Tilápia, a estrela da piscicultura capixaba

Transcrição

Tilápia, a estrela da piscicultura capixaba
Informativo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Ano XiII - nº 211 - OUTUBRO/2009
Atenção ao
registro de armas
Divulgação
Tilápia, a estrela da
piscicultura capixaba
Antonio Moreira
Página 3
Secretaria Eficiente
chega a Cachoeiro
SR Cachoeiro de Itapemirim
Página 5
Aftosa: mudanças
na vacinação
Comunicação/Idaf
A piscicultura é uma forma de diversificar a produção e oferecer produtos
com maior valor agregado
Página 11
Páginas 6 e 7
EDITORIAL
Campo legal
Averbação da Reserva Legal
- Impossível a regularização das propriedades rurais
no prazo vigente.
- O setor busca solução via atualização da legislação
ambiental.
O Decreto Presidencial 6.686, de 12 de dezembro de 2008,
altera o decreto 6.514 de 22/07/2008, e resolve, entre outros
itens, que primeiramente a fiscalização dos órgãos ambientais
TERÁ QUE NOTIFICAR O PROPRIETÁRIO PARA QUE ESTE
PROMOVA A AVERBAÇÃO no prazo de 120 dias (parágrafo
primeiro). Durante o prazo previsto a penalidade (multa) não
poderá ser aplicada.
Se isso não ocorrer (no caso, a apresentação da AVERBAÇÃO realizada), por culpa do órgão ambiental (e não há prazo
legal para os órgãos promoverem a averbação...) não caberá
punição pela inação dos órgãos.
O produtor dispõe de um prazo de quatro meses para se
regularizar. Toda esta situação é regida pelo Código Florestal
cuja proposta de reformulação tramita no Congresso, há mais
de 10 anos, não devendo, naturalmente, ser aprovado este
ano.
No próximo ano, será tema prioritário da categoria dos produtores rurais que promoverão debates e audiências alicerçadas em critérios técnicos e científicos, propondo flexibilização
de conceitos, de Florestal para Ambiental, e propondo a inserção de regras explícitas também para as áreas urbanas.
O ajuste exigido para os produtores às atuais regras para
o prazo fixado de 11/12/2009 é absolutamente inexeqüível, e
remete quase 60% de todas as propriedades rurais do país à
sujeição de penalidade, o que é absolutamente injusto.
A flexibilização necessária para a implementação do Decreto 6.686 deverá ocorrer no prazo mínimo de um ano, tempo
tanto requerido pelos produtores rurais como adequado para
a reforma do Código Florestal.
Não podemos aceitar que uma legislação ultrapassada e
totalmente destoante da realidade, penalize uma categoria
valorosa, criminalizando-a injustamente.
Estamos atentos a toda a movimentação, cobrando e
apresentando reivindicações do setor aos parlamentares de
quem esperamos atitudes coerentes, competentes e justas
com nosso segmento.
EXPEDIENTE
Júlio da Silva Rocha Jr.
Presidente da Faes
2
Aquisição de CPR
com recursos do Funcafé
RESOLUÇAO 3.800
II - prazo de reembolso: 4
(quatro) anos, sendo que a primeira parcela deverá ter vencimento
até:
a) 31 de outubro de 2009, para as
operações contratadas até 30 de
setembro de 2009;
b) 31 de outubro de 2010, para as
operações contratadas a partir de
1º de outubro de 2009;
III - encargos financeiros:
a) até 30 de setembro de 2009,
taxa efetiva de juros de 7,5% a.a.
(sete inteiros e cinco décimos por
cento ao ano); e
b) a partir de 1º de outubro de
2009, taxa efetiva de juros de
6,75% a.a. (seis inteiros e setenta
e cinco centésimos por cento ao
ano);
VII - prazo para contratação:
até 18 de dezembro de 2009; e
”(NR)
Art. 2º Esta resolução entra em
vigor na data de sua publicação.
Dispõe sobre a linha de crédito
para financiamento da aquisição
de Cédula de Produto Rural (CPR)
com recursos do Fundo de Defesa
da Economia Cafeeira (Funcafé).
O Banco Central do Brasil, na
forma do art. 9º da Lei nº 4.595,
de 31 de dezembro de 1964, torna
público que o Conselho Monetário
Nacional, em sessão extraordinária
realizada em 16 e 19 de outubro
de 2009, tendo em vista as disposições dos arts. 4º, inciso VI, da
referida lei, 4º e 14 da Lei nº 4.829,
de 5 de novembro de 1965, 6º da
Lei nº 10.186, de 12 de fevereiro
de 2001, e 53 da Lei nº 11.775, de
17 de setembro de 2008,
R E S O L V E U:
Art. 1° O art. 1º da Resolução nº
3.643, de 26 de novembro de 2008,
alterado pela Resolução nº 3.720,
de 30 de abril de 2009, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art.1º
Brasília, 19 de outubro de 2009
I - objetivo: financiar a liquiHenrique de Campos Meirelles
dação de dívidas de café vincuPresidente
ladas à Cédula do Produto Rural
(CPR), física ou financeira, com Para mais informações sobre a
vencimentos contratuais previs- Resolução consulte o Jurídico da
tos até 31 de dezembro de 2007, Faes ou o de seu Sindicato.
inclusive aquelas com vencimento
até 2007 substituídas para venciValdirene Ornela
mento em 2008 ou 2009, emitidas
da Silva Barros
por produtores rurais ou suas coAssessora Jurídica
operativas;
Coordenadora-Faes
O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado do Espírito Santo (SENAR-AR/ES).
FAES: DIRETORES: Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-presidente), Abdo Gomes (3º
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Priscila Norbim - Textos: Priscila Norbim, Marcelle Desteffani e Lisandra Barbiero - Colaboradores: Neuzedino Assis, Ivanete Freitas, Maria Tereza Zaggo, Suely Zago,
Penha (João Neiva), Cláudia Bandeira e Hildeberto Pigatti (Cachoeiro de Itapemirim) e Ricardo Saar. Editoração: Interativa Marketing e Comunicação (27) 3222-2908.
