REVISTA MINEIRA DE ENGENHARIA_ 17_Layout 1

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REVISTA MINEIRA DE ENGENHARIA_ 17_Layout 1
IMPRESSO ESPECIAL
991 22 55 307- DR/MG
SOC. MINEIRA DE ENGENHEIROS
CORREIOS
ANO 3 | EDIÇÃO 16 | FEV -MAR - 2013
RAIO X DAS AGÊNCIAS REGULADORAS:
TÉCNICA X POLÍTICA
ENGENHEIRA DO ANO
Maria das Graças
Foster recebe
homenagem da SME
CHINA X BRASIL
Artigo de João
Camilo Penna
ENTREVISTA
Bernardo Figueiredo,
presidente da EPL fala sobre
investimentos em logística
P&D PARA CRIAR NOVOS PRODUTOS | RESPONSALIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
ENGENHARIA DE INCÊNDIO | MEIO AMBIENTE E MUITO MAIS.
EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE
O cumprimento de normas em respeito à vida
P
assados os primeiros
dias de comoção pela
tragédia de Santa Maria
(RS), é hora de uma reflexão sobre o episódio
e seus desdobramentos. Muitas análises foram feitas por especialistas, reforçando a sucessão de erros e
omissões que levaram à morte prematura de dezenas de jovens. Neste
momento, muitos dos sobreviventes
seguem internados lutando pela vida
em um leito de hospital.
As marcas dessa tragédia ficarão para
sempre na história do Brasil e da pacata cidade gaúcha, que se transformou em manchete dos principais
jornais do mundo. Permanecerão
na memória dos brasileiros e estão
como ferida viva no seio das famílias
que perderam seus filhos.
Ao contrário do que possa parecer o
risco de sinistros como esse não está
ou estava localizado, no caso da boate
Kiss, apenas em solo gaúcho, mas encontra-se espalhado pelo território
brasileiro. Por negligência, omissão,
ganância ou simples vista grossa, nem
sempre são cumpridas as exigências
legais mínimas contidas nas Normas
Técnicas Brasileiras de engenharia
para a construção e implantação de
empreendimentos com áreas comuns
ou não.
As normas são objetivas e o cumprimento das mesmas constitui uma das
etapas essenciais para se colocar em
funcionamento qualquer estabeleci-
4
Ailton Ricaldoni Lobo
Presidente da SME
mento seja comercial, residencial, de
lazer ou esportivo. A exigência de um
profissional de engenharia responsável
pela obra é regra e não há exceção.
O uso de novas tecnologias de matérias e de equipamentos, de controle
de acesso em ambientes públicos é
uma prática indispensável em qualquer projeto. As ferramentas existem
e precisam ser bem utilizadas. Portanto, não havia e não há ensinamento
necessário no horror vivenciado, em
Santa Maria, para que esse conjunto
de elementos seja observado na base
de projetos de engenharia.
Se isto não ocorre, poderíamos inferir, por outro lado, que a fiscalização
é insuficiente ou inexiste, o que tornaria inútil a ideia de bem estar, de
conforto e segurança, porque estaríamos envolvidos em um jogo absurdo de sorte e azar. A vida não
pode ser tratada como peça de um
joguete macabro, mas um campo de
sonho, de esperança, de alegria, de
projetos a serem realizados e que
foram brutalmente interrompidos,
tragados pelas chamas na noite de
Santa Maria.
Além de punição para os responsáveis
pela tragédia no município gaúcho,
acreditamos que a sociedade brasileira
deve exigir o cumprimento e/ou aperfeiçoamento de instrumentos legais
que estabelecem ou regulamentam as
relações entre aquilo que é de interesse da população e aquilo que é de
interesse e responsabilidade de todos
que participam dessa sociedade, seja
na área pública ou privada.
Em meio à dor, fazemos a defesa intransigente de que cada cidadão,
cada família, de que a sociedade não
aceite ver os jovens, adultos ou
crianças terem suas vidas ceifadas
por negligência e descaso.
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Em seus 82 anos de existência,
a SME trabalha para integrar,
desenvolver e valorizar a Engenharia, a Arquitetura, a Agronomia
e seus profissionais, contribuindo
para o aprimoramento tecnológico, científico, sociocultural e
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Por meio de nosso site, da revista,
dos eventos e da participação nas
redes sociais, a SME tem se tornado, cada vez mais, um
canal aberto para ouvir suas sugestões e para representar
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Fernando Henrique Schuffner Neto
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CONSELHO FISCAL
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Ailton Ricaldoni Lobo
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Compromisso, Inovação e Avanço
6
8
14
ENGENHEIRA DO ANO
MARIA DAS GRAÇAS
FOSTER, PRESIDENTE
DA PETROBRAS
CAPA
AGÊNCIAS REGULADORAS
44
RESPONSABILIDADE SOCIAL
ARTIGO SÉRGIO CAVALIERI,
PRESIDENTE DA ALE
46
SEGURANÇA E TECNOLOGIA
PROTEÇÃO CONTRA
SURTOS DE RAIOS
48
ENGENHARIA DE INCÊNCIO
O LADO TÉCNICO
DA TRAGÉDIA
50
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DJALMA MORAIS ESTÁ
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GESTORES DO MUNDO
24
MESTRES DA ENGENHARIA
FREDMARCK
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26
SME HISTÓRIA
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NEWTON DE PAIVA FERREIRA
32
MEIO AMBIENTE
COMITÊS DE
BACIAS HIDROGRÁFICAS
52
34
INOVAÇÃO
P&D PARA CRIAR NOVOS
PRODUTOS E SERVIÇOS
54
ARTIGO CHINA X BRASIL
JOÃO CAMILO PENNA
ENTREVISTA
BERNARDO FIGUEIREDO,
PRESIDENTE DA EPL FALA SOBRE
INVESTIMENTOS EM LOGÍSTICA
56
CAUSOS
DE ENGENHARIA
36
NOVOS ENGENHEIROS
GUSTAVO RIENTE ANDRADE
EVENTO | ENGENHEIRO DO ANO 2012
Maria das Graças Foster recebe a
medalha de Engenheiro do Ano 2012
Pela primeira vez em 30 anos, uma engenheira recebe a honraria
C
om aquele tipo de cerimônia calorosa que
só mesmo os mineiros sabem preparar
para seus conterrâneos que estão fora do
Estado, a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) homenageou, no último dia 18 de dezembro,
no Hotel Mercure Lourdes, em Belo Horizonte, a engenheira química e presidente da Petrobras, Maria das
Graças Foster com a Medalha Sociedade Mineira de
Engenheiros – Engenheiro do Ano 2012. Pela primeira
vez em três décadas, uma mulher entrou para a seleta
lista de notáveis que tiveram seu trabalho e dedicação
destacados pela Sociedade.
Acompanhada por membros da diretoria da entidade,
pelo ex-presidente da entidade, chanceler da Medalha
e presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho
Neto e pela secretária de Estado de Desenvolvimento
8
Econômico de Minas Gerais, Dorothea Werneck e o
secretário municipal de Serviços Urbanos, Pier Senese
desde a entrada do hotel, a executiva que já foi eleita
a terceira mulher de negócios mais poderosa do
mundo não escondeu a emoção pela homenagem carinhosa preparada pela SME.
Com auditório lotado, o presidente da SME, Ailton
Ricaldoni, abriu a solenidade agradecendo aos engenheiros que, de forma voluntária, participam dos
t r a balhos das Comissões Técnicas da entidade.
“O pensamento do engenheiro e sua criatividade se
manifestam no dia a dia e não apenas nas edificações,
mas em diversas outras áreas da atividade humana,
como a de petróleo e gás, muito bem representada
pela nossa homenageada de hoje, que simboliza o
que a Engenharia tem de melhor”, afirmou.
Homenageada Maria das Graças Foster
e Ailton Ricaldoni, presidente da SME
O chanceler da Medalha Engenheiro do Ano 2012, José da Costa
Carvalho Neto, lembrou que Maria
das Graças Foster construiu uma
carreira robusta na Petrobras, onde
trabalhou em diversos setores.
Com o conhecimento acumulado,
galgou diversas posições de liderança, até ser convidada, pela presidenta Dilma Rousseff, a ocupar a
presidência da maior empresa brasileira em fevereiro de 2012.
“Ela é focada em resultados, tem
conhecimento técnico, inconteste
liderança e sensível poder de negociação. Tem o coração maior que a
produção de petróleo da Petrobras”, elogiou Costa que agradeceu, ainda, a honra de ter sido o
chanceler da Medalha Engenheira
do Ano 2012, pelo reconhecimento
a Maria das Graças Foster, uma
profissional que, formada para vencer desafios, tem incentivado enge-
Engenheira do Ano e Dorothea
Werneck, Secretária de Estado de
Desenvolvimento Econômico/MG
nheiros dentro e fora da Petrobras.
Além de engenheira e executiva de
sucesso, Maria das Graças Foster é
uma mulher comum, com família, filhos, gostos adquiridos ao longo do
tempo, como ir a praia. Torcedora
do Botafogo, ela é figurante da Escola de Samba União da Ilha, que
fica no bairro em que morou durante anos. “É muito bom olhar
pela janela do avião e ver que estou
chegando na minha terra. Belo Horizonte é a terra de minha mãe,Terezinha e essa homenagem da SME
tem um significado especial para
mim, mineira de Caratinga mas carioca do Morro do Adeus, no
Complexo do Alemão, depois da
Ilha do Governador e, mais recente, de Copacabana e Ipanema.
Eu costumo dizer que sou uma mineira carioca”, ressaltou.
Ela disse, também, que o seu percurso de vida não foi fácil. “Tenho
José da Costa Carvalho Neto, chanceler
da Medalha e presidente da Eletrobras
orgulho das minhas escolhas, uma
delas a de ser engenheira”, destacou a homenageada. Ela dividiu o
reconhecimento da SME com a
equipe de profissionais que a assessoram e subsidiam de informações.
Para Maria das Graças Foster, a
empresa tem grandes desafios,
assim como o país, que apesar
das inúmeras políticas sociais e
da estabilidade econômica, ainda
tem muito a avançar. “Eu me sinto
feliz em participar desse período
de mudanças que o país tem experimentado nos últimos anos”,
analisou.
Ela encerrou o discurso “abrindo
as portas” para que outras engenheiras mineiras, como ela, possam ingressar na lista de
Engenheiros do Ano da SME. “Será
que, em 30 anos, nenhuma engenheira mereceu essa medalha?
Isso não é possível”, questionou.
Repercussões
Olavo Machado, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg)
“Maria das Graças Foster simboliza o nível de qualidade da engenharia brasileira,
reconhecida em todo o mundo por sua excelência. A belíssima carreira que construiu na
Petrobras, onde entrou como estagiária e chegou à presidência, revela a sua dedicação e
compromisso com a profissão. O título de Engenheira do Ano 2012, que lhe foi concedido
pela Sociedade Mineira de Engenheiros, é, portanto, justa e merecida homenagem que a
Federação das Indústrias de Minas Gerais subscreve e aplaude. Parabéns à SME
pela escolha! Parabéns à presidente Graça Foster pela conquista!”
“Não poderia ser mais oportuna a indicação do nome da Dra. Graça Foster para Engenheiro do
Ano 2012. Mais do que as valiosas contribuições ao campo da Engenharia, a Dra Foster se destaca
por sua atuação brilhante e decisiva para o desenvolvimento da indústria de gás natural no Brasil
e, notadamente, em Minas Gerais, tendo sido homenageada, em 2011, no aniversário de 25 anos
de fundação da nossa Gasmig”.
José Carlos de Mattos, presidente da Gasmig
“Eu achei que a Sociedade Mineira de Engenheiros está de parabéns por
homenagear engenheira mineira que milita há muitos anos na Petrobras
e que, pelo seu valor, mostrou que pode ocupar o cargo de presidente
da maior empresa do Brasil. Outra felicidade da SME foi ter indicado o
José da Costa para ser o chanceler da Medalha. Foi uma noite memorável!
A diretoria da SME está de parabéns.”
Tarcio Primo Belém Barbosa, ex-presidente da SME, ex-presidente do
CREA-MG, ex-secretário de Obras Públicas e atualmente presidente AAEMG-UFMG
“A SME foi muito feliz ao escolher a Graça Foster como Engenheira do ANO 2012. É uma profissional
que engrandece a nossa classe. Pessoa de notável capacidade de planejamento, execução e obtenção
de resultados. Conheço e acompanho de perto sua carreira há cerca de dez anos.Atualmente preside a
Petrobras, a maior empresa da América Latina, onde está resgatando os conceitos mais puros da engenharia:
planejamento, engenhosidade, controles, produtividade, qualidade, segurança, padronização. Com certeza
será muito bem sucedida e os resultados aparecerão em pouco tempo.”
“Foi importante a escolha da presidente da Petrobras para este prêmio:
se há no Brasil uma mulher que mereceu esta homenagem é ela, pela
sua história de luta, determinação e competência. O seu discurso foi o
de uma verdadeira estadista: focado, envolvente e objetivo. Penso, ainda,
que a presença dela em Belo Horizonte poderia ter sido mais divulgada,
pois merecia mais destaque na mídia e no público empresarial pelo que
ela representa para o Brasil como técnica, executiva e mulher.”
Flávio Campos , presidente Leme Engenharia e vice-presidente da SME
“Entregou o livro da historia da engenharia para ela. Falar da nobreza da
premiação que a SME tem feito e as indicações são pessoas que tem grande contribuição para
MG e para o Brasil como um todo. Louvando a iniciativa da SME. Incentivo para alunos da engenharia porque a Petrobras representa para o Brasil e a aspiração dos alunos, uma das possibilidades mais cobiçadas é ingressar na Petrobras pelo que representa para o país e
desenvolvimento da carreira do aluno.”
