93,19 92,97 93,32 91,83 88,86 93,02 90,41 89,45 85,47 90,96 Vazão Média Produção ETA (l/s) Volume Processo (m³) Vazão Operação Eta (l/s) Tabela 6 – Dados da Produção de SAA de Veranópolis – Ano 2004 Ano 2004 Indicador Volume Produzido (m³) Volume Consumido (m³) Número de Economias Média Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 120.232 114.191 119.667 107.602 107.205 105.690 106.562 108.683 107.428 113.666 112.416 122.649 112.166 88.182 84.561 97.859 78.469 84.053 73.881 71.897 72.574 79.546 72.732 92.866 86.273 81.908 6.971 7.008 7.039 7.064 7.093 7.143 7.154 7.166 7.175 7.185 7.206 7.202 7.117 VPU (m³/ECO) 17,25 16,29 17,00 15,23 15,11 14,80 14,90 15,17 14,97 15,82 15,60 17.03 15,76 VCU (m³/ECO) 12,65 12,07 13,90 11,11 11,85 10,34 10,05 10,13 11,09 10,12 12,89 11,98 11,51 Perdas (%) 26,66 25,95 18,22 27,07 21,60 30,10 32,53 33,22 25,95 36,01 17,39 29,66 27,03 122.310 116.242 121.730 110.322 109.701 107.604 108.648 110.867 109.630 116.057 114.885 124.551 114.379 Volume Aduzido (m³) Nº Horas Produção (h) Nº horas/dia (h) Vazão Média Produção ETA (l/s) Volume Processo (m³) Vazão Operação Eta (l/s) 379 363 379 344 339 332 337 338 334 391 354 384 356 12,23 12,96 12,23 11,47 10,94 11,07 10,87 10,90 11,13 12,61 11,80 12,39 11,72 45,67 48,05 45,45 42,56 40,96 41,51 40,56 41,39 42,30 43,33 44,32 46,50 43,55 2.078 2.051 2.063 2.720 2.496 1.914 2.086 2.184 2.202 2.391 2.469 1.902 2.213 89,64 88,95 89,22 89,08 89,89 90,03 89,55 91,11 91,18 82,45 90,15 90,10 89,28 Tabela 7 - Dados Médios da Produção SAA de Veranópolis Indicador Volume Produzido (m³) Volume Consumido (m³) Número de Economias VPU (m³/ECO) VCU (m³/ECO) Perdas (%) Volume Aduzido (m³) Nº Horas Produção (h) Nº horas/dia (h) Vazão Média Produção ETA (l/s) Volume Processo (m³) Vazão Operação Eta (l/s) 2000 2001 Ano 2002 2003 2004 122.343 119.008 108.082 108.813 112.166 114,082 76.080 79.799 78.513 86.740 81.908 80.608 5.783 6.179 6.479 6.777 7.117 6.467 21,17 13,16 37,83 19,27 12,93 32,24 16,68 12,12 27,15 16,06 12,80 20,19 15,76 11,51 27,03 17,79 12,51 28,89 123.560 120,824 110.027 111.023 114.379 115.963 Média 594 544 379 339 356 442 19,54 17,44 12,46 11,16 11,72 14,55 47,04 45,97 41,86 42,25 43,55 44,14 1.218 1.816 1.945 2.211 2.213 1.881 58,23 61,85 82,31 90,96 89,28 76,53 Tabela 8 – Dados Comerciais de Veranópolis Mês Ano Item Total Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez P. Lei nº 118/2009 – Pág. 15 Volume Faturado (m³) Faturamento (R$) Arrecadação (R$) Economias 2000 Volume Faturado/ Economia (m³/ECO) Faturamento / Economia (R$/ECO) Faturamento / Volume Faturado (R$/ m³) Evasão de Receita (%) Volume Faturado (m³) Faturamento (R$) Arrecadação (R$) Economias 2001 Volume Faturado/ Economia (m³/ECO) Faturamento / Economia (R$/ECO) Faturamento / Volume Faturado (R$/ m³) Evasão de Receita (%) Volume Faturado (m³) Faturamento (R$) Arrecadação (R$) Economias 2002 Volume Faturado/ Economia (m³/ECO) Faturamento / Economia (R$/ECO) Faturamento / Volume Faturado (R$/ m³) Evasão de Receita (%) 78.009 71.486 67.294 74.433 68.686 75.272 67.261 66.656 73.175 69.599 74.160 80.740 866.771 152.994,55 158.811,27 178.229,65 162.000,56 155.247,12 168.524,04 152.719,22 150.441,03 160.589,90 153.833,04 165.691,37 177.373,21 1.936.454,96 131.470,71 146.436,04 150.777,82 163.522,75 164.912,69 150.578,09 171.827,47 147.646,86 148.242,18 156.902,21 147.760,18 159.243,76 1.839.320,76 5.648 5.666 5.689 5.706 5.716 5.734 5.771 5.855 5.871 5.894 5.916 5.925 5.783 13,81 12,62 11,83 13,04 12,02 13,13 11,65 11,38 12,46 11,81 12,54 13,63 149,89 27,09 28,03 31,33 28,39 27,16 29,39 26,48 25,69 27,35 26,10 28,01 29,94 334,88 1,96 2,22 2,65 2,18 2,26 2,24 2,27 2,26 2,19 2,21 2,23 2,20 2,23 14,07 7,79 15,40 -0,94 -6,23 10,65 -12,51 1,86 7,69 -2,00 10,82 10,22 5,02 75.150 78.863 71.885 82.012 72.601 72.550 71.339 71.912 79.575 68.529 79.187 77.228 900.831 165.789,96 171.769,24 157.627,69 178.992,12 159.713,75 159.951,55 159.489,39 183.219,04 199.690,10 179.048,11 201.444,67 198.203,17 2.114.938,79 172.989,54 161.380,59 170.147,37 155.351,04 173.872,58 156.326,38 160.865,09 151.799,50 172.251,94 198.719,12 174.227,24 195.628,27 2.043.558,66 5.961 5.986 6.046 6.098 6.140 6.201 6.218 6.262 6.253 6.306 6.331 6.340 6.179 12,61 13,17 11,89 13,45 11,82 11,70 11,47 11,48 12,73 10,87 12,51 12,18 145,80 27,81 28,70 26,07 29,35 26,01 25,79 25,65 29,26 31,94 28,39 31,82 31,26 342,31 2,21 2,18 2,19 2,18 2,20 2,20 2,24 2,55 2,51 2,61 2,54 2,57 2,35 -4,34 6,05 -7,94 13,21 -8.87 2,27 -0,86 17,15 13,74 -10,99 13,51 1,30 3,38 79.135 81.232 72.346 79.316 76.390 75.208 71.376 77.987 76.809 76.250 82.045 78.146 926.240 201.939,21 209.280,58 188.080,19 203.509,20 198.610,23 195.144,97 188.563,13 199.952,92 198.925,84 197.684,19 210.997,96 203.735,74 2.396.424,16 197.848,02 189.792,03 202.465,81 184.495,07 196.935,49 191.620,03 194.026,13 179.058,17 197.335,87 196.734,03 192.808,08 204.688,11 2.327.806,84 6.359 6.382 6.402 6.417 6.450 6.481 6.478 6.513 6.532 6.556 6.574 6.601 6.479 12,44 12,73 11,30 12,36 11,84 11,60 11,02 11,97 11,76 11,63 12,48 11,84 142,97 31,76 32,79 29,38 31,71 30,79 30,11 29,11 30,70 30,45 30,15 32,10 30,86 369,89 2,55 2,58 2,60 2,57 2,60 2,59 2,64 2,56 2,59 2,59 2,57 2,61 2,59 2,03 9,31 -7,65 9,34 0,84 1,81 -2,90 10,45 0,80 0,48 8,62 -0,47 2,86 Tabela 9 – Dados Comerciais Comparativos – Veranópolis Mês Ano Item Total Média 13,63 149,89 12,49 12,18 145,80 12,15 12,48 11,84 142,97 11,91 12,34 12,81 11,23 150,85 12,57 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2000 13,81 12,62 11,83 13,04 12,02 13,13 11,65 11,38 12,46 11,81 12,54 2001 12,61 13,17 11,89 13,45 11,82 11,70 11,47 11,48 12,73 10,87 12,51 12,44 12,73 11,30 12,36 11,84 11,60 11,02 11,97 11,76 11,63 13,81 12,27 13,07 12,06 13,85 12,78 11,88 12,51 12,31 2002 2003 Volume Faturado/ Economia (m³/ECO) 2004 12,35 11,86 13,37 10,97 11,63 10,32 14,06 10,03 10,88 10,11 12,50 11,98 139,41 11,62 Média 13,01 12,53 12,29 12,38 12,23 11,91 12,02 11,48 12,03 11,35 12,57 12,17 145,78 12,16 Desvio Padrão Amostra 0,74 0,50 0,88 0,96 0,91 1,11 1,19 0,93 0,73 0,87 0,14 0,89 4,77 0,82 10,65 12,51 1,86 7,69 -2,00 10,82 10,22 56,83 4,74 13,51 1,30 34,22 2,85 2000 14,07 2001 2002 2003 2004 -4,34 Evasão de Receitas (%) 7,79 15,40 -0,94 6,05 -7,94 2,03 9,31 -7,65 9,34 13,62 -3,62 5,05 -0,33 8,34 11,42 6,96 3,20 13,21 -6,23 2,27 -0,86 17,15 13,74 10,99 0,84 1,81 -2,90 10,45 0,80 0,48 8,62 -0,47 32,67 2,72 30,38 -2,26 -5,35 5,86 0,88 4,41 5,53 -8,63 45,53 3,79 6,32 30,02 5,66 -2,09 13,47 -6,69 1,05 0,09 -8,87 5,77 1,54 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 16 Média 6,47 4,55 2,64 1,97 4,38 2,80 -3,06 1,06 5,75 -2,04 10,39 -0,85 34,06 2,84 Evasão Futura 30 anos 2000 2001 2002 2003 2004 Volume Consumido/Economia (m³/ECO) Volume Faturado/ Economia (m³/ECO) Volume Consumido – Volume Faturado Volume Consumido/Economia (m³/ECO) Volume Faturado/ Economia (m³/ECO) Volume Consumido – Volume Faturado Volume Consumido/Economia (m³/ECO) Volume Faturado/ Economia (m³/ECO) Volume Consumido – Volume Faturado Volume Consumido/Economia (m³/ECO) Volume Faturado/ Economia (m³/ECO) Volume Consumido – Volume Faturado Volume Consumido/Economia (m³/ECO) Volume Faturado/ Economia (m³/ECO) Volume Consumido – Volume Faturado 3,50 15,47 13,36 12,70 13,98 12,31 13,89 11,83 11,50 13,01 12,05 13,08 14,75 157,94 13,16 13,81 12,62 11,83 13,04 12,02 13,13 11,65 11,38 12,46 11,81 12,54 13,63 149,92 12,49 5,35 13,26 16,32 12,19 14,49 12,14 12,10 11,86 11,87 13,70 10,98 13,34 12,88 155,15 12,93 12,61 13,17 11,89 13,45 11,82 11,70 11,47 11,48 12,73 10,87 12,51 12,18 145,88 12,16 6,35 13,16 13,47 11,23 12,73 12,06 11,71 10,91 12,12 11,69 11,67 12,74 11,97 145,46 12,12 12,44 12,73 11,30 12,36 11,84 11,60 11,02 11,97 11,76 11,63 12,48 11,84 142,98 11,92 1,73 14,44 12,28 13,07 12,23 14,43 13,10 11,91 12,75 12,51 12,54 13,07 11,32 153,66 12,80 13,81 12,27 13,07 12,06 13,85 12,78 11,88 12,51 12,31 12,34 12,81 11,23 150,91 12,58 1,82 12,65 12,07 13,90 11,11 11,85 10,34 10,05 10,13 11,09 10,12 12,89 11,98 138,17 11,51 12,35 11,86 13,37 10,97 11,63 10,32 14,06 10,03 10,88 10,11 12,50 11,98 140,06 11,67 -1,35 5.4. ESTUDO PARA AMPLIAR A CAPTAÇÃO DA ÁGUA Este projeto abrangeria o detalhamento das estruturas previstas no documento elaborado pela CORSAN em maio de 2002 denominado de “Estrutura de Elevação de Nível e Adução por Gravidade”. Entretanto, novas variáveis de projeto como a prolongada estiagem ocorrida no verão de 2005, levaram a CORSAN a reavaliar esta solução, inclusive com a identificação de novas alternativas para suprimento dos Sistemas produtores de Veranópolis e de Nova Prata, os quais utilizam o mesmo manancial – arroio Retiro. Assim, foi contratado estudo de concepção para identificação de soluções, principalmente quanto a mananciais dos Sistemas de Abastecimento de Água de Veranópolis e Nova Prata. Com o desenvolvimento das atividades do Estudo de Concepção dos sistemas produtores de Veranópolis e Nova Prata, definiu-se que a necessidade de revisão dos critérios e parâmetros adotados no estudo elaborado pela CORSAN em 2002, principalmente quanto a: - Localização da tomada de água; - Instalações da elevatória de água bruta; - Ampliações na adutora de água bruta. Estes aspectos mostraram outras possibilidades para a captação – elevação – adução de água bruta, as quais serão apontadas na sequência. 5.4.1. CONDICIONANTES DE PROJETO 5.4.1.1. MANANCIAL P. Lei nº 118/2009 – Pág. 17 Considerando a evolução das demandas dos dois sistemas produtores, a dificuldade em elevar-se o barramento do arroio Retiro em Nova Prata - limitado pela cota da RSC 470, extensa área a desapropriar e pela pequena área de contribuição neste local -, e a dificuldade de execução de barramento de porte para Veranópolis – limitado pelas condições topográficas e ambientais desfavoráveis, a CORSAN definiu que: - O sistema de Nova Prata utilizará como manancial o rio da Prata, desativando-se a captação no arroio Retiro para esta localidade; - As estruturas existentes em Nova Prata no arroio Retiro servirão para regularização deste corpo hídrico para a cidade de Veranópolis; - O sistema de Veranópolis utilizará exclusivamente como manancial o arroio Retiro. Considerando a fundamentação técnica dos argumentos acima expostos, o Município considera acertada a decisão da CORSAN na definição dos mananciais para ampliar o abastecimento de água para a região. Por isso, é fundamental a ação articulada entre Nova Prata, Vila Flores e Veranópolis com a concessionária responsável pelo abastecimento de água nestes municípios para que os Planos Municipais de Saneamento incluam na publicação ou na primeira revisão (em no máximo quatro anos) metas e ações harmônicas e complementares na preservação da bacia hidrográfica, especialmente do Rio da Prata e Arroio Retiro, como mananciais de água potável de longo prazo. 5.4.1.2. CAPTAÇÃO E ADUÇÃO O projeto ora desenvolvido abrangeria o detalhamento das estruturas previstas no documento elaborado pela CORSAN em maio de 2002 denominado de “Estrutura de Elevação de Nível e Adução por Gravidade”. Neste trabalho foi avaliada a condição de ampliação do trecho por gravidade da adutora de água bruta do SAA de Veranópolis e da elevação da barragem de nível em mais 1,00 metro. Os quantitativos previstos seriam: - 138 m de tubo FF K7 DN 500 - 500 m tubo PEAD PN4 DE 500 - 1.202 m tubo PEAD PN4 DE 355 - elevação da barragem de nível em 1,00 m Após inspeção de campo e avaliação deste trabalho, a Coaxam verificou que: - O ganho de carga com a execução deste trecho por gravidade é “perdido” na adutora por recalque a qual tem perda de carga para a vazão de 120 l/s de 47 mca; - Ampliando-se somente a adutora por recalque no trecho 200//150, a perda de carga total do recalque seria de 7 mca para a vazão de 120 l/s. Neste caso seria necessário 1.280 metros de tubos de PVC DEFOFO DN 300 contra 138 metros de tubo FF K7 DN 500, 500 metros de tubo PEAD PN 4 DE 500 e 1.202 metros de tubo PEAD PN 4 DE 355 na proposta do estudo da CORSAN; - Em qualquer situação é necessária a implantação de nova elevatória de água bruta; - A execução da adutora por gravidade seria em local muito desfavorável com elevado custo. - A ampliação do trecho de adutora por recalque situa-se em local de fácil acesso. - Também foram realizadas melhorias no lago de captação das bombas submersas, motivo pelo qual sugere-se a nova captação e tomada de água neste local. Face estas questões definiu-se pela execução de nova tomada de água no atual terreno da elevatória, desativação da adutora por gravidade e ampliação da adutora de água bruta no trecho de recalque composto por tubulações de ferro fundido DN 150 e PVC DEFOFO DN 200. 5.4.1.3. ELEVATÓRIA A elevatória existente é composta por várias pequenas edificações onde estão abrigados os grupos moto-bombas. As instalações estão em estado bastante precário, com grande risco da ocorrência de acidentes, em função da inexistência de fechamentos (portas e janelas), o que possibilita o acesso aos equipamentos. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 18 Também às condições para movimentação dos equipamentos é bastante precária pela ausência de monovias. O que vem ocorrendo nesta instalação são adequações em função de demandas do sistema em edificações que não mais atendem ao porte da elevatória. Assim, uma nova instalação será projetada com padrão para atender o atual porte da elevatória, bem como futuras ampliações. 5.4.1.4. DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO DE PROJETO Posta as condições anteriores, definiu-se pela implantação de nova edificação para instalação dos grupos elevatórios e quadros de comando. Também definiu-se a implantação de nova tomada de água no arroio Retiro no interior do terreno da elevatória, desativando-se a tomada de água na barragem de nível e a adutora por gravidade. Avaliando-se o terreno disponível para implantação das novas estruturas de captação e elevação, observa-se: - O local onde estão instaladas as bombas submersas para pré-recalque é o ponto mais favorável para implantação de tomada de água; - Os prédios da subestação transformadora e caixas das câmaras de manobras das tubulações em DN 350 e DN 150 são passíveis de aproveitamento. As demais edificações estão em estado precário e deverão ser demolidas, possibilitando melhor circulação no interior da área. Assim, sugere-se as seguintes ações para implantação da nova captação e elevatória de água bruta: - Deslocamento das bombas submersas para local que não interfira com a implantação da nova tomada de água e elevatória; - Interligação das bombas submersas ao sistema atual permitindo a manutenção das condições de abastecimento; - Execução de tomada de água em contra-fluxo para o poço úmido da elevatória; - Execução da elevatória no local onde estão instaladas atualmente as bombas submersas; - Demolição, após entrada em operação do novo sistema, das edificações atuais; - Ampliação do terceiro trecho da adutora. 5.4.1.5. DIMENSIONAMENTO DE UNIDADES O dimensionamento das unidades componentes da nova elevatória de água bruta de Veranópolis contemplará: - Ampliação da adutora de água bruta; - Novas instalações da elevatória de água bruta. 