Registro de armas pode
ser feito via internet ou Correios
P
Aqueles que não fizerem o cadastro ou recadastro de armas de fogo até 31 de dezembro
estão sujeitos à multas e punições.
rodutores rurais devem
ficar atentos ao prazo
para registro obrigatório de armas de fogo. Até
o dia 31 de dezembro quem
possui qualquer tipo de arma
com registro estadual ou federal que tenha sido emitido
antes de 22 de dezembro de
2003, e que ainda não trocou
pelo Registro Federal de
Arma, deve providenciar seu
cadastro, que pode ser realizado também pela internet.
O registro é obrigatório,
visando controlar as armas
que circulam em todo o país
e dificultar o acesso de
criminosos aos artefatos.
Como explica o delegado
f e d e r a l , Wa l a c e Ta r c í s i o
Pontes.
“O registro é uma
imposição legal e obrigatória para todo tipo de
arma de fogo. Sendo a arma
utilizada para segurança,
caça ou apenas como um artigo de decoração o registro
é indispensável e fundamental para a própria segurança
do proprietário”, enfatiza.
Punições
A partir de 01 de janeiro
de 2010 os registros antigos
perderão a validade, por
isso, quem não fizer o cadastro estará cometendo crime,
passível de pena de detenção de um a três anos, além
do pagamento de multa.
Para facilitar a adequação
ao Estatuto do Desarmamento, o cadastramento pode ser
feito de duas maneiras. A primeira é inteiramente gratuita,
realizada pelo site da Polícia
F e d e r a l ( w w w. d p f . g o v. b r ) .
Nesse caso, o proprietário
da arma receberá um registro
provisório e terá 90 dias para
dirigir-se a uma unidade da
Polícia Federal para obter o
registro definitivo.
A segunda alternativa dá
a possibilidade de realizar o
registro em qualquer unidade
dos correios. Para isso, é
necessário que o portador
leve cópias autenticadas de
i d e n t i d a d e , C P F, c o m p r o vante de residência e dados
da arma (número da série,
Divulgação
espécie, calibre e marca), e
enviar tudo para uma unidade
da Polícia Federal mais próxima. O envio será custeado
pelo próprio proprietário.
O presidente do sindicato
rural de Viana, Abdo Gomes,
destaca a importância do
produtor rural legalizar sua
arma. “O registro é a certeza
de que você esta cumprindo
a lei. O homem do campo
deve estar informado e agir
coerentemente”,
afirma Gomes.
Campanha do
Desarmamento
Armas de fogo REGISTRADAS OU NÃO REGISTRADAS,
de qualquer calibre e procedência, podem ser entregues à
Polícia Federal, mediante recibo e indenização que varia de
R$ 100 a R$ 300, dependendo
do tipo de arma. Não haverá
qualquer tipo de investigação
em relação à origem da arma
ou ao seu portador.
Siga o passo a passo
para legalizar sua arma de fogo
1° PASSO
Preencher o requerimento eletrônico do
registro provisório de arma de fogo disponibilizado no site http://www.dpf.gov.br.
2° PASSO
Após o preenchimento do requerimento eletrônico e a impressão do registro provisório de
arma de fogo em 2 (duas) vias, o interessado
Opção 1: Se sua arma
não possui registro
Leve ainda original e cópia, ou
cópia autenticada, da nota fiscal
de compra ou de comprovação
da origem lícita da posse, pelos
meios de prova admitidos em
direito, ou declaração firmada na
qual constem as características da
arma e a condição de proprietário
– também disponível no site http://
www.dpf.gov.br.
deverá se dirigir à unidade da Polícia Federal
escolhida munido dos seguintes documentos:
1. registro provisório de arma de fogo em
2 (duas) vias, obtido no site da Polícia Federal;
2. original e cópia, ou cópias autenticadas,
da cédula de identidade, CPF e do comprovante
de residência fixa;
3. E também, de acordo com cada caso:
Opção 2: Se sua arma
possui registro expedido
pelos Estados, Distrito
federal ou pela Polícia
Federal antes de
julho de 2004
Leve ainda original e cópia, ou
cópia autenticada, do Certificado
de Registro de arma de fogo
emitido pelo órgão do Estado da
Federação, Distrito Federal ou
Polícia Federal antes de julho de
2004, ou cópia do boletim de ocorrência comprovando seu extravio,
caso o tenha perdido.
3° PASSO
Verificar pelo site da Polícia Federal se o certificado de registro de arma de fogo definitivo foi emitido e retornar à unidade policial para retirá-lo.
Opção 3: Se sua arma
possui registro vencido
expedido pela Polícia
Federal após julho de
2004
Leve ainda original e cópia, ou
cópia autenticada, do Certificado
de Registro de Arma de Fogo emitido pela Polícia Federal depois de
julho de 2004, ou cópia do boletim
de ocorrência comprovando seu
extravio, caso o tenha perdido; e
original da GRU - Guia de Recolhimento da União – comprovando
o pagamento da taxa de R$ 60,00
(sessenta reais), com o “Código da
Receita” n. 140538 - renovação
de registro de arma de fogo (vide
observações abaixo).
Fonte: Site da Polícia Federal
3
Presidente Kennedy no combate
à criminalidade no campo
Produtores rurais da região sul se unem para pedir mais segurança as autoridades
e acabar com os constantes roubos na zona rural
N
o dia 08 de outubro
produtores rurais de
Presidente Kennedy se
reuniram no Ginásio de Esportes do município em uma
audiência pública para tratar
de assuntos relacionados à
segurança e criminalidade no
campo. A reunião contou com
a presença de mais de 200
pessoas e representantes do
poder executivo, legislativo,
judiciário, militar e civil.
