Senhores Acionistas, Com a entrada na atividade de lácteos
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Senhores Acionistas, Com a entrada na atividade de lácteos
EMPRESAS PERDIGÃO RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – 2º Trimestre de 2006 Senhores Acionistas, Com a entrada na atividade de lácteos, demos um grande passo estratégico para reforçar a diversificação, essencial ao equilíbrio dos negócios, e para sustentar o crescimento da empresa. De acordo com um estudo conduzido pela consultoria americana Boston Consulting Group (BCG), a Perdigão faz parte de um grupo de 12 empresas brasileiras que desafiam as líderes globais. Mas não basta ser forte em apenas uma atividade, por maior dimensão que ela tenha, como é o caso da indústria de aves e suínos. Queremos manter nosso foco e crescimento com destaque no setor de carnes, avançando no processo de internacionalização que está ganhando um papel cada vez mais importante em nossas operações. Precisamos também crescer reduzindo a concentração e aumentando a diversificação de nossas atividades, aprimorando nossa presença como empresa globalizada e que fornece alimentos que atendem as necessidades de todos os consumidores. Os fatores conjunturais negativos que já vinham se intensificando desde o final do ano passado, conforme já vínhamos divulgando, acabaram por pressionar de forma significativa as margens deste segundo trimestre, especialmente comprometido pelo ajuste lento da demanda mundial por carne de frangos, superoferta em alguns países importadores. No Brasil, apesar dos ajustes de produção sinalizados no trimestre anterior, a oferta permaneceu elevada. Além destes fatores, houve forte queda dos preços médios em dólares das exportações e a apreciação do real em relação ao câmbio, quando comparada ao ano anterior. Entendemos que estes entraves, apesar de terem causado uma pressão forte nas margens do setor, podem resultar em oportunidades futuras para as nossas exportações. A Perdigão continua tomando medidas para redução de custos e despesas e implementando projetos que beneficiam o aumento da produtividade e agregação de valor. Como destaque no trimestre, tivemos uma boa performance no mercado interno, com volumes de carnes crescendo 17,1% e, já no mercado externo, uma redução da queda apresentada no primeiro trimestre. Por outro lado, a receita bruta consolidada atingiu R$ 1,4 bilhão, com redução de 6,1% devido à pressão de queda dos preços médios, especialmente nas exportações. 1 (As variações comentadas neste relatório são comparações do 2º trimestre de 2006 com o 2º trimestre 2005, ou do 1º semestre de 2006 com o 1º semestre de 2005, exceto quando especificado) INDICADORES OPERACIONAIS E FINANCEIROS – 2º Trim. 2006 • • • • • • • • A receita bruta foi de R$ 1,4 bilhão, 6,1% inferior, com volumes de venda de carnes 6,4% maiores. No mercado interno, os volumes de venda de carnes cresceram 17,1%, com receita bruta 9,5% maior. As exportações tiveram seus volumes de venda de carnes reduzidos em 1,3%, com receita bruta 21,3% menor. Os produtos de maior valor agregado atingiram 13,7% de crescimento em volumes e registraram aumento de 8,6% em receitas; O lucro bruto totalizou R$ 251,7 milhões, 31,7% de decréscimo; O EBITDA foi de R$ 17,6 milhões no trimestre, 89,0% menor, com margem EBITDA DE 1,5%; O resultado líquido do trimestre totalizou R$ 26,3 milhões negativos, contra um resultado líquido positivo de R$ 83,5 milhões. A margem líquida que era de 6,4% positiva ficou em 2,2% negativa. A média diária de volume financeiro das ações negociado no trimestre totalizou US$ 7,0 milhões, 120,5% de incremento. Highlights - R$ milhões Receita Bruta Mercado Interno Exportações Receita Líquida Lucro Bruto EBIT Resultado Líquido EBITDA LPA* Highlights - R$ milhões Receita Bruta Mercado Interno Exportações Receita Líquida Lucro Bruto EBIT Resultado Líquido EBITDA LPA* 2º Trim. 06 1.392,8 801,1 591,7 1.201,4 251,7 (20,5) (26,3) 17,6 (0,20) Acum. 06 2.621,9 1.521,9 1.100,0 2.256,9 501,2 5,8 (15,9) 79,3 (0,12) % ROL 2º Trim. 05 115,9 1.483,2 66,7 731,6 49,3 751,6 100,0 1.311,6 21,0 368,6 (1,7) 141,2 (2,2) 83,5 1,5 159,6 0,63 % ROL Acum. 05 116,2 2.854,8 67,4 1.444,9 48,7 1.409,9 100,0 2.515,1 22,2 697,7 0,3 263,2 (0,7) 155,3 3,5 301,9 1,16 % ROL 113,1 55,8 57,3 100,0 28,1 10,8 6,4 12,2 % ROL 113,5 57,5 56,1 100,0 27,7 10,5 6,2 12,0 Var. % (6,1) 9,5 (21,3) (8,4) (31,7) (89,0) Var. % (8,2) 5,3 (22,0) (10,3) (28,2) (97,8) (73,7) - * Lucro por Ação (em R$) consolidado, excluindo as ações em tesouraria 2 EBITDA - R$ milhões 15,9% 306 10,4% 302 13,3% 12,0% 5,3% 166 131 3,5% 91 Acum. 01 Acum. 02 Acum. 03 EBITDA 79 Acum. 04 Acum. 05 Acum. 06 Margem EBITDA DESEMPENHO SETORIAL O mercado interno tem apresentado boa performance de vendas, favorecido pelo crescimento da renda real