Votorantim RA - 2002_01.indd

Transcrição

Votorantim Relatório Anual 2002
Relatório Anual 2002
1918 - 2003
Em 2003, a Votorantim está completando 85 anos de existência. Desde a sua fundação,
em 1918, gerações contribuíram para criar uma dinâmica de crescimento que se tornou
o “modo de ser” Votorantim. Nesta dinâmica destacam-se dois aspectos primordiais:
a integridade e a perseverança, que definem uma vocação empresarial comprometida com
a ética e com a visão de longo prazo.
São 85 anos de declarada confiança no Brasil, cujos frutos se devem à determinação e ao
amor dedicados ao trabalho, razão pela qual serão comemorados do jeito que a Votorantim
sabe fazer melhor, ou seja, com muito trabalho e uma especial atenção ao fortalecimento
da ação social, ao resgate da memória e à consolidação de valores.
Embora reconhecidos como importante herança, o capital e o espírito empreendedor dos
pioneiros, a partir de Antonio Pereira Ignácio e de José Ermírio de Moraes, não seriam
suficientes para fazer crescer a semente plantada pela “Sociedade Anonyma Fábrica
Votorantim", em Sorocaba (SP). Mas os valores que ambos deixaram como legado sim,
pois constituem verdadeiro patrimônio, mantido pela afiliação de acionistas e profissionais
aos mesmos princípios.
Ao comemorar 85 anos, a Votorantim celebra todos aqueles que fizeram parte de sua
história e continuam a escrevê-la olhando para o futuro. Seus atributos permanecem
depositados nas pessoas, que qualificam sua força empresarial não apenas pela eficiência
na geração de riquezas, mas pelo caráter com que agregam valor à sociedade.
Perfil
Destaques Financeiros
Mensagens da Administração
Conselho de Administração
Conselho Executivo
Desempenho Consolidado
Desempenho por Unidade de Negócios
Cimentos
Metais
Celulose e Papel
Energia
Serviços Financeiros
Química
Agroindústria
Filmes Flexíveis
Internacional
Capital de Risco
Informações Corporativas
Administração
Demonstrações Financeiras
Balanços
Resultados
Endereços
01
03
06
07
08
11
17
25
29
33
37
41
45
49
53
56
58
59
60
1918 - 2003
Perfil
Conselho Executivo
Cimentos
Metais
Celulose e Papel
Energia
Química
Agroindústria
Filmes Flexíveis
Internacional
Capital de Risco
Administração
Balanços
Resultados
Endereços
01
03
06
07
08
11
17
25
29
33
37
41
45
49
53
56
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59
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PERFIL
O Grupo Votorantim, ao completar 85 anos, está entre os maiores grupos econômicos brasileiros, com ativos de R$ 27 bilhões
e receita bruta anual de R$ 12 bilhões. Suas empresas são líderes ou têm participações destacadas em todos os mercados em que
atuam, como nas áreas de produção de cimento, celulose, papel, alumínio, zinco, níquel, aços longos, filmes de polipropileno
biorientado, especialidades químicas e suco de laranja. Possui também importante participação no setor financeiro, através
do Banco Votorantim.
O Grupo tem participação destacada no setor de energia elétrica, diretamente na autogeração deste importante insumo
às suas indústrias e indiretamente via participações no serviço público de distribuição e comercialização de eletricidade.
Suas empresas, em conjunto, contribuem de modo expressivo para as exportações brasileiras, atendendo a mercados do mundo inteiro.
Com a internacionalização do setor cimenteiro, fábricas no exterior (Canadá e Estados Unidos) passaram a fazer parte de seus ativos,
contribuindo para a diversificação de riscos e a geração de caixa em moeda forte.
A busca de novos negócios com capacidade de geração de valor no longo prazo tem sido uma preocupação adicional do Grupo
Votorantim, que vem agregando a seu portfólio novas atividades tidas como promissoras, como as de biotecnologia e de tecnologia
da informação.
Fiel à sua elevada consciência social e ambiental, o Grupo Votorantim tem dedicado recursos e inteligência a estas áreas, investindo
na melhoria de vida das comunidades onde atua através de diversos programas de educação e cultura, saúde e meio ambiente.
A Votorantim Participações S/A é a holding do Grupo e controla quatro áreas de negócio: Votorantim Industrial, Votorantim Negócios,
Votorantim Finanças e Votorantim Energia, cada uma delas contendo uma ou várias unidades de negócios, conforme mostrado na
estrutura seguinte:
1
Hejoassu
Votorantim
Participações
Conselho de Família
Conselho Executivo
Diretoria Corporativa
Votorantim
Industrial
Votorantim
Negócios
Votorantim
Finanças
Votorantim
Energia
Votorantim
Cimentos
Votorantim
Ventures
Banco
Votorantim
Votorantim
Energia
Votorantim
Celulose e Papel
Votorantim
Novos Negócios
Votorantim
Metais
Votorantim
Filmes Flexíveis
Votorantim
Química
Votorantim
Agroindústria
Votorantim
Internacional
2
DESTAQUES FINANCEIROS
Grupo Votorantim - Consolidado
Valores em R$ milhões, exceto quando indicado
Itens Selecionados
Receita Operacional Líquida (1)
2002
2001
2000
10.556
7.692
6.248
4.186
3.418
2.833
39,7
44,4
45,3
2.975
2.263
1.924
28,3
29,4
30,7
77
37
(28)
2.206
2.035
1.362
Lucro Bruto
% Margem Bruta
Lucro Operacional ARFPS (2)
% Margem Operacional ARF
Resultado Financeiro Líquido
Lucro Líquido
% Margem Líquida
EBITDA (3)
20,9
26,5
21,7
3.649
2.845
2.494
% Margem Ebitda
Investimentos (CAPEX)
35,0
37,0
39,9
1.607
1.318
586
592
2.764
265
Aquisições
Contas Selecionadas
Ativo Total
Ativo Operacional (4)
Ativo Permanente
Patrimônio Líquido
Não Exigível (5)
Índ. Econômico-Financeiros
% Dívida Líq. / Não Exigível
% ROE (6)
% Lucro Operacional ARFPS /Ativo Operacional
% EBITDA /(Patrim. Líq.+ Dívida Líq.)
dez02
dez01
dez00
26.658
19.811
13.859
22.770
17.435
12.321
12.757
10.375
6.697
10.156
8.418
6.668
11.849
9.881
8.169
2002
2001
2000
15,7
14,1
-9,05
26,7
31,4
25,2
13,0
13,0
15,6
30,3
29,0
42,0
(1) Não inclui receitas das unidades de Serviços Financeiros e Energia, cujos resultados são apropriados por Equivalência Patrimonial.
(2) ARFPS = Antes do Resultado Financeiro Líquido e das Participações em Outras Sociedades
(3) EBITDA = Lucro antes do Resultado Financeiro Líquido e dos Impostos + Depreciação e Amortização
(4) Ativo Operacional = Disponível e Aplicações Financeiras + Investimento Operacional em Giro * + Realizável a Longo Prazo menos Exigível
Não Financeiro a Longo Prazo + Ativo Permanente
*Investimento Operacional em Giro = Clientes + Estoques + Outros Ativos Circulantes operacionais – Fornecedores – Salários e Encargos – Impostos a Pagar
– Outros Passivos Circulantes operacionais
(5) Não Exigível = Patrim. Líquido + Participações Minoritárias
(6) ROE = Retorno sobre Patrimônio Líquido = Lucro Líquido / (Patrimônio Líquido – Lucro Líquido + Dividendos)
Receita Líquida Consolidada
R$ bilhões
10,6
EBITDA Consolidado
R$ bilhões
Lucro Líquido Consolidado
R$ bilhões
3,7
7,7
Investimentos (CAPEX)
R$ bilhões
2,0
2,2
1,6
1,3
2,8
2,4
6,2
1,4
0,6
00
3
01
02
00
01
02
00
01
02
00
01
02
Grupo Votorantim - Resultados das Unidades de Negócios - 2002
Cimentos
Metais
Celulose e Papel
Energia
Cimento / Cal / Argamassa / Concreto
Alumínio / Zinco / Níquel / Aço
Papel / Celulose
Geração / Distribuição
Receita Líquida
Receita Líquida
Receita Líquida
Receita Líquida
4.016
2.690
1.810
904
Lucro Líquido
Lucro Líquido
Lucro Líquido
Lucro Líquido
1.339
273
283
-353
Investimentos
Investimentos
Investimentos
Investimentos
265
569
797
118
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
4
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
Agroindústria
Química
Filmes Flexíveis
Suco de laranja
Nitrocelulose / Ácido fluorídrico / Ácido
Sulfúrico / Soda Cáustica / Hipoclorito de Cálcio
Filme de polipropileno
Banco / Corretora / Financeira / Leasing
Receita Líquida
Receita Líquida
Receita Líquida
Res. Bruto Intermed. Finan.
410
291
223
899
Lucro Líquido
Lucro Líquido
Lucro Líquido
Lucro Líquido
208
96
45
379
Investimentos
Investimentos
Investimentos
Ativos Totais
15
44
9
18.747
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
5
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
(R$ milhões)
MENSAGENS DA ADMINISTRAÇÃO
Mensagem do Conselho de Administração
Completar 85 anos é um privilégio para poucas empresas. Ainda mais no caso da Votorantim, que
atinge este marco de longevidade com o mesmo vigor, determinação e entusiasmo que caracterizam
este Grupo desde os meus tempos de juventude.
A força e o dinamismo da Votorantim são fruto do trabalho intenso de milhares de pessoas que se
dedicam a construir com seriedade um projeto no qual reconhecem valor. Não devemos nada ao acaso,
mas devemos ter a humildade de reconhecer que, além do esforço comum, temos recebido sempre a
inspiração necessária para não nos afastarmos de nossos princípios, de nossos valores.
Só vale a pena chegar aos 85 anos quando se pode olhar para trás com orgulho e olhar para a frente
com confiança. Entretanto, é no presente que definimos nossa missão para chegar ao futuro. E fazemos
isso de forma objetiva, consciente e responsável.
A evolução dos resultados econômico-financeiros do Grupo é marcante e decorre do acerto de decisões
estratégicas nos negócios que vêm se expandindo e consolidando continuamente, num processo de
reinvestimento maciço dos lucros gerados, tradição em nossa organização.
A consolidação do modelo de governança corporativa, apoiado numa nova geração de acionistas e
colaboradores, trouxe maior agilidade e confiança às decisões sobre os negócios, além de criar um
comprometimento de todos com uma visão comum do Grupo Votorantim.
Tudo isso é o resultado de uma tranqüila e bem-sucedida transição de gerações de acionistas e uma
clara definição dos seus papéis e responsabilidades, assim como dos nossos principais executivos.
Num ano marcado pela transição no governo federal e pelos desafios econômicos, financeiros, políticos
e sociais, que precisam ser vencidos, o Grupo mantém-se confiante no compromisso dos novos
governantes com a estabilidade do país e de suas instituições, mantendo integralmente seu programa de
investimentos previsto para os principais negócios, que somarão cerca de R$ 2,190 bilhões em 2003.
Na área social, na qual sempre tivemos atuação dedicada, demos mais um importante passo com a
criação do Instituto Votorantim, que coordenará de forma estruturada e institucional a ação social do
Grupo, apoiando também as unidades de negócios em seus projetos sociais, nas várias regiões do país
onde atuam.
O desenvolvimento da estratégia e diretrizes de atuação do Instituto deverá privilegiar ações de médio e
longo prazo que produzam transformações significativas e desenvolvimento sustentado do bem-estar
da sociedade. Assim, estaremos reforçando a nossa já histórica e tradicional contribuição ao
desenvolvimento e integração social do País.
Ao mesmo tempo em que comemoramos orgulhosamente esses 85 anos e as conquistas que obtivemos,
temos a certeza de que podemos fazer mais e melhor. Expressamos nossa gratidão a todos aqueles que
se juntaram a nós nesta longa trajetória por acreditar que isso é possível e que permitiram a construção
do Grupo Votorantim.
Antônio Ermírio de Moraes
Presidente do Conselho de Administração
6
Mensagem do Conselho Executivo
O ano de 2002 foi mais um ano de crescimento sólido para o Grupo Votorantim. Mesmo com
as dificuldades que ainda persistiram na economia mundial e a grande volatilidade e restrição
ao crédito financeiro no âmbito econômico nacional, o faturamento líquido consolidado de
R$ 10,6 bilhões cresceu 37% sobre 2001 e o EBITDA de R$ 3,7 bilhões superou em 30%
o do ano anterior. O lucro líquido consolidado, após participações, cresceu 8,4%, atingindo
R$ 2,2 bilhões, gerando um retorno sobre patrimônio líquido de 27%.
Este desempenho reflete, em parte, o efeito das decisões estratégicas dos últimos anos que
priorizaram o fortalecimento dos principais negócios do Grupo, com foco naqueles voltados à
exportação, à internacionalização do setor cimenteiro e à busca da auto-suficiência na geração
de energia elétrica.
