N - Turespaña
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Burgos Parador de Lerma Plaza Mayor, 1 % 947 170 685 ) 947 170 685 Leão Parador “Hotel San Marcos” Plaza de San Marcos, 7 % 987 237 300 ) 987 233 458 Parador de Villafranca del Bierzo Avenida Calvo Sotelo % 987 540 175 ) 987 540 010 Palência Parador de Cervera del Pisuerga Carretera de Resoba, km 2 % 979 870 075 ) 979 870 105 Salamanca Parador de Salamanca Teso de la Feria, 2 % 923 192 082 ) 923 192 087 Parador de Ciudad Rodrigo Plaza del Castillo, 1 % 923 460 150 ) 923 460 404 Valhadolid % 983 236 308 Samora % 980 521 281 Segóvia Parador de Segovia Carretera de Valladolid - La Lastrilla % 921 443 737 ) 921 437 362 ADIF % 902 432 343 Informação Internacional % 902 243 402 www.adif.es Sória Parador de Soria Parque del Castillo % 975 240 800 ) 975 240 803 AENA % 902 404 704 www.aena.es Valhadolid Parador de Tordesillas Carretera de Salamanca % 983 770 051 ) 983 771 013 Samora Parador de Zamora Plaza de Viriato, 5 % 980 514 497 ) 980 530 063 Parador de Benavente Paseo de Ramón y Cajal % 980 630 300 ) 980 630 303 Parador de Puebla de Sanabria Avenida Lago de Sanabria, 8 % 980 620 001 ) 980 620 351 EMBAIXADAS EM MADRID Brasil Fernando El Santo, 6 % 917 020 689 ) 917 004 660 Portugal Pinar, 1 % 917 824 960 ) 917 824 972 TELEFONES DE INTERESSE Emergências % 112 Urgências Médicas % 061 Guardia Civil % 062 Polícia Nacional % 091 Polícia Municipal % 092 Informação acerca das estradas % 900 123 505 www.dgt.es Informação ao público % 010 Correios e Telégrafos % 902 197 197 www.correos.es DELEGAÇÕES ESPANHOLAS DO TURISMO NO ESTRANGEIRO TRANSPORTES BRASIL. São Paulo Escritório Espanhol de Turismo Rua Zequinha de Abreu, 78 Cep 01250 SÃO PAULO % 5511/36 75 20 00 ) 5511/38 72 07 33 www.spain.info/br e-mail: [email protected] ESTAÇÕES RODOVIÁRIAS Ávila % 920 220 154 Burgos % 947 288 855 Leão % 987 211 000 Palência % 979 743 222 Salamanca % 923 236 717 Segóvia % 921 427 705 Sória % 975 225 160 PORTUGAL. Lisboa Delegaçao Oficial do Turismo Espanhol Av. Sidónio Pais, 28 – 3º dto. 1050 – 215 LISBOA % 351 21/ 315 30 92 ) 351 21/ 354 03 32 www.spain.info/pt e-mail: [email protected] COMUNIDADE EUROPEIA Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional P Castela-e-Leão Ávila Parador de Ávila Marqués Canales de Chozas, 2 % 920 211 340 ) 920 226 166 Parador de Gredos Carretera Barraco-Béjar, km 43 Navarredonda de Gredos % 920 348 048 ) 920 348 205 Página 1 Espanha Central de Reservas Requena, 3 28013 Madrid % 902 547 979 ) 902 525 432 www.parador.es 10:46 Castela-e-Leão PARADORES DE TURISMO 29/9/09 Espanha cub castilla leon portugues:Maquetación 1 Ávila Burgos Leão Palência Salamanca Segóvia Sória Valhadolid Samora Introdução O TERRITÓRIO O Corgo 2417 Miravalles 1969 N-VI Catoute D E N-VI Sil N-536 AP-71 1848 Teleno 1778 Manzaneda A-52 2127 d Se r a e Río Peña Negra 2124 Lago de Sanabria Er ia N-525 Río Mirandela 999 A-52 Tera ESPANHA N-630 San Vitero Trabazos 1318 Alcañices or N-122 Miranda do Douro 983 Fermoselle 785 Emb. de Ricobayo Bermillo de Sayago Ceuta Melilla Emb. de Aldeadávila Alfaraz Pereña de Masueco la Ribera Emb. de Almendra Vilvestre Ledesma El Cubo de Tierra del Vino Fotografias: Arquivo fotográfico de TURESPAÑA Impressão: AGSM S.A. D.L. AB-516-2009 NIPO: 704-09-347-0 Imprimido em Espanha Maqueta: P&L MARÍN DO La Ve Río Zarapicos Villar de SALAMANCA PARQUE NATURAL ARRIBES DEL DUERO Peralonso To Sando Lumbrales Santa Ma Río de Torm La Fuente de Berzosa N-620 826 Alba San Esteban Torm Retortillo A-62 Vecinos Buenavista Vald Hu eb SanctiLas Veguillas ra Fr Ye Spiritus