no Brasil, inflação sob controle e redução da taxa básica de juros. No mercado externo, a retomada gradativa do consumo de carnes de aves em regiões afetadas por casos de Influenza Aviária (como Europa e Oriente Médio), juntamente com o relaxamento dos embargos à carne suína, deverão proporcionar oportunidades para incremento dos volumes exportados no segundo semestre. Exportações As exportações de carne de frango brasileiras totalizaram 1,24 milhão de toneladas no primeiro semestre de 2006, o que corresponde a uma redução de 8,2% na comparação com igual período de 2005. O aumento de expressivos 57,8% nas exportações de frango industrializado não foi suficiente para compensar a queda nas exportações do frango In Natura. Já as exportações brasileiras de carne suína apresentaram queda de 27%, para 211,8 mil toneladas no 1º semestre de 2006. Esta redução reflete o embargo mantido por países importadores em virtude da febre aftosa registrada no final de 2005. Vale salientar, entretanto, que os preços médios se mantêm em níveis próximos aos do ano passado. Matérias-Primas O quadro de abastecimento segue favorável fazendo com que os preços permaneçam em níveis inferiores aos praticados em 2005. Nos Estados Unidos, pelo segundo ano consecutivo, a safra de milho colhida foi recorde, fazendo com que mesmo com o aumento das exportações e para a fabricação de etanol, não haja redução significativa dos estoques americanos neste ano. Os preços na Bolsa de Chicago parecem já sinalizar uma expectativa de redução dos estoques para o ano que vem. 3 Já no caso da soja, a safra é ligeiramente abaixo do recorde obtido no ano passado (84 milhões de toneladas em 2005/06 contra 85 milhões de toneladas em 2004/05), mas os estoques finais continuam muito elevados (mais do que o dobro do ano anterior) No Brasil, a safra 2005/06 de milho é estimada pelo 5º levantamento da Conab, de julho de 2006, em 41,3 milhões de toneladas, 18% acima do ano anterior. Já a safra atual de soja é prevista em 53,4 milhões de toneladas, 3,7% acima da passada. O real apreciado e a boa oferta de soja e milho no mercado interno fazem com que o cenário de preços das matérias primas siga favorável. Consumo Interno A renda real no 1º semestre de 2006 subiu 4,3% em relação ao mesmo período do ano anterior trazendo uma oportunidade para o aumento do consumo de alimentos no mercado interno. Com o aumento da ocupação, a massa salarial elevou-se em 6,3% frente ao mesmo período de 2005. O dólar desvalorizado e a inflação contida corroboram este cenário. Os produtos congelados de carnes cresceram 3,8% e as massas congeladas tiveram incremento de 14,6% acumulado até maio/06. Os produtos industrializados de carnes aumentaram 13,4%, enquanto as pizzas congeladas apresentaram 7,1% acumulado até junho/2006, de acordo com os dados da AC Nielsen. Questões Sanitárias O impacto negativo causado pelos focos de Influenza aviaria que o setor vem sofrendo desde o final de 2005, sobretudo na Europa e no Oriente Médio, está em processo de reversão, buscando equilíbrio entre oferta e demanda. O recente foco ocorrido na Tailândia deve manter os embargos da carne de aves In Natura deste país, fazendo com que continuem exportando apenas produtos cozidos e processados. O foco da doença de Newcastle ocorrido no estado do Rio Grande do Sul e notificado em 4 de maio último às autoridades não chegou a prejudicar o setor. O fato foi comunicado à Organização Internacional de Epizotias – OIE. As medidas de prevenção adotadas foram bem recebidas pela comunidade internacional. As exportações gaúchas não sofreram devido ao re-direcionamento de produtos para destinos que não impuseram restrições. Recente comunicado do Ministério da Agricultura indica que o foco ocorrido foi controlado não apresentando qualquer vestígio da doença nas regiões próximas. 4 INVESTIMENTOS E PROJETOS Em linha com os objetivos de constante crescimento para a principal atividade de negócios – carnes - e vislumbrando oportunidades a serem geradas nos principais mercados internacionais e no mercado doméstico, foram direcionados R$ 153,7 milhões, para investimentos no segundo trimestre, que foram alocados em novos projetos que prevêem a ampliação e modernização de linhas de produção nas unidades do Sul, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná; na região Centro-Oeste, nos estados de Goiás e Mato Grosso, englobando o novo complexo agroindustrial em construção na cidade de Mineiros-GO. O montante investido no primeiro semestre de 2006, R$ 247,6 milhões, representa um avanço de 117% em relação ao ano anterior e 56,3% do montante total de R$ 440 milhões projetados para investimentos em Capex para 2006. No segundo trimestre de 2006, foi anunciado um investimento importante para a agregação de valor aos negócios da Companhia - a entrada