Crescente preocupação na Edinfor (LogicaCMG)

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Crescente preocupação na Edinfor (LogicaCMG)
FSTIEP
Crescente preocupação na Edinfor (LogicaCMG)
Crescente preocupação
na Edinfor (LogicaCMG)
Nova gestão
velhos métodos
Começa a notar-se uma crescente preocupação face ao estado a que se chegou, aos mais variados níveis, na Edinfor,
empresa da área das tecnologias da informação (da qual, há mais de um ano, a EDP vendeu 60 por cento à
multinacional LogicaCMG).
Em reuniões com a Direcção de Recursos Humanos, realizadas nos dias 24 de Março, 9 de Junho e 7 de Julho, o
sindicato procurou analisar e resolver problemas colocados pelos trabalhadores.
Foram ultrapassadas algumas questões «administrativas» (tais como a entrega dos recibos de vencimento e a inclusão
neles, de novo, das categorias profissionais; a clarificação do quadro de férias, embora fora do contexto legal,
nomeadamente para quem já detinha 24 dias úteis de férias; e mais algumas situações, individuais e colectivas). Mas,
para a resolução de muitas outras, continuam a verificar-se dificuldades.
Sem solução?
Daquelas três reuniões ressaltam aspectos, de aplicação global, que têm primordial importância nas condições de vida e
de trabalho, mas ficam sempre confinados à decisão de uma «gestão superior» completamente unilateral:
- as carreiras, embora muito prometidas, continuam «em estudo» e, quando existirem, a sua aplicabilidade confina-se à
vontade da empresa;
- os critérios de avaliação do trabalho são já sobejamente conhecidos, pela sua falta de objectividade;
- - para a aplicação do «aumento» salarial de 2006, está ainda a ser introduzida uma vertente relacionada com um
«estudo dos vencimentos praticados no mercado», pelo que o SIESI receia que eventuais valores a aplicar não sejam
universais e muito menos de valor igual;
- os salários dos trabalhadores não foram actualizados na altura devida (em Junho), nem foi dada uma indicação
concreta de quando o serão;
- há alterações de funções e/ou de local de trabalho que são forçadas pelas hierarquias; dificuldades e arrastamentos de
pagamento das despesas efectuadas; exigências de 10, 12 ou mais horas de trabalho para «cumprir objectivos», mas
sem registo, nem pagamento, nem folgas de compensação;
- ocorrem tentativas de passar trabalhadores para outras empresas (cessões de posição contratual), com subversão de
direitos e várias outras.
Para a gestão da Edinfor, tudo isto são processos de gestão «dinâmicos, imprescindíveis e lisos», enquanto imposições,
prepotências e outras atitudes do mesmo tipo são apenas impressões ou invenções dos visados, ironiza o SIESI.
Um discurso e outra prática
O discurso esfuziante da administração, pleno de desenvolvimento e crescimento, até há pouco existente e que era
acompanhado de notícias sobre aumento de centenas de postos de trabalho, foi substituído por um cenário de
diminuição de projectos e de pseudo-rees-tru-tu-ra-ções, com o anúncio da futura criação de um «bench», que seria um
género de «depósito» de trabalhadores considerados como «não ocupados ou ocupados apenas parcialmente».
Esquece a empresa a sua principal obrigação, que é a plena ocupação dos seus trabalhadores. Se os sucessivos
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processos de «reestruturação», de que resultam sempre mais cargos superiores, com vencimentos chorudos e outras
mordomias, não resolvem o problema – nem é, se calhar, esse o objectivo –, então importa equacionar que rumo está a
ser tomado e com que intenções, reclama o SIESI.
Os trabalhadores – que sempre foram o grande valor desta empresa informática – não podem ser o bode expiatório, em
situações que deles nunca dependeram, até porque estiveram sempre disponíveis para dar o seu contributo.
A responsabilidade pela degradação da Edinfor não será certamente dos seus trabalhadores, mas sim da gestão da
Edinfor, à qual a EDP não pode ser alheia. Efectivamente, acusa o SIESI, a Edinfor tem vindo a ser governada
erraticamente, em ziguezague completo, com alterações quase diárias às estruturas e aos processos da empresa, com
surpreendentes contratações e promoções milionárias para alguns «poleiros», sobredimensionando os serviços centrais,
burocratizando e «emperrando» todos os processos.
A gestão, sublinha o sindicato, tem ignorado e desrespeitado os seus trabalhadores, assim como tem ignorado e
desrespeitado, muitas vezes, as mais elementares regras que têm de presidir às relações de trabalho e a própria lei.
O SIESI confia que os trabalhadores saberão, calma e responsavelmente, demonstrar que a razão está do seu lado e,
conjuntamente com o sindicato, desenvolverão as acções mais adequadas, numa acção colectiva e organizada.
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