A audiência pública foi de
autoria da deputada estadual
Aparecida Denadai, que esteve
presente para debater com os
produtores locais uma solução
aos constantes roubos de gado
e maquinário agrícola de Pre-
sidente Kennedy.
O objetivo da reunião foi
solicitar a Secretaria de Estado de Segurança Pública e
Defesa Social (SESP/ES), a
instalação de uma delegacia
na cidade. O representante
da Faes na audiência pública,
Wesley Mendes, ressaltou a
necessidade de implantar uma
delegacia na região.
“É preciso que o produtor
rural tenha um local para fazer
sua denúncia e ter a certeza
que será investigada. O meio
rural de Presidente Kennedy
só terá segurança quando os
crimes contra as propriedades
rurais passarem a ser investigados”, destaca Mendes.
Propriedade Ativa movimenta Mimoso do Sul
O projeto reuniu cerca de 100 pessoas interessadas em adquirir conhecimentos
para a melhoria da qualidade e produtividade no campo
O
Sindicato Rural de Mimoso do Sul, a Faes e
o Senar/ES realizaram
no dia 17 de outubro mais um
Seminário Propriedade Ativa.
Com o sucesso de sempre,
o projeto reuniu cerca de
100 pessoas, na sede do
sindicato rural patronal do
município.
Os participantes tiveram a
oportunidade de elevar o nível
de conhecimento, de forma
gratuita, no que diz respeito
ao cumprimento da função
social de uma propriedade
rural, garantindo melhoria
da produtividade e qualidade
dos produtos aliado a preservação da natureza.
Com o objetivo de passar
orientações de como promover o lucro e a qualidade dos
bens produzidos, temas como
o aperfeiçoamento da produção de café e de leite foram
abordados e amplamente
debatidos. O técnico do Incaper, Ramiro Teixeira Lima,
e o técnico da Associação de
4
Criadores de Girolando do
Espírito Santo e zootecnista,
Érico Maisano Ribeiro, ministraram, respectivamente, os
temas café e leite.
tirar dúvidas sobre os temas
abordados nas palestras de
forma individual. O presidente da Faes, Júlio da Rocha
Silva Jr., fez questão de res-
saltar a importância da Faes
e do Senar/ES na realização
de projetos que proporcionem
informação e capacitação ao
produtor rural.
Meio Ambiente
A área ambiental também
ganhou destaque, através da
palestra do coordenador do
Conselho de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos da Faes e
engenheiro agrônomo, Murilo
Antônio Pedroni.
Sobre a questão ambiental, Murilo abordou assuntos
referentes à preservação
de nascentes, construção e
licenciamento de barragens
e áreas de preservação ambiental. O palestrante alertou
sobre as infrações para quem
não cumpre a legislação e as
consequências da utilização
incorreta dos recursos hídricos nas propriedades.
Durante a programação, os
especialistas ficaram à disposição dos participantes para
Cerca de 100 pessoas participaram do seminário Propriedade Ativa
realizado em Mimoso do Sul.
Faes
Programa Secretaria Eficiente
contempla três municípios capixabas
Cachoeiro de Itapemirim é o mais novo município selecionado entre os 20 do Brasil para participar de projeto da CNA
O
programa Secretária
Eficiente do Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e da
Confederação da Agricultura e
Pecuária (CNA) começa a ser
implantado em três municípios
do Espírito Santo. Agora Cachoeiro de Itapemirim, no sul
capixaba, também está entre
os 20 municípios brasileiros
contemplados pelo projeto da
confederação, que no Espírito
Santo já acontece em Jaguaré
e Marilândia.
No dia 19 de outubro, Cachoeiro recebeu a visita do assessor técnico da CNA Febiane
Lopes Dias que apresentou a
proposta e finalidade do programa e destacou sua importância
para o desenvolvimento do
município.
“Queremos formar bons gestores nas secretarias municipais
para que as ações propostas
pelo programa sejam realmente
eficientes. O projeto é a porta
de entrada para que o município alcance novos recursos
financeiros de outras instituições, sendo elas, públicas ou
privadas”, destaca Febiane.
SR Cachoeiro de Itapemirim
O que é?
Depois de Jaguaré e Marilândia, agora Cachoeiro de Itapemirim
também participa do projeto, que é nacional.
Nova fase
Já no dia 20, Febiane Dias
se reuniu com produtores e
autoridades locais de Marilândia e Jaguaré, respectivamente, visando acentuar a
importância do programa para
o funcionamento eficiente dos
dois municípios.
Foi a segunda reunião dos
municípios do norte em torno
do assunto. A primeira aconteceu no dia 21 de agosto,
quando o grupo que atuará
no projeto piloto se reuniu na
GranExpoES com o secretário
executivo do Senar Nacional
Omar Hennemann.
“Em uma cidade como Jaguaré que tem mais de 80%
de sua economia oriunda do
agronegócio, nós, produtores
da região norte, não poderíamos estar mais entusiasmados e felizes. O projeto
irá intensificar a atuação da
secretaria municipal de agricultura em prol da melhoria
do trabalho rural”, sintetiza o
presidente do Sindicato Rural
de Jaguaré Carlos Giovanni
Sossai.
O Programa Secretaria Eficiente é realizado pela CNA
e Senar, em parceira com as
federações de cada estado,
com o objetivo de fortalecer as
secretarias municipais de agricultura de condições propícias
para o funcionamento eficiente, auxiliando na estruturação
do planejamento de ações para
promover o fortalecimento do
setor primário no município
e criar formas de estimular o
consumo da produção local.
A idéia é que a partir de seu
fortalecimento a secretaria
municipal de agricultura possa
desenvolver políticas públicas
m a i s e f i c a z e s p a ra o s e t o r
rural e, conseqüentemente,
contribuir para o desenvolvimento econômico, educacional
e social de todo o município.
