Boletim novembro - Cibai Migrações | Centro Ítalo

Transcrição

Boletim novembro - Cibai Migrações | Centro Ítalo
Nº 427 - Novembro/2014
Construir a Família
O consumismo tornou-se a maneira mais
simples de conviver: estudar e trabalhar para
adquirir e aproveitar estão no plano do
inconsciente coletivo comum. Viver torna-se poder
aquisitivo. Vive bem quem tem recursos para
saúde, lazer, estudo, trabalho e até religião. Tudo
pode ser adquirido. Consequentemente quem não
tem força e capacidade lentamente vai sendo
eliminado, excluído... Nem no tempo da escravidão
houve tamanha exclusão na história! Vivemos num
mundo cientificamente cruel com a capacidade de
argumentar friamente em favor da exclusão (os
muros e as leis contra os migrantes são feitas por
governos bem assessorados). Mas há algo que não
pode ser “coisificado” e que, por isso, não tem
preço: O AMOR. A família é a expressão mais
elementar dos afetos e do amor. A família,
considerada desde sempre a célula da sociedade,
está sendo atacada. Podemos até dizer: a crise da
humanidade encontra seu termômetro na família.
É normal que as mudanças vivenciadas em
todos os campos se reflitam também na convivência
das pessoas e na maneira de relacionar-se. A maior
liberdade e criatividade deveriam ser
acompanhadas da maturidade. Isso não é fácil. Não
se inventam de uma hora para outra a capacidade e
a coragem de enfrentar os novos desafios com a
força criativa da semente, capaz de conservar sua
identidade nas situações mais adversas. Não há
dúvidas que, neste caminho de aprendizagem na
renovação da qualidade das
relações humanas,
especialmente a família
precisa ser renovada e
reconstruída. E no
Sínodo dos Bispos
(que teve lugar
em Roma no
m ê s
d e
outubro)
encontramos
o convite
para refletir
e aprender a
renovar.
Se toda pessoa em nome de sua consciência
sente o convite a renovar a família, o cristão
encontra no Mistério Pascal de Cristo a luz e o
incentivo. A vida de Jesus, que é Encarnação,
Morte e Ressurreição, ilumina seja o pensar como
o agir. Motivados pela Encarnação a dar valor a
todas as expressões da vida, não teremos medo de
sentir globalmente a realidade familiar em todas as
suas expressões; motivados pela Morte saberemos
deixar cair tudo o que é sem sentido e egoísta;
motivados pela Ressurreição promoveremos
generosamente a vida da família pelos novos
caminhos que nossa fé convida a percorrer.
Sempre lembrando que a condição dos discípulos
de Emaús não é um momento passageiro, mas a
dinâmica da nossa vida de peregrinos. Com Jesus
não devemos ter medo das dificuldades e sim
CAMINHAR na realidade familiar.
“Os desafios pastorais sobre a família no
contexto da evangelização” são assuntos a serem
rezados e refletidos não somente pelas pessoas
reunidas no Sínodo, mas por toda a comunidade
eclesial, unindo oração, reflexão e prática. E nós,
caminhando com os migrantes, faremos presentes
as dificuldades que as famílias enfrentam por
causa das migrações e promoveremos as práticas
pastorais mais evangélicas para aliviar
sofrimentos e despertar esperanças.
E, mesmo neste quadro da família que se
renova, consideramos muito significativo que o
Premio Nobel da Paz (11 de outubro) tenha sido
dado a duas pessoas que lutam em favor das
crianças. Malala Yousazfai é uma moça
paquistanesa de 17 anos que foi baleada quando
tinha 12 anos por querer estudar; Kailash
Satyarthi é um indiano de 62 anos que luta
para salvar as crianças da exploração do
trabalho. Ambos querem qualidade de vida
para toda criança. O
ser humano só vive
bem e se realiza no
Amor! O próximo
Premio Nobel da Paz
o daremos para a
Família.
