Industrial Rope Access Trade Association
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Industrial Rope Access Trade Association
irata International Industrial Rope Access Trade Association iIntrernata Análise de segurança e trabalho IRATA 2011 ation al Indus trial R ope A Trade ccess Assoc iation Análise de segurança e trabalho IRATA 2011 Dr. C H Robbins Resumo A filiação de empresas da Associação aumentou para 217 em todo o mundo, com uma força de trabalho informada de mais de 10.000 operários até o final do ano de 2011. O total de horas de trabalho ultrapassou 10,5 milhões, das quais metade foi com trabalhos “com corda”. Houve 65 lesões e doenças, das quais 19 necessitaram de mais de 3 dias de afastamento e, infelizmente, uma incluiu um caso fatal. A maior susceptibilidade a lesões aconteceu em solo seguro, com uma taxa de lesão quase três vezes maior do que para “Com corda” ou em “Treinamento”. Não houve muita diferença entre as taxas de lesão para todos os três níveis de trabalho. A taxa de lesões e doenças informada foi de 203 por 100.000 trabalhadores. Essa é uma porcentagem pequena (6-25%) das taxas médias mais recentes disponíveis para o Reino Unido, a UE e os EUA. O caso fatal resultou em uma taxa média de cinco anos de 3,1. Esse número se assemelha às taxas médias de 2010 nos EUA e de 2008 na UE (de 3,6 e 2,53, respectivamente), mas é maior que a taxa do Reino Unido para todo o setor em 2010/11, que foi de 0,7. Com essa exceção, as estatísticas de saúde e segurança de 2011 continuam tendo uma boa reputação para os membros da Associação. Julho de 2011 @IRATA International Página 1 de 26 12 de julho de 2012 Índice PÁGINA 2 Lista de figuras 1. INTRODUÇÃO 3 2. FILIAÇÃO DE EMPRESAS DA IRATA 4 3. ESTATÍSTICAS DE EMPREGO 4 3.1 3.2 3.3 3.4 Níveis de emprego Horas trabalhadas Utilização Treinamento 4 6 7 7 4. ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 4.9 4.10 8 Número de relatórios apresentados Nomenclatura Conseqüência de acidentes/incidentes Local de acidentes/incidentes Eventos de acidentes por categoria Lesões de partes do corpo Causas de acidentes/incidentes Perda de tempo Outros fatores Trabalho com cordas 8 8 9 10 11 12 13 14 15 15 5. COMPARAÇÃO DE DADOS DE ACIDENTES 5.1 5.2 16 Base de comparação Comparação com dados do Reino Unido, UE e EUA 16 16 6. RESUMO E CONCLUSÕES 19 7. RECOMENDAÇÕES 19 APÊNDICES TABELA 1 TAXAS DE ACIDENTES PARA TRABALHO “COM CORDA” 20 TABELA 2 RESUMO DE EMPREGO POR CATEGORIA – 2011 21 TABELA 3 RESUMO DOS DADOS DE HORAS TRABALHADAS 21 @IRATA International Página 2 de 26 12 de julho de 2012 Lista de figuras Fig. 1 Número de empresas Fig. 2 Emprego trimestral Fig. 3 Média de emprego por categoria Fig. 4 Total de horas trabalhadas Fig. 5 Horas trabalhadas por situação Fig. 6 Horas trabalhadas em terra e em alto-mar Fig. 7 Resultado de acidentes/incidentes Fig. 8 Local de acidentes/incidentes Fig. 9 Total de acidentes para categorias Fig. 10 Categorias de lesão para cada categoria Fig. 11 Lesões de partes do corpo Fig. 12 Causa de acidentes/incidentes Fig. 13 Taxa para todos os acidentes com corda IRATA Kingsley House Ganders Business Park Kingsley, Bordon Hampshire GU35 9LU Reino Unido www.irata.org @IRATA International Página 3 de 26 12 de julho de 2012 1. INTRODUÇÃO Este relatório resume os dados de emprego e acidentes/incidentes submetidos pelas empresas filiadas à Industrial Rope Access Trade Association (IRATA) durante o período de janeiro a dezembro de 2011. As empresas enviaram dois conjuntos de relatórios: • Números trimestrais relativos a emprego, incluindo horas trabalhadas e, • Detalhes de incidentes ou acidentes específicos, incluindo ocorrências perigosas e casos de más condições de saúde. Os dois conjuntos de dados são fundamentais para calcular taxas de acidente/incidente. Para simplificar os envios por parte dos membros, foram feitas alterações nos dados necessários em relação aos anos anteriores. Os itens a seguir resumem algumas dessas significativas alterações: Envios separados para subcontratados e funcionários que não são da IRATA não são mais necessários (mas ainda são incluídos nos números de emprego gerais se não forem fornecidos separadamente, por exemplo, por subcontratados da IRATA). O treinamento agora é identificado especificamente para funcionários e para horas gastas com treinamento e avaliação. Isso inclui instrutores e avaliadores. O tempo gasto no local em “solo seguro” não é mais identificado separadamente e está incluído na localização de categoria “Outros”. As implicações dessas mudanças se tornarão aparentes no relatório, mas a mais óbvia será que não serão sempre possíveis as comparações com os anos anteriores. Além disso, há menos confiança na precisão dos dados de horas trabalhadas e emprego enquanto o esquema revisado entra em operação. Os dados fornecidos foram sujeitos a controles de qualidade antes do início da análise; no entanto, a identidade das empresas filiadas que forneceram as informações permanece não revelada ao analista. Ao longo do relatório, é feita referência a inúmeras palavras e expressões com os seguintes significados neste relatório: • “Com corda” – preparação e utilização estando diretamente envolvido no trabalho de acesso por corda. Inclui também atividades de saída e acesso para locais de trabalho com acesso por corda. Observe que isso não requer necessariamente que uma pessoa seja levantada por cordas ou esteja conectada fisicamente a cordas ativas. • “Sem corda” – inclui trabalho em altura mas não envolve acesso por corda, como em andaimes, trabalhos em telhado, fornecimento de suporte “remoto” a equipes de acesso por corda (por exemplo, comunicações, vistorias de locais, etc). • “Outros” – normalmente, fora do local de trabalho, em escritórios, salas de aula, etc. Isso incluiria, por exemplo, inspeção de @IRATA International Página 4 de 26 12 de julho de 2012 equipamentos antes da remoção para o local de trabalho. “Outros” agora inclui também “No solo” para relatórios de horas trabalhadas. • “Acidente” é usado para eventos em que realmente ocorreu dano ou lesão. • “Incidente” é usado para todos os eventos relatados que não resultaram nenhum dano ou lesão pessoal. No futuro, só haverá as categorias “Com corda”, “Sem corda”, “Outros” e “Treinamento”. Este relatório está organizado com figuras e gráficos incorporados no texto para os quais se aplicam. Também estão incluídas na parte de trás do relatório tabelas que resumem os dados de trabalho e acidente/incidente desde 1989 e os números de emprego de 2011. O relatório considera primeiramente números de emprego gerais e depois examina os dados de acidente e incidente antes de, finalmente, comparar as taxas de incidente da IRATA com aquelas dos anos anteriores e de outros setores. 2. FILIAÇÃO DE EMPRESAS DA IRATA O número total de empresas registradas até dezembro de 2011 foi 217, um aumento de 33 sobre as 184 registradas em 2010 ou um aumento de quase 18%. O aumento contínuo na filiação desde 1989 é mostrado no gráfico (Fig. 1) abaixo. Tem havido um aumento quase linear na filiação da Associação nos últimos 8 ou 9 anos. 3. 3.1 ESTATÍSTICAS DE EMPREGO Níveis de emprego A média de empregos aumentou 23%, de 7.558 em 2010 para 9.311 em 2011. Os números de empregos por trimestre durante 2011 são mostrados na Fig. 2. @IRATA International Página 5 de 26 12 de julho de 2012 O aumento geral do número de funcionários em cada uma das categorias, a cada trimestre, provavelmente reflete a crescente filiação ao longo do ano; várias empresas com “entrada tardia” tinham forças de trabalho substanciais. No fim do ano, o número total de funcionários atingiu 10.155. No entanto, para fins posteriores, será usada a média de 9.311 para o ano. Há um aumento particularmente notável nos operários de Nível 1 durante o ano, passando de cerca de 2.433 para 3.237 (média de 2.877). Essa é a maior categoria dentro da média de emprego de 9.311. A nova adição de “treinamento”, como esperado, é uma contribuição significativa para o total. Com uma média de cerca de 1.724, representa algo em torno de 18,5% da força de trabalho total e reflete a ênfase dos locais da Associação em treinamento. Uma comparação entre os valores médios de 2011 com os de 2010 é mostrada na Fig. 3. Os números de 2010 não têm treinamento como uma categoria separada; treinamento, provavelmente, foi distribuído entre outras categorias, incluindo “Outros”. Assim, a categoria “Treinamento” de 2011 provavelmente ficou com números de todas as categorias, particularmente de “Outros” – por isso a queda em “Outros”, que provavelmente agora representa de forma mais correta o número do pessoal qualificado que não pertence à IRATA ou pessoal auxiliar. @IRATA International Página 6 de 26 12 de julho de 2012 A redução na categoria “Gerente” parece estar relacionada à provável omissão parcial dos gerentes de subcontratados como resultado de mudanças no relatório. Historicamente, essa foi uma adição substancial aos números de categorias. Como de costume, a categoria dominante empregada foi Nível 1 (2.877), seguida por operários de Nível 3 (1.936). Embora os números do Nível 2 pareçam estáticos (1.284 em 2011 contra 1.252 em 2010), deve-se notar que o aumento do Nível 3 deve ser oriundo do Nível 2 (mais as perdas do Nível 3). Por sua vez, as perdas e promoções do Nível 2 devem ter acontecido graças às promoções do Nível 1. Assim, embora estáticos no resultado, os números devem ter sofrido um fluxo significativo. Somado a isso, também pode ter ocorrido alguma redistribuição para a categoria “Treinamento”. A proporção relativa das três categorias de trabalhadores qualificadas parece estar retornando às porcentagens anteriores, embora, no geral, tenha havido pouca mudança: Nível 3 Nível 2 Nível 1 3.2 2009 29% 22% 49% 2010 33% 24% 43% 2011 32% 21% 47% Horas trabalhadas O total de horas trabalhadas no mundo informado para 2011 foi de 10.528.961. Ele é quase 10% maior do que as 9,59 milhões de horas informadas para 2010, mas significativamente menos do que seria esperado de um aumento de 23% no número de trabalhadores. Os números por trimestre (Fig. 4) mostram variações substanciais ao longo do ano, de um mínimo de cerca de 2 milhões de horas no primeiro trimestre a um pico de quase 3 milhões de horas no terceiro trimestre. O primeiro valor trimestral foi significativamente menor do que o para 2010, mas, depois disso, os números de 2011 ultrapassaram os de 2010. O aumento constante no trabalho “Com corda” desde 2009, de cerca de 4 milhões de horas para cerca de 5,25 milhões em 2010, foi interrompido em @IRATA International Página 7 de 26 12 de julho de 2012 2011 (Fig. 5), permanecendo em 5,21 milhões. No entanto, os números não são mais estritamente comparáveis por conta das alterações nos relatórios. O trabalho “No solo” de 2010 foi combinado com as horas de “Outros” para se equipar a “Outros” de 2011. Além disso, “Treinamento” está agora especificamente identificado para 2011 (529 mil horas). Inevitavelmente, algumas dessas horas teriam sido alocadas anteriormente para o trabalho “Com corda”. É preciso observar o grande aumento do trabalho “Sem corda”. A explicação óbvia para essa mudança é o efeito da alteração de categorias do relatório, particularmente a eliminação de “No solo”. O