Vilar lte Tamames Linares s Alh Formoso Morasverdes PARQUE NATURAL de Riofrío Endrinal QUILAMAS El Cabaco San Miguel GuijueloS Ciudad Rodrigo Peña de de Valero N-630 Francia 1732 C SIERRA El Bodón a La Alberca Miranda D E B É J A t a G Casares de Sotoserrano del Castañar Béjar e las Hurdes d Candelario RÍO La Fregeneda Vitigudino Río Tradução: Sérgio Brandão Cardoso dos Santos Estrada locall Caminhos-de-ferro Comboio de alta velocidade Património da Humanidade Parador de Turismo Hostería Campo de golfe Parque de campismo Doca desportiva Balneário Estância de esqui Aeroporto Parque nacional Parque natural Caminho de Santiago Fuen Calzada de Valdunciel Agueda Texto: Javier Tomé Publicado por: © Turespaña Secretaría de Estado y Turismo Ministerio de Industria, Turismo y Comercio Mezas 1265 r a e r S i Valverde del Fresno Moraleja1 1367 Jañona Villanueva de la Sierra PARQUE NATURAL LAS BATUECAS- PARQUE NATURAL LA COVATILLA PEÑA DE FRANCIA DE CANDELARIO Los Lla N-630 Pozuelos de Zarzón Hervás del Torm A-66 N-110 Plasencia Jaraiz de la Vera CÁCERES 87 km 2ª edição Corrales La d N-630 UR O Oceano Atlântico ZAMO Pereruela 885 Auto-estrada Autovia Estrada nacional Estrada Rede Básica 1ª ordem Estrada Rede Básica 2ª ordem N-631 Emb. de Villalcampo Cibanal Cas 724 Carbajales de Alba Villalcampo Lagu de Villa V de Granja de Moreruela 1012 Sta. Luz 910 Sab Macedo de Cavaleiros P O R T U G A L Mar Mediterrâneo A-66 Corraes 1262 Río Lisboa N 2185 Peña Trevinca Villafranca del Bierzo. Leão Madrid N-120 S Río BRAGANÇA Portugal AP-66 N-120 Chaves Castelae-Leão Vi N-630 o França Emb. de Barrios de Luna 2117 A-6 Emb. de Belesar 1291 Mar Cantábrico Caldas Becerreá que possa de Luna O seu território estende-se Se existe um conceito Mirantes Murias de Portomarín Páramo Fabero de Luna sobre a bacia do definir aSarriá complexa realidade daBurbia principalmente Paredes del Sil Santibañez IER Z O Toreno Douro, a maior bacia fluvial região castelhano-leonesa, esse E L Brio de Ordás Folgoso Chantada Villaqui Herrería San Fiz de Seo San Miguel de la ocupa Ribera uma de Espanha, e que é, sem qualquer dúvida, o de de Incio de las Dueñas Monforte Carrizo de San Miguel Villafranca de Lemos Bembibre muito importantela como monumentalidade. Porque tudo del Camino Ribera del Bierzo posição Ponferrada Benavides espaço que é atravessado pelos é imenso na personalidade de Órbigo Onzonil E A Pobra T Santa Colomba Luíntra grandes eixos que ligam a geográfica e cultural desta Valdevim Astorga N Hospital O Barco de Trives de Somoza O Freixido OURENSE M capital do país àsDestriana regiões de Órbigo Comunidade estrategicamente Manzaneda Encinedo L A M A R A G A T E R I A O Bolo Baños atlânticas. Castela-e-Leão está Villamañán situada no noroeste peninsular. La Bañeza de Molgas A Veiga Truchas Castrocontrigo de Barriovariedade CABEZA DE C br na parte setentrional da A Vilar grande de matizes i r a e Lasituada ra Justel MANZANEDA PARQUE NATURAL LAGO DE SANABRIA San Martín Meseta Central ibérica, ficando que possui deve-se, Palacios A Gudiña de Castañeda Xinzo de Sanabria Laza oPuebla seu espaço delimitado por precisamente, à sua de Limia Cualedro Mombuey Padornelo Benavente A Mezquita deautênticas Sanabria fronteiras naturais -a extraordinária dimensão física, Baltar Santa Cristina Villardeciervos VALLE Verín Portelo pela Cordilheira D E L T E R A de la Polvorosa norte que representa a quinta parte Figueruela San Vicente Tábara de Arriba Cantábrica, a leste pelo Sistema do território Feces espanhol. A área de la Cabeza Peña Nofre 50 52 54 60 Sena de Luna Babia Villablino L E Ó N Rí