Relatório da Administração 2009

Transcrição

Relatório da Administração 2009
CNPJ/MF 33.958.695/0001-78
NIRE nº 33.300.154.469
Companhia Aberta
www.unipar.ind.br
UNIPAR - União de Indústrias Petroquímicas S.A.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2009
1 - MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
CARBOCLORO
A receita líquida acumulada em 2009 atingiu R$ 685,6 milhões, ligeiramente aquém do valor auferido em
2008, de R$ 701,3 milhões, quando os preços de soda/cloro e derivados se encontravam em patamares
superiores aos valores médios praticados em 2009. A correção das cotações internacionais de soda/cloro ao
longo de 2009 acabou refletindo os efeitos da crise financeira deflagrada no final de 2008, com forte
retração da demanda e da atividade industrial no período.
O lucro bruto em 2009 atingiu R$ 287,2 milhões, 10% aquém do registrado em 2008, de R$ 318,7
milhões, o que reflete sobretudo, além da ligeira queda da receita líquida, o maior custo contábil com o
item depreciação ao longo de 2009. Vale recordar que, nos últimos meses de 2008, entrou em operação o
projeto de ampliação, que proporcionou um incremento de 40% da capacidade de produção de soda e
cloro da empresa, atingindo 400 mil t/a e 355 mil t/a, respectivamente.
Em termos de margem bruta, o patamar de 2009 atingiu 42%, contra 45% registrado no exercício anterior.
A dinâmica de preços e seus efeitos sobre a receita líquida supracitados conduziram a Carbocloro à
obtenção de um EBITDA de R$ 219,5 milhões em 2009, cerca de 5% inferior ao valor registrado em 2008,
de R$ 231 milhões. No tocante à margem EBITDA de 2009, se situou em 32%, patamar semelhante ao
verificado pela empresa no exercício anterior.
O lucro líquido acumulado em 2009 atingiu R$ 124,8 milhões, se situando ligeiramente acima do valor
apurado em 2008, de R$ 120,5 milhões. Contribuiu para esse resultado, além dos efeitos supracitados, a
desvalorização cambial ocorrida no exercício e seus efeitos positivos sobre as dívidas da Companhia em
moeda estrangeira.
A Carbocloro encerrou o exercício de 2009 com um endividamento líquido de R$ 195 milhões, referente
basicamente aos financiamentos contratados para o projeto de ampliação, dos quais 69% com
vencimento no longo prazo.
O reconhecimento contábil do “impairment” dos ativos alienados em 2009 atende aos princípios de
convergência das normas brasileiras de contabilidade aos padrões internacionais, que busca assegurar o
registro contábil dos ativos por seus valores de mercado ou de venda.
3 - MERCADO DE CAPITAIS
O comportamento das ações PNB da Unipar, as mais representativas em termos de negócios no mercado de
capitais, pode ser resumido da seguinte forma, ressaltando que o mercado de capitais em 2009 foi
caracterizado pela redução da aversão ao risco e recuperação do principal índice da BM&FBovespa, o
Ibovespa, que apresentou crescimento de 83% no período:
√ As ações PNB da Unipar foram negociadas em todos os pregões realizados em 2009;
√ Foi atingida a marca de 40 mil negociações, uma redução de 17% frente ao patamar de 2008;
√ Ao longo do exercício de 2009 observou-se um crescimento de 76% de sua cotação, acompanhando a
recuperação dos principais índices da BM&FBovespa e refletindo a recuperação dos preços/spreads
internacionais das principais commodities petroquímicas a partir do 2T09;
√ O volume de movimentação financeira atingiu uma média diária de R$ 1,0 milhão, aquém da média de R$
2,9 milhões registrada em 2008.
4- DESEMPENHO DAS EMPRESAS CONTROLADAS DIRETAS - UNIPAR
QUATTOR PARTICIPAÇÕES
No exercício de 2009, a receita líquida consolidada da Quattor Participações alcançou R$ 4.722 milhões,
com um custo dos produtos vendidos de R$ 4.186 milhões, que acabou gerando um lucro bruto de R$ 536
milhões e uma conseqüente margem bruta da ordem de 11,3%.
Com relação ao EBITDA, o desempenho foi semelhante, com a Companhia acumulando uma geração
operacional de caixa de R$ 535 milhões em 2009 e uma margem sobre a receita líquida de cerca de 11,3%
no período.
O resultado líquido de 2009 foi fortemente impactado por efeitos contábeis referentes ao ajuste de
“impairment”, que buscou assegurar o registro contábil dos ativos por seus valores de mercado ou de
venda, ainda em 2009. Sendo assim, a empresa auferiu em 2009 um prejuízo líquido da ordem de R$ 229,2
milhões.
DESCRIÇÃO/EMPRESA
Faturamento Bruto
Faturamento Líquido
Lucro Bruto
Lucro (Prejuízo) Operacional
Resultado Financeiro
Lucro (Prejuízo) Líquido
EBITDA
Patrimônio Líquido
Imobilizado Líquido
Em 2009, o desempenho do setor petroquímico internacional foi impactado pelo acirramento da crise
financeira global e seus reflexos na economia real, com forte retração da atividade do setor e dos
preços/margens das principais commodities no mundo inteiro. Após atingir valores mínimos no final do
1T09, as cotações internacionais das principais commodities petroquímicas esboçaram reação a partir do
2T09, influenciadas sobretudo pelo vigor da economia chinesa, que compensou a retração da demanda
nas principais economias do mundo (EUA e Europa) e otimizou os níveis de utilização de capacidade e
estoques dos produtores.
No âmbito nacional, a tendência foi semelhante, com o setor petroquímico se caracterizando por dois
momentos distintos: (i) 1T09 pouco animador em termos de desempenho operacional e econômico,
reflexo da forte retração da atividade industrial e da demanda por produtos petroquímicos (movimento de
realização de estoques e grande volume de exportações); e (ii) retomada do mercado a partir do 2T09, com
a demanda interna demonstrando sinais de reação e as margens do setor se recuperando gradativamente
a níveis mais saudáveis (período pré-crise).
Diante desse cenário desafiador, a Unipar obteve em 2009 receita líquida de R$ 5.046 milhões, custo dos
produtos vendidos de R$ 4.317 milhões, resultando em um lucro bruto de R$ 729 milhões, o que
corresponde a uma margem bruta de 14,4%, inferior a registrada em 2008, de 16,8%.
A geração de caixa operacional, medida pelo EBITDA, acumulou por sua vez R$ 626,6 milhões em 2009, o
que representa uma margem de 12,4%, ainda assim, superior ao patamar auferido em 2008, de 9%.
Com relação ao resultado líquido consolidado, a Unipar auferiu um prejuízo líquido da ordem de R$ 680,6
milhões, fortemente influenciado pelo reflexo contábil da operação de alienação da totalidade de suas
participações societárias nas empresas Quattor Participações, Unipar Comercial e Polibutenos formalizada
em 22/01/2010.
Não circulante
Realizável a longo prazo
Títulos e valores mobiliários
Impostos diferidos
Impostos a recuperar
Depósitos judiciais
Contas a receber de clientes
Partes relacionadas
Estoques
Bens destinados à venda
Outros créditos
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Diferido
Total do ativo
Nota
5
6
7
10
8
9
19 (b)
11
6
19 (b)
9
7
10
8
12
13
14
15
Controladora
2009
2008
298.364
5.204
4.326
9.091
–
9.387
–
1.181
641.706
556
969.815
437.226
–
–
7.627
–
8.335
–
767
–
755
454.710
103.052
–
–
20.302
–
–
–
–
136
123.490
162.914
5.841
111
–
292.356
1.262.171
85.492
–
–
5.433
–
–
–
–
136
91.061
1.103.147
5.776
313.869
14.664
1.528.517
1.983.227
POLIBUTENOS
A Polibutenos obteve em 2009 receita líquida de R$ 53,9 milhões, ligeiramente superior à alcançada em
2008, de R$ 52,6 milhões. A retração do preço médio das vendas frente ao exercício anterior foi
compensada pelo melhor desempenho comercial em 2009, quando a Polibutenos registrou incremento de
14% nas vendas físicas totais frente ao ano anterior.
O lucro bruto de 2009 atingiu R$ 21,3 milhões, superior em 69% ao resultado auferido em 2008, de R$
12,6 milhões. A queda dos preços médios de venda foi compensada pela retração do custo da principal
matéria-prima - o isobuteno - cuja cotação é atrelada à nafta petroquímica, o que proporcionou à
Polibutenos a obtenção de uma margem bruta em 2009 superior à verificada no exercício anterior (2009:
39% x 2008: 24%).
A recuperação da margem bruta foi refletida no EBITDA, que alcançou no final de 2009 cerca de R$ 17,8
milhões, um crescimento frente ao desempenho verificado no exercício anterior, de R$ 8,9 milhões.
Como conseqüência da recuperação dos volumes de venda e margens da Polibutenos, o lucro líquido
acumulado em 2009 alcançou R$ 12 milhões, o que também representa uma elevação frente ao resultado
atingido no mesmo período de 2008, de R$ 5,4 milhões.
Carbocloro
Unipar
Comercial
Polibutenos
Quattor
Consolidada
887.218
685.639
287.181
175.784
27.273
124.798
219.480
325.830
483.649
358.027
263.010
40.577
12.108
(4.383)
8.448
18.405
27.287
15.300
68.333
53.899
21.289
17.930
1.004
11.957
17.846
16.379
53.485
6.818.110
4.722.348
535.724
(162.574)
(29.775)
(229.151)
534.557
1.265.318
6.053.748
Em Milhares de Reais
UNIPAR
Consolidada
7.342.315
5.045.935
728.673
(674.327)
(67.234)
(680.554)
626.561
347.153
247.666
(ii) reversão de parte do saldo devedor da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial - Lei 11.638/07, no valor de
31/08/2009, conforme 485ª Reunião do Conselho de Administração de 20/08/2009, representará o valor
do dividendo total do exercício de 2009 de R$ 11.212.391,02;
(iv) utilização do saldo total da Reserva Legal no valor de R$ 90.836.928,78 para abater parte do prejuízo do
exercício de 2009. Após essa movimentação e já considerando as deduções acima caracterizadas, o saldo
da conta de Prejuízos Acumulados será de R$ 596.849.143,59.
6.1 - Dividendo do exercício de 2009 - Considerando o disposto no subitem (iii) acima, o valor do dividendo
total do exercício de 2009 será de R$ 11.212.391,02, correspondendo a R$ 0,010 por ação ON, R$ 0,10 por
ação PNA e R$ 0,011 por ação PNB.
R$ 8.053.432,31 para a conta Investimentos e R$ 7.132.328,43 para a conta de Lucros/Prejuízos
7- AUDITORES INDEPENDENTES
6- PROPOSTAS À ASSEMBLÉIA GERAL
A Administração deliberou encaminhar as seguintes propostas aos acionistas na próxima Assembléia Geral,
considerando a inexistência de qualquer destinação face ao prejuízo do exercício de 2009.
(i) reversão de parte da Reserva de Lucros para Investimentos no valor de R$ 8.906.658,32 para a conta de
Lucros/Prejuízos Acumulados, cujo saldo desta Reserva em 31/12/2009, após a reversão aqui caracterizada
e descontado o dividendo complementar do subitem (iii) abaixo, será de R$ 13.286.741,36;
Acumulados. Após estas reversões o saldo da conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial será de zero;
(iii) pagamento de dividendo complementar do exercício de 2009, no valor de R$ 2.305.732,70, da Reserva
de Lucros para Investimentos, para as ações PREF “A”, de modo a atender o dividendo mínimo prioritário
No exercício de 2009, os auditores independentes efetuaram o exame das demonstrações financeiras da
Controladora e das Controladas diretas e indiretas.