“O programa é uma oportunidade que vai ao encontro
das necessidades não só do
produtor rural, como também
de toda a sociedade”, afirma
o superintendente do Senar/
ES, Neuzedino Alves.
Renda e saúde através de plantas medicinais
A natureza proporciona ao homem uma infinidade de
renda extra para o produtor rural. “Estimamos que em 2010
plantas com princípios ativos que são usados com finalio mercado para plantas medicinais seja de US$1 bilhão. É
dades terapêuticas e que, entre outras coisas, reforçam
um setor de grandes oportunidades, pois envolve higiene
o sistema imunológico. Na última reuFaes pessoal, artesanato e indústria farmacêunião das mulheres, que aconteceu no
tica”, destaca.
dia 23 de setembro, a coordenadora do
Ao final da palestra, Fabiana frisou que
Projeto Plantas Medicinas do Incaper,
o objetivo principal do projeto é incentivar
Fabiana Gomes Rua, levou para a
o produtor rural capixaba a se inserir na
Faes todo o seu conhecimento na área
cadeia produtiva de plantas medicinais,
e ensinou a aproveitar os benefícios
utilizando os recursos naturais com viabique a natureza oferece.
lidade ambiental, não somente extraindo
Ela falou da importância da utilicomo cultivando as plantas. A responsazação das plantas para a prevenção
bilidade social do homem do campo é um
e cura de doenças e salientou que o
beneficio para toda a sociedade, pois gera
As mulheres conheceram diversas espécies
medicinais e suas utilizações.
cultivo pode se tornar uma fonte de
emprego e renda na área rural.
5
Tilápia, a estrela da p
O estado produz quatro mil toneladas de Tilápia por ano
O
Brasil possui um grande potencial para o
desenvolvimento da
piscicultura, devido ao clima
favorável e a disponibilidade
hídrica adequada. A atividade
responde por cerca de 5% do
Produto Interno Bruto – PIB
nacional. Em média, são produzidas 220 mil toneladas de
peixes anualmente, segundo
dados da Organização das
Nações Unidas para Agricult u r a e A l i m e n t a ç ã o – FA O .
150 mil brasileiros trabalham
na aquicultura, sendo a maioria microprodutores.
O mercado piscicultor
está em ascensão no Espírito
Santo, que produz quatro mil
toneladas de Tilápia anualmente. A tendência é de que
a p r o d u ç ã o a u m ent e de 10
a 15% ao ano, entre 2010 e
2015. O norte do estado é
a região que se destaca na
piscicultura.
Para começar a produzir,
o criador precisa de capacitação, além de um local
adequado para a realização
da atividade, com qualidade
e quantidade adequadas de
solo, água e topografia, conforme destaca o instrutor do
treinamento da área, Fabiano
Giori.
“A piscicultura gera renda
para os produtores rurais,
desde que se faça o uso de
técnicas aprimoradas que
contribuam para o bom an-
damento da atividade e que
considerem a mesma como
um empreendimento. O planejamento é algo indispensável para o sucesso”, afirma
Fabiano.
Tilápia
90% dos pedidos de alevinos (filhotes de peixes) no
Espírito Santo são de Tilápia.
A espécie que possui grande resistência a doenças,
Antonio Moreira
A atividade é uma forma de diversificar a produção e oferecer produtos com maior valor agregado.
6
piscicultura capixaba
o. A tendência é que o número cresça nos próximos anos
permite altos níveis de produtividade e baixos custos
de produção. Além disso, se
desenvolve em vários amb i e n t e s e com sistemas de
produção diferentes.
O peixe se alimenta basicamente de proteína vegetal,
possui grande mercado potencial, e pode ser comercializado de diversas formas:
inteiro, fresco, congelado, em
filés, entre outras.
O rendimento do filé de
Tilápia é de 35%. Seus resíduos que respondem por 65%
do peixe podem ser transformados em farinha (18%) e
óleo (12%).
Outras espécies de peixes
cultivadas no Espírito Santo
são a Carpa e o Tambaqui, em
sistemas como os do “pesque
e pague”, sem grande interesse de comercialização.
O instrutor Fabiano Giori
deixa um alerta para os piscicultores: “É necessário que
os produtores fiquem atentos
desde a aquisição de alevinos
até o abate, passando por
todo processo de produção,
tomando alguns cuidados,
especialmente com a qualidade da água, alimentação,
predadores e doenças”.
Comercialização
O escoamento da produção de peixes no Espírito
Santo varia muito. Ele pode
ser comercializado in-natura
ou beneficiado (filé), dependendo do volume de produção
e da região.
Atualmente, a tilápia apresenta custo em torno de
R$2,30 a R$2,80 por quilo
produzido e o preço de venda
varia de R$3,20 até R$5, sendo a ração responsável por
80% do custo de produção. O
produtor ainda pode agregar
valor ao produto comercializando o filé, que possui preço
de venda mais elevado: R$ 15
em média.
Conheça a experiência
de quem já está na área
Fabiano Giori
Aproveitamento
dos resíduos
No Espírito Santo, o couro do peixe é aproveitado
p a r a a fa b r ic a ç ão de pur uruca. Da carcaç a p r o d u z - s e
a farinha, porém ainda em
p e q u e n a q u a n ti dade. O c ur timento do cour o a m e n i z a a
poluição ambiental, devido
à redução da quantidade
de resíduos de s p e j a d o s n a
n a tu r e z a .
Outros produtos são fabricados a partir dos restos
d a Ti l á p i a n o B r a s i l : p o l p a
de peixe, empanados, alm ô n d e g a s , h a m b ú r g u e r,
quibe, molho de macarrão.
Do couro nascem mantas,
calçados, acessórios, móv e is e g e la tin a .
O Se n a r /ES r ealiz a t r einamentos para o c u r t i m e n t o
d e p e le s d e p e i x es a f im de
ser utilizada como matéria
prima de artesanatos. Da
p e le c u r tid a p o dem s er pr oduzidas peças artesanais,
ensinadas na capacitação
com o objetivo d e a u m e n t a r
a r e n d a d a fa mí lia r ur al.