o Degaña N-525 Paris Braña 2 Peña Ubiña Guntín de Pallarés RÍ O Londres PONTEVEDRA 102 km Reino Unido Dublin 1712 1890 Río Pradairo 1029 LUGO Palas de Rei Na rc ea Meira Rábade Na via Baamonde N-540 Irlanda OVIEDO 14 km total de Castela-e-Leão é de Mieres Cangas Pola de Narcea C O 94.147 quilómetros quadrados, de Lena R D I Marentes o que a torna na região mais L L E extensa da União LEITARIEGOS Europeia. PAJARES-VALGRAN Grandas de Salime big 1 8 8 11 14 17 20 23 26 29 32 35 36 38 40 42 44 46 48 O MIÑ Ór Introdução Passeio pelas capitais Ávila Burgos Leão Palência Salamanca Segóvia Sória Valhadolid Samora Desfrutar Castela-e-Leão Ávila. O Circo de Gredos Burgos. Coração de Castela Leão. O Caminho de Santiago Palência. O Românico Salamanca. A Serrania Segóvia. Os Reales Sitios Sória. Por terras de El Cid Valhadolid. Vinhedos e Mosteiros Samora. Os Lagos de Sanábria Lazer e espectáculos Informações úteis A CORUÑA 84 km S U M A R I O Jarandilla de la Vera Ibérico, a sul pelo Sistema Central, e, fechando esse espaço, os Montes GalaicoLeoneses a oeste. O rio Douro, a maior fonte de energia eléctrica do país, desce, intrépido, mesmo do coração do Sistema Ibérico, a mais de 2.000 metros de altitude. Transformado em elemento de articulação global do espaço, os seus ímpetos naturais afrouxam ao chegar às planícies. Nelas forma-se uma rede de rios e afluentes do grande Douro, e que, por sua vez, dão origem a três níveis topográficos que correspondem, respectivamente, aos páramos, às campinas e às várzeas. A diferença de condicionalismos físicos e orográficos faz com que a vegetação ofereça uma grande variedade de aspectos ecológicos. A árvore mais espalhada é a azinheira, que se caracteriza pela sua resistência ao frio e ao calor. Os azinhais Rio Carrión. Palência existem em todas as províncias castelhanas, agrupados em matas e bosques. Também os castanheiros proliferam em terrenos frescos e ricos em nutrientes, espalhando-se sobretudo pelas comarcas do noroeste leonês. E finalmente, a cobertura florestal da serra de Gredos mostra grandes massas dos famosos e muito apreciados pinheiros. Devido à sua extensão, Castelae-Leão possui uma grande variedade faunística. A área mais agreste serve de refúgio a espécies, como o lobo e o urso dourado, que estavam condenadas a desaparecer, embora exista já legislação de protecção que tenta manter e perpetuar a existência de mamíferos eternamente perseguidos pelo homem. A emblemática cabra montês habita nas montanhas de Gredos, enquanto que na Cordilheira Cantábrica vivem veados, javalis e urogallos. Berlanga de Duero. Sória Serra de Gredos. Ávila Dentre as aves é possível citar a águia imperial, os abutres do canhão do rio Lobos e as cegonhas que invernam em Villafáfila. por castelos, atentos e vigilantes à azáfama dos homens e do correr dos tempos. As fronteiras naturais da Comunidade de Castela-e-Leão, essas majestosas cordilheiras de relevo irregular, definem as mais diversas e atractivas paisagens. Nos altos cumes, a neve perpetua-se até fazer parte de uma realidade bela e eterna, enquanto que as zonas intermédias são formadas por grandes arvoredos que povoam essa semente de vida que são os rios. A HISTÓRIA Agrupadas em torno do rio Douro e dos seus afluentes, um núcleo de tribos, cuja história se perde na noite dos tempos, estabeleceu os primeiros povoados neste território de tradição milenária. Submetidas por Roma, a Pax Romana trouxe a estas terras a civilização e o progresso. Assim, foram surgindo pontes e estradas, termas e esgotos, aquedutos e novas cidades. A chegada dos Visigodos introduziu um