projeto de lei nº 194, de 21 de dezembro de 2005

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projeto de lei nº 194, de 21 de dezembro de 2005
LEI MUNICIPAL Nº 5.626, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2009.
INSTITUI O PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DE VERANÓPOLIS.
O Prefeito Municipal de Veranópolis, Estado do Rio Grande do
Sul.
Faço saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e
eu sanciono e promulgo a seguinte Lei.
Art.1º Esta Lei institui o Plano Municipal de Saneamento, nos termos do Anexo Único, destinado a articular, integrar e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros para
execução dos serviços públicos municipais urbanos de abastecimento de água; esgotamento sanitário; drenagem e manejo das águas pluviais; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no Município, em conformidade com o estabelecido na Lei Federal nº 11.445/2007.
Art. 2º O Plano Municipal de Saneamento, instituído por esta Lei, será revisto periodicamente,
no prazo não superior a quatro anos, sempre anteriormente à elaboração do Plano Plurianual.
Parágrafo Único. O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar a proposta de revisão do
Plano Municipal de Saneamento à Câmara de Vereadores, devendo constar as alterações, caso necessárias, a atualização e a consolidação do plano anteriormente vigente, com prévia audiência pública para debate das propostas a serem implementadas.
Art. 3º A proposta de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico deverá ser elaborada em articulação com a prestadora dos serviços, entidades e sociedade civil, em compatibilidade
com as diretrizes, metas e objetivos:
I. da Política Nacional e Política Estadual de Saneamento Básico, de Saúde Pública e de
Meio Ambiente;
II. dos Planos Estaduais de Saneamento Básico e de Recursos Hídricos.
III. do Plano Diretor, da Lei de Loteamentos e demais leis municipais que tratam de temas
convergentes ao Saneamento Básico.
§ 1º A revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico deverá seguir as diretrizes dos planos das bacias hidrográficas em que estiver inserido.
§ 2º O Poder Executivo Municipal, na realização do estabelecido neste artigo, poderá solicitar
cooperação técnica ao Estado do Rio Grande do Sul.
§ 3º O Poder Executivo Municipal poderá firmar termo de cooperação com Municípios da região para desenvolver ações articuladas com o objetivo de melhor atendimento às metas do Plano de
Saneamento.
Art. 4º As revisões do Plano Municipal de Saneamento Básico não poderão ocasionar inviabilidade técnica ou desequilíbrio econômico-financeiro na prestação dos serviços delegados, devendo
qualquer acréscimo de custo, ter a respectiva fonte de custeio e a anuência da prestadora.
Parágrafo Único. No caso de descumprimento do estabelecido no caput, a prestadora dos
serviços fica obrigada a cumprir o Plano Municipal de Saneamento Básico em vigor à época da delegação, nos termos do art.19, § 6º da Lei Federal nº 11.445/2007.
Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
GABINETE DO PREFEITO DE VERANÓPOLIS, aos 16 de novembro de 2009.
WALDEMAR DE CARLI,
Prefeito.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 2
ANEXO ÚNICO
PLANO DE SANEAMENTO
MUNICÍPIO DE VERANÓPOLIS
1. APRESENTAÇÃO
A Prefeitura Municipal de Veranópolis - RS, estabelecida na Rua Alfredo Chaves, n.° 366, CNPJ
98671597/0001-09, apresenta o Relatório Final do PLANO DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO DE
VERANÓPOLIS, atendendo a Lei Federal 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Este Plano resulta de um
amplo debate com a sociedade, estudos técnicos, principalmente por parte da CORSAN, que atua no
Município há mais de 20 anos, além da realização de duas audiências públicas.
1.1. DIRETRIZES DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
O objetivo do Plano de Saneamento é apresentar o diagnóstico dos sistemas existentes, metas, programas e projetos, as ações emergenciais e contingências, mecanismos e procedimentos para avaliação dos resultados alcançados nos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas do
município de Veranópolis.
O presente estudo técnico de concepção do Plano de Saneamento do município de Veranópolis,
atende as exigências do Capítulo IV – Do Planejamento de Lei Federal 11.445/07 que estabelece
diretrizes nacionais para o saneamento básico, como segue:
Lei federal 11.445 - CAPÍTULO IV
DO PLANEJAMENTO
Art. 19. A prestação de serviços públicos de saneamento básico observará
plano, que poderá ser específico para cada serviço, o qual abrangerá, no
mínimo:
I - diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas;
II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a universalização,
admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade
com os demais planos setoriais;
III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as
metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com
outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de
financiamento;
IV - ações para emergências e contingências;
V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência
e eficácia das ações programadas.
§ 1º. Os planos de saneamento básico serão editados pelos titulares, podendo ser elaborados com base em estudos fornecidos pelos prestadores
de cada serviço.
§ 2º. A consolidação e compatibilização dos planos específicos de cada serviço serão efetuadas pelos respectivos titulares.
§ 3º. Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográficas em que estiverem inseridos.
§ 4º. Os planos de saneamento básico serão revistos periodicamente, em
prazo não superior a 4 (quatro) anos, anteriormente à elaboração do Plano
Plurianual.
§ 5º.Será assegurada ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 3
§ 6º. A delegação de serviço de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo prestador do respectivo plano de saneamento básico em vigor
à época da delegação.
§ 7º. Quando envolverem serviços regionalizados, os planos de saneamento
básico devem ser editados em conformidade com o estabelecido no art. 14
desta Lei.
§ 8º. Exceto quando regional, o plano de saneamento básico deverá englobar integralmente o território do ente da Federação que o elaborou.
Parágrafo único. Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços
a verificação do cumprimento dos planos de saneamento por parte dos
prestadores de serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e
contratuais.
Para a elaboração do presente Estudo serão utilizados também os seguintes documentos de referência:
 NBR 9.648/86: Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário
 NBR 12.208/92: Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário
 NBR 12.209/92: Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário
 CONSEMA 128/2006: Dispõem sobre padrões de emissão de efluentes líquidos em águas
superficiais do Rio Grande do Sul
 CONAMA 357/2005: Dispõem sobre a classificação dos corpos d’água e diretrizes ambientais
para seu enquadramento e dá outras providências
 Agencia Nacional de Saneamento: http://www.anvisa.gov.br/institucional/
 Ministério do Meio Ambiente: http://mma.gov.br/estruturas/cgti/_arquivos/
 Ministério das Cidades: http://www.cidades.gov.br/
 Fundação Nacional de Saúde: http://www.funasa.gov.br
 Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento: http://www.snis.gov.br/
 Pesquisa Nacional de Saneamento Básico:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb/
 Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN: Estudo de concepção do sistema de
esgotos sanitários da cidade de Veranópolis; Estudo de concepção para o abastecimento de
água na região de Nova Prata e Veranópolis.
 IBGE: http://www.ibge.gov.br - Consultado em julho de 2008
 Secretaria Estadual da Saúde: http://www.saude.rs.gov.br
 FAMURS: http://famurs.com.br
 FEE: http://fee.tche.br
 DATASUS: http://datasus.gov.br
 SUS: http://saude.gov.br
2. DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO
2.1. HISTÓRICO
Os primeiros habitantes da região, no Vale do Rio das Antas e do Rio da Prata, foram os índios Caigangues. A partir do século XIX iniciaram-se algumas incursões de tropeiros, fazendeiros e balseiros
que foram aumentando à medida que crescia o núcleo populacional de Lagoa Vermelha. Sob esta
influência nasceu a vila que, mais tarde, se tornaria o município de Veranópolis.
Em 1830, todo o território desta região pertencia ao município de Santo Antônio da Patrulha, e as
freguesias mais próximas da atual cidade de Veranópolis era Lagoa Vermelha e Vacaria. Uma única
estrada ligava estas freguesias ou distritos a Santo Antônio da Patrulha.
Em 1880, Júlio da Silva Oliveira, engenheiro-chefe da Comissão de Terras, funda a Colônia de Roça
Reúna. Em 1884, grandes levas de imigrantes poloneses, alemães e em maior número de italianos,
instalam-se e a Colônia Roça Reúna passa a denominar-se Alfredo Chaves, pertencente ao município
de Lagoa Vermelha. Em 1898, Alfredo Chaves passou à categoria de vila. Na década de 40, por
existir outro município com o nome de “Alfredo Chaves”, no Espírito Santo, foi oficializado o nome
Veranópolis, que significa Cidade Veraneio.
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Atualmente, Veranópolis é conhecida como Berço Nacional da Maçã e Terra da Longevidade, além
de ter o 9º melhor índice de desenvolvimento sócio-econômico no estado segundo a Fundação de
Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE).
A Tabela 1 exibe a evolução quantitativa da população e o incremento da população urbana em relação a rural ao longo dos tempos. A diminuição da população total até 1991 reflete os desmembramentos de distritos.
Tabela 1 – Evolução populacional
Ano
População
Total
População
Rural
População
Urbana
%da Urbana
em Relação a
Total
1911
25.053
-
-
-
1948
20.100
17.130
2.970
15
1980
1991
23.247
16.916
13.262
5.279
9.995
11.637
43
69
1995
1996
2000
17.121
18.122
19.446
4.558
4.929
3.446
12.563
13.193
16.020
73
73
82
Observação
Incluía o distrito da
Prata(Nova Prata)
Incluía os distritos de
Cotiporã, Fagundes
Varela e Vila Flores
Idem
Não incluía mais os
distritos acima mencionados
Idem
Idem
Idem
2.2. LOCALIZAÇÃO
A cidade de Veranópolis está localizada na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul, região
conhecida também como Serra Gaúcha, distante, aproximadamente 160 km da capital Porto Alegre e
a 90 km de Caxias do Sul (pela RSC 470). A área territorial de Veranópolis é de 289,432 km², com
altitude de 705 m.s.n.m.. A área urbana do município é de 13,6 km².
Os principais acessos de Veranópolis são a RSC 470 (Porto Alegre – Bento Gonçalves) e a RS 324
(Passo Fundo). A RS 359 liga o município a vizinha Cotiporã e a RS 355 liga a Fagundes Varela.
Os mapas em anexo mostram:
Figura 1 - Mapa da Região da Serra;
Figura 2 - Mapa com acessos de Porto Alegre aos municípios da Serra;
Figura 3 - Mapa do Estado do Rio Grande do Sul.
Tabela 2 – Principais Indicadores do Município
ITEM
DESCRIÇÃO
Porte Município
Médio-Pequeno
Altitude da sede (m)
705
Longitude
-51,549
Latitude
-28,936
Data de criação
15/01/1898 (Decreto nº 124-B)
Município de Origem
Lagoa Vermelha
Densidade Demográfica
82,6 hab/km²
Microrregião
Caxias do Sul
Mesorregião
Nordeste Rio-Grandense
Nome da Região Geográfica
Sul
Código do IBGE
432280
População em 1991
16.916
População em 1996
18.122
População em 2000
19.466
População em 2007
23.904
População em 2009
26.121
Área
289,4 km²
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 5
Taxa de analfabetismo em 2000
Expectativa de Vida ao Nascer em 2000
Coeficiente de Mortalidade Infantil em 2007
PIB em 2006 (R$)
PIB per capita (R$)
Exportações Totais em 2007 (U$ FOB)
Água encanada
Água tratada
Esgoto tratado
Hospitais
4,6%
75,51 anos
8,70 por mil nascidos vivos
387.762.000
18.161,00
59.475.198
90%
90%
Não tem
1 unidade, com 51 leitos
3. ATIVIDADES ECONÔMICAS
O município de Veranópolis conta com 250 indústrias, representando mais de 60% do PIB do município. As maiores indústrias são: a Coopershoes, fabricante de calçados esportivos, com aproximadamente 500 funcionários; a empresa E.R. Amantino e Cia. Ltda., que possui em torno de 300 funcionários e fabrica armas de fogo, peças e acessórios; a Oleoplan SA, empresa de Biodiesel e derivados
de soja, com 300 funcionários e maior faturamento do município; a Lupatech, empresa de microfusão
de aço, com 250 funcionários; a MGA, empresa de microfusão de aço com 230 funcionários.
A agricultura de Veranópolis está baseada predominantemente do cultivo da uva e do milho. As demais culturas são consideradas de agricultura familiar, ou para cultivo de subsistência. A criação de
animais – aves, gado e suínos –, em sistema integrado de confinamento, tem grande importância
econômica.
O setor de serviços apresenta em torno de 30% do total do PIB do município. O comércio dentro do
setor de serviços atende basicamente as necessidades locais da população e apresenta em média
15% do total do PIB de serviços.
Setor
Agropecuária
Indústria
Serviços
Total
Tabela 1 - Valor agregado a preços básicos
VERANÓPOLIS
R$
30.609.570
9,38
200.903.085
61,54
94.933.175
29,08
326.445.830
100,0
%
3.1. EMPREGO E RENDA
A indústria em Veranópolis é responsável pela maior movimentação da economia local, assim os
empregos diretos e indiretos estão mais concentrados neste setor. O município de Veranópolis possui
7.183 empregos formais, distribuídos em 1.675 estabelecimentos, segundo dados do Ministério do
Trabalho e Emprego. A população economicamente ativa em Veranópolis foi de 10.929 no Censo do
IBGE.
Na tabela 2, apresenta-se a composição da renda mensal dos responsáveis pelos domicílios, onde a
maior concentração da população está nas faixas de renda entre 01 e 05 salários mínimos.
Tabela 2 – Rendimento Nominal Mensal – Domicílios
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 6
Situação do
Domicílio
Total
Classes de Rendimento Nominal Mensal da Pessoa Responsável pelo Domicílio
Total
Até ¼ de salários mínimos
Mais de ¼ a ½ salários mínimos
Mais de ½ a ¾ de salários mínimos
Mais de ¾ a 1 salário mínimo
Mais de 1 a 1 ¼ de salário mínimo
Mais de 1 ¼ a 1 ½ salário mínimo
Mais de 1 ½ a 2 salários mínimos
Mais de 2 a 3 salários mínimos
Mais de 3 a 5 salários mínimos
Mais de 5 a 10 salários mínimos
Mais de 10 a 15 salários mínimos
Mais de 15 a 20 salários mínimos
Mais de 20 a 30 salários mínimos
Mais de 30 salários mínimos
Sem rendimento
Pessoas Responsáveis pelos
Domicílios Particulares Permanentes (Pessoas)
5.586
1
5
21
Percentual
634
72
11,35
1,29
280
5,01
868
15,54
862
1.167
1.017
210
15,43
20,89
18,21
3,76
136
2,43
69
1,24
75
169
1,34
3,03
100,00
0,02
0,09
0,38
Fonte: IBGE 2000
3.2. ENERGIA ELÉTRICA
O fornecimento de energia elétrica no município de Veranópolis está a cargo da empresa RGE – Rio
Grande Energia, que presta o serviço em toda a Região da Serra Gaúcha. Na tabela 3 destacamos o
número de consumidores por classes e o consumo de cada uma delas, e também o consumo médio
por categoria.
Em 2003 o município de Veranópolis contava com 5.779 consumidores residenciais que representavam 71% do universo. O consumo médio residencial é expressivo, da ordem de 1,9 MWh/Consumidor
em 2003. Em destaque apresentamos o consumo da indústria que é de 41.329 MWh/Indústria. Outro
destaque está no consumo médio do setor público que no ano de 2003 ficou em 52,34 MWh/unidade.
Tabela 3 – Veranópolis
Consumo de Energia Elétrica por Categoria
ANO
2000
2001
2002
2003
RESIDENCIAL
(MWH)
(%)
10.444
20,7
9.972
19,7
10.040
17,5
11.002
16,5
INDUSTRIAL
(MWH)
(%)
25.366
50,3
26.197
51,9
32.563
56,9
41.329
61,8
RESIDENCIAL
un
(%)
4.923
69,3
4.923
66,7
5.211
67,3
5.779
71,3
INDUSTRIAL
Um
(%)
361
5,1
395
5,4
446
5,8
485
6,0
COMERCIAL
(MWH)
(%)
6.516
12,9
6.519
12,9
6.278
11,0
6.509
9,7
PÚBLICO
(MWH)
(%)
5.185
10,3
4.814
9,5
4.651
8,1
4.711
7,0
RURAL
(MWH)
(%)
2.933
5,8
3.006
6,0
3.720
6,5
3.288
4,9
OUTROS
(MWH)
(%)
1
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
TOTAL
(MWH)
(%)
50.445
100,0
50.508
100,0
57.252
100,0
66.839
100,0
OUTROS
un
(%)
0,0
0,0
0,0
0,0
TOTAL
un
(%)
7.104
100,00
7.380
100,00
7.743
100,00
8.101
100,00
Número de Consumidores por Categoria
ANO
2000
2001
2002
2003
COMERCIAL
un
(%)
759
10,7
796
10,8
834
10,8
854
10,5
PÚBLICO
un
(%)
83
1,2
82
1,1
86
1,1
90
1,1
RURAL
un
(%)
977
13,8
1.183
16,0
1.165
15,0
892
11,0
1
1
1
1
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 7
Consumo Médio por Categoria
ANO
RESIDENCIAL
(MWH/un)
INDUSTRIAL
(MWH/un)
COMERCIAL
(MWH/un)
PÚBLICO
(MWH/un)
RURAL
(MWH/um)
OUTROS
(MWH/un)
TOTAL
(MWH/un)
2000
2,121
70,266
8,585
62,470
3,002
1,000
7,101
2001
2,026
66,322
8,190
58,707
2,541
0,000
6,844
2002
1,927
73,011
7,528
54,081
3,193
0,000
7,394
2003
1,904
85,214
7,622
52,344
3,686
0,000
8,251
A empresa RGE estabeleceu, em 2003, 8.101 unidades, com um consumo total de 66.839 MWH.
4. RECURSOS HÍDRICOS E BACIAS HIDROGRÁFICAS
O aqüífero captado no município de Veranópolis está inserido no limite das Subprovíncias do planalto
e borda do planalto da Província Hidrogeológica Basáltica. (Hausman, 1995).
Trata-se de um aqüífero constituído por rochas resultantes de derrames basálticos, possuindo um
comportamento de aqüífero fraturado em que a circulação de água subterrânea se dá através de
planos de descontinuidade de extensão variável, de acordo com o tectonismo que o afetou. Compõem-se basicamente de basaltos cinza a amarroados, com intercalações de basalto preto, vítreo e
zonas amigdalóides. Em alguns poços são também descritas rochas de caráter ácido como riolitos de
coloração marrom-escura. Todo o conjunto apresenta uma notável heterogeneidade e anistropia, a
qual proporciona características hidrodinâmicas que podem variar de poço para poço.
Dentro do município de Veranópolis, os poços mais bem construídos são aqueles pertencentes à
Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN). Estes poços abasteciam a cidade antes da
entrada em funcionamento do sistema de captação superficial no Arroio Retiro.
A profundidade média de captação de água subterrânea é de aproximadamente 110 metros, sendo
que o poço mais raso atingiu a 33,50m e o mais profundo a 172 metros. O aqüífero apresenta várias
entradas de água, comumente entre três a quatro que geralmente encontram-se associadas aos planos de descontinuidade entre os derrames horizontais e zonas de basaltos amigdalóides.
A vazão de exploração dos poços da CORSAN situa-se entre 8,0 e 18,0 m³/h, o que para abastecimento público de uma cidade do porte de Veranópolis é considerado insuficiente. Entretanto, para
quase todos os fins de uso privado, como residências, indústrias, sítios e hospitais, o aqüífero apresenta uma boa potencialidade. A capacidade específica média, que demonstra a produtividade dos
poços é de 0,439 m³h por metro de rebaixamento. O maior índice alcança 1,32 m³h e o menor 0,055
m³h, o que demonstra por esta significativa variação a necessidade de uma locação geológica bem
feita, para que o investimento na captação de água subterrânea seja bem sucedido neste município.
Fato digno de nota é a ótima qualidade que as águas subterrâneas apresentam nesta região. Cerca
de 70% dos poços apresentam pH entre 6,3 e 6,9, os restantes 30% entre 7,1 e 8,0. Os sais dissolvidos na água possuem teores em média de 169 mg/1, com valores extremos em 213,0 e 110,9 mg/1.
Os sais de cálcio e magnésio variam de 8 a 66 mg/1, apresentando-se as águas subterrâneas doces
e “moles”.
As águas são bicarbonatadas cálcicas e magnesianas, com teores de fluir dentro dos limites de potabilidade e com ferro raramente ultrapassando a 0,3 mg/1, servindo para fins reabastecimento público,
doméstico, agrícola e industrial.
No município também foi perfurado um poço, que localizou o aqüífero Guarani (também chamado de
Botucatu), no Parque Municipal da Usina Velha com o objetivo de implantar um empreendimento
turístico para banho de águas termais. A perfuração teve 504 metros de profundidade e vazão de
teste estimada em 10 mil litros/hora, com temperatura da água variando entre 38 e 40 graus. Análises
de laboratório apontaram excelente qualidade da água, considerada mineral, própria para o consumo
humano.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 8
As figuras 4 e 5, em anexo, exibem a geologia básica da área de interesse.
4.1 RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS
O território do município de Veranópolis está situado na encosta de um planalto em fase de dissecação, ou seja, na encosta da Serra Geral, onde a paisagem geomorfológica é caracterizada por vales
bastante encravados e profundos, com amplitudes de relevo muito acentuadas. Tal relevo movimentado fica bem evidente ao atravessar-se o vale do Rio das Antas, na divisa com Bento Gonçalves. No
fundo do vale as altitudes situam-se entre 60 a 80 m acima do nível do mar, enquanto que nas encostas próximas ao rio são comuns altitudes que alcançam a 500 m, às vezes superando até 600 m.
Na região limítrofe de Veranópolis com Cotiporã, a cota do arroio Retiro fica um pouco abaixo dos 300
m e bem próximo dali, não mais de 5 km, alcança-se 600 e mesmo 700 m.
Na zona urbana da sede municipal, as altitudes encontram-se no intervalo de 600 e 700 m, havendo
uma referência formal a uma altitude de 680 m para a cidade.
De uma maneira geral, pode-se enquadrar o solo da região como do tipo latossolo roxo, a maduro,
desenvolvido, especialmente, por ação das águas de infiltração, que promovem a alteração dos minerais presentes no substrato pedogenético e a remoção dos minerais por lixiviação. O mapa em anexo
da figura 6 exibe a tipologia de solos da área de interesse. As figuras 7 e 8 exibem a conformação
topográfica e geomorfológica da área de interesse.
4.2 HIDROGRAFIA E CLIMA
A região está inserida na Bacia Hidrográfica G-40/Taquari-Antas. O território de Veranópolis possui
uma drenagem exorrêica que tem como maior curso d’água o Rio das Antas que é o elemento balizador da divisa com o município de Bento Gonçalves. Ele é um afluente da margem do rio Taquari que
por sua vez flui ao Jacuí que deságua no estuário do Guaíba, próximo a Porto Alegre.
A figura 9 em anexo, a seguir, exibe a conformação geral da bacia hidrográfica Taquari-Antas, onde
está contido o município de Veranópolis.
O Rio das Antas segue uma trajetória acentuadamente serpenteada com diversas curvas sob a forma
de ferradura (meandros encaixados). Sua largura e profundidade são variáveis, em função das pluviosidades sazonais. No mapa topográfico da DSG, em escala 1:50.000, na região da ponte que faz a
conexão com o território de Bento Gonçalves, ele está representado com uma largura em torno de
200 metros.
A construção de três hidrelétricas do Complexo Ceran alterou a profundidade e a característica do Rio
das Antas, passando de um rio de corredeiras para a formação de três lagos continuados, nos municípios de Nova Roma do Sul, Veranópolis e Cotiporã. O mesmo aconteceu com o Rio da Prata, onde
foram construídas duas pequenas centrais hidrelétricas, em Antônio Prado e Veranópolis.
A Figura 10, em anexo, mostra o mapa de localização dos barramentos no Rio das Antas.
Os afluentes do Rio das Antas mais importantes são o rio da Prata, o arroio Retiro e o arroio Jaboticaba, e o Rio Carreiro, que ao desaguar no Antas forma o Rio Taquari.