A política de investimento das empresas resultou na aplicação de R$ 1,6 bilhão somente em
expansões das fábricas existentes. Além disso, investiu-se R$ 1,3 bilhão em aquisições estratégicas
nas áreas de metais e de cimentos e na capitalização do Banco Votorantim.
Assim, demos continuidade à concretização da nossa visão comum, com foco no crescimento
de valor, através de unidades de negócios fortes e altamente competitivas e por um modelo
de governança consolidado, capaz de potencializar as sinergias entre as empresas e as
lideranças executivas.
O Grupo Votorantim celebra seus 85 anos reconhecendo que a base do seu sucesso sempre
esteve ligada às pessoas que o compõem.
Para reforçar ainda mais este vínculo, durante 2003 estamos inovando com a introdução de
um Sistema Integrado de Gestão, fortemente alavancado num processo de gestão de pessoas e
talentos, que objetiva a criação e o desenvolvimento contínuo de novas competências para os
desafios crescentes do futuro.
Estamos convictos e confiantes em nossa renovada capacidade de dar continuidade a esta
obra, que é o Grupo Votorantim, construída ao longo de três gerações. O que continuará
nos distinguindo é a reafirmação e o exercício dos nossos valores, o respeito à nossa história
empresarial e o compromisso com as pessoas que ajudam hoje a erguer a Votorantim de amanhã.
No início desta nova era de transformações econômicas e sociais, que serão decisivas para um
futuro mais justo e solidário, colocamos nosso trabalho, determinação e responsabilidade a
serviço da sociedade que queremos construir para as próximas gerações.
Carlos Ermírio de Moraes
Presidente do Conselho Executivo
7
DESEMPENHO CONSOLIDADO
Resultados
“Há um grande
potencial para
agregarmos valor
entre as empresas
do Grupo, dividindo
conhecimento,
trocando melhores
práticas e criando
maior sinergia entre
suas operações.
Através do Sistema
Integrado e único de
Gestão e da estratégia
de Gestão de Pessoas,
iremos obter nosso
grande diferencial
competitivo.”
José Roberto Ermírio de Moraes,
Presidente da Votorantim Industrial
Destaca-se a efetiva contribuição da
área de cimentos baseada no exterior,
que já responde por 8% da receita total.
O crescimento da receita é também
influenciado pela maior participação das
áreas financeira (Banco) e de agroindústria
de exportação, ambas com destacado
crescimento de receitas de 102% e 65%,
respectivamente.
O cenário macroeconômico foi marcado
por incertezas e instabilidades tanto da
economia mundial como da economia
brasileira. A atividade econômica do país
manteve-se retraída, com o PIB crescendo
apenas 1,5%, e somente os segmentos de
agronegócios e atividades voltadas para a
exportação registraram crescimentos mais
significativos. As incertezas mencionadas
levaram a uma alta acentuada do dólar
no câmbio comercial, cujas cotações
dispararam atingindo um recorde e
alimentando pressões inflacionárias.
No entanto, apesar desse cenário de
contenção, a receita líquida consolidada
do Grupo Votorantim cresceu 37%, em
decorrência dos aumentos de produção
ocorridos em quase todas as unidades
(crescimento orgânico e aquisições) e do
esforço exportador conjugado com uma
forte elevação do câmbio.
A área de metais, com as ampliações
realizadas, especialmente na produção
de alumínio, e com a aquisição da
Companhia Paraibuna de Metais, na
área de zinco, registrou também um
significativo crescimento de receitas
de 42%.
As vendas da área de celulose e papel,
com crescimento de 17%, foram
alavancadas pelo segmento de papel, que
aumentou sua participação no mercado
interno substituindo papéis especiais
importados, encarecidos com a alta do
dólar, e ainda obteve ganhos com as
exportações. O segmento de celulose
foi prejudicado pela queda das cotações
As exportações de produtos próprios
do Grupo atingiram US$ 610 milhões,
que, em conjunto com as vendas da
controlada St. Marys, representaram
25% da receita bruta consolidada.
Composição da Receita Total
(Incluindo Receitas do Banco: Resultado Bruto da Intermediação Financeira)
8%
6%
27%
2%
3%
Cimento Brasil
Cimento América do Norte
Metais
6%
Celulose & Papel
Agroindústria
8%
17%
Filmes
Banco
23%
8
Química
Outros
DESEMPENHO CONSOLIDADO
Investimentos e Aquisições
internacionais e por interrupções de
produção para interligações e testes
dos equipamentos da nova expansão
da fábrica de Jacareí. Entretanto,
a partir do final do ano, as cotações
da celulose começaram a se recuperar
no mercado internacional e a nova
expansão entrou em operação,
antecipadamente, havendo chances
de uma boa recuperação em 2003.
As áreas de filmes flexíveis e
química, embora com menor peso
no consolidado, também registraram
boas taxas de crescimento de receita
em relação a 2001: 25% e 17%,
respectivamente.
Algumas commodities tiveram boa
recuperação de seus preços no mercado
internacional, como é o caso do suco de
laranja e, em menor proporção, do níquel,
enquanto outras ainda se mantiveram em
queda em 2002, como celulose e zinco.
Com a receita obtida em 2002, mantevese a média anual de crescimento de 28%
nos últimos 3 anos, taxa que reflete a
estratégia de crescimento e expansão
adotada nos últimos anos.
Novas receitas serão adicionadas em 2003,
com a maturação dos investimentos em
expansão de capacidade de produção
bem como das aquisições feitas em 2002.
O EBITDA alcançou R$ 3,7 bilhões, em
2002, com um crescimento de 30% sobre
o obtido no ano anterior, mantendo-se a
média dos últimos três anos.
9
Este resultado foi influenciado
positivamente por ganhos de
produtividade e reduções de despesas
operacionais, mas também sofreu os
efeitos negativos dos aumentos de custos
de vários insumos de produção, direta
e indiretamente influenciados pela alta
do dólar. Dentre estes insumos, energia
elétrica comprada, matérias-primas
importadas e derivados de petróleo foram
os que mais afetaram os custos.
O lucro líquido de R$ 2,2 bilhões foi 8,4%
superior ao de 2001, mas resultou em uma
margem líquida (lucro líquido sobre receita
líquida) 6 pontos percentuais menor,
tendo sido influenciado, além dos fatores
já mencionados, pela queda do resultado
de participações em empresas coligadas
e pela redução em itens não operacionais.
O retorno sobre patrimônio líquido foi
de 27%, inferior ao de 2001, mas obtido
sobre uma base de patrimônio maior.
Com a captura de novas receitas em
2003, espera-se obter também retornos
adicionais.
Dentre as atividades não consolidadas,
o segmento financeiro registrou lucro
de R$ 379 milhões (+126%) e retorno
sobre patrimônio líquido médio de 35%,
enquanto o segmento de energia apurou
prejuízo de R$ 353 milhões originado
pela CPFL Energia S/A, que se ressentiu
da queda de receita que vem afetando
todo o setor elétrico após o fim do
racionamento.
Os investimentos em expansão,
totalizando R$ 1,6 bilhão, refletiram
o esforço estratégico que vem sendo
feito para o aproveitamento das boas
oportunidades de negócios, a fim de se
garantir que as metas de crescimento
orgânico sejam alcançadas.
As aquisições do período também foram
expressivas, atingindo R$ 592 milhões.
Os principais negócios foram as compras
da Engemix, da Companhia Paraibuna
de Metais e da Optiglobe, que já tiveram
parte de seus resultados incorporados
ao resultado consolidado do ano. Foram
também capitalizados R$ 663 milhões
no Banco Votorantim S/A, dando-lhe
condições de incrementar seu volume de
operações.
Posição Financeira
O Patrimônio Líquido cresceu 21%
em 2002, alcançando R$ 10,2 bilhões,
com o Não Exigível (Patrimônio Líquido +
Participações Minoritárias), representando
44% do Ativo Total. A dívida financeira
líquida, apesar do esforço de investimentos,
atingiu apenas 17% do Não Exigível
ao final de 2002, enquanto o índice de
Liquidez Corrente de 1,52 mostra-se
compatível sobretudo para um conjunto
de empresas de capital intensivo, refletindo
uma administração de caixa bastante
conservadora.
“Trabalho no Grupo há 1 ano e 2 meses e isto tem sido para mim uma enorme satisfação, pois a cada dia encontro
subsídios para a alavancagem do meu crescimento profissional”.
Maria Lucivânia Araújo - Operadora de Fábrica Júnior da Votorantim Cimentos S/A – há 1 ano e 2 meses no Grupo
10
CIMENTOS
Perfil da Votorantim Cimentos
A Votorantim Cimentos controla as
empresas que atuam na produção de
cimento, cal, argamassa e concreto. No
Brasil, são 22 fábricas além das unidades
de concreto pertencentes à Engemix,
adquirida no início de 2002. No exterior,
a Votorantim Cimentos controla a
St. Marys, do Canadá, adquirida em
2001, que possui 2 fábricas de cimento,
1 moagem de cimento em Detroit (EUA),
9 terminais de distribuição de cimento
na região americana dos Grandes
Lagos e 39 usinas de concreto situadas
no estado canadense de Ontário. No
início de 2003, a Votorantim Cimentos
adquiriu 50% do capital da Suwannee
American Cement, recém concluída
unidade fabril situada na Flórida (EUA);
os outros 50% pertencem à Anderson
Columbia, empresa de engenharia civil
que construiu a fábrica e aliou-se à
Votorantim para ter um sócio do ramo
cimenteiro na gestão de sua operação.
A Votorantim Cimentos é líder no
mercado brasileiro de cimento e cal e
vice-líder no segmento de argamassas.
Com a Engemix, detém 19% do mercado
nacional de concreto. No exterior, com
a operação da St. Marys, possui 10% do
mercado canadense e aproximadamente
2% do mercado americano de cimento e,
com a operação da Suwannee, passará a
participar de um dos mercados que mais
cresce nos Estados Unidos.
A capacidade atual de produção de
cimento é de 28 milhões de toneladas/
ano, sem considerar a nova produção
da Suwannee. Estão planejadas novas
expansões no mercado brasileiro, porém
o seu ritmo deverá obedecer à evolução
da conjuntura econômica local.
A Votorantim Cimentos conta com 6.880
funcionários no Brasil.
“Em 2002, o processo de internacionalização continuou com a aquisição
de 50% da Suwannee American Cement, uma fábrica inteiramente nova,
na Flórida, que nos dará acesso ao mercado Sudeste dos Estados Unidos,
um dos que mais cresce em consumo.”
Luiz Vilar de Carvalho,
Presidente da Votorantim Cimentos
11
V OTO R A N T I M C I M E N TO S
Receita Líquida
R$ milhões
Investimentos - CAPEX
Lucro Líquido
4.016
R$ milhões
1.339
R$ milhões
265
1.036
3.022
904
174
2.262
80
00
12
01
02
00
01
02
00
01
02
Desempenho da Votorantim Cimentos
O mercado brasileiro de cimento registrou
pequena queda, em 2002, confirmando a
tendência que se vem verificando desde
1999 e que é atribuída à redução do
chamado “mercado formiga” (pequenas
obras de reformas residenciais ou
comerciais), por sua vez determinada
pela queda da renda real. Cabe destacar
que as vendas domésticas de cimento da
Votorantim sofreram um declínio de 2%
em 2002, inferior ao verificado para o
mercado como um todo.
O mercado de argamassas, ao contrário,
continuou crescendo a altas taxas em
2002, ainda refletindo a mudança do
método de construção, que passou a
substituir a argamassa feita na obra pela
argamassa industrial pronta. As vendas da
Votorantim para este segmento cresceram
30% em 2002, repetindo a performance
do ano anterior.
No segmento de concreto, pôde-se contar,
em 2002, com as receitas adicionais da
produção da Engemix, que em 2001 ainda
não fazia parte do Grupo.
Em 2002, ocorreram fortes pressões
em custos de tarifas de energia e de
combustíveis. De modo a compensá-las,
colocou-se foco na redução de outros
custos e, neste particular, cabe destacar
o esforço de otimização logística, com a
13
realocação dos centros de distribuição e a
conclusão da implantação do novo sistema
de gestão, que permite replicar em outras
geografias capacitações nos processoschave do negócio.
Um evento de grande importância em
2002 foi a construção de uma plataforma
de exportação para a Votorantim
Cimentos. Já foi possível, nesse ano,
iniciar os embarques de 120.000 toneladas
de “clínquer” (produto intermediário na
produção de cimento) para a St. Marys,
integrando suas operações. Em breve, será
inaugurado um novo terminal marítimo
de exportação em Barra dos Coqueiros, no
Sergipe, que vai viabilizar uma operação
de trading internacional.
No mercado norte-americano, as
atividades da St. Marys tiveram
performance acima do esperado, com as
vendas superando o orçado e os custos
em declínio, indicando que será possível
atingir os níveis de lucratividade e retorno
previstos quando de sua aquisição.
A contribuição da St. Marys para a
formação da receita líquida da unidade
elevou-se de 11%, em 2001, para 22%,
em 2002.