aumento aplica-se igualmente às horas informadas em terra e em alto-mar. É interessante observar que as horas de “Treinamento” representam quase 5% do total de horas. Tem sido usual separar as horas trabalhadas em terra e em alto-mar. A Fig. 6 mostra os totais trimestrais de cada categoria. Em termos numéricos, o trabalho em terra (5,318 milhões de horas) ultrapassa por pouco o trabalho em alto-mar (5,054 milhões de horas). Isso se deve, em grande parte, ao trabalho em alto-mar ter sido significativamente menos informado no primeiro trimestre, com apenas pequenas diferenças depois disso. Não se sabe por que essa redução no trabalho em alto-mar ocorreu no primeiro trimestre, embora o inverno possa ter sido um fator. @IRATA International Página 8 de 26 12 de julho de 2012 3.3 Utilização Uma força de trabalho total de 9.311 e um total de 10,53 milhões de horas informadas equivalem a uma utilização média anual de apenas 1.130 horas por funcionário. Isso é significativamente inferior às 1.260 horas informadas em 2010, e bem abaixo de um número de utilização total assumido de cerca de 1.760 horas por ano. Antes, assumia-se que uma proporção significativa de técnicos em acesso por corda tinha alternativas de emprego em outro lugar. Isso pode ser parcialmente comprovado pela Fig. 5, que não mostra nenhum aumento nas horas trabalhadas com cordas a partir de 2010. No entanto, a possibilidade de falta de dados informados não pode ser ignorada, especialmente pelo fato de apresentações nulas terem sido encontradas em alguns dados trimestrais. 3.4 Treinamento Relatórios anteriores especularam a respeito da extensão do treinamento, da avaliação e das atividades relacionadas realizadas pelo pessoal da IRATA. Esta é agora uma categoria específica para as horas trabalhadas relatadas e, como indicado no item 3.2 acima, soma cerca de 530 mil horas, 5% do total de horas informadas. Essa proporção significativa não é surpreendente, tendo em vista os rigorosos requisitos de treinamento/avaliação da Associação. No entanto, ela está em desacordo com o valor de 18,5% da força de trabalho total empregada. O motivo dessa diferença entre o número de funcionários e as horas informadas é desconhecido. Uma possibilidade é a informação de erros causados pelo esquema revisado. 4. ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES 4.1 Número de relatórios apresentados O número total de relatórios de acidentes/incidentes apresentados para 2011 foi de 140 (excluindo as contagens duplas e um RTA); ele é muito maior que o de 2010, quando apenas 60 relatórios foram recebidos. No entanto, mais da metade dos relatórios em 2011 foram de ocorrências perigosas. Isso é considerado um resultado muito animador, pois reflete uma atitude mais aberta à informação de quase-acidentes. Infelizmente, a qualidade da informação ainda foi variável, apesar de um apelo para a melhoria em 2010 (Recomendação 2). 4.2 Nomenclatura Para a finalidade deste relatório, os significados a seguir se aplicam aos termos utilizados nas próximas seções: • • Lesão “importante” – lesões que cumprem os critérios da HSE do Reino Unido, em comum com outras agências européias e do exterior, e listadas nos sistemas de informação da IRATA. Não há nenhum critério sobre os “dias de afastamento”. Lesão grave – não é uma lesão “importante”, mas exige mais do que três dias de afastamento do trabalho normal. O termo “Grave” @IRATA International Página 9 de 26 12 de julho de 2012 • • • • • é usado como sinônimo de “Secundária”, mas este último tem a implicação de que a lesão teve pouca conseqüência; para os indivíduos em questão, isso pode estar muito longe da realidade. "Grave" é o termo utilizado nas estatísticas do Eurostat. (Observe que uma mudança em 2012 para um critério de "7 dias" será aplicada aos dados da IRATA.) ANR ou Lesão < 3 dias – lesão sem necessidade de ser informada e que não exige mais do que três dias afastado do trabalho normal. Esta categoria é também denominada de Acidente não relatável (ANR). (Observe que o critério de relatório também vai mudar em 2012 para "menos de 7 dias de afastamento".) ‘Ocorrência perigosa’ (OP) – incidente que poderia resultar em lesão ou morte, mas em que nada ocorreu. OPs não são alocadas na categoria de trabalhador ou classe específica. Más condições de saúde – condições que levam à interrupção ou suspensão do trabalho por conta de causas não prejudiciais, por exemplo, psicológicas, tensões devidas ao calor ou frio, indisposições (dores de cabeça, de estômago) ou outra condição médica não traumática provocada ou agravada pelo trabalho. Entorses/Distensões – Lesões musculares que resultam em interrupção do trabalho. Relatável – para os fins deste relatório, este termo será usado para designar eventos de caso fatal, lesões graves e sérias (> 3 dias de afastamento), como nos anos anteriores. A alteração proposta para um critério de "7 dias" para a informação de Grave (Secundária) e ANR (Lesão < 3 dias) deve deixar as estatísticas IRATA 2012 em acordo com as práticas gerais. 