Benjamin Rodrigues Menezes, diretor da escola de engenharia da UFMG
“Desde que Maria das Graças Foster assumiu o comando da Petrobras,
no início de 2012, ela já mostrou que não lhe faltam coragem, determinação, conhecimento e foco para lidar com a complexidade desde gigante
que é a Petrobras. Existe muita coisa a ser feita, com benefícios importantes para o Brasil. Fico feliz de, neste momento de transformação e
evolução, uma engenheira como nós estar à frente da empresa da qual
a Mendes Júnior tem sido parceira importante há décadas. Nós,
engenheiros, estamos sempre focados em fazer acontecer, em aplicar conhecimento e inteligência
na obtenção de grandes resultados. É o que a Petrobras e o Brasil precisam. É o que Maria das
Graças Foster está fazendo.”
J. Murillo Valle Mendes, presidente da Mendes Júnior e
Engenheiro do Ano pela SME em 2009
Site :Valor Econômico
Sérgio Cavalieri, presidente do Grupo Ale,
SME
ENGENHEIRO
DO ANO 2012
A solenidade teve a participação de lideranças empresarias e políticas, engenheiros, formadores de opinião e diretores da SME
José Carlos de Matos, Paulo
Henrique e Rodrigo Coutinho
Ederson Bustamante, Raimundo Fernandes,
Antônio Lombardo e Hélio Nonato
Murilo Mendes
e Roberto Braga
Patrocínio
Daniel Marinho
e Michelly Girundi
Lavia Jentzsch, Ana Rosa Lourenço, João Lourenço,
Andréia Mohallem e Tarik Mohallem
José Ciro Mota, Marcelo Mota,
Aurélia Sica, Wagner Almeida Barbosa
Levindo Coelho,
José da Costa, Mariana Coelho
Regina Marinho e
Roberto Marinho
Wedson Luiz, Luciana
Sampaio e Marcelo Távora
Fabiano Panissi, Alexandre
Resende e Bayron Drumond
Ronaldo Gusmão,
Alexandre Resende e Sérgio Cavalieri
Maria das Graças Foster
e Alexandre Resende
André Martins Carvalho, Paulete
Martins e Antônio Humberto
Breno Assis e
Cássia Milanez
Olavo Machado, Lucas Gerken, Felipe Mota,
Aloisio Vasconcelos
Maria Eugênia Valente, Heloisa Paiva, Isis Carvalho,
Ana Elisa Lobo, Numa Jentzsch, Regina Coelho
Sérgio Cavalieri
e Werner Rohlfs
Antônia Sônia Cardoso,
André Luiz e Angela Menin
Ailton Ricaldoni, Fabio Tito,
Marcos Carvalhaes, José da Costa
Ronaldo Gusmão, Ailton Ricaldoni, Jalmelice Luz,
Fabiano Panissi, José Luiz Nobre Ribeiro e Alexandre Resende
Antônia Sônia Cardoso, Maria das
Graças Foster e Janaina França
Murilo Mendes e
Ailton Ricaldoni
Eduardo Mota, Marcos Jeber,
Fábio Dutra e Jairo de Jesus
Marcelo Mota, Maria das Graças
Foster e Ciro Mota
Maria Luiza Pimenta,
Adalberto Resende e Ronaldo Gusmão
Aloisio Vasconcelos,Victório
Seminonato e Murilo Mendes
CAPA | AGÊNCIAS REGULADORAS
Serviços em crise, atuação
técnica comprometida
Como acontece anualmente, o
ampliações de redes que, pela
como telefonia, energia e transpor-
Sistema de Informações de
constância na lista dos serviços
tes, as agências reguladoras per-
Defesa do Consumidor (Sindec),
mais criticados há muitos anos,
deram autonomia, transparência
que reúne dados coletados pelos
ainda não se tornaram realidade.
e, consequentemente, credibili-
Procons de 23 Estados e também
do Distrito Federal, acaba de divulgar o ranking dos setores que mais
receberam reclamações em 2012.
Copa do Mundo, o atraso nas obras
do setor energético podem resultar
em apagões nas capitais que
Das 2,3 milhões de queixas regis-
sediarão a competição. E a Agência
tradas em todo o país, 19,7% a
Nacional
mais que no ano anterior, mais
(Aneel), nesses casos? Basta apenas
uma vez, a telefonia celular, ser-
detectar a existência de problemas?
viço público explorado pela inicia-
Como solucioná-los a tempo?
tiva privada, foi o mais “lembrado”
A qualidade e a gestão da malha
pelos consumidores brasileiros
rodoviária brasileira e dos aero-
com 172.119 reclamações, ou
portos, também são problemas
9,17% do total.
que o país pretende solucionar
Em uma típica relação de “amor
e ódio”, a Agência Nacional
de Telecomunicações (Anatel),
14
Da mesma forma, às vésperas da
de
Energia
Elétrica
recorrendo às concessões a
iniciativa privada. O processo,
conduzido pela ANTT, está acelerado.
dade nos últimos anos, passando
a moeda de troca política que, na
maioria das vezes, não avalia os
reflexos e riscos para a população. Falta de recursos, terceirização da mão de obra, mudanças
nas regras de aprovação dos
novos diretores e o lobby agressivo dos setores regulamentados
estão entre os fatores que explicam essa “mudança de curso”.
Antes de ser empossado como o
primeiro presidente da Agência
Nacional de Transporte Terrestre
(ANTT), engenheiro civil com
mestrado em Economia, José Alexandre Nogueira Resende, rece-
responsável pela regulamentação
Criadas no governo Fernando
beu a incumbência do Palácio do
e fiscalização do serviço, tanto
Henrique, entre dezembro de 1996
Planalto de fazer o esboço da lei
castiga quanto absolve as quatro
e setembro de 2001, para garantir
que criou a agência, em 2002. Em
empresas que exploram o setor –
a estabilidade regulatória dos ser-
seis anos no cargo, ele teve a
Claro, Oi, Tim e Vivo – mediante
viços públicos concedidos pelo go-
oportunidade conhecer, também,
promessas de investimentos e
verno federal à iniciativa privada
o trabalho executado pela ANEEL,
José Alexandre Nogueira Resende, ex-presidente da
ANTT, engenheiro civil com mestrado em Economia,
recebeu a incumbência do Palácio do Planalto de
fazer o esboço da lei que criou a agência, em 2002
da ANTAQ e da ANP e de experi-
uma Rodovia Presidente Dutra
faziam
mentar, de perto, a pressão exer-
para ligar São Paulo e Rio de
antes de serem votadas e aprova-
cida pelos concessionários para
Janeiro, existe uma relação típica
das por diretorias colegiadas, pas-
driblar a fiscalização e as multas, ou
de monopólio, o que deve ser
savam por audiências públicas.
seja, a regulamentação. “Minha sa-
combatido, assim como a for-
A ideia era mesmo reduzir a par-
batina, no Senado, durou cinco
mação de cartéis e os abusos do
ticipação do Estado em todas as
horas e eu não sabia o que seria
poder econômico.
decisões, principalmente aquelas
perguntado ou por quem. Atualmente, essa cerimônia que avaliaria
De acordo com o engenheiro,
regulamentações
que,
de caráter técnico.
conceder e privatizar são a
Durante o governo de Luis Inácio
mesma coisa. No final, o ganho
Lula da Silva houve a mudança
colhido de acordo com o seu cur-
será para o poder federal, mas
ideológica no conceito dessas
rículo vitae, foi transformada em
durante a validade de contratos
entidades. “Parece que o Partido
uma apresentação formal, com rá-
que são de longo prazo – entre
dos Trabalhadores (PT) não acei-
pida aprovação”, comenta.
20 e 35 anos – é preciso fazer
tava muito bem a ideia de agências
Para ele, a agência reguladora,
ajustes de acordo com a dinâ-
independentes, como se isso re-
mica do mercado e demanda
presentasse a perda de poder do
pelo serviço. Por isso, a indepen-
executivo”, aponta.
o notório saber do candidato, es-
hoje, não segue as diretrizes iniciais de regular e fiscalizar os contratos de concessões do poder
público para a iniciativa privada.
“O princípio básico da agência é
regular esses setores que são explorados por poucos players e,
por isso, não são autocompetiti-
dência das agências é essencial,
do ponto de vista técnico e também político. “O regulador tem
que fiscalizar muito bem. Essa
estrutura tem que ser muito
bem montada”, afirma.
A criação de outros órgãos e de
aparelhos políticos anexos para
tratar dos mesmos problemas
resultou no enfraquecimento da
atuação das agências e da sua
credibilidade. “É preciso refun-
vos por si só”, resume. No setor
Segundo Resende, nos primeiros
dar as agencias reguladoras”,
de transportes, como há apenas
anos de funcionamento, as agências
recomenda.
CAPA | AGÊNCIAS REGULADORAS
Pedro Jaime Ziller de Araújo, engenheiro elétricista,
mas com bagagem acumulada na área de Telecomunicações e Informática, ex-presidente da Anatel,
também é um defensor das agências reguladoras
Ele não tem críticas em relação à
de defesa. Na minha época, tive-
Ele ficou no cargo por um ano e
composição do corpo técnico das
mos um corpo jurídico para criar
depois foi conselheiro da agência.
agências reguladoras. Resende
resoluções a esse respeito e os
“Quando entrei, em janeiro de
d e fende os funcionários con-
fiscais tinham autoridade para
2004, não tínhamos funcionários
cursados pela qualificação que
multar, notificar a autuar, mas tudo
concursados. Aqueles que estavam
apresentam. Com a estabilidade
com base legal, de acordo com os
lá eram “emprestados da Telebrás”,
do cargo, têm maior autonomia
contratos”, argumenta.
recorda. Para o engenheiro, o que
para atuar, diferente dos muitos
contratados.
fala em melhoria da infraestrutura
garante a independência das agências é a autonomia dos técnicos.
Geralmente, o corpo técnico é
brasileira, a agência é coordenada
Araújo deixou a Anatel no final do
composto por engenheiros, eco-
por funcionário público, ex-treina-
governo Lula e percebeu que,
nomistas e advogados, em uma di-
dor de um time de basquete e
desde então, houve avanços, como
visão de 30% para cada categoria,
três funcionários de carreira da
o incentivo à competição do
cada um com uma atribuição
ANTT.
setor, rigor na fiscalização mas
complementar. Afinal, o que está
em jogo são contratos.
16
No “olho do furacão” quando se
Graduado em Engenharia Elétrica,
mas com bagagem acumulada na
ainda há falhas a serem corrigidas.
“A agência precisa se desenvolver
melhor para forçar as empresas a
Apesar dos problemas estrutu-
área de Telecomunicações e Infor-
rais, o engenheiro defende as
mática, o ex-presidente da Agên-
agências reguladoras. “Antes da
cia Nacional de Telecomunicações
criação da ANTT era o Departa-
(Anatel), Pedro Jaime Ziller de
mento Nacional de Estradas de
Araújo, também é um defensor
Os últimos trabalhos do enge-
Rodagem (DNER), que aplicava as
das agências reguladoras, embora
nheiro à frente da Anatel foram
multas. Só que elas não eram
reconheça que há muitos proble-
sobre portabilidade e sobre a
pagas porque o procedimento era
mas a serem resolvidos para que
separação da banda larga da
juridicamente questionado sob o
elas atuem de acordo com suas
concessão, uma questão que
argumento de que não havia direito
atribuições originais.
prejudica a atuação da agência
prestarem melhores serviços
de telefonia para usuários”, reconhece.
Aloísio Vasconcelos é
ex-presidente da SME,
ex-presidente da Eletrobras e da Alstom
“As agências são iguais àquele remédio
que tem contra-indicações. Ruim com elas, pior sem elas”
porque, quando há mistura,
Eletrobras e da subsidiária fran-
regular o mercado. “Os enge-
mais complexos são os contra-
cesa Alstom, focada nos setores
nheiros são os mais habilitados
tos e o controle dos serviços
de energia e transportes e, ainda,
para gerenciar. O engenheiro é
fica dificultado, já que não é
funcionário da Companhia Ener-
eclético e vê todos os ângulos
possível saber o montante que
gética de Minas Gerais (Cemig)
de um problema e, por isso,
está sendo investido em uma
por uma década, da qual seis
pode sugerir soluções”, enfatiza.
área ou em outra, ou se há,
anos como engenheiro e quatro
realmente, aportes já realiza-
ocupando cargos de gestão,
Na China que é o grande mo-
dos, conforme acordado entre
engenheiro Aloísio Vasconcelos,
delo para o mundo hoje em
as partes.
o credencia para falar sobre as
desenvolvimento, a maioria
agências reguladoras sob outro
dos ministros são engenhei-
enfoque, o de regulado.
ros. No Brasil, infelizmente,
Atualmente a Agência possui 496
servidores com formação em
não há muitos engenheiros no
engenharia de um total de
“Sempre fui defensor das agên-
1. 583 servidores, ou seja, os
cias reguladoras porque elas são
engenheiros correspondem a
autônomas, ou pelo menos deve-
31,33% do quadro total. O Con-
riam ser. A agência trabalha para
selho Diretor, composto por
a sociedade e não é um órgão
las que têm engenheiros apre-
cinco profissionais, dos quais
vinculado ao governo”, defende.
sentam melhores resultados.
Para o engenheiro, a atuação
Para fechar a discussão, uma
das diretorias colegiadas é es-
frase de efeito. “As agências são
O currículo do ex-presidente da
sencial para que as agências
iguais àquele remédio que tem
Sociedade Mineira de Engenhei-
realmente consigam cumprir a
contra-indicações. Ruim com
ros (SME), ex-presidente da
sua função primordial, que é
elas, pior sem elas”, conclui.
dois engenheiros, dois advogados e um economista.
primeiro escalão do governo.
Nas agências, “é claro que
isso não é obrigatório” aque-
17
CAPA | AGÊNCIAS REGULADORAS
Quem é quem
nas agências reguladoras
Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel)
Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(ANTAQ)
Atualmente a agência possui 496 servidores com formação em engenharia de um total de 1583 servidores,
31,33% do quadro total. O Conselho Diretor da agência
tem mandato de cinco anos.
Com 191 funcionários terceirizados, a agência tem,
hoje, 58 engenheiros que não atuam, necessariamente, na sua atividade.
Presidente do Conselho Diretor – João Batista de Rezende é economista com mestrado em Economia pela
PUC-SP.