Fique ligado!
O Senar/ES já realiza treinamento em Piscicultura e Artesanato em Couro de Peixes. Os interessados podem obter
informações através do telefone (27) 3185-9202 ou pelo site
www.faes.org.br
Cooperativa Sustentável
Uma alternativa para aqueles que desejam investir em
piscicultura, mas não têm recursos suficientes é formar
uma cooperativa. A Associação de Pescadores da Lagoa
Juara, do município da Serra, é um bom exemplo de cooperativa que vem dando certo. Fundada em 2002, pelo
pescador autônomo Elias Floriano Fegem, a associação
conta atualmente com 31 associados.
A proposta da cooperativa era obter renda que pudesse
sustentar as famílias e reduzir a problemática gerada na
região em razão da diminuição dos estoques naturais de
peixe devido à pesca ilegal e à poluição das águas.
“O nosso desejo de trabalhar e garantir o nosso sustento através da piscicultura só se deu com a nossa união.
A associação é a melhor forma de se investir quando não
se tem recursos”, destaca um dos associados da Lagoa
Juara, Reinaldo Pereira Bonfim.
O projeto de piscicultura da Lagoa do Juara desenvolve
na Serra a piscicultura em tanques-rede. Em menos de
sete anos, a associação tornou-se uma cooperativa autosustentável. Com 150 tanques de criação, duas balsas de
apoio, duas embarcações e equipamentos diversos para
a prática da piscicultura, a associação produz cerca de
uma tonelada por mês e se dedica apenas a produção
de tilápias tailandesas, devido a sua boa resistência e
desenvolvimento rápido.
No dia 3 de abril deste ano a associação inaugurou o
Restaurante do Projeto de Piscicultura, que vem fazendo
sucesso na região da Serra e agregou valor aos produtos
da associação.
7
Sindicato promove sustentabilidade
no campo e seguro agrícola
Os produtores rurais de Ibiraçu e João Neiva encontram no Sindicato Rural da região
o apoio e a representatividade que precisam para o desenvolvimento do setor
M
ais que trabalhar
pela formação profissional do homem
do campo, o Sindicato Rural
de Ibiraçu, que tem extensão de base em João Neiva, ambos no norte capixaba, atua defendendo temas
de grande relevância para
o meio rural, como a sustentabilidade econômica e
socioambiental, e políticas
agrícolas que atendam ao
segmento.
O presidente do Sindicato,
José Alonso Cometti, conta
que a instituição tem como
meta melhorar a vida no
campo, por isso, entre outras
ações, trabalha na parceria
com órgãos e empresas no
intuito de desenvolver um
projeto sustentável para
adequar a legislação ambiental e trabalhista à realidade rural.
Alonso acredita no lema
“a união faz a força”. Neste sentindo o sindicato tem
trabalhado ativamente para
unir os produtores rurais.
Outra meta que o Sindicato Rural de Ibiraçu e João
Neiva é abraçar campanhas
da Faes e da Confederação
da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), para lutar por
um seguro agrícola.
“É necessário que o trabalho do campo cubra os
custos de produção dando a
possibilidade que o produtor
rural obtenha uma margem
de lucro para retornar suas
atividades com eficiência e
qualidade”, ressalta.
Profissionalismo
no campo
O Sindicato Rural de Ibiraçu e João Neiva tem como
objetivo garantir a valorização do produtor rural e seus
familiares visando à melhoria da qualidade de vida do
produtor e garantindo melhores resultados na produção e ampliação do agronegócio nos dois municípios.
É por isso, que treinamentos, cursos e seminários
voltados para a agricultura
são realizados pelo sindicato frequentemente, com o
intuito de investir na qualifi-
SR Ibiraçu/João Neiva
cação do homem do
campo, o que facilita o seu trabalho
no meio rural e o
capacita para atuar
em diversas atividades.
Somente
em
2009, o sindicato já
disponibilizou treinamentos em formação profissional
e promoção social
de vaqueiro, inse- O presidente José Alonso tem o desafio de conseguir
que produtor usufrua de todo o potencial ofertado
minação artificial
pelo Sindicato, Faes e Senar.
de bovinos, sangrador de seringueira,
cafeicultura e apicultura, e cacau, o agronegócio nas
corte e costura, culinária, regiões de Ibiraçu e João
Neiva, têm despontado com
café, entre outros.
a ajuda dos trabalhos desenvolvidos pelo Sindicato
Economia apoiada
Rural, que tem servido de
no agronegócio
apoio para os produtores
A influência italiana é uma rurais.
das caracteristicas dos municipios de João Neiva e Ibiraçu.
Composto de pequenas
e médias propriedades, na
maioria com economia familiar e de atividade mista,
como café, gado, eucalipto
Sindicato Rural
de Ibiraçu/ João Neiva
Rua: Sarcinelli Antônio, 118
Centro - João Neiva - ES
Telefone: (27) 3258-1292
E-mail: [email protected]
SR Fundão
Agricultura orgânica
em Fundão
Nos dias 28, 29 e 30 de setembro, o Sindicato Rural
de Fundão realizou mais uma capacitação. Dessa vez,
os participantes receberam treinamento em Agricultura
Orgânica e aprenderam técnicas de compostagem,
inseticida natural, irrigação natural e como produzir biofertilizantes. O treinamento foi ministrado pelo instrutor
do Senar/ES Paulo Hadaik na propriedade de Ricardo
Broseghini, na comunidade de Pasto Fundão. O evento
contou com a parceria do Senar/ES, Faes, Incaper e
Prefeitura Municipal de Fundão.