O clima de Veranópolis é do tipo temperado, mesotérmico, brando e superúmido. Os dados a seguir
fornecem indicações sobre as condições climáticas gerais:
Tabelas 1 – Principais Dados Climáticos do Município de Veranópolis
ITEM
Precipitação pluviométrica média anual
Época de concentração máxima de precipitação em
três meses consecutivos
Meses mais secos, pela ordem
DESCRIÇÃO
1.750 a 2.000 mm
Junho / Julho / Agosto
Novembro / Março e Fevereiro
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 9
Temperatura média anual
Temperatura média de janeiro
Temperatura máxima absoluta do ano
Temperatura térmica de julho
Temperatura mínima absoluta
Ocorrência média de geada número de vezes por ano
16 a 20º C
22 a 26º C
36 a 40º C
10 a 15º C
-4 a -8º C
5 a 15º C
Observação: A ocorrência de neve é muito rara, estando ausente na maioria dos anos.
Segundo dados do Projeto RADAM/BRASIL o município de Veranópolis está situado na faixa de domínio do clima úmido (C) forte (1) com mesoclima (m), portanto, é do tipo Cim. A região está situada
numa altitude média de 530 metros, apresentando uma temperatura média anual de 16,5ºC. Não há
deficiência hídrica ao longo de um ano normal, e no seu balanço hídrico anual, ocorre uma retirada de
novembro a janeiro, sucedida por uma reposição de água que perdura de fevereiro a abril. O excedente total de 439 mm distribui-se desde o mês de maio até o de outubro, com concentração nos
meses de junho, julho e agosto, nos quais atinge 305 mm.
Nos últimos anos as precipitações pluviométricas têm sido bastante irregulares. No verão de 2005 –
entre janeiro e março – foi registrada a maior estiagem das últimas décadas, com racionamento de
água, tanto em Veranópolis como em Nova Prata. O arroio Retiro, que abastece as duas cidades,
praticamente secou. Neste ano de 2009, o inverno foi mais seco. Em compensação, nos meses de
agosto, setembro e outubro foram registrados índices de chuvas acima da média.
5. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE
A captação – elevação – adução de água bruta do sistema produtor de Veranópolis tem como base a
tomada de água no arroio Retiro. A capacidade atual é de 90 l/s. Segundo estudo da CORSAN, este
volume seria superior a demanda requerida pelo sistema, que é de aproximadamente 55 l/s.
As estruturas existentes são bastante precárias requerendo reformas ou até mesmo a implantação de
novas instalações. Nos itens seguintes será feita breve descrição das unidades componentes da captação, elevação, adução de água bruta.
5.1. MANANCIAL
O arroio Retiro é o manancial do Sistema de Abastecimento de Água de Veranópolis. Este arroio com
nascentes próximas à área urbana de Nova Prata, tem duas captações: reservatório de acumulação
para a cidade de Nova Prata e 02 barramentos de nível e um terceiro em fase final de construção
para a cidade de Veranópolis.
O barramento da cidade de Nova Prata, inaugurado em 2002, mostrou-se insuficiente na última estiagem, pois o volume acumulado com o reservatório cheio era suficiente para somente 01 dia de abastecimento. Tal situação explica-se na medida em que o barramento foi executado abaixo do nível
operacional previsto (2 metros abaixo da cota de projeto) e pelas pequenas vazões contribuintes do
arroio Retiro. No estudo de regionalização de vazões, realizado pela CORSAN, tendo como base
posto fluviométrico da região no rio da Prata, as vazões mínimas do arroio Retiro para bacia de contribuição de 18,02 km² são da ordem de 27 l/s. Na última estiagem a perfuração do poço NPR 06 com
volume de 70 m³/h, descarregando diretamente no reservatório de acumulação ajudou a atenuar o
racionamento. Também foi perfurado o poço NPR 07, próximo a RSC 470, com igual capacidade,
porém não foi necessário o seu aproveitamento.
Ao mesmo tempo, que o arroio Retiro mostrou-se insuficiente para suprimento da cidade de Nova
Prata, a retirada de volumes deste corpo hídrico compromete o seu aproveitamento para Veranópolis,
pois, sendo o mesmo manancial para ambas e não havendo reservatório com volume suficiente para
compensação, tem como conseqüência a redução de vazões afluentes à captação desta última. A
vazão mínima no arroio Retiro em Veranópolis para bacia contribuinte total de 78,09 km² é de 118 l/s.
Retirada a vazão de Nova Prata, resulta neste ponto o valor de 91 l/s. Esta vazão seria suficiente,
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 10
caso não houvessem outros usos na bacia, pois atualmente são captados 90 l/s para a elevatória de
água bruta de Veranópolis.
5.2. CAPTAÇÃO
A captação de água para Veranópolis é efetuada em pequena barragem de nível, a qual aduz por
gravidade até a elevatória de água bruta por canalizações de ferro fundido DN 200 (595 metros) e DN
150 (1.240 metros) com extensão total de 1.835 metros. A vazão aduzida por esta adutora é de 24 l/s.
Complementando esta estrutura foram lançadas duas bombas submersíveis Flygt, com potência de
30 HP cada, com vazão total de 70 l/s, as quais descarregam diretamente no poço de sucção da elevatória.
Foi proposto pela CORSAN em estudo de 2002, ampliar a barragem de nível em 1,00 metro e executar nova adutora por gravidade, com a finalidade de aduzir 120 l/s para elevatória, desativando-se os
grupos elevatórios submersíveis.
5.2.1. ELEVATÓRIAS DE ÁGUA BRUTA
A elevatória de Veranópolis é localizada ao lado do arroio Retiro e através de recalque descarrega
diretamente na ETA.
As características do bombeamento são as seguintes:
- EBA 1
Vazão = 70 l/s
AMT = 10 mca
Potência = 30 cv
- EBA 1A
Vazão = 90 l/s
AMT = 280 mca
Potência = 600 cv
As instalações existentes são bastante precárias requerendo todas as edificações reforma ou até
mesmo a construção de novas instalações para abrigo dos grupos elevatórios e equipamentos.
5.2.2. ADUTORAS DE ÁGUA BRUTA
A adutora de Veranópolis é composta por dois trechos. O primeiro em tubulação de ferro fundido com
maiores pressões. O segundo trecho com tubulações de PVC DEFOFO e ferro fundido. Recentemente foi ampliado o primeiro trecho por tubulação de ferro fundido DN 350. O segundo trecho não foi
ampliado.
As características das adutoras são as seguintes:
- Veranópolis
Vazão = 90 l/s
Diâmetro 1º trecho = FF DN 350 // FF DN 150
Extensão = 1.230 m
Diâmetro 2º trecho = PVC DEFOFO DN 200 // FF DN 150
Extensão = 1.280 m
A Figura 11, em anexo, mostra o sistema de abastecimento de água em Veranópolis.
5.2.3. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
O sistema conta com estação de tratamento de água com capacidade 120 l/s, que é realizado em
estação convencional com processos de mistura/floculação/decantação/desinfecção.
A mistura é realizada em calha Parshall onde é aplicado o sulfato de alumínio e realizada a précolocação. Os floculadores são do tipo hidráulico.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 11
Os decantadores são de fluxo horizontal convencionais. Cada decantador conta com cortina difusora
e calhas de coleta com vertedores triangulares. Os filtros são do tipo rápido empregando como elemento filtrante areia regular. A operação dos filtros é controlada por poço de união com vertedor. No
poço de união é aplicado o flúor e realizada a pós-cloração se necessária.
No parque da ETA também estão implantados a casa de química para estoque, preparo e dosagem
de produtos químicos e laboratório de controle, elevatórias de água e reservatório para lavagem de
filtros, contando, também, com lagoas de lodo e elevatória para retorno dos efluentes da água de
lavagem dos filtros.
5.2.4. ELEVATÓRIAS DE ÁGUA TRATADA
São em número de duas. As características dos bombeamentos são as seguintes:
- EBA 2 – abastece R-02 e R-02A
Vazão = 20 l/s
Potência 15 cv
- EBA 3 – abastece R-05
Vazão = 32 l/s
Potência = 30 cv
5.2.5. RESERVAÇÃO
São em número de nove com volume total de 2.250m³, destinados a acumulação da produção da
ETA, lavagem de filtros, volante de elevatórias e abastecimento.
As características dos reservatórios são as seguintes:
- R-01 – acumulação da ETA
Volume = 200 m³
Nível médio = 657,00 m
- R-02 – Abastecimento da Zona Alta 1
Volume = 50 m³
Nível médio = 674,00 m
- R-02ª – lavagem dos filtros
Volume = 150 m³
Nível médio = 674,00 m
- R-03 – quebra-pressão
Volume = 30 m³
Nível médio = 625,00 m
- R-04 – volante EBA 3
Volume = 50 m³
Nível médio = 645,00 m
- R-05 – abastecimento Zona Alta 2
Volume = 100 m³
Nível médio = 669,00 m
- R-06 – acumulação da ETA
Volume = 300 m³
Nível médio = 657,00 m
- R-07 – abastecimento Zona Alta 2
Volume = 200 m³
Nível médio = 669,00 m
- R-09 – acumulação da ETA
Volume 1.000 m³
Nível médio = 657,00 m
5.2.6. DISTRIBUIÇÃO
O sistema conta ao todo com 103.522 metros de redes distribuidoras, com 04 zonas de abastecimento atendendo a 7.202 economias, definidas pelos seguintes conjuntos:
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 12
- R-02
- R-03
- EBA 3 / R-05 / R-07
- R-01 / R-06 / R-09
5.2.7. INFORMAÇÕES OPERACIONAIS
Visando a identificação de parâmetros de consumo e demanda, determinaram-se os principais indicadores operacionais dos sistemas de abastecimento de água de Veranópolis. As informações foram
fornecidas pela CORSAN e referem-se ao período 2000 a 2004. Nas tabelas 1 a 6 a seguir, foram
elaborados resumos da performance dos SAA no período.
5.3. DADOS COMERCIAIS E FINACEIROS
A apresentação dos dados comerciais e financeiros de Veranópolis nas Tabelas 8 e 9 compõem a
caracterização de consumo de água da população, desde o número de economias até a evasão de
receitas do sistema.
Os dados apresentados na Tabela 8 – Dados comerciais foram disponibilizados pela CORSAN e
referem-se ao período de 2000 a 2004.
A seguir serão descritas as principais observações sobre os dados comerciais e financeiros do sistema existente:
Tabela 1 – Dada Comerciais e Financeiros
Veranópolis
Período
2000
Número de Economias
5.783
Volume Faturado Anual (m³)
866.771
Faturamento anual (R$)
1.936.454
Arrecadação Anual (R$)
1.839.320
Evasão de Receitas (%)
4,74
2004
7.117
971.694
3.445.846
3.431.664
0,09
Na Tabela 9 Dados Comerciais Comparativos são apresentados as relações entre os principais dados
comerciais e financeiros do sistema, sendo eles utilizados como dados de entrada para as projeções
de receitas do projeto.
No cálculo das receitas futuras do sistema será utilizado para Veranópolis o valor de 145,78 m³/eco
ao ano.
Em Veranópolis a evasão de receitas foi da ordem de 2,84% em média no período de 2000 a 2004,
adotando-se para cálculo da estimativa de receitas uma evasão na ordem de 3,50%.
A relação entre volume consumido e volume faturado por economia, mostra nos últimos 05 anos um
decréscimo de 2,81%.
Tabela 2 – Dados da Produção de SAA de Veranópolis - Ano 2000
Ano 2000
Indicador
Volume Produzido (m³)
Volume Consumido (m³)
Número de
Economias
Média
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
131.946
119.717
121.292
120.741
126.370
122.150
123.580
118.854
115.337
115.681
120.499
131.946
122.343
87.402
75.681
72.262
79.796
70.370
79.631
68.275
67.314
76.388
71.042
77.400
87.402
76.080
5.648
5.666
5.689
5.706
5.716
5.734
5.771
5.855
5.871
5.894
5.916
5.925
5.783
VPU (m³/ECO)
23,36
21,13
21,32
21.16
22,11
21,30
21,41
20,30
19,65
19,63
20,37
22,27
21,17
VCU (m³/ECO)
15,47
13,36
12,70
13,98
12,31
13,89
11,83
11,50
13,01
12,05
13,08
14,75
13,16
Perdas (%)
33,76
36,78
40,42
33,91
44,31
34,81
44,75
43,36
33,77
38,59
35,77
33,76
37,83
133.780
121.438
123.072
122.413
128.056
124.013
125.449
120.735
117.079
117.543
122.262
126.885
123.560
671
623
678
649
637
612
580
532
514
506
546
576
594
Nº horas/dia (h)
21,65
22,25
21,87
21,63
20,55
20,40
18,71
17,16
17,13
16,32
18,20
18,58
19,54
Vazão Média
Produção ETA
(l/s)
49,95
50,20
45,95
47,23
47,81
47,84
46,84
45,08
45,17
43,89
47,17
47,37
47,04
Volume Aduzido (m³)
Nº Horas
Produção (h)
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 13
Volume Processo (m³)
Vazão Operação Eta (l/s)
1.834
55,38
1.721
1.780
1.672
1.686
1.863
1.869
1.881
1.742
1.862
1.763
-5.061
1.218
54,15
50,42
52,39
55,84
56,29
60,08
63,04
63,27
64,53
62,20
61,19
58,23
Tabela 3 – Dados da Produção de SAA de Veranópolis – Ano 2001
Ano 2001
Indicador
Volume Produzido (m³)
Volume Consumido (m³)
Número de
Economias
Média
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
125.668
113.937
125.236
119.017
111.789
109.546
112.557
114.639
108.153
151.677
117.139
118.737
119.008
79.071
97.662
73.708
88.371
74.560
75.062
73.762
74.344
85.653
69.233
84.482
81.683
79.799
5.961
5.986
6.046
6.098
6.140
6.201
6.218
6.262
6.253
6.306
6.331
6.340
6.179
VPU (m³/ECO)
21,08
19,03
20,71
19,52
18,21
17,67
18,10
18,31
17,30
24,05
18,50
18,73
19,27
VCU (m³/ECO)
13,26
16,32
12,19
14,49
12,14
12,10
11,86
11,87
13,70
10,98
13,34
12,88
12,93
Perdas (%)
37,08
14,28
41,14
25,75
33,30
31,48
34,47
35,15
20,80
54,35
27,88
31,21
32,24
Volume Aduzido (m³)
127.417
115.594
126.993
120.759
113.644
111.351
114.489
116.550
109.979
153.609
118.944
120.556
120,824
Nº Horas
Produção (h)
580
541
608
559
527
519
524
506
496
527
554
583
544
Nº horas/dia (h)
18,71
19,32
19,61
18,63
17,00
17,30
16,90
16,32
16,53
17,00
18.47
18,81
17,88
47,57
47,78
47,41
46,59
42,43
42,96
42,75
43,51
42,43
57,35
45,89
45,01
45,97
1.749
1.657
1.757
1.742
1.855
1.805
1.932
1.911
1.826
1.932
1.805
1.819
1.816
61,02
59,35
58,02
60,01
59,90
59,60
60,69
63,98
61,59
80,97
59,64
57,44
61,85
Vazão Média
Produção ETA
(l/s)
Volume Processo (m³)
Vazão Operação Eta (l/s)
Tabela 4 – Dados da Produção de SAA de Veranópolis – Ano 2002
Ano 2002
Indicador
Volume Produzido (m³)
Volume Consumido (m³)
Número de
Economias
Média
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
115.011
99.606
112.167
101.156
105.040
100.294
104.304
116.572
108.268
110.528
110.756
113.281
108.082
83.716
85.949
71.868
81.667
77.794
75.877
70.689
78.947
76.355
76.526
83.760
79.002
78.513
6.359
6.382
6.402
6.417
6.450
6.481
6.478
6.513
6.532
6.556
6.574
6.601
6.479
VPU (m³/ECO)
18,09
15,61
17,52
15,76
16,29
15,48
16,10
17,90
16,58
16.86
16,85
17.16
16,68
VCU (m³/ECO)
13,16
13,47
11,23
12,73
12,06
11,71
10,91
12,12
11,69
11.67
12,74
11.97
12,12
Perdas (%)
27,21
13,71
35,93
19,27
25,94
24,35
32,23
32,28
29,48
30,76
24,37
30,26
27,15
116.901
101.472
114.153
103.068
107.040
102.120
106.305
118.557
110.212
112.588
112,640
115.272
110.027
Volume Aduzido (m³)
Nº Horas
Produção (h)
Nº horas/dia (h)
Vazão Média
Produção ETA
(l/s)
Volume Processo (m³)
Vazão Operação Eta (l/s)
575
392
358
337
403
356
407
361
332
344
336
347
379
18,55
14,00
11,55
11,23
13,00
11,87
13,13
11,65
11,07
11,10
11,20
11,19
12,46
43,65
41,94
42,62
39,76
39,96
39,40
39,69
44,26
42,52
42,04
43,46
43,04
41,86
1.890
1.866
1.986
1.912
2.000
1.826
2.001
1.985
1.944
2.060
1.884
1.991
1.945
56,47
71,90
88,57
84,96
73,78
79,68
72,55
91,23
92,21
90,91
93,12
92,28
82,31
Tabela 5 – Dados da Produção de SAA de Veranópolis – Ano 2003
Ano 2003
Indicador
Volume Produzido (m³)
Volume Consumido (m³)
Número de
Economias
Média
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
114.320
104.122
115.461
105.285
108.170
102.281
105.912
107.342
105.811
113.704
108.603
114.740
108.813
95.695
82.054
87.433
82.075
97.296
88.453
80.636
86.542
85.550
86.138
90.406
78.605
86.740
6.625
6.680
6.691
6.711
6.741
6.750
6.768
6.790
6.840
6.871
6.915
6.945
6.777
VPU (m³/ECO)
17,26
15,59
17,26
15,69
16,05
15,15
15,65
15,81
15,47
16,55
15.71
16,52
16,06
VCU (m³/ECO)
14,44
12,28
13,07
12,23
14,43
13,10
11,91
12,75
12,51
12,54
13,07
11,32
12,80
Perdas (%)
16,29
21,19
24,27
22,04
10,05
13,52
23,87
19,38
19,15
24,24
16,76
31,49
20,19
Volume Aduzido (m³)
116.398
105.914
117.509
107.025
110.119
104.820
108.432
109.722
107.829
116.196
110.781
117.536
111.023
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 14
Nº Horas
Produção (h)
353
333
351
319
329
312
328
343
322
357
344
382
339
Nº horas/dia (h)
11,39
11,89
11,32
10,63
10,61
10,40
10,58
11,06
10,73
11,52
11,47
12,32
11,16
43,46
43,78
43,87
41,29
41,11
40,44
40,48
40,97
41,60
43,38
42,74
43,88
42,25
2.078
1.792
2.048
1.740
1.949
2.539
2.520
2.380
2.018
2.492
2.178
2.796
2.211
91,59
88,35
93,00
93,19
92,97
93,32
91,83
88,86
93,02
90,41
89,45
85,47
90,96
Vazão Média
Produção ETA
(l/s)
Volume Processo (m³)
Vazão Operação Eta (l/s)
Tabela 6 – Dados da Produção de SAA de Veranópolis – Ano 2004
Ano 2004
Indicador
Volume Produzido (m³)
Volume Consumido (m³)
Número de
Economias
Média
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
120.232
114.191
119.667
107.602
107.205
105.690
106.562
108.683
107.428
113.666
112.416
122.649
112.166
88.182
84.561
97.859
78.469
84.053
73.881
71.897
72.574
79.546
72.732
92.866
86.273
81.908
6.971
7.008
7.039
7.064
7.093
7.143
7.154
7.166
7.175
7.185
7.206
7.202
7.117
VPU (m³/ECO)
17,25
16,29
17,00
15,23
15,11
14,80
14,90
15,17
14,97
15,82
15,60
17.03
15,76
VCU (m³/ECO)
12,65
12,07
13,90
11,11
11,85
10,34
10,05
10,13
11,09
10,12
12,89
11,98
11,51
Perdas (%)
26,66
25,95
18,22
27,07
21,60
30,10
32,53
33,22
25,95
36,01
17,39
29,66
27,03
122.310
116.242
121.730
110.322
109.701
107.604
108.648
110.867
109.630
116.057
114.885
124.551
114.379
Volume Aduzido (m³)
Nº Horas
Produção (h)
Nº horas/dia (h)
Vazão Média
Produção ETA
(l/s)
Volume Processo (m³)
Vazão Operação Eta (l/s)
379
363
379
344
339
332
337
338
334
391
354
384
356
12,23
12,96
12,23
11,47
10,94
11,07
10,87
10,90
11,13
12,61
11,80
12,39
11,72
45,67
48,05
45,45
42,56
40,96
41,51
40,56
41,39
42,30
43,33
44,32
46,50
43,55
2.078
2.051
2.063
2.720
2.496
1.914
2.086
2.184
2.202
2.391
2.469
1.902
2.213
89,64
88,95
89,22
89,08
89,89
90,03
89,55
91,11
91,18
82,45
90,15
90,10
89,28
Tabela 7 - Dados Médios da Produção SAA de Veranópolis
Indicador
Volume Produzido (m³)
Volume Consumido (m³)
Número de
Economias
VPU (m³/ECO)
VCU (m³/ECO)
Perdas (%)
Volume Aduzido
(m³)
Nº Horas Produção (h)
Nº horas/dia (h)
Vazão Média
Produção ETA
(l/s)
Volume Processo
(m³)
Vazão Operação
Eta (l/s)
2000
2001
Ano
2002
2003
2004
122.343
119.008
108.082
108.813
112.166
114,082
76.080
79.799
78.513
86.740
81.908
80.608
5.783
6.179
6.479
6.777
7.117
6.467
21,17
13,16
37,83
19,27
12,93
32,24
16,68
12,12
27,15
16,06
12,80
20,19
15,76
11,51
27,03
17,79
12,51
28,89
123.560
120,824
110.027
111.023
114.379
115.963
Média
594
544
379
339
356
442
19,54
17,44
12,46
11,16
11,72
14,55
47,04
45,97
41,86
42,25
43,55
44,14
1.218
1.816
1.945
2.211
2.213
1.881
58,23
61,85
82,31
90,96
89,28
76,53
Tabela 8 – Dados Comerciais de Veranópolis
Mês
Ano
Item
Total
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 15
Volume
Faturado
(m³)
Faturamento
(R$)
Arrecadação
(R$)
Economias
2000
Volume
Faturado/
Economia
(m³/ECO)
Faturamento
/ Economia
(R$/ECO)
Faturamento
/ Volume
Faturado
(R$/ m³)
Evasão de
Receita (%)
Volume
Faturado
(m³)
Faturamento
(R$)
Arrecadação
(R$)
Economias
2001
Volume
Faturado/
Economia
(m³/ECO)
Faturamento
/ Economia
(R$/ECO)
Faturamento
/ Volume
Faturado
(R$/ m³)
Evasão de
Receita (%)
Volume
Faturado
(m³)
Faturamento
(R$)
Arrecadação
(R$)
Economias
2002
Volume
Faturado/
Economia
(m³/ECO)
Faturamento
/ Economia
(R$/ECO)
Faturamento
/ Volume
Faturado
(R$/ m³)
Evasão de
Receita (%)
78.009
71.486
67.294
74.433
68.686
75.272
67.261
66.656
73.175
69.599
74.160
80.740
866.771
152.994,55
158.811,27
178.229,65
162.000,56
155.247,12
168.524,04
152.719,22
150.441,03
160.589,90
153.833,04
165.691,37
177.373,21
1.936.454,96
131.470,71
146.436,04
150.777,82
163.522,75
164.912,69
150.578,09
171.827,47
147.646,86
148.242,18
156.902,21
147.760,18
159.243,76
1.839.320,76
5.648
5.666
5.689
5.706
5.716
5.734
5.771
5.855
5.871
5.894
5.916
5.925
5.783
13,81
12,62
11,83
13,04
12,02
13,13
11,65
11,38
12,46
11,81
12,54
13,63
149,89
27,09
28,03
31,33
28,39
27,16
29,39
26,48
25,69
27,35
26,10
28,01
29,94
334,88
1,96
2,22
2,65
2,18
2,26
2,24
2,27
2,26
2,19
2,21
2,23
2,20
2,23
14,07
7,79
15,40
-0,94
-6,23
10,65
-12,51
1,86
7,69
-2,00
10,82
10,22
5,02
75.150
78.863
71.885
82.012
72.601
72.550
71.339
71.912
79.575
68.529
79.187
77.228
900.831
165.789,96
171.769,24
157.627,69
178.992,12
159.713,75
159.951,55
159.489,39
183.219,04
199.690,10
179.048,11
201.444,67
198.203,17
2.114.938,79
172.989,54
161.380,59
170.147,37
155.351,04
173.872,58
156.326,38
160.865,09
151.799,50
172.251,94
198.719,12
174.227,24
195.628,27
2.043.558,66
5.961
5.986
6.046
6.098
6.140
6.201
6.218
6.262
6.253
6.306
6.331
6.340
6.179
12,61
13,17
11,89
13,45
11,82
11,70
11,47
11,48
12,73
10,87
12,51
12,18
145,80
27,81
28,70
26,07
29,35
26,01
25,79
25,65
29,26
31,94
28,39
31,82
31,26
342,31
2,21
2,18
2,19
2,18
2,20
2,20
2,24
2,55
2,51
2,61
2,54
2,57
2,35
-4,34
6,05
-7,94
13,21
-8.87
2,27
-0,86
17,15
13,74
-10,99
13,51
1,30
3,38
79.135
81.232
72.346
79.316
76.390
75.208
71.376
77.987
76.809
76.250
82.045
78.146
926.240
201.939,21
209.280,58
188.080,19
203.509,20
198.610,23
195.144,97
188.563,13
199.952,92
198.925,84
197.684,19
210.997,96
203.735,74
2.396.424,16
197.848,02
189.792,03
202.465,81
184.495,07
196.935,49
191.620,03
194.026,13
179.058,17
197.335,87
196.734,03
192.808,08
204.688,11
2.327.806,84
6.359
6.382
6.402
6.417
6.450
6.481
6.478
6.513
6.532
6.556
6.574
6.601
6.479
12,44
12,73
11,30
12,36
11,84
11,60
11,02
11,97
11,76
11,63
12,48
11,84
142,97
31,76
32,79
29,38
31,71
30,79
30,11
29,11
30,70
30,45
30,15
32,10
30,86
369,89
2,55
2,58
2,60
2,57
2,60
2,59
2,64
2,56
2,59
2,59
2,57
2,61
2,59
2,03
9,31
-7,65
9,34
0,84
1,81
-2,90
10,45
0,80
0,48
8,62
-0,47
2,86
Tabela 9 – Dados Comerciais Comparativos – Veranópolis
Mês
Ano
Item
Total
Média
13,63
149,89
12,49
12,18
145,80
12,15
12,48
11,84
142,97
11,91
12,34
12,81
11,23
150,85
12,57
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2000
13,81
12,62
11,83
13,04
12,02
13,13
11,65
11,38
12,46
11,81
12,54
2001
12,61
13,17
11,89
13,45
11,82
11,70
11,47
11,48
12,73
10,87
12,51
12,44
12,73
11,30
12,36
11,84
11,60
11,02
11,97
11,76
11,63
13,81
12,27
13,07
12,06
13,85
12,78
11,88
12,51
12,31
2002
2003
Volume Faturado/
Economia
(m³/ECO)
2004
12,35
11,86
13,37
10,97
11,63
10,32
14,06
10,03
10,88
10,11
12,50
11,98
139,41
11,62
Média
13,01
12,53
12,29
12,38
12,23
11,91
12,02
11,48
12,03
11,35
12,57
12,17
145,78
12,16
Desvio Padrão Amostra
0,74
0,50
0,88
0,96
0,91
1,11
1,19
0,93
0,73
0,87
0,14
0,89
4,77
0,82
10,65
12,51
1,86
7,69
-2,00
10,82
10,22
56,83
4,74
13,51
1,30
34,22
2,85
2000
14,07
2001
2002
2003
2004
-4,34
Evasão de Receitas
(%)
7,79
15,40
-0,94
6,05
-7,94
2,03
9,31
-7,65
9,34
13,62
-3,62
5,05
-0,33
8,34
11,42
6,96
3,20
13,21
-6,23
2,27
-0,86
17,15
13,74
10,99
0,84
1,81
-2,90
10,45
0,80
0,48
8,62
-0,47
32,67
2,72
30,38
-2,26
-5,35
5,86
0,88
4,41
5,53
-8,63
45,53
3,79
6,32
30,02
5,66
-2,09
13,47
-6,69
1,05
0,09
-8,87
5,77
1,54
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 16
Média
6,47
4,55
2,64
1,97
4,38
2,80
-3,06
1,06
5,75
-2,04
10,39
-0,85
34,06
2,84
Evasão Futura 30 anos
2000
2001
2002
2003
2004
Volume Consumido/Economia
(m³/ECO)
Volume Faturado/
Economia
(m³/ECO)
Volume Consumido –
Volume Faturado
Volume Consumido/Economia
(m³/ECO)
Volume Faturado/
Economia
(m³/ECO)
Volume Consumido –
Volume Faturado
Volume Consumido/Economia
(m³/ECO)
Volume Faturado/
Economia
(m³/ECO)
Volume Consumido –
Volume Faturado
Volume Consumido/Economia
(m³/ECO)
Volume Faturado/
Economia
(m³/ECO)
Volume Consumido –
Volume Faturado
Volume Consumido/Economia
(m³/ECO)
Volume Faturado/
Economia
(m³/ECO)
Volume Consumido –
Volume Faturado
3,50
15,47
13,36
12,70
13,98
12,31
13,89
11,83
11,50
13,01
12,05
13,08
14,75
157,94
13,16
13,81
12,62
11,83
13,04
12,02
13,13
11,65
11,38
12,46
11,81
12,54
13,63
149,92
12,49
5,35
13,26
16,32
12,19
14,49
12,14
12,10
11,86
11,87
13,70
10,98
13,34
12,88
155,15
12,93
12,61
13,17
11,89
13,45
11,82
11,70
11,47
11,48
12,73
10,87
12,51
12,18
145,88
12,16
6,35
13,16
13,47
11,23
12,73
12,06
11,71
10,91
12,12
11,69
11,67
12,74
11,97
145,46
12,12
12,44
12,73
11,30
12,36
11,84
11,60
11,02
11,97
11,76
11,63
12,48
11,84
142,98
11,92
1,73
14,44
12,28
13,07
12,23
14,43
13,10
11,91
12,75
12,51
12,54
13,07
11,32
153,66
12,80
13,81
12,27
13,07
12,06
13,85
12,78
11,88
12,51
12,31
12,34
12,81
11,23
150,91
12,58
1,82
12,65
12,07
13,90
11,11
11,85
10,34
10,05
10,13
11,09
10,12
12,89
11,98
138,17
11,51
12,35
11,86
13,37
10,97
11,63
10,32
14,06
10,03
10,88
10,11
12,50
11,98
140,06
11,67
-1,35
5.4. ESTUDO PARA AMPLIAR A CAPTAÇÃO DA ÁGUA
Este projeto abrangeria o detalhamento das estruturas previstas no documento elaborado pela CORSAN em maio de 2002 denominado de “Estrutura de Elevação de Nível e Adução por Gravidade”.