A operação da fábrica da Suwannee,
cuja aquisição foi mais um importante
movimento estratégico em direção à
internacionalização da Votorantim
Cimentos, só terá efeito nos resultados
a partir de 2003. Por ser uma fábrica
inteiramente nova, será possível implantar,
de saída, o sistema de gestão. Seu mercado
de atuação, o Sudeste americano, está
entre os de maior crescimento de consumo
naquele país.
Em 2002, foram investidos R$ 171 milhões
(R$ 173 milhões em 2001) nas atividades
da Votorantim Cimentos no Brasil e
R$ 94 milhões (R$ 10 milhões em 2001)
na St. Marys, além da aplicação de
R$ 236 milhões na compra da Engemix.
A receita líquida da Votorantim Cimentos
cresceu 32%, em 2002, atingindo mais de
R$ 4 bilhões, enquanto o lucro líquido
aumentou 29%, resultado bastante
satisfatório para um ano de conjuntura
difícil, tanto no Brasil como no exterior.
Em auditoria na área de gestão de
segurança e meio ambiente realizada
pelo comitê internacional da National
Occupational Safety Association (NOSA),
a Votorantim Cimentos obteve o conceito
máximo (cinco estrelas) para mais duas de
suas unidades industriais. Somando-se a
unidade de Rio Branco do Sul (PR), que
já havia atingido esse padrão, agora são
três fábricas da Votorantim Cimentos com
nível de excelência de classe mundial.
14
Estratégia da Votorantim Cimentos
O foco da estratégia da Votorantim
Cimentos é o crescimento e a geração
de valor. Para atingi-los, definiu-se a
internacionalização como o principal
caminho.
A atividade cimenteira é de capital
intensivo e, para gerar valor, é preciso
eliminar as desvantagens competitivas do
país, replicando no exterior a capacidade
existente internamente de operar a custos
de produção menores do que os dos
competidores.
15
O mercado de aquisições é disputado.
A Votorantim Cimentos continuará
buscando seletivamente novas alternativas
em outros países, escolhendo alvos que
se encaixem em sua estratégia, que, até
agora, tem sido bem-sucedida.
A internacionalização, inicialmente com
foco em economias desenvolvidas, além de
acelerar o crescimento, permitirá ampliar
o escopo regional do negócio, reduzir os
riscos e reforçar a geração de caixa em
moeda forte.
“Não consigo esconder a honra e o orgulho de pertencer a esta família com a qual comecei a conviver nos
anos 70. Até agora pude crescer, aprender e evoluir com o Grupo. Sou grato a Deus por ter-me dado
a oportunidade de trabalhar no Grupo Votorantim.”
Antônio Fernando Cardoso - Laminador da Companhia Brasileira de Alumínio - há 28 anos no Grupo
16
METAIS
Perfil da Votorantim Metais
“Com as expansões
nas áreas de alumínio,
zinco e níquel, o
Grupo Votorantim
consolida-se como
o maior produtor de
metais não-ferrosos
do Brasil.”
Antônio Ermírio de Moraes, Presidente
da Companhia Brasileira de Alumínio
A atuação do Grupo Votorantim no
segmento de metais se dá por meio de
cinco empresas: Companhia Brasileira
de Alumínio, Companhia Mineira de
Metais, Companhia Paraibuna de Metais,
Companhia Níquel Tocantins e Siderúrgica
Barra Mansa.
Alumínio
A Companhia Brasileira de Alumínio
– CBA - produz desde o minério bruto até
os produtos finais e é a maior indústria
integrada de alumínio do mundo com
produção numa única planta. Situada em
Alumínio/SP, a companhia atende aos
mercados de transportes (24%), construção
civil (21%), revenda (20%), fundições (11%),
eletricidade e eletroeletrônica (8%),
embalagens (8%) e bens de consumo (8%).
Sua participação no mercado brasileiro é de
20% e cerca de 35% de sua produção são
exportados para vários países. Na Europa,
a CBA detém 13% do mercado de folhas
de alumínio.
A operação é auto-suficiente em relação
à bauxita, com 2 reservas próprias do
minério em Minas Gerais (Poços de
Caldas e Itamarati de Minas) e importante
participação na Mineração Rio do Norte
(bauxita), em Trombetas/PA, e na Alunorte
(alumina), em Barcarena/PA.
17
A capacidade de produção de alumínio
está sendo ampliada gradualmente de
240.000 toneladas/ano para 340.000
toneladas/ano, devendo esta quantidade
ser atingida até o final de 2003. Uma nova
fase de expansão, que elevará a produção
para 385.000 toneladas/ano de alumínio
primário, já está sendo desenvolvida,
com conclusão prevista para o final de
2005. Na área de transformados, estão
previstos investimentos no setor de folhas
de alumínio, que aumentarão a atual
capacidade de 45.000 toneladas/ano para
60.000 toneladas/ano.
Para manter a parcela de energia
elétrica própria em 60%, estão também
programados novos projetos de usinas
hidrelétricas, que agregarão capacidade às
atuais usinas (10 próprias e 3 em consórcio
com outras empresas). A aplicação de
recursos próprios em todo este programa
será da ordem de 70%.
A produção de alumínio segue um
controle operacional auxiliado por sistemas
computadorizados de última geração e
possui vários certificados internacionais de
qualidade, como ISO 9001 e ISO 14001.
Em 2002, a CBA recebeu o prêmio do anuário
Valor 1000, do Jornal Valor, como a melhor
empresa do ano no setor de metalurgia.
A CBA conta com 5.706 funcionários.
V OTO R A N T I M M E TA I S
Zinco
A Votorantim Metais, através das
empresas Companhia Mineira de Metais e
Companhia Paraibuna de Metais, é a maior
produtora de zinco da América Latina e
está entre as maiores produtoras mundiais.
Com capacidade de 255.000 toneladas/
ano, possui unidades metalúrgicas em Três
Marias (160.000 toneladas/ano) e Juiz
de Fora (95.000 toneladas/ano), ambas
no Estado de Minas Gerais. Metade do
suprimento de minério é garantida por
duas minas, uma em Vazante/MG (silicato)
e outra em Paracatu/MG (sulfeto). Produz
zinco metálico Special High Grade (SHG)
em lingotes, ligas de zinco e óxido de
zinco, além de concentrados de prata e de
chumbo, sulfato de cobre, ácido sulfúrico
e dióxido de enxofre.
O zinco é uma commodity internacional
negociada na Bolsa de Metais de
Londres (LME) e tem aplicações na
galvanização e fundição de peças. Seus
principais mercados consumidores são a
indústria de eletrodomésticos da linha
branca, a construção civil, a indústria
automobilística e a indústria de ferragens.
O óxido de zinco é destinado às indústrias
de borracha, de pneus e de cerâmica.
A produção de zinco é atividade eletrointensiva, mas cerca de 46% do consumo
18
de energia elétrica deste segmento são
garantidos por geração ou cogeração
própria. A unidade possui 1 hidrelétrica
própria e 1 consorciada e estão em
construção 2 novas usinas.
A produção de zinco da Votorantim
Metais atende aos mais elevados padrões
de qualidade do mercado e possui
certificações internacionais tanto no
beneficiamento do minério como na
metalurgia.
na composição de superligas e como
micronutriente para rações e fertilizantes.
Cerca de 60% da produção de níquel
são exportados, sendo o níquel uma
commodity internacional negociada na
Bolsa de Metais de Londres (LME). A
cogeração de energia elétrica na unidade
de Niquelândia garante 36% do consumo
deste insumo na produção.
A atividade de zinco conta com 2.065
funcionários.
A metalurgia de níquel da Votorantim
Metais possui várias certificações
internacionais de qualidade e conta com
896 funcionários.
Níquel
Aços Longos
A Votorantim Metais, através da
Companhia Níquel Tocantins, é a maior
produtora brasileira de níquel metálico,
responsável por 72% de toda a produção
nacional, e única produtora de níquel
eletrolítico da América Latina. Com
capacidade de 17.500 toneladas/ano de
níquel e 960 toneladas/ano de cobalto
eletrolítico, a fábrica localizada em São
Paulo é totalmente auto-suficiente no
suprimento de carbonato de níquel, que
provém de sua unidade de beneficiamento
localizada junto à mina em Niquelândia/
GO. O níquel é amplamente aplicado na
produção de aço inoxidável e o cobalto,
A Votorantim Metais, através da
Siderúrgica Barra Mansa, produz aços
longos com capacidade de produção de
400.000 toneladas/ano, em sua usina
localizada em Barra Mansa/RJ.
A produção de vergalhões, trefilados e
arames é quase toda destinada ao mercado
interno da construção civil e apenas uma
parcela inferior a 5% é exportada. Possui
certificação internacional de qualidade na
produção e conta com 1.238 funcionários.
Desempenho da Votorantim Metais
Alumínio
A receita líquida cresceu 26% em 2002,
atingindo R$ 1,3 bilhão, enquanto o lucro
líquido do segmento foi de R$ 307 milhões.
A Companhia Brasileira de Alumínio
– CBA – deu continuidade à expansão
gradual da capacidade de produção da
sua planta de alumínio de 240.000 para
340.000 toneladas/ano. E para atender
às necessidades adicionais de energia
elétrica, exigidas pela nova capacidade
de produção, investimentos vêm sendo
feitos também na geração própria de
19
energia. Em fevereiro/2002, a Usina de
Machadinho, onde a CBA detém 29%
de participação, entrou em operação.
Em setembro/2002, entrou também em
operação a Usina de Piraju, com 100%
da produção de energia destinados à
CBA. Com isso, garante-se a manutenção
da meta de 60% de geração própria de
energia na produção de alumínio.
Os investimentos realizados em 2002
atingiram R$ 387 milhões e foram
feitos com 70% de recursos próprios,
principalmente geração própria de caixa
e 30% de recursos de terceiros.
A qualidade de produto atingida pela
CBA é considerada excepcional, graças
ao trabalho desenvolvido nos últimos
três anos de remodelação de todos
os equipamentos, principalmente na
transformação plástica, prensa, extrusão
e laminação. Esta qualidade vem
contribuindo para o ganho de espaços
de mercado, tanto no Brasil como no
exterior. Com a conclusão da expansão,
as exportações deverão crescer dos atuais
35% para 48% das vendas já em 2003.
Zinco
A receita líquida cresceu 113% em
2002, atingindo R$ 647 milhões,
enquanto o lucro líquido alcançou
R$ 70 milhões (incluindo os efeitos
da aquisição da Companhia Paraibuna
de Metais,MG, adquirida no início de
2002, o que veio acrescentar 95.000
toneladas/ano à base de produção de
zinco da Votorantim Metais).
Foi concluída, ao longo do ano, a
expansão do sistema Três MariasVazante (metalurgia e beneficiamento
de minério). Esses investimentos e
aquisições permitiram incrementar
substancialmente a produção e a receita
do segmento. Foram produzidas 257.000
toneladas (+112,4%), das quais 198.000
toneladas destinaram-se ao mercado
interno. As exportações representaram
23% das vendas (8% em 2001).
Receita Líquida
R$ milhões
1.807
00
Lucro Líquido*
2.690
R$ milhões
R$ milhões
449
416
358
1.899
273
01
02
00
01
02
*Resultado consolidado das cinco empresas
20
569
255
00
01
02
O preço médio anual do zinco na Bolsa
de Metais de Londres (LME) atingiu, em
2002, o seu valor mais baixo dos últimos
14 anos.
O mercado doméstico cresceu 4% em
2002, esperando-se continuidade do
crescimento em 2003.
Os investimentos de R$ 108 milhões
realizados em 2002 concentraram-se
na expansão das minas de Vazante e
Paracatu e em melhorias operacionais
destinadas a ampliar a sinergia entre
as operações de Juiz de Fora e
Três Marias.
Na geração de energia, os novos
projetos de Capim Branco I e II e da
usina de Picada deverão somar 63 MW
de potência firme aos atuais 69 MW
provenientes de Sobragi e Igarapava.
Níquel
Aços Longos
atingindo R$ 406 milhões, e o lucro
líquido foi de R$ 56 milhões.
atingindo R$ 342 milhões, e o lucro
líquido foi de R$ 69 milhões.
O segmento de níquel registrou boa
performance em 2002 e mantém boas
perspectivas para 2003. A produção
cresceu 5,3%, as exportações em volume
cresceram 7,2% e as vendas físicas para
o mercado interno, 2,1%. As exportações
representaram 61% das vendas totais.
As vendas de cobalto tiveram crescimento
de 4,9%, com as exportações
representando 88% do total.
A produção de aços longos atingiu
356.700 toneladas em 2002, com
crescimento de 0,5% em relação a 2001,
tendo sido afetada pelo baixo desempenho
da atividade da construção civil no país.
Cerca de 4% das vendas foram destinadas
ao mercado externo.
O preço médio anual do níquel na Bolsa
de Metais de Londres (LME) recuperou-se
em 2002. Apesar do baixo desempenho
da economia mundial, verificou-se
desequilíbrio entre oferta e demanda,
com aumento de 6,1% do consumo ante
um crescimento de 3,7% da produção.
No Brasil, o consumo evoluiu 11,9% em
2002 e projeta-se crescimento para 2003,
em virtude do aumento de produção de
aço inoxidável.