4.3 Conseqüência de acidentes/incidentes O resultado ou a conseqüência de um acidente ou incidente geralmente é utilizado para analisar os dados do acidente/incidente, pois o resultado de um evento é tangível, mensurável e facilmente analisado. Este processo não revela as verdadeiras causas subjacentes, mas fornece uma medida de desempenho geral e mudança de desempenho com o tempo. O gráfico abaixo (Fig. 7) compara os números absolutos de acidentes e incidentes nos últimos três anos: @IRATA International Página 10 de 26 12 de julho de 2012 Para fins de comparação com os dados anteriores, os Entorses/Distensões (8 lesões) e más condições de saúde (3 incidentes) foram combinados em más condições de saúde no gráfico acima. As alterações mais significativas foram nos pequenos aumentos nos acidentes de tipo "Importante", "Grave" ("Secundária") e "< 3 dias" (Acidente não relatável) e no aumento muito grande em "Ocorrências perigosas". O único caso fatal que ocorreu no Reino Unido em alto-mar infelizmente está registrado. Esse evento continua sujeito a processo judicial, e evitam-se mais comentários/explicações para observar que é preciso tomar precauções constantemente contra qualquer possibilidade de falha de modo comum de cordas de suspensão, conforme observado anteriormente para pontos de suspensão. (Consulte a Recomendação de relatório 1a de 2010.) Os números absolutos usados acima não levam em consideração os aumentos na força de trabalho e nas horas trabalhadas. Isso é resolvido pela divisão dos dados de acidente/incidente pelo total de horas trabalhadas para a obtenção de um gráfico ligeiramente revisado. No entanto, o efeito do número maior de horas trabalhadas não tem grande importância neste caso e, portanto, não foi reproduzido aqui. Não houve nenhum ferimento relatado para membros do público. 4.4 Local de acidentes/incidentes A Fig. 8 mostra a distribuição de todos os 140 acidentes / incidentes relatados de acordo com a localização para 2011 e 2010. Os números foram convertidos para “por milhão de horas” dividindo-se os números absolutos pelo total de horas relatadas de cada situação individual. Enquanto os relatórios de acidentes/incidentes fazem diferenciação entre locais "No solo" e "Outros", as horas trabalhadas trimestrais apresentadas combinam as duas categorias. Portanto, não é mais possível mostrar a diferença entre as categorias "No solo" e "Outros". Dessa forma, os números para 2010 e 2011 são exibidos com essas duas categorias combinadas. @IRATA International Página 11 de 26 12 de julho de 2012 A predominância de "No solo" e "Outros" combinados é clara. Duas das seis lesões "Importantes" ocorreram no "Solo", duas ocorreram “Com corda” e os acidentes restantes foram "Sem corda" e "Treinamento". Mais da metade de todos os relatórios de acidentes/incidentes (76) foi relatada como trabalho com corda, mas quase 60% foi de relatórios OP (consulte a tabela abaixo). Portanto, o aumento de incidentes relacionados com corda não implica em um aumento no risco de lesão. A distribuição das lesões sofridas em vários locais é considerada mais abaixo. Os números mais elevados, em comparação com 2010, são em grande parte por causa de um nível muito maior de informação de ocorrências perigosas em 2011, uma tendência que é incentivada. Das 74 OPs relatadas, 25 estavam diretamente relacionadas ao acesso com corda propriamente dito, incluindo defeitos/danos ao equipamento, erros técnicos e de manipulação, omissões e uso indevido. Isso é visto como um resultado positivo, que reflete o aumento na consciência quanto aos perigos em potencial. Dos 140 relatórios, menos da metade (65) envolveram algum tipo de lesão, má condição de saúde ou, infelizmente, caso fatal. Se os acidentes são considerados isoladamente (ou seja, lesões/caso fatal), a taxa para cada local é de: LOCAL Com corda Sem corda Outros (Em solo seguro) Treinamento LESÕES 30 8 24 3 MILHÃO DE TAXA HORAS (por milhão de TRABALHADA horas) S 5,2 5,8 3,2 2,5 1,6 15 0,53 5,7 Está claro que o risco de lesões em solo seguro é quase três vezes maior do que em trabalhos com corda ou durante treinamentos, e seis vezes maior do que em trabalhos sem corda – talvez isso seja surpreendente, mas reforça a necessidade de vigilância constante, ainda mais em "solo seguro". Outro ponto é a redução de acidentes/incidentes relatados em treinamentos; 6 em 2011, redução em relação aos 9 de 2010, e apenas três dos quais @IRATA International Página 12 de 26 12 de julho de 2012 resultaram em lesões. Parece que durante os treinamentos tem-se tomado mais cuidado, observando que houve uma lesão "Importante" (costela), uma lesão "Grave" (“secundária”), uma ANR e três OPs. Esta é uma melhoria em relação a 2010. A tabela abaixo resume a distribuição numérica de dados de incidentes e acidentes para 2011. Com corda Sem corda Más Importa ANR (> 3 condições Entorses/Diste Fatal nte Grave dias) OP de saúde nsões 1 2 2 17 41 2 6 1 1 5 9 1 Em solo 2 Outros Treinamento 4.5 1 3 6 7 5 2 12 9 3 1 1 Eventos de acidentes por categoria Acima, todos os eventos relatados foram considerados. A seguir, examinaremos somente os eventos que levaram a danos ou lesões. O número real de pessoas envolvidas foi de 65, de uma força de trabalho total de 9.311. Isso dá uma taxa de lesão geral de 7,0 por 1.000. A taxa equivalente para 2010 foi de 4,7 por 1.000, e 10 por 1.000 para 2009. A Fig. 9 mostra o total de eventos de lesão para cada categoria, divididos pelos números de funcionários relatados de cada categoria (multiplicados por 1.000 para fornecer taxas de lesões para cada 1.000 funcionários empregados), ignorando os gerentes. Isso é para levar em consideração as grandes diferenças na população para as diferentes categorias. O gráfico acima também exclui números de Treinamento, uma parte significativa dos funcionários, já que estes não especificam categorias dentro do total e, portanto, não podem ser repartidos, mesmo proporcionalmente. Os resultados mais imediatos são que as taxas de acidente para todas as categorias em 2011 são semelhantes e não mostram as variações dos anos @IRATA International Página 13 de 26 12 de julho de 2012 anteriores. Os Níveis 1 e 3 sustentaram quase duas vezes a taxa de lesões em comparação com 2010, enquanto