5.4.1.6. ADUTORA DE ÁGUA BRUTA A adutora de água bruta é composta por quatro trechos, apresentando estrangulamento no terceiro trecho, o qual será ampliado. 5.4.1.7. PARÂMETROS DE DIMESIONAMENTO Os parâmetros empregados para dimensionamento da adutora foram os seguintes: Vazão = 120,00 l/s - Diâmetro Equivalente de Projeto D = √Q = √0,120 = 0,346 m Será ampliado o terceiro trecho da adutora de modo que o diâmetro equivalente da linha fique próximo ao diâmetro equivalente determinado. - Composição da Adutora Composta por quatro trechos, a saber: P. Lei nº 118/2009 – Pág. 19 • 1º trecho DN 350 em ferro fundido (C = 130), comprimento 15 m - NOVO • 2º trecho DN 150 em ferro fundido (C = 100), comprimento 1.230 m - existente. DN 350 em ferro fundido (C = 130), comprimento 1.230 m - existente. • 3º trecho DN 150 em ferro fundido (C = 100), comprimento 1.280 m - existente. DN 200 em PVC DEFOFO (C = 150), comprimento 1.280 m – existente. DN 300 em PVC DEFOFO (C = 150), comprimento 1.280 m - NOVO. • 4º trecho DN 400 em ferro fundido (C = 130), comprimento 25 m - existente. - Extensão Total = 2.550 m - Diâmetro Equivalente Proposto • 1º trecho D1 = 350 mm – C1 = 130 – L1 = 15 m • 2º trecho D2a = 150 mm – C2a = 100 – L2a = 1.230 m D2b = 350 mm – C2b = 130 – L2b = 1.230 m C2 = 130 - L2 = 1.230 m Diâmetro equivalente do 2º trecho determinado pela equação de associação de canalizações em paralelo. 2,63 0,54 2,63 D2 * C2 = D2a * C2a + D2b * C2b 0,54 0,54 0,54 L2 L2a L2b 2,63 0,54 2,63 D2 * 130 = 0,15 * 100 + 0,35 * 130 0,54 0,54 0,54 1.230 1.230 1.230 D2 = 361 mm • 3º trecho D3a = 150 mm – C3a = 100 – L3a = 1.280 m D3b = 200 mm – C3b = 150 – L3b = 1.280 m D3c = 300 mm – C3c = 150 – L3c = 1.280 m C3 = 130 – L3 = 1.280 m Diâmetro equivalente do 3º trecho determinado pela equação de associação de canalizações em paralelo. 2,63 0,54 2,63 2,63 D3 * C3 = D3a * C3a + D3b + C3b * D3c * C3c 0,54 0,54 0,54 0,54 L3 L3a L3b L3c 2,63 0,54 2,63 2,63 D2 * 130 = 0,15 * 100 + 0,20 + 150 * 0,30 * 150 0,54 0,54 0,54 0,54 1.280 1.280 1.280 1.280 D3 = 365 mm • 4º trecho D4 = 400 mm – C4 = 130 – L4 = 25 m • Diâmetro equivalente da adutora D1 = 350 mm – C1 = 130 – L1 = 15 m D2 = 361 mm – C2 = 130 - L2 = 1.320 m D3 = 365 mm – C3 = 130 – L3 = 1.280 m D4 = 400 mm – C4 = 130 – L4 = 25 m C = 130 – L = 2.550 m Diâmetro equivalente da adutora determinado pela equação de associação de canalizações em série. L = L1 + L2 + L3 + L3 . 4,87 1,85 4,87 1,85 4,87 1,85 4,87 1,85 4,87 1,85 D *C D1 * C1 D2 * C2 D3 * C32 D3 * C32 D 2.550 = 15 + 1.230 + 1.280 + 25 . 1,85 4,87 1,85 4,87 1,85 4,87 1,85 4,87 1,85 *130 0,40 *130 0,361 *130 0,365 * 130 0,40 * 130 4,87 D = 363 mm - Velocidade P. Lei nº 118/2009 – Pág. 20 V= 4 x Q = 4 x 0,120 = 1,16 m/s 2 2 ¶xD ¶ x 0,363 - Material e Classe do tubo Em função das pressões de serviço, como paradigma de projeto será empregado tubo de PVC DEFOFO, ponta e bolsa com junta elástica no trecho a ser ampliado. 5.4.1.8. ELEMENTOS ACESSÓRIOS - Ancoragem Em todas as deflexões serão empregadas juntas travadas internas, com distância mínima de 12 metros para cada lado, conforme recomendação do fabricante dos tubos. Todas as conexões empregadas na adutora serão do tipo junta travada interna. As extensões a serem empregadas para junta travada estão indicadas nos desenhos da adutora. - Ventosas No ponto alto da adutora foi prevista ventosa com diâmetro de 50 mm. A ventosa será instalada em caixa de proteção conforme os detalhes constantes nos desenhos do projeto. - Registros de Descarga Será instalado somente um registro de descarga para a adutora, em DN 50 localizado no ponto baixo da adutora. - Vala Típica A seção típica da vala de escavação a ser adotada, terá as seguintes características básicas: • Largura = 80 cm • Base de Areia = 10 cm • Altura de Reenchimento Manual = 30 cm acima da geratriz superior do tubo. 6. LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 6.1. DEFINIÇÃO Segundo a norma brasileira NBR 10.004, de 1987 – Resíduos sólidos - classificação, resíduos sólidos são: “Aqueles resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível”. Essa definição torna evidente a diversidade e complexidade dos resíduos sólidos. Os resíduos sólidos de origem urbana (RSU) compreendem aqueles produzidos pelas inúmeras atividades desenvolvidas em áreas com aglomerações humanas do município, abrangendo resíduos de várias origens, como residencial, comercial, de estabelecimentos de saúde, industriais, da limpeza pública (varrição, capina, poda e outros), da construção civil e, finalmente, os agrícolas. Dentre os vários RSU gerados, são normalmente encaminhados para a disposição em aterros sob responsabilidade do poder municipal os resíduos de origem domiciliar ou aqueles com características similares, como os comerciais, e os resíduos da limpeza pública. 6.2. SITUAÇÃO EM VERANÓPOLIS P. Lei nº 118/2009 – Pág. 21 Veranópolis produz atualmente aproximadamente 20 toneladas de resíduos sólidos urbanos diariamente. A prestação deste serviço é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Urbanismo e Trânsito, que delega a competência da empresa terceirizada através de contrato. A coleta é realizada utilizando-se uma frota de 2 caminhões coletores-compactadores, abrangendo praticamente a totalidade das ruas localizadas na área urbana do município. A coleta nas comunidades do interior no município atualmente é realizada com uma freqüência bimestral. Os resíduos sólidos coletados são destinados ao aterro sanitário da empresa Sil Soluções Ambientais, localizado no município de Minas do Leão. No ano 2000, o Censo do IBGE contabilizou que do total de 5.586 domicílios cadastrados no município de Veranópolis, 83,76 % eram atendidos por serviço de coleta e destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Tabela 1 - Quantidade de resíduos sólidos urbanos recolhidos no Município de Veranópolis Ano Quantidade de Resíduos Recolhidos (ton./mês) 2000 350,00 2005 420,00 2006 481,93 2008 500,00 Fonte: IBGE/PNSB, Prefeitura de Veranópolis A tabela 2 apresenta os destinos finais, tratamentos e situação da coleta dos resíduos gerados por percentagem de domicílios, dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB, promovida pelo IBGE no ano de 2000. Tabela 2 - Destino final dos sólidos urbanos no Município de Veranópolis Destino Coletado Queimado Enterrado Jogado em terrenos baldios, logradouros ou rios Outro destino Fonte : IBGE/PNSB 2000 Porcentagem de domicílios 84,58 % 10,69 % 3,06 % 1,19 % 0,48 % 6.2.1. RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS A maioria dos resíduos sólidos industriais do município de Veranópolis tem a sua destinação gerenciada pelas empresas geradoras. A fiscalização do sistema de tratamento – coleta e destino – do lixo gerado pelas grandes indústrias cabe a FEPAM. Atualmente, a situação do gerenciamento dos resíduos sólidos industriais está sob controle e sem maiores interferências que possam causar danos ao meio ambiente. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 22 6.2.2. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Os geradores de resíduos de serviços de saúde são dois, um hospital e uma clínica: 01 beneficente e outro particular. O município mantém 05 postos de saúde sob sua administração. Todos os resíduos de serviços de saúde são coletados por empresa especializada e transportados para fora do município, onde é efetuada a destinação adequada, segundo a Legislação vigente, já que a empresa que efetua os serviços está plenamente regularizada do ponto de vista para o desempenho da atividade. 6.2.3. RESÍDUOS DAS ETE’s Observando o caráter de planejamento das futuras estações de tratamento de esgoto (ETE’s), cabe também prever a necessidade de coleta de lixo e lodo que deverá ser retirado, em volume e periodicidade a serem definidos no projeto executivo de cada ETE, bem como o destino adequado. Este serviço poderá ser contratado e operacionalizado pela concessionária de serviço de água e esgoto, ou em comum acordo com o município, o serviço de recolhimento de resíduos das ETE’s passe a fazer parte do contrato de recolhimento do lixo doméstico da cidade, desde que observado as condições específicas de equipamento e observando a legislação ambiental. 7. DRENAGEM URBANA A formação da Serra Geral, na região de estudo, foi condicionada por um acentuado controle tectônico marcado pela ocorrência de falhas e fraturas com direções preferenciais N70 – 75E, N35 – 40E e N20 – 30W (MAGNA, 1997). Esse controle também é observado pela disposição da rede de drenagem que ocorre encaixada nos principais lineamentos estruturais e que, consequentemente, define um padrão característico de quebras bruscas para os cursos fluviais. A topografia da área urbana de Veranópolis facilita o escoamento das águas pluviais para os arroios que circundam a cidade: arroio Retiro, arroio Major, arroio Jaboticaba, todos eles acabam por desaguar no Rio das Antas. Como a atual rede de esgoto é mista, o sistema de drenagem acaba servindo para escoar o esgoto cloacal para o mesmo destino, seguindo a declividade natural do relevo. A rodovia RSC 470 é praticamente um divisor de águas pluviais. O escoamento no centro da cidade é feito em redes com tubos de concreto, seguindo por galerias centrais para os arroios e pequenos riachos que circundam as extremidades dos bairros. O maior volume d´água parte da galeria da Palugana, que recebe a água e esgoto de toda região central da cidade. Uma caixa coletora, entre as ruas Flores da cunha e Pinheiro Machado, faz o controle de vazão nas enxurradas, pois como toda a área central é impermeabilizada, a água da chuva segue o declive natural para a galeria principal. Por isso, são constantes obras de manutenção, principalmente na descida para o Bairro Santo Antônio. Além de acompanhar a declividade do relevo, os projetos de ampliação e extensão das redes de drenagem devem observar: 1 – logística e comunicação de ramais, redes secundárias e galerias principais, interligando-se até os locais previstos para construção das Estações de tratamento de esgotos (ETE´s), em mapa anexo a este Plano; 2 – áreas passíveis a ajustes no grau de declividade para maior escoamento de água e aumento do diâmetro dos tubos e galerias em pontos de baixa declividade para reduzir os riscos de alagamento, como nos seguintes pontos: Rua Barão do Rio Branco (próximo ao Parque Municipal da Integração); RSC-470 e Rua Buarque de Macedo (entre o semáforo de acesso ao Bairro Medianeira e Posto Farina); Bairro Palugana, com diversos pontos de pequenos alagamento em dias de forte enxurrada. No capítulo que dispõem sobre o tratamento de esgoto, neste Plano, será especificado o estudo de concepção, elaborado pela CORSAN, para as ETE´s aproveitando a rede mista existente. Para os novos loteamentos, a Legislação Municipal na Lei 3.654, de 24 de novembro de 1998, artigo 7º, inciso IX, exige projeto da rede de esgoto e da rede pluvial acompanhado do memorial descritivo. Assim, os novos loteamentos passam a contar com separador absoluto para o transporte do esgoto cloacal, prevendo rede pluvial exclusiva para as águas das chuvas. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 23 Também é exigido fossa e filtro para as novas construções, sejam elas: residenciais, comerciais ou mistas. 8. ESGOTAMENTO SANITÁRIO 8.1. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTO O abastecimento de água de Veranópolis é realizado pela Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN, possuindo o sistema aproximadamente 7.117 economias e produção anual de 112.166 m³/mês através de duas captações no Arroio Retiro. O consumo médio mensal do sistema é de aproximadamente 11,51 m³/economia por mês, com índice de perdas em média de 27%. Esses dados foram fornecidos pela CORSAN, e tem como ano base 2004. A cidade não conta com dispositivos para coleta, transporte e adequação das águas servidas, sendo estas lançadas diretamente na rede pluvial, onde esta existe, ou em fossos negros. Tal condição implica na contaminação dos cursos de água da área urbana de Veranópolis, comprometendo a qualidade da água. O esgotamento sanitário é feito em 2.271 domicílios através da rede pluvial, em 2.083 domicílios por fossa séptica e 1.119 domicílios por fossa rudimentar. 8.2. PROBLEMAS SOCIAIS Na zona periférica destacamos três áreas onde ainda encontramos habitações cujas condições são consideradas precárias, visto que uma parte da população tem moradia de baixo padrão, baixa ou nenhuma renda e, poucas condições de higiene, alimentação, saúde e saneamento básico. As áreas são as seguintes: Bairro Santo Antônio / Aparecida Desde 1995 os Bairros Santo Antônio e Aparecida estão unificados. É onde se encontra o núcleo habitacional PROMORAR, entre as Ruas Capitão Pelegrino Guzzo e Ademir Simonetto, vinculado à Companhia de Habitação do Estado do Rio grande do Sul, com cerca de 90 habitações. Surgiram como embriões de alvenaria, de dois ambientes que no decorrer de sua implantação foram sendo ampliados conforme as necessidades e/ou possibilidades dos moradores. A maioria das ampliações que foram ocorrendo são mistas, não obedecendo a padrões técnicos de engenharia. A média de ambientes dessas moradias encontra-se na faixa de três a quatro. Toda a área possui infra-estrutura em saneamento básico, mas a população apesar de estar instruída pelos órgãos competentes não a utiliza adequadamente e, em algumas habitações as condições de higiene são precárias. No mesmo bairro, na encosta da Rua Capitão Pelegrino Guzzo e na Rua Benjamin Constant existem áreas públicas com habitações geralmente mistas, possuindo de 03 a 04 ambientes, em média, e saneamento básico completo. Em geral, as condições de habitabilidade são regulares, sendo que, neste local também são encontradas algumas residências com espaço físico restrito e higiene precária. Estima-se que existem nesse bairro cerca de 400 moradias. Bairro São Francisco Localiza-se na Rua Giuseppe Garibaldi, antiga zona do cemitério. Antiga área pública municipal, doada à Companhia de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul, que loteou e comercializou os terrenos aos habitantes que foram cadastrados na época da implantação. Os moradores possuem escritura pública dos referidos terrenos, pagando imposto normalmente. As habitações, são em geral, mistas de 03 a 04 ambientes cada, em condições regulares de habitabilidade. A área verde desse loteamento foi invadida a alguns anos por cerca de 60 famílias. Hoje há saneamento básico implantado no local. Certas casas encontram-se em precárias condições, sustentadas sobre pilares e colunas na encosta do morro. Observa-se também a repetência do fator de pouco espaço físico em relação ao grande número de moradores. Podemos elencar vários fatores que determinam as carências populacionais com a superlotação urbana, o aumento da migração do campo para a cidade e até outras cidades, o desemprego, o despreparo profissional, educacional e fatores complicadores como os portadores de doenças P. Lei nº 118/2009 – Pág. 24 crônicas, gestações precoces não planejadas, o uso abusivo de drogas (tabaco, álcool e outras substâncias), a carência cultural, a resistência a mudanças, crenças e tabus. Outro fator que hoje merece atenção é a miscigenação religiosa ganhando cada vez mais adeptos e com isso mudança, muitas vezes radical de estilo de vida. Melhorar as condições de vida desta população é um desafio. Não é só construindo áreas físicas, melhorando a aparência do local que os problemas se resolverão. Deve-se pensar em modificar o senso crítico do cidadão dando a eles condições de criar alternativas para melhoria da situação de vida. Tabela 1 - Pobreza e Desigualdade – Veranópolis - Ano 2003 Incidência da Pobreza Limite inferior da Incidência de Pobreza Limite superior da Incidência de Pobreza Incidência da Pobreza Subjetiva Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva Índice de Gini Limite inferior do Índice de Gini Limite superior do Índice de Gini 19,91 % 10,23 % 29,60 % 14,52 % 11,59 % 17,46 % 0,38 0,36 0,41 8.3. DOENÇAS RELACIONADAS À VEICULAÇÃO HÍDRICA O saneamento básico constitui-se em ação primordial do serviço público, pois está comprovado ser uma ação de eficácia e eficiência destacada, para prevenção diretamente de doenças de veiculação hídrica como doenças diarréicas, hepatite A ou leptospirose e, também indiretamente na elevação da qualidade de vida de uma população. Isto posto, verifica-se que em todos os anos há aumento do número de casos de diarréia em adultos e crianças no nosso Município, principalmente nos bairros acima citados. Observamos, portanto, através da equipe de Vigilância em Saúde a ocorrência dos seguintes números de casos para hepatite A e leptospirose: Leptospirose: Ano de 2004 – 01 caso confirmado Hepatite A - Ano de 2001 (surto) – 12 casos confirmados nos bairros Santo Antônio e Santa Rita. - Ano de 2002 – 03 casos confirmados. - Ano de 2003 – não teve nenhum caso. - Ano de 2004 – 04 casos. - Ano de 2005 – não teve nenhum caso. 8.4. DIVISÃO HIDROSSANITÁRIA Para a avaliação e estimativa de parâmetros, bem como a proposição de alternativas que definirão a Concepção do Sistema de Esgotos Sanitários (SES), torna-se indispensável à proposição do arranjo da área física da cidade em termos de bacias hidrossanitárias. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 25 As bacias hidrossanitárias são à base de planejamento do Sistema de Esgotos Sanitários de uma cidade. No caso específico de Veranópolis, a proposição da divisão hidrossanitária foi efetuada através de base cartográfica com zoneamento da zona urbana, imagem de satélite da cidade e curvas de nível. Os critérios para divisão hidrossanitária são fundamentados pelos seguintes aspectos: Convergência dos esgotos para mesmo local pelo caimento natural do terreno; Características homogêneas de ocupação do solo; Da análise das características hidrográficas da cidade e de ocupação do solo, pode-se concluir: A expansão urbana tem se desenvolvido na periferia do centro e em loteamentos situados às vezes afastado deste. A área urbana de Veranópolis representa 4,7% da área total do município. O Plano Diretor está em re-estudo não podendo ser utilizado para determinação de critérios, mas percebe-se o predomínio de área com construções verticais com maior densidade no centro do sítio urbano. Veranópolis, por se localizar na serra, tem característica geomorfológica bastante acidentada, possuindo vertentes para o arroio Major, arroio Retiro e arroio Jaboticaba. Face estas características, definiu-se por dividir o SES em sete bacias, contemplando toda a área urbana do distrito sede, de ordem com o dreno de cada uma. Assim, denominaram-se as bacias de: Bacia Retiro1 – AR1, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Retiro, drenado a maior parte da área urbana, incluindo o centro; Bacia Retiro 2 – AR2, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Retiro; Bacia Retiro 3 – AR3, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Retiro e uma pequena área ao norte da cidade, que seria contribuinte ao arroio Jaboticaba, e por viabilidade será atribuída à Bacia Retiro 3; Bacia Jaboticaba 1 – JB1, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Jaboticaba; Bacia Jaboticaba 2 – JB2, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Jaboticaba; Bacia Major 1 – MJ1, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Major; Bacia Major 2 – MJ2, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Major; A área total de projeto resultou 13,61 km², representando cerca de 4,7% da área total e 100% da área urbana do município. As características das bacias e sua delimitação estão indicadas no desenho 01/02 – Divisão de Bacias, no estudo do Sistema de Esgotos Sanitários de Veranópolis, realizado pela CORSAN, em 2006. 8.5. ESTUDO POPULACIONAL PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Engloba a atividade certamente mais difícil de planejamento urbano. A tentativa de estabelecer a provável tendência de crescimento populacional de uma cidade inclui muitas incertezas, decorrentes do grande número de variáveis que a compõe e da imprevisibilidade das mesmas. Entretanto, é ferramenta básica para determinação das características e do porte das unidades componentes do SES. A seqüência de apresentação das avaliações e seus resultados seguiram: Descrição da base de avaliação, ou seja, indicação dos aspectos e elementos que fundamentaram as projeções demográficas; Listagem dos métodos empregados para projeção populacional, com a indicação de expressões matemáticas e cálculo dos parâmetros básicos; A projeção populacional propriamente dita, com a justificativa do método selecionado e a distribuição demográfica para a área de projeto. Os parâmetros básicos para a projeção da população resultaram (tabela 19): P. Lei nº 118/2009 – Pág. 26 - População 1970: - População 1980: - População 1991: - População 2000: 4.094 habitantes 8.461 habitantes 11.637 habitantes 16.020 habitantes Tabela 2 - Pobreza e Desigualdade – Veranópolis - Ano 2003 Incidência da Pobreza Limite inferior da Incidência de Pobreza Limite superior da Incidência de Pobreza Incidência da Pobreza Subjetiva Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva Índice de Gini Limite inferior do Índice de Gini Limite superior do Índice de Gini 19,91 % 10,23 % 29,60 % 14,52 % 11,59 % 17,46 % 0,38 0,36 0,41 As taxas de crescimento populacional no último período 1991/2000 resultam em aproximadamente 487 habitantes por ano para o método aritmético e 3,62% ao ano para o método geométrico. Ano Urbana 1970 1980 1991 2000 4.904 8.461 11.637 16.020 Tabela 3 – Dados Censitários de Veranópolis (Distrito) População Domicílios Urbanos Taxas de crescimento Rural Total Nº Média Taxa Aritmética Geométrica 4.916 9.820 4.561 13.022 355,70 5,61 1.956 4,33 5.279 16.916 288,73 2,94 3.052 3,81 3.446 19.466 487,00 3,62 4.694 3,41 4,47 Fonte: FIBGE 8.5.1. CRESCIMENTO POPULACIONAL DE VERANÓPOLIS A projeção populacional foi efetuada pelos métodos aritmético e geométrico inicialmente considerando as taxas verificadas no período 1991/2000. Os parâmetros desta projeção estão indicados na Tabela 4, sendo: - Horizonte: 30 anos - Ano de início de plano: 2006 - Ano final de plano: 2035 Observa-se nas curvas a considerável diferença obtida entre um método e outro. O método geométrico apresentou população em final de plano da ordem de 50.000 habitantes, situação pouco provável com crescimento da ordem três vezes. Já o método aritmético apresentou população em final de plano de 33.065 habitantes o q implicaria em redução drástica da taxa de crescimento para pouco mais de 2,0% ao ano. Passou-se então, a avaliar outras taxas intermediárias de crescimento geométrico, ou seja: - Taxa constante de 3,5% ao ano; - Taxa constante de 3,00% ao ano; - Taxa de 2,50% ao ano; - Taxas variáveis ao longo do horizonte de 2,09% em 2001 até 1,60% em 2035 – estimativa elaborada pela CORSAN; Os resultados desta avaliação estão apresentados na Tabela 5 e Gráfico 1. As Taxas de 3,5%, 3,0% e 2,5% mostram poucas diferenças em relação aos resultados obtidos anteriormente. Conforme orientação da CORSAN será adotada a estimativa de crescimento populacional com taxas variáveis para o distrito de Veranópolis. A população de início de plano ficou em 16.345 habitantes (2006) e a de final de plano em 28.918 habitantes (2035). P. Lei nº 118/2009 – Pág. 27 8.5.2. CRESCIMENTO POPULACIONAL POR BACIA A população por bacia, em 2000, foi calculada proporcionalmente a taxa habitante por área total ocupada da cidade e a área ocupada da bacia. Para população de final de plano foram adotadas densidades populacionais de final de plano, para cada bacia, de acordo com o comportamento de crescimento da bacia e da cidade, sendo que, a taxa de crescimento obtida foi utilizada para fazer a projeção da população das bacias. Na Tabela 6 estão expressas as taxas de crescimento populacional por bacia. Nas tabelas 7 e 8, estão apresentados os resultados da projeção por bacia utilizando as taxas obtidas. Tabela 4 – Parâmetros de Projeção Demográfica – Veranópolis ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Tabela 5 – Projeções de População de Veranópolis (Distrito) Método Taxa a Corsan partir dos da2,50 3,00 3,50 Aritmético Taxa População dos IBGE 16.020 16.020 16.020 16.020 16.020 16.020 16.599 2,09 16.345 16.420 16.500 16.580 16.507 17.199 2,13 16.693 16.831 16.995 17.161 16.994 17.821 2,05 17.035 17.251 17.505 17.761 17.481 18.465 1,96 17.369 17.683 18.030 18.383 17.968 19.133 1,90 17.699 18.125 18.571 19.026 18.455 19.824 1,92 18.039 18.578 19.128 19.692 18.942 20.541 1,87 18.376 19.042 19.702 20.381 19.429 21.284 1,83 18.713 19.518 20.293 21.095 19.916 22.053 1,78 19.047 20.006 20.902 21.833 20.403 22.851 1,74 19.379 20.506 21.529 22.597 20.890 23.677 1,68 19.705 21.019 22.175 23.388 21.377 24.533 1,63 20.027 21.545 22.840 24.207 21.864 25.420 1,60 20.348 22.083 23.525 25.054 22.351 26.339 1,57 20.667 22.635 24.231 25.931 22.838 27.291 1,53 20.983 23.201 24.958 26.839 23.325 28.278 1,73 21.347 23.781 25.707 27.778 23.812 29.300 1,70 21.709 24.376 26.478 28.750 24.299 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 28 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 30.360 31.457 32.595 33.773 34.994 36.260 37.571 38.929 40.336 41.795 43.306 44.872 46.494 48.175 49.917 51.721 53.591 55.529 1,66 1,63 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 22.070 22.430 22.789 23.154 23.524 23.901 24.283 24.672 25.067 25.468 25.876 26.290 26.711 27.138 27.573 28.014 28.462 28.918 24.985 25.610 26.250 26.906 27.579 28.269 28.975 29.700 30.442 31.203 31.983 32.783 33.603 34.443 35.304 36.186 37.091 38.018 27.272 28.091 28.933 29.801 30.695 31.616 32.565 33.542 34.548 35.585 36.652 37.752 38.884 40.051 41.252 42.490 43.765 45.078 29.756 30.798 31.876 32.992 34.146 35.341 36.578 37.859 39.184 40.555 41.975 43.444 44.964 46.538 48.167 49.853 51.598 53.404 24.786 25.273 25.760 26.247 26.734 27.221 27.708 28.195 28.682 29.169 29.656 30.143 30.630 31.117 31.604 32.091 32.578 33.065 Gráfico 1 – Curvas de Crescimento Populacional Bacia Retiro 1 Retiro 2 Retiro 3 Major 1 Major 2 Tabela 6 – Taxas de Crescimento Populacional por Bacia Área População 2000 Total Hab/ha Hab/há População 8.125 426,70 19,04 30 12.801 2.040 294,8 6,92 15 4.422 31 55,60 0,55 11 611 1.991 184,80 10,77 20 3.696 2.172 193,50 11,22 20 3.870 Taxa 1,31 2,24 8,92 1,78 1,66 Jaboticaba 1 31 67,70 0,45 11 744 9,54 Jaboticaba 2 Total 1.632 16.020 138,10 1.361,20 11,82 11,77 20 2.762 28.906 1,52 Ano 2000 2001 Tabela 7 – Projeções de População por Bacia Bacia Retiro 1 Retiro 2 Retiro 3 8.125 2.040 31 8.231 2.085 33 Major 1 1.991 2.026 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 29 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 8.339 8.448 8.558 8.670 8.784 8.898 9.015 9.132 9.252 9.373 9.495 9.619 9.745 9.873 10.002 10.132 10.265 10.399 10.535 10.673 10.812 10.954 11.097 11.242 11.389 11.538 11.689 11.481 11.996 12.153 12.312 12.473 12.636 12.801 2.132 2.180 2.228 2.278 2.329 2.381 2.434 2.489 2.544 2.601 2.659 2.719 2.780 2.842 2.905 2.970 3.037 3.105 3.174 3.245 3.317 3.392 3.467 3.545 3.624 3.705 3.788 3.873 3.959 4.048 4.138 4.231 4.325 4.422 36 40 43 47 51 56 61 66 72 79 86 93 101 111 120 131 143 156 170 185 201 219 239 260 283 308 336 366 398 434 473 515 561 611 Tabela 8 – Projeções de População por Bairro Bacia Major 2 Jaboticaba 1 Jaboticaba 2 2.172 31 1.632 2.208 34 1.656 2.244 37 1.682 2.282 40 1.707 2.320 44 1.733 2.358 48 1.759 2.398 53 1.786 2.438 58 1.813 2.478 64 1.840 2.519 70 1.868 2.561 76 1.897 2.604 84 1.925 2.647 92 1.954 2.691 100 1.984 2.736 110 2.014 2.782 120 2.045 2.828 132 2.076 2.875 144 2.107 2.062 2.099 2.136 2.175 2.213 2.253 2.293 2.334 2.376 2.418 2.461 2.505 2.550 2.595 2.641 2.689 2.737 2.785 2.835 2.886 2.937 2.989 3.043 3.097 3.152 3.209 3.266 3.324 3.383 3.444 3.505 3.568 3.631 3.696 Total 1.020 16.273 16.532 16.795 17.063 17.335 17.613 17.896 18.184 18.478 18.778 19.083 19.394 19.712 20.036 20.366 20.704 21.048 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 30 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 Bacias Retiro 1 Retiro 2 Retiro 3 Major 1 Major 2 Jaboticaba 1 Jaboticaba 2 Total 2.923 2.972 3.021 3.071 3.123 3.175 3.227 3.281 3.336 3.391 3.448 3.505 3.563 3.623 3.683 3.744 3.807 3.870 158 173 190 208 228 249 273 299 328 359 393 431 472 517 566 620 679 744 2.139 2.171 2.204 2.238 2.272 2.306 2.341 2.376 2.412 2.449 2.486 2.524 2.562 2.601 2.640 2.680 2.721 2.762 21.400 21.760 22.128 22.504 22.889 23.283 23.686 24.100 24.524 24.958 25.405 25.863 26.334 26.818 27.317 27.830 28.359 28.906 Tabela 9 – Distribuição de Ruas por Bacias Ruas Atual Final de Plano Área (ha) km Km/ha Km/ha Km 426,70 35,92 0,08 0,10 42,67 294,80 10,64 0,04 0,10 29,48 55,60 1,00 0,02 0,06 3,34 184,80 11,98 0,06 0,10 18,48 193,50 13,70 0,07 0,10 19,35 67,70 1,00 0,01 0,06 4,06 138,10 7,40 0,05 0,10 13,81 1.361,20 81,64 0,06 0,10 131,19 8.5.3. DENSIFICAÇÃO VIÁRIA Como a cidade ainda possui áreas com grande probabilidade de crescimento populacional, foi elaborada uma estimativa do crescimento viário por bacias, podendo assim aproximar melhor as estimativas das contribuições futuras. Como parâmetros de projeção foram adotados: Extensão atual de ruas de cada bairro; Densidade de ruas por bairro em função da área. Estes elementos apresentados na Tabela 11 propiciaram a definição da taxa adotada, esta fundamentada na avaliação das plantas urbanas da cidade e o comportamento das áreas com uma ocupação viária atual já quase definida. Assim, adotaram-se taxas variáveis para final de plano. Bacias Retiro 1 Retiro 2 Retiro 3 Major 1 Major 2 Jaboticaba 1 Jaboticaba 2 Total Tabela 11 – Distribuição de Ruas por Bacias Ruas Atual Final de Plano Área (ha) km Km/ha Km/ha Km 426,70 35,92 0,08 0,10 42,67 294,80 10,64 0,04 0,10 29,48 55,60 1,00 0,02 0,06 3,34 184,80 11,98 0,06 0,10 18,48 193,50 13,70 0,07 0,10 19,35 67,70 1,00 0,01 0,06 4,06 138,10 7,40 0,05 0,10 13,81 1.361,20 81,64 0,06 0,10 131,19 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 31 Novamente foram distribuídos os bairros por bacia determinando-se a extensão de vias ao longo do horizonte de projeto. Estes resultados estão apresentados na Tabela 10. Ano Taxa Anual 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 Retiro 1 Tabela 10 – Projeção de Ruas por Bacia Bacia Jaboticaba Retiro 2 Retiro 3 Major 1 Major 2 1 Jaboticaba 2 Total 0,23 0,65 0,08 0,22 0,19 0,11 0,22 1,71 35,92 36,15 36,39 36,62 36,85 37,08 37,32 37,55 37,78 38,01 38,25 38,48 38,71 38,95 39,18 39,41 39,64 39,88 40,11 40,34 40,58 40,81 41,04 41,27 41,51 41,74 41,97 42,20 42,44 42,67 10,64 11,29 11,94 12,59 13,24 13,89 14,54 15,19 15,84 16,49 17,14 17,79 18,44 19,09 19,74 20,38 21,03 21,68 22,33 22,98 23,63 24,28 24,93 25,58 26,23 26,88 27,53 28,18 28,83 29,48 1,00 1,08 1,16 1,24 1,32 1,40 1,48 1,56 1,64 1,72 1,81 1,89 1,97 2,05 2,13 2,21 2,29 2,37 2,45 2,53 2,61 2,69 2,77 2,85 2,93 3,01 3,09 3,17 3,26 3,34 11,98 12,20 12,43 12,65 12,88 13,10 13,32 13,55 13,77 14,00 14,22 14,45 14,67 14,89 15,12 15,34 15,57 15,79 16,01 16,24 16,46 16,69 16,91 17,14 17,36 17,58 17,81 18,03 18,26 18,48 13,70 13,89 14,09 14,28 14,48 14,67 14,87 15,06 15,26 15,45 15,65 15,84 16,04 16,23 16,43 16,62 16,82 17,01 17,21 17,40 17,60 17,79 17,99 18,18 18,38 18,57 18,77 18,96 19,16 19,35 1,00 1,11 1,21 1,32 1,42 1,53 1,63 1,74 1,84 1,95 2,06 2,16 2,27 2,37 2,48 2,58 2,69 2,79 2,90 3,01 3,11 3,22 3,32 3,43 3,53 3,64 3,75 3,85 3,96 4,06 7,40 7,62 7,84 8,06 8,28 8,51 8,73 8,95 9,17 9,39 9,61 9,83 10,05 10,27 10,49 10,72 10,94 11,16 11,38 11,60 11,82 12,04 12,26 12,48 12,70 12,93 13,15 13,37 13,59 13,81 81,64 83,35 85,06 86,77 88,47 90,18 91,89 93,60 95,31 97,02 98,73 100,43 102,14 103,85 105,56 107,27 108,98 110,69 112,39 114,10 115,81 117,52 119,23 120,94 122,65 124,35 126,06 127,77 129,48 131,19 8.6. ESTIMATIVA DE CONTRIBUIÇÕES Sob o título de estimativa de contribuições determinaram-se neste estudo duas das principais características que conduzem para a proposição de técnicas para adequada abordagem da coleta, transporte, condicionamento e disposição final de efluentes líquidos, quais sejam os aspectos quantitativos e qualitativos destes. 