Entretanto, novas variáveis de projeto como a prolongada estiagem ocorrida no verão de 2005, levaram a CORSAN a reavaliar esta solução, inclusive com a identificação de novas alternativas para
suprimento dos Sistemas produtores de Veranópolis e de Nova Prata, os quais utilizam o mesmo
manancial – arroio Retiro.
Assim, foi contratado estudo de concepção para identificação de soluções, principalmente quanto a
mananciais dos Sistemas de Abastecimento de Água de Veranópolis e Nova Prata.
Com o desenvolvimento das atividades do Estudo de Concepção dos sistemas
produtores de Veranópolis e Nova Prata, definiu-se que a necessidade de revisão dos critérios e parâmetros adotados no estudo elaborado pela CORSAN em 2002, principalmente quanto a:
- Localização da tomada de água;
- Instalações da elevatória de água bruta;
- Ampliações na adutora de água bruta.
Estes aspectos mostraram outras possibilidades para a captação – elevação – adução de água bruta,
as quais serão apontadas na sequência.
5.4.1. CONDICIONANTES DE PROJETO
5.4.1.1. MANANCIAL
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 17
Considerando a evolução das demandas dos dois sistemas produtores, a dificuldade em elevar-se o
barramento do arroio Retiro em Nova Prata - limitado pela cota da RSC 470, extensa área a desapropriar e pela pequena área de contribuição neste local -, e a dificuldade de execução de barramento de
porte para Veranópolis – limitado pelas condições topográficas e ambientais desfavoráveis, a CORSAN definiu que:
- O sistema de Nova Prata utilizará como manancial o rio da Prata, desativando-se a captação no arroio Retiro para esta localidade;
- As estruturas existentes em Nova Prata no arroio Retiro servirão para regularização deste
corpo hídrico para a cidade de Veranópolis;
- O sistema de Veranópolis utilizará exclusivamente como manancial o arroio Retiro.
Considerando a fundamentação técnica dos argumentos acima expostos, o Município considera acertada a decisão da CORSAN na definição dos mananciais para ampliar o abastecimento de
água para a região. Por isso, é fundamental a ação articulada entre Nova Prata, Vila Flores e Veranópolis com a concessionária responsável pelo abastecimento de água nestes municípios para que
os Planos Municipais de Saneamento incluam na publicação ou na primeira revisão (em no máximo
quatro anos) metas e ações harmônicas e complementares na preservação da bacia hidrográfica,
especialmente do Rio da Prata e Arroio Retiro, como mananciais de água potável de longo prazo.
5.4.1.2. CAPTAÇÃO E ADUÇÃO
O projeto ora desenvolvido abrangeria o detalhamento das estruturas previstas no documento elaborado pela CORSAN em maio de 2002 denominado de “Estrutura de Elevação de Nível e Adução por
Gravidade”.
Neste trabalho foi avaliada a condição de ampliação do trecho por gravidade da
adutora de água bruta do SAA de Veranópolis e da elevação da barragem de nível em mais 1,00
metro. Os quantitativos previstos seriam:
- 138 m de tubo FF K7 DN 500
- 500 m tubo PEAD PN4 DE 500
- 1.202 m tubo PEAD PN4 DE 355
- elevação da barragem de nível em 1,00 m
Após inspeção de campo e avaliação deste trabalho, a Coaxam verificou que:
- O ganho de carga com a execução deste trecho por gravidade é “perdido” na adutora por
recalque a qual tem perda de carga para a vazão de 120 l/s de 47 mca;
- Ampliando-se somente a adutora por recalque no trecho 200//150, a perda de carga total do
recalque seria de 7 mca para a vazão de 120 l/s. Neste caso seria necessário 1.280 metros de tubos
de PVC DEFOFO DN 300 contra 138 metros de tubo FF K7 DN 500, 500 metros de tubo PEAD PN 4
DE 500 e 1.202 metros de tubo PEAD PN 4 DE 355 na proposta do estudo da CORSAN;
- Em qualquer situação é necessária a implantação de nova elevatória de água bruta;
- A execução da adutora por gravidade seria em local muito desfavorável com elevado custo.
- A ampliação do trecho de adutora por recalque situa-se em local de fácil acesso.
- Também foram realizadas melhorias no lago de captação das bombas submersas, motivo
pelo qual sugere-se a nova captação e tomada de água neste local.
Face estas questões definiu-se pela execução de nova tomada de água no atual terreno da elevatória, desativação da adutora por gravidade e ampliação da adutora de água bruta no trecho de recalque composto por tubulações de ferro fundido DN 150 e PVC DEFOFO DN 200.
5.4.1.3. ELEVATÓRIA
A elevatória existente é composta por várias pequenas edificações onde estão abrigados os grupos
moto-bombas. As instalações estão em estado bastante precário, com grande risco da ocorrência de
acidentes, em função da inexistência de fechamentos (portas e janelas), o que possibilita o acesso
aos equipamentos.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 18
Também às condições para movimentação dos equipamentos é bastante precária pela ausência de
monovias.
O que vem ocorrendo nesta instalação são adequações em função de demandas do sistema em edificações que não mais atendem ao porte da elevatória. Assim, uma nova instalação será projetada
com padrão para atender o atual porte da elevatória, bem como futuras ampliações.
5.4.1.4. DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO DE PROJETO
Posta as condições anteriores, definiu-se pela implantação de nova edificação para instalação dos
grupos elevatórios e quadros de comando. Também definiu-se a implantação de nova tomada de
água no arroio Retiro no interior do terreno da elevatória, desativando-se a tomada de água na barragem de nível e a adutora por gravidade.
Avaliando-se o terreno disponível para implantação das novas estruturas de captação e elevação,
observa-se:
- O local onde estão instaladas as bombas submersas para pré-recalque é o ponto mais favorável para implantação de tomada de água;
- Os prédios da subestação transformadora e caixas das câmaras de manobras das tubulações em DN 350 e DN 150 são passíveis de aproveitamento. As demais edificações estão em estado
precário e deverão ser demolidas, possibilitando melhor circulação no interior da área.
Assim, sugere-se as seguintes ações para implantação da nova captação e elevatória de
água bruta:
- Deslocamento das bombas submersas para local que não interfira com a implantação da
nova tomada de água e elevatória;
- Interligação das bombas submersas ao sistema atual permitindo a manutenção das condições de abastecimento;
- Execução de tomada de água em contra-fluxo para o poço úmido da elevatória;
- Execução da elevatória no local onde estão instaladas atualmente as bombas submersas;
- Demolição, após entrada em operação do novo sistema, das edificações atuais;
- Ampliação do terceiro trecho da adutora.
5.4.1.5. DIMENSIONAMENTO DE UNIDADES
O dimensionamento das unidades componentes da nova elevatória de água bruta de Veranópolis
contemplará:
- Ampliação da adutora de água bruta;
- Novas instalações da elevatória de água bruta.
5.4.1.6. ADUTORA DE ÁGUA BRUTA
A adutora de água bruta é composta por quatro trechos, apresentando estrangulamento no terceiro
trecho, o qual será ampliado.
5.4.1.7. PARÂMETROS DE DIMESIONAMENTO
Os parâmetros empregados para dimensionamento da adutora foram os seguintes:
Vazão = 120,00 l/s
- Diâmetro Equivalente de Projeto
D = √Q = √0,120 = 0,346 m
Será ampliado o terceiro trecho da adutora de modo que o diâmetro equivalente da linha fique próximo ao diâmetro equivalente determinado.
- Composição da Adutora
Composta por quatro trechos, a saber:
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 19
• 1º trecho
DN 350 em ferro fundido (C = 130), comprimento 15 m - NOVO
• 2º trecho
DN 150 em ferro fundido (C = 100), comprimento 1.230 m - existente.
DN 350 em ferro fundido (C = 130), comprimento 1.230 m - existente.
• 3º trecho
DN 150 em ferro fundido (C = 100), comprimento 1.280 m - existente.
DN 200 em PVC DEFOFO (C = 150), comprimento 1.280 m – existente.
DN 300 em PVC DEFOFO (C = 150), comprimento 1.280 m - NOVO.
• 4º trecho
DN 400 em ferro fundido (C = 130), comprimento 25 m - existente.
- Extensão Total = 2.550 m
- Diâmetro Equivalente Proposto
• 1º trecho
D1 = 350 mm – C1 = 130 – L1 = 15 m
• 2º trecho
D2a = 150 mm – C2a = 100 – L2a = 1.230 m
D2b = 350 mm – C2b = 130 – L2b = 1.230 m
C2 = 130 - L2 = 1.230 m
Diâmetro equivalente do 2º trecho determinado pela equação de associação de canalizações em
paralelo.
2,63
0,54
2,63
D2
* C2 = D2a
* C2a + D2b
* C2b
0,54
0,54
0,54
L2
L2a
L2b
2,63
0,54
2,63
D2
* 130 = 0,15
* 100 + 0,35
* 130
0,54
0,54
0,54
1.230
1.230
1.230
D2 = 361 mm
• 3º trecho
D3a = 150 mm – C3a = 100 – L3a = 1.280 m
D3b = 200 mm – C3b = 150 – L3b = 1.280 m
D3c = 300 mm – C3c = 150 – L3c = 1.280 m
C3 = 130 – L3 = 1.280 m
Diâmetro equivalente do 3º trecho determinado pela equação de associação de canalizações em
paralelo.
2,63
0,54
2,63
2,63
D3
* C3 = D3a
* C3a + D3b
+ C3b * D3c
* C3c
0,54
0,54
0,54
0,54
L3
L3a
L3b
L3c
2,63
0,54
2,63
2,63
D2
* 130 = 0,15
* 100 + 0,20
+ 150 * 0,30
* 150
0,54
0,54
0,54
0,54
1.280
1.280
1.280
1.280
D3 = 365 mm
• 4º trecho
D4 = 400 mm – C4 = 130 – L4 = 25 m
• Diâmetro equivalente da adutora
D1 = 350 mm – C1 = 130 – L1 = 15 m
D2 = 361 mm – C2 = 130 - L2 = 1.320 m
D3 = 365 mm – C3 = 130 – L3 = 1.280 m
D4 = 400 mm – C4 = 130 – L4 = 25 m
C = 130 – L = 2.550 m
Diâmetro equivalente da adutora determinado pela equação de associação de canalizações em série.
L
=
L1
+
L2
+
L3
+
L3
.
4,87
1,85
4,87
1,85
4,87
1,85
4,87
1,85
4,87
1,85
D *C
D1 * C1
D2 * C2
D3 * C32
D3 * C32
D
2.550
=
15
+
1.230
+
1.280
+
25
.
1,85
4,87
1,85
4,87
1,85
4,87
1,85
4,87
1,85
*130
0,40 *130
0,361 *130
0,365 * 130
0,40 * 130
4,87
D = 363 mm
- Velocidade
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 20
V= 4 x Q = 4 x 0,120 = 1,16 m/s
2
2
¶xD
¶ x 0,363
- Material e Classe do tubo
Em função das pressões de serviço, como paradigma de projeto será empregado tubo de PVC DEFOFO, ponta e bolsa com junta elástica no trecho a ser ampliado.
5.4.1.8. ELEMENTOS ACESSÓRIOS
- Ancoragem
Em todas as deflexões serão empregadas juntas travadas internas, com distância mínima de 12 metros para cada lado, conforme recomendação do fabricante dos tubos. Todas as conexões empregadas na adutora serão do tipo junta travada interna. As extensões a serem empregadas para junta
travada estão indicadas nos desenhos da adutora.
- Ventosas
No ponto alto da adutora foi prevista ventosa com diâmetro de 50 mm. A ventosa será instalada em
caixa de proteção conforme os detalhes constantes nos desenhos do projeto.
- Registros de Descarga
Será instalado somente um registro de descarga para a adutora, em DN 50 localizado no ponto baixo
da adutora.
- Vala Típica
A seção típica da vala de escavação a ser adotada, terá as seguintes características básicas:
• Largura = 80 cm
• Base de Areia = 10 cm
• Altura de Reenchimento Manual = 30 cm acima da geratriz superior do tubo.
6. LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
6.1. DEFINIÇÃO
Segundo a norma brasileira NBR 10.004, de 1987 – Resíduos sólidos - classificação, resíduos sólidos são:
“Aqueles resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de
origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em
equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam
para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível”.
Essa definição torna evidente a diversidade e complexidade dos resíduos sólidos. Os resíduos sólidos
de origem urbana (RSU) compreendem aqueles produzidos pelas inúmeras atividades desenvolvidas
em áreas com aglomerações humanas do município, abrangendo resíduos de várias origens, como
residencial, comercial, de estabelecimentos de saúde, industriais, da limpeza pública (varrição, capina, poda e outros), da construção civil e, finalmente, os agrícolas. Dentre os vários RSU gerados, são
normalmente encaminhados para a disposição em aterros sob responsabilidade do poder municipal
os resíduos de origem domiciliar ou aqueles com características similares, como os comerciais, e os
resíduos da limpeza pública.
6.2. SITUAÇÃO EM VERANÓPOLIS
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 21
Veranópolis produz atualmente aproximadamente 20 toneladas de resíduos sólidos urbanos diariamente. A prestação deste serviço é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Infraestrutura,
Urbanismo e Trânsito, que delega a competência da empresa terceirizada através de contrato. A coleta é realizada utilizando-se uma frota de 2 caminhões coletores-compactadores, abrangendo praticamente a totalidade das ruas localizadas na área urbana do município. A coleta nas comunidades do
interior no município atualmente é realizada com uma freqüência bimestral. Os resíduos sólidos coletados são destinados ao aterro sanitário da empresa Sil Soluções Ambientais, localizado no município
de Minas do Leão.
No ano 2000, o Censo do IBGE contabilizou que do total de 5.586 domicílios cadastrados no município de Veranópolis, 83,76 % eram atendidos por serviço de coleta e destinação final dos resíduos
sólidos urbanos.
Tabela 1 - Quantidade de resíduos sólidos urbanos recolhidos no Município de Veranópolis
Ano
Quantidade de Resíduos Recolhidos (ton./mês)
2000
350,00
2005
420,00
2006
481,93
2008
500,00
Fonte: IBGE/PNSB, Prefeitura de Veranópolis
A tabela 2 apresenta os destinos finais, tratamentos e situação da coleta dos resíduos gerados por
percentagem de domicílios, dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB, promovida
pelo IBGE no ano de 2000.
Tabela 2 - Destino final dos sólidos urbanos no Município de Veranópolis
Destino
Coletado
Queimado
Enterrado
Jogado em terrenos
baldios, logradouros ou
rios
Outro destino
Fonte : IBGE/PNSB 2000
Porcentagem de domicílios
84,58 %
10,69 %
3,06 %
1,19 %
0,48 %
6.2.1. RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
A maioria dos resíduos sólidos industriais do município de Veranópolis tem a sua destinação gerenciada pelas empresas geradoras. A fiscalização do sistema de tratamento – coleta e destino – do lixo
gerado pelas grandes indústrias cabe a FEPAM. Atualmente, a situação do gerenciamento dos resíduos sólidos industriais está sob controle e sem maiores interferências que possam causar danos ao
meio ambiente.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 22
6.2.2. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Os geradores de resíduos de serviços de saúde são dois, um hospital e uma clínica: 01 beneficente e
outro particular. O município mantém 05 postos de saúde sob sua administração. Todos os resíduos
de serviços de saúde são coletados por empresa especializada e transportados para fora do município, onde é efetuada a destinação adequada, segundo a Legislação vigente, já que a empresa que
efetua os serviços está plenamente regularizada do ponto de vista para o desempenho da atividade.
6.2.3. RESÍDUOS DAS ETE’s
Observando o caráter de planejamento das futuras estações de tratamento de esgoto (ETE’s), cabe
também prever a necessidade de coleta de lixo e lodo que deverá ser retirado, em volume e periodicidade a serem definidos no projeto executivo de cada ETE, bem como o destino adequado. Este
serviço poderá ser contratado e operacionalizado pela concessionária de serviço de água e esgoto,
ou em comum acordo com o município, o serviço de recolhimento de resíduos das ETE’s passe a
fazer parte do contrato de recolhimento do lixo doméstico da cidade, desde que observado as condições específicas de equipamento e observando a legislação ambiental.
7. DRENAGEM URBANA
A formação da Serra Geral, na região de estudo, foi condicionada por um acentuado controle tectônico marcado pela ocorrência de falhas e fraturas com direções preferenciais N70 – 75E, N35 – 40E e
N20 – 30W (MAGNA, 1997). Esse controle também é observado pela disposição da rede de drenagem que ocorre encaixada nos principais lineamentos estruturais e que, consequentemente, define
um padrão característico de quebras bruscas para os cursos fluviais. A topografia da área urbana de
Veranópolis facilita o escoamento das águas pluviais para os arroios que circundam a cidade: arroio
Retiro, arroio Major, arroio Jaboticaba, todos eles acabam por desaguar no Rio das Antas.
Como a atual rede de esgoto é mista, o sistema de drenagem acaba servindo para escoar o esgoto
cloacal para o mesmo destino, seguindo a declividade natural do relevo.
A rodovia RSC 470 é praticamente um divisor de águas pluviais. O escoamento no centro da cidade é
feito em redes com tubos de concreto, seguindo por galerias centrais para os arroios e pequenos
riachos que circundam as extremidades dos bairros. O maior volume d´água parte da galeria da Palugana, que recebe a água e esgoto de toda região central da cidade. Uma caixa coletora, entre as ruas
Flores da cunha e Pinheiro Machado, faz o controle de vazão nas enxurradas, pois como toda a área
central é impermeabilizada, a água da chuva segue o declive natural para a galeria principal. Por isso,
são constantes obras de manutenção, principalmente na descida para o Bairro Santo Antônio.