Conselheiro - Jarbas José Valente é engenheiro
eletrônico e de telecomunicações graduado pela UnB,
é especialista em análise de sistemas, em comunicação
de dados e em marketing de serviços e, ainda, diversos
cursos internacionais.
Conselheiro - Marcelo Bechara de Souza Hobaika é advogado pós- graduado em Direito da Economia e da
Empresa (FGV) e especialista em Direito de Tecnologia.
Conselheiro - Roberto Pinto Martins é engenheiro
eletricista pela UnB com mestrado em Engenharia
Elétrica na área de concentração da Computação
Gráfica (Unicamp).
Conselheiro - Rodrigo Zerbone Loureiro é advogado
pela (UFES) e servidor de carreira, tendo sido especialista em políticas públicas e gestão governamental do
poder executivo federal desde 2006.
18
Diretor-geral substituto - Pedro Brito, economista,
graduado pela UFCE e mestre em Administração
Financeira pela Coordenação dos Programas de
Pós-Graduação de Engenharia (COPPE) da UFRJ.
Foi ministro de estado da Secretaria de Portos da
Presidência da República, de maio de 2007 a janeiro
de 2011, e ministro de estado da Integração Nacional, de março de 2006 a março de 2007, onde também exerceu as funções de chefe de gabinete e
secretário executivo, de abril de 2004 e março de
2006.
Diretor - Fernando José de Pádua Costa Fonseca,
engenheiro civil pela Escola de Engenharia do Triângulo Mineiro, com sede em Uberaba tem Especialização em Engenharia Econômica pela AEUDF MBA
em Regulação e Concessão de Serviços Públicos
(FGV); Gestão Ambiental no Setor Transportes –
Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB,
MBA em Defesa da Concorrência, CADE–FGV.
Diretor Interino – Mário Povia, advogado, pertence
a quadro efetivo da Agência e é especialista em regulação de serviços aquaviários.
Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
Dos servidores concursados, que totalizam 533, 154
são graduados em Engenharia, ou seja, 29% do
total. Em janeiro foi realizado concurso público para
preenchimento de 152 vagas
Diretora Geral – Magda Maria de Regina Chambriard é engenheira civil pela UFRJ e pós graduada
em Engenharia Química pela mesma instituição e
em Engenharia de Reservatórios e Avaliação de
Fo r mações, pela Universidade Corporativa da
Petrobras.
Diretor – Helder Queiroz Pinto Jr. é economista pela
UFRJ com mestrado em Planejamento Energético pela
mesma instituição e doutorado pelo Instituto de
Economia e Política de Energia da Universidade
de Grenoble (França).
Diretor – Florival Rodrigues de Carvalho é engenheiro
químico pela UFPE com especialização em Engenharia
de Segurança, mestrado e doutorado em Engenharia
Química pela Unicamp.
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
Diretor geral - Nelson Hubner é engenheiro eletricista
formado na UFF, com pós-graduação em Matemática.
Foi ministro interino de Minas e Energia por oito
meses, entre 2007 e 2008 e também secretário-executivo da ex-titular Dilma Rousseff entre 2005 e 2007,
como chefe de gabinete (2003 a 2005) e como assessor do Departamento de Política Energética
(2002). Na ANEEL, foi assistente da Superintendência
de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade (SFE) de
2000 a 2001.
Diretor - Edvaldo Santana, é graduado em Engenharia
Elétrica pela PUC-RJ. Mestre e doutor em Engenharia
da Produção pela UFSC e professor licenciado da
mesma instituição.Atua na ANEEL desde 2000, no
cargo de superintendente de Estudos Econômicos de
Mercado. Doutor em Engenharia da Produção
trabalhou durante 17 anos na Eletrosul nas áreas de
engenharia, planejamento e financeira.
Diretor - Romeu Rufino é formado em Ciências Contábeis e pós-graduado em Contabilidade Gerencial pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV), atuou durante 15 anos
na área econômica e financeira como contador e
a s sistente da diretoria da Eletronorte. Foi auditor durante cinco anos na PriceWaterhouse Auditores
Independentes.
Diretor - Julião Coelho é advogado e procurador do
Distrito Federal.Atuou como Procurador Federal junto
à ANEEL entre agosto de 2002 e novembro de 2004.
Entre 2005 e 2009 atuou como advogado em questões
de Direito de Energia Elétrica.
Diretor - André Pepitone é engenheiro civil com especialização em Geotecnia. Está na Agência desde 2000,
onde trabalhou nas áreas de concessões e autorizações
da geração e estudos econômicos de mercado. A partir
de 2005, passou a ocupar cargo efetivo de Especialista
em Regulação.
Agência Nacional de Transportes Terrestes
(ANTT)
Diretor geral em Exercício - Ivo Borges de Lima
é graduado em Serviço Social com pós-graduação em
Comunicação Social pelo CEUB. Foi assessor parlamentar e secretário de Trabalho do Distrito Federal no
governo de Maria Abadia (PSDB) em 2006.
Diretor - Jorge Luiz Macedo Bastos - administrador de
empresas com pós-graduação em Gestão de Negócios
(FGV), era diretor da equipe de basquete Universo, que
pertencia ao ex-senador Wellington Salgado em 2010,
quando seu nome foi indicado para o cargo.
Diretora Interina - Ana Patrizia onçalves Lira é servidora da ANTT desde 2002 é pós-graduada em Direito
Tributário pela Escola Superior de Advocacia (ESA) e
em Regulação de Transportes Terrestres pela UFRJ.
Diretor Interino - Carlos Fernando do Nascimento é
servidor de carreira da ANTT desde 2006, é advogado,
especialista em Direito Administrativo e Processo
Administrativo pela Universidade Cândido Mendes e
em Regulação de Transportes Terrestres pela UFRJ.
Diretora Interina - Natália Marcassa de Souza é servidora de carreira da ANTT desde 2006, é mestre
em Economia pela Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), possui especialização em Transportes
Terrestres pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) e é bacharel em Economia pela Universidade
Estadual de Londrina (UEL-PR).
GESTÃO | AGÊNCIAS REGULADORAS
Agência Nacional das Águas (ANA)
Diretor-presidente - Vicente Andreu Guillo é
estatístico, foi Secretário Nacional de Recursos
Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do
Meio Ambiente. Funcionário de carreira da
Companhia Paulista de Força e Luz, presidiu
ainda a Usina Termoelétrica Nova Piratininga
Ltda. e secretário de Desenvolvimento Urbano
e Meio Ambiente de Campinas.
D i reto r - Jo ã o G i l b e r t o L o t u fo C onejo é
engenheiro civil com especialização em hidráulica
e mestre em Engenharia Hidráulica
Diretor - Dalvino Troccoli Franca é arquiteto pela
UFPe, tem longa experiência no setor urbano e em
atividades de natureza multidisciplinar como gestão
dos recursos hídricos, preservação ambiental
e promoção do desenvolvimento rural.
Diretor - Paulo Lopes Varella Neto é geólogo pela
UFRN com especializaão em Hidrologia Subterrânea pela Universidade Politécnica de Barcelona.
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
Entre os servidores concursados, excluindo-se
aqueles cedidos a outros órgãos, existem atualmente
cerca de 330 engenheiros, o que corresponde a
aproximadamente 30% do total.
Diretor –presidente - Marcelo Pacheco dos Guaranys é graduado em Direito e em Ciências Econômicas, é mestre em Direito Público pela UNB e
especialista em Direito Econômico e das Empresas
pela FGV.
20
de São José dos Campos-SP e graduado em
E n g e nharia Aeronáutica pelo ITA, está no seu
segundo mandato nessa diretoria.
Diretor de Regulação Econômica - Ricardo Sérgio
Maia Bezerra é advogado graduado pelo UDF e em
Administração de Empresas pelo Centro de Ensino
Unificado de Brasília (CEUB), tem pós-graduação
em Gestão da Aviação Civil pela UnB.
Diretor de Infraestrutura Aeroportuária - Rubens
Carlos Vieira é advogado. Foi corregedor-geral
da ANAC entre 2006 e 2010, é procurador da
Fazenda Nacional e professor de Direito Administrativo da Universidade Federal de Rondônia
(UNIR) e da FACIC/SP. Tem, ainda, mestrando em
Direito Administrativo na PUC/SP.
Agência Nacional de Saúde (ANS)
O diretor-presidente (interino) e diretor e Normas
e Habilitação dos Produtosda agência é o médico
cardiologista André Longo.
O diretor de Fiscalização, Diretor de Gestão (interino) é o advogado e procurador federal Eduardo
Sales.
Diretor de Desenvolvimento Setorial, Diretor de
Normas e Habilitação das Operadoras (interino) Bruno Sobral é engenheiro civil pela UnB, onde também fez o mestrado em Economia. Ele completou o
MBA na Georgetown University, nos Estados Unidos, em 2009. É servidor da carreira de especialista
em Políticas Públicas e Gestão Governamental do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
desde 1998.
Diretor de Operações de Aeronaves - Carlos
Eduardo Magalhães da Silveira Pellegrino é OficialAviador pela Academia da Força Aérea-AFA
é graduado em Análise de Sistemas pela PUC-RJ
e em Engenharia Eletrônica pelo ITA. É mestre em
Ciências Aeroespaciais pela UNIFA.
Agência Nacional do Cinema (Ancine)
Diretor de Aeronavegabilidade - Cláudio Passos
Simão é oficial engenheiro da FAB, pelo CPORAER
Não há engenheiros na composição da diretoria da
agência.
Não há engenheiros na composição da diretoria da
agência.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa)
CARREIRA | AGÊNCIAS REGULADORAS
Agências reguladoras
promovem concursos públicos em 2013
Ao que tudo indica, o governo federal resolveu investir mais nas
agências reguladoras. Neste ano,
haverá pelo menos três possibilidades de ingresso, via concurso público, para esses órgãos.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abriu 63
vagas para especialistas em regulação de serviços de transportes
terrestres e 17 vagas para analista
administrativo (nível superior),
com salários que variam entre
R$ 9.623,20 a R$ 10.019,20.
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) também pretende cobrir 100 postos para
especialista em regulação e vigilância sanitária e outros 20 para
analista administrativo (nível superior), com os mesmos valores
salariais.
Durante este ano, quatro agências reguladoras devem realizar
concursos. A Agência Nacional
do Cinema (Ancine), vai abrir
62 vagas para analista administrativo e especialista em regulação (nível superior), com salário
de R$ 10 mil.
22
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos de saúde, vai ofercer 26 vagas
para especialista em regulação de
saúde suplementar e 31 para analista administrativo (nível superior),
com salário de R$ 10 mil.
"Os engenheiros interessados
devem ter em mente, no entanto,
que podem não trabalhar em suasáreas de origem. E essa já é umaprática vigente nas agências. Na Agência
Nacional de Transportes Aquaviários
(ANTAQ), por exemplo, há 58 engenheiros de diversas especialidades
que atuam em outros cargos."
A Agência Nacional de Aviação
Civil (ANAC) é outro exemplo de
agência na qual os engenheiros
nem sempre atuam na sua carreira
de origem. Criada em 2005 para
substituir o Departamento Nacional de Aviação Civil, tem a difícil
função de regular e fiscalizar as atividades de um setor que, embalado
pela estabilidade econômica brasileira, tem experimentado demanda
maior que a oferta dos serviços.
A ANAC possui em sua carreira 4
cargos: Técnico Administrativo,
Analista Administrativo, Técnico
em Regulação e Especialista em
Regulação. Apenas para o último,
em algumas especialidades, é
o b rigatória a formação em Engenharia. No momento, entre os
servidores, excluindo os que
foram cedidos a outros órgãos,
há cerca de 330 profissionais da
área, o que corresponde a cerca
de 30% do total.
Deles, 155 estão lotados na
Superintendência de Aeronavegabilidade (SAR), 64 na Superintendência de Infraestrutura e
63 na Superintendência de Segurança Operacional (SSO). O
restante está dividido em outros 12 setores da ANAC.
Na Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP), que realizou concurso nos
primeiros dias de janeiro para 152
novos postos, as oportunidades são
inicialmente para engenheiros e
geólogos com especialização nessa
área. Atualmente, dos 533 concursados, 154 são graduados em Engenharia, ou seja, 29% do total, o que
segue a média nacional.
SIDERURGIA | Volta Redonda - RJ
CIMENTO | Arcos - MG
MINERAÇÃO | Congonhas - MG
ENERGIA | Igarapava - SP
LOGÍSTICA | Salgueiro - PE
DESENVOLVIMENTO.
HÁ 7 DÉCADAS ESSA É A NOSSA MARCA.
Neste ano comemoramos 71 anos de trabalho e compromisso com o desenvolvimento do Brasil
JVTV\THTHYJHMVY[LX\LZLVYN\SOHKLZL\WHZZHKVLZ[mJLY[HKLZL\WYLZLU[LLJVUÄHLTZL\M\[\YV
A partir do sonho de visionários dos anos 40, marcamos a história da industrialização do País
com a pavimentação da estrada do crescimento.
Hoje, somos um complexo siderúrgico integrado, moderno e competitivo, que atua em toda a cadeia produtiva
do aço e nos segmentos de mineração, logística, cimento e energia, nos mercados europeu e norte-americano.
Orgulhosa de carregar as cores da bandeira brasileira e contar com a força e a dedicação de milhares de homens
e mulheres, nos tornamos um negócio sustentável e estamos entre as empresas que mais investem no País.
CSN: 71 anos e muita história pela frente
www.csn.com.br
MESTRES DA ENGENHARIA | FREDMARCK GONÇALVES LEÃO
Da formação de novos
profissionais até a qualificação
dos cursos de Engenharia
Além de formar estudantes de Engenharia durante
Habilidade para ensinar e conhecimento andaram
mais de 40 anos, o professor Fredmarck Gonçalves
juntos na trajetória do professor que deu aulas em
Leão, 81 anos, engenheiro eletricista e mecânico
diversas disciplinas e para variados cursos de
pelo antigo Instituto Eletrotécnico de Itajubá, hoje
E n genharia. Entre elas, Oficinas de Tecnologia
ainda atua na Universidade Federal de Itajubá, em
M e cânica e Instalações Mecânicas, Mecânica
1957 é parte da história de duas das mais impor-
Aplicada e Tecnologia I.
tantes e conceituadas instituições de ensino superior do sul do Estado.