A Administração
atribuído estatutariamente a essas ações que, somado ao dividendo no valor de R$ 8.906.658,32, pago em
BALANÇOS PATRIMONIAIS
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
em 31 de Dezembro (Em milhares de reais)
Exercícios Findos em 31 de Dezembro (Em milhares de reais, exceto o prejuízo por ação)
Consolidado
2009
2008
304.703
5.204
35.435
4.279
6.077
18.670
2.131
1.880
641.706
2.242
1.022.327
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Fornecedores
Partes relacionadas
Financiamentos
Impostos a pagar
Impostos diferidos - Lei no 11.638/07
Remunerações e encargos a pagar
Provisão para contingência
Dividendos e juros sobre capital a pagar
Outras contas a pagar
1.207.515
83.103
637.174
21.604
738.832
235.338
19.298
23.766
–
25.549
2.992.179
10
16
17
Não circulante
Financiamentos
Impostos e contribuições a recolher
Imposto de renda e contribuição
social diferidos
Provisão para contingências
Outras obrigações
Passivo atuarial
Receitas diferidas
103.052
85.492
9.073
276.518
6.660
462.462
20.455
8.286
2.430
5.896
–
23.901
5.593
24.887
–
4.764
136
14.498
147.399
906.704
15
2.091
247.666 6.360.900
1.651 1.267.083
123
390.446
396.854 8.927.224
1.419.181 11.919.403
Controladora
2009
2008
Nota
393
4.496
57.268
6.398
2.059
2.514
–
4.889
6.621
84.638
825
20
50.143
5.473
947
5.008
–
20.729
851
83.996
Consolidado
2009
2008
7.275
2.445
89.754
17.688
2.059
10.015
854
4.889
14.683
149.662
188.061
148.727
1.528.263
190.275
947
62.465
3.800
26.991
46.058
2.195.587
16
17
22
Participação de minoritários
Patrimônio líquido
Capital social
Reservas de lucros
Ajustes de avaliação patrimonial
Prejuízos acumulados
820.743
–
857.943
–
2.637
7.000
–
–
–
830.380
–
3.584
5.500
–
–
–
867.027
–
835.498
108.505
–
(596.850)
347.153
1.262.171
835.498
211.892
(15.186)
–
1.032.204
1.983.227
892.361
–
2.637
15.253
11.877
238
–
922.366
–
7.479.631
73.043
10.457
35.296
11.577
15.037
133.847
7.758.888
932.724
20
Total do passivo e patrimônio líquido
(Em milhares de reais)
Capital
social
759.544
–
–
–
75.954
Ações em
tesouraria
–
–
–
(715)
–
Legal
90.837
–
–
–
–
Controladora
2009
2008
Consolidado
2009
2008
Receita bruta de vendas
Mercado interno
–
60.766
6.463.991
6.104.942
Mercado externo
35.690
3.430
878.324
534.435
Impostos e contribuições sobre vendas
–
Receita líquida de vendas
Custo dos produtos vendidos
Lucro bruto
(17.619) (2.296.380) (2.045.172)
35.690
46.577
(34.055)
(46.069) (4.317.262) (3.820.507)
1.635
5.045.935
4.594.205
508
728.673
773.698
Despesas com vendas
Honorários dos administradores e Conselho
10
(241.141)
Despesas administrativas
(1.635)
(1.099)
(350.309)
(5.865)
(6.424)
(21.385)
(24.390)
(69.899)
(114.958)
(241.655)
(287.148)
Outras receitas (despesas)
operacionais, líquidas
25
(493.472)
459.650
(718.542)
389.005
(570.871)
337.169
(1.331.891)
(163.674)
(569.236)
337.677
(603.218)
610.024
Lucro (prejuízo) operacional antes das
835.498
835.498
108.505
211.892
–
(15.186)
(596.850)
–
347.153 1.032.204
1.419.181 11.919.403
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADORA)
Reserva
especial para
dividendos
95.933
–
–
–
–
Nota
Receitas (despesas) operacionais, líquidas
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Nota
Saldo em 31 de dezembro de 2007
Ajustes da Lei nº 11.638/07 por controladas
Ajustes acumulados de conversão - Lei nº 11.638/07
Aquisição de ações em tesouraria
20 (f)
Capitalização de recursos - AGO/AGE de 15 de abril de 2008
Juros sobre capital próprio (por ação: ordinárias - R$ 0,0240;
preferenciais classe A e B - R$ 0,0264)
Dividendos propostos (por ação: ordinárias - R$ 0,0200;
preferenciais classe A e B - R$ 0,0220)
Prejuízo do exercício
Transferência de retenção de lucros para investimento para
pagamento de dividendos e absorção de prejuízos
Em 31 de dezembro de 2008
Ajustes da Lei nº 11.638/07 por controladas
Ajustes acumulados de conversão - Lei nº 11.638/07
12
Dividendos complementares (por ação:
preferenciais classe A - R$ 0,0516)
20 (e)
Dividendos propostos (por ação: ordinárias - R$ 0,0100;
preferenciais classe A e B - R$ 0,0110)
20 (e)
Dividendos propostos (por ação: preferenciais classe A - R$ 0,089)
20 (e)
Prejuízo do exercício
Transferência de reserva legal para compensação de parte do prejuízo
Transferência de retenção de lucros para investimento
para pagamento de dividendos
Em 31 de dezembro de 2009
UNIPAR COMERCIAL
A receita líquida em 2009 alcançou R$ 263 milhões, mostrando-se 9% abaixo da obtida em 2008,
refletindo sobretudo a retração dos preços médios no atual exercício.
O lucro bruto por sua vez atingiu R$ 40,6 milhões, 17% acima do patamar registrado em 2008, o que
retrata a recuperação da margem bruta praticada pela Unipar Comercial em 2009 (2009: 15% x 2008:
12%).
Como reflexo da recuperação das margens brutas, o EBITDA da Unipar Comercial encerrou o atual exercício
em R$ 18,4 milhões, 48% acima do registrado em 2008, de R$ 12,4 milhões.
O lucro líquido acumulado em 2009 alcançou cerca de R$ 8,4 milhões, sensivelmente acima do
desempenho verificado em 2008, quando a Unipar Comercial registrou lucro líquido de R$ 4,2 milhões.
5- INFORMAÇÕES GERENCIAIS 2009
2- RESULTADO CONSOLIDADO
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa
Títulos e valores mobiliários
Contas a receber de clientes
Partes relacionadas
Estoques
Impostos a recuperar
Impostos diferidos
Despesas antecipadas
Investimentos destinados a venda
Outros créditos
Em 31 de dezembro de 2009, a dívida total da Quattor era de R$ 7,4 bilhões e a posição de caixa da ordem
de R$ 672,7 milhões.
Lucro Bruto Consolidado
Receita Líquida Consolidada
Prezados Acionistas,
A Administração da Unipar submete à apreciação de V.Sas. o Relatório da Administração e as
Demonstrações Financeiras, com os pareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal,
referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2009.
O ano de 2009 foi marcado pelos entendimentos com os acionistas da Braskem e Petrobrás para estudo de
eventual negociação da participação societária da Unipar na Quattor Participações S.A., que culminaram
com a celebração do Acordo de Investimento, em 22 de janeiro de 2010.
Segundo o Acordo de Investimento, a Unipar se comprometeu a vender à Braskem a totalidade de suas
participações societárias na Quattor (correspondente a 60% do capital total e votante), na Unipar
Comercial (correspondente a 100% do capital total e votante) e na Polibutenos (correspondente a
33,33% do capital total e votante).
O valor total da transação refletida no Acordo de Investimento atingiu R$ 870 milhões, sendo R$ 647,3
milhões pela Quattor, R$ 27,7 milhões pela Unipar Comercial, R$ 25 milhões pela Polibutenos e R$ 170
milhões que correspondem ao valor líquido atribuído pela Unipar por suas obrigações assumidas, pela
Braskem, no âmbito da opção de venda de ações da Quattor (resultantes do compromisso de migração da
Rio Polímeros) outorgada ao BNDES Participações S.A.. A formalização da venda está sujeita à aprovação
das autoridades do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC).
Para a Unipar, a alienação da participação na Quattor representou uma alternativa atrativa vis-a-vis a
situação do referido ativo, inserido em um setor com perspectivas futuras desafiadoras e com riscos
crescentes de refinanciamento a partir de 2011, que penalizavam muito o perfil de crédito e liquidez do
grupo. A oportunidade de negócio também foi evidenciada pelo múltiplo de venda implícito na transação,
que alcançou 15,0 x EBITDA do período, bastante superior ao observado em transações similares no setor.
A Quattor Participações S.A. representava o canal de atuação da Unipar no setor petroquímico nacional.
Criada através da fusão dos principais ativos petroquímicos da Unipar e da Petrobrás, a Quattor nasceu em
um momento delicado e desafiador para o setor petroquímico mundial. O ciclo de baixa do setor e a alta
volatilidade dos preços do petróleo/nafta, aliados a forte crise financeira global desencadeada no final de
2008, prejudicaram a performance e rentabilidade da Quattor e pressionaram sua estrutura de capital. A
Quattor foi criada com um perfil de dívida de médio/longo prazo, mas com uma estrutura de capital
fortemente alavancada e com um ambicioso programa de investimentos em andamento. Em 31 de
dezembro de 2009, a dívida total da Quattor era de R$ 7,4 bilhões e a posição de caixa de R$ 672,7
milhões. A geração de caixa operacional, medida pelo EBITDA, acumulou R$ 534,6 milhões no decorrer de
2009.
A tendência internacional de atuação do setor petroquímico de forma mais integrada e com economia de
escala, combinado com a necessidade de fortalecimento da estrutura de capital da Quattor, motivaram a
negociação de nossa participação e a criação de uma única empresa petroquímica brasileira, com porte
internacional de produção e plena integração produtiva entre 1ª e 2ª gerações, em parceria da Petrobrás e
Odebrecht S.A., principais acionistas da Braskem.
Cabe destacar que, após concluída a operação, a Unipar voltará a apresentar perfil confortável e
conservador de crédito e liquidez, com baixa alavancagem consolidada e forte índice de cobertura da
dívida da holding, baseado na posição de caixa e expectativa de dividendos a receber da Carbocloro.
Recentemente, a agência de classificação de risco Fitch colocou sob Observação Positiva o Rating Nacional
de Longo Prazo ‘A-(bra)’ da Unipar, que antes estava em Perspectiva Negativa. Segundo a Fitch, a medida
reflete o potencial efeito positivo no perfil de crédito da Companhia decorrente da alienação das
participações prevista no Acordo de Investimento.
A transação também altera o perfil de investimento da Unipar, que era baseado na diversificação de ativos,
em sua maioria no setor petroquímico. Ainda que nossos planos futuros envolvam a diversificação e
entrada em novos negócios, o risco momentâneo de concentração de investimentos na Carbocloro é
minimizado pelo sustentável desempenho operacional e conservadora estrutura de capital historicamente
mantidos pela Companhia. Os negócios de cloro e soda da Carbocloro têm se caracterizado por uma forte
e estável geração operacional de caixa, baixa alavancagem e menor exposição em termos de volatilidade
de preço e de demanda de seus produtos, em comparação com commodities petroquímicas.
Nos últimos anos, a Carbocloro foi responsável por cerca de 40% do fluxo médio de dividendos recebidos
pela Unipar (volume médio anual de R$ 47 milhões), sendo que em 2009 essa participação alcançou 93%
ou R$ 55 milhões. Em 31 de dezembro de 2009, a Carbocloro apresentava uma dívida total de R$ 208
milhões e uma posição de caixa de R$ 13 milhões. A geração de caixa operacional, medida pelo EBITDA,
acumulou R$ 219 milhões no decorrer do ano de 2009, o que configura um índice de alavancagem,
medido por dívida líquida/EBITDA, bastante confortável, de 0,9 x no período.
Em termos de resultado econômico, a Unipar obteve em 2009 um prejuízo líquido de R$ 680,6 milhões,
influenciado sobretudo pelo reflexo contábil da operação de alienação da totalidade das participações
societárias supracitadas. O reconhecimento contábil do impacto da venda dos ativos ainda em 2009
(“impairment”) atende aos princípios de convergência das normas brasileiras de contabilidade aos
padrões internacionais, que, entre outras coisas, buscam assegurar o registro contábil dos ativos por seus
valores de mercado ou de venda.
Em 2009 foram aprovados pagamentos de dividendos aos nossos acionistas no valor de R$ 28,1 milhões,
sendo R$ 19,2 milhões relativos à distribuição complementar do exercício de 2008 e R$ 8,9 milhões a título
de antecipação do exercício de 2009.
No campo social, nossas empresas mantiveram a política de capacitação profissional de seus
colaboradores, bem como desenvolveram ações voltadas ao bem-estar social e à preservação do meio
ambiente, alcançando inclusive as comunidades situadas nas circunvizinhanças de suas instalações
industriais.
Reservas de lucros
Retenção de
Total das
lucros para
reservas
investimentos de Lucros
285.727
472.497
–
–
–
–
–
(715)
(75.954)
(75.954)
Ajustes de
Lucros
avaliação
(prejuízos)
patrimonial acumulados
Total
–
7.564 1.239.605
(15.299)
–
(15.299)
113
–
113
–
–
(715)
–
–
–
participações societárias e do
resultado financeiro
Resultado de participações societárias
Resultado de equivalência patrimonial
12
(62.610)
(299.282)
3.540
18.772
Amortização de ágio
12
(3.637)
(62.673)
(7.415)
(151.559)
(66.247)
(361.955)
(3.875)
(132.787)
Resultado financeiro
21
Despesas financeiras
(98.195)
(124.396)
(726.276)
(538.812)
Receitas financeiras
51.711
49.409
141.171
141.381
1.579
1.137
688.120
149.026
–
(46)
(170.249)
(744.183)
(44.905)
(73.896)
(67.234)
(992.588)
(680.388)
(98.174)
(674.327)
(515.351)
–
(39.576)
(63.719)
(68.782)
105.181
Variações monetárias e cambiais
Ativas
Passivas
Prejuízo antes do imposto de renda e
–
–
–
–
–
–
–
(21.376)
(21.376)
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
(17.813)
(152.311)
(17.813)
(152.311)
Imposto de renda e
–
835.498
–
–
–
(715)
–
–
–
90.837
–
–
–
95.933
–
–
(183.936)
25.837
–
–
(183.936)
211.892
–
–
–
(15.186)
15.299
(113)
183.936
–
– 1.032.204
(7.133)
8.166
–
(113)
Imposto de renda e
–
–
–
–
–
–
–
(1.337)
(1.337)
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
(90.837)
–
–
–
–
–
(2.306)
–
–
–
(2.306)
–
(90.837)
–
–
–
–
(8.907)
–
(680.554)
90.837
(8.907)
(2.306)
(680.554)
–
–
835.498
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
–
(715)
–
–
–
95.933
(10.244)
13.287
(10.244)
108.505
–
–
10.244
(596.850)
–
347.153
contribuição social
contribuição social - corrente
contribuição social - diferido
Prejuízo antes da participação minoritária
Participação minoritária
Prejuízo do exercício
Prejuízo por ação - R$
19
19
(166)
(14.561)
(22.881)
(166)
(54.137)
(86.600)
36.399
(680.554)
(152.311)
(760.927)
(478.952)
–
–
80.373
326.641
(680.554)
(152.311)
(680.554)
(152.311)
(0,82)
(0,18)
835.014
835.014
Quantidade de ações em circulação
no final do exercício (milhares)
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
continua
continuação
CNPJ/MF 33.958.695/0001-78
NIRE nº 33.300.154.469
Companhia Aberta
www.unipar.ind.br
UNIPAR - União de Indústrias Petroquímicas S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
Exercícios Findos em 31 de Dezembro (Em milhares de reais)
Controladora
2009
2008
Fluxo de caixa das atividades operacionais
Prejuízo do exercício
Participações minoritárias
Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades
geradas pelas atividades operacionais
Depreciação e amortização
Ganho na venda de investimentos
Perdas em investimentos
Impairment de ágios
Valor residual de imobilizados baixados
Resultado da equivalência patrimonial
Amortização de ágio
Juros e variações cambiais e monetárias, líquidos
Provisão para contingências
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Outros
Variações nos ativos e passivos
Redução (aumento) em contas a receber
Redução (aumento) em contas
com controladas - ativo
Redução (aumento) nos estoques
Redução (aumento) nos impostos a recuperar
Redução (aumento) em outros ativos
circulantes e não circulantes
Aumento (redução) em fornecedores
Aumento (redução) em contas
com controladas - passivo
Aumento (redução) em impostos,
taxas e contribuições
Aumento (redução) em outros passivos circulantes
e não circulantes
Variações de ativos e passivos das controladas
excluídas da consolidação
Disponibilidades líquidas geradas pelas
(aplicadas nas) atividades operacionais
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Venda de investimentos
Adições a investimentos
Dividendos e juros sobre capital próprios recebidos
Títulos e valores mobiliários
Adições no imobilizado
Adições no intangível
Adições no diferido
Disponibilidades líquidas geradas pelas
(aplicadas nas) atividades de investimento
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Dividendos e juros sobre capital próprios pagos
Empréstimos captados
Pagamentos de empréstimos e debêntures
Pagamentos de juros sobre
empréstimos e debêntures
Ações em tesouraria
Disponibilidades líquidas geradas pelas
(aplicadas nas) atividades de financiamento
Caixa de controladas excluídas da consolidação
Caixa proveniente das empresas incorporadas
Acréscimo (redução) nas disponibilidades
Caixa e equivalente de caixa no início do período
Caixa e equivalente de caixa no fim do período
Acréscimo (redução) nas disponibilidades
Consolidado
2009
2008
(680.554)
–
(152.311)
–
(680.554)
(80.373)
(152.311)
(326.641)
18.562
–
149.781
342.592
255
62.610
3.637
96.076
1.500
166
(113)
15.683
(461.341)
–
–
218
299.282
62.673
116.280
2.237
14.561
–
440.415
236.893
–
(461.341)
149.781
35.363
636.042
–
2.232
4.467
(3.540)
(18.772)
7.415
151.559
227.305 1.661.374
(1.646)
(9.759)
22.881
(105.181)
(113)
–
(4.326)
85.047
10.358
(153.947)
603
–
(1.052)
86.355
35.065
14.164
(801)
5.853
6.265
86.361
(36.563)
(40.227)
(17.151)
(432)
(40.549)
(2.504)
(72.290)
(5.012)
(51.171)
(84.161)
4.476
(88.902)
4.264
(89.731)
925
(3.854)
(7.104)
(31.719)
3.276
(11.501)
6.036
337.776
2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
–
–
(641.706)
–
(29.397)
25.708
952.269
–
–
61.325
(22.764)
(935)
(3.297)
–
607.450
(383.800)
44.235
(85.492)
(1.521)
(70)
(15.518)
–
607.450
–
(813.818)
61.325
44.235
(22.764) (136.562)
(22.916) (1.340.178)
(3.297) (525.067)
–
(14.948)
34.329
165.284
12.348 (2.178.888)
(b) Instrumentos financeiros
(28.390)
–
(22.477)
(46.840)
180.000
(189.954)
(28.390)
(46.840)
23.337 3.077.294
(56.645) (1.200.203)
(i) Classificação e mensuração
(103.674)
–
(106.524)
(715)
(154.541)
–
519
(138.862)
437.226
298.364
(138.862)
(164.033)
–
(388)
(28.534)
465.760
437.226
(28.534)
(110.832)
–
(446.749)
(715)
Controladora
2009
2008
Receitas
Vendas de mercadorias e produtos
Receitas referentes a construção ativo próprio
Outras receitas
Provisão para crédito de liquidação duvidosa
Valor adicionado distribuído
As principais práticas contábeis adotadas na elaboração dessas demonstrações financeiras
consolidadas estão definidas a seguir:
(a) Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários, investimentos de curto
prazo de alta liquidez com vencimentos originais de três meses ou menos, que são prontamente
conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de
mudança de valor.