Os investimentos do segmento níquel
atingiram R$ 45 milhões em 2002.
Deu-se início ao projeto aprovado
em 2002 para otimização da planta
e expansão de sua capacidade para
20.400 toneladas/ano de níquel e
1.100 toneladas/ano de cobalto,
com a conclusão prevista para 2004.
21
Em 2002, foram investidos R$ 189 milhões,
que incluem a aquisição da usina
hidrelétrica de Sobragi, da Companhia
Paraibuna de Metais e o início da operação
do novo laminador de fios e barras.
Novos investimentos foram aprovados,
contemplando a expansão da capacidade
para 400.000 toneladas/ano
de produtos acabados, a instalação de um
novo sistema de lingotamento contínuo,
que deverá estar operando já em 2003,
um novo forno de pré-aquecimento de
tarugos e a fabricação de produtos com
maior valor agregado.
22
Estratégia da Votorantim Metais
Garantir a auto-suficiência para as
suas atividades, com a integração de
mineração, metalurgia e geração própria
de energia elétrica é condição essencial
para a auto-sustentabilidade e é um dos
objetivos estratégicos da Votorantim
Metais. Os programas de investimentos
em estudo ou já aprovados em 2002
contemplam ampliação de capacidades,
otimização de produção e aumento de
competitividade.
23
O desenvolvimento de novas aplicações,
o enobrecimento de produtos e o
acompanhamento das expansões das
indústrias consumidoras são elementoschave para garantir um crescimento
sustentável, assim como o aproveitamento
crescente de oportunidades de mercado no
exterior.
“Trabalhar no Grupo Votorantim é muito importante para o meu desenvolvimento profissional. Aqui, a mudança é
constante, sempre temos novos desafios, treinamentos e desenvolvimento com tecnologias de última geração, fazendo
com que a motivação seja contagiante nas equipes. Este é o motivo principal para o alcance dos melhores resultados”.
Silvano Moreira Leite - Assistente de Controle de Processo Pleno da Votorantim Celulose e Papel S/A - há 7 anos no Grupo
24
CELULOSE & PAPEL
Perfil da Votorantim Celulose e Papel
“Em 2002,
concluímos nosso
programa de expansão
com investimentos
significativamente
menores do que os
previstos. A adição
de uma nova linha de
produção de celulose
permitirá dobrar
nossas exportações,
proporcionando maior
destaque no mercado
internacional.”
Raul Calfat, Diretor-Presidente da
Votorantim Celulose e Papel
O Grupo Votorantim controla a
Votorantim Celulose e Papel S/A – VCP,
empresa de capital aberto com ações
negociadas na Bolsa de Valores de São
Paulo e ADRs no mercado de Nova Iorque.
A VCP está entre as maiores empresas
de celulose e papel do Brasil e é líder no
mercado doméstico em papéis couché
(40% de participação), autocopiativos,
térmicos e outros papéis especiais (53%)
e vice-líder em papéis não revestidos
(21%). Com uma operação integrada, que
inclui desde a produção de madeira em
suas florestas até a distribuição de papéis
para o consumidor final, atividade em
que também é líder (20% do mercado
de distribuição), a VCP possui quatro
unidades industriais, todas no Estado de
São Paulo, e terá capacidade para produzir
1,42 milhão de toneladas/ano de celulose
em 2004 e 655 mil toneladas/ano de
papéis. Para suprir suas fábricas de
celulose, conta com 176.000 hectares
de florestas (115 mil hectares próprios
e 61.000 hectares arrendados), dos quais
110.000 hectares são áreas plantadas com
eucalipto e o restante em reserva com
regeneração da mata nativa original. Estas
florestas distribuem-se em três regiões do
Estado de São Paulo (Nordeste, Centro
e Sul) e estão a uma distância média de
210 km das unidades industriais.
Em 2002, uma proporção de 79% de sua
receita foi proveniente da venda de papéis
e o restante, da venda de celulose.
25
Do mesmo modo, cerca de 68% da receita
provieram de vendas para o mercado
interno e 32%, de exportações. A partir
de 2003, com o aumento da produção
de celulose, estas proporções deverão se
alterar, com o incremento da participação
das vendas de celulose e das exportações
no faturamento total.
Para atender às exportações de celulose
e papel, a Votorantim possui um terminal
privativo no porto de Santos, ligado por
ferrovia à sua principal fábrica, em Jacareí.
Seus produtos são embarcados para vários
países da Europa, América do Norte, Ásia e
América Latina, mercados onde a celulose
de eucalipto brasileira possui diferenciais
competitivos decorrentes de seu custo de
produção e qualidade.
Além de operar suas próprias unidades,
a Votorantim Celulose e Papel possui
participação de 28% do capital votante
(12,4% do capital total) da Aracruz
Celulose S/A, compartilhando o controle
com os grupos Safra e Lorentzen.
A Aracruz é uma empresa de capital
aberto com ações negociadas na Bolsa de
Valores de São Paulo e ADRs em nível 3
em Nova Iorque. Sua produção de celulose
é basicamente voltada para o mercado
de exportação e atinge 2,0 milhões de
toneladas/ano.
A Votorantim Celulose e Papel conta com
3.819 funcionários.
V OTO R A N T I M C E L U L O S E E P A P E L
Desempenho da Votorantim Celulose e Papel
Receita Líquida
R$ milhões
1.810
1.437
00
1.554
01
02
Lucro Líquido
R$ milhões
394
376
283
00
01
02
R$ milhões
797
715
222
00
26
01
02
O mercado brasileiro de papéis de imprimir
e escrever cresceu 1,7% e o de papéis
especiais, 5,2%, em 2002. As vendas físicas
da VCP para o mercado interno evoluíram
apenas 0,6%, mas houve um importante
aumento da proporção de papéis com
maior valor agregado.
O mercado internacional de papel
apresentou comportamento diferenciado
conforme a região de destino e o tipo
de papel comercializado. As exportações
da VCP de papel cut size para a Europa,
Estados Unidos e América Latina
registraram crescimento de 30% do
volume, enquanto que as de papéis
revestidos, concentradas no Mercosul,
tiveram queda de volume de 55% em
razão da crise argentina. No total, as
exportações mantiveram o mesmo
volume do ano anterior, mas a receita foi
favorecida pelo enobrecimento das vendas
e pela alta do dólar.
No caso da celulose, o volume
comercializado pela VCP foi afetado por
paradas para interligações e testes dos
novos equipamentos da expansão na
unidade Jacareí. No mercado interno,
houve queda no volume vendido de 4%
e no mercado externo, de 2%.
Em 2002, o mercado internacional
de celulose sofreu os efeitos do baixo
crescimento da economia mundial e
dos elevados estoques em mãos dos
produtores. O preço da celulose de
eucalipto manteve-se em declínio até
meados do ano, quando, então, começou
a se recuperar. A cotação média anual
em dólares foi 4,5% inferior à de 2001.
As perspectivas para 2003 são de
recuperação do preço internacional da
celulose em virtude da redução dos estoques
mundiais. Até o final do 1o trimestre, a
cotação já havia ultrapassado os US$ 510
e mantinha-se em elevação.
A receita líquida total cresceu 16%
e o lucro líquido sofreu queda de 25%.
Não fosse o impacto negativo de
R$ 104 milhões da variação cambial sobre
os resultados da controlada no exterior
detentora de participações acionárias,
apropriado via resultado da equivalência
patrimonial, o lucro líquido teria crescido
2,9% e atingido R$ 387 milhões.
Os investimentos, em 2002, concentraramse na expansão da capacidade de celulose
na unidade de Jacareí e na correspondente
expansão das florestas para atender à
demanda adicional de eucalipto.
O grande destaque de 2002 foi a antecipação
do cronograma das obras da nova expansão
de celulose e a redução dos custos previstos
no projeto. Em 2003, ainda na curva de
aprendizado, já serão acrescentadas mais
570.000 toneladas à capacidade de produção
e, em 2004, a plena capacidade de 770.000
toneladas da nova linha de produção deverá
ser atingida. Uma antiga linha de celulose que
produz 200.000 toneladas/ano será desativada,
de modo que a capacidade total final da VCP
será de 1.420.000 toneladas/ano de celulose.
V OTO R A N T I M C E L U L O S E E P A P E L
Estratégia da Votorantim Celulose e Papel
O investimento neste projeto, cujo
valor aproximado é de US$ 485 milhões
(US$ 627 por tonelada de capacidade),
acrescido de US$ 15 milhões de
investimento em florestas, tornará a
VCP uma das mais modernas empresas
de celulose do mundo, operando com
tecnologia de ponta e total segurança
ambiental.
Com este acréscimo de produção, a
VCP liberará cerca de 1,0 milhão de
toneladas/ano de celulose para o mercado,
principalmente externo.
27
Com a conclusão dos investimentos em
celulose, o foco passa a ser a estabilização
do programa de expansão, para obter o
máximo de produção ao menor custo
possível, fortalecendo a geração de caixa
e preparando a empresa para novas
oportunidades de crescimento.
Na linha de papéis, o constante
desenvolvimento de novos produtos com
qualidade e maior valor agregado deverá
continuar, resultando novos lançamentos
no mercado que atendam às necessidades
dos clientes e garantam as posições de
liderança detidas pela VCP.
“O desafiante trabalho de gerenciamento de investimentos para a implantação de importantes projetos energéticos
é estimulado pela certeza de que nossos esforços contribuirão para atingir as metas de autoprodução do Grupo
Votorantim. Ao mesmo tempo, tenho orgulho de fazer parte de um Grupo que contribui para o fortalecimento e a
expansão do sistema elétrico no Brasil.”
Braz Ferrari Lomonaco - Gerente de Investimentos em Usinas da Votorantim Energia Ltda – há 1 ano e meio no Grupo
28
ENERGIA
Perfil da Votorantim Energia
“Em 2002, demos um
grande passo para
atingir a meta de 60%
de auto-suficiência de
energia para o Grupo
em 2007, através do
desenvolvimento de
vários novos projetos.
Esses investimentos
gerarão 8.000
empregos diretos
e propiciarão um
crescimento de oferta
de energia elétrica
para o Brasil de 3%
em relação à base
instalada.”
Otávio Carneiro de Rezende,
Diretor da Votorantim Energia
A Votorantim Energia atua, através de
participação na VBC Energia S/A, no setor
de serviço público de geração, distribuição
e comercialização de energia elétrica e
também apóia as unidades de negócios na
busca de auto-suficiência e na otimização
do uso de energia elétrica.
Participações
A Votorantim Energia administra as
participações nos negócios de energia,
atuando como holding dos investimentos
no setor. Esses investimentos estão
concentrados na VBC Participações
S/A, consórcio formado com a Bradespar
(controlada pelo Bradesco) e o Grupo
Camargo Corrêa. A VBC Participações S/A,
por sua vez, é a maior acionista da CPFL
Energia S/A, com 45,32% de participação,
associada à Previ e a outros Fundos de
Pensão.
A CPFL Energia S/A controla empresas
que atuam na geração, distribuição e
comercialização de energia elétrica.
Após a reestruturação feita em 2002,
que consolidou todas as participações
existentes no setor sob o controle da
CPFL Energia S/A, esta tornou-se a
maior empresa privada nacional de
energia elétrica.
Com 800 MW de potência instalada
em suas usinas, geração anual de 3,5
milhões de MWh, mais de 35 milhões de
MWh distribuídos para 515 municípios
e 5,2 milhões de clientes que formam
uma população de quase 14 milhões
de pessoas, a CPFL Energia atende 234
municípios do interior de São Paulo,
através da Companhia Paulista de Força
e Luz, 27 municípios da região Oeste
do Estado de São Paulo e da Baixada
Santista, através da Companhia Piratininga
de Força e Luz, e 254 municípios do
Estado do Rio Grande do Sul, através da
Rio Grande Energia S/A.
O Grupo Votorantim também controla
diretamente a Companhia Luz e Força
Santa Cruz, que atende a 151 mil
consumidores em 27 municípios dos
estados de São Paulo e do Paraná.
Energia Própria
A Votorantim Energia também atua na
formação de parcerias para construir e
explorar usinas hidrelétricas que garantam
a autogeração de energia para o Grupo,
participa dos projetos próprios e dá
consultoria na implantação de medidas de
economia e na compra de lotes de energia
para as empresas do Grupo.
A Votorantim Energia conta com 12
funcionários.
29
V OTO R A N T I M E N E R G I A
Desempenho da Votorantim Energia
Participações
Energia Própria
Na área de gestão de participações,
o grande destaque de 2002 foi a
consolidação de todos os ativos de
geração e distribuição da CPFL Energia
S/A, transformando esta companhia na
maior empresa de energia do setor privado.
Em 2002, entraram em operação 2
novas usinas - Machadinho e Piraju - e
uma terceira, a usina de Sobragi, como
resultado da aquisição da Companhia
Paraibuna de Metais, que passou a
integrar os ativos do Grupo.
Em 2002, a receita líquida equivalente
às participações do Grupo retraiu-se em
12%, ainda sob o impacto dos efeitos
do racionamento de energia elétrica. O
resultado líquido apurado foi um prejuízo
de R$ 353 milhões, contrastando com o
lucro de R$ 34 milhões do ano anterior.