8
Os formandos de Fundão agora estão aptos a atuarem na produção
de produtos orgânicos
Cana Limpa garante
qualidade na produção canavieira
O treinamento do Senar ensina a trabalhadores de usinas os cuidados do plantio à colheita da cana
A
Através do treinamento Cana Limpa o
setor sucroalcooleiro capixaba recebe atenção redobrada. Somente no
mês de novembro o Senar/
ES e a Faes realizarão dez
capacitações na área. Todos em Conceição da Barra.
O município é destaque na
produção de álcool, através da Companhia de Álcool
Conceição da Barra – Alcon,
única usina sucroalcooleira
do estado que realiza a secagem da levedura, com capacidade de produção diária
de 400 mil litros.
Quem participa do treinamento Trabalhador na Produção de Cana de Açúcar
– Cana Limpa aprende sobre qualidade do corte para
a obtenção de uma matéria
prima livre de impurezas,
uso correto dos equipamentos de proteção individual
(EPI), cuidados com o meio
ambiente, saúde (hidratação, higiene, ginástica laboral), segurança no transporte e as transformações que
ocorreram em relação à profissão ao longo dos anos.
Através do treinamento
é possível alcançar maior
eficiência no corte de canade-açúcar, o que aumenta
a produtividade, além da
melhorar a qualidade da
matéria-prima. Com manuseio correto dos EPIs, os
trabalhadores garantem um
ambiente de trabalho mais
limpo e seguro.
capacitação é oferecida para
empresas e que cada turma
reúne 40 profissionais.
“O treinamento, além de
promover a capacitação profissional e o bem-estar social dos trabalhadores do
corte, garantirá para a usina benefícios como: aumento da produção e dos lucros,
redução de perdas e desper-
Fique de olho em alguns treinamentos que acontecem em Novembro
Ação/ Atividade
Tratorista Agrícola
Melhorias
A instrutora, Janilda de
Fátima Ferreira, conta que a
CANA LIMPA
Divulgação
Produção de Embutidos e
Defumados de Carnes
Pintura em Tecido
Apicultura - Módulo I
Em novembro, Conceição da Barra receberá dez treinamentos do Cana Limpa.
dícios, aumento da segurança, mais qualidade no corte
da cana e diminuição dos
riscos de acidentes”, conta
Janilda.
A empresa sucroalcooleira que quiser disponibilizar
o treinamento Cana Limpa
para seus funcionários deve
procurar o Senar/ES através
do telefone (27) 3185-9202.
Início
02/11
09/11
30/11
03/11
04/11
05/11
06/11
07/11
08/11
09/11
10/11
11/11
12/11
03/11
17/11
04/11
Município
Cachoeiro de Itapemirim
Pedro Canário
Pedro Canário
Conceição da Barra
Viana
Atílio Vivácqua
Barra de São Francisco
04/11 Vargem Alta
Merendeiras
05/11 Rio Bananal
Administração Rural
09/11 Burarama
Produção de Derivados do Leite
Aplicação de Agrotóxicos
10/11
11/11
16/11
18/11
Cafeicultura - Programa Renovar
Arábica - Módulo II
11/11 Alto Rio Novo
23/11 Venda Nova do Imigrante
Associativismo
17/11 Conceição da Barra
Doma Racional de Equídeos
30/11 Ecoporanga
Produção de Conservas Vegetais
30/11 Vargem Alta
Fundão
Atílio Vivacqua
Pedro Canário
Guaçuí
9
Bom momento da pecuária
engorda PIB do agronegócio
No dia da Pecuária o setor comemora sua importância na economia capixaba
E
m 14 de outubro é
comemorado o Dia da
Pecuária. O Espírito
Santo se destaca no setor
por possuir um rebanho bovino de 2.053.841 cabeças,
o que corresponde a 21% do
Produto Interno Bruto – PIB
da agricultura na economia
capixaba, segundo dados do
Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito
Santo – Idaf e do Instituto
Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão
Rural – Incaper.
Destacam-se como criadores de gado os municípios
de Ecoporanga, Montanha,
Mucurici e Linhares.
Devido à importância do
segmento, a Faes e o Senar
desenvolvem constantemente ações a favor dos pecuaristas. Destacam-se entre
elas a preocupação com o
controle e a erradicação
da brucelose no rebanho
bovino.
Além disso, a criação das
Comissões da Pecuária de
Corte e de Leite foi responsável por maior assistência
ao produtor rural, visto que
fazem a ligação com o governo.
Dezenove diferentes treinamentos voltados para o setor pecuário são realizados
pelo Senar/ES, ensinando
sobre o manejo do rebanho,
a ordenha mecânica, a inseminação artificial, a alimentação de bovinos, entre
outros assuntos.
Erradicação de
doença do gado
A melhoria da cobertura
vacinal contra a brucelose
é o que visa o projeto de
10
erradicação da doença elaborado pela Faes, Senar/
ES e Seag, que faz parte
do Programa Nacional de
Controle e Erradicação da
Brucelose.
O programa está em fase
de implantação e contribuirá
com a redução da prevalência e incidência da zoonose,
certificará propriedades livres da doença, padronizará
Pecuária leiteira
O presidente da Comissão
de Pecuária de Leite da Faes,
Rodrigo Monteiro, conta que
o segmento evoluiu geneticamente e se profissionalizou,
em contrapartida atualmente
os preços do produto estão
a desejar.
“Houve grande evolução
em nosso sistema de produDivulgação
leite que é de 480 milhões
de litros.
De olho no controle da
qualidade do produto, o
Senar realiza treinamento
sobre qualidade do leite. Os
pecuaristas têm a chance
de conhecerem o Programa
Nacional de Melhoria da
Qualidade do Leite, além de
aprenderem na prática a produção leiteira com qualidade,
bem como sobre mastite, nutrição, manejo, melhoramento de gado de leite e noções
básicas de cooperativismo.
Aumentar a rentabilidade da
atividade leiteira é o objetivo
da capacitação.