na atividade de lácteos, através da controlada indireta da Perdigão S.A., a PDA Distribuidora de Alimentos Ltda (PDA), que adquiriu 51% do capital da Batávia S.A – Indústria de Alimentos (Batávia), com investimentos totais de aproximadamente R$ 110 milhões, incluindo R$ 18 milhões de imobilizado. Este negócio gerou em 2005 um faturamento de R$ 650 milhões. Com um market share de 12,9%, terceira Companhia no ranking de lácteos, a Batávia emprega mais de 1.700 funcionários em 2 unidades em Carambeí no estado do Paraná e em Concórdia no estado de Santa Catarina, vendendo um mix de aproximadamente 200 produtos lácteos incluindo leite UHT e pasteurizado, aromatizados, fermentados e sabores de chocolates, iogurtes, sucos de frutas, suco de soja, queijos, petit-suisse e sobremesas. DESEMPENHO OPERACIONAL Produção A produção de frigorificados de carnes atingiu um crescimento de 0,6% no trimestre e 6,1% no semestre, comparado aos mesmos períodos do ano anterior. A Empresa promoveu um ajuste temporário de produção, no primeiro trimestre, visando adaptar-se às necessidades de mercado. Além disso, estamos contabilizando a produção de carnes bovinas, atividade iniciada no final do ano passado. Produção Abate de aves (milhões de cab.) Abate de suínos/bovinos (mil cab.) Frigorificados de aves (mil t) Frigorificados de suínos/bovinos (mil t) Total de Frigorificados (mil t) Outros produtos processados (mil t) Rações e concentrados (mil t) Pintos de 1 dia (milhões de unidades) 2º Trim. 06 2º Trim. 05 122,8 859,0 175,7 130,6 306,3 6,5 771,9 139,6 128,9 868,1 177,6 126,7 304,3 6,2 758,3 135,1 Var. % (4,7) (1,0) (1,1) 3,1 0,6 4,9 1,8 3,3 Acum. 06 Acum. 05 261,2 1.743,0 368,0 263,8 631,8 12,8 1.556,6 270,5 252,1 1.728,5 342,5 252,8 595,3 11,2 1.486,8 263,7 Var. % 3,6 0,8 7,5 4,4 6,1 14,4 4,7 2,6 5 Mercado Interno No trimestre, as vendas internas cresceram 9,5%, somando R$ 801,1 milhões, impulsionadas principalmente pelas receitas de in-natura e pelas atividades: bovinos e lácteos, que somados representaram 8,6% do faturamento total no mercado interno, sendo que o faturamento da atividade de lácteos foi consolidado somente a partir do mês de junho. Na atividade de carnes, o crescimento das receitas foi de 8,7% com volumes 17,1% maiores, especialmente obtidos com os volumes vendidos de carnes innatura (aves/suínos e bovinos), que cresceram 98,3% com receitas 46,8%. Embora, os produtos elaborados/processados apresentassem um aumento menor de 7,7% em volumes e 4,9% em receitas, obtiveram uma performance superior em termos de resultado operacional, contribuindo positivamente para os resultados apresentados no trimestre. Ainda pressionados pela superoferta de carnes registrada no mercado doméstico, os preços médios no trimestre ficaram 7,9% menores, com os custos médios registrando uma queda de 6,2%, o que colaborou para amenizar o impacto de pressão de preços. Os outros produtos processados, que incluem: massas, pizzas, vegetais congelados, pão de queijo, linha vegetariana a base de soja, entre outros, também demonstram bons crescimentos, atingindo 34,5% a mais de volumes e 25,5% superior em receitas. Na atividade de soja, a queda de volumes e receitas se justifica pela venda da unidade de esmagamento em Marau-RS durante o segundo semestre do ano passado. O faturamento bruto acumulado até junho, no mercado interno, atingiu R$ 1,5 bilhão, um aumento de 5,3%, com volumes de carnes 15,4% superiores e os outros produtos processados crescendo 27,2%. Os preços médios de carnes ficaram 8,0% menores, com custos de 6,2% inferiores no semestre. Com ganho de 1,9 ponto percentual no semestre, a participação dos processados na receita total do mercado interno, passou de 80,7% para 82,6%, em linha com a estratégia de crescimento de produtos de maior valor agregado, que incluem: elaborados, industrializados e congelados de carnes, lácteos, sucos, massas, pizzas, vegetais, entre outros. 6 Mercado Interno CARNES . In-Natura . Aves . Suínos/bovinos . Elaborados/Processados (carnes) LÁCTEOS . Leites . Lácteos / Sucos / Outros Outros Processados Soja / Outros TOTAL PROCESSADOS % vendas totais CARNES . In-Natura . Aves . Suínos/bovinos . Elaborados/Processados (carnes) LÁCTEOS . Leites . Lácteos / Sucos / Outros Outros Processados Soja / Outros TOTAL PROCESSADOS % vendas totais Vendas (R$ milhões) Toneladas (mil) 2º Trim. 06 2º Trim. 05 Var. % 2º Trim. 06 2º Trim. 05 Var. % 150,4 128,4 17,1 635,2 584,1 8,7 26,6 13,4 98,3 79,2 53,9 46,8 21,9 11,2 95,3 60,3 43,3 39,3 4,7 2,2 114,0 18,9 10,6 77,8 123,8 115,0 7,7 556,1 530,2 4,9 22,0 60,4 10,7 18,7 11,3 41,7 8,4 6,3 34,5 60,5 48,2 25,5 16,0 45,1 (64,5) 44,9 99,3 (54,8) 196,8 179,7 9,5 801,1 731,6 9,5 143,5 72,9 121,2 67,4 Acum. 06 293,6 52,5 41,3 11,2 241,1 22,0 10,7 11,3 15,7 30,1 361,4 Acum. 05 254,5 26,0 21,0 5,0 228,5 