Essas três usinas hidrelétricas, além
da ampliação de uma usina térmica,
representam ainda um incremento de 79%
na capacidade instalada e um aumento
de 67% da energia gerada, em relação
ao ano anterior.
Novos investimentos estão em curso
para atender aos requisitos de energia do
Grupo Votorantim e atingir a meta de
60% de geração própria em 2007, quando
o consumo anual estará girando em torno
de 12 milhões de MWh.
Receita Líquida
Lucro Líquido
R$ milhões
Investimentos*
R$ milhões
R$ milhões
34
1.007
115
118
01
02
104
904
646
-104
00
01
02
Nota: o valor de receita líquida de 2001 foi reclassificado
30
00
01
-353
02
00
*Investimentos em distribuição e geração de energia, através da
VBC e suas controladas e da Companhia Luz e Força Santa Cruz
V OTO R A N T I M E N E R G I A
Estratégia da Votorantim Energia
Os negócios da Votorantim Energia vão
continuar apoiando a consolidação da
CPFL Energia S/A, uma empresa que,
segundo a ANEEL – Agência Nacional de
Energia Elétrica –, com a reestruturação
ocorrida em 2002, transformou-se na
maior empresa privada nacional de
energia elétrica e uma das melhores
concessionárias distribuidoras do país.
31
Nas suas demais áreas de atuação, que
envolvem gestão de investimentos em
autoprodução, gestão de ativos de geração
e otimização energética, a Votorantim
Energia continuará desempenhando
sua função de assessoria às unidades de
negócios, para que as metas de autosuficiência sejam atingidas.
“Inovação, Profissionalismo, Respeito, Responsabilidade Social e Tradição são conceitos com
os quais trabalhamos e que marcam o constante sucesso do Grupo Votorantim.”
Celi Ferreira – Gerente de Prevenção de Risco da BV Financeira S/A - há 5 anos e meio no Grupo
32
SERVIÇOS FINANCEIROS
Perfil da Votorantim Finanças
A Votorantim Finanças controla o braço
financeiro formado pelo Banco Votorantim
e suas controladas BV Financeira, BV
Leasing, Votorantim Asset Management e
Votorantim Corretora de Títulos e Valores
Mobiliários.
O Banco Votorantim é o 11o maior banco
privado do país, o 6o dentre as instituições
de capital privado nacional e o 2o dentre
os bancos que atuam preponderantemente
no atacado. Com patrimônio líquido de
R$ 1,5 bilhão, depósitos de R$ 7,3 bilhões
e operações de crédito de R$ 2,8 bilhões,
ao final de 2002, o Banco Votorantim
destaca-se como banco de atacado
e negócios com larga capacitação na
estruturação de operações financeiras
“sob medida” para grandes empresas e
corporações. Atua como um banco de
soluções para seus clientes corporativos,
oferecendo-lhes ao mesmo tempo toda
a linha de produtos de atacado. Detém
posições destacadas nos rankings de
finanças corporativas e mercado de
capitais e é forte também em câmbio e
em operações internacionais. Opera no
mercado internacional através de sua filial
e de sua subsidiária, o Votorantim Bank
Limited, localizadas em Nassau (Bahamas).
O Banco possui sede em São Paulo e filiais
no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, além
da filial no exterior. Seu mercado-alvo é
composto por 650 grandes empresas e
corporações, 80% das quais são clientes
do Banco. Estas empresas e corporações
estão entre as maiores e mais importantes
do cenário econômico nacional e são
atendidas por uma equipe de profissionais
altamente especializados que, ao longo
dos anos, conquistaram confiança e
elevado grau de satisfação dos clientes.
A BV Financeira atua no varejo como uma
das cinco maiores Financeiras do país,
tendo posição destacada no financiamento
de veículos. Sua carteira de empréstimos
somava R$ 1,7 bilhão ao final de 2002.
A Votorantim Asset Management atua
na gestão de recursos de terceiros
administrando várias modalidades de
Fundos de Investimentos, com ênfase nos
fundos multimercados, referenciados DI e
de renda fixa. O total de ativos sob gestão
atingiu R$ 4,3 bilhões ao final de 2002,
posicionando a Votorantim no 8o lugar
do ranking dos administradores nacionais
privados e no 18o lugar dentre todos os
administradores de recursos. Seguindo as
melhores práticas fiduciárias, a Votorantim
Asset Management possui uma equipe
própria de pesquisa e análise e opera com
total independência do Banco e de suas
outras associadas.
As controladas da Votorantim Finanças
contam com 1.194 funcionários.
“Obtivemos um desempenho excepcional em 2002, com crescimentos
recordes das operações do Banco e da Financeira e, apesar dos percalços
sofridos pela indústria de fundos, nossa Administração de Recursos cresceu
significativamente.”
José Ermírio de Moraes Neto, Presidente do Banco Votorantim
33
V OTO R A N T I M F I N A N Ç A S
Desempenho da Votorantim Finanças
O ano de 2002 foi excelente para
a Votorantim Finanças, apesar
das incertezas e da significativa
volatilidade dos mercados financeiro
e de capitais, tanto interna como
externamente. Foi um ano de
conjuntura difícil, exigindo que
se aproveitassem muito bem as
oportunidades de negócios que
surgiram, o que foi feito com
sucesso. Na área de Corporate, foram
estruturadas diversas operações de
hedge e de mercado de capitais,
incluindo produtos oriundos dos
Patrimônio Líquido
R$ milhões
1.516
mercados nacional e internacional, as
quais conferiram ao Banco Votorantim
destacada posição no ranking da
Associação Nacional dos Bancos de
Investimentos e Desenvolvimento
– ANBID . As operações de Tesouraria
registraram bons volumes, tanto em
captação como em derivativos.
Em 2002, foi feita uma capitalização
de R$ 663 milhões, que deu ao
Banco maiores possibilidades para
incrementar seu volume de operações.
O Lucro Líquido cresceu 126% e o
Lucro Líquido
R$ milhões
Ativo Total
379
R$ milhões
18.747
11.701
576
8.384
168
676
102
00
01
02
Depósitos Totais
R$ milhões
00
01
02
CDC - Financeira
7.330
R$ milhões
00
01
02
Asset Management
1.657
R$ milhões
4.342
3.149
4.704
2.165
778
2.770
232
00
34
01
02
00
01
02
00
01
02
Patrimônio Líquido, 124%. O “retorno
sobre patrimônio líquido médio”
atingiu 35% e o Ativo Total do Banco
cresceu 60%.
As operações de financiamento através
do Crédito Direto ao Consumidor
(CDC) da BV Financeira tiveram um
excepcional crescimento de 113%,
em 2002, depois de já terem crescido
235% em 2001. Com isso, a Financeira
obteve ganhos de market share , que
subiu para 8,5% ao final de 2002.
Nos primeiros dois meses e meio de
2003, a carteira de financiamentos da
BV Financeira já havia atingido R$ 1,8
bilhão, o que lhe permitiu ampliar sua
participação de mercado para 10%,
apesar de todas as dificuldades do
cenário econômico.
A Votorantim Asset Management,
revelando a confiança depositada
em sua gestão e o histórico de bons
resultados dos fundos que administra,
registrou crescimento de 38% do
patrimônio administrado, fato
excepcional para um ano conturbado,
não só pelo cenário de grande
volatilidade do mercado financeiro,
mas também pela mudança das
regras de apropriação de resultados
(marcação a mercado) imposta pelas
autoridades (CVM / BACEN) a toda
indústria, o que levou vários fundos a
registrar provisões, com a conseqüente
alteração na rentabilidade e redução
do patrimônio administrado.
V OTO R A N T I M F I N A N Ç A S
Estratégia da Votorantim Finanças
A Votorantim Finanças tem-se
mostrado uma importante e consistente
diversificação dos negócios do Grupo
e está sabendo explorar eficientemente
os valores intangíveis da Votorantim:
seriedade, responsabilidade, segurança
e honestidade.
Tendo como meta o crescimento orgânico
de suas operações e a conquista de
maior participação de mercado, o Banco
Votorantim e suas associadas delinearam
uma estratégia com foco nos segmentos
em que já possuem expertise, buscando
ampliar os negócios de maior valor agregado,
aproveitando as possibilidades dadas pelo
aumento de capital ocorrido em 2002.
35
“Tenho orgulho de trabalhar para um dos maiores grupos nacionais, que muito tem contribuído para o
crescimento deste país. Vejo uma boa perspectiva para o Grupo e, com a sua evolução, acredito que minhas
expectativas de crescimento e desenvolvimento pessoal também serão cumpridas, abrindo novos horizontes
para a concretização de sonhos e ideais pessoais.”
Antônio Spina - Engenheiro Mecânico da Companhia Nitro Química – há 22 anos no Grupo
36
QUÍMICA
Perfil da Votorantim Química
“Em 2002,
consolidamos em
definitivo nossa
posição no mercado
internacional de
nitrocelulose e
mantivemos nossa
posição dominante
nos mercados de
cloro, para tratamento
de piscinas, e de ácido
fluorídrico.”
Mário Bavaresco Júnior, DiretorSuperintendente da Votorantim Química
A Votorantim Química controla as
operações da Companhia Nitro Química
Brasileira e da Companhia Agro Industrial
Igarassu, além de possuir 50% de
participação na Nordesclor, uma jointventure com a americana Arch Chemicals.
Nitro Química
A Nitro Química é a maior produtora
brasileira de nitrocelulose, ácido fluorídrico
e fluoreto de alumínio e também produz
ácido sulfúrico. A nitrocelulose é utilizada
na fabricação de tintas e vernizes, com
ênfase no mercado de tintas de impressão
para embalagens flexíveis. O ácido
fluorídrico tem seu principal mercado
na extração de tântalo e nióbio, usados
em ligas especiais de aço, segmento que
representa mais de 40% de todas as suas
aplicações. O fluoreto de alumínio é
consumido exclusivamente na indústria
de alumínio, enquanto o ácido sulfúrico
tem aplicações na mineração, metalurgia e
indústria química e petroquímica.
Com fábrica em São Paulo, no bairro
de São Miguel Paulista, a Nitro Química
tem capacidade para produzir 20.000
toneladas/ano de nitrocelulose e 16.000
toneladas/ano de ácido fluorídrico.
A empresa possui 95% do mercado
brasileiro e 10% do mercado mundial de
nitrocelulose, 80% do mercado brasileiro
de ácido fluorídrico e 42% do mercado
brasileiro de fluoreto de alumínio.
A Nitro Química conta com 609
funcionários.
37
Igarassu
A Igarassu é uma indústria eletroquímica
que produz soda, cloro e seus derivados
para abastecer as indústrias química
e petroquímica, têxtil, de sabões e
detergentes e de papel e celulose.
Localizada em Igarassu/PE, sua unidade
industrial tem capacidade para produzir
25.000 toneladas/ano de soda e 26.000
toneladas/ano de cloro. Um de seus
grandes diferenciais é sua atuação na
Grande Recife/PE, onde 60% de sua
produção são distribuídos localmente.
A Igarassu conta com 95 funcionários.
Nordesclor
A Nordesclor é a única produtora de
hipoclorito de cálcio da América Latina.
Seu mercado é o de tratamento de águas
de piscinas, para onde são destinados 80%
da sua produção, sendo os restantes 20%
direcionados para o tratamento de água
potável. Com fábrica em Igarassu/PE, a
empresa tem capacidade para produzir
15.000 toneladas/ano de hipoclorito de
cálcio, que é comercializado em duas
modalidades e marcas: “HTH®”, para
tratamento de piscinas; e “Hypocal®”,
para tratamento de água potável.
A Nordesclor conta com 105 funcionários.
V OTO R A N T I M Q U Í M I C A
Desempenho da Votorantim Química
A Votorantim Química teve um
desempenho bastante positivo em 2002,
principalmente diante do quadro de
complexidade macroeconômica que
caracterizou o ano. A receita líquida
cresceu 4% e o lucro líquido, 140%.
As exportações de nitrocelulose, que
representam 50% do volume vendido,
tiveram crescimento de 20%, graças ao
desenvolvimento de produtos de melhor
qualidade para o mercado de tinta de
impressão para embalagens flexíveis.
As vendas de ácido fluorídrico
mantiveram sua boa performance.
Apesar da retração de alguns mercados,
como o de defensivos agrícolas, outros
segmentos, como o de mineração
de metais raros para ligas especiais,
ofereceram boas oportunidades. As
vendas de fluoreto de alumínio cresceram
20% em volume, favorecidas pela
expansão de produção da Companhia
Brasileira de Alumínio – CBA.
Todas as unidades de produção
operaram próximo à plena carga. Foram
feitos investimentos de R$ 44 milhões
(R$ 29 milhões em 2001) em aumento
de capacidade e em pesquisa e
desenvolvimento de novos produtos.
Nitro Química
A Nitro Química inaugurou um moderno
e bem equipado centro de pesquisa e
desenvolvimento de novos produtos
relacionados à nitrocelulose e ao ácido
fluorídrico, que oferece também apoio
aos clientes no desenvolvimento de suas
aplicações. Com isso, a empresa tornou-se
mais bem preparada para colocar novos
derivados no mercado.