O professor também lecionou “Materiais e Processos”
na EFEI e mais uma vez fundador da disciplina
Ele entrou na sala de aula pela primeira vez em
“Química” dos cursos de Engenharia Elétrica do
1954, para dar aula de Matemática no antigo cien-
Instituto Nacional de Telecomunicações de Santa
tífico do Instituto Moderno de Educação e Ensino,
Rita do Sapucaí (Inatel) e da mesma disciplina, para
em Santa Rita do Sapucaí, já extinto. Estudante uni-
a Faculdade de Engenharia Civil de Itajubá, atual
versitário, aproveitou a oportunidade para ganhar
Centro Universitário de Itajubá, mantido pela
experiência.
Depois de formado e de atuar profissionalmente
como engenheiro, Fredmarck Leão fez o exame de
suficiência do Ministério da Educação e Cultura em
1959.
24
Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá (FEPI).
Mas a sua vocação não se restringiu às aulas.
Além de professor fundador e ex-diretor do
INATEL, entre 1966 e 1970, o engenheiro tornou-se membro da Comissão de Especialistas do
Como professor, não mediu esforços para ensinar.
Ensino de Engenharia (CEEENG) do Ministério
“Sempre tive ótimo relacionamento com os alunos
da Educação (SESU-MEC), o que rendeu contri-
e sempre procurei levar para a sala de aula as ino-
buições preciosas para diversas instituições
vações e novas tecnologias”, destaca.
universitárias brasileiras.
Professor Fredmarck
Gonçalves Leão, 81 anos,
engenheiro eletricista e
mecânico pelo antigo
Instituto Eletrotécnico
pela Universidade Federal
de Itajubá
porque 70% do PIB passa pelas Engenharias e áreas afins.
É por isso que é preciso que eles tenham conhecimento
técnico, competência e ética pois só assim farão projetos
bem elaborados que não impactem o meio ambiente
ouprejudiquem as pessoas
Aposentado desde 1999, ele continua a ser lembrado pelos engenheiros e instituições nas quais lecionou. “Presidi mais de 20 formaturas e escrevi um
juramento para os formandos”, comenta. A sua
preocupação com a qualidade dos profissionais resultou no “Decálogo Desejado ao Perfil do Futuro
Engenheiro” que lista as características que aqueles
que ingressam na carreira devem observar.
“Eu acho que a Engenharia é importante para a
sociedade porque 70% do Produto Interno
“
“
E u acho que a Engenharia é importante para a sociedade
Bruto (PIB) passa pelas Engenharias e áreas
afins. É por isso que é preciso que eles tenham
conhecimento técnico, competência e ética pois
só assim farão projetos bem elaborados que não
impactem o meio ambiente ou prejudiquem as
pessoas”, enfatiza.
Essa é a lição que ele daria aos jovens professores de Engenharia, que têm a responsabilidade
de formar – e bem - homens e mulheres que
vão construir o Brasil.
25
SME HISTÓRIA – PAULO NEWTON DE PAIVA FERREIRA
Foram os ex-colegas do curso de
O resultado desses encontros
Engenharia Civil da Escola de En-
pode ser comprovado de diver-
genharia da Universidade Federal
sas formas. De acordo com Paulo
de Minas Gerais (UFMG), onde se
Newton Ferreira, muitos sindica-
graduou em 1968, que apresenta-
tos tiveram origem ali, durante
ram Paulo Newton de Paiva Fer-
reuniões realizadas na sede da
reira à Sociedade Mineira dos
SME. Da mesma forma, entidades
Engenheiros (SME). “Eu não per-
já fundadas, tiveram ali, espaço
tencia aos quadros da SME e, por
para se fortalecer e participar
essa razão, não frequentava seu
ativamente do processo de aber-
ambiente ou participava de suas
tura política do Brasil. A reaber-
atividades e programação”, lembra.
tura do restaurante foi outro
passo importante para propor-
Mas os tempos de abertura polímas quando se iniciou o processo
os engenheiros que, na década de
eleitoral, fui agradavelmente sur-
1980, se reuniam para discutir es-
preendido pela indicação do meu
tratégias para o fortalecimento
nome, ao lado de companheiros
Presidir uma instituição tradicio-
das entidades de classe para
abnegados e comprometidos”,
nal como a SME, para o enge-
reafirmar vocações tradicionais
afirma.
nheiro, foi uma experiência de
como a cidadania e a defesa dos
Ser a “cabeça” da gestão de uma
interesses da sociedade.
entidade de classe, naquele mo-
“Nas reuniões, concluímos que
mento, configurou-se como um
seria indispensável estabelecer
grande desafio para o enge-
uma pauta de trabalho, cobrindo
nheiro que desenvolveu diversos
todos os espaços nos quais poderíamos ter voz, visão e estratégias adotadas pela SME para a
auxiliar o Brasil a redefinir o seu
caminho nos âmbitos municipal,
estadual e federal”, resgata.
26
cionar reuniões que homenagea-
tica do Brasil também envolviam
projetos, cada um com a sua importância para o que a SME pretendia. “Eu posso falar que o
ram autoridades merecedoras
do respeito dos engenheiros.
vida fantástica. “Em primeiro
lugar, não carrego piano sozinho.
Experimente abrir um pedacinho
e você verá como mais gente se
aproxima para ajudar, principalmente se entenderem a importância da mudança em curso”,
destaca.
principal conceito da nossa ges-
Durante 36 anos, Paulo Ferreira
tão foi o de “casa aberta”, com
foi presidente do Centro Uni-
auditório, salas de reuniões e de-
versitário Newton Paiva, ven-
mais espaços acessíveis para
dido há alguns anos. Ele também
A liderança de Paulo Newton de
qualquer órgão ou entidade li-
foi militante do Sinduscon-MG e
Paiva Ferreira foi reconhecida
gada a Engenharia, como forma
do Sicepot-MG. Afastado do
pelos demais e, em 1983, ele foi
de incentivo para que os profis-
setor, o engenheiro percebe a
eleito presidente da SME para
sionais se unissem para discutir
pujança da atividade para a qual
um mandato de dois anos. “Não
e/ou analisar problemas e propor
se formou, bem como perspec-
sei a que atribuir a minha eleição,
soluções”, avalia.
tivas positivas.
Mendes Júnior conquista novo contrato nas obras de Integração do São Francisco
A Mendes Júnior assinou, em janeiro, um novo contrato para as
obras de Integração do São Francisco. A empresa será responsável
por um trecho de aproximadamente 130 km, desde a cidade
de Cabrobó (PE) até Jati (CE). Entre as atividades, estão a execução
de três barragens, dois diques, 21 pontes, seis tomadas d´água, canais
de condução, galerias, passarelas, um túnel e a embocadura do canal
no rio São Francisco.
Com duração prevista de 30 meses, o projeto terá em seu pico
cerca de 1.600 empregados.
Amaro Guatimosim, diretor da Mendes Júnior, e Fernando
Bezerra, Ministro da Integração Nacional, assinam contrato
para mais uma etapa de obras da Integração do São Francisco
Além desta obra, a Mendes Júnior é responsável pelo Lote 8
d a I n tegração, onde já está em andamento a construção de
três estações de bombeamento.
Homenageados
Na Plenária Solene que ocorreu,
em dezembro de 2012, ao final
do exercício anual e em comemoração do Dia do Engenheiro,
o presidente do Crea-MG,
Jobson Nogueira de Andrade,
prestou homenagem aos conselheiros da entidade que obtiveJobson Andrade e Silvio Piroli
rem maior pontuação no
exercício de suas atribuições pela
seriedade e compromisso. Dois dos homenageados são membros
efetivos da SME: engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho, Silvio
Piroli, que preside a Comissão Técnica de Engenharia de Segurança
e o engenheiro Mecânico Ronaldo Emílio Simi que representam a SME junto ao Crea-MG. Foi
entregue aos homenageados uma
placa comemorativa de “Conselheiro Destaque 2012” em que o
Crea-MG reconhece o envolvimento e a participação ativa dos
conselheiros em prol do desen- Jobson Andrade e Ronaldo Emílio Simi
volvimento das áreas profissionais.
Na sessão plenária solene foi realizada no dia 6 de dezembro de
2012.
Cursos
O Instituto de Educação Continuada (INBEC/MG) está com inscrições abertas para dois cursos de pós-graduação lato sensu:
MBA em Construções Sustentáveis e MBA em Infraestrutura de
Transportes e Rodovias. Os cursos de 480 horas serão ministrados em quatro módulos com aulas presenciais. Por meio de convênio, os associados da SME poderão ter desconto de 25% nos
nossos cursos de especialização e 15% nos cursos de aperfeiçoamento. As inscrições podem ser feitas pela internet no endereço
eletrônico: http://www.inbec.com.br/mg.
28
Bancada
Os integrantes da bancada da SME que participam das Câmaras Especializadas do
CREA-MG fizeram a primeira reunião deste
ano para definir calendários e atividades. A
reunião presidida pelo engenheiro Clemenceau Chiabi Saliba Júnior e contou com a
participação dos engenheiros Dilvar Oliva
Salles, Flávio de Azevedo Carvalho, Marcus
de Resende Kfoury, Marita Arêas de Souza
Tavares, Ronaldo Emílio Simi, Hélio Nonato
de Oliveira e Waldir de Castro Drumond.
As Câmaras são instâncias deliberativas que
representam um espaço especializado para
que os profissionais e as empresas se informem, tirem dúvidas e resolvam todas as
pendências no exercício de suas profissões
e atividades. Elas têm por finalidade apreciar
e julgar os assuntos relacionados à fiscalização do exercício profissional e sugerir
medidas para o aperfeiçoamento das atividades do Conselho Regional, constituindo
a primeira instância de julgamento no âmbito de sua jurisdição.
Participe envie notícias e novidades para: [email protected]
Reunião EPL
Os membros do Conselho Consultivo da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) participaram da primeira reunião de 2013 com o presidente da estatal Bernardo
Figueiredo, realizada na sede da SME, no início de janeiro.
O ponto principal do encontro foi sobre quais as contribuições que as entidades poderão oferecer nos projetos
de infraestrutura no Brasil. Bernardo Figueiredo disse que
é preciso mudar as condições da engenharia no Brasil, colocando um padrão de qualidade nas construções e revertendo a situação de investimentos em infraestrutura.
A EPL foi criada pela presidente da República, Dilma Rousseff, em dezembro de 2012, para reorganizar e definir a logística de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias
brasileiras. Participaram da reunião o presidente da SME,
Ailton Ricaldoni Lobo; Francis Bogossian, presidente do
Clube de Engenharia do Rio de Janeiro; Jaime Sunye Neto,
presidente do Instituto de Engenharia do Paraná; Renato
Pavan, diretor do Instituto de Engenharia de São Paulo; o
engenheiro e assessor da EPL, Alessandro Pacheco; Hebert
Urbano Resende e Jaime Garcia Rubi, representantes da
Indra Brasil; Geraldo Dirceu de Oliveira, presidente da Comissão Técnica de Transportes da SME; José Ciro Mota, superintendente da SME; Maurício Fernandes, assessor do
Crea-MG; Dirceu Carneiro Leão, membro da Comissão de
Transportes e Alexandre Rocha Resende, integrante do
Conselho Fiscal da SME. A próxima reunião está prevista
para o final de fevereiro e deverá ser realizada ou no Rio
de Janeiro ou em Brasília.
Mineirão pronto
Concessão de alvará
O incêndio que matou dezenas de pessoas na boate
Kiss, em Santa Maria (RS), levou a Prefeitura de Belo
Horizonte a mudar o procedimento para a concessão
de alvarás. Desde 30 de janeiro de 2013, os interessados em obter o documento para uma boate, casa
de show ou outra atividade de alto risco que exija Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) deverão apresentar um Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
(AVCB). A exigência do documento está prevista em
Minas Gerais desde 2002, mas somente após a tragédia a prefeitura baixou decreto para que a lei estadual
seja cumprida na capital. Até então, a concessão do Alvará de Localização e Funcionamento (ALF) para estabelecimentos com atividade de risco exigia apenas
um laudo técnico para sistema de prevenção e combate a incêndio e pânico elaborado e assinado por um profissional habilitado.
Desastres naturais
O Ministério da Integração Nacional
assinou um acordo para prevenção de
desastres naturais com a Agência de
Cooperação Internacional do Japão
(Jica). Com o objetivo de prevenir e
minimizar os efeitos causados por desastres naturais, a ação compreende
a transmissão de novas técnicas utilizadas pelos japoneses na prevenção
de catástrofes para aprimorar a atuação da Defesa Civil. Outros ministérios, como o da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCT), das Cidades e das
Relações Exteriores (MRE), integram
o acordo. Segundo o combinado, o
projeto-piloto beneficiará os municípios de Nova Friburgo e Petrópolis,
no Rio de Janeiro, e de Blumenau, em
Santa Catarina, por um período de
quatro anos. As cidades foram selecionadas com base em critérios técnicos, como impacto socioeconômico
do desastre e capacidade de execução. Também foram considerados riscos de enxurradas e deslizamentos.
Após reforma, o Mineirão é o segundo estádio brasileiro a ser
inaugurado para os jogos da
Copa do Mundo de 2014. A obra
iniciada em 2010 para adequar a
arena aos critérios da Fifa custou
cerca de R$ 670 milhões. O projeto básico de arquitetura é do
escritório Gustavo Penna Arquiteto & Associados e o escritório
BCMF Arquitetos assina o projeto executivo. A obra incluiu a
cobertura, novos assentos e outras adequações internas do Mineirão, além da construção de
uma esplanada com capacidade
para 65 mil pessoas, onde funciona o estacionamento e área de
serviços do estádio, e de uma passarela de 15 metros de e xtensão
até o Mineirinho.