12,4 79,1 345,9 268,1 74,2 240,8 69,6 18,3 Var. % 15,4 101,9 96,8 123,5 5,5 27,2 (61,9) 4,5 11,3 658,3 82,2 578,5 79,1 Acum. 06 1.256,1 155,3 115,6 39,7 1.100,8 60,4 18,7 41,7 114,6 90,7 1.521,9 Acum. 05 1.175,1 104,3 83,5 20,7 1.070,8 94,9 174,9 1.444,9 1.257,2 82,6 1.165,7 80,7 13,8 Var. % 6,9 48,9 38,4 91,3 2,8 20,8 (48,1) 5,3 7,8 Foram lançados os seguintes produtos no trimestre: com a marca Perdigão: lingüiça de lombo Ouro, linqüiça fina de frango Perdigão, Rock Dog calabresa, hambúrguer bovino Tenesse, pizza vegetal Escolha Saudável (soja), peito cozido Chester®, peito temperado Chester®, Golden Chester®, hambúrguer sabor picanha (institucional), especial copa com o Ronaldinho Gaúcho: sticks de presunto e queijo, rock dog salsicha e chicken pop corn; com a marca Batavo: milho especial, lanche Freski, lingüiça defumada de frango Freski, mortadela Boticelli. Nossa posição de mercado agora passa a englobar a atividade de lácteos, composto de iogurtes, leites fermentados, petit suisse e sobremesas, também revisto pela AC Nielsen, onde a marca Batavo é detentora de 12,9% de marketshare. A participação de mercado da Companhia no mercado de industrializados de carnes, congelados de carnes, massas e pizzas pode ser verificada no gráfico a seguir: 7 Market Share - % 38,0 37,9 31,9 31,2 32,3 31,0 24,6 24,4 34,5 34,0 33,4 34,3 24,8 28,5 23,4 30,6 38,1 39,0 36,0 34,8 34,5 38,8 35,0 34,5 32,2 24,2 24,1 24,7 25,5 12,8 12,7 12,9 12,9 2003 2004 2005 Ac. 2006 24,5 12,3 14,9 10,3 2000 2001 2002 Industrializados de Carnes Congelados de Carnes Pizzas Congeladas Lácteos* Último Bim/06 Pratos Prontos - Massas Fonte: AC Nielsen * Lácteos - adquiridos 51% da Batávia (Lácteos) em Junho/06. Ano: Junho - Maio O mercado institucional continua ganhando participação relativa em relação aos demais canais de distribuição, conforme apresentado no gráfico a seguir: CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO (em receitas) Acum. 2005 Acum. 2006 Institucional 8,2% Varejo 11,7% Institucional 8,0% Atacadista 19,3% Auto-Serviço 60,8% Varejo 11,9% Atacadista 19,2% AutoServiço 60,9% A Perdigão está veiculando uma campanha institucional de sua marca em todo o país, com verba de marketing de R$ 30 milhões, sob o tema “Perdigão. Todo mundo adora”. O objetivo é fixar a evolução e o crescimento da Perdigão nos últimos anos, baseado em quatro diferentes pilares: crescimento continuo, qualidade dos produtos, diversidade no portfólio e novos lançamentos e exportação. 8 Mercado Externo Reflexo das circunstâncias geradas pelos problemas trazidos pela influenza aviária, que ocasionou queda de consumo, demanda e preços, em vários países consumidores e importadores de carne de frango, fato que, aliado à superoferta internacional de produtos de aves e ao impacto significativo da apreciação do real em relação ao câmbio, comprometeu os resultados do mercado externo que apresentou um desempenho desfavorável. Por outro lado, os volumes comercializados de carnes no segundo trimestre ficaram apenas 1,3% inferiores ao segundo trimestre do ano anterior, demonstrando o início de retomada de consumo, enquanto, os preços médios caíram 20,2% em reais e 5,4% em US$ - FOB (Free on Board), pressionando o desempenho da receita bruta que ficou 21,3% abaixo no trimestre, atingindo R$ 591,7 milhões. Os produtos processados apresentaram queda de volume de 5,7% principalmente pelo decréscimo de vendas de produtos industrializados como mortadelas para a Venezuela. Conseguimos retomar nossas exportações de carne suína para a Rússia, através das nossas unidades industriais existentes no Rio Grande do Sul, com a reabertura parcial do mercado russo em maio para exportações daquele estado, fechado devido aos casos de febre aftosa registrados no ano passado. A forte apreciação do real em relação ao dólar registrada no trimestre de 10% somada aos fatores ponderados anteriormente comprometeram a performance do mercado externo. Embora, o custo médio do trimestre tenha ficado em 8,9% inferior ao anterior, esta queda não foi suficiente para amenizar o impacto dos percalços ocorridos. 9 Mercado Externo CARNES . In-Natura . Aves . Suínos/bovinos . Elaborados/Processados (carnes) Outros Processados Outros TOTAL PROCESSADOS % vendas totais CARNES . In-Natura . Aves . Suínos/bovinos . Elaborados/Processados (carnes) Outros Processados Outros TOTAL PROCESSADOS % vendas totais Toneladas (mil) Vendas (R$ milhões) 2º Trim. 06 2º Trim. 05 Var. % 2º Trim. 06 2º Trim. 05 Var. % 177,6 179,9 (1,3) 590,7 749,5 (21,2) 150,2 150,9 (0,4) 458,8 600,0 (23,5) 116,4 119,7 (2,8) 308,4 440,3 (30,0) 33,8 31,2 8,5 150,4 159,6 (5,8) 27,4 29,1 (5,7) 131,9 149,5 (11,8) 0,2 0,1 47,1 1,0 0,8 25,4 1,3 177,8 180,1 (1,3) 591,7 751,6 (21,3) 27,6 15,5 29,2 16,2 (5,5) 132,9 22,5 150,3 20,0 (11,6) Acum. 06 321,3 271,9 215,6 56,2 49,4 