Além de acompanhar a declividade do relevo, os projetos de ampliação e extensão das redes de drenagem devem observar:
1 – logística e comunicação de ramais, redes secundárias e galerias principais, interligando-se até os
locais previstos para construção das Estações de tratamento de esgotos (ETE´s), em mapa anexo a
este Plano;
2 – áreas passíveis a ajustes no grau de declividade para maior escoamento de água e aumento do
diâmetro dos tubos e galerias em pontos de baixa declividade para reduzir os riscos de alagamento,
como nos seguintes pontos: Rua Barão do Rio Branco (próximo ao Parque Municipal da Integração);
RSC-470 e Rua Buarque de Macedo (entre o semáforo de acesso ao Bairro Medianeira e Posto Farina); Bairro Palugana, com diversos pontos de pequenos alagamento em dias de forte enxurrada.
No capítulo que dispõem sobre o tratamento de esgoto, neste Plano, será especificado o estudo de
concepção, elaborado pela CORSAN, para as ETE´s aproveitando a rede mista existente.
Para os novos loteamentos, a Legislação Municipal na Lei 3.654, de 24 de novembro de 1998, artigo
7º, inciso IX, exige projeto da rede de esgoto e da rede pluvial acompanhado do memorial descritivo.
Assim, os novos loteamentos passam a contar com separador absoluto para o transporte do esgoto
cloacal, prevendo rede pluvial exclusiva para as águas das chuvas.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 23
Também é exigido fossa e filtro para as novas construções, sejam elas: residenciais, comerciais ou
mistas.
8. ESGOTAMENTO SANITÁRIO
8.1. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTO
O abastecimento de água de Veranópolis é realizado pela Companhia Riograndense de Saneamento
– CORSAN, possuindo o sistema aproximadamente 7.117 economias e produção anual de 112.166
m³/mês através de duas captações no Arroio Retiro. O consumo médio mensal do sistema é de aproximadamente 11,51 m³/economia por mês, com índice de perdas em média de 27%. Esses dados
foram fornecidos pela CORSAN, e tem como ano base 2004.
A cidade não conta com dispositivos para coleta, transporte e adequação das águas servidas, sendo
estas lançadas diretamente na rede pluvial, onde esta existe, ou em fossos negros. Tal condição implica na contaminação dos cursos de água da área urbana de Veranópolis, comprometendo a qualidade da água.
O esgotamento sanitário é feito em 2.271 domicílios através da rede pluvial, em 2.083 domicílios por
fossa séptica e 1.119 domicílios por fossa rudimentar.
8.2. PROBLEMAS SOCIAIS
Na zona periférica destacamos três áreas onde ainda encontramos habitações cujas condições são
consideradas precárias, visto que uma parte da população tem moradia de baixo padrão, baixa ou
nenhuma renda e, poucas condições de higiene, alimentação, saúde e saneamento básico. As áreas
são as seguintes:
 Bairro Santo Antônio / Aparecida
Desde 1995 os Bairros Santo Antônio e Aparecida estão unificados. É onde se encontra o núcleo
habitacional PROMORAR, entre as Ruas Capitão Pelegrino Guzzo e Ademir Simonetto, vinculado à Companhia de Habitação do Estado do Rio grande do Sul, com cerca de 90 habitações.
Surgiram como embriões de alvenaria, de dois ambientes que no decorrer de sua implantação
foram sendo ampliados conforme as necessidades e/ou possibilidades dos moradores. A maioria
das ampliações que foram ocorrendo são mistas, não obedecendo a padrões técnicos de engenharia. A média de ambientes dessas moradias encontra-se na faixa de três a quatro. Toda a
área possui infra-estrutura em saneamento básico, mas a população apesar de estar instruída
pelos órgãos competentes não a utiliza adequadamente e, em algumas habitações as condições
de higiene são precárias. No mesmo bairro, na encosta da Rua Capitão Pelegrino Guzzo e na
Rua Benjamin Constant existem áreas públicas com habitações geralmente mistas, possuindo
de 03 a 04 ambientes, em média, e saneamento básico completo. Em geral, as condições de
habitabilidade são regulares, sendo que, neste local também são encontradas algumas residências com espaço físico restrito e higiene precária. Estima-se que existem nesse bairro cerca de
400 moradias.
 Bairro São Francisco
Localiza-se na Rua Giuseppe Garibaldi, antiga zona do cemitério. Antiga área pública municipal,
doada à Companhia de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul, que loteou e comercializou
os terrenos aos habitantes que foram cadastrados na época da implantação. Os moradores possuem escritura pública dos referidos terrenos, pagando imposto normalmente. As habitações,
são em geral, mistas de 03 a 04 ambientes cada, em condições regulares de habitabilidade. A
área verde desse loteamento foi invadida a alguns anos por cerca de 60 famílias. Hoje há saneamento básico implantado no local. Certas casas encontram-se em precárias condições, sustentadas sobre pilares e colunas na encosta do morro. Observa-se também a repetência do fator de
pouco espaço físico em relação ao grande número de moradores.
Podemos elencar vários fatores que determinam as carências populacionais com a superlotação
urbana, o aumento da migração do campo para a cidade e até outras cidades, o desemprego, o
despreparo profissional, educacional e fatores complicadores como os portadores de doenças
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 24
crônicas, gestações precoces não planejadas, o uso abusivo de drogas (tabaco, álcool e outras
substâncias), a carência cultural, a resistência a mudanças, crenças e tabus. Outro fator que hoje merece atenção é a miscigenação religiosa ganhando cada vez mais adeptos e com isso mudança, muitas vezes radical de estilo de vida.
Melhorar as condições de vida desta população é um desafio. Não é só construindo áreas físicas, melhorando a aparência do local que os problemas se resolverão. Deve-se pensar em modificar o senso crítico do cidadão dando a eles condições de criar alternativas para melhoria da situação de vida.
Tabela 1 - Pobreza e Desigualdade – Veranópolis - Ano 2003
Incidência da Pobreza
Limite inferior da Incidência de Pobreza
Limite superior da Incidência de Pobreza
Incidência da Pobreza Subjetiva
Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva
Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva
Índice de Gini
Limite inferior do Índice de Gini
Limite superior do Índice de Gini
19,91 %
10,23 %
29,60 %
14,52 %
11,59 %
17,46 %
0,38
0,36
0,41
8.3. DOENÇAS RELACIONADAS À VEICULAÇÃO HÍDRICA
O saneamento básico constitui-se em ação primordial do serviço público, pois está comprovado ser
uma ação de eficácia e eficiência destacada, para prevenção diretamente de doenças de veiculação
hídrica como doenças diarréicas, hepatite A ou leptospirose e, também indiretamente na elevação da
qualidade de vida de uma população.
Isto posto, verifica-se que em todos os anos há aumento do número de casos de diarréia em adultos
e crianças no nosso Município, principalmente nos bairros acima citados.
Observamos, portanto, através da equipe de Vigilância em Saúde a ocorrência dos seguintes números de casos para hepatite A e leptospirose:
 Leptospirose:
Ano de 2004 – 01 caso confirmado
 Hepatite A
- Ano de 2001 (surto) – 12 casos confirmados nos bairros Santo Antônio e Santa Rita.
- Ano de 2002 – 03 casos confirmados.
- Ano de 2003 – não teve nenhum caso.
- Ano de 2004 – 04 casos.
- Ano de 2005 – não teve nenhum caso.
8.4. DIVISÃO HIDROSSANITÁRIA
Para a avaliação e estimativa de parâmetros, bem como a proposição de alternativas que definirão a
Concepção do Sistema de Esgotos Sanitários (SES), torna-se indispensável à proposição do arranjo
da área física da cidade em termos de bacias hidrossanitárias.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 25
As bacias hidrossanitárias são à base de planejamento do Sistema de Esgotos Sanitários de uma
cidade.
No caso específico de Veranópolis, a proposição da divisão hidrossanitária foi efetuada através de
base cartográfica com zoneamento da zona urbana, imagem de satélite da cidade e curvas de nível.
Os critérios para divisão hidrossanitária são fundamentados pelos seguintes aspectos:
 Convergência dos esgotos para mesmo local pelo caimento natural do terreno;
 Características homogêneas de ocupação do solo;
Da análise das características hidrográficas da cidade e de ocupação do solo, pode-se concluir:
 A expansão urbana tem se desenvolvido na periferia do centro e em loteamentos situados às
vezes afastado deste.
 A área urbana de Veranópolis representa 4,7% da área total do município. O Plano Diretor
está em re-estudo não podendo ser utilizado para determinação de critérios, mas percebe-se
o predomínio de área com construções verticais com maior densidade no centro do sítio urbano.
 Veranópolis, por se localizar na serra, tem característica geomorfológica bastante acidentada,
possuindo vertentes para o arroio Major, arroio Retiro e arroio Jaboticaba.
Face estas características, definiu-se por dividir o SES em sete bacias, contemplando toda a área
urbana do distrito sede, de ordem com o dreno de cada uma. Assim, denominaram-se as bacias de:
 Bacia Retiro1 – AR1, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Retiro, drenado
a maior parte da área urbana, incluindo o centro;
 Bacia Retiro 2 – AR2, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Retiro;
 Bacia Retiro 3 – AR3, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Retiro e uma
pequena área ao norte da cidade, que seria contribuinte ao arroio Jaboticaba, e por viabilidade será atribuída à Bacia Retiro 3;
 Bacia Jaboticaba 1 – JB1, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Jaboticaba;
 Bacia Jaboticaba 2 – JB2, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Jaboticaba;
 Bacia Major 1 – MJ1, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Major;
 Bacia Major 2 – MJ2, áreas com drenagem para arroio contribuinte ao arroio Major;
A área total de projeto resultou 13,61 km², representando cerca de 4,7% da área total e 100% da área
urbana do município.
As características das bacias e sua delimitação estão indicadas no desenho 01/02 – Divisão de Bacias, no estudo do Sistema de Esgotos Sanitários de Veranópolis, realizado pela CORSAN, em 2006.
8.5. ESTUDO POPULACIONAL PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Engloba a atividade certamente mais difícil de planejamento urbano. A tentativa de estabelecer a
provável tendência de crescimento populacional de uma cidade inclui muitas incertezas, decorrentes
do grande número de variáveis que a compõe e da imprevisibilidade das mesmas.
Entretanto, é ferramenta básica para determinação das características e do porte das unidades componentes do SES.
A seqüência de apresentação das avaliações e seus resultados seguiram:
 Descrição da base de avaliação, ou seja, indicação dos aspectos e elementos que fundamentaram as projeções demográficas;
 Listagem dos métodos empregados para projeção populacional, com a indicação de expressões matemáticas e cálculo dos parâmetros básicos;
 A projeção populacional propriamente dita, com a justificativa do método selecionado e a distribuição demográfica para a área de projeto.
 Os parâmetros básicos para a projeção da população resultaram (tabela 19):
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 26
- População 1970:
- População 1980:
- População 1991:
- População 2000:
4.094 habitantes
8.461 habitantes
11.637 habitantes
16.020 habitantes
Tabela 2 - Pobreza e Desigualdade – Veranópolis - Ano 2003
Incidência da Pobreza
Limite inferior da Incidência de Pobreza
Limite superior da Incidência de Pobreza
Incidência da Pobreza Subjetiva
Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva
Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva
Índice de Gini
Limite inferior do Índice de Gini
Limite superior do Índice de Gini
19,91 %
10,23 %
29,60 %
14,52 %
11,59 %
17,46 %
0,38
0,36
0,41
As taxas de crescimento populacional no último período 1991/2000 resultam em aproximadamente
487 habitantes por ano para o método aritmético e 3,62% ao ano para o método geométrico.
Ano
Urbana
1970
1980
1991
2000
4.904
8.461
11.637
16.020
Tabela 3 – Dados Censitários de Veranópolis (Distrito)
População
Domicílios Urbanos
Taxas de crescimento
Rural
Total
Nº
Média
Taxa
Aritmética Geométrica
4.916
9.820
4.561
13.022
355,70
5,61
1.956
4,33
5.279
16.916
288,73
2,94
3.052
3,81
3.446
19.466
487,00
3,62
4.694
3,41
4,47
Fonte: FIBGE
8.5.1. CRESCIMENTO POPULACIONAL DE VERANÓPOLIS
A projeção populacional foi efetuada pelos métodos aritmético e geométrico inicialmente considerando as taxas verificadas no período 1991/2000. Os parâmetros desta projeção estão indicados na Tabela 4, sendo:
- Horizonte: 30 anos
- Ano de início de plano: 2006
- Ano final de plano: 2035
Observa-se nas curvas a considerável diferença obtida entre um método e outro. O método geométrico apresentou população em final de plano da ordem de 50.000 habitantes, situação pouco provável
com crescimento da ordem três vezes. Já o método aritmético apresentou população em final de plano de 33.065 habitantes o q implicaria em redução drástica da taxa de crescimento para pouco mais
de 2,0% ao ano.
Passou-se então, a avaliar outras taxas intermediárias de crescimento geométrico, ou seja:
- Taxa constante de 3,5% ao ano;
- Taxa constante de 3,00% ao ano;
- Taxa de 2,50% ao ano;
- Taxas variáveis ao longo do horizonte de 2,09% em 2001 até 1,60% em 2035 – estimativa elaborada pela CORSAN;
Os resultados desta avaliação estão apresentados na Tabela 5 e Gráfico 1. As Taxas de 3,5%, 3,0%
e 2,5% mostram poucas diferenças em relação aos resultados obtidos anteriormente. Conforme orientação da CORSAN será adotada a estimativa de crescimento populacional com taxas variáveis
para o distrito de Veranópolis.
A população de início de plano ficou em 16.345 habitantes (2006) e a de final de plano em 28.918
habitantes (2035).
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 27
8.5.2. CRESCIMENTO POPULACIONAL POR BACIA
A população por bacia, em 2000, foi calculada proporcionalmente a taxa habitante por área total ocupada da cidade e a área ocupada da bacia. Para população de final de plano foram adotadas densidades populacionais de final de plano, para cada bacia, de acordo com o comportamento de crescimento da bacia e da cidade, sendo que, a taxa de crescimento obtida foi utilizada para fazer a projeção da população das bacias.
Na Tabela 6 estão expressas as taxas de crescimento populacional por bacia. Nas tabelas 7 e 8,
estão apresentados os resultados da projeção por bacia utilizando as taxas obtidas.
Tabela 4 – Parâmetros de Projeção Demográfica – Veranópolis
ANO
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
Tabela 5 – Projeções de População de Veranópolis (Distrito)
Método
Taxa a
Corsan
partir
dos da2,50
3,00
3,50
Aritmético
Taxa
População
dos IBGE
16.020
16.020
16.020
16.020
16.020
16.020
16.599
2,09
16.345
16.420
16.500
16.580
16.507
17.199
2,13
16.693
16.831
16.995
17.161
16.994
17.821
2,05
17.035
17.251
17.505
17.761
17.481
18.465
1,96
17.369
17.683
18.030
18.383
17.968
19.133
1,90
17.699
18.125
18.571
19.026
18.455
19.824
1,92
18.039
18.578
19.128
19.692
18.942
20.541
1,87
18.376
19.042
19.702
20.381
19.429
21.284
1,83
18.713
19.518
20.293
21.095
19.916
22.053
1,78
19.047
20.006
20.902
21.833
20.403
22.851
1,74
19.379
20.506
21.529
22.597
20.890
23.677
1,68
19.705
21.019
22.175
23.388
21.377
24.533
1,63
20.027
21.545
22.840
24.207
21.864
25.420
1,60
20.348
22.083
23.525
25.054
22.351
26.339
1,57
20.667
22.635
24.231
25.931
22.838
27.291
1,53
20.983
23.201
24.958
26.839
23.325
28.278
1,73
21.347
23.781
25.707
27.778
23.812
29.300
1,70
21.709
24.376
26.478
28.750
24.299
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 28
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
30.360
31.457
32.595
33.773
34.994
36.260
37.571
38.929
40.336
41.795
43.306
44.872
46.494
48.175
49.917
51.721
53.591
55.529
1,66
1,63
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
1,60
22.070
22.430
22.789
23.154
23.524
23.901
24.283
24.672
25.067
25.468
25.876
26.290
26.711
27.138
27.573
28.014
28.462
28.918
24.985
25.610
26.250
26.906
27.579
28.269
28.975
29.700
30.442
31.203
31.983
32.783
33.603
34.443
35.304
36.186
37.091
38.018
27.272
28.091
28.933
29.801
30.695
31.616
32.565
33.542
34.548
35.585
36.652
37.752
38.884
40.051
41.252
42.490
43.765
45.078
29.756
30.798
31.876
32.992
34.146
35.341
36.578
37.859
39.184
40.555
41.975
43.444
44.964
46.538
48.167
49.853
51.598
53.404
24.786
25.273
25.760
26.247
26.734
27.221
27.708
28.195
28.682
29.169
29.656
30.143
30.630
31.117
31.604
32.091
32.578
33.065
Gráfico 1 – Curvas de Crescimento Populacional
Bacia
Retiro 1
Retiro 2
Retiro 3
Major 1
Major 2
Tabela 6 – Taxas de Crescimento Populacional por Bacia
Área
População
2000
Total
Hab/ha
Hab/há
População
8.125
426,70
19,04
30
12.801
2.040
294,8
6,92
15
4.422
31
55,60
0,55
11
611
1.991
184,80
10,77
20
3.696
2.172
193,50
11,22
20
3.870
Taxa
1,31
2,24
8,92
1,78
1,66
Jaboticaba 1
31
67,70
0,45
11
744
9,54
Jaboticaba 2
Total
1.632
16.020
138,10
1.361,20
11,82
11,77
20
2.762
28.906
1,52
Ano
2000
2001
Tabela 7 – Projeções de População por Bacia
Bacia
Retiro 1
Retiro 2
Retiro 3
8.125
2.040
31
8.231
2.085
33
Major 1
1.991
2.026
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 29
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
Ano
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
8.339
8.448
8.558
8.670
8.784
8.898
9.015
9.132
9.252
9.373
9.495
9.619
9.745
9.873
10.002
10.132
10.265
10.399
10.535
10.673
10.812
10.954
11.097
11.242
11.389
11.538
11.689
11.481
11.996
12.153
12.312
12.473
12.636
12.801
2.132
2.180
2.228
2.278
2.329
2.381
2.434
2.489
2.544
2.601
2.659
2.719
2.780
2.842
2.905
2.970
3.037
3.105
3.174
3.245
3.317
3.392
3.467
3.545
3.624
3.705
3.788
3.873
3.959
4.048
4.138
4.231
4.325
4.422
36
40
43
47
51
56
61
66
72
79
86
93
101
111
120
131
143
156
170
185
201
219
239
260
283
308
336
366
398
434
473
515
561
611
Tabela 8 – Projeções de População por Bairro
Bacia
Major 2
Jaboticaba 1
Jaboticaba 2
2.172
31
1.632
2.208
34
1.656
2.244
37
1.682
2.282
40
1.707
2.320
44
1.733
2.358
48
1.759
2.398
53
1.786
2.438
58
1.813
2.478
64
1.840
2.519
70
1.868
2.561
76
1.897
2.604
84
1.925
2.647
92
1.954
2.691
100
1.984
2.736
110
2.014
2.782
120
2.045
2.828
132
2.076
2.875
144
2.107
2.062
2.099
2.136
2.175
2.213
2.253
2.293
2.334
2.376
2.418
2.461
2.505
2.550
2.595
2.641
2.689
2.737
2.785
2.835
2.886
2.937
2.989
3.043
3.097
3.152
3.209
3.266
3.324
3.383
3.444
3.505
3.568
3.631
3.696
Total
1.020
16.273
16.532
16.795
17.063
17.335
17.613
17.896
18.184
18.478
18.778
19.083
19.394
19.712
20.036
20.366
20.704
21.048
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 30
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
Bacias
Retiro 1
Retiro 2
Retiro 3
Major 1
Major 2
Jaboticaba 1
Jaboticaba 2
Total
2.923
2.972
3.021
3.071
3.123
3.175
3.227
3.281
3.336
3.391
3.448
3.505
3.563
3.623
3.683
3.744
3.807
3.870
158
173
190
208
228
249
273
299
328
359
393
431
472
517
566
620
679
744
2.139
2.171
2.204
2.238
2.272
2.306
2.341
2.376
2.412
2.449
2.486
2.524
2.562
2.601
2.640
2.680
2.721
2.762
21.400
21.760
22.128
22.504
22.889
23.283
23.686
24.100
24.524
24.958
25.405
25.863
26.334
26.818
27.317
27.830
28.359
28.906
Tabela 9 – Distribuição de Ruas por Bacias
Ruas Atual
Final de Plano
Área (ha)
km
Km/ha
Km/ha
Km
426,70
35,92
0,08
0,10
42,67
294,80
10,64
0,04
0,10
29,48
55,60
1,00
0,02
0,06
3,34
184,80
11,98
0,06
0,10
18,48
193,50
13,70
0,07
0,10
19,35
67,70
1,00
0,01
0,06
4,06
138,10
7,40
0,05
0,10
13,81
1.361,20
81,64
0,06
0,10
131,19
8.5.3. DENSIFICAÇÃO VIÁRIA
Como a cidade ainda possui áreas com grande probabilidade de crescimento populacional, foi elaborada uma estimativa do crescimento viário por bacias, podendo assim aproximar melhor as estimativas das contribuições futuras. Como parâmetros de projeção foram adotados:
 Extensão atual de ruas de cada bairro;
 Densidade de ruas por bairro em função da área.
Estes elementos apresentados na Tabela 11 propiciaram a definição da taxa adotada, esta fundamentada na avaliação das plantas urbanas da cidade e o comportamento das áreas com uma ocupação viária atual já quase definida. Assim, adotaram-se taxas variáveis para final de plano.
Bacias
Retiro 1
Retiro 2
Retiro 3
Major 1
Major 2
Jaboticaba 1
Jaboticaba 2
Total
Tabela 11 – Distribuição de Ruas por Bacias
Ruas Atual
Final de Plano
Área (ha)
km
Km/ha
Km/ha
Km
426,70
35,92
0,08
0,10
42,67
294,80
10,64
0,04
0,10
29,48
55,60
1,00
0,02
0,06
3,34
184,80
11,98
0,06
0,10
18,48
193,50
13,70
0,07
0,10
19,35
67,70
1,00
0,01
0,06
4,06
138,10
7,40
0,05
0,10
13,81
1.361,20
81,64
0,06
0,10
131,19
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 31
Novamente foram distribuídos os bairros por bacia determinando-se a extensão de vias ao longo do
horizonte de projeto. Estes resultados estão apresentados na Tabela 10.