novo elemento na paisagem. Cristãos, ao fim e ao cabo, edificaram as primeiras igrejas que foi possível ver nos límpidos horizontes castelhanos. O clima continental típico de Castela-e-Leão, de Invernos longos e rigorosos que contrastam com a moderação dos valores estivais, está muito relacionado com a cor das suas terras. Os profundos vales vão passando do verde vegetal até ao tom dourado consoante a estação do ano, sempre contando com a protecção de aprazíveis outeiros coroados Após as sucessivas invasões árabes, as margens do Douro ficaram empobrecidas e despovoadas. Mas o vale não 3 formação de Espanha como Nação. Era uma época de riquezas sem fim, provenientes do Novo Mundo, trazidas naquelas caravelas que levaram o estandarte espanhol através de todos os mares conhecidos. Mas todo o progresso e bemestar alcançados nos séculos seguintes começaram a definhar gradualmente, ao mesmo tempo que os alicerces daquele império “onde o sol nunca se punha” começavam a ruir. Surgiria então um novo fenómeno - o da emigração à procura de novas oportunidades, que praticamente chegou até aos nossos dias. Casa de las Conchas. Salamanca morreu, e a partir do século IX foram fundadas cidades como Samora ou Burgos. No século seguinte, e graças ao impulso dado pelo conde Fernán González, começou a definir-se uma empresa comum que receberia o nome de Castela. Eram os tempos da Reconquista, que ganhou novo impulso após a união definitiva de Castela-eLeão, em 1230. A partir de então, o mais poderoso dos reinos peninsulares iria estabelecendo a sua própria cultura e a sua própria idiossincrasia. Já no século XX, e após o regresso à convivência democrática, em 1983, foi promulgado o Estatuto de Autonomia que conferiu à região de Castela-e-Leão a natureza de Comunidade Autónoma, que, como já foi atrás referido, constitui a maior região da Europa, com uma população que atingiu no último recenseamento os 2.484.603 habitantes. Em Leão foram convocadas as primeiras Cortes populares e democráticas que existiram no Ocidente. E, em Valhadolid, casaram-se Isabel e Fernando, os Reis Católicos, artífices da A Comunidade engloba nove províncias, a saber: Ávila, Burgos, Leão, Palência, Salamanca, Samora, Segóvia, Sória e Valhadolid. As capitais e 4 as vilas que nelas existem possuem características muito diferentes, sendo, contudo, um conjunto de províncias muito coeso por força de um passado comum cheio de história e tradição. Arte, cultura e atractivos turísticos: é esta a tríade que define a fascinante personalidade de Castela-eLeão. Terras lendárias que puderam tomar, novamente, as rédeas do seu próprio destino. O ESPÍRITO DA REGIÃO Se antes nos referíamos à desmedida geografia da Comunidade, outra coisa não será possível, também, dizer da sua monumentalidade histórica e cultural. Semeada de vestígios romanos que ainda continuam a aparecer, Castela-e-Leão tem sido um elemento destacado desse caminho de devoção e de militância que, seguindo o rasto da Via Láctea, chega até ao túmulo do Apóstolo Sant’Iago, em Compostela. Ou, para falar em termos da época, atingir o finis terrae, o último pedaço de terra conhecido. Grandes obras de engenharia desenvolveram-se na Espanha medieval, pensando sempre no bem-estar do peregrino, para arranjar caminhos e construir pontes, hospitais e albergues, o que contribuiu significativamente para o desenvolvimento do comércio e para a mistura racial. E foram, naturalmente, edificadas maravilhosas igrejas, que constituem a prova tangível da intemporalidade da experiência religiosa. Castelo de Peñafiel. Valhadolid Ao abrigo da rota