0,2 0,0 321,5 Acum. 05 336,6 286,0 229,8 56,2 50,6 0,3 0,2 337,2 Var. % (4,6) (4,9) (6,2) 0,1 (2,4) (38,4) (85,9) (4,6) Acum. 06 1.098,9 854,1 605,9 248,2 244,8 1,1 0,0 1.100,0 Acum. 05 1.406,1 1.127,1 833,8 293,3 279,1 2,1 1,6 1.409,9 Var. % (21,9) (24,2) (27,3) (15,4) (12,3) (49,8) (98,0) (22,0) 49,6 15,4 51,0 15,1 (2,7) 245,9 22,4 281,2 19,9 (12,6) Diante da conjuntura internacional apresentada para o setor, os principais mercados apresentaram o seguinte comportamento, no trimestre: • Oriente Médio – Os preços no mercado saudita reagiram lentamente uma vez que os produtores locais ainda estavam super estocados, mas no Golfo a recuperação foi mais rápida. Os volumes cresceram 1,4%, com receitas 20,5% menores. • Extremo Oriente – O Mercado do Extremo Oriente sofreu fortes oscilações de preços e volumes no trimestre. Os mercados em geral estavam superestocados. Os preços permaneceram em baixos níveis e o mercado esteve pouco demandado. Já a Coréia apresentou boa demanda em função da concorrência de bird flu na Dinamarca. Com volumes 8,3% superiores, este mercado registrou 11,5% de queda nas receitas. • Europa – Os volumes cresceram 2,3%, especialmente para os produtos processados de frango, enquanto às receitas caíram 20,8%, devido a queda de consumo e acumulo de estoques dos produtores europeus. • Eurásia – A queda de 23,9% nos volumes se deve principalmente ao banimento das importações de carnes suínas, retomadas através de importações do estado do Rio Grande do Sul, em maio, o que refletiu também na redução de 35,3% nas receitas de mercado. • África, Américas e Outros Países - As exportações cresceram 8,9% em volumes e tiveram um declínio de 14% em receitas comparadas com o 10 segundo trimestre de 2005, amparadas pelo mercado Africano, já que o mercado da Venezuela diminuiu as importações de produtos industrializados. EXPORTAÇÕES POR REGIÃO (% receita líquida) Acum. 2005 Acum. 2006 Outros Países 6,6% Outros Países 5,4% Oriente Médio 18,8% Oriente Médio 18,0% Eurásia 16,1% Eurásia 21,5% Europa 28,7% Extremo Oriente 29,8% Extremo Oriente 26,4% Europa 28,7% No acumulado, o mercado externo totalizou R$ 1,1 bilhão, queda de 22%, com volumes de carnes apresentando um decréscimo de 4,6%. DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO Receita Operacional Líquida O bom desempenho registrado no mercado interno contribuiu para a receita líquida contabilizada no trimestre que atingiu R$ 1,2 bilhão, embora, devido a queda de preços médios, em dólares e em reais, registradas no período a receita líquida do trimestre apresentou uma queda de 8,4%. Os volumes totais de produtos de carnes comercializados aumentaram 6,4%, beneficiados principalmente pelas vendas obtidas no mercado doméstico. O crescimento dos outros produtos processados foi de 34,8% em volumes. Os produtos lácteos, consolidados a partir do mês de junho também contribuíram favoravelmente para o crescimento das vendas. 11 Composição da Receita Líquida (% ) 37,4 33,1 32,1 26,6 11,0 11,7 4,3 2,6 A ves - M I 1,3 3,7 0,6 2,7 S uí no s / B o v ino sP ro c e s s a do s O ut ro s - MI C a rne s - M I P ro c e s s a do s MI MI - Mercado Interno ME - Mercado Externo 3,7 6,1 O ut ro s - M I Acum. 06 10,1 11,1 1,9 Lá c t e o s - M I A ves - M E S uí no s / B o v ino sP ro c e s s a do s - ME C a rne s - M E Acum. 05 Custos das Vendas Os custos das principais matérias-primas (milho, soja e suínos) registraram quedas no segundo trimestre de 2006 comparado ao mesmo período de 2005, contribuindo para amenizar o impacto do aumento de custos advindos da atividade de bovinos e de produções terceirizadas, processos estes que ainda se encontram em fase de adequação. Além disto, os aumentos registrados em energia elétrica, manutenções e custos de mão de obra, devido ao aumento do quadro de pessoal, incluindo a aquisição da unidade de Nova Mutum-MT e dissídios salariais, aliados à queda das receitas externas, produziram uma elevação percentual no custo das vendas em relação à receita líquida de 71,9% para 79%, com aumento nominal no trimestre de 0,7%, totalizando R$ 949,7 milhões. No acumulado o custo das vendas declinou 3,4%, R$ 1,8 bilhão. Margem Bruta e Lucro Bruto A pressão dos preços médios no mercado externo (em dólares e considerando a apreciação do real em relação ao câmbio) aliada à retomada incipiente de volumes das exportações neste trimestre comparada à retração vivenciada no primeiro trimestre, somados ao mix de produtos comercializados no mercado interno, contendo mais produtos commodities e a pressão de alguns itens dos custos das vendas, foram os principais responsáveis pela queda de 31,7% do lucro bruto do trimestre, que atingiu R$ 251,7 milhões, registrando uma margem bruta de 21% contra 28,1% no mesmo trimestre do ano anterior. No ano, o lucro bruto acumula R$ 501,2 milhões, 28,2% de queda, com uma margem de 22,2%, enquanto no primeiro semestre de 2005 esta margem era de 27,7%. 