o Nível 2 permaneceu quase constante. Essas tendências serão examinadas mais de perto. Os dados de 2011 para as diversas categorias de lesões sofridas por cada categoria são mostrados na Fig. 10. A incidência relativamente alta de lesões ANR (< 3 dias) para todas as categorias é imediatamente óbvia. O Nível 1 tem sido geralmente mais propenso a lesões (exceto em 2010), seguido de perto pelo Nível 3. Em termos de lesões mais graves (Importante e Grave combinadas), o Nível 3 esteve em risco ligeiramente maior em 2011, seguido pelo Nível 2. No entanto, os números envolvidos são pequenos e, portanto, a análise é suspeita. De forma incomum, o Nível 1 teve menos risco de lesões mais graves, apesar de uma maior incidência de lesões menores. Como pode ser antecipado, o Nível 1 foi mais suscetível a problemas de má condição de saúde e musculares. A atenção agora será voltada para a natureza das lesões sofridas pelos funcionários. 4.6 Lesões de partes do corpo As lesões de partes do corpo sofridas durante 2009, 2010 e 2011 são mostradas na Fig. 11, que está em termos de números reais e não leva em consideração os níveis de emprego diferentes. (É preciso ter cuidado aqui, porque várias lesões sofridas por um indivíduo são contadas como itens separados e, portanto, o número de lesões não equivale necessariamente ao número de pessoas feridas.) A redução geral nas lesões de 2010 não foi mantida em 2011, com exceção das lesões nos braços e nas pernas. @IRATA International Página 14 de 26 12 de julho de 2012 As lesões oculares retornaram aos níveis anteriores e, juntamente com as lesões nas mãos/nos dedos, continuam a ser a causa predominante de preocupação em termos puramente numéricos. Cinco das seis lesões de tipo "Importante" foram devido a fraturas ósseas dos pés, mãos, braços e costelas. A sexta foi uma lesão ocular. Pode haver algumas dúvidas sobre a classificação estrita de lesões em pelo menos dois desses casos, mas a classificação de "Importante", como relatada, é mantida aqui na ausência de informações mais precisas. As lesões nas mãos e nos dedos (18) foram causadas principalmente por aprisionamento ou impactos (7) e cortes de ferramentas e itens cortantes (7), apesar do uso de luvas. Das 17 lesões no rosto/nos olhos, pelo menos 8 foram causadas por detritos que entraram no olho, novamente, apesar das medidas de proteção. Cinco dessas lesões oculares ocorreram enquanto se fazia uso de ferramentas elétricas (por exemplo, trituradores e pistola de agulha). Nos três casos, parece que os detritos entraram no olho após a interrupção do trabalho. Tendo em conta esses resultados, pode-se sugerir que a seleção e o uso de EPIs para proteger as mãos e os olhos devem corresponder melhor ao trabalho em mãos e às ferramentas em uso, especialmente quanto a ferramentas elétricas. Além disso, medidas preventivas ou de evasão devem ser a primeira consideração, sempre que possível. "Outro" inclui ocorrências de tonturas, exaustão pelo calor, picada de abelha, queimaduras químicas e caso fatal (causa imediata não revelada). 4.7 Causas de acidentes/incidentes A atribuição de uma única causa específica para um acidente ou incidente raramente é simples. No entanto, para os fins deste relatório, apenas a categoria que melhor descreve a causa imediata de um acidente ou uma ocorrência perigosa foi usada na análise, apesar das limitações de um processo desse tipo ao determinar as causas principais e ações corretivas. @IRATA International Página 15 de 26 12 de julho de 2012 Na Fig. 12, os seguintes itens devem ser observados: ⋅ Nem todas as “causas” resultaram em lesão real; ⋅ Duas categorias, Choque elétrico e Gás/asfixia, foram omitidas para auxiliar a apresentação ⋅ Quedas foram separadas de Escorregões e Tropeções ⋅ Números absolutos foram utilizados sem considerar população ⋅ Erro humano, uma categoria nova, só se aplica aos dados de 2011. ⋅ A Fig. 12 apresenta a distribuição das causas para acidentes/incidentes informados para 2011, juntamente com 2010 e 2009. Em comum com os anos anteriores, a causa mais comum de acidentes e incidentes envolveu ferramentas e materiais. A lesão de mãos e olhos, discutida acima, reflete essa constatação. A introdução de "Erro humano" permite que os relatórios identifiquem inúmeros casos de Ocorrências Perigosas decorrentes de erros e omissões por parte de pessoas, anteriormente alocados a "Outros" em 2010 e 2009. Dos 30 itens em "Erros humanos", 19 a aconteceram por conta de lapsos de utilização e manuseio de equipamentos de acesso com corda, uma questão levantada novamente mais tarde. A maior parte do restante é composta de omissões e atos inseguros no local de trabalho. "Outros" contabilizou 17 itens, oito dos quais se deveram a entorses e distensões musculares (manuseio manual) e o restante a diversas causas (picadas de insetos [2] e doença). Infelizmente, a redução nos casos de queda de objetos, relatada em 2010, não foi mantida. Vinte e quatro casos de "Queda de objetos" foram relatados em 2011. Pelo menos quatorze deles ocorreram devido a objetos que caíram no local de trabalho ou perto dele por causa de ferramentas, equipamentos ou outros itens presos de forma inadequada e derrubados por trabalhadores. Também foram relatados vários casos relacionados ao clima (vento), causando afrouxamento e/ou quedas de objetos nas proximidades. @IRATA International Página 16 de 26 12 de julho de 2012 "Quedas" foram identificadas separadamente aqui para distingui-las de "escorregões e tropeções", por causa do interesse específico em relação ao acesso por corda. Quatro das sete quedas envolveram deslize do equipamento de suspensão da