Novembro é o mês em que
lembramos São Carlos (dia 4) e a
fundação da Congregação dos Missionários de São
Carlos – Scalabrinanos (dia 28). Duas datas
significativas para os Scalabrinianos, pois, diante de
uma realidade clamante e da necessidade de um
serviço bem específico, Scalabrini convoca a igreja
para dar atenção aos homens e mulheres que, por
diferentes motivos, deixam sua pátria na busca de
melhores condições de vida, ou seja, funda uma
Congregação Religiosa para que os migrantes “na
busca do pão não percam a fé e a cultura”, duas
dimensões fundamentais da pessoa humana.
Passados 127 anos de sua fundação é visível que,
a partir dos novos contextos e das novas migrações, a
Congregação e o serviço prestado deve ser revisto,
pois “o mundo anda depressa e nós não podemos
parar”; “para novos tempos novas técnicas” são
necessárias. Com certeza, a exemplo do patrono São
Carlos, que tão bem se dedicou à caridade para com
os pobres e à renovação das estruturas eclesiais,
deveremos nós também renovar nossa presença na
atenção aos migrantes.
Atualmente já não é mais necessário que se
construam igrejas, escolas, hospitais... agora
precisamos de casas e centros de acolhida, centros
de estudos, de comunicação, Stella Maris.
Precisamos de profissionais, voluntários, parceiros,
planejamento estratégico e específico, trabalho em
rede para responder temporariamente às
necessidades mais fundamentais dos que migram.
Mas, para que isso aconteça, devemos ser os
primeiros a mudar nossa forma de julgar e pensar.
Os migrantes são vistos hoje como “sinais dos
tempos”. Se olharmos a história nos daremos conta
que eles sempre estiveram presentes nos grandes
eventos da humanidade: constroem cidades,
estradas, pontes, cuidam de pessoas, limpam, lavam,
cozinham... sempre fazendo os serviços de
fundamental importância e que cada vez menos
pessoas se dispõem a fazer. São eles que estão
trabalhando em hotéis, restaurantes,
supermercados, empresas de limpeza, frigoríficos,
matadouros, colheitas da uva, maçã...
Mesmo assim ainda são olhados com
desconfiança e preconceito. Pessoas que transmitem
doenças, que vem para tirar o trabalho dos
autóctones, enfim, um perigo.
Nossa presença quer ser uma garantia dos
direitos humanos desses que, ao mesmo tempo que
buscam uma vida mais digna, também colaboram
para o progresso de nossa sociedade.
ACCOGLIENZA, LA GRANDE SFIDA
Visitando il mio paese e scambiando idee con le persone
trovo da tutte le parti una preoccupazione: cosa ci capiterà con
tanti stranieri che sbarcano, risiedono nelle nostre contrade come
rifugiati (e ricevono sussidi), mandano i figli a scuola ma non
salutano le persone, vivono chiusi nelle loro case senza partecipare
della vita culturale (feste, manifestazioni paesane). Hanno la loro
religione, le loro tradizioni, la loro lingua: sono tra noi senza essere
dei nostri. E questa preoccupazione è pure presente nelle
associazioni che ricordano i valori dell'emigrazione italiana, fatta di
laboriosità e collaborazione. E ci sono pure dibattiti televisivi dove
affiorano difficoltà e confronti.
Se riferisco quel che ho sentito per strada, senza pretendere
esattezze scientifiche, riflettendo su questi sentimenti diffusi vedo
che emerge la sfida dell'accoglienza. L' altro, il differente per
carattere, cultura, lingua, tradizione, origine ci domanda di uscire
dal nido delle nostre sicurezze (che sono pure le nostre comodità)
per metterci per strada. Abbiamo difficoltà di camminare perché
condividere ci domanda ripensamento, generosità, distacco e
conversione. Volerci bene sarà sempre l'eterno problema. E di
fatto, guardando le nostre famiglie e considerando i problemi di
convivenza esistenti ovunque, troviamo lo stesso problema:
ABBIAMO DIFFICOLTA' DI ACCETTARE LA PERSONA NELLA SUA
DIVERSITA'. E possiamo dire: la crisi dell'emigrazione trova la sua
corrispondenza nella crisi della famiglia! Educarci nell' amore (che
è la base dell'accoglienza) rimane l'eterna sfida. Guardiamo a
Gesù, guardiamoci intorno e cerchiamo di dare la mano non solo
con l'elemosina ma con il cuore.