12 Despesas Operacionais As Despesas operacionais ficaram em 22,7% da receita líquida contra 17,3% no mesmo trimestre do ano anterior, totalizando R$ 272,2 milhões contra R$ 227,4 milhões no mesmo trimestre de 2005. A participação das despesas operacionais em relação à receita líquida continuou tendo impacto superior em função da queda apresentada nas receitas líquidas de vendas. Os principais aumentos registrados nas despesas com vendas se devem ao incremento dos custos de frete, armazenagem e pessoal, além da maior distribuição de produtos no mercado interno, propagandas e promoções aos clientes. No semestre, as despesas operacionais totalizaram R$ 495,4 milhões, 14% superior ao acumulado no ano anterior, representando 22% da receita operacional líquida contra 17,3% no anterior, em função da diminuição de receitas e do aumento de custos variáveis. Resultado e Margem Operacional Diante do cenário adverso apresentado, de receitas e preços menores, principalmente no mercado externo, determinados custos e despesas superiores pelas condições de mercado, no trimestre, o resultado operacional antes das despesas financeiras, ficou negativo em R$ 20,5 milhões ante um lucro operacional de R$ 141,1 milhões apresentado no segundo trimestre do ano anterior. A margem operacional que era de 10,8% positiva ficou em 1,7% negativa. No semestre, o lucro operacional antes das despesas financeiras acumulou R$ 5,7 milhões, um decréscimo de 97,8% em relação ao acumulado do ano anterior. A margem operacional ficou em 0,3% ante 10,5% registrada no mesmo semestre do ano anterior. Financeiras As despesas financeiras apresentaram um aumento de 23,6% no trimestre e uma queda de 49,7% no semestre. No trimestre, as despesas financeiras cresceram principalmente em função das necessidades de aumento do endividamento líquido (47,8% superior à 30.06.05) para suprir as necessidades de investimentos realizados em capex e com a aquisição de 51% da Batávia S.A., divisão de lácteos, além das necessidades de capital de giro, em função da menor geração de caixa obtida. No semestre, foi possível uma redução das despesas financeiras em parte pelos ganhos obtidos na posição cambial consolidada da Empresa pela apreciação do real em relação ao dólar. 13 Endividamento R$ Milhões Moeda Nacional Moeda Estrangeira Endividamento Bruto Aplicações Moeda Nacional Moeda Estrangeira Total de Aplicações Endividamento Líquido Curto Prazo 249,3 210,5 459,7 Em 30/06/06 Longo Prazo 215,8 1.063,9 1.279,7 186,9 461,6 648,5 (188,8) Exposição Cambial - US$ milhões 0,0 82,9 82,9 1.196,8 Total 465,1 1.274,4 1.739,5 186,9 544,5 731,4 1.008,0 Em 30/06/05 Total 428,1 617,5 1.045,6 148,7 214,8 363,5 682,1 (132,1) (12,3) Var. % 8,6 106,4 66,4 25,8 153,5 101,2 47,8 - Devido à necessidade maior de alavancagem, a relação Dívida Líquida/EBITDA anualizado (últimos 12 meses) ficou em 2,5 vezes. Resultado Líquido e Margem Líquida Considerando os impactos significativos negativos que cercam o setor de carnes, registramos um prejuízo de R$ 26,3 milhões, contra um lucro de R$ 83,5 milhões, representando uma margem líquida negativa de 2,2% ante 6,4% positiva no segundo trimestre de 2005. No semestre, o resultado negativo acumulado totalizou R$ 15,9 milhões, 0,7% de margem líquida negativa, contra um lucro de R$ 155,3 milhões, 6,2% de margem líquida. EBITDA A geração de EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) contabilizou R$ 17,6 milhões, 89,0% de redução, apresentando uma margem de 1,5% no trimestre. No acumulado, a queda foi de 73,7%, totalizando R$ 79,3 milhões, com margem EBITDA de 3,5% contra 12,0% obtida no ano anterior. EBITDA R$ Milhões Lucro líquido Imposto de renda e contribuição social Financeiras Líquidas Depreciação e exaustão Amortização do diferido = EBITDA 2º Trimestre 2006 2005 Var. % (26,3) 83,5 (10,1) 31,8 19,5 15,8 23,6 28,1 24,3 15,5 6,4 4,2 54,1 17,6 159,6 (89,0) 1º Semestre 2006 2005 Var. % (15,9) 155,3 2,8 42,9 (93,5) 23,8 47,3 (49,7) 54,8 48,0 14,2 13,8 8,4 65,4 79,3 301,9 (73,7) SITUAÇÃO PATRIMONIAL Os estoques de produtos acabados aumentaram 9,5% em relação ao primeiro semestre de 2005, demonstrando já uma redução em relação ao trimestre anterior em função dos ajustes de produção promovidos pela Companhia e em função da retomada gradativa de vendas externas. 