29
ART | A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ENGENHEIRO
ART-0086
De acordo com a Lei Federal 6496, de 07 de
ao registrar os projetos de sua autoria no CREA
dezembro de 1977, todo contrato para prestação
ao longo da carreira, forma um acervo técnico de
de serviços por engenheiro,
propriedade legal, reconhecido
agrônomo, geógrafo e meteopelas empresas na análise de
rologista, seja ele profissional
seu currículo.
Ao preencher o campo
autônomo ou com vínculo
“entidade de classe” na ART,
Parte da taxa recolhida para o
empregatício, está sujeito à
escolha a SME através do
registro da ART é destinada à
Anotação de Responsabilicódigo 0086. Assim, você ajuda a entidade de classe escolhida
dade Técnica - ART.
SME a representar a engenharia
por opção do profissional,
e oferecer os melhores
O documento deve ser
para aplicação em projetos de
cursos, serviços, convênios
preenchido e assinado pelo
valorização da profissão e do
e produtos para você.
profissional e pelo seu contraprofissional e de outras ativitante, para registro no Consedades associadas às suas ativilho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA
dades. O formulário para preenchimento dos
da região onde os serviços serão executados.
dados está disponível no site do CREA-MG, mas
o registro pode ser feito pela internet.
Além de ser uma necessidade legal, o profissional,
LEMBRE-SE!
30
Acreditar, empreender e inovar.
Somos o Grupo Orguel, transpondo montanhas, crescendo pelo Brasil.
Especializado
ado na ffabricação,
abric açã
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v enda e llocação
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oc a ção de equipamentos
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serviços
c ons trução, iindústria
indús tria e mineração,
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p ar a construção,
minerr ação, o Grupo Orguel
O rguel já
conta
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história,
c ont a 49 a
tória,, investindo
inv es tindo continuamente
c ont inuament e em inovação
in
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par a atender
at end
der aos mais diversos
div e r sos setores
set ores do mercado.
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Orguel
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Mecan - Locguel - Locb
Locbras
bras - Br
Bramex
amex - Mult
Multiclean
ticlean
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truir Em
preendimentos Imobi
iliários
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Inscrições para o processo eleitoral
dos Comitês de Bacias Hidrográficas
do Estado já estão abertas
Entidades da sociedade civil,
As vagas serão divididas entre
2013, conforme Deliberação
como é o caso da Sociedade
representantes do poder
Normativa do Conselho Esta-
Mineira de Engenheiros (SME),
p ú blico estadual, do poder
dual de Recursos Hídricos nº
podem se inscrever para parti-
público municipal, dos usuários
30/2009. Já foram publicados
cipar do processo eleitoral
de recursos hídricos (indústria,
33 editais.
promovido pela primeira vez
mineração etc) e de entidades
em 2013, pelo governo do
da sociedade civil, cuja atuação
E s tado, para a escolha dos
esteja relacionada aos recursos
O Estado de Minas Gerais pos-
hídricos. Os Comitês são
sui 36 comitês de bacias hidro-
formados, portanto, por con-
gráficas, um para cada unidade
selheiros eleitos de forma de-
de planejamento e gestão de
De acordo com o Instituto Mi-
mocrática e nomeados pelo
recursos hídricos do Estado
neiro de Gestão das Águas -
governador, com a responsa-
IGAM/SISEMA, são 35 comitês
bilidade pela gestão local das
que vão renovar seus membros
águas.
representantes dos Comitês
de Bacias Hidrográficas (CBH).
até junho deste ano, para o
32
Comitês
(UPGRH), que é a divisão
territorial adotada no Estado
para a gestão das águas. Todos
É importante ressaltar que o
os 853 municípios mineiros
mandato de 2013-2017. O
número de vagas e o calendário
estão na área de abrangência
processo envolve 2.500 con-
eleitoral, como o período de
de uma ou mais UPGRHs. Isso
selheiros. A eleição só não
inscrição, variam para os 35 co-
acontece porque a área de um
acontecerá no Comitê da Bacia
mitês e estão especificados em
município pode estar inserida
Hidrográfica Verde Grande, que
seus respectivos editais de con-
em mais de uma bacia, em fun-
engloba municípios baianos, e
vocação para as eleições. Mas
ção da hidrografia. Por exem-
que, por isso, segue delibera-
todos devem encerrar o pro-
plo: o município de Contagem
ções nacionais.
cesso eleitoral em junho de
abrange as bacias dos rios das
Evandro Rodney
MEIO AMBIENTE | SUSTENTABILIDADE
Evandro Rodney
Velhas e Paraopeba, uma vez que o município
nos comitês têm o mesmo peso e são co-res-
tem divisores de água em seu território (morros
ponsáveis e parceiros na gestão participativa
e serras). Para visualizar o mapa de UPGRHs do
das águas.
Estado, acesse http://comites.igam.mg.gov.br/unidades-de-planejamento.
Entre as principais competências dos comitês
estão: julgar, em primeira instância administra-
Competências
tiva, os conflitos relacionados ao uso da água na
Os Comitês de Bacias são organismos de Es-
bacia; aprovar a outorga dos direitos de uso de
tado, com poder de decisão local no que tange
recursos hídricos para empreendimentos de
a gestão das águas. Eles são compostos por re-
grande porte e com potencial poluidor e esta-
presentantes do poder público estadual, do
belecer mecanismos de cobrança pelo uso da
poder público municipal, dos usuários de recur-
água, sugerindo valores a serem cobrados e
sos hídricos e de entidades da sociedade civil.
aprovando planos de aplicação de recursos
Ressalta-se que todos os órgãos representados
oriundos da cobrança.
33
MERCADO DE TRABALHO | INOVAÇÃO
Empresa
investe em P&D
para criar novos
produtos
e serviços
Inovação não é apenas um
empresas nascentes para gerir
vestimento, gestão de empresas
conceito, mas a oportunidade de
os negócios e/ou captar recursos
investidas e desinvestimento da
negócios que, ao longo que
junto às linhas disponíveis.
carteira. “Somos especializados
em investimentos e assessoria
quase 11 anos de atividades, tem
garantido não apenas a sobrevi-
Mas o negócio evoluiu. Hoje, o
financeira para empresas em es-
vência mas a ampliação do Insti-
Grupo Instituto de Inovação
tágios iniciais, com perfil inovador
tuto de Inovação, hoje, Grupo
tem outras frentes de negócios.
e elevado potencial de cresci-
Instituto de Inovação.
A primeira empresa é a Inventta,
mento”, ressalta Alexandre.
especializada em consultoria
De acordo com o sócio-fundador
para a inovação. A unidade de
Além de abrir horizontes para
Alexandre Alves, o Instituto de
gestão de fundos, (Inseed), inte-
pesquisadores e empresas que
Inovação foi criado inicialmente
gra o consórcio do maior fundo
já descobriram a importância da
para reduzir o espaço entre os
de capital semente do Brasil, o
inovação, o Grupo Instituto Ino-
pesquisadores e o setor produtivo. Naquele momento, em 2002,
Fundo Criatec, com R$ 100 milhões
de capital comprometido.
para engenheiros que, de alguma forma, queiram ingressar
quando pouco se falava em ino-
34
vação também é oportunidade
vação, os empreendedores se
A empresa coordena estruturas
nesse segmento. De acordo
associaram a pesquisadores e a
regionais para prospecção, in-
com o empresário, a habilidade
“
“O Instituto de Inovação
foi criado inicialmente
para reduzir o espaço
entre os pesquisadores
e o setor produtivo”
“
Alexandre Alves,
sócio do Instituto de Inovação
de “engenheirar” é fundamental no processo de
O mais importante, em tudo isso, é continuar di-
desenvolvimento e divulgação do conceito de
vulgando o conceito de inovação no país, para
inovação para o mundo. “A engenharia se tornou
todos os setores econômicos e também para a so-
campo vasto para esses profissionais, das mais di-
ciedade, para a qual tais soluções são pensadas e
ferentes especialidades”, afirma.
transformadas em produtos e/ou serviços.
Em quase 11 anos, o Inovação implementou mais
Para Alves, alcançar o posto de oitava economia
de dez projetos, alguns como acionista direto e ou-
mundial com o atual patamar de inovação confi-
tros através da Inseed e, ainda, iniciativas que usa-
gura-se como um gargalo para o país. A expecta-
ram a Inventta. Entre eles, Alves destaca a empresa
tiva é de que o Brasil se consolide como player
de biotecnologia Ecovev. Há também a Rizoflora,
mundial também nesse segmento de negócios, am-
que atua no segmento de nanotecnologia.
pliando o movimento neste início de século,
Para 2013, há novos projetos. Afinal, quem trabalha
com inovação sabe que, sem ela as possibilidades
quando centros de P&D têm se instalado em
novos parques tecnológicos.
de crescimento ficam comprometidas em algum
O futuro da empresa depende da inovação, um pro-
momento. “Teremos o novo Fundo de Investimento
cesso em constante construção. De acordo com o
em Participações na Área de Inovação e Meio Am-
empresário, há espaço para realizar ainda mais a
biente (Fima), a escola de inovação, Tropos e, ainda,
missão de ser ponte que une ideias e oportunida-
apoio à constituição de uma entidade sem fins lu-
des, projetos e negócios rentáveis, desejo de inovar
crativos para desenvolvimento de atividades junto
e equipes afinadas, para transformar o mundo para
a instituições de ciência e tecnologia”, listou.
o bem e sua concretização.
35
ENTREVISTA | BERNARDO FIGUEIREDO
Bernardo Figueiredo, economista
presidente da EPL e ex-diretor
da Agência Nacional de Transportes
Dilgulgção SME
Terrestres (ANTT)
EPL pretende mudar o tratamento que
as questões de Engenharia têm no país
O Programa de Investimentos em Logística foi criado para solucionar
problemas estruturais como a falta de integração de diferentes modais
A mais nova estatal brasileira, a Empresa de Plane-
projeto logístico sustentável capaz de dar suporte
jamento e Logística (EPL), criada para estruturar e
ao crescimento do país nos próximos cinco anos.
qualificar, por meio de estudos e pesquisas, o processo de planejamento integrado de logística no
país tem manifestado o interesse na participação
ativa dos engenheiros brasileiros nesse que é um
dos mais aguardados projetos públicos para o país.
“Queremos que essas entidades que são tão importantes para o Brasil e precursoras do Conselho
Federal de Engenharia (Confea) pensem juntas.
Temos que mudar o tratamento que as questões
de Engenharia têm no país. Será que é o Tribunal
Em nove de janeiro, o presidente da companhia,
ex-diretor da Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) e economista Bernardo Figueiredo, reuniu-se com dirigentes de diversas entidades que representam os engenheiros brasileiros e
36
de Contas da União (TCU) que define o padrão de
uma obra de Engenharia? Fazer mais com menos
recursos, penso, só transigindo a qualidade e isso
não é mais possível”.
com membros da Comissão Técnica de Transportes
Nesta entrevista, Figueiredo fala sobre os planos
da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), em
nacionais de logística definidos para o país a partir
Belo Horizonte para enfatizar que a colaboração
de 2013, e também sobre a retomada do modal
técnica das entidades é imprescindível para que o
ferroviário, para gerar competitividade para a
governo federal possa, de fato, construir um
economia nacional.
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TABR-ARACRUZ (ES)
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de lidar com a complexidade são características das
pessoas que constroem a história da Mendes Júnior.
Essa é a nossa essência e, por isso, contribuímos com
grandes resultados para o desenvolvimento do Brasil.
ENTREVISTA | BERNARDO FIGUEIREDO
O Programa de Investimentos em Logística, lançado
foi feito um sistema de transportes integrado.
pela presidenta Dilma Rousseff em 2012, pretende
A ferrovia foi abandonada e achou-se que, com as
solucionar problemas estruturais do Brasil, como
rodovias, tudo estava resolvido. Nos anos 70, com
infraestrutura e a falta de planejamento logístico
o primeiro choque do petróleo, o problema foi
capaz de integrar os modais disponíveis – rodoviá-
diagnosticado e foram feitos diversos estudos para
rio, portos e aeroportos. O plano também vai
modernização da malha ferroviária do Brasil. Só que
investir na malha ferroviária.
isso não saiu do papel.
Temos um programa muito agressivo de investimento
A principal questão hoje é mudar a matriz de
a ser contratado em 2013. Temos R$ 220 bilhões
transporte, criar condições de ter um transporte
em aportes para os próximos cinco anos, para
mais barato e sustentável a longo prazo. Hoje, a
portos, aeroportos, rodovias e ferrovias. Esse
malha ferroviária em operação está nas mãos de
montante será contratado em 2013.
monopólios que não atendem à demanda nacional.
Um dos destaques é a construção de 10 mil km de
Então, esse Programa consiste na construção da
ferrovias e a concessão de 7,5 mil km para a iniciativa
malha ferroviária moderna. Até maio, vamos
privada. Esse investimento é fundamental porque a
contratar a construção dos 10 mil km de ferrovias
questão logística, hoje, não se restringe ao modal
e até abril, a concessão do trecho de 7,5 mil km.
rodoviário. Os caminhões que circulam pelas estradas
A EPL não vai parar por aí. Vamos estudar o passo
do país são muito antigos, com idade média de 18 anos.
seguinte porque o Brasil não precisa só de 10 mil
A produtividade depende da infraestrutura. A ideia é
km de ferrovias, mas de muito mais que isso.
duplicar todos os principais eixos rodoviários do Bra-
Até julho o programa vai estar todo contratado e
sil nos próximos cinco anos e construir malha ferro-
queremos ter outro, no final do ano, para manter
viária moderna para tirar a carga do caminhão que,
o país investindo todo ano para zerar o passivo e
na longa distância, é pouco competitivo. Na longa
deixar de reclamar do passado.
distância, a ferrovia é a forma mais barata de trans-
Como estão os outros modais, na sua avaliação?
porte.
Quando se faz ferrovia, é preciso olhar se os portos
Quais os desafios de mudar a cultura logística do país?
têm capacidade de receber a mercadoria transpor-
Eu defendo Juscelino Kubsticheck no que ele fez.
tada, por exemplo.