8.6.1 CONTRIBUIÇÕES DOMÉSTICAS Estabelecida a provável tendência de crescimento da população, é necessário para definir-se o porte das unidades componentes do SES, os valores de vazões a esgotar ou tratar de esgotos sanitários. Esta determinação é efetuada, tendo em vista a população a ser atendida e os parâmetros de consumo e retorno de água. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 32 Como o sistema de abastecimento de água teve estudo recente, neste ficaram definidos os principais parâmetros de consumo, quais sejam: Per capita de abastecimento (q): 139,06l/hab.dia Coeficiente do dia de maior consumo (K1): 1,28 (sistema de água – CORSAN) Coeficiente da hora de maior consumo (K2): 1,50 Taxa de infiltração (Ti): 0,5 l/s.km Coeficiente de retorno água/esgoto (C): 0,8 Carga unitária de DBO (cp): 54 g/hab.dia Nas Tabelas 11, 12 e 13 estão apresentadas, respectivamente, as estimativas de vazões médias e máximas e carga por bacia. As estimativas de vazões médias e máximas e carga por bacia. As estimativas de vazões e carga pelas seguintes expressões: Qmed = C x q x P + Ti x L 86.400 Qmax = K1 x K2 x C x q x P + Ti x L 86.400 CDBO = cp x P 1.000 Onde: - Qmed = vazão média, em l/s - Qmax = vazão máxima, em l/s - CDBO = carga diária de DBO, em kg DBO/dia - L = extensão de rede, km - P = população, habitantes Na Tabela 14 foi apresentado um resumo das vazões e cargas as quais resultaram em 63,50 l/s para início de plano e 102,81 l/s para final de plano. Tabela 11 – Vazões Médias Domésticas por Bacia (L/S) Bacias Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 Retiro 1 Retiro 2 Retiro 3 Major 1 Major 2 29,27 29,53 29,80 30,07 30,34 30,61 30,88 31,16 31,44 31,72 32,00 32,29 32,57 32,86 33,15 33,45 33,74 34,04 34,34 34,65 34,95 35,26 35,57 35,88 36,20 36,52 36,84 37,16 37,49 37,82 8,32 8,71 9,10 9,50 9,90 10,29 10,69 11,09 11,50 11,90 12,31 12,72 13,13 13,54 13,95 14,37 14,79 15,21 15,63 16,06 16,48 16,91 17,34 17,78 18,21 18,65 19,09 19,54 19,98 20,43 0,57 0,61 0,66 0,71 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 1,06 1,11 1,17 1,22 1,28 1,34 1,40 1,47 1,53 1,60 1,67 1,74 1,82 1,90 1,98 2,07 2,16 2,25 2,35 2,45 8,84 9,00 9,17 9,33 9,50 9,66 9,83 10,00 10,17 10,34 10,51 10,68 10,86 11,03 11,21 11,39 11,56 11,74 11,93 12,11 12,29 12,47 12,66 12,85 13,04 13,23 13,42 13,61 13,80 14,00 9,94 10,09 10,24 10,39 10,54 10,69 10,84 11,00 11,15 11,31 11,47 11,62 11,78 11,94 12,10 12,27 12,43 12,59 12,76 12,93 13,09 13,26 13,43 13,60 13,78 13,95 14,12 14,30 14,48 14,66 Jaboticaba 1 0,57 0,63 0,69 0,75 0,81 0,87 0,93 1,00 1,06 1,13 1,20 1,27 1,34 1,41 1,48 1,56 1,64 1,72 1,80 1,89 1,98 2,07 2,17 2,27 2,37 2,49 2,60 2,72 2,85 2,99 Jaboticaba 2 6,00 6,14 6,29 6,44 6,58 6,73 6,88 7,03 7,18 7,33 7,48 7,63 7,78 7,93 8,09 8,24 8,39 8,55 8,70 8,86 9,02 9,17 9,33 9,49 9,65 9,81 9,97 10,13 10,30 10,46 Total 63,50 64,72 65,94 67,18 68,42 69,66 70,92 72,18 73,45 74,73 76,02 77,32 78,63 79,94 81,27 82,61 83,96 85,32 86,70 88,08 89,48 90,90 92,33 93,77 95,23 96,71 98,20 99,72 101,26 102,81 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 33 Tabela 12 – Vazões Máximas Domésticas por Bacia (L/S) Bacias Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 Retiro 1 Retiro 2 Retiro 3 Major 1 Major 2 38,32 38,70 39,09 39,48 39,87 40,26 40,67 41,07 41,48 41,89 42,30 42,72 43,15 43,57 44,01 44,44 44,88 45,33 45,77 46,23 46,68 47,14 47,61 48,08 48,56 49,04 49,52 50,01 50,50 51,00 10,72 11,16 11,61 12,06 12,52 12,97 13,43 13,90 14,36 14,83 15,30 15,78 16,26 16,74 17,22 17,71 18,21 18,70 19,20 19,71 20,22 20,73 21,25 21,77 22,29 22,82 23,36 23,90 24,44 24,99 0,62 0,67 0,72 0,77 0,83 0,88 0,94 1,00 1,06 1,12 1,18 1,25 1,31 1,38 1,46 1,53 1,61 1,69 1,78 1,87 1,96 2,06 2,16 2,27 2,39 2,51 2,64 2,78 2,93 3,08 11,12 11,32 11,53 11,74 11,94 12,15 12,37 12,58 12,80 13,01 13,23 13,45 13,68 13,90 14,13 14,36 14,59 14,82 15,06 15,30 15,54 15,78 16,02 16,27 16,52 16,77 17,03 17,28 17,54 17,81 12,41 12,60 12,79 12,98 13,18 13,37 13,57 13,77 13,97 14,17 14,38 14,59 14,79 15,00 15,22 15,43 15,65 15,86 16,08 16,31 16,53 16,76 16,98 17,21 17,45 17,68 17,92 18,16 18,40 18,64 Jaboticaba 1 0,62 0,69 0,75 0,82 0,89 0,96 1,03 1,10 1,18 1,25 1,33 1,42 1,50 1,59 1,68 1,77 1,87 1,98 2,08 2,20 2,32 2,44 2,57 2,71 2,86 3,02 3,18 3,36 3,55 3,76 Jaboticaba 2 7,84 8,01 8,19 8,36 8,54 8,71 8,89 9,07 9,25 9,43 9,62 9,80 9,98 10,17 10,36 10,54 10,73 10,92 11,11 11,31 11,50 11,70 11,89 12,09 12,29 12,49 12,69 12,90 13,10 13,31 Total 81,64 83,15 84,68 86,21 87,76 89,32 90,90 92,49 94,09 95,71 73,35 99,00 100,67 102,36 104,07 105,79 107,54 109,31 111,10 112,91 114,74 116,61 118,49 120,41 122,36 124,33 126,34 128,39 130,47 132,59 Tabela 13 – Carga Orgânica Doméstica por Bacia (kg DBO/dia) Bacias Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 Retiro 1 Retiro 2 Retiro 3 Major 1 Major 2 474,31 480,81 486,79 493,15 499,60 506,13 512,75 519,45 526,24 533,12 540,09 547,15 554,30 561,55 568,89 576,33 583,86 591,49 599,23 607,06 615,00 623,04 631,18 639,43 647,79 656,26 664,84 673,53 682,33 125,77 128,58 131,45 134,39 137,40 140,47 143,61 146,82 150,10 153,46 156,89 160,39 163,98 167,64 171,39 175,22 179,14 183,14 187,24 191,42 195,70 200,08 204,55 209,12 213,80 218,58 223,46 228,46 233,57 2,77 3,01 3,28 3,57 3,89 4,24 4,62 5,03 5,48 5,97 6,50 7,08 7,72 8,40 9,15 9,97 10,86 11,83 12,88 14,03 15,29 16,65 18,14 19,76 21,52 23,44 25,53 27,81 30,29 119,52 121,65 123,82 126,03 128,28 130,57 132,90 135,27 137,68 140,14 142,64 145,18 147,77 150,41 153,09 155,82 158,60 161,43 164,31 167,24 170,22 173,26 176,35 179,50 182,70 185,96 189,27 192,65 196,09 129,48 131,63 133,82 136,05 138,31 140,62 142,96 145,34 147,76 150,21 152,72 155,26 157,84 160,47 163,14 165,86 168,62 171,42 174,28 177,18 180,13 183,13 186,17 189,27 192,42 195,63 198,88 202,19 205,56 Jaboticaba 1 2,86 3,13 3,43 3,76 4,12 4,51 4,94 5,41 5,93 6,50 7,12 7,79 8,54 9,35 10,24 11,22 12,29 13,46 14,75 16,15 17,70 19,38 21,23 23,26 25,48 27,91 30,57 33,48 36,68 Jaboticaba 2 96,43 97,90 99,38 100,88 102,41 103,96 105,54 107,14 108,76 110,41 112,08 113,78 115,50 117,25 119,03 120,83 122,66 124,52 126,41 128,33 120,27 132,24 134,25 136,28 138,35 140,44 142,57 144,73 146,92 Total 951,14 966,42 981,98 997,85 1.014,02 1.030,50 1.047,31 1.064,46 1.081,95 1.099,81 1.118,03 1.136,64 1.155,65 1.175,08 1.194,94 1.215,25 1.236,04 1.257,31 1.279,10 1.301,42 1.324,30 1.347,78 1.371,87 1.396,62 1.422,05 1.448,21 1.475,13 1.502,85 1.531,44 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 34 2035 691,25 238,79 32,99 199,58 208,98 40,18 149,15 1.560,92 Tabela 14 – Vazões e Cargas Contribuintes por Bacia Retiro 1 416,70 População (hab) Inicial Final 8.784 12.801 Retiro 2 294,80 2.329 4.422 10,64 29,48 8,32 20,43 10,72 24,99 125,77 238,79 174,98 135,25 Retiro 3 55,60 51 611 1,00 3,34 0,57 2,45 0,62 3,08 2,77 32,99 56,57 155,57 Major 1 184,80 2.213 3.696 11,98 18,48 8,84 14,00 11,12 17,81 119,52 199,58 156,49 165,01 Major 2 193,50 2.398 3.870 13,70 19,35 9,94 14,66 12,41 18,64 129,48 208,98 150,80 165,01 Área (Ha) Bacia Ext. Rede (km) Inicial 35,92 Final 42,67 Vazão Média (l/s) Inicial Final 29,27 37,82 Vazão Máxima (l/s) Inicial Final 38,32 51,00 Carga (kg DBO/dia) Inicial Final 474,31 691,25 Inicial 187,56 FinaI 211,56 DBO (mg/l) Jaboticaba 1 67,70 53 744 1,00 4,06 0,57 2,99 0,62 3,76 2,86 40,18 58,28 155,57 Jaboticaba 2 138,10 1.786 2.762 7,40 13,81 6,00 10,46 7,84 13,31 96,43 149,15 186,04 165,01 Total 1.361,20 17.614 28.906 81,64 131,19 63,50 102,81 81,64 132,59 951,14 1.560,92 173,36 175,72 SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS DE VERANÓPOLIS 8.6.2. CONTRIBUIÇÕES INDUSTRIAIS As indústrias atualmente instaladas na região não farão contribuição para o sistema de esgoto e em pesquisa realizada junto a FEPAM, não foram localizados novos pedidos de licença industrial. 8.6.3. CONTIBUIÇÕES PLUVIAIS Está sendo estudada a possibilidade da adoção de sistema misto, na parte do centro da cidade, onde já possui sistema coletor pluvial. As vazões de derivação para o sistema misto-interceptores serão determinadas de forma a assegurar-se a coleta dos volumes em 90% do tempo, ou seja, ocorrerão extravasamentos somente em precipitações de maior intensidade. O método a ser empregado para determinação das cargas será o racional, expresso por: Q = C * I * A, onde: - Q = descarga em m³/s - C = coeficiente de escoamento superficial, adotado em 0,60 em função das características de ocupação do solo – urbanização com predominância de construções horizontais. - I = intensidade de precipitação - A = área de contribuição A intensidade de precipitação foi determinada a partira de estação pluviométrica da ANA de Nova Prata situada próxima a Veranópolis, devido à ausência de dados da estação de Veranópolis. - Estação: 02851024 - Nome da Estação: Prata - Cidade: Nova Prata - Entidade Responsável: ANA Latitude: -28º46’07” Longitude: -51º37’12” As avaliações de freqüência apresentadas na Tabela 15, 16 e Gráfico 1, indicaram intensidade de precipitação de 1,50 mm/h. Tabela 15 – Alturas de Chuva em 24 horas x Freqüência Estação Prata – Nova Prata/RS H(mm) N F(%) H(mm) N F(%) H(mm) N F(%) H(mm) 0 3 99,93 1 363 90,93 2 641 83,99 3 10 2.124 46,94 11 2.164 45,94 12 2.272 43,24 13 20 2.978 25,61 21 2.996 25,16 22 3.069 23,33 23 30 3.439 14,09 31 3.451 13,79 32 3.480 13,07 33 40 3.699 7,59 41 3.704 7,47 42 3.730 6,82 43 50 3.833 4,25 51 3.837 4,15 52 3.853 3,75 53 60 3.917 2,15 61 3.923 2,00 62 3.926 1,92 63 70 3.961 1,05 71 3.961 1,05 72 3.964 0,97 73 80 3.984 0,47 81 3.984 0,47 82 3.986 0,42 83 90 3.994 0,22 91 3.996 0,17 92 3.997 0,15 93 100 4.000 0,07 101 4.000 0,07 102 4.000 0,07 103 110 4.000 0,07 111 4.000 0,07 112 4.000 0,07 113 120 4.000 0,07 121 4.000 0,07 122 4.000 0,07 123 130 4.000 0,07 131 4.000 0,07 132 4.000 0,07 133 140 4.001 0,05 141 4.002 0,02 142 4.002 0,02 143 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 35 N F(%) H(mm) N F(%) H(mm) N F(%) H(mm) N F(%) H(mm) N F(%) H(mm) N F(%) H(mm) N F(%) 932 76,72 4 1.171 70,75 5 1.396 65,13 6 1.581 60,50 7 1.741 56,51 8 1.884 52,94 9 2.035 49,16 2.358 41,09 14 2.455 38,67 15 2.563 35,97 16 2.666 33,40 17 2.761 31,03 18 2.851 28,78 19 2.940 26,56 3.131 21,78 24 3.197 20,13 25 3.249 18,84 26 3.297 17,64 27 3.345 16,44 28 3.382 15,51 29 3.425 14,44 Freqüência (%) 100 50 20 10 2 1 3.509 12,34 34 3.543 11,49 35 3.580 10,57 36 3.607 9,89 37 3.634 9,22 38 3.659 8,59 39 3.683 7,99 3.752 6,27 44 3.762 6,02 45 3.776 5,67 46 3.796 5,17 47 3.807 4,90 48 3.822 4,52 49 3.829 4,35 3.866 3,42 54 3.874 3,22 55 3.883 3,00 56 3.888 2,87 57 3.895 2,70 58 3.904 2,47 59 3.912 2,27 3.933 1,75 64 3.935 1,70 65 3.943 1,50 66 3.948 1,37 67 3.950 1,32 68 3.953 1,25 69 3.958 1,12 3.969 0,85 74 3.972 0,77 75 3.977 0,65 76 3.980 0,57 77 3.981 0,55 78 3.981 0,55 79 3.982 0,52 3.986 0,42 84 3.987 0,40 85 3.989 0,35 86 3.991 0,30 87 3.993 0,25 88 3.993 0,25 89 3.994 0,22 3.998 0,12 94 3.998 0,12 95 3.998 0,12 96 3.998 0,12 97 3.998 0,12 98 4.000 0,07 99 4.000 0,07 4.000 0,07 104 4.000 0,07 105 4.000 0,07 106 4.000 0,07 107 4.000 0,07 108 4.000 0,07 109 4.000 0,07 Tabela 16 – Intensidade de Precipitação x Freqüência Estação Prata Tempo de Retorno Altura (anos) (mm) 1 1 2 9 5 25 10 36 50 62 100 72 4.000 0,07 114 4.000 0,07 115 4.000 0,07 116 4.000 0,07 117 4.000 0,07 118 4.000 0,07 119 4.000 0,07 4.000 0,07 124 4.000 0,07 125 4.000 0,07 126 4.000 0,07 127 4.000 0,07 128 4.000 0,07 129 4.000 0,07 4.000 0,07 134 4.000 0,07 135 4.000 0,07 136 4.000 0,07 137 4.001 0,05 138 4.001 0,05 139 4.001 0,05 Intensidade (mm/h) 0,042 0,375 1,042 1,500 2,583 3,000 Gráfico 1 – Intensidade de Precipitação x Freqüência 8.6.4. CORPO RECEPTOR O corpo receptor do sistema de esgotos sanitários de Veranópolis será o arroio Retiro, corpo hídrico para onde drena a maior parte da área central urbana. De acordo com informações da captação de água no arroio, no período de estiagem, meados de janeiro de 2006, o oxigênio dissolvido era de 6,4 mg e a matéria orgânica 3,7 mg/l. - Características da bacia hidrográfica 4.002 0,02 144 4.002 0,02 180 4.002 0,02 181 4.002 0,02 182 4.002 0,02 183 4.003 0,00 184 4.003 0,00 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 36 As principais características da bacia hidrográfica do arroio Retiro no ponto de lançamento são: Área (S) = 109,9 km² Desenvolvimento do talvegue (L) = 71 km Desnível (H) = 410 m - Avaliação de descargas: Neste item estão apontados os resultados obtidos para as avaliações de descargas no corpo receptor do sistema de esgotos sanitários de Veranópolis, arroio Retiro. A avaliação de descargas foi elaborada empregando as medições da Estação Fluviométrica Ponte do Prata, Rio da Prata, situada a 10 km da cidade de Nova Prata. Estação: 86420000 Nome da Estação: Ponte do Prata Curso de água: Rio da Prata Cidade: Nova Prata Entidade Responsável: ANA Área de Drenagem: 319 km² Latitude: 28º40’45” Longitude: 51º36’38” Início da Operação: 01/1960 Final da Operação: em operação Os dados desta estação estão disponibilizados no banco de dados da ANA. A vazão mínima (Q1,100) para o rio da Prata em Ponte do Prata é de 490 l/s. A vazão média observado no período 1960 – 2002 foi de 10,14 m³/s e máxima de 265,40 m³/s. Os demais corpos hídricos (arroio Retiro, arroio Jaboticaba e arroio Major) tiveram suas vazões determinadas por regionalização, ou seja: Qarroio = Qprata * K K = Sarroio / Sprata Os resultados obtidos para os mananciais foram os seguintes: - Rio da Prata Bacia de contribuição: 319,00 km² Vazão mínima: 490 l/s - Arroio Retiro Bacia de contribuição: 109,9 km² Vazão mínima: 167 l/s - Arroio Major Bacia de contribuição: 13,15 km² Vazão mínima: 20,03 l/s - Arroio Jaboticaba Bacia de contribuição: 29,36 km² Vazão mínima: 45 l/s No desenho 01/01, do estudo do Sistema de Esgotos Sanitários, realizado pela CORSAN, é apresentado a bacia hidrográfica e a localização dos mananciais para a regionalização. Nas Tabelas 17 a 24, estão apresentadas as médias mensais do período de observação empregado nas estimativas, as descargas mínimas e máximas do banco de dados. As Figuras 2 e 3 representam as curvas: período de retorno x descarga. - Qualidade e usos da água O arroio Retiro apresenta boas condições quanto a qualidade de suas águas, sendo um dos motivos, não possuir descargas concentradas ao longo do seu curso. Fica evidenciado em inspeções locais que o agente contaminante é o esgoto doméstico, principalmente pela ocorrência de pontos com concentração de matéria orgânica. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 37 Quanto aos usos da água o principal é a utilização deste corpo hídrico para abastecimento da própria cidade. Em função dos usos predominantes da água, a revisão da Resolução CONAMA nº 357/2005, estabelece, em função dos usos predominantes: Águas Doces – Classe 1: Águas destinadas ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; recreação de contato primário; proteção das comunidades aquáticas; irrigação de hortaliças; proteção de comunidades aquáticas em terras indígenas. DBO5 até mg/L O2; Oxigênio dissolvido não inferior a 6 mg/L O2; pH de 6,0 a 9,0. Tabela 17 – Vazões Médias do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata Ano 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Média Jan 1,55 8,78 3,05 2,60 1,92 2,09 7,07 5,25 1,73 5,48 2,27 7,83 2,74 12,79 5,91 2,42 9,96 12,74 4,08 1,10 3,55 5,71 1,63 4,90 5,87 2,14 0,77 5,17 4,74 5,86 11,68 2,75 4,60 11,03 2,44 27,82 16,04 2,54 23,92 1,26 2,46 8,91 3,77 6,07 Fev 1,90 3,09 1,08 4,43 1,42 1,14 19,39 3,69 1,10 7,01 2,80 8,48 10,81 4,35 8,61 4,28 6,41 7,44 2,30 1,16 1,97 16,95 1,74 12,76 5,66 6,61 1,03 5,74 7,67 5,84 5,17 2,13 5,81 8,45 8,38 5,02 10,53 10,72 21,95 1,91 2,01 10,88 2,38 6,10 Mar 2,46 10,23 0,90 8,84 0,83 0,78 13,37 5,33 1,75 2,57 6,11 10,71 5,59 3,77 6,62 3,94 4,03 8,84 3,72 1,46 3,36 2,96 1,05 17,32 4,28 11,05 1,85 1,73 1,45 8,60 4,43 0,92 5,27 8,98 6,40 8,89 6,10 8,10 11,75 0,91 2,00 3,72 1,70 5,22 Abr 1,81 9,24 1,59 2,97 5,09 1,09 3,58 3,63 2,79 2,56 2,62 8,69 8,57 3,40 3,05 3,45 2,83 5,68 0,97 1,07 1,52 1,94 0,72 13,58 9,25 11,19 11,65 15,42 3,48 4,79 18,76 1,42 5,96 4,86 12,17 2,65 5,13 1,77 15,98 8,65 2,15 8,42 2,55 5,55 Mai 1,19 3,85 1,91 1,46 2,74 1,10 1,69 1,82 2,32 2,74 8,15 9,02 3,73 10,70 7,98 2,34 5,36 2,04 0,98 3,89 6,9 1,81 0,72 27,65 22,41 10,83 5,90 34,65 8,55 8,24 14,34 1,07 10,69 9,01 28,20 1,37 1,95 1,41 14,87 4,48 3,29 11,49 8,48 7,29 Meses Jun Jul 5,14 3,01 14,88 9,89 1,24 2,84 1,26 1,17 2,19 3,64 1,22 2,22 12,89 16,03 2,64 10,67 2,03 7,38 7,49 3,37 9,36 15,64 12,00 15,11 16,06 14,18 12,70 15,46 13,12 4,06 7,25 4,41 5,66 6,72 10,00 13,58 0,86 10,43 3,32 11,79 2,41 9,42 6,42 2,17 7,93 20,46 15,70 36,69 14,07 18,96 5,92 5,54 8,28 7,52 9,43 21,49 13,99 3,92 2,25 16,31 29,37 11,35 13,76 8,52 16,80 23,69 8,69 34,49 24,28 27,17 9,33 15,62 8,62 10,83 13,12 14,24 9,89 17,47 6,63 15,42 7,96 12,12 7,59 18,66 12,30 15,91 9,21 12,55 Ago 15,29 8,27 2,37 14,31 9,14 31,82 18,81 15,12 1,61 3,07 10,07 24,40 31,50 21,43 3,19 17,86 19,33 29,64 6,18 10,49 18,74 1,89 11,41 27,96 20,70 19,22 10,24 18,79 2,14 11,20 3,38 7,12 17,88 4,40 4,41 8,36 25,32 24,25 21,47 4,84 4,44 3,96 13,55 13,48 Set 18,52 33,38 5,56 15,84 12,62 25,45 23,79 38,25 6,27 12,06 5,3 5,14 20,03 18,68 4,43 25,40 5,75 6,41 12,55 3,02 15,42 13,76 7,53 6,58 13,00 12,87 8,54 13,05 33,80 46,02 25,15 2,52 16,86 17,57 4,30 8,11 16,05 4,52 18,33 5,69 22,23 18,01 14,67 14,95 Out 9,19 21,02 2,23 27,67 4,27 8,88 17,07 9,06 3,61 3,54 7,73 3,75 9,51 9,39 2,02 9,33 5,54 2,99 5,09 23,54 10,32 8,03 32,63 10,14 15,34 3,42 9,47 18,77 8,04 15,01 19,79 6,93 5,49 7,10 37,25 14,42 18,01 39,97 7,23 11,19 26,80 28,86 14,11 12,88 Nov 9,04 11,27 1,68 9,80 2,15 6,14 10,13 3,64 10,85 6,23 3,20 1,99 19,42 6,93 4,66 8,10 12,85 4,02 10,57 16,02 14,12 8,89 32,67 4,67 10,04 1,72 11,93 6,23 8,33 9,17 9,05 6,19 8,35 3,32 15,19 2,38 6,12 28,96 3,54 3,58 8,50 5,53 14,26 8,87 Média Dez 4,85 6,12 0,76 5,82 2,62 10,04 15,79 4,84 2,37 2,56 17,51 1,33 8,45 4,17 6,69 7,27 9,24 3,37 3,79 21,83 14,37 3,25 4,56 2,94 4,77 1,37 6,73 4,12 3,38 3,22 6,50 10,45 2,04 17,80 8,61 1,58 2,79 7,71 1,97 4,29 4,99 7,21 18,01 6,56 6,16 11,67 2,10 8,01 4,05 7,66 13,30 8,66 3,65 4,89 7,56 9,04 12,55 10,31 5,86 8,00 7,81 8,90 5,13 8,22 8,51 6,15 10,25 15,07 12,03 7,66 6,99 12,88 8,29 11,38 13,25 5,32 10,29 11,31 14,90 8,80 10,62 13,11 14,03 5,74 8,25 11,10 10,14 9,06 Tabela 18 – Vazões Mínimas do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata Ano 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 Jan 0,87 2,30 1,35 0,51 0,87 0,83 2,30 2,77 Fev 0,87 1,58 0,83 1,35 0,76 0,73 3,25 1,82 Mar 0,83 1,58 0,80 0,83 0,58 0,65 2,77 2,30 Abr 1,35 4,62 0,76 0,87 0,69 0,58 1,82 1,58 Mai 0,87 2,06 0,69 0,87 0,83 0,73 0,87 1,35 Meses Jun Jul 0,87 1,82 1,82 5,07 0,83 0,65 0,80 0,76 0,87 1,35 0,73 0,73 0,80 4,16 1,35 1,35 Ago 5,07 3,25 1,58 0,87 2,77 1,11 5,98 3,25 Set 8,94 10,08 2,30 3,25 4,16 10,08 5,98 10,08 Out 5,07 7,80 1,82 8,37 1,58 4,62 5,98 4,16 Nov 3,25 5,98 0,80 4,16 1,11 3,01 2,06 2,54 Dez 2,30 3,25 0,54 2,06 1,11 2,30 1,82 1,58 Média Mínimo 2,68 4,12 1,08 2,06 1,39 2,17 3,15 2,84 0,83 1,58 0,54 0,51 0,58 0,58 0,80 1,35 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 38 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1,11 1,82 1,82 3,01 0,76 2,30 2,54 0,87 3,25 2,54 1,11 0,76 1,58 2,77 0,80 2,06 0,80 2,06 1,11 3,25 1,58 2,54 2,54 1,82 2,30 2,77 1,11 0,73 0,87 5,07 0,80 1,82 0,73 1,35 1,11 3,71 2,06 2,06 3,01 1,35 2,06 1,58 1,35 0,83 1,35 1,58 0,80 6,89 1,11 1,35 2,30 3,25 3,25 1,82 2,06 2,06 1,11 2,30 0,51 0,76 0,73 0,87 0,62 5,98 1,35 1,58 2,30 3,71 2,06 4,62 1,35 1,35 1,35 1,11 0,76 0,83 1,11 0,83 0,58 12,36 1,11 2,06 3,25 3,25 2,54 3,25 4,62 4,16 2,77 1,11 0,76 2,06 1,58 0,83 0,65 4,16 1,58 2,30 4,62 5,07 5,53 4,62 3,01 2,54 3,25 4,16 0,76 2,54 1,82 1,58 6,89 8,37 1,11 2,06 4,16 5,07 4,62 4,62 1,82 2,54 3,25 8,37 3,25 3,71 3,25 0,87 5,98 6,89 0,87 1,82 3,25 3,01 8,37 7,35 2,06 10,65 1,58 2,77 2,54 1,82 7,80 2,77 2,77 3,25 2,06 2,30 2,77 2,06 3,25 2,77 0,87 3,01 1,82 1,82 2,06 4,16 3,01 3,71 6,89 3,71 2,77 2,30 2,54 0,87 7,35 2,54 2,06 1,82 4,16 1,82 3,01 6,44 4,16 2,06 10,08 2,30 1,58 1,82 1,82 0,69 2,30 1,82 2,06 3,25 2,77 1,58 1,82 3,71 4,16 2,30 2,77 1,35 1,35 1,90 2,59 3,08 3,64 3,36 2,33 2,95 2,47 2,66 1,59 2,36 2,62 2,10 3,30 4,93 0,73 1,35 1,11 0,69 0,76 1,82 0,87 0,87 1,11 1,11 0,51 0,73 0,73 0,83 0,58 1,35 Média Mínimo 3,71 3,41 2,18 3,68 2,17 3,24 4,62 1,68 3,96 3,19 4,67 2,91 2,88 3,77 5,52 2,08 2,57 3,36 3,64 2,93 1,82 0,76 0,65 1,11 0,87 0,87 2,30 0,80 1,35 1,35 1,35 0,80 1,35 0,80 1,35 0,65 0,87 1,82 0,80 Vazões Mínimas do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata Ano 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Média Mínimo Jan 2,77 1,82 0,65 2,06 1,82 0,87 3,25 0,80 2,30 2,30 1,35 5,98 1,35 0,87 10,65 0,87 1,35 2,77 1,82 2,01 0,51 Fev 3,25 1,82 0,65 3,01 2,30 2,77 2,77 0,87 2,77 3,25 1,35 4,16 5,07 4,16 6,44 0,80 1,35 5,07 1,35 2,22 0,65 Mar 2,06 2,54 0,69 1,11 0,87 3,25 2,30 0,80 2,77 4,16 4,16 2,06 2,30 1,82 5,98 0,65 0,87 1,82 0,87 1,94 0,58 Abr 1,82 5,98 0,83 1,35 0,87 1,82 5,07 0,80 2,30 2,77 2,30 1,35 1,82 1,35 3,25 1,82 0,87 2,30 0,80 1,90 0,51 Mai 4,16 4,62 2,06 5,07 2,54 2,54 2,77 0,87 2,30 4,16 5,07 0,87 1,35 0,80 7,35 2,06 1,82 4,16 1,82 2,37 0,58 Meses Jun Jul 5,53 6,89 3,25 3,01 3,25 3,25 4,16 4,16 2,54 2,54 1,82 3,25 11,22 5,07 0,87 3,25 5,07 7,80 3,25 4,16 10,08 8,37 0,80 8,37 1,35 4,83 1,11 2,77 3,25 6,89 3,25 3,25 1,82 3,25 2,77 5,98 2,98 4,16 2,66 3,85 0,65 0,65 Ago 5,07 8,94 3,25 8,94 1,35 2,54 2,30 3,25 11,22 1,82 2,30 4,16 3,25 5,53 7,80 2,54 2,30 2,30 4,16 3,92 0,87 Set 2,77 5,07 2,30 4,62 0,87 11,22 7,35 1,82 5,98 1,35 1,58 2,77 5,07 3,25 6,89 2,30 2,77 2,54 5,53 4,50 0,87 Out 4,16 2,30 3,25 4,16 3,25 4,16 5,98 1,82 1,82 5,07 11,22 2,30 5,07 10,08 4,62 3,25 7,80 4,62 7,80 4,15 0,87 Nov 3,25 0,83 3,25 3,25 5,07 2,77 4,16 2,77 1,82 1,82 4,16 1,35 1,82 11,22 1,82 2,30 4,16 2,77 5,98 3,34 0,80 Dez 2,77 0,76 2,77 2,30 2,06 1,82 3,25 2,30 1,35 4,16 4,16 0,80 1,35 2,30 1,35 1,82 2,51 3,25 6,44 2,29 0,54 0,51 Tabela 19 – Vazões Máximas do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata Ano 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 Jan 1,82 62,00 7,35 27,80 3,25 5,53 23,95 13,50 3,041 16,14 3,01 13,50 13,50 63,00 13,50 6,89 41,20 77,90 16,80 2,54 7,35 16,80 2,77 Fev 3,25 7,80 1,58 20,10 3,25 2,30 61,00 13,50 4,16 36,40 7,35 23,95 51,50 10,65 23,95 13,50 27,80 19,44 6,44 2,77 7,35 99,00 4,16 Mar 6,89 37,36 1,82 46,00 1,58 1,35 77,90 19,44 11,22 6,89 13,50 74,63 33,82 9,51 14,82 37,36 8,94 72,45 20,87 3,71 13,50 5,07 2,30 Abr 2,30 20,10 5,07 7,80 20,10 5,53 16,80 13,50 13,50 5,07 3,25 57,00 43,12 18,78 5,98 10,65 12,36 14,16 2,06 2,77 4,62 7,80 0,87 Mai 2,06 8,37 5,98 4,16 16,80 2,06 2,77 6,44 7,35 5,98 32,96 29,52 7,80 47,10 41,20 4,62 33,82 2,77 2,06 13,50 67,00 5,07 1,82 Jun 36,40 62,00 2,30 3,25 5,98 3,01 57,00 6,89 2,77 32,96 36,40 54,80 69,18 77,90 36,40 18,78 12,36 46,00 1,82 7,35 4,62 36,40 80,12 Meses Jul 5,53 20,10 6,44 2,77 11,22 6,44 77,90 64,00 36,40 5,07 63,00 53,70 69,18 53,70 7,35 8,94 17,46 46,00 77,90 47,10 109,00 3,01 71,36 Ago 89,00 20,10 3,71 67,00 36,40 173,00 89,00 84,56 2,30 6,44 16,14 73,54 142,00 57,00 20,10 85,67 70,27 128,00 13,50 32,10 89,00 6,89 27,80 Set 69,18 132,50 23,95 69,18 65,00 94,00 72,45 151,50 20,10 64,00 7,80 7,80 52,60 74,63 20,87 99,00 12,93 16,80 57,00 4,62 57,00 57,00 32,96 Out 23,95 89,00 2,77 77,90 13,50 20,10 36,40 27,80 11,79 11,79 20,10 11,79 32,96 53,70 5,53 31,24 11,22 6,44 10,65 73,54 46,00 16,14 132,50 Nov 20,10 23,95 4,62 27,80 6,89 12,93 36,40 7,80 42,16 40,24 6,44 4,62 73,54 38,32 13,50 51,50 55,90 12,36 67,00 106,00 67,00 32,10 129,80 Vazões Máximas do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata Dez 10,65 20,10 1,35 23,95 16,80 67,00 57,00 27,03 5,98 6,44 75,72 3,01 35,54 16,14 49,30 20,10 36,40 6,89 7,35 89,00 99,00 6,89 10,65 Máxima 89,00 132,50 23,95 77,90 65,00 173,00 89,00 151,50 42,16 64,00 75,72 74,63 142,00 77,90 49,30 99,00 70,27 128,00 77,90 106,00 109,00 99,00 132,50 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 39 Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun 1983 22,41 91,00 54,80 57,00 106,00 59,00 1984 11,22 12,93 12,93 51,50 84,56 1985 4,16 23,95 84,56 29,52 1986 1,11 2,30 8,94 1987 12,36 12,36 1988 49,30 1989 Meses Jul Máxima Ago Set Out Nov Dez 137,00 100,00 17,46 41,20 11,79 6,89 137,00 48,20 75,72 77,90 79,01 58,00 39,28 14,82 84,56 58,00 12,93 12,93 52,60 40,24 5,98 3,25 5,07 84,56 35,54 51,50 26,26 28,66 34,68 23,95 51,50 46,00 26,26 51,50 2,77 103,00 107,00 23,18 73,54 89,00 47,10 46,00 12,93 13,50 107,00 53,70 2,30 16,80 32,96 89,00 6,89 3,25 189,20 13,50 12,93 6,89 189,20 32,10 20,10 26,26 7,80 25,49 4,16 67,00 57,00 192,70 59,00 46,00 5,53 192,70 1990 27,80 7,80 6,89 59,00 196,30 99,00 27,80 5,07 89,00 62,00 14,82 13,50 196,30 1991 8,94 5,07 1,35 3,71 2,06 34,68 30,38 16,14 3,25 34,68 13,50 46,00 46,00 1992 13,50 8,37 7,80 14,16 77,90 50,40 67,00 39,28 57,00 12,36 36,40 2,77 77,90 1993 34,68 34,68 20,87 6,89 44,08 13,50 152,40 6,89 67,00 12,36 5,07 39,28 152,40 1994 5,07 32,10 10,65 62,00 91,00 66,00 89,00 7,80 59,00 140,00 57,00 34,68 140,00 1995 95,00 6,89 27,80 4,16 1,82 38,32 40,24 21,64 39,28 46,00 5,07 6,89 95,00 1996 62,00 20,10 18,78 12,93 5,98 36,40 37,52 128,90 58,00 103,00 14,82 4,16 128,90 1997 11,22 42,16 30,38 2,30 2,30 44,08 44,08 115,30 6,89 85,67 81,23 38,32 115,30 1998 83,45 84,56 32,10 94,00 36,40 44,08 59,00 108,00 104,00 22,41 7,80 3,25 108,00 1999 2,30 7,80 1,82 21,64 20,87 23,18 50,40 12,36 18,12 38,32 11,22 23,18 50,40 2000 5,98 5,07 4,16 6,89 10,08 73,54 61,00 13,50 73,54 145,00 26,26 10,15 145,00 2001 46,00 29,52 7,80 61,00 57,00 26,26 148,80 7,80 202,60 265,40 20,87 22,41 265,40 2002 22,41 5,53 5,07 13,50 54,80 67,00 99,00 86,78 40,24 44,08 67,00 82,34 99,00 Máxima 95,00 99,00 84,56 103,00 196,30 99,00 152,40 173,00 202,60 265,40 129,80 99,00 265,40 Tabela 20 – Vazões Mínimas Sete Dias do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata Ano 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 Jan 0,87 2,74 1,07 0,56 1,11 1,02 2,54 2,88 0,99 2,64 1,86 3,61 0,77 2,57 2,64 1,18 4,29 4,76 1,69 0,80 2,33 3,41 0,82 2,30 3,01 1,82 0,68 2,47 Fev 1,14 1,82 0,65 1,48 0,73 0,56 3,51 2,40 0,75 3,01 1,00 4,95 2,20 2,57 3,47 1,96 2,38 4,01 0,83 0,76 0,97 4,68 0,86 2,23 3,77 2,63 0,67 2,97 Mar 0,93 1,92 0,84 1,14 0,63 0,67 2,98 3,43 0,77 1,75 1,11 3,97 2,77 2,06 3,48 1,96 2,81 2,16 1,72 0,79 1,01 1,55 0,82 7,25 2,23 2,64 0,74 1,41 Abr 1,14 4,94 0,79 1,04 0,81 0,65 1,96 1,58 1,24 1,58 2,30 3,64 4,23 1,89 2,20 2,13 1,52 1,92 0,59 0,80 0,80 0,90 0,60 7,31 1,92 5,14 2,88 1,52 Mai 0,90 1,96 0,71 0,90 0,90 0,78 0,84 1,35 1,38 1,99 3,51 3,58 2,30 4,16 1,82 1,69 1,52 1,79 0,76 1,44 2,97 0,86 0,58 10,02 6,24 4,94 2,33 9,43 Meses Jun Jul 0,87 2,13 6,37 6,05 0,78 0,78 0,84 0,78 1,28 1,62 0,83 1,62 0,80 5,27 1,35 1,35 1,48 1,96 2,54 2,43 4,88 6,18 5,59 5,53 8,44 5,59 4,03 6,55 5,33 2,60 3,77 2,74 2,98 4,16 1,58 4,36 0,76 0,77 2,37 4,81 1,62 2,06 2,84 1,35 0,67 7,15 5,53 17,68 7,33 8,79 3,97 3,15 4,03 3,84 5,4 9,62 Ago 6,76 3,25 1,86 1,89 3,84 1,45 8,29 3,64 0,94 2,03 5,85 7,02 11,71 5,92 2,03 3,30 4,81 7,52 3,22 3,58 3,77 0,94 6,70 6,11 4,55 11,52 3,25 9,84 Set 9,48 13,04 2,60 4,75 4,42 10,98 7,59 10,68 0,87 5,95 3,97 3,08 9,43 6,83 2,03 14,37 2,16 3,11 2,98 2,16 5,59 2,94 3,41 3,71 3,32 5,01 2,64 5,33 Out 5,46 8,37 1,89 8,08 1,69 5,40 12,78 3,97 2,23 2,50 3,51 2,30 4,23 3,24 1,18 3,77 4,60 2,23 3,01 8,34 3,38 4,81 9,85 4,88 4,62 2,57 3,84 7,51 Nov 4,16 7,35 0,84 5,14 1,28 3,97 2,26 2,60 2,67 2,26 2,30 1,11 9,36 2,40 2,77 2,43 6,11 2,43 4,13 8,48 6,24 2,94 8,97 1,96 3,71 0,81 3,38 3,64 Dez 2,64 3,38 0,54 2,20 1,24 3,21 6,74 1,69 1,75 1,96 2,09 0,75 2,30 2,30 1,72 3,77 3,79 1,62 1,86 3,57 5,79 2,30 2,67 1,65 2,54 0,77 2,71 2,16 Média Mínimo 3,04 5,10 1,11 2,40 1,63 2,59 4,63 2,99 1,42 2,55 3,21 3,76 5,28 3,71 2,60 3,59 3,43 3,13 1,86 3,16 3,04 2,46 3,59 5,88 4,34 3,75 2,58 5,11 0,87 1,82 0,54 0,56 0,63 0,56 0,80 1,35 0,75 1,58 1,00 0,75 0,77 1,89 1,18 1,18 1,52 1,58 0,59 0,76 0,80 0,86 0,58 1,65 1,92 0,77 0,67 1,41 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 40 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Média Mínimo 1,82 1,31 3,45 0,86 2,47 2,50 1,35 6,24 2,80 1,18 11,46 0,97 1,72 2,84 2,03 2,34 0,56 2,17 3,38 4,10 0,94 3,50 3,36 1,65 3,30 6,37 4,29 7,92 1,03 1,31 6,18 1,05 2,55 0,56 0,87 3,64 2,60 0,80 3,11 5,54 3,64 2,57 2,67 1,82 6,89 0,73 1,06 2,77 1,19 2,20 0,63 1,28 2,13 5,66 