Ano
Taxa
Anual
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
Retiro 1
Tabela 10 – Projeção de Ruas por Bacia
Bacia
Jaboticaba
Retiro 2 Retiro 3 Major 1 Major 2
1
Jaboticaba
2
Total
0,23
0,65
0,08
0,22
0,19
0,11
0,22
1,71
35,92
36,15
36,39
36,62
36,85
37,08
37,32
37,55
37,78
38,01
38,25
38,48
38,71
38,95
39,18
39,41
39,64
39,88
40,11
40,34
40,58
40,81
41,04
41,27
41,51
41,74
41,97
42,20
42,44
42,67
10,64
11,29
11,94
12,59
13,24
13,89
14,54
15,19
15,84
16,49
17,14
17,79
18,44
19,09
19,74
20,38
21,03
21,68
22,33
22,98
23,63
24,28
24,93
25,58
26,23
26,88
27,53
28,18
28,83
29,48
1,00
1,08
1,16
1,24
1,32
1,40
1,48
1,56
1,64
1,72
1,81
1,89
1,97
2,05
2,13
2,21
2,29
2,37
2,45
2,53
2,61
2,69
2,77
2,85
2,93
3,01
3,09
3,17
3,26
3,34
11,98
12,20
12,43
12,65
12,88
13,10
13,32
13,55
13,77
14,00
14,22
14,45
14,67
14,89
15,12
15,34
15,57
15,79
16,01
16,24
16,46
16,69
16,91
17,14
17,36
17,58
17,81
18,03
18,26
18,48
13,70
13,89
14,09
14,28
14,48
14,67
14,87
15,06
15,26
15,45
15,65
15,84
16,04
16,23
16,43
16,62
16,82
17,01
17,21
17,40
17,60
17,79
17,99
18,18
18,38
18,57
18,77
18,96
19,16
19,35
1,00
1,11
1,21
1,32
1,42
1,53
1,63
1,74
1,84
1,95
2,06
2,16
2,27
2,37
2,48
2,58
2,69
2,79
2,90
3,01
3,11
3,22
3,32
3,43
3,53
3,64
3,75
3,85
3,96
4,06
7,40
7,62
7,84
8,06
8,28
8,51
8,73
8,95
9,17
9,39
9,61
9,83
10,05
10,27
10,49
10,72
10,94
11,16
11,38
11,60
11,82
12,04
12,26
12,48
12,70
12,93
13,15
13,37
13,59
13,81
81,64
83,35
85,06
86,77
88,47
90,18
91,89
93,60
95,31
97,02
98,73
100,43
102,14
103,85
105,56
107,27
108,98
110,69
112,39
114,10
115,81
117,52
119,23
120,94
122,65
124,35
126,06
127,77
129,48
131,19
8.6. ESTIMATIVA DE CONTRIBUIÇÕES
Sob o título de estimativa de contribuições determinaram-se neste estudo duas das principais características que conduzem para a proposição de técnicas para adequada abordagem da coleta, transporte, condicionamento e disposição final de efluentes líquidos, quais sejam os aspectos quantitativos e
qualitativos destes.
8.6.1 CONTRIBUIÇÕES DOMÉSTICAS
Estabelecida a provável tendência de crescimento da população, é necessário para definir-se o porte
das unidades componentes do SES, os valores de vazões a esgotar ou tratar de esgotos sanitários.
Esta determinação é efetuada, tendo em vista a população a ser atendida e os parâmetros de consumo e retorno de água.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 32
Como o sistema de abastecimento de água teve estudo recente, neste ficaram definidos os principais
parâmetros de consumo, quais sejam:
 Per capita de abastecimento (q): 139,06l/hab.dia
 Coeficiente do dia de maior consumo (K1): 1,28 (sistema de água – CORSAN)
 Coeficiente da hora de maior consumo (K2): 1,50
 Taxa de infiltração (Ti): 0,5 l/s.km
 Coeficiente de retorno água/esgoto (C): 0,8
 Carga unitária de DBO (cp): 54 g/hab.dia
Nas Tabelas 11, 12 e 13 estão apresentadas, respectivamente, as estimativas de vazões médias e
máximas e carga por bacia. As estimativas de vazões médias e máximas e carga por bacia. As estimativas de vazões e carga pelas seguintes expressões:
Qmed = C x q x P + Ti x L
86.400
Qmax = K1 x K2 x C x q x P + Ti x L
86.400
CDBO = cp x P
1.000
Onde:
- Qmed = vazão média, em l/s
- Qmax = vazão máxima, em l/s
- CDBO = carga diária de DBO, em kg DBO/dia
- L = extensão de rede, km
- P = população, habitantes
Na Tabela 14 foi apresentado um resumo das vazões e cargas as quais resultaram em 63,50 l/s para
início de plano e 102,81 l/s para final de plano.
Tabela 11 – Vazões Médias Domésticas por Bacia (L/S)
Bacias
Ano
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
Retiro 1
Retiro 2
Retiro 3
Major 1
Major 2
29,27
29,53
29,80
30,07
30,34
30,61
30,88
31,16
31,44
31,72
32,00
32,29
32,57
32,86
33,15
33,45
33,74
34,04
34,34
34,65
34,95
35,26
35,57
35,88
36,20
36,52
36,84
37,16
37,49
37,82
8,32
8,71
9,10
9,50
9,90
10,29
10,69
11,09
11,50
11,90
12,31
12,72
13,13
13,54
13,95
14,37
14,79
15,21
15,63
16,06
16,48
16,91
17,34
17,78
18,21
18,65
19,09
19,54
19,98
20,43
0,57
0,61
0,66
0,71
0,75
0,80
0,85
0,90
0,95
1,00
1,06
1,11
1,17
1,22
1,28
1,34
1,40
1,47
1,53
1,60
1,67
1,74
1,82
1,90
1,98
2,07
2,16
2,25
2,35
2,45
8,84
9,00
9,17
9,33
9,50
9,66
9,83
10,00
10,17
10,34
10,51
10,68
10,86
11,03
11,21
11,39
11,56
11,74
11,93
12,11
12,29
12,47
12,66
12,85
13,04
13,23
13,42
13,61
13,80
14,00
9,94
10,09
10,24
10,39
10,54
10,69
10,84
11,00
11,15
11,31
11,47
11,62
11,78
11,94
12,10
12,27
12,43
12,59
12,76
12,93
13,09
13,26
13,43
13,60
13,78
13,95
14,12
14,30
14,48
14,66
Jaboticaba
1
0,57
0,63
0,69
0,75
0,81
0,87
0,93
1,00
1,06
1,13
1,20
1,27
1,34
1,41
1,48
1,56
1,64
1,72
1,80
1,89
1,98
2,07
2,17
2,27
2,37
2,49
2,60
2,72
2,85
2,99
Jaboticaba
2
6,00
6,14
6,29
6,44
6,58
6,73
6,88
7,03
7,18
7,33
7,48
7,63
7,78
7,93
8,09
8,24
8,39
8,55
8,70
8,86
9,02
9,17
9,33
9,49
9,65
9,81
9,97
10,13
10,30
10,46
Total
63,50
64,72
65,94
67,18
68,42
69,66
70,92
72,18
73,45
74,73
76,02
77,32
78,63
79,94
81,27
82,61
83,96
85,32
86,70
88,08
89,48
90,90
92,33
93,77
95,23
96,71
98,20
99,72
101,26
102,81
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 33
Tabela 12 – Vazões Máximas Domésticas por Bacia (L/S)
Bacias
Ano
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
Retiro 1
Retiro 2
Retiro 3
Major 1
Major 2
38,32
38,70
39,09
39,48
39,87
40,26
40,67
41,07
41,48
41,89
42,30
42,72
43,15
43,57
44,01
44,44
44,88
45,33
45,77
46,23
46,68
47,14
47,61
48,08
48,56
49,04
49,52
50,01
50,50
51,00
10,72
11,16
11,61
12,06
12,52
12,97
13,43
13,90
14,36
14,83
15,30
15,78
16,26
16,74
17,22
17,71
18,21
18,70
19,20
19,71
20,22
20,73
21,25
21,77
22,29
22,82
23,36
23,90
24,44
24,99
0,62
0,67
0,72
0,77
0,83
0,88
0,94
1,00
1,06
1,12
1,18
1,25
1,31
1,38
1,46
1,53
1,61
1,69
1,78
1,87
1,96
2,06
2,16
2,27
2,39
2,51
2,64
2,78
2,93
3,08
11,12
11,32
11,53
11,74
11,94
12,15
12,37
12,58
12,80
13,01
13,23
13,45
13,68
13,90
14,13
14,36
14,59
14,82
15,06
15,30
15,54
15,78
16,02
16,27
16,52
16,77
17,03
17,28
17,54
17,81
12,41
12,60
12,79
12,98
13,18
13,37
13,57
13,77
13,97
14,17
14,38
14,59
14,79
15,00
15,22
15,43
15,65
15,86
16,08
16,31
16,53
16,76
16,98
17,21
17,45
17,68
17,92
18,16
18,40
18,64
Jaboticaba
1
0,62
0,69
0,75
0,82
0,89
0,96
1,03
1,10
1,18
1,25
1,33
1,42
1,50
1,59
1,68
1,77
1,87
1,98
2,08
2,20
2,32
2,44
2,57
2,71
2,86
3,02
3,18
3,36
3,55
3,76
Jaboticaba
2
7,84
8,01
8,19
8,36
8,54
8,71
8,89
9,07
9,25
9,43
9,62
9,80
9,98
10,17
10,36
10,54
10,73
10,92
11,11
11,31
11,50
11,70
11,89
12,09
12,29
12,49
12,69
12,90
13,10
13,31
Total
81,64
83,15
84,68
86,21
87,76
89,32
90,90
92,49
94,09
95,71
73,35
99,00
100,67
102,36
104,07
105,79
107,54
109,31
111,10
112,91
114,74
116,61
118,49
120,41
122,36
124,33
126,34
128,39
130,47
132,59
Tabela 13 – Carga Orgânica Doméstica por Bacia (kg DBO/dia)
Bacias
Ano
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
Retiro 1
Retiro 2
Retiro 3
Major 1
Major 2
474,31
480,81
486,79
493,15
499,60
506,13
512,75
519,45
526,24
533,12
540,09
547,15
554,30
561,55
568,89
576,33
583,86
591,49
599,23
607,06
615,00
623,04
631,18
639,43
647,79
656,26
664,84
673,53
682,33
125,77
128,58
131,45
134,39
137,40
140,47
143,61
146,82
150,10
153,46
156,89
160,39
163,98
167,64
171,39
175,22
179,14
183,14
187,24
191,42
195,70
200,08
204,55
209,12
213,80
218,58
223,46
228,46
233,57
2,77
3,01
3,28
3,57
3,89
4,24
4,62
5,03
5,48
5,97
6,50
7,08
7,72
8,40
9,15
9,97
10,86
11,83
12,88
14,03
15,29
16,65
18,14
19,76
21,52
23,44
25,53
27,81
30,29
119,52
121,65
123,82
126,03
128,28
130,57
132,90
135,27
137,68
140,14
142,64
145,18
147,77
150,41
153,09
155,82
158,60
161,43
164,31
167,24
170,22
173,26
176,35
179,50
182,70
185,96
189,27
192,65
196,09
129,48
131,63
133,82
136,05
138,31
140,62
142,96
145,34
147,76
150,21
152,72
155,26
157,84
160,47
163,14
165,86
168,62
171,42
174,28
177,18
180,13
183,13
186,17
189,27
192,42
195,63
198,88
202,19
205,56
Jaboticaba
1
2,86
3,13
3,43
3,76
4,12
4,51
4,94
5,41
5,93
6,50
7,12
7,79
8,54
9,35
10,24
11,22
12,29
13,46
14,75
16,15
17,70
19,38
21,23
23,26
25,48
27,91
30,57
33,48
36,68
Jaboticaba
2
96,43
97,90
99,38
100,88
102,41
103,96
105,54
107,14
108,76
110,41
112,08
113,78
115,50
117,25
119,03
120,83
122,66
124,52
126,41
128,33
120,27
132,24
134,25
136,28
138,35
140,44
142,57
144,73
146,92
Total
951,14
966,42
981,98
997,85
1.014,02
1.030,50
1.047,31
1.064,46
1.081,95
1.099,81
1.118,03
1.136,64
1.155,65
1.175,08
1.194,94
1.215,25
1.236,04
1.257,31
1.279,10
1.301,42
1.324,30
1.347,78
1.371,87
1.396,62
1.422,05
1.448,21
1.475,13
1.502,85
1.531,44
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 34
2035
691,25
238,79
32,99
199,58
208,98
40,18
149,15
1.560,92
Tabela 14 – Vazões e Cargas Contribuintes por Bacia
Retiro 1
416,70
População
(hab)
Inicial
Final
8.784
12.801
Retiro 2
294,80
2.329
4.422
10,64
29,48
8,32
20,43
10,72
24,99
125,77
238,79
174,98
135,25
Retiro 3
55,60
51
611
1,00
3,34
0,57
2,45
0,62
3,08
2,77
32,99
56,57
155,57
Major 1
184,80
2.213
3.696
11,98
18,48
8,84
14,00
11,12
17,81
119,52
199,58
156,49
165,01
Major 2
193,50
2.398
3.870
13,70
19,35
9,94
14,66
12,41
18,64
129,48
208,98
150,80
165,01
Área
(Ha)
Bacia
Ext. Rede (km)
Inicial
35,92
Final
42,67
Vazão Média
(l/s)
Inicial
Final
29,27
37,82
Vazão Máxima
(l/s)
Inicial
Final
38,32
51,00
Carga
(kg DBO/dia)
Inicial
Final
474,31
691,25
Inicial
187,56
FinaI
211,56
DBO (mg/l)
Jaboticaba 1
67,70
53
744
1,00
4,06
0,57
2,99
0,62
3,76
2,86
40,18
58,28
155,57
Jaboticaba 2
138,10
1.786
2.762
7,40
13,81
6,00
10,46
7,84
13,31
96,43
149,15
186,04
165,01
Total
1.361,20
17.614
28.906
81,64
131,19
63,50
102,81
81,64
132,59
951,14
1.560,92
173,36
175,72
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS DE VERANÓPOLIS
8.6.2. CONTRIBUIÇÕES INDUSTRIAIS
As indústrias atualmente instaladas na região não farão contribuição para o sistema de esgoto e em
pesquisa realizada junto a FEPAM, não foram localizados novos pedidos de licença industrial.
8.6.3. CONTIBUIÇÕES PLUVIAIS
Está sendo estudada a possibilidade da adoção de sistema misto, na parte do centro da cidade, onde
já possui sistema coletor pluvial. As vazões de derivação para o sistema misto-interceptores serão
determinadas de forma a assegurar-se a coleta dos volumes em 90% do tempo, ou seja, ocorrerão
extravasamentos somente em precipitações de maior intensidade.
O método a ser empregado para determinação das cargas será o racional, expresso por:
Q = C * I * A, onde:
- Q = descarga em m³/s
- C = coeficiente de escoamento superficial, adotado em 0,60 em função das características de ocupação do solo – urbanização com predominância de construções horizontais.
- I = intensidade de precipitação
- A = área de contribuição
A intensidade de precipitação foi determinada a partira de estação pluviométrica da ANA de Nova
Prata situada próxima a Veranópolis, devido à ausência de dados da estação de Veranópolis.
- Estação: 02851024
- Nome da Estação: Prata
- Cidade: Nova Prata
- Entidade Responsável: ANA
Latitude: -28º46’07”
Longitude: -51º37’12”
As avaliações de freqüência apresentadas na Tabela 15, 16 e Gráfico 1, indicaram intensidade de
precipitação de 1,50 mm/h.
Tabela 15 – Alturas de Chuva em 24 horas x Freqüência Estação Prata – Nova Prata/RS
H(mm)
N
F(%)
H(mm)
N
F(%)
H(mm)
N
F(%)
H(mm)
0
3
99,93
1
363
90,93
2
641
83,99
3
10
2.124
46,94
11
2.164
45,94
12
2.272
43,24
13
20
2.978
25,61
21
2.996
25,16
22
3.069
23,33
23
30
3.439
14,09
31
3.451
13,79
32
3.480
13,07
33
40
3.699
7,59
41
3.704
7,47
42
3.730
6,82
43
50
3.833
4,25
51
3.837
4,15
52
3.853
3,75
53
60
3.917
2,15
61
3.923
2,00
62
3.926
1,92
63
70
3.961
1,05
71
3.961
1,05
72
3.964
0,97
73
80
3.984
0,47
81
3.984
0,47
82
3.986
0,42
83
90
3.994
0,22
91
3.996
0,17
92
3.997
0,15
93
100
4.000
0,07
101
4.000
0,07
102
4.000
0,07
103
110
4.000
0,07
111
4.000
0,07
112
4.000
0,07
113
120
4.000
0,07
121
4.000
0,07
122
4.000
0,07
123
130
4.000
0,07
131
4.000
0,07
132
4.000
0,07
133
140
4.001
0,05
141
4.002
0,02
142
4.002
0,02
143
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 35
N
F(%)
H(mm)
N
F(%)
H(mm)
N
F(%)
H(mm)
N
F(%)
H(mm)
N
F(%)
H(mm)
N
F(%)
H(mm)
N
F(%)
932
76,72
4
1.171
70,75
5
1.396
65,13
6
1.581
60,50
7
1.741
56,51
8
1.884
52,94
9
2.035
49,16
2.358
41,09
14
2.455
38,67
15
2.563
35,97
16
2.666
33,40
17
2.761
31,03
18
2.851
28,78
19
2.940
26,56
3.131
21,78
24
3.197
20,13
25
3.249
18,84
26
3.297
17,64
27
3.345
16,44
28
3.382
15,51
29
3.425
14,44
Freqüência
(%)
100
50
20
10
2
1
3.509
12,34
34
3.543
11,49
35
3.580
10,57
36
3.607
9,89
37
3.634
9,22
38
3.659
8,59
39
3.683
7,99
3.752
6,27
44
3.762
6,02
45
3.776
5,67
46
3.796
5,17
47
3.807
4,90
48
3.822
4,52
49
3.829
4,35
3.866
3,42
54
3.874
3,22
55
3.883
3,00
56
3.888
2,87
57
3.895
2,70
58
3.904
2,47
59
3.912
2,27
3.933
1,75
64
3.935
1,70
65
3.943
1,50
66
3.948
1,37
67
3.950
1,32
68
3.953
1,25
69
3.958
1,12
3.969
0,85
74
3.972
0,77
75
3.977
0,65
76
3.980
0,57
77
3.981
0,55
78
3.981
0,55
79
3.982
0,52
3.986
0,42
84
3.987
0,40
85
3.989
0,35
86
3.991
0,30
87
3.993
0,25
88
3.993
0,25
89
3.994
0,22
3.998
0,12
94
3.998
0,12
95
3.998
0,12
96
3.998
0,12
97
3.998
0,12
98
4.000
0,07
99
4.000
0,07
4.000
0,07
104
4.000
0,07
105
4.000
0,07
106
4.000
0,07
107
4.000
0,07
108
4.000
0,07
109
4.000
0,07
Tabela 16 – Intensidade de Precipitação x Freqüência
Estação Prata
Tempo de Retorno
Altura
(anos)
(mm)
1
1
2
9
5
25
10
36
50
62
100
72
4.000
0,07
114
4.000
0,07
115
4.000
0,07
116
4.000
0,07
117
4.000
0,07
118
4.000
0,07
119
4.000
0,07
4.000
0,07
124
4.000
0,07
125
4.000
0,07
126
4.000
0,07
127
4.000
0,07
128
4.000
0,07
129
4.000
0,07
4.000
0,07
134
4.000
0,07
135
4.000
0,07
136
4.000
0,07
137
4.001
0,05
138
4.001
0,05
139
4.001
0,05
Intensidade
(mm/h)
0,042
0,375
1,042
1,500
2,583
3,000
Gráfico 1 – Intensidade de Precipitação x Freqüência
8.6.4. CORPO RECEPTOR
O corpo receptor do sistema de esgotos sanitários de Veranópolis será o arroio Retiro, corpo hídrico
para onde drena a maior parte da área central urbana. De acordo com informações da captação de
água no arroio, no período de estiagem, meados de janeiro de 2006, o oxigênio dissolvido era de 6,4
mg e a matéria orgânica 3,7 mg/l.
- Características da bacia hidrográfica
4.002
0,02
144
4.002
0,02
180
4.002
0,02
181
4.002
0,02
182
4.002
0,02
183
4.003
0,00
184
4.003
0,00
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 36
As principais características da bacia hidrográfica do arroio Retiro no ponto de lançamento são:
 Área (S) = 109,9 km²
 Desenvolvimento do talvegue (L) = 71 km
 Desnível (H) = 410 m
- Avaliação de descargas:
Neste item estão apontados os resultados obtidos para as avaliações de descargas no corpo receptor
do sistema de esgotos sanitários de Veranópolis, arroio Retiro.
A avaliação de descargas foi elaborada empregando as medições da Estação Fluviométrica Ponte do
Prata, Rio da Prata, situada a 10 km da cidade de Nova Prata.
 Estação: 86420000
 Nome da Estação: Ponte do Prata
 Curso de água: Rio da Prata
 Cidade: Nova Prata
 Entidade Responsável: ANA
 Área de Drenagem: 319 km²
 Latitude: 28º40’45”
 Longitude: 51º36’38”
 Início da Operação: 01/1960
 Final da Operação: em operação
Os dados desta estação estão disponibilizados no banco de dados da ANA. A vazão mínima (Q1,100)
para o rio da Prata em Ponte do Prata é de 490 l/s. A vazão média observado no período 1960 –
2002 foi de 10,14 m³/s e máxima de 265,40 m³/s.
Os demais corpos hídricos (arroio Retiro, arroio Jaboticaba e arroio Major) tiveram suas vazões determinadas por regionalização, ou seja:
Qarroio = Qprata * K
K = Sarroio / Sprata
Os resultados obtidos para os mananciais foram os seguintes:
- Rio da Prata
 Bacia de contribuição: 319,00 km²
 Vazão mínima: 490 l/s
- Arroio Retiro
 Bacia de contribuição: 109,9 km²
 Vazão mínima: 167 l/s
- Arroio Major
 Bacia de contribuição: 13,15 km²
 Vazão mínima: 20,03 l/s
- Arroio Jaboticaba
 Bacia de contribuição: 29,36 km²
 Vazão mínima: 45 l/s
No desenho 01/01, do estudo do Sistema de Esgotos Sanitários, realizado pela CORSAN, é apresentado a bacia hidrográfica e a localização dos mananciais para a regionalização.
Nas Tabelas 17 a 24, estão apresentadas as médias mensais do período de observação empregado
nas estimativas, as descargas mínimas e máximas do banco de dados. As Figuras 2 e 3 representam
as curvas: período de retorno x descarga.
- Qualidade e usos da água
O arroio Retiro apresenta boas condições quanto a qualidade de suas águas, sendo um dos motivos,
não possuir descargas concentradas ao longo do seu curso.
Fica evidenciado em inspeções locais que o agente contaminante é o esgoto doméstico, principalmente pela ocorrência de pontos com concentração de matéria orgânica.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 37
Quanto aos usos da água o principal é a utilização deste corpo hídrico para abastecimento da própria
cidade.
Em função dos usos predominantes da água, a revisão da Resolução CONAMA nº 357/2005, estabelece, em função dos usos predominantes:
Águas Doces – Classe 1: Águas destinadas ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; recreação de contato primário; proteção das comunidades aquáticas; irrigação de
hortaliças; proteção de comunidades aquáticas em terras indígenas.
DBO5 até mg/L O2;
Oxigênio dissolvido não inferior a 6 mg/L O2;
pH de 6,0 a 9,0.