jacobeia nasceram autênticos milagres arquitectónicos do românico como a igreja de San Martín de Frómista, a basílica de San Isidoro, em Leão, ou o singular claustro de Santo Domingo de Silos. Ou, então, o itinerário de templos rurais que se estende por todo o norte da província de Palência, constituindo uma zona de elevado valor artístico e turístico. O apogeu do estilo gótico corresponde à época do apogeu imperial, quando Castela-e-Leão era sinónimo de Espanha, e vice-versa. Os melhores exemplos dessa corrente encontram-se nas catedrais de Leão e de Burgos. O sóbrio templo leonês, formado por ângulos simples e esquinas bem traçadas, mostra ao visitante um conjunto de vitrais que produzem a mágica sensação de nos encontrarmos mesmo no centro da luminosidade. Por outro lado, a catedral de Turégano. Segóvia Burgos, onde a pedra se transforma em filigrana, exibe uma riqueza ornamental já muito próxima da estética renascentista. O passo estilístico seguinte deu origem a criações baseadas num gótico evoluído. O estilo isabelino tem em Valhadolid exemplares como o colégio de San Gregorio, ou a burgalesa cartuxa de Miraflores, cuja beleza inspira a imaginação dos homens. A arquitectura castelhana de reminiscências árabes - o gótico-mudéjar goza de uma grande tradição nestes lugares: o mosteiro de Santa Clara, de Tordesilhas, a salamanquina Casa de las Conchas, ou inúmeras fortalezas dentre as quais sobressai, sempre vivo e majestoso, o Alcázar (alcácer) de Segóvia. A influência do Renascimento italiano chegou a Castela-eLeão sob a forma do plateresco, uma tendência que é Colegiada de Santa María. Aranda de Duero. Burgos Santa María la Mayor. Samora claramente perceptível no edifício da Universidade de Salamanca e no convento de San Marcos, de Leão. A melhor literatura do Século de Ouro (século XVII) guarda uma íntima relação com estes lugares. O melhor exemplo disso é o romance El lazarillo de Tormes, obra-prima do género literário conhecido como Picaresca. Por tudo isso, não é exagero dizer que esta Comunidade é um compêndio de dois mil anos de cultura cristã. O espírito regional é constituído por um impressionante legado artístico e cultural, ao qual se juntam constantemente novos nomes e obras. O influxo estético da sua paisagem está muito relacionado com a literatura de Miguel Delibes ou a do grupo conhecido por “Escola Leonesa”. O investigador e folclorista Joaquín Díaz continua a sua luta pela preservação das tradições étnicas populares. E, no respeitante às artes plásticas, o pintor mais representativo pode ser o muralista José Vela Zanetti, estando uma das suas melhores obras pendurada na sede da ONU, em Nova Iorque. Após a deslocação da Corte para Madrid, em 1561, Castelae-Leão perdeu grande parte do seu protagonismo que até aí possuíra. No entanto, esforços voluntariosos deram ainda lugar a brilhantes obras barrocas, como, por exemplo, a maravilhosa Plaza Mayor (PraçaMaior) de Salamanca ou a corrente escultórica, de grande profundidade, que tem o seu expoente na pessoa de Gregorio Fernández. É ao impulso dado pela dinastia dos Bourbons que devemos o palácio de La Granja, a última das construções provinciais de elevado valor artístico. Castela-e-Leão é, sem dúvida, um gigantesco museu, uma obra-prima feita à base de possibilidades naturais e séculos de uma história gloriosa. 