0,87 2,60 3,41 2,64 1,35 2,03 1,35 3,90 3,11 1,07 2,60 0,83 2,16 0,59 2,60 2,64 3,05 0,87 2,57 5,79 7,46 0,81 1,35 0,86 8,14 2,26 1,96 4,36 2,41 2,76 0,58 2,77 1,82 9,51 5,04 5,79 6,97 11,63 1,41 2,33 1,31 5,01 3,64 3,84 3,44 3,64 0,67 2,37 2,94 4,16 4,42 9,75 6,44 6,78 10,00 6,04 8,91 5,40 3,25 6,61 5,01 4,83 0,77 1,24 2,67 2,50 2,91 12,28 2,03 2,03 3,44 4,55 5,40 7,30 2,47 2,88 2,72 6,11 4,56 0,94 0,97 13,49 10,18 1,86 6,92 1,65 1,79 2,88 5,53 3,32 7,62 2,96 3,08 5,08 9,15 5,32 0,87 3,97 3,58 6,05 2,40 1,99 4,81 11,48 2,64 6,50 13,11 4,49 3,58 8,99 4,16 8,74 5,04 1,18 5,92 3,01 6,37 2,50 2,03 2,23 4,23 1,35 1,75 7,05 1,75 2,33 4,84 3,28 7,39 3,76 0,81 2,23 2,13 2,94 2,30 1,72 4,55 4,55 0,84 1,75 3,10 1,18 2,23 3,31 3,57 8,85 2,67 0,54 2,35 3,56 5,05 2,15 4,56 4,11 4,93 3,07 3,42 4,07 6,21 2,56 3,11 3,97 4,80 3,49 0,87 1,31 2,50 0,80 1,72 1,65 1,35 0,81 1,35 0,86 1,18 0,73 1,06 2,60 0,83 0,54 Tabela 21 – Freqüência das Descargas do Rio da Prata – Estação Ponte do Prata Tempo de Vazão Sete Vazão MíniVazão MáxiNúmero de Probabilidade Retorno Dias ma ma Ordem (m) (P) - % (T) (Q) – m³/s (Q) – m³/s (Q) – m³/s 1 86,00 1,16 0,54 0,51 265,40 2 28,67 3,49 0,56 0,51 196,30 3 17,20 5,81 0,56 0,54 192,70 4 12,29 8,14 0,58 0,58 189,20 5 9,56 10,47 0,59 0,58 173,00 6 7,82 12,79 0,63 0,58 152,40 7 6,62 15,12 0,67 0,65 151,50 8 5,73 17,44 0,73 0,65 145,00 9 5,06 19,77 0,75 0,69 142,00 10 4,53 22,09 0,75 0,73 140,00 011 4,10 24,42 0,76 0,73 137,00 12 3,74 26,74 0,77 0,73 132,50 13 3,44 29,07 0,77 0,76 132,50 14 3,19 31,40 0,80 0,76 128,90 15 2,97 33,72 0,80 0,80 128,00 16 2,77 36,05 0,80 0,80 115,30 17 2,61 38,37 0,81 0,80 109,00 18 2,46 40,70 0,83 0,80 108,00 19 2,32 43,02 0,86 0,80 107,00 20 2,21 45,35 0,86 0,83 106,00 21 2,10 47,67 0,87 0,83 99,00 22 2,00 50,00 0,87 0,87 99,00 23 1,91 52,33 1,00 0,87 99,00 24 1,83 54,65 1,06 0,87 95,00 25 1,76 56,98 1,18 0,87 89,00 26 1,69 59,30 1,18 0,87 89,00 27 1,62 61,63 1,18 1,11 84,56 28 1,56 63,95 1,31 1,11 84,56 29 1,51 66,28 1,35 1,11 77,90 30 1,46 68,60 1,35 1,11 77,90 31 1,41 70,93 1,35 1,35 77,90 32 1,37 73,26 1,41 1,35 77,90 33 1,32 75,58 1,52 1,35 75,72 34 1,28 77,91 1,58 1,35 74,63 35 1,25 80,23 1,58 1,35 70,27 36 1,21 82,56 1,65 1,35 65,00 37 1,18 84,88 1,65 1,35 64,00 38 1,15 87,21 1,72 1,35 51,50 39 1,12 89,53 1,82 1,58 50,40 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 41 40 41 42 43 1,09 1,06 1,04 1,01 91,86 94,19 96,51 98,84 1,89 1,92 2,50 2,60 1,82 1,82 1,82 2,30 49,30 46,00 42,16 23,95 Gráfico 2 – Período de Retorno Mínimas Rio da Prata – Estação Ponte do Prata Tabela 22 – Freqüência das Descargas Rio da Prata – Estação Ponte do Prata Rio da Prata – Ponte do Prata Período de Retorno (anos) Q7 Qmínima (m³/s) Qmáxima (m³/s) 1 2,60 2,30 24,00 1,5 1,30 1,34 55,00 2 0,90 0,86 98,00 5 0,69 0,66 140,00 10 0,58 0,58 172,00 20 0,54 0,54 204,00 50 0,51 0,51 246,00 100 0,49 0,49 279,00 Figura 3 – Período de Retorno Máximas Rio da Prata – Estação Ponte do Prata P. Lei nº 118/2009 – Pág. 42 Tabela 23 – Freqüência das Descargas Rio da Prata / Arroio Major / Arroio Retiro / Arroio Jaboticaba Período de Retorno (anos) 1 5 10 20 50 100 Período de Retorno (anos) 1 5 10 20 50 100 Período de Retorno (anos 1 5 10 20 50 100 Descargas Mínimas Arroio Major Rio da Prata – Ponte do Prata Q(m³/s) S(km²) Q/S (L/s.km²) 2,30 0,66 0,58 0,54 0,51 0,49 319,00 319,00 319,00 319,00 319,00 319,00 7,21 2,08 1,82 1,69 1,61 1,52 S(km²) Q(L/s) Rio da Prata 13,15 94,81 13,15 27,37 13,15 23,91 13,15 22,26 13,15 21,19 13,15 20,03 Descargas Máximas Arroio Major Q(m³/s) S(km²) Q/S(m³/s.km²) S(km²) 24,00 140,00 172,00 204,00 246,00 279,00 319,00 319,00 319,00 319,00 319,00 319,00 0,08 0,44 0,54 0,64 0,77 0,87 13,15 13,15 13,15 13,15 13,15 13,15 Q(m³/s) 0,99 5,77 7,09 8,41 10,14 11,50 Q7 Arroio Major Rio da Prata Arroio Retiro Arroio Jaboticaba S(km²) Q(L/s) S(km²) Q(L/s) 109,90 109,90 109,90 109,90 109,90 109,90 792,38 228,76 199,82 186,04 177,08 167,43 29,36 29,36 29,36 29,36 29,36 29,36 211,69 61,11 53,38 49,70 47,31 44,73 S(km²) Q(m³/s) S(km²) Q(m³/s) 109,90 109,90 109,90 109,90 109,90 109,90 8,27 48,23 59,26 70,28 84,75 96,12 29,36 29,36 29,36 29,36 29,36 29,36 2,21 12,89 15,83 18,78 22,64 25,68 Arroio Retiro Arroio Retiro Arroio Jaboticaba Arroio Jaboticaba Q(m³/s) S(km²) Q/S(L/s.km²) S(km²) Q(m³/s) S(km²) Q(L/s) S(km²) Q(L/s) 2,60 0,69 0,58 0,54 0,51 0,49 319,00 319,00 319,00 319,00 319,00 319,00 8,15 2,16 1,82 1,69 1,60 1,54 13,15 13,15 13,15 13,15 13,15 13,15 107,18 28,44 23,91 22,26 21,02 20,20 109,90 109,90 109,90 109,90 109,90 109,90 895,74 237,71 199,82 186,04 175,70 168,81 29,36 29,36 29,36 29,36 29,36 29,36 239,30 63,51 53,38 49,70 46,94 45,10 8.7. CONDIÇÕES DE LANÇAMENTO Utilizando os dados obtidos da estimativa de contribuições e os dados do corpo receptor em período crítico (estiagem) fez-se um estudo das condições de lançamento e tratamento requerido. a) Dados de entrada Qmédia esgoto: 113,57 L/s DBOesgoto: 159,23 mg/L Q rio: 199,82 L/s DBOrio (estiagem) x 1,61 (rel.º estágio): 3,7 x 1,61 mg/L ODrio (estiagem): 6,4mg/L Temperatura: 25ºC Constante de DBO (k 1, 20ºC): 0,1 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 43 Constante de reaeração (k 2,20º): 0,5 b) Expressões empregadas Conversão das constantes para 25ºC: Onde: DBOa: demanda bioquímica de oxigênio no ponto de lançamento; ODa: oxigênio dissolvido no ponto de lançamento; ODmistura: oxigênio dissolvido da mistura; Dt: déficit de oxigênio em um dado tempo. O teor de saturação de oxigênio (ODsat) varia com a altitude e a temperatura, este valor foi retirado da Tabela 24. c) Resultados da Avaliação Na Tabela 25 estão apresentadas a DBO, o OD e a variação do déficit de oxigênio ao longo do tempo no ponto de lançamento para dois graus de tratamento, estipulando uma DBO para o esgoto tratado. Nesta Tabela estão apresentado os gráficos da variação do déficit de oxigênio com o tempo, podendo se observar que se encontra em uma faixa tolerável de tratamento, de acordo com as exigências de um rio de classe 1. - DBO lançamento A FEPAM estabelece para cidades com volume de lançamento de esgotos domésticos superior a 10.000 m³/dia DBO menor ou igual a 40 mg/L, valor adotado nas simulações. - OD no corpo receptor Adotado 6 mg/L conforme recomendações do CONAMA para rios de Classe 1. - Grau de tratamento requerido Em função das características do corpo receptor e dos esgotos no ponto de lançamento e das condicionantes ambientais, determinou-se que o grau de tratamento necessário é de 80%. Desta forma será necessário processo de tratamento unidade com nível secundário. Tabela 24 – Teor de Saturação de Oxigênio Dissolvido em Água Doce para Diferentes Temperaturas e Altitudes (mg/L) Temperatura Altitude (m) (ºC) 0 250 500 750 1.000 0 14,6 14,2 13,8 13,3 12,9 2 13,8 13,4 13,0 12,6 12,2 4 13,1 12,7 12,3 12,0 11,6 6 12,5 12,1 11,7 11,4 11,0 8 11,9 11,5 11,2 10,8 10,5 10 11,3 11,0 10,7 10,3 10,0 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 44 15 20 25 30 10,2 9,2 8,4 7,6 9,9 8,9 8,1 7,4 9,5 8,6 7,9 7,2 9,3 8,4 7,6 7,0 9,0 8,1 7,4 6,7 Fonte: www.foco.fae.ufmg.br/material_de_apoio Rio K2 K1 0,126 0,541 DBO(mg/L) OD(mg) 5,957 6,4 Eficiência Dias OD Tabela 25 – Dados e Características Esgoto Mistura K3 DBO ID(mg) Q(L/s) DBO(mg/L) OD(mg) (mg/L) 0 175,72 0 102,81 63,629 3,674 Após Tratamento Q(L/s) 199,82 DBO(mg/L) OD(mg) Q(L/s) DBO(mg/L) OD(mg) 82,3% 30 0 102,81 14,125 1,500 Déficit de Oxigênio 1 2 3 5 10 15 5,50 5,73 6,17 6,90 7,66 7,84 Gráfico 4 – Dados e Características 8.8. ALTERNATIVAS DE PROJETO PARA SES A proposição de alternativas para o SES de Veranópolis foi embasada nos aspectos técnicos e nos parâmetros econômicos do mesmo, refletindo em uma proposta integrada destes dois aspectos, fundamentais para a implantação do SES. A descrição dos resultados obtidos foi realizada no enfoque dos seguintes aspectos: - A proposição e descrição das alternativas para o SES; - O dimensionamento das unidades componentes de cada alternativa, com base nos parâmetros identificados nas estimativas de contribuição, carga e características geométricas; - A estimativa dos custos de implantação das várias unidades. 8.8.1. SISTEMA PROPOSTO Os estudos elaborados apresentam diferenciação em relação a outros trabalhos desenvolvidos pela CORSAN para concepção de Sistema de Esgotos Sanitários. Mais do que apontar alternativas para execução de obras, as avaliações deverão apontar estratégias embasadas em alternativas que equacionem as questões econômicas e financeiras, principal dificuldade enfrentada pelos municípios e companhias da área de saneamento para viabilização dos Planos. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 45 Desta forma, a concepção de engenharia, definição das unidades suas características de execução e operação, deverá subsidiar a proposição de alternativas de gestão, administração e operação que propicie a concessionária do serviço à efetiva implantação do SES. Para a proposição do SES, seguiu-se o roteiro, determinado por: - Descrição de condicionantes, com a identificação de aspectos que balizaram a proposição e dimensionamento de unidades; - Identificação das alternativas de implantação do SES; - Descrição do sistema coletor, abordando as unidades de coleta e transporte de esgotos sanitários e do processo de tratamento. 8.8.2. DESCRIÇÃO DE CONDICIONANTES Fundamentado nos Dados Físicos do Projeto do Sistema, identificaram-se as condicionantes que embasarão a proposta para implantação de suas unidades componentes. Entre estas se listam: - Esgotamento do SES: A avaliação das características topográficas e de ocupação do solo, bem como das áreas potenciais das estações de tratamento, apontam para localização das ETE’s de maior porte as bacias AR1 e MJ1, às margens do Arroio Retiro e Arroio Major, respectivamente. A ETE Retiro se localizará próximo de uma estrada de acesso a propriedades rurais, extensão da Travessa Picetti. A ETE Major se localizará em uma área institucional de um loteamento desta bacia que se encontra em análise. De acordo com a condição da localização do sítio urbano, com divergência no sentido de escoamento, as demais bacias terão soluções particulares, como estações de tratamento individuais ou elevatórias que interliguem as redes das Bacias AR1 ou MJ1. - Localização de unidades: A avaliação dos pontos de lançamento e áreas de potenciais para a localização do tratamento, indicou que o sentido de fluxo dos esgotos seja na direção da drenagem de cada bacia através de coletor tronco, sendo, em alguns casos, necessária elevatória para interligação do mesmo; - Rede coletora: Na bacia AR1 será aproveitada a rede pluvial existente até uma estrutura vertedora no final da rede que conduzirá os esgotos para elevatória e desta para a ETE, prevendo, então, sistema misto. O sistema de coleta a ser avaliado para as demais bacias, onde não houver rede pluvial, será o separador absoluto; - Elevatórias de esgoto: A quantidade de elevatória dependerá da alternativa em questão. As elevatórias de esgotos propostas para o SES serão para a interligação de bacias sanitárias ao sistema geral de coleta e afastamento dos esgotos ou interligação de pequenas áreas à rede da mesma bacia, adotando-se unidades compostas de elevatória propriamente dita, emissário por recalque e emissário por gravidade; - Tratamento dos Esgotos: Com base em todas as informações disponíveis, levando em conta a área em potencial para a ETE Retiro, a CORSAN identificou para o processo de esgoto a ETE composta de lagoa aerada. Entretanto, o Município solicita uma reavaliação do sistema de tratamento proposto para a bacia ETE Retiro. Considerando relação custo-benefício, o município solicita estudo para que a estação de tratamento (ETE) Retiro opere no sistema RALF ou UASB. Na elaboração do projeto executivo, a cargo da concessionária que vier a operar o sistema de tratamento, deverá ser observado o surgimento de novas tecnologias, que atendam as normas de licenciamento ambiental e apresentem melhor relação custo-benefício. Para a ETE Major, o processo sugerido é composto por reator anaeróbio, filtro biológico e leitos de secagem. Já as demais estações de tratamento, que dependerá da alternativa em questão, terão processo simplificado (fossa séptica e filtro biológico). 8.9. ALTERNATIVAS DE IMPLANTAÇÃO DO SES VERANÓPOLIS P. Lei nº 118/2009 – Pág. 46 Estabelecidos os paradigmas a serem seguidos no projeto, formularam-se alternativas que atendessem estes pressupostos. Como o esgotamento do SES é divergente; três bacias convergem para o arroio Retiro, duas para o arroio Major e duas para o arroio Jaboticaba; optou-se por posicionar duas ETE’s principais, que atendem a maior parte do SES. A ETE Retiro que atende a Bacia AR1 e, dependendo da alternativa, a Bacia AR2. A ETE Major atende as Bacias MJ1, MJ2 e, dependendo da alternativa as bacias JB1 e JB2. Com base nesta diretriz para o SES Veranópolis as alternativas são relacionadas, a seguir, as etapas de implantação das bacias e sua respectiva seqüência de execução. As alternativas avaliadas em relação às etapas de execução foram em número de quatro: - Alternativa 01 1ª etapa contemplará a estação elevatória R1, emissário R1 e ETE Retiro; 2ª etapa contará com redes para as bacias MJ1, MJ2, ELE M1 emissário M2 e ETE Major; 3ª etapa contará com redes para bacias AR2 e JB2 e ETE’s R1, R2, R3, R4, J1 e J2. A figura 12, em anexo, apresenta esquema da alternativa 1. - Alternativa 2 1ª etapa contemplará a estação elevatória R1, emissário R1 e ETE Retiro (1ª etapa); 2ª etapa contará com redes para as bacias MJ1, MJ2. ELE M1, emissário M1, ELE M2, emissário M2 e ETE Major; 3ª etapa contará com redes para as bacias AR2 e JB2 e ELE’s R2, R3, R4, R5, J1 e J2 e respectivos emissários e ampliação da ETE Retiro (2ª etapa). A figura 13, em anexo, apresenta esquema da alternativa 2. No Sistema de Esgotamento Sanitário, proposto pela CORSAN em 2006, em dois mapas da área urbana de Veranópolis estão apresentados os arranjos para cada alternativa, com o traçado dos coletores tronco, localização das elevatórias e estações de tratamento de esgoto (pranchas 02/03 e 03/03). Entretanto, o município solicita uma reavaliação do sistema de tratamento proposto para a bacia AR1, originalmente indicada pela CORSAN como lagoa aerada. Considerando relação custobenefício, o município solicita estudo para que a bacia AR1 tenha estação de tratamento (ETE) no sistema RALF ou UASB. Observada as condições estabelecidas nos itens anteriores serão descritas as duas alternativas para implantação do SES de Veranópolis. Inicialmente será descrito o sistema proposto e posteriormente listadas as composições de cada alternativa. 