14 O Patrimônio Líquido ficou em R$ 1,2 bilhão contra R$ 1,1 bilhão, 11,8% superior ao semestre encerrado em 30.06.06. MERCADO ACIONÁRIO O desempenho das ações e dos ADRs da Companhia ainda ficou comprometido pelos fatores conjunturais ocorridos no mercado mundial de aves. O volume de ações negociado atingiu um crescimento de 31,7% na Bovespa e o volume de ADRs negociados na NYSE cresceu 116%, no trimestre, atingindo 29,1% e 97,4% de aumento nos volumes negociados no semestre, respectivamente na Bovespa e na NYSE. PRGA Cotações - R$ * Volume de Ações Negociado Performance Índice Bovespa IGC ISE 2º Trim. 06 2º Trim. 05 Acum. 06 Acum. 05 21,15 18,33 21,15 18,33 34,5 milhões 26,2 milhões 70,0 milhões 54,2 milhões (6,7%) 6,8% (19,6%) (4,0%) (3,5%) (5,9%) 9,5% (4,4%) (3,7%) (4,5%) 11,5% (1,5%) (5,3%) 7,9% - PDA Cotações - US$ * Volume de ADRs Negociado Performance Índice Dow Jones 2º Trim. 06 2º Trim. 05 Acum. 06 Acum. 05 19,20 15,70 19,20 15,70 3,9 milhões 1,8 milhão 7,5 milhões 3,8 milhões (6,3%) 23,0% (15,7%) 6,6% 0,4% (2,2%) 4,0% (4,7%) * Fechamento Consideramos no quadro acima os ajustes advindos do desdobramento, para o preço das ações e dos ADRs e para o volume negociado, aprovado na AGO/E de 08.03.06 e efetivado em 12.04.06. O volume financeiro médio diário do trimestre atingiu US$ 7,0 milhões/dia, 120,5% superior, com o semestre acumulando a média diária de US$ 7,4 milhões, 122,2% maior, reflexo do aumento do interesse dos investidores pós a entrado no Novo Mercado. O volume negociado representou 42,7% das transações do setor na Bovespa e 41% dos ADRs do setor na NYSE. Desempenho das Ações X Ibovespa Desempenho dos ADRs X Dow Jones 190 180 Ibovespa 146 160 170 140 150 120 130 100 P RGA 116 80 jun/ 05 set/ 05 dez/ 05 mar/ 06 jun/ 06 PDA 122 110 90 jun/ 05 Dow Jones 109 set/ 05 dez/ 05 mar/ 06 jun/ 06 15 BALANÇO SOCIAL A Empresa emprega 36.576 funcionários e gerou 3.821 novas oportunidades no período de um ano, principalmente nas áreas de produção e comercial. Os benefícios e programas sociais totalizaram no ano R$ 47,9 milhões, 24% de incremento, direcionados para alimentação, saúde, educação, cultura, transportes, capacitação e desenvolvimento profissional, previdência privada, entre outros. Os investimentos ambientais somaram R$ 10,8 milhões no semestre, um crescimento de 154,4%. Principais Indicadores 30.06.2006 30.06.2005 Número de Funcionários 36.576 32.755 123,4 153,6 Faturamento Líquido por Funcionário/ano - R$ m Produtividade por Funcionário (ton/ano) 36,7 37,1 Var. % 11,7 (19,6) (1,1) O valor adicionado acumulado foi de R$ 725,2 milhões, 19% inferior ao primeiro semestre do ano anterior. 50,6% Valor Adicionado 49,9% 43,7% 33,6% 12,2% 4,1% 1,6% Recursos Humanos Impostos Juros Acum. 06 5,2% 1,2% -2,2% Dividendos Retenção Acum. 05 Part. dos Emp./Adm. nos Resultados 0,1% Participações Minoritárias O sistema de tratamento de efluentes implantado na unidade de Capinzal-SC valeu à Perdigão, pela sexta vez e pelo quarto ano consecutivo o Prêmio Fritz Muller, concedido pela Fundação Meio Ambiente (Fatma) e pelo Governo de Santa Catarina. GOVERNANÇA CORPORATIVA Em 17 de julho de 2006, a Sadia S.A., nossa principal concorrente, deu início a uma oferta pública para adquirir 100% das ações de nosso capital pelo preço de R$27,88 por ação. Tal oferta estava sujeita a diversas condições, entre elas a de 16 ser aceita por, no mínimo, 50% mais uma ação do nosso capital. Em 18.07.06, a Perdigão divulgou fato relevante comunicando que a ofertante não apresentava a condição à aplicação do artigo 37 do Estatuto Social da Companhia, além disso, anunciamos que havíamos recebido declarações por escrito de acionistas representando 55,38% de nosso capital, rejeitando a oferta. Em 20 de julho de 2006, a Sadia aumentou o preço por ação de sua oferta para R$ 29,00 por ação. No mesmo dia, recebemos declarações por escrito de acionistas representando 55,38% de nosso capital, rejeitando a oferta. Em 21 de julho de 2006, a CVM emitiu um comunicado no sentido de que, em vista das declarações por escrito de nossos acionistas e que a Sadia manteve a condição de aceitação mínima, a oferta passou a não ter efeito. No mesmo dia, a Sadia desistiu da oferta. A Perdigão foi eleita a melhor empresa do setor frigorífico pelo Anuário Exame de Agronegócios 2006-2007, publicação da revista Exame, que traz um panorama completo das empresas de agronegócio brasileiro. Para escolher as vencedoras, a equipe da FGV analisou um conjunto de informações sobre as 400 maiores empresas do setor, avaliando o desempenho econômico-financeiro, a política de responsabilidade social e ações inovadoras no mercado em que atuam. Honorários de Consultoria Não houve desembolsos relativos a honorários de consultoria pagos aos auditores independentes (Ernst & Young) no trimestre. A contratação de serviços de consultoria dos nossos auditores requer uma aprovação prévia do Conselho de Administração e pressupõe que aquele serviço não coloque em risco a independência e objetividade dos nossos auditores no desempenho da auditoria externa, considerando ainda as restrições a determinados serviços proibidos pela Lei Sarbanes Oxley norte-americana. PERSPECTIVAS O mercado internacional