Naquele momento, a década de 1950, a rodovia era
Hoje, o transporte aéreo de carga é muito pobre, em-
o transporte mais moderno e competitivo.
bora existam mercadorias para as quais o esse modal
O JK tinha visão de que o Brasil tinha que interio-
é mais competitivo, como é o caso dos eletroeletrô-
rizar o desenvolvimento e isso não seria feito com
ferrovias. A forma mais racional, eficiente e moderna,
naquele momento, era a rodovia.
38
nicos e demais produtos de alto valor agregado. Os
nossos aeroportos não tem estrutura para receber
cargas, sem falar nos problemas diários enfrentados
Agora, o erro que o país cometeu e não adianta
pelos passageiros que usam esse serviço. Temos que
olhar para trás para encontrar culpados, é que não
olhar os aeroportos nessas duas frentes.
Co
O
m
Com tanta coisa poluindo o meio ambiente, tinha que existir um combustível mais limpo.
O gás natural da Gasmig une desenvolvimento e preservação do meio ambiente:
move indústrias, carros, pessoas. Tudo isso sem poluir. Gás Natural. Invisível e essencial.
ENTREVISTA | BERNARDO FIGUEIREDO
A ideia é começar a olhar a lo-
O projeto, para Belo Horizonte,
gística de forma integrada para mon-
é fazer com que a ferrovia possa
tar a melhor rede de atendimento.
atravessar a capital. A solução
Por isso, os investimentos do go-
passa pela liberação da linha
verno de Minas Gerais têm caráter
ferroviárias dentro de BH para
complementar aos do governo
um programa de transporte
federal. São articulados o que é
metropolitano de passageiros e
muito positivo.
encaminhar soluções para o
Minas Gerais, pela sua loca-
transporte de cargas na RMBH.
lização estratégica, vai rece-
Essa nova malha ferroviária vai
ber investimentos?
permitir que as indústrias trans-
Dos 10 mil metros de ferrovias
portem seus produtos para
que serão construídos a partir
todas as regiões do país. Minas
de 2014, entre 2 mil e 3 mil vão
Gerais vai passar a ter ligação
passar por Minas Gerais, com
moderna ferroviária onde o
aporte de R$ 30 bilhões. Uma
trem desempenha velocidade
delas vai ligar Belo Horizonte a
de 70 a 80 km/h. Hoje a veloci-
Salvador e Recife e a outra vai
dade não passa de 20 km/h.
sair de Lucas do Rio Verde, no
A promessa do governo federal
Mato Grosso, passando por
é de que o sistema ferroviário
P a r acatu e U n a í , C o r i n t o,
será mais competitivo.
I p a tinga, para fazer a ligação
com a ferrovia Vitória-Rio.
O transporte de mercadorias vai
ficar mais competitivo. As ferro-
Ao cruzarem com outras linhas,
vias não terão um operador mo-
Minas terá ligação também com
nopolista e o serviço será
as outras regiões do país, como
a Norte e sul.
40
prestado pela iniciativa privada
que será a empreendedora,
E Belo Horizonte nesse projeto
construtora e responsável pela
ferroviário?
operação do sistema.
Marco leg
Marco
gal - com
compet
pet
e ênc
ência
ia pro
profi
fissio
ssional
para
par
a o de
desen
senvol
volvim
viment
ento
o naci
naciona
n l.
na
Gramado-RS | 2013 | De 9 a 14 de setembro
LEGISLAÇÃO APERFEIÇOADA:
VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL E PROTEÇÃO À SOCIEDADE.
www.soea.org.br
ENTREVISTA | BERNARDO FIGUEIREDO
Temos que lembrar, também, que há muitos engenheiros atuando em outros
segmentos econômicos como o financeiro, por exemplo. Projetos como
esse, de logística, abrem oportunidades reais de carreira para os profissionais
nas áreas de projeto, construção, manutenção, operação e planejamento/gestão. Temos a possibilidade, ainda, de importar mão de obra.
Na prática, os investidores que quiserem se habilitar
para operar o sistema, participarão de processo de
licitação. Em contrapartida, o governo federal garante para o investidor que vai vender 100% da capacidade de circulação nas ferrovias. A EPL já está
fazendo a contratação do licenciamento ambiental
dos empreendimentos. Os estudos estarão adiantados em 2014, quando as obras começarem.
No primeiro momento, para divulgar o sistema, vão
comprar toda a capacidade de circulação para oferecer o menor preço para o mercado. O que sobrar,
o governo vai bancar porque, dessa forma, cria um
estímulo para o uso do modal ferroviário. Com o
aumento da produção, o sistema vai ser tornar autossustentável.
42
ficarem “na prateleira” até que sejam necessários.
Hoje, os engenheiros têm excelentes oportunidades
de carreira na área de Transportes do setor público.
O nosso projeto tem R$ 220 bilhões para investir e
não temos profissionais disponíveis. De início, vamos
tirar os aposentados de casa, reciclar os engenheiros
que não têm a qualificação necessária e, ainda, movimentar a mão de obra que está subutilizada.
Temos que lembrar, também, que há muitos engenheiros atuando em outros segmentos econômicos
como o financeiro, por exemplo. Projetos como
esse, de logística, abrem oportunidades reais de carreira para os profissionais nas áreas de projeto,
construção,
manutenção,
operação
e
planejamento/gestão.Temos a possibilidade, ainda, de
Como os engenheiros entram nesse projeto?
importar mão de obra.
Em todos os estágios, desde a confecção dos proje-
Da mesma forma, a indústria nacional também vai se
tos e definição de custos até a manutenção e gestão
preparar para as próximas demandas, já que inicial-
da malha ferroviária brasileira. Diferente do que se
mente, vamos importar trilhos. O raciocínio serve para
diz, não se formam profissionais para estoque, para
locomotivas, vagões, sistemas de gestão etc.
ENGENHARIA | RESPONSABILIDADE SOCIAL
Responsabilidade Social e Engenharia
Atualmente os empresários estão
programa de voluntariado dentro
Responsabilidade Social Empresarial.
buscando uma nova maneira de ad-
das empresas. É uma tarefa dos acio-
É fundamental para a engenharia de-
ministrar, não somente restrita a
nistas e dos principais executivos,
senvolver uma visão sistêmica do
visão financeira, mas também voltada
que não pode ser delegada, pois
mundo onde ela se reconheça como
para a responsabilidade social. O
deles devem emanar esta forma de
agente de transformação social.
valor econômico aliado a criação de
gestão, esta postura empresarial que
valor social, é um novo conceito que
atinge todos da organização e passe
está se formando nas empresas. A
a fazer parte do DNA da empresa,
Responsabilidade Social Empresarial
que terá esta prática como uma es-
é a forma de gerir as empresas de
tratégia empresarial e não como
maneira a criar uma sinergia com re-
função de exigências legais. A em-
lação a todas as partes interessadas
presa que atua desta forma é reco-
e envolvidas, assim como os grupos
nhecida e admirada por todos os
que se relacionam com a empresa, a
cisiva, é na melhoria no nível de vida
públicos como uma organização que
fim de colaborar efetivamente com
das pessoas, reduzindo a disparidade
pratica o bem e que sabe equilibrar
o desenvolvimento econômico, so-
e promovendo a inclusão social, sem
a necessidade do lucro com as ne-
cial, cultural, pessoal e espiritual das
comprometer as gerações futuras.
cessidades da sociedade e do desen-
pessoas que compõem estes grupos
Trata-se do maior desafio que a hu-
volvimento social. As empresas têm
manidade já enfrentou, pois, mesmo
um papel insubstituível nas comuni-
com cerca de 20% das 7 bilhões de
dades que é o de gerar a máxima ri-
pessoas que habitam o planeta
queza sem causar prejuízos, ao
abaixo da linha da pobreza, o nível
contrário, a riqueza criada deve be-
total de consumo já é insustentável
neficiar as próprias pessoas destas
para a natureza. Hoje os seres hu-
comunidades.A engenharia é a ciên-
manos já demandam mais recursos
cia de inventar, engenhar, edificar e
naturais que o planeta é capaz de su-
construir condições melhores para
prir, e se todas as pessoas tivessem
o ser humano, e quando ela não
o padrão de consumo dos norte
Responsabilidade Social não é ajudar
cumpre este papel está falhando
americanos seriam necessárias três
entidades assistenciais e divulgar o
com seu princípio e propósitos mais
terras para suprir os insumos neces-
marketing desta ajuda, nem manter
básicos, daí a íntima relação com a
sários para a vida.
de interesse. O conceito atual é
muito amplo e envolve os chamados
stakeholders diretos ou convencionais, funcionários e suas famílias,
clientes, fornecedores, comunidade,
investidores, governo, gerações futuras, meio ambiente, concorrentes, e
ainda os não convencionais como
ONGs, mídia e redes sociais.
44
As empresas e a Responsabilidade
Social Empresarial não podem prescindir da engenharia e a engenharia
não deve atuar sem as práticas da
Responsabilidade Social Empresarial.
Um grande desafio no qual a engenharia pode contribuir de forma de-
“
A Responsabilidade Social
Empresarial depende em
boa parte de nós engenheiros,
pois as empresas só conseguirão
atuar dentro desta nova maneira
de agir se baseadas
em valores e inovação.
“
Sérgio Cavalieri é engenheiro Civil,
presidente do Conselho da ALE Combustíveis e
presidente da ADCE/MG e Brasil
Como promover a inclusão de mais
do reconhecimento da sociedade
impacto ambiental, exercitando a
1,4 bilhão de pessoas? Primeiro é
como entidades amigas do mundo,
engenharia na sua plenitude da
necessário a conscientização huma-
admiradas, para as quais a sociedade
criatividade e compromisso com a
nitária e individual. Não podemos
concederá a licença social para ope-
eficiência.
mais seguir adiante com níveis ver-
rarem, para continuarem existindo.
gonhosos de exclusão social, de dis-
Nós engenheiros aos abraçarmos
crepância de renda, da falta de
esta carreira concordamos em aten-
oportunidades, de qualidade de vida
der a estes dois quesitos. Primeiro,
desumanas e vergonhosas de um
o moral e ético da nossa profissão
grande contingente de pessoas
atuando em prol do ser humano,
A Responsabilidade Social Empresa-
sobre a terra. Não é possível que tão
pela sua qualidade de vida, bem
rial depende em boa parte de nós
poucos tenham tanta abundância e
estar, crescimento pessoal, intelec-
engenheiros, pois as empresas só
ainda gastem com bens supérfluos,
tual, cultural e espiritual. Segundo,
conseguirão atuar dentro desta
com nossa inteligência e com os co-
nova maneira de agir se baseadas
nhecimentos da engenharia sermos
em valores e inovação. A Responsa-
capazes de pesquisar,“engenheirar”,
bilidade Social Empresarial depende
inventar, projetar, produzir, distribuir
da boa prática da engenharia, tem-
bens e serviços em larga escala, com
perada com uma visão humanizada
tecnologia, custo cada vez mais bai-
do mundo, da sensibilidade do pro-
xos e acessíveis ao maior número
pósito social do trabalho do enge-
Para as empresas é também uma
de pessoas, com máxima produtivi-
nheiro, pois a engenharia pela
questão de pensamento estratégico,
dade, menor uso de recursos natu-
engenharia é vazia, como o sonho
pois, para sobreviverem, precisam
rais, de energia, gerando o menor
sem ação, apenas um devaneio.
exaurindo os recursos naturais desnecessariamente, sacando contra o
futuro e contra sua própria descendência, enquanto uma grande parcela
não tem quase nada para atender
suas mínimas necessidades materiais
e de sobrevivência.
A engenharia é sem dúvida uma das
atividades capazes de resolver os
problemas sociais da humanidade e
os problemas ambientais do planeta.
45
SEGURANÇA | TECNOLOGIA
Empresa mineira
produz tecnologia
de proteção contra
surtos de raios
D
iz o ditado popular
que um raio não
cai duas vezes no
mesmo lugar. Mas,
essa máxima não vale para o Brasil
que tem a maior incidência do fenômeno no mundo. Caem em solo
brasileiro cerca de 50 milhões de
descargas elétricas atmosféricas
por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Há a observação de
que este número está crescendo e
deve triplicar nos próximos anos
devido a fatores como a intensa urbanização e as alterações climáticas.
Embora o fenômeno do raio seja
bastante conhecido, estudado e até
previsível, ainda é atribuído a ele
(raio) a culpa por acontecimentos
bem terrenos: apagões que geram
prejuízos de toda ordem e a
queima de aparelhos eletrodomésticos. A saída apontada em orientações técnicas para evitar esses
supostos malefícios das descargas
elétricas seria simples, mais da
46
ordem do senso comum. Quando
o tempo literalmente fechar, com a
formação de nuvens pesadas
(Cumulonimbus na melhor tradução científica. Do Latim: Cumulus
que significa "acúmulo" e Nimbus
que significa nuvem.) à população
caberia apenas desligar as tomadas,
privando-se, por exemplo, do último capítulo daquela novela imperdível, de uma bebida gelada ou de
uma boa ducha.
Contudo, essas perdas e desconfortos poderiam ser reduzidos a
praticamente zero com a desmistificação do fenômeno que teve
sua natureza elétrica descoberta,
no século XVIII, por Benjamin
Francklin, mas que ainda produz
muito fascínio. Os estudos avançaram muito ao longo dos séculos.
Atualmente, os mais variados instrumentos, como câmeras digitais
de alta velocidade, detectores de
radiação eletromagnética são utilizados na pesquisa desse fenômeno
atmosférico.
