HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE SERGIPE/ 8ºANO

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HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE SERGIPE/ 8ºANO
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE SERGIPE/ 8ºANO
PROFA. CARINE MANGUEIRA
“Cansado da dependência com a província maior/ Sergipe ardente
procura/ um bem mais consolador.”
Hino do estado de Sergipe – 1836
1- Características Gerais:
 No início da colonização do Brasil, o território foi dividido em diversas capitanias hereditárias (15) pelos
portugueses
 O nosso estado atual fazia parte da capitania da Bahia
 Capitania de Sergipe Del Rey
 Primeira capital: São Cristóvão
 Diversas invasões estrangeiras: franceses e holandeses
 Inserido no nordeste, o território sergipano se alinhava a algumas características da região.
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Nordeste e Sergipe Colonial
A produção açucareira foi fundamental para o início do processo de ocupação territorial brasileiro
Nem todo produtor de cana era senhor de engenho
A produção de açúcar depende de uma série de investimentos: solo e clima propícios, fontes de água, matas
próximas
As capitanias de Pernambuco e Bahia (a quem Sergipe estava ligado) se destacaram na produção açucareira,
pois os grandes portos para escoar a produção para Europa eram fundamentais
No nosso estado, os principais munícipios do interior que eram produtores contavam com acesso aos rios,
que levavam ao mar e facilitavam a exportação.
Principais rio em Sergipe: Vaza-Barris, Sergipe e Cotinguiba.
Solo massapê: fértil
O sistema de PLANTATION reúne as principais características da produção de cana: Monocultura,
exportação, escravidão e latifúndios (MEEL)
Apesar de trazer muitos lucros, cana exigia muitos investimentos
Mercado consumidor: Europa
Os homens livres que trabalhavam nos engenhos eram minoria e tinham funções específicas: cuidar, vigiar
e punir os escravos, acompanhar a produção açucareira, caseiros, feitores.
Ocupando vastas áreas que antes eram matas e florestas, a produção de açúcar devastou drástica e
rapidamente o meio ambiente
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O meio ambiente também foi afetado pelos desmatamento para recolher madeira e utilizar nas caldeiras para
produção do melaço (uma das fases da produção do açúcar)
A grande maioria dos escravos era sequestrados e comercializados da África para o Brasil: levavam uma
vida indigna e desumana, eram mal alimentados, explorados, violentados e pertenciam aos seus senhores
como objetos.
Na sociedade da cana, todo o poder emana do PATRIARCA, o chefe masculino da família
O “status” e a posição social dependiam da quantidade de terras e escravos que família possuía: sociedade
rural e escravista
Durante o período colonial açucareiro, o campo (meio rural) era responsável pela produção e
desenvolvimento econômico, enquanto as cidades era responsáveis por escoar a produção canavieira através
dos portos e receber mercadorias vindas da Europa.
Nem indígenas, nem africanos aceitaram a escravidão com tranquilidade, ambos tentaram resistir aos maus
tratos e ao trabalho abusivo: os índios tinham maior facilidade de fuga, pois conhecia melhor o território.
No agreste e no sertão sergipano, distantes do litoral e da exportação da cana, a base da economia foi a
pecuária.
Pecuária: bovinos e caprinos.
Pecuária: mão-de-obra livre, charque (carne salgada), consumo interno, couro para exportação, cultura do
vaqueiro (aboio, vaquejada)
Mão de Obra
O português e a elite achavam trabalho braçal algo inferior
Mão de obra escrava: negros da terra e negros africano.
Coisificação do ser humano: péssimas condições de vida e trabalho, punições e violência
O escravo é um bem, uma propriedade do seu senhor.
Índios: inadaptação e substituição pela mão de obra escrava africana
Índios: conhecimento do território, língua, proteção dos jesuítas, produção para subsistência e doenças dos
brancos.
Africanos: tráfico de seres humanos, comércio lucrativo, sequestrados, usados em vários setores produtivos,
considerados “as mãos e os pés dos senhores”.
Africanos: fugas, formação de quilombos, revoltas, suicídios.