Receita Líquida
R$ milhões
Em 2003, com a nova expansão em
curso, a capacidade de produção de
nitrocelulose deverá aumentar 20%,
passando de 20.000 para 24.000
toneladas/ano.
Lucro Líquido
291
R$ milhões
96
249
29
43
17
17
00
38
01
02
00
01
02
00
01
A Companhia Agro Industrial Igarassu
operou a plena capacidade e com menores
custos em relação à concorrência. As
vendas para mercados mais dependentes
de renda registraram pequena queda, mas
foram compensadas pela maior colocação
de produtos no mercado spot e pelo
suprimento do mercado da Grande Recife,
onde a Igarassu manteve sua liderança de
vendas para as indústrias de óleos, têxtil,
de sabões e outras.
Em 2003, deverão ser feitos investimentos
na modernização da fábrica, visando ao
aumento da eficiência e à redução do
consumo de energia elétrica.
Nordesclor
R$ milhões
44
212
Agro Industrial Igarassu
02
A Nordesclor vendeu 8.700 toneladas de
“HTH®” e 2.930 de Hypocal® em 2002,
ano que registrou uma pequena redução
de 3,2% do consumo de produtos para
tratamento de piscinas, devido à queda
da renda. O setor de piscinas cresce a
uma taxa média anual de 7,5% ao ano.
Em 2002, a produção de “HTH®” atingiu
a capacidade máxima, até entrar em
operação a expansão de 25% feita para
acompanhar o crescimento deste mercado
nos próximos anos. Esta expansão, que
só foi concluída no final de setembro,
colocará a empresa em condições de melhor
aproveitar o mercado em 2003, ano para
o qual se espera um crescimento de 10%.
V OTO R A N T I M Q U Í M I C A
Estratégia da Votorantim Química
Manter o espaço conquistado pela
nitrocelulose no mercado internacional
e ampliar a cobertura de regiões com
potencial promissor, agregando novos
clientes à carteira, acompanhar o
crescimento dos mercados de ácido
fluorídrico e de cloro para piscinas, onde
sua liderança é absoluta, e modernizar a
produção de cloro e soda são as metas da
Votorantim Química.
39
Sua estratégia é concentrar investimentos
na conquista da maior qualidade
possível em todas as áreas da produção
e comercialização de nitrocelulose,
incluindo a pesquisa e o desenvolvimento
de novas aplicações, além de acompanhar
o crescimento dos mercados de ácido
fluorídrico e de cloro para tratamento de
piscinas e reduzir o consumo de energia
elétrica na produção de soda e cloro.
“Para mim significa honra e orgulho trabalhar num Grupo que é reconhecido no mundo inteiro”.
Benedito Siqueira Campos – Campeiro da Citrovita S/A - há 30 anos e 4 meses no Grupo
40
AGROINDÚSTRIA
Perfil da Votorantim Agroindústria
“Em 2002, a
Votorantim
Agroindústria
registrou produção
recorde de suco de
laranja, assumindo
a 3a posição no
ranking dos
produtores brasileiros
e conquistando
fatia expressiva do
mercado mundial.
Com os investimentos
aprovados em 2002,
assumiremos, nos
próximos cinco anos,
uma posição de
maior destaque como
fornecedor mundial
de suco de laranja”.
Mário Bavaresco Júnior
Diretor-Superintendente da Votorantim
Agroindústria
41
A Votorantim Agroindústria controla a
operação de suco de laranja concentrado
da Citrovita, responsável por 14% da
produção local ou 7% da produção
mundial. Com atuação em todos os
continentes, seu principal mercado é
a Europa, tendo também participação
importante nos países da Ásia, Oceania
e Estados Unidos.
No processo de comercialização e
transporte de seus produtos, a Citrovita
possui uma estrutura de escritórios
comerciais na Europa, Ásia e Estados
Unidos e terminais nos portos de Santos
e Antuérpia (Bélgica), transportando suco
a granel em navios dedicados (construídos
especialmente para o transporte de suco
de laranja).
Suas duas unidades industriais
localizam-se em Catanduva e Matão,
ambas no Estado de São Paulo, que é
o maior produtor brasileiro de laranja e
responsável por, aproximadamente, 90%
da produção do país. Essas duas unidades
têm capacidade para produzir 200.000
toneladas/ano de suco concentrado.
A produção ocorre de junho a janeiro,
período da safra de laranja, e 100% da
produção da Citrovita é destinada à
exportação feita ao longo de todo o ano.
O suprimento de fruta é de alto valor
estratégico para o negócio. A Citrovita
tem, aproximadamente, 80% do seu
suprimento proveniente da produção
própria e de contratos de longo prazo,
garantindo, com isso, fornecimento de
suco concentrado aos seus clientes.
A empresa, na sua produção própria de
fruta, está presente em todas as etapas,
desde a formação das mudas em seus
viveiros e a plantação em suas várias
unidades agrícolas no interior do Estado
de São Paulo até a entrega das frutas em
suas unidades fabris.
Os fatores determinantes que afetam o
resultado econômico do negócio são o
preço da laranja, que normalmente está
vinculado ao tamanho da safra, e uma
eficiente cadeia de produção e logística,
que vai desde o processamento da laranja
até o sistema de distribuição do suco
ao redor do mundo. O Brasil é o maior
produtor mundial de suco de laranja, com
50% da produção, seguido dos Estados
Unidos, com 40%. Como nos Estados
Unidos a demanda supera a oferta, isso
faz com que o Brasil seja, com larga
margem, o maior exportador mundial
do produto.
As safras brasileira e americana são
determinantes na formação do preço
internacional. Enquanto o Brasil possui
170 milhões de árvores produtivas em
seu parque citrícola, os Estados Unidos,
que concentram quase toda a produção
americana no Estado da Flórida, possuem
85 milhões de árvores produtivas.
A competitividade brasileira em relação à
Flórida provém principalmente do menor
custo de produção da laranja nos pomares,
tendo como item relevante o menor custo
de mão-de-obra.
A Votorantim Agroindústria emprega
999 funcionários nas áreas industriais
e na agricultura. Em épocas de colheita,
adicionam-se ao seu quadro agrícola cerca
de 1.500 a 2.000 pessoas contratadas
temporariamente.
V OTO R A N T I M A G R O I N D Ú S T R I A
Desempenho da Votorantim Agroindústria
O ano de 2002 foi o melhor da história da
Votorantim Agroindústria, sob todos os
aspectos. A empresa bateu seu recorde de
produção com 200.000 toneladas de suco
concentrado de laranja, o que representa
um crescimento médio anual, desde o seu
início, há 12 anos, de 18% ao ano.
Em 2002, consolidou-se o modelo de
gestão integrada implantado em 2001,
tornando a estrutura organizacional mais
ágil, eficiente e focada exclusivamente
em suco concentrado de laranja e seus
subprodutos. Neste particular, cabe
destacar a integração do sistema de
fornecimento de matéria-prima, incluindo
produção própria, contratos de curto e
longo prazo e a atividade de inteligência
de mercado de fruta. Desenvolveu-se um
reposicionamento da área comercial com
foco voltado à segmentação de mercado
mundial para suco concentrado de laranja
objetivando, com isso, agregar valor ao
produto.
Os preços internacionais tiveram boa
recuperação em 2002, passando de
US$ 760/t em 2001 para US$ 1.100/t.
Essa recuperação de preço ocorreu devido
Receita Líquida
R$ milhões
Lucro Líquido
410
R$ milhões
208
R$ milhões
20
16
235
00
42
15
248
01
02
-84
-58
00
01
02
00
01
02
à forte quebra de safra em 2001, que
reduziu os estoques de suco concentrado
disponíveis para venda em 2002.
A safra de 2002 teve uma produção
adequada ao parque citrícola nacional e
com rendimento superior ao padrão em
8%, recuperando, com isso, a quebra dos
estoques mundiais de suco concentrado.
A receita líquida da Votorantim
Agroindústria cresceu 165%, e o prejuízo
de 2001 foi revertido para um lucro de
R$ 208 milhões em 2002.
As perspectivas para 2003 são de um
pequeno acréscimo do preço internacional
do suco concentrado, que deverá se
situar próximo a US$ 1.150/t, refletindo a
tendência de uma safra de laranja de 2003
menor do que a de 2002.
Evento de grande importância para a
empresa foi a aprovação do seu programa
de investimentos, que permitirá dobrar
a sua produção própria de laranja para
os próximos 5 anos com um plantio de
5 milhões de árvores.
V OTO R A N T I M A G R O I N D Ú S T R I A
Estratégia da Votorantim Agroindústria
Crescer e conquistar novos mercados são
as metas da Votorantim Agroindústria.
Importantes investimentos permitirão
aumentar o porte de seus negócios, tanto
na área industrial como na área agrícola.
O investimento em desenvolvimento
de tecnologias aplicadas à produção
de laranja aliada à logística integrada
de suprimento deverá aumentar a
eficiência no fornecimento de fruta à
indústria, reduzindo custos e aumentando
competitividade.
43
Com um marketing direcionado à
segmentação de clientes nos mercados
tradicionais e à conquista de novos
mercados, a Votorantim Agroindústria
espera obter um aumento significativo de
suas vendas para a Ásia, em especial para
a China, já que os mercados atuais, Europa
e Estados Unidos, deverão manter seus
crescimentos em torno de 2%.
O objetivo é consolidar-se como o 3o maior
exportador mundial de suco concentrado
de laranja.
“Sinto orgulho de trabalhar em um grupo sólido, que investe permanentemente em sistemas de gestão
de pessoas e que procura sempre buscar inovações tecnológicas”.
Osvaldo Tadashi Gomes – Programador de Produção da Votocel Filmes Flexíveis Ltda. - há 33 anos no Grupo
44
FILMES FLEXÍVEIS
Perfil da Votorantim em Filmes Flexíveis
“Em 2002, operamos
com volumes acima
da capacidade
nominal instalada
e nosso resultado
operacional cresceu
significativamente
em relação a 2001.
O reconhecimento veio
através do prêmio de
excelência em TPM,
que nos colocou
num seleto grupo
de empresas como
referência mundial.”
A Votorantim, através da Votocel Filmes
Flexíveis Ltda., é a empresa líder no país na
produção de filmes flexíveis de polipropileno
biorientado ou simplesmente BOPP (sigla em
inglês de “biaxially oriented Polypropylene”).
Com características superiores e grande
versatilidade, o filme de BOPP vem
substituindo produtos tradicionais com
grande velocidade e já se tornou um
dos mais interessantes substratos para
embalagem flexível. A Votocel, com o seu
produto “Volen” comercializado em várias
modalidades condizentes com as aplicações,
atende ao mercado de embalagens diretas,
rótulos e etiquetas, filmes industriais e
gráficos, filmes para a indústria de tabaco e
filmes para conversão (impressão de arte na
embalagem). Sua participação no mercado
brasileiro tem se mantido ao redor de 40%.
por si só, torna a Votocel referência mundial
na produção de filmes de BOPP.
A utilização de sistemas avançados de
gestão, tal como o TPM (Total Productive
Maintenance) e o domínio de uma
tecnologia de produto e processo que facilita
o constante desenvolvimento de novos
produtos e aplicações garantem à Votocel
um diferencial importante em relação à
concorrência, que pode ser ilustrado por
sua capacidade de agregar 5,7 e até nove
camadas nos filmes, enquanto o usual no
mercado é de apenas três. Este diferencial
resulta custos menores para a empresa
e permite oferecer produtos com melhor
qualidade e versatilidade aos clientes.
Parte da produção da Votocel é exportada
para países das três Américas, Reino Unido,
Ásia e Oceania. Em 2002, as exportações
foram da ordem de 40% das vendas totais em
volume, superando os níveis dos últimos anos.
A fábrica da Votocel, localizada em
Votorantim/SP, produz 57.000 toneladas/
ano de filmes flexíveis e tem capacidade
para metalizar 13.000 toneladas/ano de
filmes. A produção é distribuída em 4 linhas
diferentes, com equipamentos modernos e
de alta tecnologia. Uma dessas linhas possui
o recorde mundial de velocidade, fato que,
A Votocel Filmes Flexíveis conta com 414
funcionários.
Ivan Roberto Poppes Gianolla,
Diretor-Geral da Votocel
Receita Líquida
R$ milhões
Lucro Líquido
223
R$ milhões
Investimentos
45
R$ milhões
9
9
01
02
179
146
00
45
25
01
02
00
27
5
01
02
00
V OTO R A N T I M F I L M E S F L E X Í V E I S
Desempenho da Votocel Filmes Flexíveis
O ano de 2002 foi um ano difícil para
toda a economia brasileira e também para
o mercado de embalagens. O segmento
de filmes de polipropileno biorientado foi
particularmente afetado por três razões:
Sua utilização é maior em embalagens
de gêneros que não são de primeira
necessidade, exatamente os que mais
sofreram com a queda de renda real;
O mercado passou por um período de
transição caracterizado pela adequação
da produção ao uso de embalagens
com maior rendimento (no de
embalagens/kg de filme) reduzindo,
assim, o consumo de BOPP;
O preço do petróleo no mercado
internacional sofreu fortes aumentos
e a valorização do dólar comercial,
com impactos sobre os preços internos
dos derivados, afetou toda a cadeia
petroquímica e o custo de produção
do BOPP.