7 as MA DR ID Humill adero Ave nida de P or tu gal 6 7 10 Les quin Pe d LA RA ST RO Fr an cis co Peregrin o G al le go Re ye sC ató ro lic os La ga sc a P De lá y nie l e Call RON DR ID 2 9 MA es pín Va ll s re lT or res Te la pi os de do on oh rg de de lle Ca Bu Vi ta l lís So Te so EO PA S lle He l rm an H lle Ca To m do an rn Ca os de Sa nto é ej o los e lle Cond Án ingo Co nd e Dom és Don DE L ge de San to CA RR Dom in ET go ER A Fe é s Jo r Atrio de Puerta de San Isidro la Malaventura ta ra rete Car N Río r ue cq Bé rza Za Ca la es m an r To steb o é Ti Calle de La Sola na Call e Vil lare Cuc al ade ro Mar qu co Rí Puerta del Puente 2 ja s s Va San Esteban San E Ermita de San Segundo Ada olá IDA 8 Nic andil Soledad Ramón DE Ma DE rqu és a os El C Tra del Pvesía uente Molino de la Losa Ped ro Núñez 3 Lopez VIEJA 4 eñ rd Mercado de Ganados San Leale s DE NI DA AV E Ajate s DA Ca lle Las Mor ada s de Pas a je P rad o Santander esil San c las ho ho San c Tor d Pra do 5 n eba Est mingo Do Ca Los Cuatro Postes (Os Quatro Postes) 11 le al Mas antes de mergulhar no seu traçado urbano medieval, o visitante tem a oportunidade de contemplar as melhores vistas de Ávila de um lugar realmente privilegiado. Esta atalaia é conhecida por Los Cuatro Postes (Os Quatro Postes) (1) e está situada a, apenas, dois quilómetros da capital, junto à estrada de Salamanca. A nota mais característica de Ávila é a sua famosa muralha medieval (2), a mais bem conservada da Europa, e que foi começada cerca do ano de Muito perto dali ergue-se a soberba Catedral (4), que surpreende pelo seu aspecto de fortaleza militar; a fachada é composta por uma torre ameada de quase 43 metros, em cujo interior se conjugam elementos góticos e barrocos, tendo sido construída em pedra branca e avermelhada, e onde se destaca o harmonioso espaço do deambulatório, dividido em duas partes. Ali, por trás do altar-mor, é quase da praxe parar diante do sepulcro talhado em alabastro de El Tostado, uma obra-prima de Vasco de la Zarza. No Museu da Catedral Santa Catalin a ol Plaza del re Mansión de Iglesia de Santo er ez Ejército los Deanes n Fnánd Tomé el Viejo o Plaza r D e Tea H San tro de los Plaza Iglesia de M de igue Nalvillos CA l San Pedro Italia LL E Est rad a Puerta de Parque de Plaza de SAN Ca San Vicente San Vicente Santa Teresa lle o El Grande S EG de Ca UN lle DO de Plaza Ca l To stilla sta Catedral do Mansión de Cr los Verdugo Vie uz ja Palacio de n mo Portillo del los Águila o A leman D óni Mariscal ia Calle La Encarnación er toria G Vic Santo Tomé Plaza Plaza el Nuevo Fuente el Sol Va de tín de ra Teniente rio ar lR Plaza At n M Arévalo Palacio ey Episcopal Mosén Rubí San Martín Sa Convento de de Plaza de Plaza del Mosén Rubí Ayuntamiento Santiago es ita Mercado Chico vit Plaza qu a z n Iglesia de C Pedro Dávila Me Iglesia de Be z San Juan abal de Santiago ler pe os Plazuela de Ló Ca Palacio de He sim San Juan Palacio de r i ná ro Sa Benavites los Dávila nd Santa María ez Diputación ncho de la Cabeza Dá as Puerta Sa Ramón y Cajal Provincial vila s ed del Rastro n p J ela e im Torreón de Plaza ena B C hu láz los Guzmanes Plaza Corral Concepción ac v q ue Puerta de Campanas Arenal Co z Mansión de Parque del Carmen Tre los Poletinos del Rastro sT aza s San to D om Plaza de Az ing pu o Teso del Carmen ru la Santa Plaza Puerta de de Santa Teresa illo San Calle E m Poc p Palacio de edra Nicolás d a Núñez Vela Palencia C Definida nos provérbios populares (no refranero espanhol) como “terra de cantos e de santos”, Ávila (47.650 h) está 1.131 metros acima do nível do mar, o que faz dela a capital de província situada a maior altitude. O seu bem cuidado centro urbano e os numerosos atractivos monumentais que possui determinaram que, desde 1985, esta pequena e aprazível cidade seja considerada Património da Humanidade. ÁVILA AVE N Ávila 