Nello stesso tempo che auguro alla comunità italiana ogni
bene auguro pure che ogni gruppo (calabresi, bellunesi, trevisani,
marchigiani, genovesi, abruzzesi, siciliani…) diventi scuola di
accoglienza! Facciamo della nostra esperienza di migrazione VITA
PER L' UMANITA'!
Camminiamo insieme nella gioia
dell'amicizia con la benedizione del
Signore e della Madonna
P. Giovanni Corso
Collaboratori: Adelina Donadio Gallo, Angelina Anele, Angelo Gerace, Annunziato Di Lorenzo, Carmine e Zelia Gugliotta,
Domenica Scorza, Anunziata Laitano Aronna, Helena Kim, Hilda Schifino Sellito, Leonardo Scorza, Mônica Kim, Pasqualino e Concettina Morelli,
Rosa Rosito Bruno, Francesco Bruno, Santa Laitano Marrone, Mercedes Bolognesi, Ida Anele Guaragna, Humberto Scorza.
Conforme el boletín del mes pasado damos continuidad, en esta
página, con los nuevos procedimientos/requisitos para los
migrantes que desean tramitar su Permanencia en Brasil.
Acordo MERCOSUL: transformação de visto
Pedido de transformação de registro temporário em permanente previsto no
Acordo sobre Residência para Nacionais dos Estados Partes do Mercado Comum
do Sul, mencionado no art. 5º do Decreto nº 6975/2009, conforme previsto na
Portaria MJ nº 1351/2014 e legislação correlata:
1. Requerimento próprio, disponível em https://servicos.dpf.gov.br/sincreWeb/;
2. Duas (02) fotos tamanho 3x4, recentes, coloridas, com fundo branco.
3. Certidão de residência temporária obtida em conformidade com os termos do
Acordo;
4. Cópia autenticada, nítida e completa do passaporte ou do documento de viagem equivalente válido ou
certificado de nacionalidade expedido pelo agente consular do país de origem do interessado;
5. Certidão negativa de antecedentes judiciais e/ou penais e/ou policiais no Brasil;
6. Comprovação de meios de vida lícitos que permitam a subsistência do interessado e de sua família;
7. Comprovante do pagamento das seguintes taxas:
CÓDIGO: 140074 - Pedido de Transformação de Visto: R$ 102,00
CÓDIGO: 140120 - Carteira de Estrangeiro Primeira via: R$ 124,23
Obs.: Os documentos emitidos no exterior deverão estar legalizados por repartição consular brasileira e
traduzidos por tradutor público juramentado no Brasil.
Pedido de permanência com base em
casamento
Pedido de permanência com base em casamento, conforme
previsto na Portaria MJ nº 1351/2014 e legislação correlata (art.
75, II, “a” Lei nº 6.815/80 e RN nº 108/2014 CNIg):
1. Requerimento próprio, disponível em https://servicos.dpf.gov.br/sincreWeb/
2. Duas (02) fotos tamanho 3x4, recentes, coloridas, com fundo branco.
3. Cópia autenticada, nítida e completa do passaporte ou do documento de viagem equivalente;
4. Cópia autenticada da certidão de casamento;
5. Cópia autenticada da cédula de identidade brasileira do cônjuge;
6. Declaração de que não se encontram separados de fato ou de direito, assinada pelo casal, com firmas
reconhecidas;
7. Declaração de que não foi processado ou condenado criminalmente no Brasil e nem no exterior, quando não
for casado há pelo menos 5 anos;
8. Comprovante do pagamento das seguintes taxas:
CÓDIGO: 140066 - Pedido de Permanência: R$ 102,00
CÓDIGO: 140082 - Registro de Estrangeiros/Restabelecimento de Registro: R$ 64,58
CÓDIGO: 140120 - Carteira de Estrangeiro Primeira via: R$ 124,23
Obs.: Os documentos emitidos no exterior deverão estar legalizados por repartição consular brasileira e
traduzidos por tradutor público juramentado no Brasil.