8.10. DESCRIÇÃO DO SES O sistema de Esgotos sanitários de Veranópolis foi dividido em 7 (sete) bacias hidrossanitárias, em função das características topográficas e de ocupação do solo. A topografia local impossibilitou que a maioria das bacias tenha direcionamento do esgotamento por gravidade para o mesmo local, sendo necessário instalação de várias estações de tratamento de esgoto ou de estações elevatórias para recalque dos esgotos para o tratamento. Basicamente o SES está dividido em duas grandes vertentes com linha de topo na RSC 470. Esta rodovia limita a drenagem seja para o arroio Retiro no lado esquerdo (sentido Porto Alegre – Nova Prata) ou para os arroios Jaboticaba e Major no lado direito, definindo-se prováveis localizações de estações de tratamento. Outro aspecto refere-se a área central da cidade, a qual possui rede pluvial em grande parte dos logradouros e aos quais estão conectadas as redes primárias dos domicílios. Esta condição associada P. Lei nº 118/2009 – Pág. 47 à possibilidade de captação dos esgotos em único ponto a jusante da área de ocupação urbana faculta o emprego de sistema unitário para a bacia AR1. O SES assim foi concebido para duas estações de tratamento, uma destinada às bacias que contribuem para o arroio Retiro e outra para as que contribuem para os arroios Jaboticaba e arroio Major. Como alternativa do projeto previu-se a implantação de pequenas estações de tratamento para as áreas de menor densificação urbana caso das bacias AR2 e JB2. Para as bacias AR3 e JB1, como não apresentam atualmente sistema viário ou parcelamento urbano definido, indica-se que à medida que ocorrer urbanização as mesmas sejam dotadas de sistemas individuais ou sistemas simplificados de tratamento. No estudo da CORSAN, em 2006, foi sugerida a seguinte composição do sistema: - Bacia AR1 Captação dos esgotos a final da galeria pluvial existente através de tomada lateral, condução destes até elevatória e recalque por emissário até o tratamento. - Bacias MJ1 e MJ2 O estudo da CORSAN em 2006, sugeriu implantação de rede coletora do tipo separador absoluto e condução dos esgotos até estação de tratamento na Bacia MJ1. A interligação da bacia MJ2 com a ETE seria através de estação elevatória e emissário por recalque. Entretanto, a consolidação do Loteamento Medianeira III, dificulta a instalação de separador absoluto, tendo maior viabilidade tratamento por rede coletora mista. - Bacias AR2 e JB2 O estudo proposto pela CORSAN, em 2006, sugeria a implantação de redes coletora do tipo separador absoluto e condução dos esgotos até pequenas estações de tratamento no interior destas ou interligação destas por elevatórias e emissários às bacias AR1 (bacia AR2) e MJ1 (bacia JB2). Entretanto, devido à consolidação do Bairro Valverde, dificulta a instalação de separador absoluto, tendo maior viabilidade tratamento por rede coletora mista. - Bacias AR3 e JB1 Implantação de sistemas individuais de tratamento ou implantação de rede coletora do tipo separador absoluto e condução dos esgotos até pequenas estações de tratamento no interior destas. Quanto à localização do tratamento, em função da disponibilidade de áreas e desenvolvimento dos coletores tronco ou interceptores, estas serão localizadas nas bacias AR1 e MJ1. Os processos de tratamento nas ETE’s, sugeridos pela CORSAN, em 2006, contemplaram: - Elevatória de esgoto bruto – ETE Major; - Tratamento preliminar, composto por gradeamento e caixa de areia; - Tratamento primário, composto por unidade de digestão anaeróbia, indicando-se Reator Anaeróbio de Leito Fluidizado (RALF), seguido por leitos de secagem para desidratação do lodo – ETE Major; - Tratamento secundário, composto por unidade de filtração biológica – ETE Major ou Lagoa Aerada – ETE Retiro. Portanto, como foi citado acima, o município solicita uma reavaliação do sistema de tratamento proposto para a bacia ETE Retiro. Considerando relação custo-benefício, o município solicita estudo para que a estação de tratamento (ETE) Retiro opere no sistema RALF ou UASB. Na elaboração do projeto executivo, a cargo da concessionária que vier a operar o sistema de tratamento, deverá ser observado o surgimento de novas tecnologias, que atendam as normas de licenciamento ambiental e apresentem melhor relação custo-benefício. 8.11. DIMENIONAMENTO DAS UNIDADES P. Lei nº 118/2009 – Pág. 48 Definidas as alternativas de projeto a serem avaliadas e os paradigmas para implantação e operação, procedeu-se o dimensionamento das estruturas, de modo a estabelecer-se base para levantamento dos custos de implantação e operação. 8.11.1. SISTEMA COLETOR O sistema coletor foi definido como sendo composto pelas seguintes unidades: - Coletores tronco e emissários por gravidade; - Emissários por recalque; - Elevatórias; - Ligações prediais. Para o dimensionamento das unidades, extraíram-se algumas informações das estimativas de contribuições, estando as mesmas apontadas nas Tabelas 1 e 2. Tabela 1 – Estimativa de vazões – Coletor Tronco Alternativa 01 Bacia Vazão Máxima (l/s) Inicial Final Área (HÁ) AR2 10,72 24,99 294,80 MJ1 11,12 17,81 184,80 MJ2 12,41 18,64 193,50 JB2 0,62 3,76 67,70 Coletor Tronco Coletor CTR1 CTR2 CTR2 CTR3 CTR4 CTM1 CTM1 CTM2 CTM2 CTM2 CTJ1 CTJ2 Trecho a b a b a b c 523 782 Ext. (m) 1.061 143 200 230 787 1.230 1.035 872 883 200 44,01 23,70 Área Cont. (HÁ) 103,18 47,17 11,79 44,22 88,44 129,36 55,44 116,10 50,31 27,09 Montante ELEM1 Peso 0,35 0,16 0,04 0,15 0,30 0,70 0,30 0,60 0,26 0,14 0,65 0,35 Vazão Máxima (l/s) Inicial Final 3,75 8,75 1,71 4,00 0,43 1,00 1,61 3,75 3,22 7,50 7,78 12,46 3,34 5,34 7,44 11,19 4,96 7,46 1,74 2,61 0,40 2,44 0,22 1,31 Alternativa 02 Bacia AR2 Vazão Máxima (l/s) Inicial Final 10,72 24,99 Área (HÁ) 294,80 MJ1 11,12 17,81 184,80 MJ2 12,41 18,64 193,50 JB2 0,62 3,76 67,70 Coletor Tronco Coletor CTR1 CTR2 CTR2 CTR3 CTR4 CTM1 CTM1 CTM2 CTM2 CTM2 CTJ1 CTJ2 Trecho a b a b a b c 523 782 Ext. (m) 1.061 143 200 230 787 1.230 1.035 872 883 200 44,01 23,70 Área Cont. (HÁ) 103,18 47,17 11,79 44,22 88,44 129,36 55,44 116,10 50,31 27,09 Montante ELE R1 ELE R2 ELE R3 ELE J1 ELEM1 Peso 0,35 0,16 0,04 0,15 0,30 0,70 0,30 0,60 0,26 0,14 0,65 0,35 Vazão Máxima (l/s) Inicial Final 3,75 8,75 5,47 12,74 0,43 1,00 7,50 17,49 10,72 24,99 7,78 12,46 3,96 9,10 7,44 11,19 4,96 7,46 1,74 2,61 0,40 2,44 0,62 3,76 Tabela 2 – Características das Redes Coletoras por Bacia Alternativa 01 Etapa Bacia I AR1 MJ1 MJ2 Subtotal AR2 II III Horizonte Inicial Final 2010 2035 2010 2035 2010 2035 Ext. Rede (m) Inicial Final 11.980 18.480 13.700 19.350 25.680 37.830 10.640 29.480 Ligações Inicial 2.085 528 571 1.099 545 Final 3.000 867 907 1.774 1.036 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 49 JB2 Subtotal 7.400 18.040 43.720 Total 13.810 43.290 81.120 418 963 4.147 647 1.683 6.457 Ext. Rede (m) Inicial Final 11.980 18.480 13.700 19.350 25.680 37.830 10.640 29.480 7.400 13.810 18.040 43.290 43.720 81.120 Inicial 2.085 528 571 1.099 545 418 963 4.147 Alternativa 02 Etapa Bacia I AR1 MJ1 MJ2 Subtotal AR2 JB2 Subtotal II III Horizonte Inicial Final 2010 2035 2010 2035 2010 2035 Total Ligações Final 3.000 867 907 1.774 1.036 647 1.683 6.457 - Coletores Tronco por Gravidade, dimensionados de acordo com as vazões a esgotar e os desníveis naturais existentes, adotando-se os seguintes critérios: 0,375 D= 1.000x( Q ) 0,5 21,57823x1 D = Diâmetro de cálculo, mm Q = Vazão a esgotar, m³/s I = Declividade, m/m I = DH L DH = Desnível, m L = extensão do trecho, m A Tabela 3 apresenta os resultados encontrados para as redes coletoras tronco. Tabela 3 – Dimensionamento dos Coletores Tronco por Bacia Alternativa 01 Bacia AR2 MJ1 MJ2 JB2 Unidade Desnível CTR1 CTR2a CTR2b CTR3 CTR4 CTM1a CTM1b CTM2a CTM2b CTM2c CTJ1 CTJ2 54,00 0,00 16,00 48,00 136,00 116,00 112,00 60,00 56,00 16,00 0,00 16,00 Unidade Desnível CTR1 CTR2a CTR2b CTR3 CTR4 CTM1a CTM1b CTM2a CTM2b 54,00 0,00 16,00 48,00 136,00 116,00 112,00 60,00 56,00 Ext. (m) 1.061 143 200 230 787 1.230 1.035 872 883 200 523 782 Declividade (m/m) Natural Mínima Adotada 0,05090 0,00322 0,05090 0,00000 0,00466 0,00466 0,08000 0,00893 0,08000 0,20870 0,00480 0,20870 0,17281 0,00347 0,17281 0,09431 0,00229 0,09431 0,10821 0,00341 0,10821 0,06881 0,00234 0,06881 0,06342 0,00283 0,06342 0,08000 0,00463 0,08000 0,00000 0,00918 0,00918 0,02046 0,01228 0,02046 Ext. (m) 1.061 143 200 230 787 1.230 1.035 872 883 Declividade (m/m) Natural Mínima Adotada 0,05090 0,00322 0,05090 0,00000 0,00270 0,00270 0,08000 0,00893 0,08000 0,20870 0,00233 0,20870 0,17281 0,00197 0,17281 0,09431 0,00229 0,09431 0,10821 0,00314 0,10821 0,06881 0,00234 0,06881 0,06342 0,00283 0,06342 Vazão (l/s) Inicial Final 3,75 8,75 1,71 4,00 0,43 1,00 1,61 3,75 3,22 7,50 7,78 12,46 3,34 5,34 7,44 11,19 4,96 7,46 1,74 2,61 0,40 2,44 0,22 1,31 Diâmetro (mm) Mínimo Adotado 84 150 98 150 34 150 47 150 63 150 85 150 60 150 87 150 76 150 49 150 71 150 49 150 Vazão (l/s) Inicial Final 3,75 8,75 5,47 12,74 0,43 1,00 7,50 17,49 10,72 24,99 7,78 12,46 3,96 9,10 7,44 11,19 4,96 7,46 Diâmetro (mm) Mínimo Adotado 84 150 168 150 34 150 83 200 99 200 85 150 74 150 87 150 76 150 Alternativa 02 Bacia AR2 MJ1 MJ2 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 50 JB2 CTM2c CTJ1 CTJ2 16,00 0,00 16,00 200 523 782 0,08000 0,00000 0,02046 0,00463 0,00918 0,00750 0,08000 0,00918 0,02046 1,74 0,40 0,62 2,61 2,44 3,76 49 71 72 150 150 150 -Emissários por Recalque, dimensionados de acordo com as vazões a esgotar, adotando-se os seguintes critérios: 0,5 D= 1.000 x K x Q D = Diâmetro de cálculo, mm Q = Vazão a esgotar, m³/s K = Coeficiente, K = 1,0 Adotado o valor comercial imediatamente superior ou mais próximo. Para dimensionamento da elevatória R1 que captará os esgotos em galeria pluvial foi determinada a descarga que assegure extravasamentos em menos de 10% do tempo, sendo: Q = C*I*A. Q = Vazão a captar, m³/s C = Coeficiente de “run off”, adotado C = 0,6 I = Intensidade de precipitação em 24 horas para 10 anos de recorrência, I = 1,5 mm/h (Capítulo 2) A = Área de contribuição, A = 311 ha Q = 0,7775 m³/s A relação entre vazão de captação e de esgotos resulta no seguinte fator de diluição (FD): FD = QP = 0,7775 = 15,24 QE 0,051 Este valor é bastante elevado sendo suficiente para garantir a diluição dos esgotos o fator de diluição igual a 5. Desta forma a vazão de captação na galeria pluvial será: Q = FD * QE = 5 * 0,051 = 0,255, adotado Q = 250 l/s. A Tabela 4 apresenta os resultados encontrados para os emissários. Tabela 4 – Dimensionamento de Emissão por Recalque Alternativa 01 Diâmetro (mm) Comprimento Bacia Emissário Vazão (l/s) (m) Calculado Adotado Bacia AR1 R1 250,00 2.360 500 500 M1 2,61 335 51 50 Bacia MJ2 M2 7,46 1.283 86 100 Bacia Emissário Bacia AR1 R1 M1 M2 R2 R3 R4 R5 J1 J2 Bacia MJ2 Bacia AR2 Bacia JB2 Alternativa 02 Comprimento Vazão (l/s) (m) 250,00 2.360 2,61 335 7,46 1.283 8,75 863 13,74 1.208 17,49 320 24,99 517 2,44 1.283 3,76 363 Diâmetro (mm) Calculado Adotado 500 500 51 50 86 100 94 100 117 150 132 150 158 150 49 50 61 75 - Elevatórias, dimensionadas de acordo com as vazões a esgotar e desníveis a vencer adotando-se os seguintes critérios. Perda de carga 1,85 hf = 10,65 x Q xL 1,85 4,87 C xD Q = Vazão a esgotar, m³/s P. Lei nº 118/2009 – Pág. 51 L = Extensão do emissário, m C = Coeficiente de rugosidade, C = 130 D = Diâmetro de emissário, m Potência BHP = Q x AMT 75 x n Q = Vazão a esgotar, l/s AMT = altura manométrica, mca n = rendimento da bomba, n= 50% Adotado o valor comercial imediatamente superior. A Tabela 5 apresenta os resultados encontrados para as elevatórias. - Ligações Prediais, estimadas de acordo com a projeção de economias em início de plano para as bacias, adotando-se os seguintes critérios: Ligações = Número de economias * taxa de ligações por economia. Taxa de ligação por economia = 0,80 Tabela 5 – Dimensionamento de Elevatórias Alternativa 01 Bacia Elevatória Vazão (l/s) Bacia AR1 ELE R1 ELE M1 ELE M2 250,00 2,61 7,46 Bacia MJ2 Comprimento (m) Desnível (m) Diâmetro (mm) 1.120 335,00 366,00 48 24 71 500 50 100 Perda de Carga (m) 3,6 15,8 4,1 Potência (cv) Calculada Adotada 343,7 2,8 14,9 5 x 100 8,0 40,0 Alternativa 02 Bacia Elevatória Vazão (l/s) Bacia AR1 ELE R1 ELE M1 ELE M2 ELE R2 ELE R3 ELE R4 ELE R5 ELE J1 ELE J2 250,00 2,61 7,46 8,75 13,74 17,49 24,99 2,44 3,76 Bacia MJ2 Bacia AR2 Bacia JB2 Comprimento (m) Desnível (m) Diâmetro (mm) 1.120 335,00 366,00 863,00 1.208,00 320,00 517,00 1.283,00 363,00 48 24 71 104 88 48 16 24 20 500 50 100 100 150 150 150 50 75 Perda de Carga (m) 3,6 15,8 4,1 13,0 5,8 2,4 7,6 53,4 4,7 Potência (cv) Calculada Adotada 343,7 2,8 14,9 27,3 34,4 23,5 15,7 5,0 2,5 5 x 100 8,0 40,0 60,0 80,0 50,0 40,0 15,0 8,0 8.12. TRATAMENTO DE EFLUENTES Para tratamento dos efluentes gerados no SES de Veranópolis, foram avaliadas diferentes unidades de tratamento previstas independentemente da escolha das duas alternativas descritas anteriormente. Os parâmetros de dimensionamento atenderam as condições estabelecidas na Norma para lançamento de efluentes em corpos hídricos do Estado do Rio Grande do Sul. As ETE’s principais serão localizadas nas bacias Retiro 1 e Major 2. Para estas, o estudo da CORSAN sugere processo de tratamento secundário, cujo detalhamento consta no estudo realizado em 2006. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 52 9. METAS E PRAZOS DO PLANO DE SANEAMENTO 9.1. ESGOTAMENTO SANITÁRIO O diagnóstico apresentado nesse Plano indica a necessidade urgente de iniciar a implantação do sistema de tratamento de esgoto no Município. Para definir as metas e prazos, consideramos a tabela a seguir, que aponta a concentração atual de ligações e a projeção de maior número de ligações por bacia: Tabela 1 – Projeções de Ligações Ano 2006 2007 2008 2209 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 Bacia AR1 2.060 2.087 2.114 2.142 2.170 2.198 2.227 2.256 2.286 2.316 2.346 2.377 2.408 2.439 2.471 2.503 2.536 2.569 2.603 2.637 2.671 2.706 2.742 2.778 2.814 2.851 2.888 2.926 2.964 3.003 Bacia AR2 850 869 888 908 928 949 970 992 1.014 1.037 Bacias Bacia MJ1 Bacia MJ2 619 630 641 653 665 676 689 701 713 726 739 752 766 779 793 807 822 836 851 867 663 674 685 697 708 720 732 744 757 769 782 795 808 822 835 849 864 878 893 907 Bacia JB2 565 574 583 592 601 610 619 628 638 647 Total 2006 2.060 2.087 2.114 2.142 2.170 2.198 2.227 2.256 2.286 2.316 3.628 3.681 3.734 3.789 3.844 3.899 3.957 4.014 4.073 4.132 5.607 5.696 5.787 5.879 5.971 6.066 6.163 6.260 6.360 6.461 A tabela acima mostra que nos próximos 25 anos – período do contrato de concessão dos serviços de água e esgoto -, a tendência de maior número de ligações ao sistema de água e esgoto concentra-se na bacia AR1. Com número bem menor, atualmente e também na projeção de crescimento, aparecem em segunda e terceira ordem a MJ1 e MJ2. Esses números fundamentam as condições determinantes para proposição de alternativas, a composição de unidades. As diferenças técnicas das alternativas resumem-se a condução do sistema de esgotamento sanitário para duas grandes estações de tratamento (alternativa 02) ou a implantação em áreas de menor densificação urbana de pequenas estações de tratamento, mantendo-se as outras duas ETE’s para os setores da cidade com maior ocupação. Logo, os custos marginais serão determinantes para a definição da escolha da alternativa de projeto. Os custos marginais resultantes, no Estudo da CORSAN, em 2006, foram: - Alternativa 01 = R$ 2,56646 / m³ - Alternativa 02 = R$ 2,61877 / m³ A alternativa 01 apresenta custo marginal cerca de 2% inferior a Alternativa 02. Medidas de curto prazo: P. Lei nº 118/2009 – Pág. 53 - No primeiro ano de contratação, a concessionária deverá apresentar projeto executivo detalhado