Ruibran dos Reis, diretor regional
do Instituto ClimaTempo/MG
De acordo com o meteorologista
Ruibran dos Reis, diretor regional do
Instituto ClimaTempo, o fenômeno é
detectado com até 72 horas de antecedência. O monitoramento das
áreas mais atingidas em tempo real
permite ao Instituto Nacional de
Meteorologia (INMET) o envio de
alertas até três horas antes das descargas elétricas ocorrerem para que
as medidas de proteção sejam acionadas.A principal delas é a blindagem
do sistema elétrico, bem como das
residências, com tecnologia de proteção eletromagnética eficiente, os
para-raios. São equipamentos contra
os efeitos térmicos, mecânicos e elétricos associados às descargas elétricas.
divulgação www.grajaudefato.com.br
"Acho ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento de energia"
Declarações da presidenta da República, Dilma Rousseff, depois de seguidos apagões que atingiram vários Estados, em
2012, em que descartou a existência de uma crise de energia
no país, atribuindo os apagões à falha humana. A declaração
foi feita em encontro de fim de ano com jornalistas, no
Palácio do Planalto.
Dilma criticou a tentativa de
colocar a culpa em fenômenos
naturais, como raios.
"No dia que falarem que houve
interrupção de energia porque caiuum
raio, vocês gargalhem."
Avaliação da presidente de um apagão que
atingiu o Aeroporto Internacional Tom
Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro, em dezembro passado, provocando atrasos em
19 voos.
"No Galeão, foram duas coisas: falha
humana, porque deveriam ter trocado o
ar condicionado que estava velho, e sobrecarga, por causa da temperatura alta".
"Raio cai todo dia. Um raio não pode desligar
o sistema. Se cai, é falha humana. Não é sério
dizer que o sistema caiu por causa de um raio".
Sobre a proteção do sistema de
distribuição de energia:
"Tem que ser resistente ao raio, isolar e recuperar.
Tem que ter bloqueio, estar blindado".
Ruibran dos Reis lembra que em pesquisa realizada
durante dez anos e, nos levantamentos que vem efetuando, a Região Metropolitana de Belo Horizonte
(RMBH) é uma das mais atingidas por raios muito
em função da intensa urbanização, em que a concentração de concreto e de estruturas metálicas nas
construções criam condições propícias para a frequência do fenômeno. A alternativa, diz o especialista, é buscar a proteção.
Em recentes episódios de interrupção de energia no país,
os chamados apagões, a presidenta Dilma Rousseff não
poupou críticas aos que apregoam o poder quase mítico,
contra o qual nada se pode fazer, que os raios teriam. De
maneira enfática e irônica diz que em caso de apagão a
“falha é humana” e que é preciso proteger o sistema para
evitar prejuízos calculados em mais de um bilhão de reais.
Como ciência e o bem estar devem andar juntos, são
grandes também os avanços de tecnologias para proteção de possíveis efeitos danosos associados às descargas elétricas. Em Minas, a empresa Clamper
especializada na pesquisa, desenvolvimento e fabricação
de DPS – Dispositivos de Proteção contra Surtos elé-
Dilma disse que é preciso se antecipar e
adequaros equipamentos para possíveis
riscos.
"Planejar é isso."
tricos está lançando no mercado novos modelos de
para raios para uso residencial e corporativo. São estabilizadores de energia que, em caso de pico de luz ou
surto elétrico, a eletricidade é desviada ou amenizada,
impedindo que o equipamento eletrônico, seja ele residencial ou comercial, estrague.
O diretor técnico da Clamper, Wagner Almeida Barbosa, informa que o mix da empresa conta com mais
de 300 modelos de produtos destinados a interromper os surtos. Dois outros equipamentos estão em
desenvolvimento, um deles uma espécie de para raio
que será colocado no mercado a preço acessível. “O
produto é de fácil instalação e protege as residências”,
afirma o diretor. O outro é um dispositivo ligado à
internet, que além de proteger a residência, monitora
a voltagem que circula na casa. “O usuário pode fazer
o monitoramento via computador ou de um aparelho
celular”, explica. O novos modelos de para raios da
Clamper, que é líder no segmento de proteção de
equipamentos contra sobretensões elétricas transitórias, chegam ao mercado, no primeiro trimestre deste
ano, com certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).
ARTIGO | ENGENHARIA DE INCÊNDIO
O lado técnico da tragédia
Menosprezada no Brasil, a engenharia de incêndio oferece
uma segurança a edificações de que nenhuma norma técnica é capaz
A sociedade se revolta. Quer nomear
culpados e trazê-los a julgamento público. Embora mereça respeito a dor
dos que perderam filhos e amigos, nenhuma intenção, verdadeira ou bravata,
será capaz de aplacar a fúria das chamas.
Contra a surpresa do fogo, é preciso
usar de vigilância. Não uma vigilância que
impeça o sono, mas aquela que se infiltra
nas regras de convívio e se materializa
em rotinas de aprovação de projetos e
de concessão de alvarás e licenças.
Não devem ser meros atos burocráticos, diluídos na responsabilidade de
bombeiros raros e prefeituras muitas,
porque eles criam o que agora se quebrou: a ilusão de segurança. A vigilância
não prescinde da educação, especialmente da cívica, que responsabiliza cada
um pela segurança de todos.
Mas, a segurança oficial das normas não
basta: é também ilusão de segurança,
porque as normas técnicas existentes,
muitas vezes, carecem de bases justamente técnicas.
O esforço de normalização da segurança contra incêndio empenhado
48
pelos corpos de bombeiros merece reconhecimento público, mas existe uma
engenharia de incêndio, ou uma ciência
dos incêndios, que não lhes está ao alcance e que é pujante em outros países.
No Brasil, tem inexpressivo lugar nas
academias. Apenas o foco da proteção
passiva de estruturas merece estudos,
ainda não avançados, em várias universidades e em um laboratório da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Dessa ciência, emanam novas tecnologias e métodos de projeto, que tornam as edificações materialmente
mais seguras.
Muitos vão dizer o que faltou à boate
Kiss. Pode ser que tudo o que digam
tenha mesmo faltado, mas o principal
antecede esse fatídico evento: são estudos brasileiros de comportamento humano em pânico; pesquisas brasileiras
de reação ao fogo de materiais; estudos
brasileiros da densidade de ocupação
das edificações e de sua carga de incêndio; pesquisas brasileiras de planos efetivos de escape em condições de pânico.
Bombeiros têm lutado por isso e para
efetivar a normalização técnica. Mas o
atendimento de nenhuma norma prescritiva brasileira, sejam elas oficiais ou
convencionais, como as da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
pode dar à edificação a segurança que
projetos responsáveis de engenharia de
incêndio proporcionam.
Nesse momento de consternação, pensemos em nossas centenas de escolas,
boates, cinemas, shoppings, estádios e
edifícios: todos vivem a doce ilusão de
segurança. É necessário fazer algo mais
que nomear culpados pós-tragédia; é
necessário viabilizar novos centros de
pesquisa em engenharia de incêndio.
O país, como os seus vizinhos, não
tem um só cone calorímetro, equipamento que está para o engenheiro de
incêndio como o microscópio está
para o biólogo. É preciso repensar as
bases legais do trabalho de prevenção
dos bombeiros, ao mesmo tempo em
que é urgente flexibilizar os projetos
de edificações, dando vez à engenharia
de incêndio.
Infelizmente, em todo o mundo, as revoluções da engenharia de incêndio se
iniciaram após grandes tragédias. O episódio do edifício Joelma, em 1974, deu
início ao movimento por uma normalização ampla da segurança contra incêndio no Brasil; que seja aprofundado com
a boate Kiss de Santa Maria.
Antonio Maria Claret, 57, pós-doutor
em engenharia de incêndio pela Universidade de Lund (Suécia), é professor da
Universidade Federal de Ouro Preto UFOP
Fonte - Folha de São Paulo
Os incêndios sempre estiveram entre
as catástrofes mais desafiantes de todos
os tempos. Contam com nossa inércia
e descaso para ceifar vidas sem piedade.
Dessa vez, as vítimas foram os jovens
de Santa Maria (RS). Mas, antes, muitos
outros sucumbiram às suas armadilhas.
Fonte - Folha de São Paulo
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ENERGIA | GESTÃO
Djalma de Morais, presidente da Cemig
está entre os 30 melhores gestores do mundo
H
á 14 anos à frente da
Companhia Energética de Minas Gerais
(Cemig), o engenheiro mineiro de
Comunicações pelo Instituto Militar
de Engenharia (IME), Djalma Bastos de
Morais ocupa a 26ª posição do ranking
da revista Havard Business Review, que
mediu a performance de presidentes de
empresas e CEOs de todo o mundo.
Além dele, outros nove executivos
brasileiros figuram na mesma listagem.
A inclusão de Djalma Morais no ranking acontece em um momento desafiador para a companhia, que, de
acordo com o executivo, está se preparando para mais um processo de
adequação, desta vez, motivado pela
Medida Provisória (MP) nº 579, que
prorroga as concessões do setor elétrico e, ainda, reduz a conta de luz,
conforme determinação da presidente
da República, Dilma Rousseff. O plano
de expansão continua a ser prioridade
para em 2013, com novas aquisições.
“Esse reconhecimento é consequência de uma empresa bem administrada. Temos grande preocupação
com a qualidade da gestão, dos serviços que prestamos à sociedade”, enfatiza o executivo, para quem não há
uma característica particular que justifique a presença do seu nome no
ranking. Para ele, o mérito é das diversas gestões que já passaram pela
Cemig.“Eu acredito que o governo do
Estado, enquanto controlador da
companhia, fez uma boa aposta”,
aponta.Ainda conforme Morais, a qua-
50
lidade técnica dos profissionais e gestores e a forma profissional como o
executivo estadual participa da gestão
são fatores que também explicam o
sucesso alcançado pela companhia
junto ao mercado e ao consumidor
dos serviços prestados. O segundo
controlador da Cemig é o grupo Andrade Gutierrez.
Além de figurar no Índice Dow Jones
de Sustentabilidade (DJSI) desde a sua
criação, em 1999, a empresa é uma das
mais admiradas de Minas Gerais e do
Brasil, com um projeto de crescimento que agrega valor ao seu patrimônio, priorizando o cuidado com o
meio ambiente, a remuneração dos investidores e a valorização dos trabalhadores para oferecer um serviço de
excelência para a sociedade. “Assim
como a empresa, a sua administração
tem evoluído.Vamos continuar expandindo a Cemig neste ano”, afirma.
Cemig
A Cemig é um dos mais sólidos e importantes grupos do segmento de
energia elétrica do Brasil, participando
em mais de 100 empresas, além de
consórcios e fundo de participações.
Companhia de capital aberto controlada pelo Governo do Estado de
Minas Gerais, possui 114 mil acionistas em 44 países. Suas ações são negociadas nas Bolsas de Valores de São
Paulo, Nova York e Madri.
O Grupo Cemig é reconhecido também pela sua dimensão e competência técnica, sendo considerado a
maior empresa integrada do setor de
energia elétrica do Brasil. Em Minas
Gerais, responde por 96% da área de
concessão, com mais de 7 milhões de
consumidores, em 774 municípios. É,
ainda, a maior fornecedora de energia
para clientes livres do País, com 25%
do mercado, e um dos maiores grupos geradores, responsável pela operação de 65 usinas, com capacidade
instalada de 6.925 megawatts.
A atuação da Cemig estende-se a 22
estados brasileiros, além do Distrito
Federal, e ao Chile, com a operação
de uma linha de transmissão em consórcio com a Alusa.Tornou-se controladora
da
Light,
ampliando
participação na distribuidora que
atende o Rio de Janeiro e outras cidades fluminenses. Também possui
participação em empresas transmissoras de energia elétrica (TBE e
Taesa), investimentos no segmento de
gás natural (Gasmig), telecomunicações (Cemig Telecom) e eficiência
energética (Efficientia).
Seguindo a política de investimentos
em alternativas energéticas, a Cemig
adquiriu participação acionária em
três parques eólicos da Energimp S.A.
(Impsa), com capacidade instalada de
99,6 megawatts, no Ceará. Essa aquisição veio resgatar o pioneirismo da
Companhia que, em 1994, construiu a
primeira usina eólica com geração comercial no Brasil. A Empresa também
investe em outras fontes renováveis,
como biomassa, pequenas centrais hidrelétricas, energia solar e projetos de
cogeração.
Ranking divulgado
em janeiro deste ano
comprova que a
Cemig está no
caminho certo
Djalma Bastos de Morais é engenheiro de
Comunicações pelo Instituto Militar de
Engenharia – IME. Durante sua carreira,
ocupou posições de destaque em grandes
corporações. Foi ainda ministro de Estado
das Comunicações de 1993/1994.
Em 1995, assumiu a vice-presidência da
Petrobras Distribuidora S. A., cargo
ocupado até 1999, quando assumiu a
presidência da Cemig.
A partir de 1999, quando assumiu a presidência, a Companhia passou por uma
completa reestruturação, tornando-se
um grupo formado por mais de 100
sociedades e 16 consórcios. Atualmente,
a Cemig é a maior distribuidora de
energia elétrica do País e está presente
em 23 estados brasileiros, além de operar
uma linha de transmissão no Chile.
Em 2011, ele foi agraciado pela Sociedade
Mineira de Engenheiros com a Medalha
Lucas Lopes.
NOVOS ENGENHEIROS | GUSTAVO RIENTE ANDRADE
Engenheiro investe em
pesquisa para o aprimoramento
profissional contínuo
Engenheiro civil graduado pela Uni-
habilidades importantes para os
de Produção Acadêmica. De volta
versidade Federal de Minas Gerais
profissionais da área como a capa-
ao trabalho, no Grupo Tectran,
(UFMG) e sócio-diretor da Transi-
cidade de engenhar, projetar e criar
outro projeto, desenvolvido por
tus Engenharia de Transporte Ltda,
soluções ou novas alternativas para
Gustavo de Andrade e sua equipe,
empresa do Grupo Tectran especia-
as sempre caóticas áreas de trânsito
intitulado Calibration of the Hourly
lizada em transporte regional e
e mobilidade urbana.
Flow-Frequency Distribution Model
logística, Gustavo Riente de Andrade, 29 anos, foi um dos premiados na 17ª edição do Prêmio SME
de Ciência e Tecnologia, realizado
em 2007.