A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo
através do resultado, empréstimos e recebíveis, mantidos até o vencimento e disponíveis para venda.
A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A
administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.
35.690
–
998
–
36.688
(34.055)
(31.288)
(492.384)
(557.727)
(521.039)
64.196
–
461.518
–
525.714
Consolidado
2009
2008
7.342.315
–
1.858
8.270
7.352.443
7.661.986
5.703
333.188
(4.784)
7.996.093
(60.668) (2.647.827) (5.410.595)
(62.290) (2.818.631) (758.025)
(2.649)
(786.609)
(39.650)
(125.607) (6.253.067) (6.208.270)
400.107 1.099.376 1.787.823
(18.562)
(15.683)
(440.415)
(236.893)
(539.601)
384.424
658.961
1.550.930
(62.610)
(299.282)
3.540
18.772
53.290
1
(3.637)
(12.956)
(552.557)
50.546
1.640
(62.673)
(309.769)
74.655
24.335
39.118
Os ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são ativos financeiros mantidos
para negociação ativa e frequente. Os derivativos também são categorizados como mantidos para
negociação e, dessa forma, são classificados nesta categoria, a menos que tenham sido designados
como instrumentos de hedge (proteção). Os ativos dessa categoria são classificados como ativos
circulantes. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros
mensurados ao valor justo através do resultado são apresentados na demonstração do resultado em
“Resultado financeiro” no período em que ocorrem, a menos que o instrumento tenha sido
contratado em conexão com outra operação. Neste caso, as variações são reconhecidas na mesma
linha do resultado afetada pela referida operação.
Empréstimos e recebíveis
Exercícios findos em 31 de dezembro (Em milhares de reais)
Valor adicionado a distribuir
Distribuição do valor adicionado
Pessoal
Salários, vantagens, encargos, participações,
planos de pensão e de saúde
Tributos
Impostos, taxas, contribuições,
imposto de renda e contribuição social
Instituições financeiras e fornecedores
Juros e variações cambiais e monetárias
Acionistas
Juros sobre o capital próprio e dividendos
Participação dos acionistas não controladores
Lucros retidos (prejuízos) acumulados
3. SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
Ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado
(172.530) 1.382.787
(768.338)
–
–
476.695
(902.812)
632.863
1.207.515
574.652
304.703 1.207.515
(902.812)
632.863
DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO
Valor adicionado bruto
Retenções
Depreciação e amortização
Valor adicionado líquido produzido pela
Companhia e controladas
Valor adicionado recebido em transferência
Resultado de participações em investimentos
Receitas financeiras
(inclui variação monetária e cambial)
Outros
Amortização de ágios
As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pela Diretoria, conforme ata da 859ª
reunião realizada em 1º de março de 2010.
As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por
Ações e nas normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
As principais práticas contábeis adotadas na elaboração destas demonstrações financeiras
correspondem às normas e orientações que estão vigentes para as demonstrações financeiras
encerradas em 31 de dezembro de 2009, que serão diferentes daquelas que serão utilizadas para
elaboração das demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2010, conforme descrito no item 3
(u) a seguir.
Na elaboração das demonstrações financeiras, é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos
ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da Companhia incluem, portanto,
estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para
passivos contingentes, determinações de provisões para imposto de renda. Os resultados reais podem
apresentar variações em relação às estimativas.
(19.169)
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Insumos adquiridos de terceiros
Materiais consumidos
Energia, serviços de terceiros e outras
Perda de valores ativos e outras
Quattor Participações S.A., Unipar Comercial e Distribuidora S.A. e Polibutenos S.A. Indústrias
Químicas. Os detalhes dessa transação estão descritos na Nota 26.
Nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2009, como já havia clara e efetiva evidência da
concretização da transação, o investimento nessas empresas, foi reclassificado da conta de
“Investimentos em controladas” para a rubrica “Investimentos destinados a venda” no ativo
circulante. Por esse motivo, foi descontinuada a consolidação desses investimentos no balanço
patrimonial na mesma data. O resultado dessas investidas foram reconhecidos pelo método de
equivalência patrimonial e consolidados até 31 de dezembro de 2009.
Para efeito de comparação das presentes demonstrações financeiras, é apresentado a seguir o resumo
dos principais grupos contábeis das empresas excluídas na consolidação no balanço patrimonial em
31 de dezembro de 2009.
Quattor
Unipar Comercial
Polibutenos S.A.
Participações S.A.
e Distribuidora S.A. Indústrias Químicas
Ativo circulante
2.011.520
49.747
13.193
Realizável a longo prazo
788.621
87
4.834
Outros ativos não circulantes
7.036.177
15.740
53.498
Passivo circulante
2.220.205
30.129
27.753
Passivo não circulante
6.005.678
8.158
27.393
Participação de minoritários
345.117
Patrimônio líquido
1.265.318
27.287
16.379
737.212
290.407
3.379
4.094
(7.415) (151.559)
736.716
161.714
1.395.677 1.712.644
298.065
303.461
7.572
65.656
1.052.310
684.382
96.090
122.192
806.229
1.203.753
12.550
–
(693.104)
(680.554)
(552.557)
39.189
–
(191.500)
(152.311)
74.655
12.550
39.189
(80.373) (326.641)
(693.104) (191.500)
(760.927) (478.952)
1.395.677 1.712.644
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO
ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
em 31 de Dezembro 2009 e de 2008
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Unipar - União de Indústrias Petroquímicas S.A. (“UNIPAR” ou “Companhia”), constituída em 1969,
é uma Companhia Aberta com sede no Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, a Companhia tem como
atividades preponderantes a promoção de empreendimentos no setor industrial e a participação no
capital de outras empresas cujo objetivo seja promover, organizar, construir, instalar e explorar projetos
industriais, especialmente no setor petroquímico.
Além destas atividades, a Companhia produziu e comercializou produtos petroquímicos até janeiro de
2008, (cumeno, olefinas e isoparafinas). A matéria-prima aplicada nesse processo produtivo foi
substancialmente adquirida da empresa controlada indireta Quattor Química S.A., anteriormente
denominada Petroquímica União S.A.
(a) Alienação da Petroflex
Em março de 2008, foi concluído o processo de venda da Petroflex Indústria e Comércio S.A.
(“Petroflex”), o qual dependia do atendimento de certas cláusulas precedentes previstas no contrato
de venda. Consequentemente foi efetuado o reconhecimento contábil da transação no valor de R$
124.681, gerando ganho de R$ 57.134, registrado na rubrica “Outras receitas operacionais, líquidas”,
na demonstração do resultado.
(b) Alienação da União Terminais
Em 2008, a Companhia firmou Contrato de Compra e Venda de Quotas com a Terminal Químico de Aratu
S.A. (Tequimar), subsidiária indireta da Ultrapar Participações S.A., para a alienação da totalidade das
quotas da sua controlada integral União Terminais e Armazéns Gerais Ltda., com terminais em Santos - SP
e Rio de Janeiro - RJ e o investimento detido pela mesma de 50% do capital social da União/Vopak
Armazéns Gerais Ltda., com terminal em Paranaguá - PR, pelo valor total de R$ 482.769 mil.
O valor da venda foi integralmente recebido no exercício de 2008 e o resultado da transação, no valor
de R$ 404.207, está registrado na rubrica “Outras receitas operacionais, líquidas”, na demonstração
do resultado.
(c) Constituição da Quattor Participações S.A.
Em 11 de junho de 2008, em associação com a Petróleo Brasileiro S.A. Petrobras, foi concretizada a
formação Quattor Participações S.A. (“Quattor”), através das seguintes operações:
• Transferência, pela UNIPAR, de sua participação no capital das empresas Rio Polímeros S.A.
(Riopol), Petroquímica União S.A. (PQU) e Polietilenos União S.A., além dos ativos correspondentes
à sua Divisão Química, à Fasciatus Participações S.A., empresa criada especialmente para essa
finalidade.
• Aporte pela UNIPAR na Fasciatus de R$ 380 milhões, destinados à compra de participação
adicional na Riopol.
• Aquisição pelo BNDESPar de participação adicional na Riopol, por exercício de seu direito de
subscrição.
• Transferência, pela Petrobras Química S.A. - Petroquisa, de sua participação na PQU para a
Dapean, empresa controlada pela Petrobras e, por sua vez, controladora da então denominada
Nova Petroquímica S.A., anteriormente denominada Suzano Petroquímica S.A.
• Incorporação da Fasciatus pela Dapean, constituindo a Quattor Participações S.A., controlada pela
UNIPAR, com 60% do capital votante, e por PETROBRAS/Petroquisa, detendo os 40%
remanescentes do capital ordinário.
• Realização de reunião do Conselho de Administração da Nova Petroquímica para aprovação da
mudança da denominação social da empresa, que passou a se chamar Quattor Petroquímica S.A.
Após a constituição da Quattor, durante o segundo semestre de 2008, foram adquiridas, por meio de
leilão de Oferta Pública de Ações (OPA), as participações minoritárias nas empresas Quattor
Petroquímica e PQU. Estas aquisições resultaram no aumento da participação nessas empresas e
também no cancelamento do registro de companhia aberta da PQU.
Em 23 de janeiro de 2009, a controlada Petroquímica União S.A. teve sua razão social alterada para
Quattor Químicos Básicos S.A. (“QQB”).
(d) Incorporação da Quattor Químicos Básicos S.A.
Dando continuidade à consolidação dos ativos da Quattor em uma única sociedade, foi aprovada em
30 de junho de 2009 a incorporação da Quattor Químicos Básicos S.A. (“QQB”) pela Polietilenos União
S.A. (“PU”).
Nesta data, foi deliberada também a alteração da denominação social da PU para Quattor Química S.A.
(e) Alienação da Quattor Participações S.A., Unipar Comercial e Distribuidora S.A. e da
Polibutenos S.A. Indústrias Químicas
Em 22 de janeiro de 2010, a Companhia celebrou acordo de investimento com a Braskem S.A.
por meio da qual comprometeu a vender a totalidade de suas participações nas empresas
Incluem-se nesta categoria, os empréstimos concedidos e os recebíveis, que são ativos financeiros
não-derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. São
incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a
data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não-circulantes). Os empréstimos e
recebíveis da Companhia compreendem os empréstimos a coligadas, contas a receber de clientes,
demais contas a receber e caixa e equivalentes de caixa, exceto os investimentos de curto prazo. Os
empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros
efetiva.
Ativos mantidos até o vencimento
São basicamente os ativos financeiros que não podem ser classificados como empréstimos e
recebíveis, por serem cotados em um mercado ativo. Neste caso, estes ativos financeiros são
adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o
vencimento. São avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em
contrapartida ao resultado do exercício.
Ativos financeiros disponíveis para venda
Os ativos financeiros disponíveis para venda são não-derivativos que são designados nessa categoria
ou que não são classificados em nenhuma outra categoria. Eles são incluídos em ativos nãocirculantes, a menos que a administração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a
data do balanço. Os ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados pelo valor justo. Os
juros de títulos disponíveis para venda, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são
reconhecidos na demonstração do resultado como receitas financeiras. A parcela correspondente à
variação no valor justo é lançada contra patrimônio líquido, na conta ajustes de avaliação patrimonial,
sendo realizada contra resultado quando da sua liquidação ou por perda considerada permanente
(Impairment).