Tabela 17 – Vazões Médias do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata
Ano
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
Média
Jan
1,55
8,78
3,05
2,60
1,92
2,09
7,07
5,25
1,73
5,48
2,27
7,83
2,74
12,79
5,91
2,42
9,96
12,74
4,08
1,10
3,55
5,71
1,63
4,90
5,87
2,14
0,77
5,17
4,74
5,86
11,68
2,75
4,60
11,03
2,44
27,82
16,04
2,54
23,92
1,26
2,46
8,91
3,77
6,07
Fev
1,90
3,09
1,08
4,43
1,42
1,14
19,39
3,69
1,10
7,01
2,80
8,48
10,81
4,35
8,61
4,28
6,41
7,44
2,30
1,16
1,97
16,95
1,74
12,76
5,66
6,61
1,03
5,74
7,67
5,84
5,17
2,13
5,81
8,45
8,38
5,02
10,53
10,72
21,95
1,91
2,01
10,88
2,38
6,10
Mar
2,46
10,23
0,90
8,84
0,83
0,78
13,37
5,33
1,75
2,57
6,11
10,71
5,59
3,77
6,62
3,94
4,03
8,84
3,72
1,46
3,36
2,96
1,05
17,32
4,28
11,05
1,85
1,73
1,45
8,60
4,43
0,92
5,27
8,98
6,40
8,89
6,10
8,10
11,75
0,91
2,00
3,72
1,70
5,22
Abr
1,81
9,24
1,59
2,97
5,09
1,09
3,58
3,63
2,79
2,56
2,62
8,69
8,57
3,40
3,05
3,45
2,83
5,68
0,97
1,07
1,52
1,94
0,72
13,58
9,25
11,19
11,65
15,42
3,48
4,79
18,76
1,42
5,96
4,86
12,17
2,65
5,13
1,77
15,98
8,65
2,15
8,42
2,55
5,55
Mai
1,19
3,85
1,91
1,46
2,74
1,10
1,69
1,82
2,32
2,74
8,15
9,02
3,73
10,70
7,98
2,34
5,36
2,04
0,98
3,89
6,9
1,81
0,72
27,65
22,41
10,83
5,90
34,65
8,55
8,24
14,34
1,07
10,69
9,01
28,20
1,37
1,95
1,41
14,87
4,48
3,29
11,49
8,48
7,29
Meses
Jun
Jul
5,14
3,01
14,88
9,89
1,24
2,84
1,26
1,17
2,19
3,64
1,22
2,22
12,89
16,03
2,64
10,67
2,03
7,38
7,49
3,37
9,36
15,64
12,00
15,11
16,06
14,18
12,70
15,46
13,12
4,06
7,25
4,41
5,66
6,72
10,00
13,58
0,86
10,43
3,32
11,79
2,41
9,42
6,42
2,17
7,93
20,46
15,70
36,69
14,07
18,96
5,92
5,54
8,28
7,52
9,43
21,49
13,99
3,92
2,25
16,31
29,37
11,35
13,76
8,52
16,80
23,69
8,69
34,49
24,28
27,17
9,33
15,62
8,62
10,83
13,12
14,24
9,89
17,47
6,63
15,42
7,96
12,12
7,59
18,66
12,30
15,91
9,21
12,55
Ago
15,29
8,27
2,37
14,31
9,14
31,82
18,81
15,12
1,61
3,07
10,07
24,40
31,50
21,43
3,19
17,86
19,33
29,64
6,18
10,49
18,74
1,89
11,41
27,96
20,70
19,22
10,24
18,79
2,14
11,20
3,38
7,12
17,88
4,40
4,41
8,36
25,32
24,25
21,47
4,84
4,44
3,96
13,55
13,48
Set
18,52
33,38
5,56
15,84
12,62
25,45
23,79
38,25
6,27
12,06
5,3
5,14
20,03
18,68
4,43
25,40
5,75
6,41
12,55
3,02
15,42
13,76
7,53
6,58
13,00
12,87
8,54
13,05
33,80
46,02
25,15
2,52
16,86
17,57
4,30
8,11
16,05
4,52
18,33
5,69
22,23
18,01
14,67
14,95
Out
9,19
21,02
2,23
27,67
4,27
8,88
17,07
9,06
3,61
3,54
7,73
3,75
9,51
9,39
2,02
9,33
5,54
2,99
5,09
23,54
10,32
8,03
32,63
10,14
15,34
3,42
9,47
18,77
8,04
15,01
19,79
6,93
5,49
7,10
37,25
14,42
18,01
39,97
7,23
11,19
26,80
28,86
14,11
12,88
Nov
9,04
11,27
1,68
9,80
2,15
6,14
10,13
3,64
10,85
6,23
3,20
1,99
19,42
6,93
4,66
8,10
12,85
4,02
10,57
16,02
14,12
8,89
32,67
4,67
10,04
1,72
11,93
6,23
8,33
9,17
9,05
6,19
8,35
3,32
15,19
2,38
6,12
28,96
3,54
3,58
8,50
5,53
14,26
8,87
Média
Dez
4,85
6,12
0,76
5,82
2,62
10,04
15,79
4,84
2,37
2,56
17,51
1,33
8,45
4,17
6,69
7,27
9,24
3,37
3,79
21,83
14,37
3,25
4,56
2,94
4,77
1,37
6,73
4,12
3,38
3,22
6,50
10,45
2,04
17,80
8,61
1,58
2,79
7,71
1,97
4,29
4,99
7,21
18,01
6,56
6,16
11,67
2,10
8,01
4,05
7,66
13,30
8,66
3,65
4,89
7,56
9,04
12,55
10,31
5,86
8,00
7,81
8,90
5,13
8,22
8,51
6,15
10,25
15,07
12,03
7,66
6,99
12,88
8,29
11,38
13,25
5,32
10,29
11,31
14,90
8,80
10,62
13,11
14,03
5,74
8,25
11,10
10,14
9,06
Tabela 18 – Vazões Mínimas do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata
Ano
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
Jan
0,87
2,30
1,35
0,51
0,87
0,83
2,30
2,77
Fev
0,87
1,58
0,83
1,35
0,76
0,73
3,25
1,82
Mar
0,83
1,58
0,80
0,83
0,58
0,65
2,77
2,30
Abr
1,35
4,62
0,76
0,87
0,69
0,58
1,82
1,58
Mai
0,87
2,06
0,69
0,87
0,83
0,73
0,87
1,35
Meses
Jun
Jul
0,87
1,82
1,82
5,07
0,83
0,65
0,80
0,76
0,87
1,35
0,73
0,73
0,80
4,16
1,35
1,35
Ago
5,07
3,25
1,58
0,87
2,77
1,11
5,98
3,25
Set
8,94
10,08
2,30
3,25
4,16
10,08
5,98
10,08
Out
5,07
7,80
1,82
8,37
1,58
4,62
5,98
4,16
Nov
3,25
5,98
0,80
4,16
1,11
3,01
2,06
2,54
Dez
2,30
3,25
0,54
2,06
1,11
2,30
1,82
1,58
Média
Mínimo
2,68
4,12
1,08
2,06
1,39
2,17
3,15
2,84
0,83
1,58
0,54
0,51
0,58
0,58
0,80
1,35
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 38
1968
1969
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1,11
1,82
1,82
3,01
0,76
2,30
2,54
0,87
3,25
2,54
1,11
0,76
1,58
2,77
0,80
2,06
0,80
2,06
1,11
3,25
1,58
2,54
2,54
1,82
2,30
2,77
1,11
0,73
0,87
5,07
0,80
1,82
0,73
1,35
1,11
3,71
2,06
2,06
3,01
1,35
2,06
1,58
1,35
0,83
1,35
1,58
0,80
6,89
1,11
1,35
2,30
3,25
3,25
1,82
2,06
2,06
1,11
2,30
0,51
0,76
0,73
0,87
0,62
5,98
1,35
1,58
2,30
3,71
2,06
4,62
1,35
1,35
1,35
1,11
0,76
0,83
1,11
0,83
0,58
12,36
1,11
2,06
3,25
3,25
2,54
3,25
4,62
4,16
2,77
1,11
0,76
2,06
1,58
0,83
0,65
4,16
1,58
2,30
4,62
5,07
5,53
4,62
3,01
2,54
3,25
4,16
0,76
2,54
1,82
1,58
6,89
8,37
1,11
2,06
4,16
5,07
4,62
4,62
1,82
2,54
3,25
8,37
3,25
3,71
3,25
0,87
5,98
6,89
0,87
1,82
3,25
3,01
8,37
7,35
2,06
10,65
1,58
2,77
2,54
1,82
7,80
2,77
2,77
3,25
2,06
2,30
2,77
2,06
3,25
2,77
0,87
3,01
1,82
1,82
2,06
4,16
3,01
3,71
6,89
3,71
2,77
2,30
2,54
0,87
7,35
2,54
2,06
1,82
4,16
1,82
3,01
6,44
4,16
2,06
10,08
2,30
1,58
1,82
1,82
0,69
2,30
1,82
2,06
3,25
2,77
1,58
1,82
3,71
4,16
2,30
2,77
1,35
1,35
1,90
2,59
3,08
3,64
3,36
2,33
2,95
2,47
2,66
1,59
2,36
2,62
2,10
3,30
4,93
0,73
1,35
1,11
0,69
0,76
1,82
0,87
0,87
1,11
1,11
0,51
0,73
0,73
0,83
0,58
1,35
Média
Mínimo
3,71
3,41
2,18
3,68
2,17
3,24
4,62
1,68
3,96
3,19
4,67
2,91
2,88
3,77
5,52
2,08
2,57
3,36
3,64
2,93
1,82
0,76
0,65
1,11
0,87
0,87
2,30
0,80
1,35
1,35
1,35
0,80
1,35
0,80
1,35
0,65
0,87
1,82
0,80
Vazões Mínimas do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata
Ano
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
Média
Mínimo
Jan
2,77
1,82
0,65
2,06
1,82
0,87
3,25
0,80
2,30
2,30
1,35
5,98
1,35
0,87
10,65
0,87
1,35
2,77
1,82
2,01
0,51
Fev
3,25
1,82
0,65
3,01
2,30
2,77
2,77
0,87
2,77
3,25
1,35
4,16
5,07
4,16
6,44
0,80
1,35
5,07
1,35
2,22
0,65
Mar
2,06
2,54
0,69
1,11
0,87
3,25
2,30
0,80
2,77
4,16
4,16
2,06
2,30
1,82
5,98
0,65
0,87
1,82
0,87
1,94
0,58
Abr
1,82
5,98
0,83
1,35
0,87
1,82
5,07
0,80
2,30
2,77
2,30
1,35
1,82
1,35
3,25
1,82
0,87
2,30
0,80
1,90
0,51
Mai
4,16
4,62
2,06
5,07
2,54
2,54
2,77
0,87
2,30
4,16
5,07
0,87
1,35
0,80
7,35
2,06
1,82
4,16
1,82
2,37
0,58
Meses
Jun
Jul
5,53
6,89
3,25
3,01
3,25
3,25
4,16
4,16
2,54
2,54
1,82
3,25
11,22
5,07
0,87
3,25
5,07
7,80
3,25
4,16
10,08
8,37
0,80
8,37
1,35
4,83
1,11
2,77
3,25
6,89
3,25
3,25
1,82
3,25
2,77
5,98
2,98
4,16
2,66
3,85
0,65
0,65
Ago
5,07
8,94
3,25
8,94
1,35
2,54
2,30
3,25
11,22
1,82
2,30
4,16
3,25
5,53
7,80
2,54
2,30
2,30
4,16
3,92
0,87
Set
2,77
5,07
2,30
4,62
0,87
11,22
7,35
1,82
5,98
1,35
1,58
2,77
5,07
3,25
6,89
2,30
2,77
2,54
5,53
4,50
0,87
Out
4,16
2,30
3,25
4,16
3,25
4,16
5,98
1,82
1,82
5,07
11,22
2,30
5,07
10,08
4,62
3,25
7,80
4,62
7,80
4,15
0,87
Nov
3,25
0,83
3,25
3,25
5,07
2,77
4,16
2,77
1,82
1,82
4,16
1,35
1,82
11,22
1,82
2,30
4,16
2,77
5,98
3,34
0,80
Dez
2,77
0,76
2,77
2,30
2,06
1,82
3,25
2,30
1,35
4,16
4,16
0,80
1,35
2,30
1,35
1,82
2,51
3,25
6,44
2,29
0,54
0,51
Tabela 19 – Vazões Máximas do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata
Ano
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
Jan
1,82
62,00
7,35
27,80
3,25
5,53
23,95
13,50
3,041
16,14
3,01
13,50
13,50
63,00
13,50
6,89
41,20
77,90
16,80
2,54
7,35
16,80
2,77
Fev
3,25
7,80
1,58
20,10
3,25
2,30
61,00
13,50
4,16
36,40
7,35
23,95
51,50
10,65
23,95
13,50
27,80
19,44
6,44
2,77
7,35
99,00
4,16
Mar
6,89
37,36
1,82
46,00
1,58
1,35
77,90
19,44
11,22
6,89
13,50
74,63
33,82
9,51
14,82
37,36
8,94
72,45
20,87
3,71
13,50
5,07
2,30
Abr
2,30
20,10
5,07
7,80
20,10
5,53
16,80
13,50
13,50
5,07
3,25
57,00
43,12
18,78
5,98
10,65
12,36
14,16
2,06
2,77
4,62
7,80
0,87
Mai
2,06
8,37
5,98
4,16
16,80
2,06
2,77
6,44
7,35
5,98
32,96
29,52
7,80
47,10
41,20
4,62
33,82
2,77
2,06
13,50
67,00
5,07
1,82
Jun
36,40
62,00
2,30
3,25
5,98
3,01
57,00
6,89
2,77
32,96
36,40
54,80
69,18
77,90
36,40
18,78
12,36
46,00
1,82
7,35
4,62
36,40
80,12
Meses
Jul
5,53
20,10
6,44
2,77
11,22
6,44
77,90
64,00
36,40
5,07
63,00
53,70
69,18
53,70
7,35
8,94
17,46
46,00
77,90
47,10
109,00
3,01
71,36
Ago
89,00
20,10
3,71
67,00
36,40
173,00
89,00
84,56
2,30
6,44
16,14
73,54
142,00
57,00
20,10
85,67
70,27
128,00
13,50
32,10
89,00
6,89
27,80
Set
69,18
132,50
23,95
69,18
65,00
94,00
72,45
151,50
20,10
64,00
7,80
7,80
52,60
74,63
20,87
99,00
12,93
16,80
57,00
4,62
57,00
57,00
32,96
Out
23,95
89,00
2,77
77,90
13,50
20,10
36,40
27,80
11,79
11,79
20,10
11,79
32,96
53,70
5,53
31,24
11,22
6,44
10,65
73,54
46,00
16,14
132,50
Nov
20,10
23,95
4,62
27,80
6,89
12,93
36,40
7,80
42,16
40,24
6,44
4,62
73,54
38,32
13,50
51,50
55,90
12,36
67,00
106,00
67,00
32,10
129,80
Vazões Máximas do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata
Dez
10,65
20,10
1,35
23,95
16,80
67,00
57,00
27,03
5,98
6,44
75,72
3,01
35,54
16,14
49,30
20,10
36,40
6,89
7,35
89,00
99,00
6,89
10,65
Máxima
89,00
132,50
23,95
77,90
65,00
173,00
89,00
151,50
42,16
64,00
75,72
74,63
142,00
77,90
49,30
99,00
70,27
128,00
77,90
106,00
109,00
99,00
132,50
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 39
Ano
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
1983
22,41
91,00
54,80
57,00
106,00
59,00
1984
11,22
12,93
12,93
51,50
84,56
1985
4,16
23,95
84,56
29,52
1986
1,11
2,30
8,94
1987
12,36
12,36
1988
49,30
1989
Meses
Jul
Máxima
Ago
Set
Out
Nov
Dez
137,00
100,00
17,46
41,20
11,79
6,89
137,00
48,20
75,72
77,90
79,01
58,00
39,28
14,82
84,56
58,00
12,93
12,93
52,60
40,24
5,98
3,25
5,07
84,56
35,54
51,50
26,26
28,66
34,68
23,95
51,50
46,00
26,26
51,50
2,77
103,00
107,00
23,18
73,54
89,00
47,10
46,00
12,93
13,50
107,00
53,70
2,30
16,80
32,96
89,00
6,89
3,25
189,20
13,50
12,93
6,89
189,20
32,10
20,10
26,26
7,80
25,49
4,16
67,00
57,00
192,70
59,00
46,00
5,53
192,70
1990
27,80
7,80
6,89
59,00
196,30
99,00
27,80
5,07
89,00
62,00
14,82
13,50
196,30
1991
8,94
5,07
1,35
3,71
2,06
34,68
30,38
16,14
3,25
34,68
13,50
46,00
46,00
1992
13,50
8,37
7,80
14,16
77,90
50,40
67,00
39,28
57,00
12,36
36,40
2,77
77,90
1993
34,68
34,68
20,87
6,89
44,08
13,50
152,40
6,89
67,00
12,36
5,07
39,28
152,40
1994
5,07
32,10
10,65
62,00
91,00
66,00
89,00
7,80
59,00
140,00
57,00
34,68
140,00
1995
95,00
6,89
27,80
4,16
1,82
38,32
40,24
21,64
39,28
46,00
5,07
6,89
95,00
1996
62,00
20,10
18,78
12,93
5,98
36,40
37,52
128,90
58,00
103,00
14,82
4,16
128,90
1997
11,22
42,16
30,38
2,30
2,30
44,08
44,08
115,30
6,89
85,67
81,23
38,32
115,30
1998
83,45
84,56
32,10
94,00
36,40
44,08
59,00
108,00
104,00
22,41
7,80
3,25
108,00
1999
2,30
7,80
1,82
21,64
20,87
23,18
50,40
12,36
18,12
38,32
11,22
23,18
50,40
2000
5,98
5,07
4,16
6,89
10,08
73,54
61,00
13,50
73,54
145,00
26,26
10,15
145,00
2001
46,00
29,52
7,80
61,00
57,00
26,26
148,80
7,80
202,60
265,40
20,87
22,41
265,40
2002
22,41
5,53
5,07
13,50
54,80
67,00
99,00
86,78
40,24
44,08
67,00
82,34
99,00
Máxima
95,00
99,00
84,56
103,00
196,30
99,00
152,40
173,00
202,60
265,40
129,80
99,00
265,40
Tabela 20 – Vazões Mínimas Sete Dias do Rio da Prata (m³/s) – Estação Ponte do Prata
Ano
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
Jan
0,87
2,74
1,07
0,56
1,11
1,02
2,54
2,88
0,99
2,64
1,86
3,61
0,77
2,57
2,64
1,18
4,29
4,76
1,69
0,80
2,33
3,41
0,82
2,30
3,01
1,82
0,68
2,47
Fev
1,14
1,82
0,65
1,48
0,73
0,56
3,51
2,40
0,75
3,01
1,00
4,95
2,20
2,57
3,47
1,96
2,38
4,01
0,83
0,76
0,97
4,68
0,86
2,23
3,77
2,63
0,67
2,97
Mar
0,93
1,92
0,84
1,14
0,63
0,67
2,98
3,43
0,77
1,75
1,11
3,97
2,77
2,06
3,48
1,96
2,81
2,16
1,72
0,79
1,01
1,55
0,82
7,25
2,23
2,64
0,74
1,41
Abr
1,14
4,94
0,79
1,04
0,81
0,65
1,96
1,58
1,24
1,58
2,30
3,64
4,23
1,89
2,20
2,13
1,52
1,92
0,59
0,80
0,80
0,90
0,60
7,31
1,92
5,14
2,88
1,52
Mai
0,90
1,96
0,71
0,90
0,90
0,78
0,84
1,35
1,38
1,99
3,51
3,58
2,30
4,16
1,82
1,69
1,52
1,79
0,76
1,44
2,97
0,86
0,58
10,02
6,24
4,94
2,33
9,43
Meses
Jun
Jul
0,87
2,13
6,37
6,05
0,78
0,78
0,84
0,78
1,28
1,62
0,83
1,62
0,80
5,27
1,35
1,35
1,48
1,96
2,54
2,43
4,88
6,18
5,59
5,53
8,44
5,59
4,03
6,55
5,33
2,60
3,77
2,74
2,98
4,16
1,58
4,36
0,76
0,77
2,37
4,81
1,62
2,06
2,84
1,35
0,67
7,15
5,53
17,68
7,33
8,79
3,97
3,15
4,03
3,84
5,4
9,62
Ago
6,76
3,25
1,86
1,89
3,84
1,45
8,29
3,64
0,94
2,03
5,85
7,02
11,71
5,92
2,03
3,30
4,81
7,52
3,22
3,58
3,77
0,94
6,70
6,11
4,55
11,52
3,25
9,84
Set
9,48
13,04
2,60
4,75
4,42
10,98
7,59
10,68
0,87
5,95
3,97
3,08
9,43
6,83
2,03
14,37
2,16
3,11
2,98
2,16
5,59
2,94
3,41
3,71
3,32
5,01
2,64
5,33
Out
5,46
8,37
1,89
8,08
1,69
5,40
12,78
3,97
2,23
2,50
3,51
2,30
4,23
3,24
1,18
3,77
4,60
2,23
3,01
8,34
3,38
4,81
9,85
4,88
4,62
2,57
3,84
7,51
Nov
4,16
7,35
0,84
5,14
1,28
3,97
2,26
2,60
2,67
2,26
2,30
1,11
9,36
2,40
2,77
2,43
6,11
2,43
4,13
8,48
6,24
2,94
8,97
1,96
3,71
0,81
3,38
3,64
Dez
2,64
3,38
0,54
2,20
1,24
3,21
6,74
1,69
1,75
1,96
2,09
0,75
2,30
2,30
1,72
3,77
3,79
1,62
1,86
3,57
5,79
2,30
2,67
1,65
2,54
0,77
2,71
2,16
Média
Mínimo
3,04
5,10
1,11
2,40
1,63
2,59
4,63
2,99
1,42
2,55
3,21
3,76
5,28
3,71
2,60
3,59
3,43
3,13
1,86
3,16
3,04
2,46
3,59
5,88
4,34
3,75
2,58
5,11
0,87
1,82
0,54
0,56
0,63
0,56
0,80
1,35
0,75
1,58
1,00
0,75
0,77
1,89
1,18
1,18
1,52
1,58
0,59
0,76
0,80
0,86
0,58
1,65
1,92
0,77
0,67
1,41
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 40
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
Média
Mínimo
1,82
1,31
3,45
0,86
2,47
2,50
1,35
6,24
2,80
1,18
11,46
0,97
1,72
2,84
2,03
2,34
0,56
2,17
3,38
4,10
0,94
3,50
3,36
1,65
3,30
6,37
4,29
7,92
1,03
1,31
6,18
1,05
2,55
0,56
0,87
3,64
2,60
0,80
3,11
5,54
3,64
2,57
2,67
1,82
6,89
0,73
1,06
2,77
1,19
2,20
0,63
1,28
2,13
5,66
0,87
2,60
3,41
2,64
1,35
2,03
1,35
3,90
3,11
1,07
2,60
0,83
2,16
0,59
2,60
2,64
3,05
0,87
2,57
5,79
7,46
0,81
1,35
0,86
8,14
2,26
1,96
4,36
2,41
2,76
0,58
2,77
1,82
9,51
5,04
5,79
6,97
11,63
1,41
2,33
1,31
5,01
3,64
3,84
3,44
3,64
0,67
2,37
2,94
4,16
4,42
9,75
6,44
6,78
10,00
6,04
8,91
5,40
3,25
6,61
5,01
4,83
0,77
1,24
2,67
2,50
2,91
12,28
2,03
2,03
3,44
4,55
5,40
7,30
2,47
2,88
2,72
6,11
4,56
0,94
0,97
13,49
10,18
1,86
6,92
1,65
1,79
2,88
5,53
3,32
7,62
2,96
3,08
5,08
9,15
5,32
0,87
3,97
3,58
6,05
2,40
1,99
4,81
11,48
2,64
6,50
13,11
4,49
3,58
8,99
4,16
8,74
5,04
1,18
5,92
3,01
6,37
2,50
2,03
2,23
4,23
1,35
1,75
7,05
1,75
2,33
4,84
3,28
7,39
3,76
0,81
2,23
2,13
2,94
2,30
1,72
4,55
4,55
0,84
1,75
3,10
1,18
2,23
3,31
3,57
8,85
2,67
0,54
2,35
3,56
5,05
2,15
4,56
4,11
4,93
3,07
3,42
4,07
6,21
2,56
3,11
3,97
4,80
3,49
0,87
1,31
2,50
0,80
1,72
1,65
1,35
0,81
1,35
0,86
1,18
0,73
1,06
2,60
0,83
0,54
Tabela 21 – Freqüência das Descargas do Rio da Prata – Estação Ponte do Prata
Tempo de
Vazão Sete
Vazão MíniVazão MáxiNúmero de
Probabilidade
Retorno
Dias
ma
ma
Ordem (m)
(P) - %
(T)
(Q) – m³/s
(Q) – m³/s
(Q) – m³/s
1
86,00
1,16
0,54
0,51
265,40
2
28,67
3,49
0,56
0,51
196,30
3
17,20
5,81
0,56
0,54
192,70
4
12,29
8,14
0,58
0,58
189,20
5
9,56
10,47
0,59
0,58
173,00
6
7,82
12,79
0,63
0,58
152,40
7
6,62
15,12
0,67
0,65
151,50
8
5,73
17,44
0,73
0,65
145,00
9
5,06
19,77
0,75
0,69
142,00
10
4,53
22,09
0,75
0,73
140,00
011
4,10
24,42
0,76
0,73
137,00
12
3,74
26,74
0,77
0,73
132,50
13
3,44
29,07
0,77
0,76
132,50
14
3,19
31,40
0,80
0,76
128,90
15
2,97
33,72
0,80
0,80
128,00
16
2,77
36,05
0,80
0,80
115,30
17
2,61
38,37
0,81
0,80
109,00
18
2,46
40,70
0,83
0,80
108,00
19
2,32
43,02
0,86
0,80
107,00
20
2,21
45,35
0,86
0,83
106,00
21
2,10
47,67
0,87
0,83
99,00
22
2,00
50,00
0,87
0,87
99,00
23
1,91
52,33
1,00
0,87
99,00
24
1,83
54,65
1,06
0,87
95,00
25
1,76
56,98
1,18
0,87
89,00
26
1,69
59,30
1,18
0,87
89,00
27
1,62
61,63
1,18
1,11
84,56
28
1,56
63,95
1,31
1,11
84,56
29
1,51
66,28
1,35
1,11
77,90
30
1,46
68,60
1,35
1,11
77,90
31
1,41
70,93
1,35
1,35
77,90
32
1,37
73,26
1,41
1,35
77,90
33
1,32
75,58
1,52
1,35
75,72
34
1,28
77,91
1,58
1,35
74,63
35
1,25
80,23
1,58
1,35
70,27
36
1,21
82,56
1,65
1,35
65,00
37
1,18
84,88
1,65
1,35
64,00
38
1,15
87,21
1,72
1,35
51,50
39
1,12
89,53
1,82
1,58
50,40
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 41
40
41
42
43
1,09
1,06
1,04
1,01
91,86
94,19
96,51
98,84
1,89
1,92
2,50
2,60
1,82
1,82
1,82
2,30
49,30
46,00
42,16
23,95
Gráfico 2 – Período de Retorno Mínimas Rio da Prata – Estação Ponte do Prata
Tabela 22 – Freqüência das Descargas Rio da Prata – Estação Ponte do Prata
Rio da Prata – Ponte do Prata
Período de Retorno
(anos)
Q7
Qmínima (m³/s)
Qmáxima (m³/s)
1
2,60
2,30
24,00
1,5
1,30
1,34
55,00
2
0,90
0,86
98,00
5
0,69
0,66
140,00
10
0,58
0,58
172,00
20
0,54
0,54
204,00
50
0,51
0,51
246,00
100
0,49
0,49
279,00
Figura 3 – Período de Retorno Máximas Rio da Prata – Estação Ponte do Prata
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 42
Tabela 23 – Freqüência das Descargas
Rio da Prata / Arroio Major / Arroio Retiro / Arroio Jaboticaba
Período
de Retorno
(anos)
1
5
10
20
50
100
Período
de Retorno
(anos)
1
5
10
20
50
100
Período
de Retorno
(anos
1
5
10
20
50
100
Descargas Mínimas
Arroio Major
Rio da Prata – Ponte do Prata
Q(m³/s)
S(km²)
Q/S (L/s.km²)
2,30
0,66
0,58
0,54
0,51
0,49
319,00
319,00
319,00
319,00
319,00
319,00
7,21
2,08
1,82
1,69
1,61
1,52
S(km²)
Q(L/s)
Rio da Prata
13,15
94,81
13,15
27,37
13,15
23,91
13,15
22,26
13,15
21,19
13,15
20,03
Descargas Máximas
Arroio Major
Q(m³/s)
S(km²)
Q/S(m³/s.km²)
S(km²)
24,00
140,00
172,00
204,00
246,00
279,00
319,00
319,00
319,00
319,00
319,00
319,00
0,08
0,44
0,54
0,64
0,77
0,87
13,15
13,15
13,15
13,15
13,15
13,15
Q(m³/s)
0,99
5,77
7,09
8,41
10,14
11,50
Q7
Arroio Major
Rio da Prata
Arroio Retiro
Arroio Jaboticaba
S(km²)
Q(L/s)
S(km²)
Q(L/s)
109,90
109,90
109,90
109,90
109,90
109,90
792,38
228,76
199,82
186,04
177,08
167,43
29,36
29,36
29,36
29,36
29,36
29,36
211,69
61,11
53,38
49,70
47,31
44,73
S(km²)
Q(m³/s)
S(km²)
Q(m³/s)
109,90
109,90
109,90
109,90
109,90
109,90
8,27
48,23
59,26
70,28
84,75
96,12
29,36
29,36
29,36
29,36
29,36
29,36
2,21
12,89
15,83
18,78
22,64
25,68
Arroio Retiro
Arroio Retiro
Arroio Jaboticaba
Arroio Jaboticaba
Q(m³/s)
S(km²)
Q/S(L/s.km²)
S(km²)
Q(m³/s)
S(km²)
Q(L/s)
S(km²)
Q(L/s)
2,60
0,69
0,58
0,54
0,51
0,49
319,00
319,00
319,00
319,00
319,00
319,00
8,15
2,16
1,82
1,69
1,60
1,54
13,15
13,15
13,15
13,15
13,15
13,15
107,18
28,44
23,91
22,26
21,02
20,20
109,90
109,90
109,90
109,90
109,90
109,90
895,74
237,71
199,82
186,04
175,70
168,81
29,36
29,36
29,36
29,36
29,36
29,36
239,30
63,51
53,38
49,70
46,94
45,10
8.7. CONDIÇÕES DE LANÇAMENTO
Utilizando os dados obtidos da estimativa de contribuições e os dados do corpo receptor em período
crítico (estiagem) fez-se um estudo das condições de lançamento e tratamento requerido.