1090. Esta sólida “caixa” de pedra tem 2,5 quilómetros de comprimento, 6 portas e 3 portilhas, 88 torres e aproximadamente 2.500 ameias. O torreão mais conhecido é o chamado “cimorro”, e que corresponde à gigantesca abside da catedral. O turista pode subir à muralha através da Puerta del Alcázar (Porta do Alcácer) (3), a porta que se encontra na Praça de Santa Teresa. lla rri Pa Passeio pelas capitais Iglesia de San Andrés Plaza de Pad re B albin San Andrés o 0 Puente Romano 100 200 AÑO 2005 1 1 Os Quatro Postes 9 Convento de Nuestra Señora de la Gracia 2 Muralha medieval 10 Convento de San José 3 Porta do Alcázar 11 Convento de la Encarnación 4 Catedral 5 Basílica de San Vicente 6 Real Mosteiro de Santo Tomás Informação turística 7 Museu de Arte Oriental Estacionamento 8 Convento de Santa Teresa Parador 9 300 m Burgos Muralha Praça de Santa Teresa (Museo Catedralicio) sobressai uma custódia processional, em prata, da autoria do mestre Juan de Arfe. Palácio de Verão da Rainha Isabel encontra-se instalado o sugestivo Museu de Arte Oriental (7). Extramuros encontra-se a basílica de San Vicente (5), à qual se chega depois de se atravessar a porta do mesmo nome. Trata-se do edifício românico mais importante de Ávila, cuja identificação é bem fácil devido ao seu campanário. O templo, começado no século XII, alberga o esplêndido cenotáfio de São Vicente e das suas irmãs, decorado com cenas da vida destes mártires. A cidade de Ávila está intimamente ligada a Santa Teresa de Jesus, uma das grandes doutoras da Igreja. O convento de Santa Teresa (8) foi edificado em 1636, sobre a casa onde nascera esta mística. Nesse lugar, para além de uma igreja, onde se misturam elementos barrocos e neoclássicos, é possível ver a horta e um museu com recordações da santa. Teresa de Cepeda ainda está muito presente através de um percurso eclesiástico e cultural que abrange diversos templos, como o convento de Nuestra Señora de Gracia (Nossa Senhora da Graça) (9), o convento de San José (10), ou o convento de la Encarnación (da Encarnação) (11), etc. Também se situa fora das muralhas o Real Monasterio de Santo Tomás (Real Mosteiro de Santo Tomás) (6), excelente exemplar do gótico isabelino, edificado no século XV sob os auspícios dos Reis Católicos. Destaca-se, para além dos três claustros ricamente decorados, o sepulcro em mármore de Carrara do príncipe D. Juan, único filho varão dos monarcas mais importantes da História de Espanha. Nas instalações do Real Mosteiro de Santo Tomás 10 A capital burgalesa (161.984 hab.), elo fundamental no eixo cultural que é o Caminho de Santiago, possui uma longa história atrás de si. Tendo surgido como um enclave urbano, em meados do século IX, tornar-se-ia a principal cidade de Castela durante a Idade Média, até que, após a conquista de Granada, a capital passou para Valhadolid. Enriquecida com nobres edifícios, Burgos é um lugar para percorrer cada um dos seus recantos e impregnar-se da mais pura luz. Para entrar no centro histórico temos de passar pelo Arco de Santa María (1), porta que foi aberta na muralha no século XIV e que está adornada com estátuas de personagens locais. Em frente, ergue-se a Catedral (2), a qual Teófilo Gautier definiu como “delicada que nem uma jóia feminina”. É o monumento mais importante da cidade e, pelas suas dimensões, a terceira catedral de Espanha. Tendo sido construída em estilo gótico, a primeira pedra do templo fora colocada pelo rei Fernando III em 1221. Dentre as suas inúmeras maravilhas merecem destaque a porta do Sarmental, a magnífica capela do Condestável, com o sepulcro deste prócere