Neste cenário, em que o mercado
brasileiro de BOPP como um todo cresceu
aproximadamente 1,5% apenas, a Votocel
conseguiu comercializar 49.022 toneladas
de produtos, registrando um aumento
físico de vendas de 17,2%. Desse total,
aproximadamente 30.000 toneladas foram
vendidas no mercado interno e o restante
foi exportado (crescimento superior a 40%
em relação a 2001).
O faturamento total cresceu 25%,
atingindo R$ 223 milhões. As exportações
46
tiveram um papel decisivo, com o aumento
do volume e a alta do dólar na formação
da receita de 2002. Esse desempenho só
foi possível porque a Votocel operou com
maior eficiência e produtividade, o que lhe
permitiu oferecer produtos a preços mais
competitivos e ao mesmo tempo amenizar
o impacto dos aumentos de preços das
matérias-primas sobre os custos.
O Lucro Líquido cresceu 66%, um ótimo
resultado, considerando a complexidade
do quadro conjuntural.
Um dos grandes destaques de 2002 foi
o aumento da produção, conquistado
através de melhorias de produtos e
processos em todas as áreas da fábrica,
permitindo que a capacidade nominal de
50.000 toneladas/ano atingisse o nível de
57.000 toneladas/ano.
Outro grande destaque foi o “Prêmio
de Excelência Operacional” segundo
a metodologia TPM concedido pelo
mundialmente reconhecido Instituto JIPM
(Japan Institute of Plant Maintenance)
do Japão. Excluindo-se as empresas
japonesas, somente 80 empresas no
mundo inteiro receberam este prêmio
e, dessas, apenas 4 foram empresas
brasileiras, sendo a Votocel uma delas.
Em 2002, foram consolidados os sistemas
de gestão. A estrutura matricial de
desenvolvimento de novos produtos, antes
algo exclusivo da área de tecnologia,
passou a ser assunto de toda a empresa,
ampliando o grau de informação e a
agilidade de toda a equipe. Isso permitiu
um aumento de produtividade no
desenvolvimento de novos produtos que
ajudou a otimizar custos e a aumentar o
número de novos produtos e aplicações,
gerando um diferencial em relação à
concorrência.
Foram investidos R$ 9 milhões em 2002,
distribuídos em melhoria de produtividade
e no projeto de montagem de um
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento,
que deverá entrar em operação na
primeira metade de 2003. Este Centro
funcionará com uma linha-piloto dedicada
exclusivamente ao desenvolvimento
de novos produtos, liberando as linhas
de produção normais, o que deverá
reduzir significativamente os custos
de desenvolvimento e testes de novos
produtos. Além de gerar demanda de
recursos materiais muito menor, evitando
desperdícios, a nova linha piloto vai
proporcionar um ganho de flexibilidade
que permitirá simular produtos a um custo
muito menor, potencializando avanços
tecnológicos.
Estão previstos US$ 10,0 milhões de
investimentos em 2003. Desse total,
US$ 1,5 milhão para concluir o Centro
de Pesquisa e Desenvolvimento, US$ 4,3
milhões para modernização e atualização
das linhas de produção e US$ 4,8 milhões
para outros investimentos.
V OTO R A N T I M F I L M E S F L E X Í V E I S
Estratégia da Votocel Filmes Flexíveis
A estratégia atual da Votocel está
dirigida para a obtenção de receitas
adicionais. Para isso, conta, de um
lado, com a constante evolução da
sua eficiência operacional, como
meio de reduzir custos, aumentar
competitividade e ampliar participação
de mercado e, de outro, com a maior
47
capacidade de lançar novos produtos
de maior valor agregado, para obter
maior valor de receita por unidade de
produto. Outra meta a ser perseguida
é o aumento das exportações através
de maior penetração em mercados
emergentes.
“Estou muito orgulhoso de trabalhar para o Grupo Votorantim. Sinto-me bem em fazer parte de um grupo
sólido e de grande porte que é um dos líderes em tecnologia de produção”.
Gary J. Hershberger – Controller da Votorantim International North America Inc. – há 7 anos no Grupo
48
INTERNACIONAL
Perfil da Votorantim Internacional
“A unidade
transformou-se
num instrumento
corporativo, com
ganhos de escala
que permitirão
reduzir os custos
de financiamentos,
seguros e logística
para o Grupo. Nossa
intenção é evoluir
para concentrar
as atividades
internacionais do
Grupo.”
A Votorantim Internacional é representada
pela Votorantim International Holding
N.V., compreendendo operações em mais
de 100 países através de 11 empresas
no exterior. Seus principais escritórios
internacionais situam-se em Hamburgo
e Antuérpia (Europa), Delaware (América
do Norte) e Cingapura (Ásia).
as empresas do Grupo como cogestora das
exportações e importações, de acordo com
as estratégias traçadas por cada unidade
de negócios, prestando ainda serviços
financeiros, fiscais, administrativos e de
logística. Também fornece informações a
cada unidade sobre o andamento de suas
operações no exterior em tempo real.
Seu objetivo é atuar em todas as áreas
do comércio exterior como facilitadora
das exportações e importações realizadas
pelas empresas do Grupo Votorantim.
A Votorantim Internacional tem como
meta consolidar a visão completa do
Grupo no que se refere às relações
internacionais, agregando valor em sua
atuação através da diminuição de custos
(seguros e fretes), e oferecendo ao mercado
financeiro internacional a opção de fazer
negócios com o Grupo no exterior.
Através de seus escritórios, consegue
distribuir os produtos do Grupo ao redor
do mundo.
A Votorantim Internacional começou
a operar em 1991 como um braço
internacional exclusivo da Citrovita
e da Votorantim Celulose e Papel – VCP.
Ao final de 2002, tornou-se instrumento
corporativo, passando a atuar para todas
A Votorantim Internacional conta com
47 funcionários, sendo 17 em São Paulo
e 30 no exterior.
Nelson Koichi Shimada, Diretor da
Votorantim Internacional
Distribuição Regional das Exportações
Consolidadas do Grupo Votorantim
(volume físico)
10%
6%
3%
Europa
21%
América do Norte
exceto México
35%
América Latina
Ásia
Oriente Médio e África
Oceania
25%
49
Com um movimento de comércio exterior que já superou os
US$ 500 milhões e caminha rapidamente para atingir US$1 bilhão,
as empresas Votorantim exportam para todos os subcontinentes.
Ao valor dessas exportações associam-se custos de linhas de crédito,
seguros e logística que se reduzem com o ganho de escala.
V OTO R A N T I M I N T E R N A C I O N A L
Desempenho da Votorantim Internacional
O grande destaque, em 2002, foi
a transformação da Votorantim
Internacional em instrumento corporativo,
que passou a abranger as operações
de comércio internacional de todas as
unidades de negócios. Embora essa
conquista tenha ocorrido somente ao
final do ano, a Votorantim Internacional
já respondeu por 70% das exportações
das empresas do Grupo em 2002, que
totalizaram US$ 610 milhões.
Apesar da conjuntura difícil que
caracterizou o ano de 2002 para o Brasil,
a Votorantim Internacional, com suas
operações de comércio exterior, passou
incólume com suas linhas de crédito
intenacionais, o que de certa forma está
alinhado com a estratégia do Grupo em ter
acesso a fontes de capital diversificadas.
50
Em 2002, colocou-se foco nas exportações
da Votorantim Metais, trazendo-as para
dentro da Votorantim Internacional.
O potencial de redução de custos com
linhas de crédito, seguros e logística
fica evidente quando se considera o
volume crescente de comércio exterior da
Votorantim Internacional, o qual atingiu
US$ 509 milhões em 2002, com um
crescimento de 11% sobre o ano anterior.
Para 2003, estima-se um volume de
comércio exterior 43% maior do que o de
2002, atingindo US$ 727 milhões. Neste
ano, a Votorantim Internacional deverá
consolidar em definitivo sua posição
de instrumento corporativo, prestando
serviços a todas as empresas do Grupo.
V OTO R A N T I M I N T E R N A C I O N A L
Estratégia da Votorantim Internacional
A meta da Votorantim Internacional é
chegar ao final de 2003 operando com
todas as unidades de negócios do Grupo.
Para tanto, sua estratégia é oferecer
serviços com qualidade, aumentar
a capacidade de obtenção de linhas
internacionais de crédito comercial em
maiores volumes e a custos menores
e propiciar a negociação conjunta de
seguros de crédito e de mercadoria,
assegurando os fluxos comerciais e outras
facilidades associadas ao comércio exterior.
51
“O trabalho no Grupo Votorantim é um agradável e contínuo desafio que nos oferece oportunidade diária de
superação. Estando cercada pelos melhores profissionais em suas áreas de atuação, o aprendizado, para mim,
é uma recompensa constante que resulta acelerado desenvolvimento profissional”.
Fernanda Lopes – Especialista em Segurança de Sistemas da OptiGlobe S/A – há 2 anos e 8 meses no Grupo.
52
CAPITAL DE RISCO
Perfil da Votorantim Ventures
A Votorantim Ventures é um fundo
multisetorial de capital de risco, com foco
preferencial nos setores de tecnologia
da informação e ciências da vida.
Seu objetivo é investir em negócios com
grande potencial de criação de valor. Além
do capital, o fundo traz para as empresas
investidas a rede de relacionamento
e a filosofia de negócios do Grupo
Votorantim.
O fundo possui uma equipe de
profissionais com experiências e
conhecimentos diversificados e
complementares em áreas como
estruturação de negócios, fusões e
aquisições, estratégia, gestão operacional e
financeira, ciência e tecnologia.
A Votorantim Ventures mantém parcerias
e alianças com instituições acadêmicas
e científicas brasileiras. Além disso, tem
mantido estreito contato com um grupo
seleto de grandes investidores locais e
internacionais.
Um elemento importante da estratégia
de investimento da Votorantim Ventures
é adquirir participações relevantes no
capital de empresas, além de ter forte
envolvimento na gestão. A estratégia
permite fazer investimentos em empresas
em diferentes estágios de maturação e risco.
Ao final de 2002, o portfólio era
composto por 7 empresas nos setores de
biotecnologia, tecnologia da informação
e serviços.
A Votorantim Ventures conta com 15
funcionários.
“Quatro investimentos foram realizados em 2002: a compra da Optiglobe
e a criação da Anfreixo, Scylla e da Alellyx, que representa uma aposta na
capacitação de cientistas brasileiros em colocar o País na vanguarda da
biotecnologia agrícola.”
Paulo Henrique de Oliveira Santos, Diretor-Presidente da Votorantim Ventures
53
V OTO R A N T I M V E N T U R E C A P I TA L
Desempenho da Votorantim Ventures
Diferentemente de 2001, o ano de
2002 foi um ano de grande atividade
para a Votorantim Ventures, com 4
investimentos realizados. Em particular, o
ano foi marcado pela entrada na área de
biotecnologia agrícola com a criação da
Alellyx.
A Alellyx é uma aposta no conhecimento
de cientistas brasileiros que hoje estão
entre os melhores em genética agrícola. A
empresa conta também com um dos mais
modernos laboratórios de biotecnologia
da América Latina. Trata-se de uma
operação pioneira no país, em que um
fundo de investimentos se associa com
pesquisadores acadêmicos para criar
uma empresa de alta tecnologia. A
empresa dedica-se ao desenvolvimento
de tecnologias baseadas em genômica
aplicada com o objetivo de resolver
problemas e aumentar a produtividade,
principalmente das culturas da cana-deaçúcar, eucalipto e laranja.
Foram comprometidos R$ 35 milhões
no investimento e até o final de 2003
a empresa deverá contar com 50
pesquisadores advindos das principais
universidades do país.
Na área de biotecnologia foi também
realizado um investimento na
Scylla. Trata-se de uma empresa
de bioinformática especializada no
54
desenvolvimento de softwares e na
prestação de serviços para empresas do
setor.
A aquisição da Optiglobe vem solidificar a
estratégia da Votorantim Ventures para o
setor de tecnologia de informação. Com
dois datacenters localizados em São Paulo
e no Rio de Janeiro, a empresa conta com
profissionais altamente qualificados e uma
infra-estrutura considerada mundialmente
o “estado da arte” para a prestação de
serviços de missão crítica de tecnologia de
informação.
Em 2002, a Votorantim Ventures
realizou um investimento na AnFreixo,
uma empresa de distribuição de MRO
(manutenção, reparos e operações). Com
um catálogo de 200.000 itens e suportada
por sofisticadas ferramentas de TI, a
empresa oferece soluções integradas para
o suprimento de MRO que proporcionam
uma redução substancial de custo para os
seus clientes.
Além dos investimentos realizados em
2002, o portfólio da Votorantim Ventures
inclui a Telefutura, empresa de call center,
a .comDominio, empresa prestadora de
serviços de datacenter para pequenas
e médias empresas, e a Quadrem, um
e-marketplace global voltado para as
indústrias de mineração e metalurgia.