No consolidado, o ágio é primeiramente alocado aos ativos e passivos adquiridos. Essa alocação dá-se
pela diferença entre o valor justo dos ativos e passivos menos seus valores patrimoniais. O ágio alocado
a ativos e passivos identificáveis é amortizado na proporção em que estes ativos e passivos na
controlada são realizados. A parcela do ágio que não é possível alocar a ativos e passivos identificáveis é
atribuída à rentabilidade futura e foi amortizada, até 31 de dezembro de 2008, no prazo, na extensão e
na proporção dos resultados projetados, limitado, porém, a dez anos.
(h) Conversão em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são convertidas para reais usando-se as taxas de câmbio em vigor
nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa cambial da data do
balanço. Ganhos e perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de
ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos na demonstração
do resultado.
(i) Imobilizado
Registrado ao custo de aquisição, formação ou construção. A depreciação é calculada pelo método
linear, de acordo com as taxas divulgadas na Nota 13. Terrenos não são depreciados.
Ganhos e perdas em alienações são determinados pela comparação dos valores de alienação com o
valor contábil e são incluídos no resultado.
Os custos dos encargos sobre empréstimos tomados para financiar a construção do imobilizado são
capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o ativo para o uso pretendido.
Reparos e manutenção são apropriados ao resultado durante o período em que são incorridos. O custo
das principais renovações é incluído no valor contábil do ativo no momento em que for provável que os
benefícios econômicos futuros que ultrapassarem o padrão de desempenho inicialmente avaliado para
o ativo existente fluirão para a Companhia. As principais renovações são depreciadas ao longo da vida
útil restante do ativo relacionado.
(j) Intangível
(i) Pesquisa e desenvolvimento
Os gastos com pesquisa são reconhecidos como despesas quando incorridos. Os gastos incorridos no
desenvolvimento de projetos (relacionados à fase de projeto e testes de produtos novos ou
aperfeiçoados) são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que os projetos serão
bem-sucedidos, considerando-se sua viabilidade comercial e tecnológica, e somente se o custo puder
ser medido de modo confiável. Outros gastos de desenvolvimento são reconhecidos como despesas na
medida em que são incorridos. Os gastos de desenvolvimento capitalizados são amortizados desde o
início da produção comercial do produto, pelo método linear e ao longo do período do benefício
esperado.
(ii) Programas de computador (softwares)
Licenças adquiridas de programas de computador, são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua
vida útil estimada, pelas taxas descritas na Nota 14.
Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de softwares são reconhecidos como
despesas na medida em que são incorridos. Os gastos diretamente associados a softwares
identificáveis e únicos, controlados pela Companhia e que, provavelmente, gerarão benefícios
econômicos maiores que os custos por mais de um ano, são reconhecidos como ativos intangíveis. Os
gastos diretos incluem a remuneração dos funcionários da equipe de desenvolvimento de softwares e a
parte adequada das despesas gerais relacionadas.
Os gastos com o desenvolvimento de softwares reconhecidos como ativos, são amortizados usando-se
o método linear ao longo de suas vidas úteis, pelas taxas demonstradas na Nota 14.
(iii) Outros ativos intangíveis
Os custos com a aquisição de patentes, marcas comerciais, licenças e direitos de exploração, são
capitalizados e amortizados usando-se o método linear ao longo das vidas úteis, pelas taxas
demonstradas na Nota 14.
(k) Diferido
Os gastos incorridos durante a fase pré-operacional, registrados ao custo de formação, são diferidos e
amortizados após o início das operações, no prazo de até dez anos.
(l) Redução ao valor recuperável de ativos
O imobilizado e outros ativos não circulantes, inclusive o ágio e os ativos intangíveis, são revistos
anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos
ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando este
for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela é
reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o
maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fins de avaliação, os ativos são
agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente.
(m) Arrendamento mercantil
Os arrendamentos mercantis de imobilizado, nos quais a Companhia fica substancialmente com todos
os riscos e benefícios de propriedade, são classificados como arrendamento financeiro. Os
arrendamentos financeiros são registrados como se fosse uma compra financiada, reconhecendo, no
seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento). O imobilizado
adquirido nos arrendamentos financeiros é depreciado pelas taxas definidas na Nota 13.
Os arrendamentos mercantis nos quais uma parte significativa dos riscos e benefícios de propriedade
fica com o arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos feitos para
os arrendamentos operacionais (líquidos de todo incentivo recebido do arrendador) são apropriados
ao resultado pelo método linear ao longo do período do arrendamento.
(n) Financiamentos
Os financiamentos tomados, são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, no recebimento dos
recursos, líquidos dos custos de transação. Em seguida, são apresentados pelo custo amortizado, isto
é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido (“pro rata temporis”),
considerando a taxa efetiva das captações dos referidos financiamentos.
(o) Provisões
As provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente, legal ou não
formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja
necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser feita.
A Companhia reconhece provisão para contratos onerosos, quando os benefícios que se espera auferir
de um contrato forem menores do que os custos inevitáveis para satisfazer as obrigações assumidas
por meio do contrato.
Valor justo
(p) Benefícios a funcionários
Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra.
Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia estabelece o valor justo
através de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com
terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de
caixa descontados e os modelos de precificação de opções que fazem o maior uso possível de
informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela
administração da própria entidade.
A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um
grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável (“Impairment”).
Se houver alguma evidência para os ativos financeiros disponíveis para venda, a perda cumulativa mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo atual, menos qualquer perda
por impairment desse ativo financeiro previamente reconhecida no resultado - é retirada do
patrimônio e reconhecida na demonstração do resultado.
(i) Obrigações de pensão
(ii) Instrumentos derivativos e atividades de hedge
Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de
derivativos é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo, com as variações
do valor justo lançadas contra o resultado, exceto quando o derivativo for designado como um
instrumento de hedge de fluxo de caixa.
Embora a Companhia e suas controladas façam uso de derivativos com o objetivo de proteção, elas
não aplicam a chamada contabilização de hedge (“hedge accounting”).
O valor justo dos instrumentos derivativos está divulgado na Nota 23.
(c) Contas a receber de clientes
As contas a receber de clientes são avaliadas no momento inicial pelo valor presente e deduzidas da
provisão para créditos de liquidação duvidosa. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é
estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar
todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a receber. O valor da provisão é a
diferença entre o valor contábil e o valor recuperável.
(d) Estoques
Os estoques são avaliados ao custo médio de aquisição ou de produção, que não excede o valor de
mercado. O custo de produção reflete o método de absorção total de custos industriais, com base na
utilização normal da capacidade de produção, sendo que o custo correspondente à subutilização da
capacidade normal é debitado ao resultado do período. As peças para reposição são registradas com
base no custo de aquisição e baixadas como custo de produção por ocasião do consumo ou da
obsolescência.
(e) Imposto de renda e contribuição social diferidos
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do
imposto de renda, a base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias
entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações
financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos
diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social.
Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro
tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias e/ou
prejuízos fiscais, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em
premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.
(f) Depósitos judiciais
Os depósitos são atualizados monetariamente e apresentados como dedução do valor de um
correspondente passivo constituído quando não houver possibilidade de resgate dos depósitos, a
menos que ocorra desfecho favorável da questão para a entidade.
(g) Investimentos em controladas e controlada em conjunto
(i) Custo e/ou valor patrimonial
Os investimentos em sociedades controladas e controlada em conjunto são registrados e avaliados
pelo método de equivalência patrimonial, reconhecida no resultado do exercício como receita (ou
despesa) operacional. As ações do capital de outras empresas, destinadas à venda, estão registradas
no ativo circulante e estão avaliadas ao seu valor de realização. Outros investimentos, representados
por participações minoritárias em outras empresas, são registrados pelo custo.
Para efeito do cálculo da equivalência patrimonial, ganhos ou transações a realizar entre a Companhia
e suas coligadas e equiparadas são eliminados na medida da participação da Companhia. Perdas não
realizadas também são eliminadas, a menos que a transação forneça evidências de perda permanente
(“impairment”) do ativo transferido.
Quando necessário, as práticas contábeis das controladas e coligadas são alteradas para garantir
consistência com as práticas adotadas pela Companhia.
Quando a participação da Companhia nas perdas acumuladas das controladas iguala ou ultrapassa o
valor do investimento, a Companhia não reconhece perdas adicionais, a menos que tenha assumido
obrigações ou feito pagamentos em nome dessas sociedades.
(ii) Ágio
O ágio determinado na aquisição de um investimento é calculado como a diferença entre o valor de
compra e o valor contábil do patrimônio líquido da empresa adquirida. O ágio está fundamentado em:
(i) mais-valia de ativos, representada pela diferença entre o valor contábil da empresa adquirida e o
valor justo dos ativos e passivos (registrado em Investimentos) e (ii) rentabilidade futura, representada
pela diferença entre o valor justo dos ativos e passivos e o valor de compra (registrado no Intangível). A
parcela fundamentada na mais-valia de ativos e passivos é amortizada na proporção em que esses
ativos e passivos na empresa adquirida são realizados. A parcela fundamentada em expectativas de
resultado futuro foi amortizada, até 31 de dezembro de 2008, no prazo, na extensão e na proporção
dos resultados projetados, não superior a dez anos. Após aquela data, este ágio não sofre amortização
e está sujeito a testes anuais de recuperabilidade. O deságio sem fundamentação econômica é
amortizado somente quando da alienação do investimento.
O passivo relacionado aos planos de pensão de benefício definido é o valor presente da obrigação de
benefício definida na data do balanço menos o valor de mercado dos ativos do plano, ajustados por
ganhos ou perdas atuariais e custos de serviços passados. A obrigação de benefício definido é
calculada anualmente por atuários independentes usando-se o método de crédito unitário projetado.
A estimativa de saída futura de caixa é descontada ao seu valor presente, usando-se as taxas de juros de
títulos públicos cujos prazos de vencimento se aproximam dos prazos do passivo relacionado.
Os ganhos e as perdas atuariais advindos de mudanças nas premissas atuariais e emendas aos planos
de pensão são apropriados ou creditados ao resultado pela média do tempo de serviço remanescente
dos funcionários relacionados.
Para os planos de contribuição definida, a Companhia e suas controladas pagam contribuições a
planos de pensão de administração privada em bases compulsórias, contratuais ou voluntárias. Assim
que as contribuições tiverem sido feitas, a Companhia não tem obrigações relativas a pagamentos
adicionais. As contribuições regulares compreendem os custos periódicos líquidos do período em que
são devidas e, assim, são incluídas nos custos de pessoal.
(ii) Participação nos lucros e bônus
O reconhecimento dessa participação, é usualmente efetuado quando do encerramento do exercício,
momento em que o valor pode ser mensurado de maneira confiável pela Companhia.
(q) Patrimônio líquido
Os critérios para formação das reservas e destinação do lucro líquido são descritos na Nota 20.
(r) Reconhecimento de receita
A receita de venda de produtos é reconhecida no resultado, quando os riscos e benefícios inerentes ao
produto são transferidos para o comprador. A Companhia e suas controladas adotam como critério de
reconhecimento de receita, portanto, a data em que o produto é entregue ao comprador.
(s) Receitas diferidas
No ano de 2008, os valores contabilizados na rubrica “Receitas diferidas”, no passivo não circulante,
representam, o montante do deságio registrado nas controladas Riopol R$ 119.211 e Quattor
Petroquímica R$ 14.636.
(t) Lucro líquido por ação
O lucro por ação é calculado com base na quantidade de ações em circulação na data do encerramento
do exercício.
(u) Normas e interpretações de normas que ainda não estão em vigor
Ao longo do ano de 2009, dentro do processo de convergência com as normas internacionais de
contabilidade, foram publicadas diversas normas alterando as práticas contábeis adotadas no Brasil e
cuja aplicação é obrigatória para os exercícios sociais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2010. As
normas a seguir relacionadas são apenas aquelas que poderão (ou deverão) impactar as
demonstrações financeiras da Companhia de forma mais relevante. Nos termos dessas novas normas,
as cifras do exercício de 2009, aqui apresentadas, deverão ser reapresentadas para fins de
comparação, quando da apresentação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de
dezembro de 2010. A Companhia não adotou antecipadamente essas normas no exercício findo em
31 de dezembro de 2009.
(i) Pronunciamentos
•
•
•
•
•
•
•
•
CPC 15 - Combinação de negócios
CPC 18 - Investimentos em coligadas
CPC 19 - Participação em empreendimento controlado em conjunto
CPC 22 - Informação por segmento
CPC 26 - Apresentação das demonstrações contábeis
CPC 31 - Ativo não circulante mantido para venda e operação descontinuada
CPC 36 - Demonstrações consolidadas
CPC 37 - Adoção inicial das normas internacionais de contabilidade
(ii) Interpretações
•
•
•
ICPC 08 - Contabilização da proposta de pagamento de dividendos
ICPC 09 - Demonstrações contábeis individuais, separadas, consolidadas e aplicação do método
de equivalência patrimonial
ICPC 10 - Esclarecimentos sobre os CPC 27 e CPC 28
(iii) Estimativa dos efeitos
Os efeitos decorrentes das mudanças provocadas pela aplicação das normas e interpretações acima
não foram ainda estimados pela Companhia.
4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas em conformidade com os princípios de
consolidação previstos na legislação societária e nas normas estabelecidas pela Instrução nº 247/96 da
CVM, e incluem as demonstrações financeiras da Companhia e de suas empresas controladas e
controladas em conjunto.
(a) Critérios de consolidação
O processo de consolidação das contas patrimoniais e de resultado das empresas controladas
corresponde à soma dos saldos das contas do ativo, do passivo, das receitas e despesas, segundo sua
natureza. As contas patrimoniais e de resultado das empresas controladas em conjunto com outros
acionistas foram agregadas às demonstrações financeiras consolidadas, na proporção da participação
da Companhia no capital social dessas empresas (Nota 12). Adicionalmente, foram efetuadas as
seguintes eliminações, proporcionalmente à participação no capital social:
continua
continuação
CNPJ/MF 33.958.695/0001-78
NIRE nº 33.300.154.469
Companhia Aberta
www.unipar.ind.br
UNIPAR - União de Indústrias Petroquímicas S.A.
NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de dezembro 2009 e de 2008
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
•
•
•
•
Eliminação das participações no capital, reservas e resultados acumulados.
Eliminação dos saldos de contas correntes e outras contas integrantes do ativo e/ou passivo,
mantidas entre as empresas cujos balanços patrimoniais foram consolidados.
Eliminação dos efeitos decorrentes das transações significativas realizadas entre a controladora e
essas empresas.
Eliminação de eventuais resultados não realizados entre as empresas.
(b) Empresas incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas
As demonstrações contábeis consolidadas incluem os saldos das seguintes empresas controladas:
Percentual do capital total
31 de
31 de
dezembro dezembro
de 2009
de 2008
Quattor Participações S.A. (**)
60,00
60,00
Carbocloro S.A. Indústrias Químicas (*)
50,00
50,00
Polibutenos S.A. Indústrias Químicas (**)
33,33
33,33
Unipar Comercial e Distribuidora S.A. (**)
100,00
100,00
(*) Controlada em conjunto consolidada proporcionalmente.
(**) Consolidação em 2009 somente das Demonstrações do Resultado do Exercício, dos Fluxos de Caixa
e do Valor Adicionado, conforme descrito na nota 1(e).
(c) Informações referentes à controlada em conjunto Carbocloro S.A. Indústrias Químicas
(i) Balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2009
Ativo
Circulante
Não circulante
119.137
534.818
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Não circulante
Patrimônio líquido
144.154
183.971
325.830
653.955
653.955
(ii) Demonstração do resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2009
685.639
(398.458)
287.181
175.784
124.798
5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Controladora
2009
2008
711
915
297.653
298.364
436.311
437.226
(b) Remuneração do pessoal-chave da administração
O pessoal-chave da administração inclui os conselheiros e diretores, além do presidente e vice-presidente.
A remuneração paga a esses membros, no exercício de 2009, totalizou R$ 5.865 e R$ 21.385 (No
exercício de 2008 - R$ 6.424 e R$ 24.390) na controladora e no consolidado, respectivamente.
11. INVESTIMENTOS DESTINADOS A VENDA
Conforme descrito na nota 1, em dezembro de 2009, por existir clara e efetiva evidência da
concretização da venda dos investimentos mantidos pela Companhia nas empresas Quattor
Participações S.A., Unipar Comercial e Distribuidora S.A. e Polibutenos S.A. Indústrias Químicas, os
valores desses investimentos foram integralmente transferidos para o ativo circulante, conforme
descrito a seguir:
Controladora
Quattor
Unipar
Participações Comercial Polibutenos
Total
Saldo em 31 de dezembro de 2008
Reclassificação de investimentos
para o ativo circulante
758.739
27.288
5.460 791.487
Provisão para ajuste ao valor de realização
dos investimentos destinados à venda (i)
(149.007)
(473)
(301) (149.781)
Saldo em 31 de dezembro de 2009
609.732
26.815
5.159 641.706
(i) Provisão constituída considerando o valor que será obtido pela venda dos investimentos deduzidos
dos custos que serão incorridos para possibilitar a transação.
12. INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS E COLIGADAS
Receita líquida de vendas e serviços
Custo dos produtos vendidos e serviços prestados
Lucro bruto
Lucro operacional
Lucro líquido do exercício
Caixa e contas correntes bancárias
Certificados de Depósitos Bancários CDBs, destinados a negociação
Foram prestados avais e fianças às empresas controladas e controlada em conjunto no valor total de R$
410.682 (2008: R$ 544.517).
As operações comerciais realizadas entre partes relacionadas são feitas em condições comerciais
similares àquelas praticadas com terceiros.
2009
2.302
Consolidado
2008
51.291
302.401
304.703
1.156.224
1.207.515
As aplicações financeiras correspondem substancialmente a investimentos remunerados por referência
à variação dos Certificados de Depósito Interfinanceiros - CDIs. A taxa média ponderada que remunera
esses investimentos é de 105,30% do CDI.
(a) Informações e participações em empresas controladas e controlada em conjunto em 31 de
dezembro de 2009
Denominação das empresas
Controlada em conjunto
Carbocloro S.A. Indústrias Químicas
Ações ou cotas Participação percentual
Quantidade
No capital No capital
(em milhares)
Espécie
social
votante
165
Ordinárias
50,00
50,00
Informações sobre as empresas em 2009
Patrimônio
Capital Patrimônio
líquido
Lucro
social
líquido
ajustado
líquido
Denominação das empresas
Controlada em conjunto
Carbocloro S.A. Indústrias Químicas
161.937
325.828
325.828
124.798
(b) Informações e participações em empresas controladas e controlada em conjunto em 31 de
dezembro de 2008
Ações ou cotas Participação percentual
Quantidade
No capital No capital
(em milhares)
Espécie
social
votante
Denominação das empresas
Controladas
Unipar Comercial e Distribuidora S.A.
Quattor Participações S.A.
Polibutenos S.A. Indústrias Químicas (*)
Controlada em conjunto
Carbocloro S.A. Indústrias Químicas
12.600
238.654
847.345
Ordinárias
Ordinárias
Ordinárias
100,00
60,00
33,33
100,00
60,00
33,33
165
Ordinárias
50,00
50,00
Informações sobre as empresas em 2008
Patrimônio
Lucro
Capital Patrimônio
líquido
líquido
social
líquido
ajustado (prejuízo)
Denominação das empresas
Controladas
Unipar Comercial e Distribuidora S.A.
Quattor Participações S.A.
Polibutenos S.A. Indústrias Químicas
Controlada em conjunto
Carbocloro S.A. Indústrias Químicas
12.600
2.202.112
13.649
21.039
1.480.859
16.802
21.039
1.480.098
16.802
4.160
(664.839)
5.389
155.914
311.032
310.987
120.456
(*) Considerando a participação indireta detida por meio da Quattor Participações S.A., a participação
total da Companhia nessa investida é de 53,33%.
(c) Movimentação dos investimentos
Controladora
Quattor
Unipar
Carbocloro Participações Comercial
155.472
888.059
21.039
–
32.457
–
Outros
Total
Investimento
6.120 1.070.690
Ágio
–
32.457
Investimento em
31 de dezembro de 2008
155.472
920.516
21.039
6.120 1.103.147
Amortização do ágio (*)
–
(3.637)
–
–
(3.637)
Ajustes da aplicação da Lei 11.638/07
–
8.166
–
–
8.166
Dividendos declarados
(45.475)
–
(911)
(3.805)
(50.191)
Juros sobre o capital declarados
(9.525)
–
(1.288)
(321)
(11.134)
Equivalência patrimonial
62.442
(137.486)
8.448
3.986
(62.610)
Transferência de investimentos para
investimentos destinados à venda
–
(758.739)
(27.288)
(5.460) (791.487)
Impairment sobre ágios (**)
–
(28.820)
–
–
(28.820)
Outras
–
–
–
(520)
(520)
Investimento em
31 de dezembro de 2009
162.914
–
–
–
162.914
(*) Refere-se à amortização de Ágio classificado como mais valia do ativo imobilizado de controladas.
(**) Em função da alienação da Quattor, o ágio relativo à mais valia do ativo foi totalmente registrado
como Impairment.
13. IMOBILIZADO
6. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
Certificados de Depósitos Bancários - CDBs
Cotas de fundo de investimento multimercado
Circulante
Não circulante
Controladora
2009
2008
103.052
85.492
5.204
–
108.256
85.492
5.204
–
103.052
85.492
Consolidado
2009
2008
103.052
168.595
5.204
–
108.256
168.595
5.204
83.103
103.052
85.492
Os títulos e valores mobiliários correspondem substancialmente a investimentos remunerados por
referência à variação do CDI. A taxa média ponderada que remunera esses investimentos é de 107,25%
do CDI.
7. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES
Controladora
2009
2008
–
–
4.326
–
–
–
–
–
–
–
4.326
–
4.326
–
–
–
Clientes - país
Clientes - exterior
Notas promissórias
Outras contas a receber
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Circulante
Não circulante
Consolidado
2009
2008
26.430
523.047
8.164
90.458
–
891
6.912
57.999
(3.641)
(29.325)
37.865
643.070
35.435
637.174
2.430
5.896
O contas a receber de clientes nacionais e no exterior é composto substancialmente por títulos cujo
vencimento é de até 30 dias.
Em 31 de dezembro de 2008, a controlada Quattor Petroquímica S.A. era garantidora de operações de
“vendor” no valor de R$ 99.239, através das quais os clientes obtêm financiamentos bancários para
liquidação à vista das compras de produtos da Companhia e esta fornece aval para as respectivas
instituições financeiras para essas operações. Na eventualidade de inadimplência por parte dos clientes,
a Companhia deve reembolsar as respectivas instituições financeiras.
8. ESTOQUES
2009
1.209
1.994
8.467
11.670
6.077
5.593
Produtos acabados e em elaboração
Matérias-primas
Materiais auxiliares de manutenção e de consumo
Circulante
Não circulante
Consolidado
2008
519.409
103.982
140.328
763.719
738.832
24.887
Em 31 de dezembro de 2008 as controladas Quattor Petroquímica e Polietilenos União possuíam
provisão para perdas na realização dos estoques de produtos acabados, no valor de R$ 37.844 e R$
10.460, respectivamente, tendo em vista a queda nos preços internacionais de resinas termoplásticas
que afetaram, significativamente, os preços de venda desses produtos no mercado interno e externo.
Discriminação
Saldo em 31 de dezembro de 2008
Custo total
Depreciação acumulada
Valor residual
Saldo em 31 de dezembro de 2008
Aquisições
Alienação/baixa
Depreciação
Baixa da depreciação
Saldo em 31 de dezembro de 2009
Custo total
Depreciação acumulada
Valor residual
Taxas de depreciação %
Imposto de renda retido na fonte
Antecipações de IRPJ e CSSL
ICMS a recuperar (*)
PIS e COFINS (**)
Outros
Total
Circulante
Não circulante
2009
5.990
–
8.322
9.318
1.700
25.330
18.670
6.660
Consolidado
2008
6.814
46.752
491.889
133.651
18.694
697.800
235.338
462.462
(*) No ano de 2008 incluía, principalmente:
(i) ICMS a recuperar da Rio Polímeros S.A., gerado na aquisição de matérias-primas e ativo imobilizado,
no montante de R$ 170.743, referente as importações de equipamentos e peças, destinadas à
construção do parque industrial da Rio Polímeros S.A. Parte do ICMS da Rio Polímeros S.A., que se refere
a compra de ativo imobilizado, está registrado no ativo não circulante, de acordo com o Decreto nº
25.665/99, que permite que a controlada, como contribuinte substitutiva, postergue o pagamento do
ICMS por 6 anos contados da data da aquisição dos bens sem a incidência de encargos financeiros. A
partir do vencimento do tributo, a controlada terá o direito à compensação dos créditos de ICMS,
através da sistemática mensal de 1/48 avos.
(ii) ICMS a recuperar da Quattor Petroquímica S.A. e Quattor Química S.A. no valor de R$ 309.350,
decorrente a operações de vendas interestaduais, cuja alíquota de imposto é inferior a alíquota incidente
sobre as aquisições locais de insumos e matérias primas e das operações de exportação, que são
integralmente desoneradas do imposto.
(**) PIS/Cofins a recuperar, gerados principalmente na aquisição de ativos destinados ao imobilizado
para as expansões das plantas da Quattor Química S.A.
No ano de 2009, os saldos substanciais dos impostos a recuperar são provenientes dos impostos e
tributos incidentes sobre aquisições para obras em andamento da controlada em conjunto Carbocloro,
os quais estão reconhecidos no ativo circulante e não circulante.