para as ETE´s, com orçamento para os sistemas UASB e RALF, incluindo rede coletora, estação de recalque, elevatórias, tratamento de efluentes e demais mecanismos necessários para a completa operação do sistema de tratamento, com cronograma físico e financeiro, observando as seguintes etapas: Metas de curto prazo: Até dezembro de 2011: iniciar a construção da primeira estação de tratamento, atendendo a maior densidade populacional, mapeada na Bacia AR1. Metas de médio prazo: Até dezembro de 2015: coleta e tratamento de 35% do esgoto. Até dezembro de 2020: coleta e tratamento de 60% do esgoto. Meta de longo prazo: Até dezembro de 2030: coleta e tratamento de 80% do esgoto. Até dezembro de 2034: coleta e tratamento de 95% do esgoto. Viabilidade técnica e financeira do SES A Proposta do cronograma acima, considera que o orçamento global para SES, de Veranópolis, elaborado pela CORSAN em 2006, foi estimado em aproximadamente R$ 18 milhões. O maior intervalo, entre a primeira etapa, em 2011, e as demais etapas, é justificado pelo comprometimento da maior cota a ser investida, pois o tratamento do esgoto da AR1 corresponde a 36% do total previsto para as ETE´s do Município. A previsão da CORSAN, em 2006, indicava a necessidade contratar financiamento em três etapas, totalizando, até o final de 2034, R$ 27.325.174,00, a taxas de juros de 8,8% ao ano (custo financeiro já computado), além de investir R$ 1.567.885,00 com recursos próprios. No mesmo estudo, considerando a receita com o fornecimento de água em R$ 423,64 por ligação/ano, o faturamento com o serviço de esgoto alcança 70% da tarifa de água, totalizando R$ 296,55 por ligação/ano. Receitas x Antecipação de Metas A antecipação no cronograma de execução de obras do SES´s poderá ocorrer quando: 1º) O Município aportar recursos próprios ou em convênio com o Governo Federal, na escala de 2 anos de antecipação para cada R$ 1 milhão investido em saneamento, seja em canalização (rede mista e drenagem ou em redes com separador absoluto) ou para obras de construção de ETE´s, em cota única ou na soma dos valores aplicados em mais de um ano que atinjam o valor acima estipulado; 2º) Quando a concessionária do serviço obtiver recursos a fundo perdido do Governo Federal, na escala de 2 anos de antecipação para cada R$ 1 milhão captado junto aos diferentes Ministérios ou órgãos públicos federais. 3º) Quando a concessionária do serviço obtiver recursos a fundo perdido do Governo Estadual, na escala de 2 anos de antecipação para cada R$ 1 milhão captado junto às diferentes Secretarias Estaduais. Taxa de coleta e tratamento A concessionária só poderá cobrar a taxa de tratamento de esgoto quando efetivamente estiver prestando o serviço. 9.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA O diagnóstico apresentado nesse Plano indica a necessidade urgente da concessionária, responsável pelo abastecimento de água de garantir o atendimento normal no verão, principalmente em períodos de estiagem. Para tanto, seguem as metas e prazos: Medidas de curto prazo: P. Lei nº 118/2009 – Pág. 54 - No primeiro ano de contratação, a concessionária deverá concluir a construção da barragem de captação no Arroio Retiro, nas proximidades da ponte da RS-359. A obra ficou incompleta, faltando apenas fechar as extremidades do barramento. - No primeiro ano de contratação, a concessionária deverá instalar a adutora da nova barragem até a estação de bombeamento, próxima a ponte da RS-359, e iniciar a captação da água no novo represamento. Metas de curto prazo: Até dezembro de 2011: a concessionária deverá liberar toda a vazão do Arroio Retiro para atender exclusivamente Veranópolis, buscando nova captação de água no Rio da Prata para atender as cidades de Nova Prata e região, conforme estudo da CORSAN. Metas de médio prazo: Até dezembro de 2015: A concessionária deverá reformar, adequar e ampliar a Estação de Tratamento de Água (ETA), incluindo maquinários, instalações prediais, adutoras e redes. Até dezembro de 2020: A concessionária deverá atender a meta de universalização (100%) das residências com água tratada na área urbana e nas comunidades do interior que fiquem numa faixa de até 5km da área urbana; Para as comunidades do interior, a meta do Município, até o ano de 2020 é ter poço artesiano com rede que leve água potável a 95% das residências do interior, não atendidas pela concessionária. Meta de longo prazo: Até dezembro de 2025: recuperar a mata ciliar em toda margem do Arroio Retiro e de seus afluentes, inclusive nascentes, numa ação articulada entre os municípios de Veranópolis, Vila Flores e Nova Prata, incluindo a parceria da concessionária de água. Até dezembro de 2030: tratar ou suspender atividades que gerem qualquer esgoto ou dejetos de animais, provenientes de aviários, estábulos e pocilgas, que caiam diretamente no Arroio Retiro ou afluente. Até dezembro de 2034: O Município deverá regulamentar lei de incentivo, incluindo o pagamento por serviços de preservação do meio-ambiente, aos agricultores que efetivarem ações práticas e mensuráveis de preservação de nascentes, córregos e afluentes do Arroio Retiro, bem como ações que preservem, diretamente, o Arroio Retiro. Ações para Emergências e Contingências Em caso de estiagem que comprometa o abastecimento da população de Veranópolis, a concessionária deverá: 1 – captar água em poços artesianos do município ou região, de preferência nas proximidades do Arroio Retiro, para facilitar o escoamento da água pelo leito do Arroio e captação pelo sistema já existente; 2 – captar água do aqüífero Guarani (Botucatu) no Parque Municipal da Usina Velha, onde já existe poço perfurado, com transporte da água em caminhão-tanque; 3 – utilizar a água represada em açudes, em propriedades rurais, localizados nas encostas de afluentes ou do próprio Arroio Retiro, utilizando o declive por gravidade para captação da água pelo sistema já existente. 9.3. DRENAGEM P. Lei nº 118/2009 – Pág. 55 O diagnóstico apresentado nesse Plano indica que o sistema de drenagem, favorecido pelo relevo da área urbana, realiza muito bem o escoamento das águas das chuvas. Medidas de curto prazo: - Até dezembro de 2010: Mapeamento de todas os pontos de captação (bocas-de-lobo), bueiros e galerias. Metas de médio prazo: - Até dezembro de 2020: ampliação das redes principais, conectando em logística e topografia, até as ETE´s ou locais onde futuramente serão construídas as estações de tratamento de esgoto com rede pluvial mista. Ações para Emergências e Contingências Para enfrentar fortes chuvas, associado ao sistema de tratamento de esgoto com rede pluvial mista, serão construídas caixas reguladoras de vazão, num espaçamento entre as caixas que considere: grau de declividade da área, tamanho do bueiro ou galeria e volume de água para transbordo. Essas caixas precisarão de limpeza após as chuvas. 9.4. LIMPEZA URBANA E RESÍDUOS SÓLIDOS - LIXO O diagnóstico apresentado nesse Plano indica que a coleta e o destino dos resíduos sólidos são adequados. Entretanto, o maior problema é o alto custo pago pelo Município ao serviço, que é terceirizado. Por isso, apresentamos as seguintes metas: Medidas de curto prazo: - Até dezembro de 2010: estudo dos quantitativos de volume e custos do lixo recolhido nos municípios da região, compreendendo: Veranópolis, Nova Prata, Cotiporã, Vila Flores, Nova Bassano, Guaporé, Serafina Corrêa, Nova Araçá, Paraí, Casca, entre outros, apontando, ou não, viabilidade técnica e financeira para implantação de um consórcio regional para coleta e destinação final em aterro sanitário regionalizado. Metas de médio prazo: - Até dezembro de 2015: tendo o estudo apontado viabilidade técnica e financeira para implantação de um consórcio regional, licenciamento ambiental do aterro sanitário regional, com pavilhão para reciclagem do lixo seco, e compra de caminhões para a coleta em cada município. P. Lei nº 118/2009 – Pág. 56 ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 2 1.1. DIRETRIZES DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO ................................ 2 2. DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO ........................................................................... 3 2.1. HISTÓRICO ......................................................................................................... 3 2.2. LOCALIZAÇÃO .................................................................................................... 4 3. ATIVIDADES ECONÔMICAS.................................................................................. 5 3.1. EMPREGO E RENDA .......................................................................................... 5 3.2. ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................................... 6 4. RECURSOS HÍDRICOS E BACIAS HIDROGRÁFICAS ......................................... 7 4.1 RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS................................................................ 8 4.2 HIDROGRAFIA E CLIMA ...................................................................................... 8 5. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE ..................................... 9 5.1. MANANCIAL ........................................................................................................ 9 5.2. CAPTAÇÃO........................................................................................................ 10 5.2.1. ELEVATÓRIAS DE ÁGUA BRUTA ................................................................. 10 5.2.2. ADUTORAS DE ÁGUA BRUTA ...................................................................... 10 5.2.3. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA....................................................... 10 5.2.4. ELEVATÓRIAS DE ÁGUA TRATADA ............................................................. 11 5.2.5. RESERVAÇÃO ............................................................................................... 11 5.2.6. DISTRIBUIÇÃO ............................................................................................... 11 5.2.7. INFORMAÇÕES OPERACIONAIS ................................................................. 12 5.3. DADOS COMERCIAIS E FINACEIROS ............................................................. 12 5.4. ESTUDO PARA AMPLIAR A CAPTAÇÃO DA ÁGUA ........................................ 16 5.4.1. CONDICIONANTES DE PROJETO ................................................................ 16 5.4.1.1. MANANCIAL ................................................................................................ 16 5.4.1.2. CAPTAÇÃO E ADUÇÃO .............................................................................. 17 5.4.1.3. ELEVATÓRIA ............................................................................................... 17 5.4.1.4. DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO DE PROJETO ................................................ 18 5.4.1.5. DIMENSIONAMENTO DE UNIDADES ........................................................ 18 5.4.1.6. ADUTORA DE ÁGUA BRUTA ...................................................................... 18 5.4.1.7. PARÂMETROS DE DIMESIONAMENTO .................................................... 18 5.4.1.8. ELEMENTOS ACESSÓRIOS ....................................................................... 20 6. LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................. 20 6.1. DEFINIÇÃO ........................................................................................................ 20 6.2. SITUAÇÃO EM VERANÓPOLIS ........................................................................ 20 6.2.1. RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS ............................................................. 21 6.2.2. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ......................................................... 22 6.2.3. RESÍDUOS DAS ETE’s ................................................................................... 22 7. DRENAGEM URBANA .......................................................................................... 22 8. ESGOTAMENTO SANITÁRIO .............................................................................. 23 8.1. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTO ..................................................... 23 8.2. PROBLEMAS SOCIAIS...................................................................................... 23 8.3. DOENÇAS RELACIONADAS À VEICULAÇÃO HÍDRICA.................................. 24 8.4. DIVISÃO HIDROSSANITÁRIA ........................................................................... 24 8.5. ESTUDO POPULACIONAL PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................................................................................................... 25 8.5.1. CRESCIMENTO POPULACIONAL DE VERANÓPOLIS................................. 26 8.5.2. CRESCIMENTO POPULACIONAL POR BACIA ............................................. 27 P. Lei nº 118/2009 – Pág. 57 8.5.3. DENSIFICAÇÃO VIÁRIA ................................................................................. 30 8.6. ESTIMATIVA DE CONTRIBUIÇÕES ................................................................. 31 8.6.1 CONTRIBUIÇÕES DOMÉSTICAS ................................................................... 31 8.6.2. CONTRIBUIÇÕES INDUSTRIAIS ................................................................... 34 8.6.3. CONTIBUIÇÕES PLUVIAIS ............................................................................ 34 8.6.4. CORPO RECEPTOR ...................................................................................... 35 8.7. CONDIÇÕES DE LANÇAMENTO ...................................................................... 42 8.8. ALTERNATIVAS DE PROJETO PARA SES ...................................................... 44 8.8.1. SISTEMA PROPOSTO ................................................................................... 44 8.8.2. DESCRIÇÃO DE CONDICIONANTES ............................................................ 45 8.9. ALTERNATIVAS DE IMPLANTAÇÃO DO SES VERANÓPOLIS ....................... 45 8.10. DESCRIÇÃO DO SES...................................................................................... 46 8.11. DIMENIONAMENTO DAS UNIDADES ............................................................ 47 8.11.1. SISTEMA COLETOR .................................................................................... 48 8.12. TRATAMENTO DE EFLUENTES ..................................................................... 51 9. METAS E PRAZOS DO PLANO DE SANEAMENTO ........................................... 52 9.1. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ........................................................................... 52 9.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA............................................................................ 53 9.3. DRENAGEM....................................................................................................... 54 9.4. LIMPEZA URBANA E RESÍDUOS SÓLIDOS - LIXO ......................................... 55