V OTO R A N T I M V E N T U R E C A P I TA L
Estratégia da Votorantim Ventures
A Votorantim Ventures orientou sua
estratégia em 2003 para a exploração
sustentável da biodiversidade brasileira,
a continuidade dos investimentos em
biotecnologia agrícola e em negócios de
tecnologia e desenvolvimento de software
e a procura de novos investimentos em
empresas de serviços com modelos de
negócios originais capazes de oferecer
altas taxas de crescimento.
55
INFORMAÇÕES CORPORATIVAS
Votorantim Participações S/A
Presidente:
Conselho Executivo
Votorantim Industrial
Presidente:
Presidente:
José Roberto Ermírio de Moraes
Vice-Presidente:
José Ermírio de Moraes Neto
Vice-Presidente:
Fabio Ermírio de Moraes
Conselheiros:
Carlos Eduardo Moraes Scripilliti
Claudio Ermírio de Moraes
Clovis Ermírio de Moraes Scripilliti
Fabio Ermírio de Moraes
José Roberto Ermírio de Moraes
Luis Ermírio de Moraes
Diretores Responsáveis pelas
Unidades de Negócios
Diretoria Corporativa
Votorantim Metais:
João Bosco Silva
Vice-Presidente:
Conselheiros:
Ermírio Pereira de Moraes
Maria Helena Moraes Scripilliti
Conselho de Família
Presidente:
Clovis Ermírio de Moraes Scripilliti
Conselheiros:
Ana Helena de Oliveira Moraes
Ana Paula de Oliveira Moraes
Antonio Ermírio de Moraes Filho
Carlos Eduardo Moraes Scripilliti
Marcos Ermírio de Moraes
Maria Lúcia Costa de Moraes Menezes
Neide Helena de Moraes
Regina Helena Scripilliti Velloso
Rubens Ermírio de Moraes
Diretor de Assuntos Institucionais:
Marcus Olyntho de Camargo Arruda
Diretor Financeiro:
Nelson Koichi Shimada
Diretor Jurídico:
Antonio Joaquim Ferreira Custódio
Diretor de Planejamento Estratégico:
Leon Chant Dakessian
Diretora de Desenvolvimento Organizacional:
Célia Maria Christofolini Picon
56
Votorantim Cimentos:
Luiz Vilar de Carvalho
Votorantim Celulose e Papel:
Raul Calfat
Companhia Brasileira de Alumínio:
Votocel Filmes Flexíveis:
Ivan Roberto Poppes Gianolla
Votorantim Química:
Votorantim Agroindústria:
Votorantim Internacional:
Nelson Koichi Shimada
Votorantim Energia
Diretores das Unidades de Negócios
Ademir Araújo
Álvaro Luís Veloso
Arivair Guido Dall’Stella
Artur Ribeiro Neto
Luís Carlos Loureiro Filho
Luiz Alberto de Castro Santos
Luiz Carlos Ganzerli
Marcelo Chamma
Bill O’Riordan
Bram Vermeulen
Cândido S. Hotta
Carlos Augusto Parisi
Carlos Henrique Rolim Machado
Carlos Mazzaro
Claude Adolphe Grinfeder
Cláudio Pavanello
Dave Lumsden
Delmo Niccoli
Eduardo Cavalcanti Maciel
Eduardo de Magalhães Scabbia
Edvaldo Araujo Rabelo
Fabio Faria
Fernando Antonio Barros Capra
Fernando Carvalho Lima
Fernando de Castro Reinach
Francisco Fernandes Campos Valério
Frederico de Vasconcelos Lima
Gentil Salgado
Gerry Hahn
Herbert Forster
Jan Ihden
Jorge Alejandro Wagner
José Geraldo dos Santos
José Roberto Freire
José Valdírio Pinheiro Leite
Marco Fabio Coghi
Marcos Roberto Farias Lobo
Mário Ermírio de Moraes
Mario Luiz Franceschi Fontoura
Maurice Ramiro Pinto Nobre
Miguel de Carvalho Dias
Mike Pengelly
Milton Egon Eggers
Milton Flávio Moura
Milton Roberto Pereira
Nelson Batista
Nelson Teixeira
Nelson Zanella dos Santos
Olair Adalberto Martins
Osmar Antonio Migdaleski
Paulo Henrique de Ataíde
Paulo Prignolato
Paulo Roberto Pizauro
Raul Giesta Filho
Renato José Giusti
René Pierre Vogelaar
Ricardo Rodrigues de Carvalho
Romeu Estelita Cavalcanti Pessoa Filho
Sergio Marnio Gandra Vaz
Silvia Sandoval
Valdenir Soares de Oliveira
Valdir Roque
Diretor Responsável pela
Unidade de Negócios
Votorantim Energia:
Otávio Carneiro de Rezende
Votorantim Finanças
Presidente:
Diretores Responsáveis pela
Banco Votorantim:
Marcus Olyntho de Camargo Arruda
Wilson Masao Kuzuhara
Votorantim Negócios
Claudio Ermírio de Moraes
Luis Ermírio de Moraes
Diretor Responsável pela
Votorantim Ventures:
Paulo Henrique de Oliveira Santos
57
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanços
Grupo Votorantim - Balanço Patrimonial Consolidado / Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de Reais
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Disponibilidades
Aplicações financeiras
Contas a receber de clientes
Estoques
Impostos a recuperar
Demais contas a receber
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Títulos a receber
Depósitos e empréstimos compulsórios
Demais contas a receber
PERMANENTE
Investimentos
Imobilizado
Diferido
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Salários e encargos sociais a pagar
Imposto de renda e contribuição social
Impostos e contribuições
Demais contas a pagar
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Empréstimos e financiamentos
Títulos a pagar
Imposto de renda diferido
Demais contas a pagar
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
Deságios na aquisição de investimentos
Receitas a realizar
PARTICIPAÇÃO DOS MINORITÁRIOS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
TOTAL DO PASSIVO
2002
2001
2000
12.729.211
8.751.303
6.657.160
136.996
82.447
73.415
9.216.569
6.182.333
4.888.808
893.003
882.136
548.948
1.664.745
1.144.320
855.575
518.181
315.229
158.483
299.717
144.838
131.931
1.171.935
684.673
505.232
510.429
308.619
314.508
200.244
193.150
157.053
461.262
182.904
33.671
12.756.934
10.375.224
6.696.464
4.075.085
3.490.293
1.342.581
8.381.475
6.610.477
5.061.589
300.374
274.454
292.294
26.658.080
19.811.200
13.858.856
2.002
2.001
2.000
8.387.832
4.819.494
2.717.270
5.904.726
3.218.052
1.699.181
865.046
496.880
358.814
186.570
125.254
109.219
189.981
156.251
122.246
179.005
145.370
106.975
1.062.504
677.687
320.835
6.419.101
5.073.210
2.933.926
5.266.251
4.295.885
2.414.212
47.197
147.205
108.565
394.805
233.923
102.292
710.848
396.197
308.857
2.175
37.689
38.661
-
36.249
36.230
2.175
1.440
2.431
1.693.013
1.462.807
1.500.982
10.155.959
8.418.000
6.668.017
26.658.080
19.811.200
13.858.856
As Demonstrações Financeiras completas foram auditadas pela PriceWaterhouse e Coopers Auditores Independentes S.C. e o parecer foi emitido sem ressalvas.
Alfredo Chiarelli
Contador CRC-1SP-171.368/0-0
58
Resultados
Grupo Votorantim - Resultados Consolidados / Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de Reais
RESULTADOS
2002
2001
2000
RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS
Vendas brutas
Serviços prestados
Impostos sobre vendas, serviços e outras deduções
12.268.116
9.025.088
7.526.786
12.177.984
8.962.450
7.495.918
90.132
62.638
30.868
(1.711.793)
(1.333.497)
(1.279.089)
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS
Custo dos produtos vendidos e serviços prestados
10.556.323
7.691.591
6.247.697
(6.370.774)
(4.273.694)
(3.415.056)
4.185.549
3.417.897
2.832.641
(475.690)
(511.925)
(473.649)
(734.847)
(642.640)
(435.167)
76.810
36.614
13.264
(34.424)
174.992
21.501
(1.168.151)
(942.959)
(874.051)
LUCRO LÍQUIDO OPERACIONAL
Resultados não operacionais
3.017.398
2.474.938
1.958.590
(28.435)
194.673
129.696
Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social
Provisão para imposto de renda e contribuição social
2.988.963
2.669.611
2.088.286
(570.277)
(408.021)
(515.588)
LUCRO ANTES PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA
Participação dos acionistas minoritários
2.418.686
2.261.590
1.572.698
(212.176)
(226.217)
(211.197)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
2.206.510
2.035.373
1.361.501
LUCRO BRUTO
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS:
Vendas
Gerais e administrativas
Resultado financeiro líquido
Participação em sociedades coligadas
As Demonstrações Financeiras completas foram auditadas pela PriceWaterhouse e Coopers Auditores Independentes S.C. e o parecer foi emitido sem ressalvas.
Alfredo Chiarelli
Contador CRC-1SP-171.368/0-0
59
ENDEREÇOS
Votorantim Participações S/A
Votorantim Agroindústria
Votorantrade N.V. Singapore Branch
Rua Amauri, 255
01448-000 – São Paulo, SP
Tel.: 55 11 3704-3300
Fax: 55 11 3167-1550
Rodovia Comendador Pedro
Monteleone, km 206,5
15800-000 – Catanduva, SP
Tel.: 55 17 531-6000
Fax: 55 17 531-6100
360 Orchard Road
Shaw House
#19-06 Cingapura 238868
Tel.: 0065 6733-5441
Fax: 0065 6733-5443
Votorantim Cimentos Ltda.
Banco Votorantim S/A
Votorantim International Europe N.V.
Alameda Itu, 852
Tel.: 55 11 3896-0600
Fax: 55 11 3896-0630
Av. Roque Petroni Jr., 999
04707-910 – São Paulo – SP
Tel.: 55 11 5185-1700
Fax: 55 11 5185-1900
Kaai 1223
Hazopweg 6
Kallo, 9130 - Beveren
Bélgica
Tel.: 32 3 570-9867
Fax: 32 3 570-9860
Votorantim Celulose e Papel S/A
Votorantim Energia Ltda.
Votorantim International North America
Alameda Santos, 1357
Tel.: 55 11 3269-4000
Fax: 55 11 3269-4065
Praça Ramos de Azevedo, 254
Tel.: 55 11 3225-3200
Fax: 55 11 3361-3624
111 Continental Drive - Suite 309
Newark, Delaware 19713
EUA
Tel.: 1 302 454-8300
Fax: 1 302 454-8309
Companhia Brasileira de Alumínio
Votorantim International Brasil Ltda.
Votorantim International Europe GMBH
Praça Ramos de Azevedo, 254
Tel.: 55 11 3224-7000
Fax: 55 11 3224-7143
Rua Gomes de Carvalho, 1356 - 6º andar
Tel.: 55 11 3040-6610
Fax: 55 11 3040-6607
Albert Einstein - Ring 9
D - 22761 Hamburg
Alemanha
Tel.: 49 40 899-7800
Fax: 49 40 899-78088
Votorantim Metais
Votorantim Ventures
Praça Ramos de Azevedo, 254 - 6º andar
Tel.: 55 11 3225-3100
Fax: 55 11 3361-3628
Rua Funchal, 263 – 15o andar
Tel.: 55 11 3089-6555
Fax: 55 11 3045-8181
Votocel Filmes Flexíveis Ltda.
St. Marys Cement Incorporated
Rua Irma Ferraresi, s/nº
18155-350 – Votorantim, SP
Tel.: 55 15 242-9900
Fax: 55 15 242-9990
55 Industrial Street
Toronto - ON – M4G 3W9
Canadá
Tel.: 1 416 423-1300
Fax: 1 416 423-0889
Votorantim Química
Suwannee American Cement
Av. Dr. José Arthur Nova, 951
Tel.: 55 11 6137-3100
Fax: 55 11 6137-3376
5117 US Highway 27
Brandford Flórida 32008
EUA
Tel.: 1 386 935-0966
Fax: 1 386 935-1155
60
Créditos
Coordenação Geral:
Votorantim Participações – Diretoria de Desenvolvimento Organizacional (Gerência Corporativa de Comunicação)
Coordenação de Projeto e Conteúdo:
Malu Weber
Apoio:
Área de Finanças e Planejamento Estratégico – Votorantim Participações
Comitê de Comunicação do Grupo Votorantim
Projeto Gráfico e Conteúdo Editorial:
The Media Group
Redação:
RM4 Inteligentsia
Impressão:
Stilgraf
Crédito de Imagens:
Daniel Renault
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1918 - 2003
Perfil
Conselho Executivo
Cimentos
Metais
Celulose e Papel
Energia
Química
Agroindústria
Filmes Flexíveis
Internacional
Capital de Risco
Administração
Balanços
Resultados
Endereços
01
03
06
07
08
11
17
25
29
33
37
41
45
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53
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60

Votorantim RA - 2002_01.indd

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