10. TRANSAÇÕES E SALDOS COM PARTES RELACIONADAS
(a) Transações e saldos
Controladora
2009
2008
Unipar
Comercial e
Quattor
Distribuidora Carbocloro Polibutenos Participações
Saldos
Ativo circulante
Adiantamentos em
conta-corrente
Juros sobre
capital próprio
Dividendos
a receber
Passivo circulante
Fornecimento
de mercadoria
Adiantamentos em
conta-corrente
Transações
Vendas
Compras
Receitas
financeiras
Despesas
financeiras
–
–
–
721
Total
721
Total
1.324
–
–
273
–
273
322
130
130
5.000
5.000
2.967
3.240
–
721
8.097
9.091
5.981
7.627
218
4.113
–
131
4.462
–
–
218
–
4.113
–
–
34
165
34
4.496
20
20
–
1.634
–
30.286
–
–
–
–
1.158 33.078
7.287
48.310
–
–
–
781
–
–
–
–
781
639
–
480
Consolidado
2009
2008
Unipar
Quattor
Commerce Carbo- ParticiUnipar PolibuINC cloro pações Comercial tenos Petrobrás
Total
Total
Ativo circulante
Duplicatas
a receber
54
–
806
49
–
–
909
21.604
Juros sobre
capital próprio
–
–
–
–
273
–
273
–
Dividendos
–
–
–
130 2.967
–
3.097
–
54
–
806
179 3.240
–
4.279
21.604
Ativo não
circulante
Contas a
receber
–
–
–
–
–
–
–
23.901
–
–
–
–
–
–
–
23.901
Passivo
circulante
Fornecimento
de
mercadoria
– 2.056
171
218
–
–
2.445 148.727
– 2.056
171
218
–
–
2.445 148.727
Vendas
–
8
–
–
–
72.562
72.570 261.390
Compras
–
–
–
–
– 1.050.184 1.050.184 1.803.610
Veículos
Móveis e
Utensílios
1.283
(862)
421
421
–
–
(128)
–
293
1.283
(990)
293
10,00%
1.390
(398)
992
992
411
(532)
(285)
283
869
1.269
(400)
869
20,00%
756
(472)
284
284
336
(6)
(107)
1
508
1.086
(578)
508
10,00%
747
(592)
155
155
188
(3)
(95)
2
247
932
(685)
247
10,00%
Demais
bens
Total em
Operação
Imobilizado
em andamento
Consolidado
Imobilizado
Total
3.924
–
3.924
3.924
–
–
–
–
3.924
3.924
–
3.924
Discriminação
Saldo em 31 de dezembro de 2008
Custo total
Depreciação acumulada
Valor residual
Saldo em 31 de dezembro de 2008
Aquisições
Transferências
Alienação/baixa
Depreciação
Baixa da depreciação
Valor do imobilizado de controladas
excluídas da consolidação
Valor da depreciação do imobilizado
de controladas excluídas da consolidação
Ajuste a valor presente lei 11.638/07
Saldo em 31 de dezembro de 2009
Custo total
Depreciação acumulada
Valor residual
Taxas de depreciação %
8.100
(2.324)
5.776
5.776
935
(541)
(615)
286
5.841
8.494
(2.653)
5.841
Terrenos
Edifícios e
construções
Equipamentos
e instalações
Veículos
Móveis e
Utensílios
80.847
–
80.847
80.847
–
(1.290)
–
–
–
427.625
(100.835)
326.790
326.790
611
2.645
(85)
(15.387)
26
5.205.663
(1.713.217)
3.492.446
3.492.446
46.545
2.178.481
(9.335)
(313.534)
8.774
12.164
(6.128)
6.036
6.036
598
976
(1.490)
(1.873)
742
39.174
(26.083)
13.091
13.091
1.138
1.653
(45)
(3.203)
20
102.264
(58.928)
43.336
43.336
2.935
(18.065)
(390)
(5.269)
233
5.867.737
(1.905.191)
3.962.546
3.962.546
51.827
2.164.400
(11.345)
(339.266)
9.795
2.398.354
–
2.398.354
2.398.354
242.542
(2.119.977)
(673)
–
–
8.266.091
(1.905.191)
6.360.900
6.360.900
294.369
44.423
(12.018)
(339.266)
9.795
(74.487)
(373.794)
(7.102.639)
(9.913)
(36.769)
(81.924)
(7.679.526)
(512.109)
(8.191.635)
–
–
5.070
5.070
–
5.070
102.467
–
43.273
57.002
(13.729)
43.273
4,00%
1.844.513
20.527
165.778
339.242
(173.464)
165.778
10,00%
6.374
–
1.450
2.335
(885)
1.450
20,00%
26.571
–
2.456
5.151
(2.695)
2.456
10,00%
61.049
–
1.905
4.820
(2.915)
1.905
10,00%
2.040.974
20.527
219.932
413.620
(193.688)
219.932
–
19.597
27.734
27.734
–
27.734
2.040.974
40.124
247.666
441.354
(193.688)
247.666
A depreciação do imobilizado é calculada pelo método linear, pelas taxas que levam em consideração a vida útil-econômica estimada dos bens. A depreciação registrada pelas controladas é substancialmente alocada
ao custo de produção.
14. INTANGÍVEL
9. IMPOSTOS A RECUPERAR
Controladora
2009
2008
5.990
1.076
–
–
118
118
2.560
2.463
719
4.671
9.387
8.335
9.387
8.335
–
–
Terrenos
Controladora
Imobilizado
Demais bens
Total
Equipamentos
e instalações
Tecnologia
Solo capitalizado
Marcas e patentes
Direitos de uso - adutora de água
Direitos de uso de software
Ágios na incorporação/aquisição
Outros
Taxas de
amortização
(%)
4,79
3,96
1,95
9,23
12,83
Amortização acumulada
Controladora
2009
–
–
–
–
280
–
3.249
3.529
(3.418)
111
2008
–
–
–
–
241
355.213
–
355.454
(41.585)
313.869
Consolidado
2009
–
–
–
–
1.857
–
4.302
6.159
(4.508)
1.651
2008
160.406
490
101
51.432
67.947
1.461.262
2.052
1.743.690
(476.607)
1.267.083
Ágio controladora
Com a constituição, em 11 de junho de 2008, da Quattor Participações S.A., foi apurado ágio no valor
de R$ 408.901. A Controladora avaliou o valor justo de mercado dos ativos e passivos das referidas
empresas, nos termos da Instrução CVM nº 247/96, desdobrando o valor do ágio em mais valia de ativo
imobilizado e expectativa de rentabilidade futura, com base em laudos emitidos por avaliadores
independentes.
O valor do ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura, no valor de R$ 355.213, assim
como o ágio alocado como mais valia do ativo imobilizado, no montante de R$ 34.579, foram
proporcionalmente amortizados, até 31 de dezembro de 2008, considerando-se a projeção futura de
resultados das empresas objeto e as taxas de depreciação dos ativos imobilizados, respectivamente.
Adicionalmente, a parcela do ágio no montante de R$ 19.109, referente à mais valia dos estoques das
empresas objeto, foi integralmente amortizado em função da realização desses estoques nas
controladas.
Em função do valor obtido pela vendas das ações da Quattor Participações S.A., o ágio da controladora,
fundamentado na expectativa de rentabilidade futura, no valor líquido em 31 de dezembro de 2009 de
R$ 313.771, foi integralmente levado ao resultado para fazer face ao seu provável valor de realização.
Ágio controladas - Quattor Participações S.A.
Em 2008, a Quattor Participações adquiriu participações de minoritários nas empresas controladas
Quattor Petroquímica e QQB, tendo sido apurado ágio no valor de R$ 330.961 e R$ 212.407,
respectivamente. A Quattor Participações avaliou o valor justo de mercado dos ativos e passivos das
referidas empresas, nos termos da Instrução CVM nº 247/96, desdobrando o valor do ágio em mais
valia de estoques e ativo imobilizado e expectativa de rentabilidade futura, com base em laudos
emitidos por avaliadores independentes.
O valor do ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura, no valor de R$ 470.964, assim
como o ágio alocado como mais valia do ativo imobilizado, no montante de R$ 63.442, foram
proporcionalmente amortizados, até 31 de dezembro de 2008, considerando-se a projeção futura de
resultados das empresas objeto e as taxas de depreciação dos ativos imobilizados, respectivamente.
Adicionalmente, a parcela do ágio no montante de R$ 8.962, referente à mais valia dos estoques das
empresas objeto, foi integralmente amortizada em função da realização desses estoques nas
controladas.
Em dezembro de 2009 a controlada Quattor Participações S.A. efetuou análise do valor recuperável de
seus ágios reconhecidos contabilmente e concluiu pelo reconhecimento de provisão para ajuste ao
valor recuperável (“impairment”) dos mesmos no montante de R$ 293.451, registrado na rubrica
“Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas”.
15. DIFERIDO
Estudos e projetos
Gastos administrativos
Despesas pré-operacionais
Provisão para desvalorização
pré-operação
Outros gastos diferidos
Amortização acumulada
Taxas de
amortização
(%)
35,60
5,83
5,81
6,73
7,07
Controladora
Consolidado
2009
29.184
–
–
2008
29.184
–
–
2009
29.184
–
161
2008
51.569
233.076
303.616
–
–
29.184
(29.184)
–
–
–
29.184
(14.520)
14.664
–
–
29.345
(29.222)
123
(83.163)
55.680
560.778
(170.332)
390.446
Conforme permitido pela Medida Provisória nº 449/08, convertida na lei nº 11.941/09 art. 38, o saldo
remanescente do ativo diferido em 31 de dezembro de 2008, que não pôde ser alocado ao ativo
imobilizado e intangível, permaneceu no ativo diferido até sua completa amortização, porém sujeito à
análise periódica de sua recuperação.
16. FINANCIAMENTOS
(a) Atualização e encargos
Taxa média ponderada
Moeda nacional
Atualizados com base:
Na variação da UR - TJLP
Na variação do CDI
Total
Circulante
Não circulante
Controladora
2009
2008
Taxa média ponderada
Moeda nacional
Atualizados com base:
Na variação da UR - TJLP
TJLP + 2,55% a.a.
Na variação do CDI
106,86% do CDI
Compror
Demais empréstimos e financiamentos
Moeda estrangeira
Dólar norte-americano (2009:
Equivalentes a US$ 24,985; 2008:
US$ 1,009,444 mil) Pré-fixado
LIBOR
Cesta de moedas
Euro (2009: Equivalentes a €2,853 mil;
2008 - €3,552 mil) Pré-fixado
5,28% a.a.
Total
Circulante
Não circulante
5.177
872.834
878.011
57.268
820.743
15.512
892.574
908.086
50.143
857.943
Consolidado
2008
58.624
872.834
–
–
931.458
1.670.636
4.460.170
24.190
482.323
6.637.319
19.795
14.431
9.278
43.504
1.398.842
696.593
263.637
2.359.072
7.153
50.657
982.115
89.754
892.361
11.503
2.370.575
9.007.894
1.528.263
7.479.631
(b) Cronograma de amortização
A parcela de longo prazo dos financiamentos será exigível como segue:
Controladora
218.548
242.205
198.772
161.218
820.743
2011
2012
2013
2014 em diante
2009
Consolidado
247.153
270.810
213.043
161.355
892.361
(c) Garantias
Como garantia dos empréstimos e financiamentos obtidos pela Companhia foram oferecidas ações da
Carbocloro S.A. Indústrias Químicas e fianças bancárias.
Certos empréstimos apresentam também cláusulas que estabelecem o atendimento de determinados
indicadores financeiros (“covenants”). Em 31 de dezembro de 2009 a Companhia estava adimplente
com o atendimento dessas cláusulas.
17. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS
Os processos fiscais, cíveis e trabalhistas foram avaliados pela Administração da Companhia e de suas
controladas e controlada em conjunto baseados na opinião dos consultores jurídicos. Nos casos em que
há expectativas prováveis de perdas, foram constituídas as correspondentes provisões para
contingências. As movimentações das provisões em 2009 (controladora e consolidado) estão
apresentadas a seguir:
Controladora
Saldos em
Saldos em
31 de dezembro
Atualização 31 de dezembro
de 2008 Adições
monetária
de 2009
Fiscais
PIS/COFINS
2.519
–
228
2.747
Trabalhistas
5.500
1.500
–
7.000
8.019
1.500
228
9.747
(–) Depósitos judiciais
(2.519)
–
(228)
(2.747)
5.500
1.500
–
7.000
Distribuição no balanço patrimonial
Circulante
Não circulante
5.500
–
–
7.000
5.500
–
–
7.000
Consolidado
Ajuste
Saldos em
decorrente de Saldos em
31 de
controladas
31 de
dezembro
Atualização
excluídas da dezembro
de 2008 Adições Reversões
monetária consolidação de 2009
Fiscais
IPI
PIS/COFINS
CPMF
Imposto de renda e
contribuição social
Outros
Cíveis
Trabalhistas
Ambientais
Outros
(–) Depósitos judiciais
TJLP + 3%
106,86% do CDI
5,42% a.a.
LIBOR + 0,48% a.a.
Cesta + 4,25%a.a.
2009
Distribuição no
balanço patrimonial
Circulante
Não circulante
6.336
26.529
2.691
857
658
–
(7.193)
(198)
(2.065)
–
855
56
–
(13.946)
(682)
–
13.898
–
9.173
3.514
48.243
4.130
11.844
3.800
–
68.017
(28.921)
39.096
767
568
2.850
1.233
7.228
2.243
174
13.728
(3.189)
10.539
(3.444)
(3.200)
(16.100)
(4.970)
(5.177)
(2.947)
–
(29.194)
(13.989)
(15.205)
–
101
1.012
–
–
–
–
1.012
(378)
634
(3.325)
1.735
(16.218)
(393)
(6.895)
(2.243)
(174)
(25.923)
6.966
(18.957)
3.171
2.718
19.787
–
7.000
853
–
27.640
(11.533)
16.107
3.800
35.296
39.096
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
854
15.253
16.107
continua
continuação
CNPJ/MF 33.958.695/0001-78
NIRE nº 33.300.154.469
Companhia Aberta
www.unipar.ind.br
UNIPAR - União de Indústrias Petroquímicas S.A.
NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de dezembro 2009 e de 2008
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
A natureza das provisões pode ser sumariada como segue:
PIS/COFINS
Em função de ter sido revogada a liminar concedida anteriormente para a suspensão da exigibilidade
destas contribuições devidas na forma da Lei nº 9.718/98, garantindo o direito de recolhimento das
referidas contribuições calculadas na forma da legislação anterior (Lei Complementar nº 70/91), a
Companhia efetuou depósito judicial do mesmo valor provisionado no montante de R$ 2.747.
A controlada em conjunto Carbocloro possui provisão para contingência de PIS no montante de R$
11.151 (2008: R$ 10.362), correspondente a participação da Controladora de 50% nessa empresa, que
se refere a compensações efetuadas com a utilização de recolhimentos desse tributo no período de
março de 1996 a janeiro de 1999, que estão sendo discutidos judicialmente.
Imposto de renda e contribuição social
A Carbocloro S.A. Indústrias Químicas constituiu provisão para contingência no valor de R$ 3.171
(2008: R$ 4.051), correspondente a participação da Controladora em 50% nessa empresa, referente à
correção monetária das parcelas do imposto de renda do exercício de 1989 e imposto de renda sobre
lucro líquido e contribuição social de 1990.
Remediação ambiental
Com base em estudos elaborados por empresa especializada, a Carbocloro, a fim de atender à
legislação ambiental em vigor constituiu, em anos anteriores, provisão para remediação ambiental. O
saldo em 31 de dezembro de 2009 é de R$ 853 (2008: R$ 3.800), correspondente à participação da
Controladora de 50% nessa empresa.
Perdas possíveis, não provisionadas no balanço:
Adicionalmente, a Companhia e sua controlada em conjunto possuem em 31 de dezembro de 2009
disputas judiciais fiscais no montante de R$ 1.925 (2008 - R$ 216.942) para as quais os consultores
jurídicos consideram como possíveis as possibilidades de perdas e, portanto, não há provisão
constituída.
18. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS
A participação dos empregados nos resultados apurados no exercício é determinada respeitando-se os
acordos celebrados entre a Companhia e seus empregados, e observadas as disposições legais,
conforme estabelecido pelo Estatuto Social da Companhia.
As empresas controladas e controladas em conjunto também firmaram acordo para participação dos
empregados nos lucros, sempre conforme a legislação pertinente.