Mas esse gosto pela pesquisa começou antes do ingresso na universidade. Em 2004 e 2005, ele foi o
vencedor estadual do Desafio Sebare, jogo de empresas promovido
O trabalho “Modelo Integrador
4 User Group Competition“
(www.hdmglobal.com), concurso de
artigos técnicos e científicos promovido pelo HDM Global, consórcio
internacional
baseado
na
no Brasil e América Latina pelo
Inglaterra e França que gerencia o
Serviço Brasileiro de Apoio às
modelo Highway Development &
Micro e Pequenas Empresas
Management, idealizado e finan-
(SEBRAE) e COPOE-UFMG e o
ciado pelo Banco Mundial desde a
sétimo e segundo lugares na etapa
década de 60 para auxiliar países
nacional, respectivamente.
em desenvolvimento na formulação
bolsa concedida pelo CNPq. O
“Após a conclusão do mestrado,
de estratégias, programas e proje-
mesmo projeto também recebeu
em 2012, a dissertação que teve
tos em rodovias.
da UFMG/CNPq o Prêmio por Re-
como tema a engenharia de trans-
“O prêmio SME representou um
levância Acadêmica (2008). Foi por
porte e tráfego foi premiada pela
incentivo à iniciativa e ao esforço
meio desse tipo de iniciativa que o
Confederação Nacional do Trans-
despendido no projeto”, recorda-
engenheiro tem desenvolvido
porte (CNT) com o Prêmio CNT
se. Naquele ano, o Modelo Inte-
para Desenvolvimento e Gestão
Rodoviária Calibrado para as Condições Brasileiras” foi o resultado
de um projeto de pesquisa que ele
propôs à universidade, na forma de
projeto de iniciação cientifica, com
52
Used by HDM-4, venceu o “HDM-
O currículo de
Gustavo é recheado
de prêmios e ele
quer novos desafios!
grador foi aplicado como parte da
À frente da Transitus, Gustavo
Também pesou muito a carreira de
metodologia usada pelo Plano Estra-
Andrade atua nos setores público e
sucesso do meu pai como enge-
tégico de Transporte de Minas Ge-
privado, em projetos e estudos em
nheiro, ainda que ele sempre tenha
rais (PELT MG), desenvolvido para o
transporte multimodal e dentro do
reafirmado que eu era livre para es-
Governo do Estado pelo Grupo
mercado de concessões, especial-
colher a minha profissão”, considera.
Tectran, em parceria com a Funda-
mente no segmento rodoviário.
ção Instituto de Pesquisas Econômi-
“A vontade de empreender veio na-
cas (FIPE-USP), o que comprova que
turalmente, a partir do crescimento
pesquisa e desenvolvimento, quando
dentro do Grupo Tectran e do inte-
bem conduzidos, tem aplicação prá-
resse pelo dinamismo do mundo
tica, em soluções para o dia a dia.
corporativo. Destaco também o
O futuro passa pela empresa e pela
melhoria contínua dos projetos
desenvolvidos para fidelizar a
clientela. Mas o engenheiro nem
cogita a hipótese de parar de
papel do Desafio Sebrae na minha
estudar. “Acredito que a ligação
formação como universitário, que
entre o conhecimento e a boa prá-
ajudou a despertar o interesse pelo
tica é e sempre importante”, aponta.
mundo dos negócios e do empreen-
Casado há um ano, ele ainda não
dedorismo”, explica.
tem filhos. Nas horas de lazer, de-
cretaria de Transportes e Obras Pú-
Gustavo de Andrade não esconde a
dica-se à família e aos amigos. Nos
blicas (SETOP), com o objetivo de
paixão que tem pela Engenharia. Ao
finais de semana, gosta de ficar em
sistematizar a metodologia do PELT e
atuar como pesquisador e também
casa com a esposa e de cuidar do
do Modelo Integrador nos processos
como empreendedor da área, ele
aquário marinho de 400 litros.
de planejamento e tomada de decisão
reafirma que o seu interesse é inato.
Livros, filmes e jogos eletrônicos
do estágio. A conclusão desses traba-
“Meus brinquedos prediletos na in-
também estão entre suas diversões
lhos está prevista ainda para este ano.
fância era o Lego e o jogo Sim City.
preferidas.
Após retornar do mestrado, o engenheiro passou a coordenar o serviços
de consultoria para dar suporte à
montagem do Escritório do PELT
(EPELT), um novo órgão dentro da Se-
53
ARTIGO | JOÃO CAMILO PENNA
Lições da China para competir
A China, grande e profunda, em 4 mil
anos de história registrada, passou por
invasões, fomes, humilhações e retomadas. Como bambus, os chineses vergam
e voltam. Em 18 dos últimos 20 séculos,
foi a maior economia do mundo, logo
voltará a ser a primeira em PIB, mas não
em poder. Hoje, é a segunda, com 12%
do PIB e 20% da população mundial em
território da grandeza dos EUA e na
mesma faixa de latitudes.
Não buscam os chineses colônias, contentam-se com comércio mundial e investimento externo. Seguem os ensinamentos
de aprendizado e harmonia, de Confúcio,
e da constatação de que o poder baseiase em recursos econômicos e científicotecnológicos. Crescem com visão milenar
e esperança sem ânsia. Realizam trabalhos
coletivos superando tempos de vida individual. O Partido Comunista pratica socialismo chinês, um quase capitalismo.
Planejam ir de uma economia de baixos
salários para uma de alta tecnologia.
São características do Brasil: democracia,
legislação não competitiva e sem atenção
à ciência e tecnologia. A China, por sua
vez, tem apenas um partido político,
legislação competitiva, inovação, desenvolvimento científico. A China crescia
mais de 10% ao ano, hoje, entre 6% e 7%.
O Brasil, de 1900 a 1980, teve um dos
melhores crescimentos do mundo e a
China vivia em revoluções. Em 1981 o
Brasil entrou em baixo crescimento e a
China acelerou. De 1994 a 2002, o Brasil
crescia media da América Latina, 2,3%
ao ano. De 2003 a 2010, a 3,8% ao ano;
a AL, a 4,8%. Em 2012, o Brasil a 1%, e a
AL, a 3,2%.
Presente no Conselho de Segurança da
ONU e na Organização Mundial do Comércio (OMC), a China tem o maior comércio,
US$ 3 trilhões. Cresceu de 7% na indústria
mundial em 2000 para 17% em 2011,
enquanto o Brasil ficou parado em 1,7%.
O Brasil tem 8,550mil km², 195milhões
de habitantes, 1,6 engenheiros por 10 mil
habitantes. PIB de US$ 2,5trilhões.Tributos, 37% do PIB. Poupança, 18% do PIB,
PIB per capita US$ 12.800, e 38 ministros, nomeados por indicações políticas.
São características da China: um governo
autocrático, mão de obra em grande
quantidade, escala de produção, inovação,
ciência e tecnologia, atração de capitais
estrangeiros, boa infraestrutura, grande
crescimento, excesso de Estado, má
distribuição de renda, desemprego, um
filho por casal, corrupção e poluição.
A China tem 9,6 mil km², 1,33 bilhão de
habitantes, 4,6 engenheiros por cada 10
mil habitantes. PIB de US$ 8,8 trilhões.Tributos representam 24% do PIB, a poupança é de 45%do PIB; e o PIB per capita,
US$5.800. Tem 22 ministros, com cientistas e engenheiros. Frase do empresário
Aguinaldo Diniz: “Queria ver preços de
têxteis chineses, se produzidos no Brasil!”
Desvaloriza a moeda em até 25%, atrai
capital, inclusive pela busca de salário
baixo. Investiu fora US$ 250 bilhões e
recebeu US$150 bilhões. Falta água. Investe muito com sua mão de obra na
África, onde o Brasil emprega africanos
e leva a Embrapa.
54
Em 2011, exportamos-lhe US$ 44 bilhões, 88% em minérios e produtos básicos; enquanto importamos US$ 30 bilhões,
sendo 60% de manufaturados. O preço
médio da exportação à China é de US$
120/tonelada, e aos EUA é US$ 800/tonelada. Colonialismo chinês! A China investiu no Brasil cerca de US$ 49 bilhões.
A China, com superávit em conta-corrente e reservas de US$ 3,2 trilhões,
preocupa-se com o abismo fiscal dos
EUA, que arrecada US$ 3 trilhões e gasta
US$ 4,2 trilhões ao ano – déficit 8% do
PIB –; emite moeda e desvaloriza o dólar.
A China investe reservas, compra ativos
e commodities, agrega valor, exporta a
baixo preço, sofre ações antidumping.
Indústrias daqui, sob impostos altos, moeda
valorizada e custo Brasil, ao competir com
custos chineses e moeda desvalorizada,
perdem mercado interno e em terceiros
países, umas fecham ou vão para lá.
Na China, a indústria de transformação
atinge 40% do PIB. No Brasil, ela caiu,
em tendência mundial, de 25% do PIB a
13% em 2011; a sua exportação caiu.
Na expansão industrial entre 2011 e
2012, o Brasil é o 25º dos emergentes.
Cabe ao governo desvalorizar o real,
prestigiar a defesa comercial, reduzir a
despesa publica e a tributação, com diminuição da pressão inflacionaria; e prover
mais infraestrutura. Cabe ao empresário
a competitividade interna.
O governo chinês quer liderança, harmonia e poder brando. Espera-se que cuide
do meio ambiente. Hoje, EUA e China,
inebriados, apoiam-se mutuamente em
um consumismo ameaçador. Já com
grande reserva, a China volta ao mercado
interno pobre. Investimentos caem de
48% do PIB para 34% em 2025, o consumo vai de 52% do PIB para 66%. Listou
em 2012 produtos que poderá comprar
daqui. Para competir no mundo, lembremo-nos de que “o conhecimento vem
da práxis”. Dialoguemos e negociemos
com a China e outros países, com o FMI
e a OMC, sobre desvalorizações e distorções no comércio exterior. Façamos o
que nos cabe para maior produtividade e
a competitividade que dela deriva.
João Camilo
Penna,engenheiro,
ex-presidente
da Cemig,
ex-ministro
da Indústria
e Comércio
LFF/Mercado
LF/Mercado
Somos o que construímos
Há 40 anos a Paranasa atua no segmento da construção civil industrial. Toda essa experiência colocou a empresa entre as maiores construtoras do país neste setor, sempre com foco nos pilares da responsabilidade econômica, ambiental e social. Como marca registrada, a
Paranasa procura superar as expectativas dos clientes combinando
engenharia de qualidade com soluções modernas e inteligentes, numa
política constante de aperfeiçoamento técnico com custos competitivos.
www.paranasa.com.br
CAUSOS DA ENGENHARIA
Fórmula
do Atrito
ACONTECEU EM UM EXAME VESTIBULAR
Na década de 40, dois cariocas se aventuraram a
vir de carro até Itajubá para prestar o famoso vestibular do Instituto Eletrotécnico de Itajubá – IEI,
hoje Universidade Federal de Itajubá - Unifei.
Como sempre, em época de muita chuva. Passeando pela cidade, chegaram à entrada da chácara do Prof. João Luiz, onde atolaram o carro.
Chamaram, então, um senhor que se encontrava
nas proximidades:
- Ó seu Zé! Dê uma empurradinha aqui! - E o seu
Zé disse: Esperem aí! Vou apanhar uma enxada
para raspar o barro, a fim de aumentar o atrito
para que o carro saia com maior facilidade.
Os vestibulandos deram boas gargalhadas, fazendo
chacotas daquele homem tão simplório. Ao
desatolarem o carro, após a raspagem do barro
e sem a necessidade de empurrá-lo, os jovens lhe
deram algumas moedas, recomendando-lhe que
com elas tomasse algumas pingas e comprasse
uma enxada nova. Humildemente, seu Zé colocou
as moedas no bolsinho do surrado colete.
No dia seguinte, logo cedo, teve início a prova oral
de Física daquele vestibular. O examinador
principal era quem? Exatamente aquele homem
simplório e ninguém menos que o Prof. João Luiz
Carneiro Rennó, agora vestido elegantemente
com seu terno e colete, gravata e abotoaduras.
Ao chamar um dos concorrentes constatou ser
ele um dos que ocupavam o carro atolado na véspera, que entretanto não o reconheceu devido à
mudança de sua indumentária. Como o exame era
vago, sem sorteio de questões, formulou a ele
uma pergunta bem cabeluda sobre “atrito”, mas o
coitado do examinado nem abriu a boca. Depois
de alguma espera, como nada saía mesmo, enfiou
a mão no bolso do colete tirando aquelas moedas
- que eram para a pinga e a enxada nova – dizendo-lhe:
- Tome essas moedas, volte para sua casa, compre
livros de Física, estude bastante “atrito” e retorne
no próximo ano quando lhe farei perguntas sobre
o mesmo tema, um pouco mais difíceis, é claro!
Seu colega, percebendo o que se passava, sumiu.
E até hoje não se sabe do paradeiro desses dois
cariocas.
História enviada pela Engenheira Marita Arêas de Souza Tavares,que foi aluna do Prof. João Luiz Rennó.
56
P a r t i c i p e e e n v i e s e u “ c a u s o ” p a r a j o r n a l i s m o @ s m e . o rg . b r
Petrobras e AG Óleo e Gás.
Abastecendo o Brasil de soluções.
A Andrade Gutierrez se orgulha de dizer que a parceria entre a AG Óleo e Gás e
a Petrobras possibilitou a realização de diversos projetos importantes para o
desenvolvimento do Brasil, como o Gasoduto Urucu-Coari-Manaus, a Refinaria Gabriel
Passos (Regap) e a Refinaria de Paulínia (Replan). Por isso, hoje a AG faz questão de
agradecer à Petrobras pela confiança depositada em cada uma destas obras. E reafirma
sua crença de que esta parceria ainda tem muito a contribuir com o crescimento do País.
Onde tem aço Gerdau,
tem a realização de um sonho.
A Gerdau vibra junto com os brasileiros quando entrega uma nova obra. Participar da construção
de estádios de futebol, fornecendo desde vergalhões até telas para concreto, é capacitar
o país para sediar grandes eventos e conquistar o sonho de novas vitórias.
Todo mundo tem um sonho. O da Gerdau é tornar o seu possível.
www.gerdau.com

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