a)







Dados de entrada
Qmédia esgoto: 113,57 L/s
DBOesgoto: 159,23 mg/L
Q rio: 199,82 L/s
DBOrio (estiagem) x 1,61 (rel.º estágio): 3,7 x 1,61 mg/L
ODrio (estiagem): 6,4mg/L
Temperatura: 25ºC
Constante de DBO (k 1, 20ºC): 0,1
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 43

Constante de reaeração (k
2,20º):
0,5
b) Expressões empregadas
Conversão das constantes para 25ºC:
Onde:




DBOa: demanda bioquímica de oxigênio no ponto de lançamento;
ODa: oxigênio dissolvido no ponto de lançamento;
ODmistura: oxigênio dissolvido da mistura;
Dt: déficit de oxigênio em um dado tempo.
O teor de saturação de oxigênio (ODsat) varia com a altitude e a temperatura, este valor foi retirado
da Tabela 24.
c) Resultados da Avaliação
Na Tabela 25 estão apresentadas a DBO, o OD e a variação do déficit de oxigênio ao longo do tempo
no ponto de lançamento para dois graus de tratamento, estipulando uma DBO para o esgoto tratado.
Nesta Tabela estão apresentado os gráficos da variação do déficit de oxigênio com o tempo, podendo
se observar que se encontra em uma faixa tolerável de tratamento, de acordo com as exigências de
um rio de classe 1.
- DBO lançamento
A FEPAM estabelece para cidades com volume de lançamento de esgotos domésticos superior a 10.000 m³/dia DBO menor ou igual a 40 mg/L, valor adotado nas simulações.
- OD no corpo receptor
Adotado 6 mg/L conforme recomendações do CONAMA para rios de Classe 1.
- Grau de tratamento requerido
Em função das características do corpo receptor e dos esgotos no ponto de lançamento e das
condicionantes ambientais, determinou-se que o grau de tratamento necessário é de 80%.
Desta forma será necessário processo de tratamento unidade com nível secundário.
Tabela 24 – Teor de Saturação de Oxigênio Dissolvido em Água Doce para Diferentes Temperaturas e Altitudes (mg/L)
Temperatura
Altitude (m)
(ºC)
0
250
500
750
1.000
0
14,6
14,2
13,8
13,3
12,9
2
13,8
13,4
13,0
12,6
12,2
4
13,1
12,7
12,3
12,0
11,6
6
12,5
12,1
11,7
11,4
11,0
8
11,9
11,5
11,2
10,8
10,5
10
11,3
11,0
10,7
10,3
10,0
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 44
15
20
25
30
10,2
9,2
8,4
7,6
9,9
8,9
8,1
7,4
9,5
8,6
7,9
7,2
9,3
8,4
7,6
7,0
9,0
8,1
7,4
6,7
Fonte: www.foco.fae.ufmg.br/material_de_apoio
Rio
K2
K1
0,126
0,541
DBO(mg/L) OD(mg)
5,957
6,4
Eficiência
Dias
OD
Tabela 25 – Dados e Características
Esgoto
Mistura
K3
DBO
ID(mg)
Q(L/s)
DBO(mg/L) OD(mg)
(mg/L)
0
175,72
0
102,81
63,629
3,674
Após Tratamento
Q(L/s)
199,82 DBO(mg/L) OD(mg)
Q(L/s)
DBO(mg/L) OD(mg)
82,3%
30
0
102,81
14,125
1,500
Déficit de Oxigênio
1
2
3
5
10
15
5,50
5,73
6,17
6,90
7,66
7,84
Gráfico 4 – Dados e Características
8.8. ALTERNATIVAS DE PROJETO PARA SES
A proposição de alternativas para o SES de Veranópolis foi embasada nos aspectos técnicos e nos
parâmetros econômicos do mesmo, refletindo em uma proposta integrada destes dois aspectos, fundamentais para a implantação do SES.
A descrição dos resultados obtidos foi realizada no enfoque dos seguintes aspectos:
- A proposição e descrição das alternativas para o SES;
- O dimensionamento das unidades componentes de cada alternativa, com base nos parâmetros identificados nas estimativas de contribuição, carga e características geométricas;
- A estimativa dos custos de implantação das várias unidades.
8.8.1. SISTEMA PROPOSTO
Os estudos elaborados apresentam diferenciação em relação a outros trabalhos desenvolvidos pela
CORSAN para concepção de Sistema de Esgotos Sanitários. Mais do que apontar alternativas para
execução de obras, as avaliações deverão apontar estratégias embasadas em alternativas que equacionem as questões econômicas e financeiras, principal dificuldade enfrentada pelos municípios e
companhias da área de saneamento para viabilização dos Planos.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 45
Desta forma, a concepção de engenharia, definição das unidades suas características de execução e
operação, deverá subsidiar a proposição de alternativas de gestão, administração e operação que
propicie a concessionária do serviço à efetiva implantação do SES.
Para a proposição do SES, seguiu-se o roteiro, determinado por:
- Descrição de condicionantes, com a identificação de aspectos que balizaram a proposição e
dimensionamento de unidades;
- Identificação das alternativas de implantação do SES;
- Descrição do sistema coletor, abordando as unidades de coleta e transporte de esgotos sanitários e do processo de tratamento.
8.8.2. DESCRIÇÃO DE CONDICIONANTES
Fundamentado nos Dados Físicos do Projeto do Sistema, identificaram-se as condicionantes que
embasarão a proposta para implantação de suas unidades componentes.
Entre estas se listam:
- Esgotamento do SES: A avaliação das características topográficas e de ocupação do solo, bem
como das áreas potenciais das estações de tratamento, apontam para localização das ETE’s de maior porte as bacias AR1 e MJ1, às margens do Arroio Retiro e Arroio Major, respectivamente. A ETE
Retiro se localizará próximo de uma estrada de acesso a propriedades rurais, extensão da Travessa
Picetti. A ETE Major se localizará em uma área institucional de um loteamento desta bacia que se
encontra em análise. De acordo com a condição da localização do sítio urbano, com divergência no
sentido de escoamento, as demais bacias terão soluções particulares, como estações de tratamento
individuais ou elevatórias que interliguem as redes das Bacias AR1 ou MJ1.
- Localização de unidades: A avaliação dos pontos de lançamento e áreas de potenciais para a localização do tratamento, indicou que o sentido de fluxo dos esgotos seja na direção da drenagem de
cada bacia através de coletor tronco, sendo, em alguns casos, necessária elevatória para interligação
do mesmo;
- Rede coletora: Na bacia AR1 será aproveitada a rede pluvial existente até uma estrutura vertedora
no final da rede que conduzirá os esgotos para elevatória e desta para a ETE, prevendo, então, sistema misto. O sistema de coleta a ser avaliado para as demais bacias, onde não houver rede pluvial,
será o separador absoluto;
- Elevatórias de esgoto: A quantidade de elevatória dependerá da alternativa em questão. As elevatórias de esgotos propostas para o SES serão para a interligação de bacias sanitárias ao sistema geral
de coleta e afastamento dos esgotos ou interligação de pequenas áreas à rede da mesma bacia,
adotando-se unidades compostas de elevatória propriamente dita, emissário por recalque e emissário
por gravidade;
- Tratamento dos Esgotos: Com base em todas as informações disponíveis, levando em conta a área
em potencial para a ETE Retiro, a CORSAN identificou para o processo de esgoto a ETE composta
de lagoa aerada. Entretanto, o Município solicita uma reavaliação do sistema de tratamento proposto
para a bacia ETE Retiro. Considerando relação custo-benefício, o município solicita estudo para que
a estação de tratamento (ETE) Retiro opere no sistema RALF ou UASB. Na elaboração do projeto
executivo, a cargo da concessionária que vier a operar o sistema de tratamento, deverá ser observado o surgimento de novas tecnologias, que atendam as normas de licenciamento ambiental e apresentem melhor relação custo-benefício.
Para a ETE Major, o processo sugerido é composto por reator anaeróbio, filtro biológico e leitos de
secagem. Já as demais estações de tratamento, que dependerá da alternativa em questão, terão
processo simplificado (fossa séptica e filtro biológico).
8.9. ALTERNATIVAS DE IMPLANTAÇÃO DO SES VERANÓPOLIS
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 46
Estabelecidos os paradigmas a serem seguidos no projeto, formularam-se alternativas que atendessem estes pressupostos.
Como o esgotamento do SES é divergente; três bacias convergem para o arroio Retiro, duas para o
arroio Major e duas para o arroio Jaboticaba; optou-se por posicionar duas ETE’s principais, que
atendem a maior parte do SES. A ETE Retiro que atende a Bacia AR1 e, dependendo da alternativa,
a Bacia AR2. A ETE Major atende as Bacias MJ1, MJ2 e, dependendo da alternativa as bacias JB1 e
JB2. Com base nesta diretriz para o SES Veranópolis as alternativas são relacionadas, a seguir, as
etapas de implantação das bacias e sua respectiva seqüência de execução.
As alternativas avaliadas em relação às etapas de execução foram em número de quatro:
- Alternativa 01
 1ª etapa contemplará a estação elevatória R1, emissário R1 e ETE Retiro;
 2ª etapa contará com redes para as bacias MJ1, MJ2, ELE M1 emissário M2 e ETE
Major;
 3ª etapa contará com redes para bacias AR2 e JB2 e ETE’s R1, R2, R3, R4, J1 e J2.
A figura 12, em anexo, apresenta esquema da alternativa 1.
- Alternativa 2
 1ª etapa contemplará a estação elevatória R1, emissário R1 e ETE Retiro (1ª etapa);
 2ª etapa contará com redes para as bacias MJ1, MJ2. ELE M1, emissário M1, ELE
M2, emissário M2 e ETE Major;
 3ª etapa contará com redes para as bacias AR2 e JB2 e ELE’s R2, R3, R4, R5, J1 e
J2 e respectivos emissários e ampliação da ETE Retiro (2ª etapa).
A figura 13, em anexo, apresenta esquema da alternativa 2.
No Sistema de Esgotamento Sanitário, proposto pela CORSAN em 2006, em dois mapas da área
urbana de Veranópolis estão apresentados os arranjos para cada alternativa, com o traçado dos coletores tronco, localização das elevatórias e estações de tratamento de esgoto (pranchas 02/03 e
03/03). Entretanto, o município solicita uma reavaliação do sistema de tratamento proposto para a
bacia AR1, originalmente indicada pela CORSAN como lagoa aerada. Considerando relação custobenefício, o município solicita estudo para que a bacia AR1 tenha estação de tratamento (ETE) no
sistema RALF ou UASB.
Observada as condições estabelecidas nos itens anteriores serão descritas as duas alternativas para
implantação do SES de Veranópolis.
Inicialmente será descrito o sistema proposto e posteriormente listadas as composições de cada alternativa.
8.10. DESCRIÇÃO DO SES
O sistema de Esgotos sanitários de Veranópolis foi dividido em 7 (sete) bacias hidrossanitárias, em
função das características topográficas e de ocupação do solo. A topografia local impossibilitou que a
maioria das bacias tenha direcionamento do esgotamento por gravidade para o mesmo local, sendo
necessário instalação de várias estações de tratamento de esgoto ou de estações elevatórias para
recalque dos esgotos para o tratamento.
Basicamente o SES está dividido em duas grandes vertentes com linha de topo na RSC 470. Esta
rodovia limita a drenagem seja para o arroio Retiro no lado esquerdo (sentido Porto Alegre – Nova
Prata) ou para os arroios Jaboticaba e Major no lado direito, definindo-se prováveis localizações de
estações de tratamento.
Outro aspecto refere-se a área central da cidade, a qual possui rede pluvial em grande parte dos logradouros e aos quais estão conectadas as redes primárias dos domicílios. Esta condição associada
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 47
à possibilidade de captação dos esgotos em único ponto a jusante da área de ocupação urbana faculta o emprego de sistema unitário para a bacia AR1.
O SES assim foi concebido para duas estações de tratamento, uma destinada às bacias que contribuem para o arroio Retiro e outra para as que contribuem para os arroios Jaboticaba e arroio Major.
Como alternativa do projeto previu-se a implantação de pequenas estações de tratamento para as
áreas de menor densificação urbana caso das bacias AR2 e JB2. Para as bacias AR3 e JB1, como
não apresentam atualmente sistema viário ou parcelamento urbano definido, indica-se que à medida
que ocorrer urbanização as mesmas sejam dotadas de sistemas individuais ou sistemas simplificados
de tratamento.
No estudo da CORSAN, em 2006, foi sugerida a seguinte composição do sistema:
- Bacia AR1
Captação dos esgotos a final da galeria pluvial existente através de tomada lateral, condução
destes até elevatória e recalque por emissário até o tratamento.
- Bacias MJ1 e MJ2
O estudo da CORSAN em 2006, sugeriu implantação de rede coletora do tipo separador absoluto e condução dos esgotos até estação de tratamento na Bacia MJ1. A interligação da bacia MJ2
com a ETE seria através de estação elevatória e emissário por recalque. Entretanto, a consolidação
do Loteamento Medianeira III, dificulta a instalação de separador absoluto, tendo maior viabilidade
tratamento por rede coletora mista.
- Bacias AR2 e JB2
O estudo proposto pela CORSAN, em 2006, sugeria a implantação de redes coletora do tipo
separador absoluto e condução dos esgotos até pequenas estações de tratamento no interior destas
ou interligação destas por elevatórias e emissários às bacias AR1 (bacia AR2) e MJ1 (bacia JB2).
Entretanto, devido à consolidação do Bairro Valverde, dificulta a instalação de separador absoluto,
tendo maior viabilidade tratamento por rede coletora mista.
- Bacias AR3 e JB1
Implantação de sistemas individuais de tratamento ou implantação de rede coletora do tipo
separador absoluto e condução dos esgotos até pequenas estações de tratamento no interior destas.
Quanto à localização do tratamento, em função da disponibilidade de áreas e desenvolvimento dos
coletores tronco ou interceptores, estas serão localizadas nas bacias AR1 e MJ1.
Os processos de tratamento nas ETE’s, sugeridos pela CORSAN, em 2006, contemplaram:
- Elevatória de esgoto bruto – ETE Major;
- Tratamento preliminar, composto por gradeamento e caixa de areia;
- Tratamento primário, composto por unidade de digestão anaeróbia, indicando-se Reator
Anaeróbio de Leito Fluidizado (RALF), seguido por leitos de secagem para desidratação do lodo –
ETE Major;
- Tratamento secundário, composto por unidade de filtração biológica – ETE Major ou Lagoa
Aerada – ETE Retiro. Portanto, como foi citado acima, o município solicita uma reavaliação do sistema de tratamento proposto para a bacia ETE Retiro. Considerando relação custo-benefício, o município solicita estudo para que a estação de tratamento (ETE) Retiro opere no sistema RALF ou UASB.
Na elaboração do projeto executivo, a cargo da concessionária que vier a operar o sistema de tratamento, deverá ser observado o surgimento de novas tecnologias, que atendam as normas de licenciamento ambiental e apresentem melhor relação custo-benefício.
8.11. DIMENIONAMENTO DAS UNIDADES
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 48
Definidas as alternativas de projeto a serem avaliadas e os paradigmas para implantação e operação,
procedeu-se o dimensionamento das estruturas, de modo a estabelecer-se base para levantamento
dos custos de implantação e operação.
8.11.1. SISTEMA COLETOR
O sistema coletor foi definido como sendo composto pelas seguintes unidades:
- Coletores tronco e emissários por gravidade;
- Emissários por recalque;
- Elevatórias;
- Ligações prediais.
Para o dimensionamento das unidades, extraíram-se algumas informações das estimativas de contribuições, estando as mesmas apontadas nas Tabelas 1 e 2.
Tabela 1 – Estimativa de vazões – Coletor Tronco
Alternativa 01
Bacia
Vazão Máxima
(l/s)
Inicial
Final
Área
(HÁ)
AR2
10,72
24,99
294,80
MJ1
11,12
17,81
184,80
MJ2
12,41
18,64
193,50
JB2
0,62
3,76
67,70
Coletor Tronco
Coletor
CTR1
CTR2
CTR2
CTR3
CTR4
CTM1
CTM1
CTM2
CTM2
CTM2
CTJ1
CTJ2
Trecho
a
b
a
b
a
b
c
523
782
Ext.
(m)
1.061
143
200
230
787
1.230
1.035
872
883
200
44,01
23,70
Área
Cont.
(HÁ)
103,18
47,17
11,79
44,22
88,44
129,36
55,44
116,10
50,31
27,09
Montante
ELEM1
Peso
0,35
0,16
0,04
0,15
0,30
0,70
0,30
0,60
0,26
0,14
0,65
0,35
Vazão Máxima
(l/s)
Inicial
Final
3,75
8,75
1,71
4,00
0,43
1,00
1,61
3,75
3,22
7,50
7,78
12,46
3,34
5,34
7,44
11,19
4,96
7,46
1,74
2,61
0,40
2,44
0,22
1,31
Alternativa 02
Bacia
AR2
Vazão Máxima
(l/s)
Inicial
Final
10,72
24,99
Área
(HÁ)
294,80
MJ1
11,12
17,81
184,80
MJ2
12,41
18,64
193,50
JB2
0,62
3,76
67,70
Coletor Tronco
Coletor
CTR1
CTR2
CTR2
CTR3
CTR4
CTM1
CTM1
CTM2
CTM2
CTM2
CTJ1
CTJ2
Trecho
a
b
a
b
a
b
c
523
782
Ext.
(m)
1.061
143
200
230
787
1.230
1.035
872
883
200
44,01
23,70
Área
Cont.
(HÁ)
103,18
47,17
11,79
44,22
88,44
129,36
55,44
116,10
50,31
27,09
Montante
ELE R1
ELE R2
ELE R3
ELE J1
ELEM1
Peso
0,35
0,16
0,04
0,15
0,30
0,70
0,30
0,60
0,26
0,14
0,65
0,35
Vazão Máxima
(l/s)
Inicial
Final
3,75
8,75
5,47
12,74
0,43
1,00
7,50
17,49
10,72
24,99
7,78
12,46
3,96
9,10
7,44
11,19
4,96
7,46
1,74
2,61
0,40
2,44
0,62
3,76
Tabela 2 – Características das Redes Coletoras por Bacia
Alternativa 01
Etapa
Bacia
I
AR1
MJ1
MJ2
Subtotal
AR2
II
III
Horizonte
Inicial
Final
2010
2035
2010
2035
2010
2035
Ext. Rede (m)
Inicial
Final
11.980
18.480
13.700
19.350
25.680
37.830
10.640
29.480
Ligações
Inicial
2.085
528
571
1.099
545
Final
3.000
867
907
1.774
1.036
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 49
JB2
Subtotal
7.400
18.040
43.720
Total
13.810
43.290
81.120
418
963
4.147
647
1.683
6.457
Ext. Rede (m)
Inicial
Final
11.980
18.480
13.700
19.350
25.680
37.830
10.640
29.480
7.400
13.810
18.040
43.290
43.720
81.120
Inicial
2.085
528
571
1.099
545
418
963
4.147
Alternativa 02
Etapa
Bacia
I
AR1
MJ1
MJ2
Subtotal
AR2
JB2
Subtotal
II
III
Horizonte
Inicial
Final
2010
2035
2010
2035
2010
2035
Total
Ligações
Final
3.000
867
907
1.774
1.036
647
1.683
6.457
- Coletores Tronco por Gravidade, dimensionados de acordo com as vazões a esgotar e os desníveis
naturais existentes, adotando-se os seguintes critérios:
0,375
D= 1.000x(
Q
)
0,5
21,57823x1
 D = Diâmetro de cálculo, mm
 Q = Vazão a esgotar, m³/s
 I = Declividade, m/m
I = DH
L


DH = Desnível, m
L = extensão do trecho, m
A Tabela 3 apresenta os resultados encontrados para as redes coletoras tronco.