Em 13 de dezembro de 2007, o Conselho de Administração autorizou a recompra de até 22.132.484
ações preferenciais de Classe B de emissão da Companhia em circulação no mercado, para permanência
em tesouraria e alienação futura ou cancelamento. Com base nesta autorização as seguintes compras
foram efetuadas:
Quantidade de
Custo médio
Data
ações adquiridas
Valor unitário - R$
02/02/2008
40.000
68
1,70
04/01/2008
40.000
67
1,68
21/01/2008
100.000
163
1,63
23/01/2008
50.000
80
1,60
28/02/2008
110.000
180
1,64
01/04/2008
100.000
157
1,57
440.000
715
1,63
Bonificação conforme AGO/AGE de 15/04/2008
44.000
Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008
484.000
715
1,47
Considerando a cotação das ações em bolsas de valores em 31 de dezembro de 2009, o valor de
mercado dessas ações era de R$ 561 (R$ 310 em 31 de dezembro de 2008).
21. RESULTADO FINANCEIRO
Controladora
2009
2008
Despesas financeiras
Juros de empréstimos e financiamentos
Outras despesas
Receitas financeiras
Rendimentos de aplicações financeiras
Outras receitas
Variação cambial ativa
Variação cambial ativa
Variação monetária ativa
Variação cambial passiva
Variação cambial passiva
Variação monetária passiva
19. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
(a) A conciliação das despesas e receitas de imposto de renda e contribuição social e o produto da alíquota
vigente sobre o lucro antes do IRPJ e CSLL, é demonstrada a seguir:
Controladora
Consolidado
2009
2008
2009
2008
Prejuízo antes do imposto de renda
e da contribuição social
(680.388)
(98.174)
(674.327)
(515.351)
Imposto de renda e contribuição social apurados
com base nas alíquotas nominais - 34%
231.332
33.379
229.271
175.219
Ajustes para refletir a alíquota efetiva
Equivalência patrimonial
(21.287) (101.755)
1.204
6.382
Juros sobre capital próprio
–
7.268
–
7.268
Amortização (recuperação) de ágio
(1.237)
1.434
(2.521)
1.434
Imposto de renda e contribuição
social diferidos não constituídos
sobre a provisão para perdas
em investimentos
(167.407)
–
(268.043)
–
Crédito tributário não constituído no
exercício sobre prejuízos fiscais e bases
negativas de contribuição social
(35.716)
–
(48.730)
(153.904)
Outras exclusões (adições) permanentes
(5.851)
5.537
2.219
–
IRPJ e CSLL correntes e diferidos
(166)
(54.137)
(86.600)
36.399
IRPJ e CSLL corrente
–
(39.576)
(63.719)
(68.782)
IRPJ e CSLL diferido
(166)
(14.561)
(22.881)
105.181
(166)
(54.137)
(86.600)
36.399
(b) Imposto de renda e contribuição social diferidos
No consolidado, os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos, totalizam R$ 2.131
e R$ 9.073, registrados no ativo circulante e no não circulante, respectivamente (R$ 19.298
e R$ 276.518, em 31 de dezembro de 2008). A constituição dos ativos segue os critérios previstos
pela instrução CVM 371/02.
As estimativas de recuperação dos créditos tributários foram baseadas nas projeções dos lucros
tributáveis, levando em consideração diversas premissas financeiras e de negócios consideradas na data
prevista de tais projeções. Com base em tais projeções, a administração da Companhia e de suas
controladas estimam a realização dos créditos tributários nos seguintes exercícios:
Ano de realização
Consolidado
2010
2.131
2011
9.073
11.204
Além desse ativo fiscal diferido, a Companhia apresenta em seus registros fiscais o montante
de R$ 46.367, a compensar com lucros tributáveis futuros, ainda não registrados contabilmente
por não ser possível afirmar que sua realização é, presentemente, considerada provável no prazo
de até 10 anos, nos termos da Instrução CVM nº 371.
(c) Regime Tributário de Transição
Para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios
de 2009 e 2008, a Companhia e suas controladas optaram pelo Regime Tributário de Transição - RTT,
que permite à pessoa jurídica eliminar os efeitos contábeis da Lei 11.638/07 e da MP 449/08, convertida
na Lei 11.941/09, por meio de registros no livro de apuração do lucro real - LALUR ou de controles
auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil. As companhias optaram por este
regime quando da entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica - DIJPJ do ano-calendário
2008 e optará novamente, quando da entrega da DIPJ ano-calendário de 2009.
O Regime Tributário de Transição (RTT) terá vigência até a entrada em vigor de lei que discipline os
efeitos fiscais dos novos métodos contábeis, buscando a neutralidade tributária.
(d) Programa de Recuperação Fiscal (REFIS)
Em novembro de 2009, a Companhia e suas controladas aderiram ao Programa de Recuperação Fiscal,
instituído pela Lei nº 11.941/09 e pela Medida Provisória nº 470/2009, visando equalizar e regularizar os
passivos fiscais por meio de um sistema especial de pagamento e de parcelamento de suas obrigações
fiscais e previdenciárias.
Atualmente a administração encontra-se em fase de avaliação e quantificação dos processos e passivos
fiscais que farão parte dessa adesão; consequentemente, nenhum ajuste contábil foi efetuado nas
presentes demonstrações financeiras.
Risco com taxa de câmbio
(f) Ações em tesouraria
Resultado financeiro
(119.053)
(5.343)
(124.396)
(578.310)
(147.966)
(726.276)
(409.054)
(129.758)
(538.812)
50.904
807
51.711
47.889
1.520
49.409
125.693
15.478
141.171
142.037
(656)
141.381
–
1.579
1.579
6
1.131
1.137
490.298
197.822
688.120
147.219
1.807
149.026
–
–
–
(44.905)
–
(46)
(46)
(73.896)
(151.221)
(19.028)
(170.249)
(67.234)
(741.830)
(2.353)
(744.183)
(992.588)
22. PASSIVO ATUARIAL
Plano de suplementação de aposentadoria
(a) Unipar (Controladora)
A Controladora é patrocinadora de plano de benefícios pós-emprego na modalidade de contribuição
definida administrado pela BRASILPREV Seguros e Previdência S.A., plano este que até outubro de 2009
era administrado pela Itaú Previdência e Seguros S.A.
De acordo com a legislação de portabilidade, os colaboradores tem a opção de transferir seus recursos
do antigo para o atual plano de previdência privada.
No que diz respeito ao cumprimento da Deliberação CVM nº 371/00, que aprovou a NPC 26 do
IBRACON - “Contabilização de Benefícios a Empregados”, a Administração da Companhia,
consubstanciada na posição do administrador do plano de benefícios pós-emprego do qual é
patrocinadora, entende não ter efeitos a contabilizar, já que não há existência de déficit previdenciário
em função do perfil do referido plano ser de Contribuição Definida. Os benefícios serão disponíveis a
partir da idade de aposentadoria contratada, calculados no momento da concessão da aposentadoria,
de acordo com o fundo acumulado existente naquela data.
O montante das contribuições da Companhia à este plano totalizou R$ 674 no exercício findo em 31 de
dezembro de 2009 (R$ 601 em 31 de dezembro de 2008).
(b) Carbocloro
A Carboprev foi constituída em 1º de setembro de 1997, como resultado da transferência dos
participantes empregados da Carbocloro que estavam vinculados ao plano da Vulcaprev - Sociedade de
Previdência Privada.
A Carbocloro patrocina integralmente a suplementação de aposentadoria de seus funcionários através
de um plano básico com benefício definido, com 419 participantes em 31 de dezembro de 2009 (2008:
409 participantes), e contribui em um plano de contribuição definida, custeado também pelos
funcionários, contando com 277 participantes em 31 de dezembro de 2009 (2008: 265 participantes),
estando a administração desses planos a cargo da Carboprev Sociedade de Previdência Privada. No ano
de 2009, a Carbocloro constituiu passivo atuarial no valor de R$ 238 correspondente a participação da
Controladora de 50% nessa empresa.
O capital subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 está composto de ações
escriturais, de valor unitário de R$ 1,00, com a seguinte distribuição:
Quantidade de ações
em milhares
Ações ordinárias
278.499
Ações preferenciais classe A
25.907
Ações preferenciais classe B
531.092
835.498
(c) Direitos das ações
As ações ordinárias têm direito a voto nas deliberações sociais.
As ações preferenciais classe A têm direito ao recebimento de dividendo mínimo prioritário de 10% ao
ano sobre o valor nominal de cada ação, sendo assegurado que tais dividendos não serão inferiores a
110% do atribuído a cada ação ordinária.
As ações preferenciais classe B têm prioridade no reembolso do capital, sem prêmio, no caso de
liquidação da Companhia, e recebimento de um dividendo 10% maior do que o atribuido a cada ação
ordinária.
Todas as ações participam em igualdade de condições na distribuição de bonificações em ações
decorrentes da capitalização de reservas e/ou de lucros.
(d) Reservas
Reserva legal
Essa reserva é constituída mediante a apropriação de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício
social, até atingir os limites fixados pela legislação societária.
Reserva especial para dividendos - estatutária
A essa reserva são destinados, anualmente, 5% do lucro líquido do exercício, além da reversão do valor
do dividendo obrigatório pago antecipadamente. O saldo não poderá exceder 20% do capital social.
Essa reserva tem por finalidade assegurar fluxo regular de dividendos e possibilitar o pagamento
antecipado do dividendo obrigatório durante cada exercício social e até a Assembléia Geral Ordinária
que aprovar as respectivas demonstrações financeiras.
Reserva de retenção de lucros para investimentos
Reserva constituída em anos anteriores para atender aos investimentos da Companhia, com base em
orçamentos de capital preparados pela Administração.
(e) Dividendos propostos e juros sobre capital próprio
Aos titulares de ações de qualquer espécie é assegurado, estatutariamente, em cada exercício, um
dividendo obrigatório de 25% do lucro líquido, ajustado nos termos da legislação societária (Artigo 202
da Lei nº 6.404/76). Conforme Assembléia Geral Ordinária de 24 de abril de 2009, para atender o
dividendo mínimo prioritário atribuído às ações PNA, foi aprovada a distribuição de dividendo
complementar do exercício de 2008, no valor de R$ 1.337.
Durante o ano 2009, a Companhia distribuiu dividendos intermediários no montante de R$ 8.907 com
base nos resultados auferidos até a data da respectiva distribuição. Em função dos prejuízos registrados
no último trimestre decorrentes principalmente da alienação dos investimentos na controladas Quattor
Participações S.A., Unipar Comercial e Distribuidora S.A. e Polibutenos S.A. Indústrias Químicas, os
dividendos distribuídos foram debitados da conta de Reserva de Investimentos.
Para atender ao dividendo mínimo prioritário atribuído às ações PNA, foi proposta a distribuição de
dividendo complementar ad-referendum da próxima AGO, no valor de R$ 2.306.
(i) Instrumentos financeiros derivativos
A Controladora e sua controlada em conjunto Carbocloro não possuem instrumentos derivativos
contratados nas datas das demonstrações financeiras.
Em 31 de dezembro de 2008, as controladas Unipar Comercial e Distribuidora S.A. e Petroquímica União
S.A. (posteriormente denominada Quattor Químicos Básicos S.A. e, finalmente, Quattor Química S.A. vide Nota 1), participavam de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos com a
finalidade de proteger-se dos riscos de mercado, de moedas e de taxas de juros, sem fins especulativos.
Efeito acumulado (ano 2009)
Valor de referência
Valor a Valor a
- nocional
Valor justo
receber pagar
Descrição dos contratos de “swap”
2009
2008 2009
2008 (recebido) (pago)
Banco Credit Suisse
1 - Swap de taxa de juros
(vencimento 18/04/2012)
– 88.015
– (19.140)
–
(211)
Posição ativa (LIBOR + 1% a.a.)
–
–
–
12.067
–
–
Posição passiva (108% do CDI)
–
–
– (31.207)
–
–
2 - Swap de taxa de juros
(vencimento 27/03/2015)
– 138.304
– (32.378)
–
(120)
Posição ativa (LIBOR + 1,7% a.a.)
–
–
–
20.281
–
–
Posição passiva (103% do CDI)
–
–
– (52.659)
–
–
Banco ABN Real
3 - Trava de LIBOR
(vencimento 01/03/2010)
– 109.330
–
(5.192)
–
(310)
Posição ativa (LIBOR 6 meses)
–
–
– 113.825
–
–
Posição passiva
(taxa fixa de 4,925% a.a.)
–
–
– (119.017)
–
–
4 - Trava de LIBOR
(vencimento 05/10/2013)
– 37.715
–
(2.937)
–
(8)
Posição ativa (LIBOR 12 meses)
–
–
–
34.053
–
–
Posição passiva
(taxa fixa de 5,03% a.a.)
–
–
– (36.990)
–
–
5 - Hedge de dívida em dólares
(vencimento 27/08/2009)
– 9.582
–
(7.605)
–
–
Posição ativa
(variação cambial + 7,0417% a.a.)
–
–
–
10.298
–
–
Posição passiva (105,93% do CDI)
–
–
– (17.903)
–
–
Metodologia de cálculo do valor justo
A metodologia utilizada para o cálculo do valor justo, levou em consideração o fluxo de caixa
descontado considerando os preços de contratos de operações iguais ou semelhantes registrados na
BM&F nas datas de seus vencimentos, utilizando-se do método de interpolação, considerando o custo
do risco das controladas no atual momento.
Outros instrumentos financeiros
Apresentamos, a seguir, quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros,
que descreve os riscos que podem gerar prejuízos materiais para a Companhia e sua controlada em
conjunto. A administração utilizou como premissa os indicadores macroeconômicos vigentes por
ocasião do encerramento do trimestre findo em 31 de dezembro de 2009, apresentando um cenário
mais provável (cenário I) segundo avaliação efetuada pela administração, considerando um horizonte de
três meses, quando deverão ser divulgadas as próximas informações financeiras contendo tal análise.
Adicionalmente, dois outros cenários são demonstrados, nos termos determinados pela CVM por meio
da Instrução nº 475/08, os quais consideram 25% e 50% de deterioração da variável de risco
denominados, respectivamente (cenários II e III).