corda por várias razões. Uma queda foi causada pelo manuseio incorreto da corda. Duas quedas resultaram na entrada de água, uma com conseqüências fatais. Os sete "escorregões e tropeções" foram uma mistura de tropeções em objetos estáticos e escorregões durante o movimento sobre vários tipos de superfícies e estruturas. Nove das 17 falhas de equipamentos relatadas estavam relacionadas a equipamentos de acesso por corda. Pode-se notar que quatro dispositivos de descida envolvidos foram danificados ou aparentemente não conseguiram operar corretamente. Duas outras “falhas” foram casos de dano na corda (excluindo o caso fatal). As oito "falhas" restantes cobriram uma mistura diversa de deficiências detectadas no local com diversos itens de equipamentos externos (por exemplo, falha de câmera, falta de extintor de incêndio, falha elétrica, etc). 4.8 Perda de tempo A perda de tempo relatada foi de cerca de 340 dias, o que equivale a 0,025 dias por pessoa por ano, o mesmo valor de 2010 (0,03 dias/pessoa). Isso está bem abaixo dos números da HSE para 2010/2011 de ~1,05 dia para má condição de saúde e lesões combinadas para todos os setores, e do valor de 1,13 da Pesquisa de Força de Trabalho (LFS) (consulte http://www.hse.gov.uk/statistics/industry/index.htm – Tabela SWIT 1 para 2010/2011). Tais números, se refletidos pelo pessoal da IRATA, equivaleriam a ~10.000 dias! Como de costume, é provável que haja um alto grau de subnotificação de perda de tempo por empresas da IRATA, talvez em um fator de dez ou mais. 4.9 Outros fatores • Condições climáticas – em quatro casos o clima foi um fator em incidentes relatados. Um foi por causa de insolação/desidratação, dois pelo vento que soltou objetos e um para sopro de partículas nos olhos. • Lesões musculoesqueléticas/tratamento manual – há apenas oito relatos de lesões musculoesqueléticas – uma surpreendentemente baixa incidência desse tipo de lesão, dada a natureza do trabalho de acesso por corda. 4.10 Trabalho com cordas O foco da atenção é com o trabalho "Na corda", e não é de surpreender. Assim, esse aspecto dos dados é considerado isoladamente. A seguir está uma classificação de todos os acidentes para o trabalho com cordas: ANR (> 3 dias) Grave Importante (Secundária) @IRATA International Página 17 de 26 Fatal 12 de julho de 2012 17 2 2 1 (O total do ANR inclui cinco incidentes de "Entorse" e dois de "Más condições de saúde", e "Grave" inclui uma das lesões de "Entorse".) A Tabela 1 no Apêndice é uma compilação de dados desde 1989, alterada para incluir os dados de 2011. Uma apresentação gráfica da taxa total de incidentes por ano é mostrada na Fig. 13, em que o “total” se refere à soma de todos os acidentes reportáveis e não reportáveis mantidos durante o trabalho com corda (coluna 7 na Tabela 1). As ocorrências perigosas estão agora omitidas. A manutenção contínua de uma taxa de acidentes/incidentes abaixo de 1 por 100.000 horas de trabalho com corda para o quinto ano consecutivo é uma conquista. É enfatizado que o gráfico está baseado somente em acidentes que ocorreram enquanto o trabalho era com cordas e inclui todos os acidentes. Assim, ele não deve ser usado para fins de comparação com outras fontes de dados. Apesar do conforto derivado do que foi relatado acima, os itens a seguir devem ser observados: × 14 Objetos derrubados ou que caíram foram por causa direta do acesso com corda; × 4 deslizes de corda ("quedas") ocorreram durante o trabalho com corda; × Foram relatados 9 itens de desgaste, dano ou falha aparente de equipamento de corda; × Foram relatados 4 casos de danos na corda × 19 casos de erros e omissões no manuseio e na utilização de equipamentos relacionados à corda e amarração foram relatados; Assim, não pode haver relaxamento em nenhum aspecto do acesso com corda; do treinamento e supervisão à diligência individual em cuidados e uso de equipamentos. 5. COMPARAÇÃO DE DADOS DE ACIDENTES 5.1 Base de comparação @IRATA International Página 18 de 26 12 de julho de 2012 Por convenção, as estatísticas de acidentes são calculadas com base nos acidentes por 100.000 funcionários. Para manter a coerência com essa prática, é necessário converter os números dos acidentes, multiplicando-os por: 100.000/Número de funcionários = 100.000 / 9,311 = 10,7 Esse número é, na realidade, a multiplicação de qualquer evento único para alcançar o equivalente a uma força de trabalho de 100.000. Os relatórios anteriores também levaram em conta as horas trabalhadas. No entanto, a aparente redução significativa na utilização sugere que essa não é uma abordagem válida. Ao usar o descrito acima, os números da IRATA ficam os seguintes (os números entre parênteses são para 2010): • Fatalidades 1 x 10,7 = 10,7 (0) • Lesões importantes 6 x 10,7 = 64,2 (16) • Grave (Secundária) 12 x 10,7 = 128,4 (109) Total 203,3 lesões por 100.000 (125) 5.2 Comparação com dados do Reino Unido, UE e EUA Os números principais do site da HSE do Reino Unido para dados provisórios de 2010/2011 de diversos setores estão tabelados abaixo com os números equivalentes da IRATA. (Observe que, aqui, o termo “Grave” é utilizado no lugar do termo “Secundário” da HSE do Reino Unido.) http://www.hse.gov.uk/statistics/industry/index.htm (tabela RIDIND-2010/11) Setor Agricultura, Pecuária e Pesca Setor extrativo Fabricação Construção Todos os setores IRATA Fatal Lesões Lesões Total importantes Graves (incluindo (> 3 fatal) dias) 8,2 221,9 369,7 599,8 3,2 1,0 2,4 0,5 10,7 142,0 143,5 173,2 99,0 64,2 427,2 528,0 360,5 363,1 128,4 572,4 672,4 536,1 462,6 203,3 (Todos os números por 100.000 funcionários.) Embora inferiores a 2010, os números da IRATA