Tabela 3 – Dimensionamento dos Coletores Tronco por Bacia
Alternativa 01
Bacia
AR2
MJ1
MJ2
JB2
Unidade
Desnível
CTR1
CTR2a
CTR2b
CTR3
CTR4
CTM1a
CTM1b
CTM2a
CTM2b
CTM2c
CTJ1
CTJ2
54,00
0,00
16,00
48,00
136,00
116,00
112,00
60,00
56,00
16,00
0,00
16,00
Unidade
Desnível
CTR1
CTR2a
CTR2b
CTR3
CTR4
CTM1a
CTM1b
CTM2a
CTM2b
54,00
0,00
16,00
48,00
136,00
116,00
112,00
60,00
56,00
Ext.
(m)
1.061
143
200
230
787
1.230
1.035
872
883
200
523
782
Declividade (m/m)
Natural
Mínima
Adotada
0,05090
0,00322
0,05090
0,00000
0,00466
0,00466
0,08000
0,00893
0,08000
0,20870
0,00480
0,20870
0,17281
0,00347
0,17281
0,09431
0,00229
0,09431
0,10821
0,00341
0,10821
0,06881
0,00234
0,06881
0,06342
0,00283
0,06342
0,08000
0,00463
0,08000
0,00000
0,00918
0,00918
0,02046
0,01228
0,02046
Ext.
(m)
1.061
143
200
230
787
1.230
1.035
872
883
Declividade (m/m)
Natural
Mínima
Adotada
0,05090
0,00322
0,05090
0,00000
0,00270
0,00270
0,08000
0,00893
0,08000
0,20870
0,00233
0,20870
0,17281
0,00197
0,17281
0,09431
0,00229
0,09431
0,10821
0,00314
0,10821
0,06881
0,00234
0,06881
0,06342
0,00283
0,06342
Vazão (l/s)
Inicial
Final
3,75
8,75
1,71
4,00
0,43
1,00
1,61
3,75
3,22
7,50
7,78
12,46
3,34
5,34
7,44
11,19
4,96
7,46
1,74
2,61
0,40
2,44
0,22
1,31
Diâmetro (mm)
Mínimo
Adotado
84
150
98
150
34
150
47
150
63
150
85
150
60
150
87
150
76
150
49
150
71
150
49
150
Vazão (l/s)
Inicial
Final
3,75
8,75
5,47
12,74
0,43
1,00
7,50
17,49
10,72
24,99
7,78
12,46
3,96
9,10
7,44
11,19
4,96
7,46
Diâmetro (mm)
Mínimo
Adotado
84
150
168
150
34
150
83
200
99
200
85
150
74
150
87
150
76
150
Alternativa 02
Bacia
AR2
MJ1
MJ2
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 50
JB2
CTM2c
CTJ1
CTJ2
16,00
0,00
16,00
200
523
782
0,08000
0,00000
0,02046
0,00463
0,00918
0,00750
0,08000
0,00918
0,02046
1,74
0,40
0,62
2,61
2,44
3,76
49
71
72
150
150
150
-Emissários por Recalque, dimensionados de acordo com as vazões a esgotar, adotando-se os seguintes critérios:
0,5
D= 1.000 x K x Q
 D = Diâmetro de cálculo, mm
 Q = Vazão a esgotar, m³/s
 K = Coeficiente, K = 1,0
Adotado o valor comercial imediatamente superior ou mais próximo.
Para dimensionamento da elevatória R1 que captará os esgotos em galeria pluvial foi determinada a
descarga que assegure extravasamentos em menos de 10% do tempo, sendo:
Q = C*I*A.
 Q = Vazão a captar, m³/s
 C = Coeficiente de “run off”, adotado C = 0,6
 I = Intensidade de precipitação em 24 horas para 10 anos de recorrência, I = 1,5 mm/h (Capítulo 2)
 A = Área de contribuição, A = 311 ha
Q = 0,7775 m³/s
A relação entre vazão de captação e de esgotos resulta no seguinte fator de diluição (FD):
FD = QP = 0,7775 = 15,24
QE 0,051
Este valor é bastante elevado sendo suficiente para garantir a diluição dos esgotos o fator de diluição igual a 5.
Desta forma a vazão de captação na galeria pluvial será:
Q = FD * QE = 5 * 0,051 = 0,255, adotado Q = 250 l/s.
A Tabela 4 apresenta os resultados encontrados para os emissários.
Tabela 4 – Dimensionamento de Emissão por Recalque Alternativa 01
Diâmetro (mm)
Comprimento
Bacia
Emissário
Vazão (l/s)
(m)
Calculado
Adotado
Bacia AR1
R1
250,00
2.360
500
500
M1
2,61
335
51
50
Bacia MJ2
M2
7,46
1.283
86
100
Bacia
Emissário
Bacia AR1
R1
M1
M2
R2
R3
R4
R5
J1
J2
Bacia MJ2
Bacia AR2
Bacia JB2
Alternativa 02
Comprimento
Vazão (l/s)
(m)
250,00
2.360
2,61
335
7,46
1.283
8,75
863
13,74
1.208
17,49
320
24,99
517
2,44
1.283
3,76
363
Diâmetro (mm)
Calculado
Adotado
500
500
51
50
86
100
94
100
117
150
132
150
158
150
49
50
61
75
- Elevatórias, dimensionadas de acordo com as vazões a esgotar e desníveis a vencer adotando-se
os seguintes critérios.
Perda de carga
1,85
hf = 10,65 x Q
xL
1,85
4,87
C
xD

Q = Vazão a esgotar, m³/s
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 51
 L = Extensão do emissário, m
 C = Coeficiente de rugosidade, C = 130
 D = Diâmetro de emissário, m
Potência
BHP = Q x AMT
75 x n
 Q = Vazão a esgotar, l/s
 AMT = altura manométrica, mca
 n = rendimento da bomba, n= 50%
Adotado o valor comercial imediatamente superior.
A Tabela 5 apresenta os resultados encontrados para as elevatórias.
- Ligações Prediais, estimadas de acordo com a projeção de economias em início de plano para as
bacias, adotando-se os seguintes critérios:
Ligações = Número de economias * taxa de ligações por economia.
Taxa de ligação por economia = 0,80
Tabela 5 – Dimensionamento de Elevatórias
Alternativa 01
Bacia
Elevatória
Vazão
(l/s)
Bacia AR1
ELE R1
ELE M1
ELE M2
250,00
2,61
7,46
Bacia MJ2
Comprimento
(m)
Desnível
(m)
Diâmetro
(mm)
1.120
335,00
366,00
48
24
71
500
50
100
Perda
de
Carga
(m)
3,6
15,8
4,1
Potência (cv)
Calculada
Adotada
343,7
2,8
14,9
5 x 100
8,0
40,0
Alternativa 02
Bacia
Elevatória
Vazão
(l/s)
Bacia AR1
ELE R1
ELE M1
ELE M2
ELE R2
ELE R3
ELE R4
ELE R5
ELE J1
ELE J2
250,00
2,61
7,46
8,75
13,74
17,49
24,99
2,44
3,76
Bacia MJ2
Bacia AR2
Bacia JB2
Comprimento
(m)
Desnível
(m)
Diâmetro
(mm)
1.120
335,00
366,00
863,00
1.208,00
320,00
517,00
1.283,00
363,00
48
24
71
104
88
48
16
24
20
500
50
100
100
150
150
150
50
75
Perda
de
Carga
(m)
3,6
15,8
4,1
13,0
5,8
2,4
7,6
53,4
4,7
Potência (cv)
Calculada
Adotada
343,7
2,8
14,9
27,3
34,4
23,5
15,7
5,0
2,5
5 x 100
8,0
40,0
60,0
80,0
50,0
40,0
15,0
8,0
8.12. TRATAMENTO DE EFLUENTES
Para tratamento dos efluentes gerados no SES de Veranópolis, foram avaliadas diferentes unidades
de tratamento previstas independentemente da escolha das duas alternativas descritas anteriormente.
Os parâmetros de dimensionamento atenderam as condições estabelecidas na Norma para lançamento de efluentes em corpos hídricos do Estado do Rio Grande do Sul.
As ETE’s principais serão localizadas nas bacias Retiro 1 e Major 2. Para estas, o estudo da CORSAN sugere processo de tratamento secundário, cujo detalhamento consta no estudo realizado em
2006.
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 52
9. METAS E PRAZOS DO PLANO DE SANEAMENTO
9.1. ESGOTAMENTO SANITÁRIO
O diagnóstico apresentado nesse Plano indica a necessidade urgente de iniciar a implantação do
sistema de tratamento de esgoto no Município. Para definir as metas e prazos, consideramos a tabela
a seguir, que aponta a concentração atual de ligações e a projeção de maior número de ligações por
bacia:
Tabela 1 – Projeções de Ligações
Ano
2006
2007
2008
2209
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
2032
2033
2034
2035
Bacia AR1
2.060
2.087
2.114
2.142
2.170
2.198
2.227
2.256
2.286
2.316
2.346
2.377
2.408
2.439
2.471
2.503
2.536
2.569
2.603
2.637
2.671
2.706
2.742
2.778
2.814
2.851
2.888
2.926
2.964
3.003
Bacia AR2
850
869
888
908
928
949
970
992
1.014
1.037
Bacias
Bacia MJ1
Bacia MJ2
619
630
641
653
665
676
689
701
713
726
739
752
766
779
793
807
822
836
851
867
663
674
685
697
708
720
732
744
757
769
782
795
808
822
835
849
864
878
893
907
Bacia JB2
565
574
583
592
601
610
619
628
638
647
Total 2006
2.060
2.087
2.114
2.142
2.170
2.198
2.227
2.256
2.286
2.316
3.628
3.681
3.734
3.789
3.844
3.899
3.957
4.014
4.073
4.132
5.607
5.696
5.787
5.879
5.971
6.066
6.163
6.260
6.360
6.461
A tabela acima mostra que nos próximos 25 anos – período do contrato de concessão dos serviços
de água e esgoto -, a tendência de maior número de ligações ao sistema de água e esgoto concentra-se na bacia AR1. Com número bem menor, atualmente e também na projeção de crescimento,
aparecem em segunda e terceira ordem a MJ1 e MJ2. Esses números fundamentam as condições
determinantes para proposição de alternativas, a composição de unidades.
As diferenças técnicas das alternativas resumem-se a condução do sistema de esgotamento sanitário
para duas grandes estações de tratamento (alternativa 02) ou a implantação em áreas de menor densificação urbana de pequenas estações de tratamento, mantendo-se as outras duas ETE’s para os
setores da cidade com maior ocupação. Logo, os custos marginais serão determinantes para a definição da escolha da alternativa de projeto.
Os custos marginais resultantes, no Estudo da CORSAN, em 2006, foram:
- Alternativa 01 = R$ 2,56646 / m³
- Alternativa 02 = R$ 2,61877 / m³
A alternativa 01 apresenta custo marginal cerca de 2% inferior a Alternativa 02.
Medidas de curto prazo:
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 53
- No primeiro ano de contratação, a concessionária deverá apresentar projeto executivo detalhado
para as ETE´s, com orçamento para os sistemas UASB e RALF, incluindo rede coletora, estação de
recalque, elevatórias, tratamento de efluentes e demais mecanismos necessários para a completa
operação do sistema de tratamento, com cronograma físico e financeiro, observando as seguintes
etapas:
Metas de curto prazo:
Até dezembro de 2011: iniciar a construção da primeira estação de tratamento, atendendo a maior
densidade populacional, mapeada na Bacia AR1.
Metas de médio prazo:
Até dezembro de 2015: coleta e tratamento de 35% do esgoto.
Até dezembro de 2020: coleta e tratamento de 60% do esgoto.
Meta de longo prazo:
Até dezembro de 2030: coleta e tratamento de 80% do esgoto.
Até dezembro de 2034: coleta e tratamento de 95% do esgoto.
Viabilidade técnica e financeira do SES
A Proposta do cronograma acima, considera que o orçamento global para SES, de Veranópolis, elaborado pela CORSAN em 2006, foi estimado em aproximadamente R$ 18 milhões. O maior intervalo,
entre a primeira etapa, em 2011, e as demais etapas, é justificado pelo comprometimento da maior
cota a ser investida, pois o tratamento do esgoto da AR1 corresponde a 36% do total previsto para as
ETE´s do Município.
A previsão da CORSAN, em 2006, indicava a necessidade contratar financiamento em três etapas,
totalizando, até o final de 2034, R$ 27.325.174,00, a taxas de juros de 8,8% ao ano (custo financeiro
já computado), além de investir R$ 1.567.885,00 com recursos próprios. No mesmo estudo, considerando a receita com o fornecimento de água em R$ 423,64 por ligação/ano, o faturamento com o
serviço de esgoto alcança 70% da tarifa de água, totalizando R$ 296,55 por ligação/ano.
Receitas x Antecipação de Metas
A antecipação no cronograma de execução de obras do SES´s poderá ocorrer quando:
1º) O Município aportar recursos próprios ou em convênio com o Governo Federal, na escala de 2
anos de antecipação para cada R$ 1 milhão investido em saneamento, seja em canalização (rede
mista e drenagem ou em redes com separador absoluto) ou para obras de construção de ETE´s, em
cota única ou na soma dos valores aplicados em mais de um ano que atinjam o valor acima estipulado;
2º) Quando a concessionária do serviço obtiver recursos a fundo perdido do Governo Federal, na
escala de 2 anos de antecipação para cada R$ 1 milhão captado junto aos diferentes Ministérios ou
órgãos públicos federais.
3º) Quando a concessionária do serviço obtiver recursos a fundo perdido do Governo Estadual, na
escala de 2 anos de antecipação para cada R$ 1 milhão captado junto às diferentes Secretarias Estaduais.
Taxa de coleta e tratamento
A concessionária só poderá cobrar a taxa de tratamento de esgoto quando efetivamente estiver prestando o serviço.
9.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
O diagnóstico apresentado nesse Plano indica a necessidade urgente da concessionária, responsável
pelo abastecimento de água de garantir o atendimento normal no verão, principalmente em períodos
de estiagem. Para tanto, seguem as metas e prazos:
Medidas de curto prazo:
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 54
- No primeiro ano de contratação, a concessionária deverá concluir a construção da barragem de
captação no Arroio Retiro, nas proximidades da ponte da RS-359. A obra ficou incompleta, faltando
apenas fechar as extremidades do barramento.
- No primeiro ano de contratação, a concessionária deverá instalar a adutora da nova barragem até a
estação de bombeamento, próxima a ponte da RS-359, e iniciar a captação da água no novo represamento.
Metas de curto prazo:
Até dezembro de 2011: a concessionária deverá liberar toda a vazão do Arroio Retiro para atender
exclusivamente Veranópolis, buscando nova captação de água no Rio da Prata para atender as cidades de Nova Prata e região, conforme estudo da CORSAN.
Metas de médio prazo:
Até dezembro de 2015: A concessionária deverá reformar, adequar e ampliar a Estação de Tratamento de Água (ETA), incluindo maquinários, instalações prediais, adutoras e redes.
Até dezembro de 2020: A concessionária deverá atender a meta de universalização (100%) das residências com água tratada na área urbana e nas comunidades do interior que fiquem numa faixa de
até 5km da área urbana; Para as comunidades do interior, a meta do Município, até o ano de 2020 é
ter poço artesiano com rede que leve água potável a 95% das residências do interior, não atendidas
pela concessionária.
Meta de longo prazo:
Até dezembro de 2025: recuperar a mata ciliar em toda margem do Arroio Retiro e de seus afluentes,
inclusive nascentes, numa ação articulada entre os municípios de Veranópolis, Vila Flores e Nova
Prata, incluindo a parceria da concessionária de água.
Até dezembro de 2030: tratar ou suspender atividades que gerem qualquer esgoto ou dejetos de
animais, provenientes de aviários, estábulos e pocilgas, que caiam diretamente no Arroio Retiro ou
afluente.
Até dezembro de 2034: O Município deverá regulamentar lei de incentivo, incluindo o pagamento por
serviços de preservação do meio-ambiente, aos agricultores que efetivarem ações práticas e mensuráveis de preservação de nascentes, córregos e afluentes do Arroio Retiro, bem como ações que
preservem, diretamente, o Arroio Retiro.
Ações para Emergências e Contingências
Em caso de estiagem que comprometa o abastecimento da população de Veranópolis, a concessionária deverá:
1 – captar água em poços artesianos do município ou região, de preferência nas proximidades do
Arroio Retiro, para facilitar o escoamento da água pelo leito do Arroio e captação pelo sistema já existente;
2 – captar água do aqüífero Guarani (Botucatu) no Parque Municipal da Usina Velha, onde já existe
poço perfurado, com transporte da água em caminhão-tanque;
3 – utilizar a água represada em açudes, em propriedades rurais, localizados nas encostas de afluentes ou do próprio Arroio Retiro, utilizando o declive por gravidade para captação da água pelo sistema
já existente.
9.3. DRENAGEM
P. Lei nº 118/2009 – Pág. 55
O diagnóstico apresentado nesse Plano indica que o sistema de drenagem, favorecido pelo relevo da
área urbana, realiza muito bem o escoamento das águas das chuvas.
Medidas de curto prazo:
- Até dezembro de 2010: Mapeamento de todas os pontos de captação (bocas-de-lobo), bueiros e
galerias.
Metas de médio prazo:
- Até dezembro de 2020: ampliação das redes principais, conectando em logística e topografia, até as
ETE´s ou locais onde futuramente serão construídas as estações de tratamento de esgoto com rede
pluvial mista.
Ações para Emergências e Contingências
Para enfrentar fortes chuvas, associado ao sistema de tratamento de esgoto com rede pluvial mista,
serão construídas caixas reguladoras de vazão, num espaçamento entre as caixas que considere:
grau de declividade da área, tamanho do bueiro ou galeria e volume de água para transbordo. Essas
caixas precisarão de limpeza após as chuvas.
9.4. LIMPEZA URBANA E RESÍDUOS SÓLIDOS - LIXO
O diagnóstico apresentado nesse Plano indica que a coleta e o destino dos resíduos sólidos são adequados. Entretanto, o maior problema é o alto custo pago pelo Município ao serviço, que é terceirizado. Por isso, apresentamos as seguintes metas:
Medidas de curto prazo:
- Até dezembro de 2010: estudo dos quantitativos de volume e custos do lixo recolhido nos municípios da região, compreendendo: Veranópolis, Nova Prata, Cotiporã, Vila Flores, Nova Bassano, Guaporé, Serafina Corrêa, Nova Araçá, Paraí, Casca, entre outros, apontando, ou não, viabilidade técnica
e financeira para implantação de um consórcio regional para coleta e destinação final em aterro sanitário regionalizado.
Metas de médio prazo:
- Até dezembro de 2015: tendo o estudo apontado viabilidade técnica e financeira para implantação
de um consórcio regional, licenciamento ambiental do aterro sanitário regional, com pavilhão para
reciclagem do lixo seco, e compra de caminhões para a coleta em cada município.
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ÍNDICE
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 2
1.1. DIRETRIZES DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO ................................ 2
2. DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO ........................................................................... 3
2.1. HISTÓRICO ......................................................................................................... 3
2.2. LOCALIZAÇÃO .................................................................................................... 4
3. ATIVIDADES ECONÔMICAS.................................................................................. 5
3.1. EMPREGO E RENDA .......................................................................................... 5
3.2. ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................................... 6
4. RECURSOS HÍDRICOS E BACIAS HIDROGRÁFICAS ......................................... 7
4.1 RELEVO E BACIAS HIDROGRÁFICAS................................................................ 8
4.2 HIDROGRAFIA E CLIMA ...................................................................................... 8
5. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE ..................................... 9
5.1. MANANCIAL ........................................................................................................ 9
5.2. CAPTAÇÃO........................................................................................................ 10
5.2.1. ELEVATÓRIAS DE ÁGUA BRUTA ................................................................. 10
5.2.2. ADUTORAS DE ÁGUA BRUTA ...................................................................... 10
5.2.3. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA....................................................... 10
5.2.4. ELEVATÓRIAS DE ÁGUA TRATADA ............................................................. 11
5.2.5. RESERVAÇÃO ............................................................................................... 11
5.2.6. DISTRIBUIÇÃO ............................................................................................... 11
5.2.7. INFORMAÇÕES OPERACIONAIS ................................................................. 12
5.3. DADOS COMERCIAIS E FINACEIROS ............................................................. 12
5.4. ESTUDO PARA AMPLIAR A CAPTAÇÃO DA ÁGUA ........................................ 16
5.4.1. CONDICIONANTES DE PROJETO ................................................................ 16
5.4.1.1. MANANCIAL ................................................................................................ 16
5.4.1.2. CAPTAÇÃO E ADUÇÃO .............................................................................. 17
5.4.1.3. ELEVATÓRIA ............................................................................................... 17
5.4.1.4. DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO DE PROJETO ................................................ 18
5.4.1.5. DIMENSIONAMENTO DE UNIDADES ........................................................ 18
5.4.1.6. ADUTORA DE ÁGUA BRUTA ...................................................................... 18
5.4.1.7. PARÂMETROS DE DIMESIONAMENTO .................................................... 18
5.4.1.8. ELEMENTOS ACESSÓRIOS ....................................................................... 20
6. LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................. 20
6.1. DEFINIÇÃO ........................................................................................................ 20
6.2. SITUAÇÃO EM VERANÓPOLIS ........................................................................ 20
6.2.1. RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS ............................................................. 21
6.2.2. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ......................................................... 22
6.2.3. RESÍDUOS DAS ETE’s ................................................................................... 22
7. DRENAGEM URBANA .......................................................................................... 22
8. ESGOTAMENTO SANITÁRIO .............................................................................. 23
8.1. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTO ..................................................... 23
8.2. PROBLEMAS SOCIAIS...................................................................................... 23
8.3. DOENÇAS RELACIONADAS À VEICULAÇÃO HÍDRICA.................................. 24
8.4. DIVISÃO HIDROSSANITÁRIA ........................................................................... 24
8.5. ESTUDO POPULACIONAL PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO
SANITÁRIO ............................................................................................................... 25
8.5.1. CRESCIMENTO POPULACIONAL DE VERANÓPOLIS................................. 26
8.5.2. CRESCIMENTO POPULACIONAL POR BACIA ............................................. 27
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8.5.3. DENSIFICAÇÃO VIÁRIA ................................................................................. 30
8.6. ESTIMATIVA DE CONTRIBUIÇÕES ................................................................. 31
8.6.1 CONTRIBUIÇÕES DOMÉSTICAS ................................................................... 31
8.6.2. CONTRIBUIÇÕES INDUSTRIAIS ................................................................... 34
8.6.3. CONTIBUIÇÕES PLUVIAIS ............................................................................ 34
8.6.4. CORPO RECEPTOR ...................................................................................... 35
8.7. CONDIÇÕES DE LANÇAMENTO ...................................................................... 42
8.8. ALTERNATIVAS DE PROJETO PARA SES ...................................................... 44
8.8.1. SISTEMA PROPOSTO ................................................................................... 44
8.8.2. DESCRIÇÃO DE CONDICIONANTES ............................................................ 45
8.9. ALTERNATIVAS DE IMPLANTAÇÃO DO SES VERANÓPOLIS ....................... 45
8.10. DESCRIÇÃO DO SES...................................................................................... 46
8.11. DIMENIONAMENTO DAS UNIDADES ............................................................ 47
8.11.1. SISTEMA COLETOR .................................................................................... 48
8.12. TRATAMENTO DE EFLUENTES ..................................................................... 51
9. METAS E PRAZOS DO PLANO DE SANEAMENTO ........................................... 52
9.1. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ........................................................................... 52
9.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA............................................................................ 53
9.3. DRENAGEM....................................................................................................... 54
9.4. LIMPEZA URBANA E RESÍDUOS SÓLIDOS - LIXO ......................................... 55

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