Quadro demonstrativo de análise de sensibilidade
23. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
(i) Financiamentos
(a) Identificação e valorização dos instrumentos financeiros
A Companhia e sua controlada em conjunto operam com diversos instrumentos financeiros, com
destaque para disponibilidades, incluindo aplicações financeiras, duplicatas a receber de clientes,
contas a pagar a fornecedores e empréstimos e financiamentos.
Considerando a natureza dos instrumentos, o valor justo é basicamente determinado pela aplicação do
método do fluxo de caixa descontado. Os valores registrados no ativo e no passivo circulante têm
liquidez imediata ou vencimento, em sua maioria, em prazos inferiores a três meses. Considerando o
prazo e as características desses instrumentos, que são sistematicamente renegociados, os valores
contábeis aproximam-se dos valores justos.
(b) Caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, contas a receber, outros ativos
circulantes e contas a pagar
Os valores contabilizados aproximam-se dos de realização.
Consistem, principalmente, em investimentos registrados pelo método de equivalência patrimonial, em
empresas de capital fechado ou empresas registradas na CVM, mas com reduzido volume de ações em
poder do público e, portanto, com pouca ou nenhuma negociação de suas ações.
Indexador
CDI total
TJLP total
Valor
872.834
5.177
Risco
Alta do CDI
Alta da TJLP
20.174
38
20.174
1.099
Cenário
possível
25%
25.218
1.312
Consolidado
Cenário
remoto
50%
30.261
1.525
204
331
2.643
7.183
5.054
13.955
89
3.755
7.348
Cenário
Possível
2,18
3,13
10,69
0,54
7,50
5,31
Cenário
Remoto
2,61
3,76
12,83
0,65
9,00
6,38
Cenário
provável
Indexador
CDI total
TJLP total
CESTA total
Valor
872.834
58.624
9.278
FIXA total
LIBOR total
26.948
14.431
Risco
Alta do CDI
Alta da TJLP
Alta do Dólar +
Alta da CESTA
Alta do dólar
Alta do dólar +
alta da LIBOR
(ii) Premissas utilizadas nas simulações
(d) Financiamentos
O valor contábil dos financiamentos em reais que tem suas taxas atreladas à variação do CDI aproximase do valor de mercado. Para os demais financiamentos, inclusive os denominados em moeda
estrangeira, a diferença entre o valor contábil e o valor de mercado, apurada pelo método do fluxo de
caixa descontado, pode ser assim sumariada:
Controladora
2009
2008
Valor
Valor de
Valor
Valor de
Contábil
mercado
Contábil
mercado
Moeda nacional
878.011
867.656
908.086
889.342
Moeda nacional
Moeda estrangeira
Controladora
Cenário
Cenário
possível
remoto
25%
50%
25.218
30.261
49
58
Cenário
provável
(c) Investimentos
(a) Capital autorizado
(b) Capital subscrito e integralizado
Consolidado
2008
(93.290)
(4.905)
(98.195)
20. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O capital autorizado em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, está composto de 840.000.000 ações,
com valor nominal de R$ 1,00 cada uma, sendo as preferenciais limitadas a 2/3 do total, podendo ser
aumentado até esse limite pelo Conselho de Administração. As ações preferenciais classe A são
limitadas a 25.907.109 ações.
2009
As empresas controladas e controladas em conjunto estão suscetíveis a esta variação em virtude dos
efeitos da volatilidade da taxa de câmbio sobre os passivos e ativos atrelados a moedas estrangeiras,
principalmente ao dólar norte-americano e o euro, conforme a seguir detalhado.
2009
2008
Moeda
Moeda
estrangeira
estrangeira
(em milhares)
Reais (em milhares)
Reais
Ativo
Contas a receber em US$
–
–
38.707
90.458
Passivo
Fornecedores em US$
–
–
921
2.149
Empréstimos em US$
24.985 43.504
1.009.444 2.359.072
Empréstimos em €(Euro)
2.853
7.153
3.552
11.503
Exposição líquida
46.821
2.282.264
Valor
Contábil
931.458
50.657
982.115
2009
Valor de
mercado
921.103
50.704
971.807
Consolidado
2008
Valor
Valor de
Contábil
mercado
6.637.319
6.415.815
2.370.575
2.311.700
9.007.894
8.727.515
(e) Política de gestão de riscos financeiros
Detalhamento da política de utilização de instrumentos derivativos
A política da Companhia e suas controladas para a utilização de instrumentos derivativos, é voltada
apenas para a proteção do risco com a variação cambial. Ela se utiliza dos instrumentos derivativos para
proteção de seu passivo financeiro e fluxo de caixa contra os movimentos adversos da taxa de câmbio,
sendo que, nenhuma operação é realizada para fins especulativos. Toda e qualquer operação de hedge
ou outra operação que envolva a contratação de instrumentos derivativos deverá ser aprovada pelo
Conselho de Administração.
Limites de posição e exposição, e discricionariedade da Tesouraria para a utilização de
recursos financeiros para o gerenciamento de seus instrumentos financeiros derivativos.
A Tesouraria não tem poderes nem autorização de fechar quaisquer operações de derivativos, que
devem ser previamente analisadas e aprovadas pela Diretoria e Conselho de Administração. A
Tesouraria possui modelos de precificação de seus derivativos e acompanha diariamente as posições de
mercado de seus instrumentos financeiros, reportando à Diretoria as variações do mercado, bem como
as oscilações e possíveis riscos aos quais a Companhia estiver exposta. A Tesouraria possui o terminal
Bloomberg para acompanhamento de preços e curvas de mercado.
Estratégia, controles internos e parâmetros para o gerenciamento do risco de variação
cambial.
A estratégia deve ser defensiva, tratando de proteger os resultados financeiros e o fluxo de caixa contra
os movimentos adversos das taxas de câmbio. Como controle interno, a Tesouraria informa
periodicamente à Diretoria sobre as posições e exposições aos instrumentos derivativos contratados. A
Companhia e suas controladas gerenciam o risco de variação cambial através de planilhas e
monitoramento de preços e curvas de mercado.
(f) Risco de crédito
Os instrumentos financeiros que potencialmente sujeitam a Companhia e sua controlada em conjunto,
em concentração de risco de crédito, consistem, principalmente, em saldos em bancos, aplicações
financeiras e contas a receber de clientes.
A política de vendas da Controlada em conjunto está intimamente associada ao nível de risco de crédito
a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis,
a seletividade de seus clientes, assim como o acompanhamento dos prazos de financiamento de vendas
por segmento de negócios e limites individuais de posição, são procedimentos adotados a fim de
minimizar eventuais problemas de inadimplência em seu contas a receber.
A Administração da Companhia e sua controlada em conjunto monitoram o risco do saldo a receber de
clientes, avaliando a necessidade de se constituir provisão para créditos de liquidação duvidosa.
(g) Risco de liquidez
É o risco da Companhia e sua controlada em conjunto não possuírem recursos líquidos suficientes para
honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre
os recebimentos e pagamentos previstos.
Para administrar a liquidez do caixa em moeda nacional e estrangeira, são estabelecidas premissas de
desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de Tesouraria.
(h) Risco de mercado
Risco com taxa de juros
O risco associado é oriundo da possibilidade de a Companhia e sua controlada em conjunto incorrerem
em perdas por causa de flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas a
financiamentos captados no mercado. A Companhia e sua controlada monitoram continuamente as
taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de novas
operações para proteger-se contra o risco de volatilidade dessas taxas.
Cenário
Provável
1,74
2,51
8,55
0,43
6,00
4,25
Indexador
Taxa de câmbio (R$/U$)
Taxa de câmbio (R$/Euro$)
CDI - %
LIBOR - %
TJLP - %
CESTA - %
A Administração elaborou análise de sensibilidade para os demais instrumentos financeiros em 31 de
dezembro de 2009 e verificou que os mesmos não apresentam risco de prejuízos materiais.
24. COMPROMISSOS
A controlada em conjunto Carbocloro S.A. Indústrias Químicas possui contratos de fornecimento de
insumos diversos na modalidade “take or pay” com vigência até setembro de 2014 e montante total
contratado de aproximadamente R$ 671.759 (2008 - R$ 806.961).
Historicamente, a controlada em conjunto tem consumido de forma integral as quantidades de insumos
contratadas.
25. OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS, LÍQUIDAS
Nota
Provisão para ajuste ao
valor de realização de
investimentos destinados
à venda
Impairment sobre ativos
Ganho de capital na alienação da
União Terminais e União Vopak
Ganho de capital na alienação
da Petroflex
Reversão de provisão para
perdas nos estoques
Reversão de provisão para
perdas com créditos
Redução de passivo atuarial
Parada geral manutenção
Reversão da provisão
de contingências
Demais receitas (despesas)
Controladora
2009
2008
2009
Consolidado
2008
11
11 e 13
(149.781)
(342.591)
–
–
(149.781)
(636.042)
(30.475)
–
1(b)
–
404.207
–
404.207
1(a)
–
57.134
–
57.134
–
–
40.121
–
–
–
–
–
–
–
10.208
15.037
–
–
–
(51.302)
–
(1.100)
(493.472)
–
(1.691)
459.650
–
1.915
(718.542)
16.830
(7.389)
389.005
26. EVENTO SUBSEQUENTE
(a) Alienação de investimentos: Quattor, Unipar Comercial e Polibutenos
Em 22 de janeiro de 2010, a Companhia celebrou Acordo de Investimento com Odebrecht S.A.
(“ODB”), Odebrecht Serviços e Participações S.A. (“OSP” e, em conjunto com ODB, como
“Odebrecht”), Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras (“PTB”) , e Petrobras Química S.A. - Petroquisa
(“Petroquisa” e, em conjunto com PTB, como “Petrobras”) e Braskem S.A. (“Braskem”) pela qual se
comprometeu a vender para a Braskem (i) a totalidade (correspondente a 60% do capital total e votante)
de sua participação societária na Quattor Participações S.A. (“Quattor”), (ii) a totalidade
(correspondente a 100% do capital votante e total) de sua participação societária na Unipar Comercial e
Distribuidora S.A. (“Unipar Comercial”) e (iii) a totalidade (correspondente a 33,33% do capital votante
e total) de sua participação societária na Polibutenos S.A. Indústrias Químicas (“Polibutenos”) (“Acordo
de Investimento”).
O valor global da transação refletida no Acordo de Investimento com relação à Unipar é de R$ 870.000,
sendo R$ 647.300 correspondentes ao valor que será pago pela participação acionária da Unipar na
Quattor, R$ 170.000 correspondentes ao valor líquido atribuído à Unipar pelas suas obrigações no
âmbito da opção de venda de ações da Quattor (resultantes do compromisso de migração da Rio
Polímeros) outorgada pela Unipar ao BNDES Participações S.A. - BNDESPAR ,quando da constituição da
Quattor, as quais serão assumidas pela Braskem, R$ 27.700 correspondentes ao valor que será pago pela
participação acionária da Unipar na Unipar Comercial e R$ 25.000 correspondentes ao valor que será
pago pela participação acionária da Unipar na Polibutenos.
O Acordo de Investimento prevê a realização de determinados eventos para a concretização das
transações acima, os quais deverão ser finalizados durante o primeiro semestre de 2010.
27. SEGUROS
Em 31 de dezembro de 2009, a Controladora e sua controlada em conjunto possuíam coberturas de
seguros para os bens do ativo imobilizado, lucros cessantes e responsabilidade civil em montante,
considerado pela Administração, suficiente para cobrir eventuais perdas com sinistros.
continua
continuação
CNPJ/MF 33.958.695/0001-78
NIRE nº 33.300.154.469
Companhia Aberta
www.unipar.ind.br
UNIPAR - União de Indústrias Petroquímicas S.A.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Frank Geyer Abubakir
Presidente
DIRETORIA
Vera Soares de Sampaio Geyer - Conselheira
Arthur Cesar Whitaker de Carvalho - Conselheiro
CONTADOR
José Octávio Vianello de Mello
Presidente e Relações com Investidores
Jesus Alvaro Gouveia
CRC - SP157.547/O-S/RJ
Gabriel Agostini - Conselheiro
Maria Soares de Sampaio Geyer
Vice-Presidente
Fernando Sérgio Martins Fontes
Diretor Executivo
Leivi Abuleac - Conselheiro
Victor Adler - Conselheiro
PARECER DO CONSELHO FISCAL
“O Conselho Fiscal da UNIPAR - União de Indústrias Petroquímicas S.A., no desempenho de suas atribuições
do Exercício, das Mutações do Patrimônio Líquido, do Fluxo de Caixa e do Valor Adicionado, e a Distribuição de
São Paulo, 23 de março de 2010
legais e estatutárias, procedeu ao exame do Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras do
Dividendos, bem como o Parecer da PriceWaterhouseCoopers Auditores Independentes de 08/03/2010,
Antônio Ignacio de Mattos Neto - Presidente
exercício social encerrado em 31/12/2009, compreendendo: Balanço Patrimonial, Demonstrações do Resultado
concluindo por considerá-los em boa ordem, pelo que recomenda sua aprovação pela Assembléia Geral”.
Jayme Berbat
João Claudio Zola
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos Administradores e Acionistas
Unipar - União de Indústrias Petroquímicas S.A.
1. Examinamos o balanço patrimonial da Unipar - União de Indústrias Petroquímicas S.A. e o balanço
patrimonial consolidado da Unipar - União de Indústrias Petroquímicas S.A. e suas controladas em
31 de dezembro de 2009 e de 2008 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do
patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado da Companhia e as correspondentes
demonstrações consolidadas do resultado, dos fluxos de caixa e do valor adicionado dos exercícios findos
nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de emitir
parecer sobre essas demonstrações financeiras.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais
requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das
demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames
compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância
dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a
constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações
contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas
pela Administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em
conjunto.
3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Unipar - União de Indústrias Petroquímicas
S.A. e da Unipar - União de Indústrias Petroquímicas S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de
2009 e de 2008 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido, os fluxos de caixa e os
valores adicionados nas operações da Companhia referentes aos exercícios findos nessas datas, bem como o
resultado consolidado das operações e seus fluxos consolidados de caixa e valores consolidados adicionados
nas operações desse exercício, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Rio de Janeiro, 08 de março de 2010
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes
CRC 2SP000160/O-5
Carlos Alberto de Sousa
Contador CRC 1RJ056561/O-0

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