permanecem impressionantes, sendo menos da metade da taxa geral de acidentes de todo o setor. Admitindo as estimativas de subnotificação aceitas pela HSE de ~50%, esse número cai ainda mais para cerca de 22% do valor de todo o setor. Os números são ainda mais impressionantes quando comparados aos valores da Pesquisa de Força de Trabalho (LFS) de 710 para lesões reportáveis (tabela LFSINJ 1). A única exceção para os números significativamente menores no geral é aquela por conta da única fatalidade. Isso será discutido mais tarde. @IRATA International Página 19 de 26 12 de julho de 2012 A comparação direta com os números da UE é limitada por diversas razões; portanto, é necessário cuidado na interpretação. Os números mais recentes da LFS da UE (EUROSTAT) disponíveis são ainda de 2007. Os valores da UE são para seus 27 Estados-Membros e são "por 100.000" para "lesões > 3 dias” e, assim, equivalem à combinação de lesões "Importantes" e "Graves" (“Secundárias"). Exemplos de dados da UE são mostrados ao lado de dados do Reino Unido e de outros membros escolhidos aleatoriamente. Fontes: http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_OFFPUB/KS-31-09-290/EN/KS-31-09-290-EN.PDF http://epp.eurostat.ec.europa.eu/tgm/table.do?tab=table&init=1&language=en&pcode=tps00042&plugin=1 www.hse.gov.uk/statistics/european/tables.htm SETOR Média Agricultura Média dos 27 membros da UE (2007) 3.200 4.213 Construção Fabricação IRATA (2011) 6.075 3.656 193** Reino Unido Alemanha Espanha França Itália * 2.048 8.267 2.270 1.929 5.812 2.010 867 5.773 3.029 8.090 7.338 7.656 3.415 4.249 3.306 *Estima-se uma subnotificação de 50%. **Casos fatal excluído, por isso o número reduzido. A taxa da IRATA é apenas cerca de 6% da média dos números dos 27 membros da UE para 2007. Mesmo admitindo a probabilidade de alguma melhoria nos últimos quatro anos para os dados dos 27 membros da UE, essa situação não se alteraria significativamente. A incidência de mortes no trabalho em toda a Europa geralmente fica na faixa de 1 a 3 por 100.000. Isso coloca em perspectiva o efeito do único caso fatal, equivalendo a 10,7 por 100.000, que será discutido mais tarde. É necessário ter cuidado ao comparar dados da IRATA com dados dos EUA, por causa das diferenças na forma como as lesões e doenças são definidas e classificadas. A tabela abaixo apresenta alguns dados de lesões e doença apresentados pelo Departamento do Trabalho dos EUA para 2010. Os números foram convertidos de "por 100 trabalhadores" para "por 100.000". O Departamento do Trabalho dos EUA agora inclui dados do Setor Público (estadual e federal) em sua análise. Os números selecionados aqui se referem unicamente àqueles que tomam o tempo de trabalho como resultado de lesões e doenças no trabalho, e excluem outras categorias de lesão/doença. Como com a UE, os números da IRATA equivalem a apenas cerca de 17% dos dados de "todo o setor" dos EUA para lesões e más condições de saúde, e normalmente cerca de 10-20% das taxas de lesão/doença para vários setores industriais. SETOR DA INDÚSTRIA EUA 2010 @IRATA International Incidência de lesão e doença por 100.000 (2010) Página 20 de 26 12 de julho de 2012 Toda a indústria e setor público 1.200 Agricultura, pecuária, pesca 1.700 Fábrica 1.100 Construção 1.500 IRATA 193 (Fonte: http://www.bls.gov/news.release/osh.t01.htm ) http://www.bls.gov/news/release/archives/osh_10202011.pdf Por fim, a influência do único caso fatal sofrido em 2011 requer mais comentários. Sem de forma alguma diminuir a importância e o significado desse triste evento, é necessário considerar o seu impacto. Ao examinar dados estatísticos para pequenas populações, mesmo eventos únicos podem resultar em efeitos distorcidos e irreais. Em tais circunstâncias, sempre que possível, é comum se acumular dados durante um período até que seja atingida uma população suficiente que forneça uma visão mais representativa e realista do impacto do evento. Por exemplo, a HSE* considera um período de cinco anos para taxas de fatalidade de vários setores industriais. Se o caso fatal da IRATA for tratado da mesma forma, o período de cinco anos entre 2007 e 11 teria uma população total de 32.545. A única fatalidade, então, equivaleria a uma taxa de 3,1 na tabela de comparação abaixo (todos os números por 100.000). Aumentar o intervalo de tempo e, portanto, a população, obviamente resultaria em uma redução maior na taxa, na ausência de qualquer outro caso fatal no trabalho. A média de cinco anos de 3,1 se equipara à taxa de 2010 dos EUA de 3,6* e do valor médio da UE de 2008 de 2,53. Um valor de 3,8 por 100.000 é o número derivado para fatalidades devido a quedas na Inglaterra, em um período semelhante de três anos entre 2008 e 2010*. No entanto, esse é um número de “toda a população”, não comparável aos dados de emprego. Setor industrial Todos os setores Agricultura Construção Fábrica IRATA Taxa de fatalidade do Reino Unido 2010/11 0,6 8 2,4 1,1 10,7 Taxa de fatalidade média de 5 anos 0,7 9,6 2,8 1,1 3,1 *Fontes http://www.hse.gov/uk/statistics/fatals.htm http://www.injuryprofiles.org.uk http://stats.bls.gov/iif/oshwc/cfoi/cfch0009.pdf @IRATA International Página 21 de 26 12 de julho de 2012 Embora a HSE forneça dados isolados sobre mortes devido a quedas, as taxas não são fornecidas, provavelmente porque os números envolvidos são muito pequenos para ter significância estatística. 