Melhoramento
genético capixaba
A população bovina é de 2.053.841 cabeças e responde por 21% do
PIB da agricultura na economia capixaba.
o controle junto ao código
sanitário internacional, melhorará o padrão sanitário
capixaba e agregará valor
aos produtos de origem
animal. A meta é que até
2014, 85% das bezerras
existentes no estado estejam
vacinadas.
Segundo o superintendente do Senar/ES, Neuzedino Alves, mais de R$
640 mil serão investidos no
projeto, que tem parceria do
I d a f , S e a g , I n c a p e r, M i n i s tério da Agricultura (Mapa)
e OCB/ES.
ção e genética bovina, o que
deixou a desejar foi a queda
dos valores pago ao produtor rural neste período. Por
questões de mercado, como
a diminuição de consumo e
o excesso de produção, o
pecuarista vem sendo prejudicado”, explica.
Ecoporanga se destaca
como o maior produtor de
leite do Espírito Santo, com
produção de 120 mil litros
por dia, gerados por mais de
200 mil cabeças de gado que
possui. Isso contribui com a
produção capixaba anual de
O Espírito Santo tem se
destacado na criação de gado
de elite (com carga genética
forte) e no melhoramento
genético. A fazenda Porco
do Engenho de Cariacica e
Santa Leopoldina recebeu,
em 2008, premiação no Programa de Melhoramento Genético de Raças de Corte –
Paint por contar com a maior
evolução genética do Brasil
e do Paraguai, dois países
participantes do programa.
Este ano, a mesma fazenda
apresentou o maior número
de certificações de animais
melhorados geneticamente.
“É fundamental o ganho
genético constante e as
correções dos animais para
aprimorar o gado brasileiro
e aumentar a produtividade.
Te m o s s e m p r e a p r e o c u pação de melhorar a raça
e aumentar a fertilidade”,
destaca Dailson Laranja,
proprietário da fazenda Porco do Engenho.
Produtor terá que informar
sobre rebanho após vacinação
Agora os produtores devem entregar a segunda via da nota fiscal e preencher um cadastro com
informações de seu rebanho. A 2ª etapa da vacinação acontece entre 1° e 30 de novembro.
N
No dia 1° de novembro
tem início a segunda
etapa da vacinação
contra Febre Aftosa, que vem
com mudanças. Agora, depois
de proceder a vacinação, os
criadores devem entregar a
segunda via da nota fiscal e a
ficha de classificação do rebanho no escritório do Idaf.
Todos os animais (bovinos
e bubalinos) do rebanho capixaba devem ser vacinados
até o dia 30 de novembro.
Inclusive, o gado que recebeu
imunização na primeira etapa
da vacinação, realizada em
março, e os bezerros recém
nascidos.
O criador de gado deverá
comprar a vacina nas casas
agropecuárias ou em lojas
veterinárias credenciadas pelo
Idaf. A dose custa, em média,
R$1,30. Ao efetuar a compra,
o produtor deverá exigir a ficha
de classificação de bovinos
vacinados e a 2° via da nota
fiscal de compra da vacina.
ção de bovinos vacinados
Se preferir o pecuarista
poderá realizar a vacinação em
conjunto, porém, deverá preencher a ficha de classificação
individualmente. Caso tenha
mais de uma propriedade, a
ficha de classificação deverá
ser preenchida para cada
uma delas. Caso uma mesma
propriedade tenha a criação de
bovinos e búfalos, o proprie-
Animal (GTA), documento que
permite a comercialização e
trânsito dos animais.
O produtor que não efetuou o pagamento do Fundo
Emergencial de Promoção da
Saúde Animal do Estado do
Espírito Santo (Fepsa) na última campanha, realizada em
março, deverá fazê-lo neste
momento.
O Fepsa foi criado para
Comunicação/Idaf
Reunião da
Comissão de
Pequenas
Propriedades
Passo a passo
Em um segundo momento,
após vacinar seu rebanho, o
produtor deverá preencher a
ficha de classificação, lembrando de relacionar corretamente o número de animais
existentes e a quantidade
que foi vacinada por sexo e
idade.
O número de gado inserido
na ficha de classificação será
cadastrado no Idaf. Por isso,
é necessário que o número
indicado pelo criador seja exatamente igual ao de animais
existentes na propriedade. Assim, o produtor deve aproveitar
a vacinação para contagem do
rebanho e, somente depois,
preencher a ficha de classifica-
considerado território livre da
zoonose com vacinação.
De acordo com a médica
veterinária do Idaf, Luciana
Caldas, a vacinação é extremamente importante para o
desenvolvimento saudável do
gado. “Não existe tratamento
contra a Febre Aftosa e sim
medidas profiláticas específicas, que consistem na tomada
de ações para a imunização
do rebanho, que se dá pela
utilização da vacina. Portanto,
a vacina é a melhor opção para
prevenir a doença e garantir
rebanhos sadios”, afirma.
Todos os bovinos e bubalinos devem ser vacinados contra Febre Aftosa
entre 1° e 30 de novembro.
tário irá preencher uma ficha
de classificação especificando
cada espécie animal existente
em sua área pastoril.
GTA
Depois do rebanho vacinado, o produtor rural deve levar
a nota fiscal da compra das
vacinas juntamente com o cadastro preenchido ao escritório
do Idaf, localizado no mesmo
município da sua propriedade,
para atualizar a ficha do criador. Desta forma, o produtor
terá acesso a Guia de Trânsito
garantir ao produtor rural um
seguro para indenizá-lo, caso
ocorra algum foco da doença.
Para fazer parte do Fepsa,
o produtor deverá contribuir
com R$ 0,10 (dez centavos)
por cabeça de bovinos no momento da atualização da ficha
cadastral de seu rebanho, que
será realizada no Idaf.