vem, gradativamente, buscando equilíbrio entre oferta e demanda pós a experiência resultante do agravamento dos casos de influenza aviária. Entendemos que as exportações começam a reagir, tanto em termos de volumes como de preços, embora alguns mercados ainda estejam ajustando seus estoques e produção local. As oportunidades ocorrerão de forma gradativa, com melhor recuperação a partir do quarto trimestre. Já o mercado doméstico, está beneficiado pela melhoria de renda da população e o aumento da massa salarial, favorecendo o consumo de alimentos, o que, somado ao ajuste dos estoques de carnes, que também estão elevados em função da queda de exportações, poderá contribuir para a melhoria interna do consumo de produtos de maior valor agregado. Com a decisão de ampliar o foco de nossos negócios, primeiro com a entrada nos mercados de bovinos e de margarinas no ano passado e, mais recentemente, com a aquisição da divisão de lácteos e a marca Batavo, podemos afirmar os avanços alcançados no processo de diversificação da Companhia, englobando: produção, 17 portfólio dos produtos, vendas e mercados. As sinergias a serem capturadas entre os negócios de Perdigão e Batavo devem contribuir para o crescimento da companhia, fortalecendo sua posição entre as grandes indústrias mundiais de alimentos e sua contribuição para gerar empregos. Entre as principais razões para a aquisição, podemos citar: a cadeia de distribuição de produtos refrigerados que já atinge 95% da população brasileira; o número de clientes ativos (mais de 85.000 na Perdigão e 11.000 na Batávia); a penetração em diversos canais importantes de distribuição; a tradição e a preocupação com produtos de qualidade e que atinjam a expectativa dos consumidores, a experiência no campo, a parceria com pequenos produtores; e sobretudo, a determinação de estar entre as melhores e maiores nas áreas em que atuam. São Paulo, agosto de 2006. Eggon João da Silva Presidente do Conselho de Administração Nildemar Secches Diretor Presidente 18 PERDIGÃO S.A. COMPANHIA ABERTA - CNPJ 01.838.723/0001-27 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS CONDENSADAS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (em milhares de reais) BALANÇO PATRIMONIAL 2006 ATIVO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PERMANENTE 2005 3.819.347 2.839.276 2.075.366 1.508.839 224.611 232.775 1.519.370 1.097.662 76.561 11.880 1.351.681 994.731 Investimentos Imobilizado 91.128 91.051 3.819.347 2.839.276 CIRCULANTE 1.156.027 1.068.855 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.425.369 691.479 Diferido PASSIVO 31.055 PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA - 1.206.896 1.078.942 Capital social realizado 800.000 800.000 Reservas 425.215 172.306 Lucros (prejuízos) acumulados (18.319) 106.636 PATRIMÔNIO LÍQUIDO DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 2º Trim. 06 2º Trim. 05 1.392.826 1.483.222 Mercado interno 801.089 731.622 Mercado externo 591.737 751.600 RECEITA OPERACIONAL BRUTA Deduções de vendas RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA Custo das vendas LUCRO BRUTO (191.381) 1.201.445 (949.719) 251.726 (171.645) 1.311.577 (943.020) 368.557 Despesas operacionais (272.243) (227.383) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DAS FINANCEIRAS (20.517) 141.174 Financeiras líquidas Outros resultados operacionais RESULTADO OPERACIONAL Resultado não operacional RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES Imposto de renda e contribuição social Participações dos administradores e funcionários Participações minoritárias RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO EBITDA (19.508) (15.786) 3.346 (2.734) (36.679) 418 (36.261) 122.654 (1.015) 121.639 Var. % 1º Sem. 06 1º Sem. 05 2.621.905 2.854.799 9,5 1.521.918 1.444.929 5,3 (21,3) 1.099.987 1.409.870 (22,0) (6,1) 11,5 (8,4) 0,7 (31,7) 19,7 23,6 - (364.997) 2.256.908 (339.745) 2.515.054 (1.755.745) (1.817.312) 501.163 697.742 (495.409) 5.754 (434.536) 263.206 (23.808) (47.323) 7.715 (5.292) (10.339) 210.591 (691) Var. % (8,2) 7,4 (10,3) (3,4) (28,2) 14,0 (97,8) (49,7) - - (1.770) - (12.109) (2.803) (42.930) (93,5) - (11.648) (100,0) 209.900 156,2 - 10.117 (31.840) - 834 (6.269) - (987) - - (987) - (15.899) 155.322 - (89,0) 79.340 301.888 (73,7) (26.297) 17.592 83.530 159.631 - - As declarações contidas neste relatório relativas à perspectiva dos negócios da Empresa, às projeções e resultado e ao potencial de crescimento da Empresa constituem-se em meras previsões e foram baseadas nas expectativas da administração em relação ao futuro da Empresa. Estas expectativas são altamente dependentes de mudanças no mercado, do desempenho econômico geral do país e do setor e dos mercados internacionais, estando sujeitas a mudanças. 19 20
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