6 RESUMO E CONCLUSÕES Os itens a seguir resumem os pontos básicos do relatório, juntamente com algumas conclusões: Filiação/Emprego • A filiação aumentou para 217 empresas até dezembro de 2011. • A média dos funcionários empregados aumentou de 7.558 em 2010 para 9.311 em 2011. • O pico de empregos, no final do ano, chegou a 10.155. • As horas trabalhadas em todo o mundo atingiram 10,5 milhões; 5,2 milhões foram “Com corda”. • O aumento nas horas trabalhadas foi menor do que teria sido sugerido por um aumento proporcional no emprego. • A média total de técnicos qualificados da IRATA empregados foi de 6.097, 65% do total de funcionários (excluindo "Treinamento"). Acidentes/Incidentes • As apresentações de acidentes/incidentes totalizaram 140, com 65 envolvendo lesão ou doença para indivíduos. 1 Caso fatal (nenhum em 2010) 6 Lesões importantes (1 ,, ) 12 Lesões graves (secundárias) (6 ,, ) 36 ANR (> 3 dias) (29 ,, ) (O restante foi devido a más condições de saúde e entorses/distensões). • Houve um aumento significativo na informação de ocorrências perigosas, uma tendência a ser incentivada. • O risco de lesão foi três vezes maior em solo seguro do que em treinamento ou "com corda". O menor risco de lesão foi em trabalhos “sem corda”. O risco médio de lesão geral foi de 6,2 por milhão de horas. • Houve pouca diferença no risco de lesões para as três categorias, cerca de 10 mil funcionários. • Olho e mão/dedo mantiveram-se consistentemente como as maiores categorias de lesão. A adequação de proteção EPI para os olhos e mãos, em relação a tarefas e ferramentas, pode ser questionada. • A taxa de acidentes para trabalhos com corda permaneceu em 0,42 por 100.000 para todas as lesões (Importante, Séria e ANR [< 3 dias]) – mantendo uma taxa abaixo de 1 por 100.000 por cinco anos consecutivos. • A taxa de lesão de 203 por 100.000 permanece, normalmente, entre 6% e 22% nas mais variadas estatísticas internacionais relatadas. • O efeito do caso fatal relatado excedeu em muito o impacto nas estatísticas. 7 RECOMENDAÇÕES @IRATA International Página 22 de 26 12 de julho de 2012 1. Apesar de um registro de segurança favorável e contínuo, deve-se considerar a melhoria nas seguintes áreas: a) b) c) prevenção de lesões nos olhos e nas mãos/nos dedos, de medidas preventivas (por exemplo, utilização de ferramentas mais adequadas) à seleção de EPI mais adequado para ameaças em potencial; prevenção contra queda de objetos, particularmente durante o trabalho "com corda" (por exemplo, todas as ferramentas, instrumentos e dispositivos firmemente presos); Amarração, uso e cuidado dos dispositivos e equipamentos de acesso com corda. 2. O aumento de quase três vezes no risco de lesão, durante o trabalho "em solo seguro", comparado a outros locais, reforça o conselho habitual de manter a vigilância em qualquer momento, não só com as cordas. 3. Em 2010, foi pedido aos membros para que melhorassem a precisão ao relatar acidentes/incidentes, especialmente com relação à classificação correta de acidentes e incidentes em Importantes, Secundários (ou melhor, “Graves”), Acidentes não relatáveis (< 3 dias) e Ocorrências Perigosas. Essa solicitação repete-se aqui, mas observando a mudança do critério de relato de “3 dias” para “7 dias” para as lesões "Graves" e ANR (que passará a ser chamada "Lesão muito pequena"). 4. A tendência crescente nos relatos de Ocorrências Perigosas deve ser incentivada, especialmente quando forem relativos ao acesso com corda. 5. Apesar de um pequeno aumento na taxa de acidentes desde 2010, a Filiação deve ser parabenizada por continuar com o excelente registro de segurança e saúde. @IRATA International Página 23 de 26 12 de julho de 2012 Tabela 1 TAXAS DE ACIDENTES PARA TRABALHO “COM CORDA” 1989-2011 Ano Nº de empresa s Horas com corda Acident es não possíve is de relatos Acidente s relatávei s com cordas TA para acidente s relatávei s * ** TA para todos os acident es * *** 1989 9 267504 8 0 0 3 1990 12 7 0 0 1991 16 327645 457928 17 0 0 2,13 3,71 1992 22 537920 13 1 0,19 2,6 1993 23 327000 21 0 0 6,42 1994 32 11 0 0 1995 32 348749 484285 16 0 0 3,15 3,31 1996 26 559035 18 2 0,36 3,58 1997 31 699688 11 9 1,29 2,86 1998 37 1006538 23 10 0,99 3,3 1999 33 29 3 0,37 2000 34 803365 887206 21 3 0,34 3,99 2,71 2001 49 999010 25 4 0,4 2,9 2002 49 1225930 12 0 0 0,98 2003 56 1634482 9 0 0 0,55 2004 67 22 1 0,07 2005 81 1457848 2311265 10 3 0,13 1,58 0,56 2006 95 2132141 21 1 0,05 1,03 2007 130 2765483 21 2 0,07 0,83 2008 149 3859584 25 8 0,21 0,85 2009 170 15 14 0,33 2010 184 4582642 5247365 18 4 0,08 0,63 0,42 2011 217 TOTAL ou MÉDIA 5209056 3813166 9 17 5# 0,1 0,42 390 70 0.22 2,24 * Unidades do número de Taxa de Acidente (TA) por 100.000 horas trabalhadas ** - Col 5 dividida por horas x 100.000 *** - Col 4 + 5 idem Nº inclui caso fatal @IRATA International Página 24 de 26 12 de julho de 2012 TABELA 2 RESUMO DE TRABALHO POR CATEGORIA – 2011 NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS EMPREGADAS DIRETA OU INDIRETAMENTE 1 Outros 297 1669 1073 2433 1597 1132 332 1990 1368 2885 1626 1008 366 1991 1305 2951 1839 1228 392 2094 1390 3237 1835 1207 Média 346,75 1936 1284 2876,5 1724,25 1143,75 TOTAL DE FUNCIONÁR IOS EMPREGAD OS 8201 9209 9680 10155 9311,25 TRIMESTRE Gerente Nível 3 Nível 2 Nível 1 Treinamento 2 3 4 TABELA 3 RESUMO DE DADOS DE HORAS TRABALHADAS – 2011 ESTIMATIVA DE HORAS TRABALHADAS EM VÁRIOS LOCAIS Trabalho com cordas Em terra Em alto-mar Total Trabalhos sem cordas no local Em terra Em alto-mar Total Outros (Em solo seguro) Em terra Em alto-mar Total Treinamento/Avaliação Em terra Em alto-mar Total TOTAL DE HORAS Total 2591993 2617063 5209056 1506140 1668269 3174409 894154 722495 1616649 369697 159150 528847 10.528.961 (As tabelas 2 e 3 são cortesias da secretaria da IRATA) @IRATA International Página 25 de 26 12 de julho de 2012 @IRATA International Página 26 de 26 12 de julho de 2012