Importância
Desde 1996 o rebanho capixaba não apresenta qualquer
incidência de Febre Aftosa e é
Nos dias 23 e 24 de novembro, a Comissão Nacional da Pequena Propriedade
da CNA realizará, na sede
da entidade, em Brasília,
a primeira reunião sob o
comando de seu novo presidente, Júlio da Silva Rocha
Júnior, que também preside
a Faes e é vice-presidente
Executivo da Confederação.
No encontro, a coordenadora de Assuntos Econômicos da CNA, Rosemeire
Santos, ministrará um curso
sobre crédito rural e renegociação de dívidas. O objetivo é facilitar o entendimento
de técnicos e auxiliares das
Federações de Agricultura
e Pecuária no atendimento
aos produtores rurais para a
repactuação dos débitos.
11
MAIS
Muniz Freire forma ordenhadores
A produção do leite de qualidade está relacionada à saúde
da vaca e às condições higiênicas durante a ordenha. Por
isso, a Faes, o Senar/ES e o
Suely Zago
A nova turma aprendeu todas as
etapas para um ordenha de qualidade.
Sindicato Rural de Muniz Freire
realizaram entre os dias 29 de
setembro e 1° de outubro um
treinamento sobre a qualidade
do leite, na localidade de União,
em Muniz Freire.
Durante a capacitação, 15
alunos tiveram a oportunidade
de conhecer boas práticas de
higiene do leite, aplicação correta de medicamentos intramamários, rotinas para ordenha e
prevenção e controle de mamite. Os participantes, também
aprenderam conceitos teóricos
do normativo n° 51, editado
pelo Ministério da Agricultura
que trata sobre a regulamentação técnica de produção,
identidade, qualidade, coleta e
transporte do leite no país.
A capacitação foi ministrada pela instrutora Suely
Prates Zago, que destacou
a importância de o produtor
rural conhecer corretamente
a cadeia produtiva do leite.
“Para nos mantermos como
bons produtores no mercado é
preciso conquistar a confiança
dos nossos consumidores e
das grandes indústrias. Essa
confiança está pautada na qualidade da produção leiteira”.
Instrutora capixaba na CNA
A convite do secretário executivo do Senar Nacional Omar
Hennemann a instrutora de
Castelo Kelly Cristina Alves
Feitosa irá realizar entre os
dias 09 a 14 de novembro dois
treinamentos de Culinária do
Café em Brasília, Distrito Federal. Os cursos, que individualmente possuem carga horária
de 24 horas, têm como objetivo
apresentar a possibilidade de
utilização do café das mais
variadas formas.
No decorrer da capacitação,
além de uma parte teórica sobre higiene, boas práticas de
produção e confecção do café,
algumas dicas sobre o preparo
e curiosidades da bebida mais
consumida do país, serão apresentadas aos alunos. Dicas de
culinária também não vão faltar
no treinamento, serão mais
de 22 receitas, dentre elas:
biscoitos, doces, bolos, pães e
bebidas que têm como matéria
prima o café.
Senar
ANIVERSARIANTES DE NOVEMBRO
18/11
19/11
23/11
24/11
25/11
27/11
28/11
29/11
29/11
03/11 Antonio Joaquim Souza Neto
03/11 Nilson Izoton de Almeida
06/11 Maria da Penha Oliveira Paulúcio
07/11 João Calmon Soeiro
10/11 Marlene Busato
Rodrigo José Gonçalves Monteiro
Paulo Félix da Cruz
Afonso Luis Assari
José Manoel Monteiro de Castro
Nelson Broetto
Dejair Paiva Garcia
Antonio José Baratela
Nilton Falcão
Olindo Pim Paulúcio
Pres. S. R. de São Gabriel da Palha
Pres. S. R. de Vila Valério
Esposa do Pres. S. R. de Muniz Freire
Vice Presidente da Faes
Pres. S. R. de Venda Nova do Imigrante
Pres. S. R. de Jerônimo Monteiro
Esposo da Pres. S. R. de Anchieta
Presidente do S. R. de Pedro Canário
Pres. S. R. de Iconha
Presidente S. R. de Fundão
Esposa do Pres. S. R. de Cachoeiro
Presidente S. R. de Itaguaçú
Pres. S. R. de Domingos Martins
Pres. S. R. de Muniz Freire
Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - torre A - 10º e 11º
andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP: 29056-901
12
Visita técnica
as fazendas
americanas
O presidente da Faes,
Júlio Rocha, representando
a Comissão de Pequenas
Propriedades da Confederação Nacional da Agricultura
e Pecuária (CNA), estará
nos Estados Unidos entre os
dias 31 de outubro e 07 de
novembro. A visita técnica
realizada pela CNA levará um
grupo ao país para elevar o
nível de conhecimento sobre
o funcionamento e organização da agricultura nos EUA.
Será observado, em especial, a utilização de novas
tecnologias, crédito agrícola,
qualificação profissionais,
pequenas propriedades e
assuntos relacionados à proteção e saúde.
Renovar Arábica
completa um ano
O Programa Renovar Arábica está completando um
ano de existência com resultados a comemorar. Lançado
pelo Governo do Estado, por
meio da Seag e do Incaper,
seu objetivo é dobrar a produtividade e a produção do café
arábica capixaba, melhorar a
qualidade do produto e oferecer mais sustentabilidade à
atividade, a partir da renovação e do revigoramento das
lavouras.
Apesar de o programa ter
sido implantado em 2008, as
ações já são trabalhadas com
os cafeicultores, em algumas
regiões, faz cinco anos. Nesse período, foi registrado um
aumento de 33% na produtividade e alta de 21,13% na
produção, mesmo com uma
redução de 9,6% da área
plantada.

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Clique aqui para baixar a versão em PDF Luiz Carlos da Silva, Leomar Bartels, Luiz Malavasi, Erci Calvi, José Silvano Bizi, Jacinto Pereira das Posses, Nilson Izoton de Almeida, Acácio Franco, Marlene Busato, Valdeir Borges da Hora. CONS...

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