NATAL DAS CRIANÇAS MIGRANTES
No domingo 07 de dezembro estaremos realizando a segunda edição do NATAL das
CRIANÇAS MIGRANTES. São crianças migrantes e filhos de imigrantes, oriundas
na sua grande maioria da América Latina e Central e residentes na região
metropolitana de Porto Alegre.
Com o evento queremos promover o espírito natalino, solidário e fraterno em favor
destas crianças, conscientizando também sobre o tema do tráfico humano tão presente
nos movimentos migratórios.
Junte-se a nós. Venha fazer parte deste evento em favor da vida.
XIII FESTA DA PADROEIRA - PARÓQUIA POMPÉIA
Em nome da comunidade da Paróquia Pompéia/CIBAI Migrações,
queremos externar nosso agradecimento a todos/as pela participação
e contribuição oferecida na realização da XIII Festa de nossa padroeira
- Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, realizada dia 19 de outubro
passado. Foram muitas as pessoas que, de diferentes maneiras,
contribuíram garantindo o bom êxito do evento.
Desde a celebração do tríduo até o almoço festivo de
confraternização o ambiente sempre esteve marcado por uma
contínua ação de graças pelo trabalho realizado na Pompéia: como é
bonito quando uma devoção se torna também uma ação. Do almoço tivemos um lucro total de R$ 10.715,24 reais.
Estes recursos arrecadados serão aplicados em sua totalidade no serviço social de apoio aos migrantes mais
pobres que, diariamente, chegam até nosso centro em busca de orientação e auxílio. Um agradecimento especial
às comunidades dos Assentamentos da Capela e Itapuí de Nova Santa Rita que todos os anos colaboram com
nossa comunidade assando e servindo o churrasco oferecido no almoço da festa. Que Deus recompense a todos
com generosas bênçãos. Muito obrigado!
Encontro anual
da Rede
Internacional
de Migração
Scalabrini
(SIMN)
Aconteceu em
Lima – Peru, entre os
dias 10 a 13 de
outubro passado o II
encontro anual de casas e centros de acolhida promovido pelo SIMN
(Scalabrini Internacional Migration Network). Mais de 40 participantes
entre sacerdotes e leigos procuraram estabelecer um plano de
comunicação com o fim de fortalecer os serviços da REDE SIMN nas
diversas áreas de trabalho. Devemos ser uma rede mundial eficaz,
eficiente e significativa na definição e implementação de respostas
concretas aos desafios da mobilidade humana, defendendo a
dignidade e os direitos dos migrantes. Na era em que vivemos, era do
CONHECIMENTO, temos que definir claramente nossa MISSÃO,
OBJETIVOS, LINHAS DE AÇÃO E PRÁTICAS INSTITUCIONAIS que
mostrem UNIDADE (serviços, defesa, pesquisa, qualificação,
sustentabilidade), EFICIÊNCIA local e CONVIVÊNCIA entre
instituições, tendo uma: Marca única – Mensagem única - Equipe
única. Pelo CIBAI estiveram presentes: Pe. Lauro, Prof. Jurandir e a
Advogada Tatiana. Agradecemos ao SIMN pela iniciativa e apoio.
IMPRESSÃO
GRÁFICA E EDITORA SOLIDUS LTDA
Fone: 3334.0040
Horário das Missas
De Terça a Sábado: 18h30
Domingo: 9h30 e 18h30
1º Domingo - 18h30 - Missa em Italiano
3º Domingo: 11h – Missa em Coreano
MISSA DO MIGRANTE NA CATEDRAL
Ajude-nos a ajudar. Colabore
com nossas atividades:
Banco do Brasil
Agência: 1276-9
Conta Corrente:
15884-4
O frio
Dói!
em nome de CIBAI Migrações
Atendimento aos imigrantes na Paróquia
Segunda (Lunes) a Sexta (Viernes)
das 9h - 11h45 e 13h - 18h
Secretaria:
Seg. a Sex.:das 8h30 - 11h45 e 13h - 18h
Sábado: das 8h - 12h

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