castelhano, a Escalera Dorada (Escada Dourada), obra do mestre Diego Siloé, e o famoso Museu da Catedral (Museo Catedralicio). Por trás da Catedral está a igreja de San Nicolás (3), que possui um grandioso retábulo em alabastro polícromo. E, no bairro de Castillo, aos pés da antiga fortaleza militar, a igreja de San Esteban (4), que foi iniciada em 1280 e é a sede de um notável Museo de Retablos (museu de retábulos). A caminho do rio, chegamos à Casa del Cordón (Casa do Cordão) (5), o edifício civil mais destacado da capital. Foi neste lugar que os Reis Católicos receberam Colombo, em 1497, aquando do seu Vista geral as tor Sa nz P Moneda Pu eb la Almirante Bonifaz San Laín z del R ey Palom a Go nzá le Hue rto Calle 6 CA Ayuntamiento El Espolón D I OL D LA L VA Plaza San Fernando L RA n zó Ar A lan DE 9 ÓN NZ LA R A RC UE AP AT ER SI Futuro Museo de la Evolución Humana se LLE 2 Plaza E del Cid LL Plaza Mayor V DE A ID EN AV O IT CA Esteban Pozo Seco Seminario Fernán San Mirador Plaza Fernando III 4 DE Plaza de la Libertad o Calle Castillo 5 d le To AÑO 2005 AvIglesia de Gil San Lorenzo A RI Hospital de San Juan n Gra tro Tea s aza Cor Arco de San Esteban s no la el Monasterio de San Juan Iglesia de San Lesmes es Lesm San nos tela Hor n a Los u n J Sa SANTANDER 200 m Esteban 100 Iglesia de San Gil Corr alón Convento de las Bernardas Plaza de España San ncisco Arrabal N Trinidad AVENIDA CID CAMPEADOR Calle San Fra BURGOS 0 Calle Azorín en rg Bu 1 PABLO 7 no LA Gim e de o rri lle se Pa 8 o de lE m Ca pe cin ad o Ba DE res Pa se o E D C. Lavado Barrant es Ap ari cio y Ru iz la ME R CE D Plaza Santa María Isla 3 SAN A a ID Calle Caler EN Puente de AV da Santa María iran eM Plaza Iglesia de Call o de Vega Santa Águeda res Iglesia de rog CA Antigua Alhonda la Merced el P mpo d a L da C Águe LE l lle Santa z de Ca Ca Ronda Mar tíne s lle o Cubo Iglesia de San Cosme Eduard Paseo de los y San Damián d pción Ci Calle la Conce Hospital Plaza l San Juan de Dios e d Instituto del Cardenal Luis Hospital de Martín Santos López de Mendoza la Concepción cia Paseo Ca M en de lle l AD la de Va Isla Plaza de lC R ID arm da Castilla ni en e E Av L L A Río AVEN C IDA DE PALENCIA Solar del Cid González Fernán Arco de Fernán González 1 Arco de Santa María regresso da segunda das viagens que o almirante fizera a terras americanas. Depois de se passar a ponte de San Pablo (6), encontra-se, na outra margem do rio Arlanzón, a Casa de Miranda e a Casa de Angulo; em ambos os edifícios está instalado o Museu de Burgos (7), onde é possível visitar importantes secções de Arqueologia e de Belas-Artes. 2 Catedral 3 Igreja de San Nicolás 4 Igreja de San Esteban. Museu de Retábulos 5 Casa do Cordão 6 Ponte de San Pablo 7 Museu de Burgos 8 Real Mosteiro de Las Huelgas Reales 9 Cartuxa de Miraflores Nos arredores da cidade de Burgos encontram-se dois edifícios religiosos de visita obrigatória. A oeste, o Real Monasterio de las Huelgas Reales (8), mandado erigir por Afonso VIII, em 1187, sobre uma quinta de recreio. Trata-se de um grande panteão funerário, onde se destaca o claustro gótico, decorado com motivos mudéjares, e a capela de Santiago, que guarda uma imagem em madeira do apóstolo, a qual tinha um braço articulado que se destinava a armar cavaleiros. No Museo de Ricas Telas (Museu dos Tecidos Ricos) está exposto, entre outras jóias da época, o histórico pendão arrebatado aos árabes na batalha das Navas de Tolosa, em 1212. Cartuxa de Miraflores A leste da capital situa-se a cartuxa de Miraflores (9), mosteiro edificado entre 1454 e 1488. A igreja guarda o sepulcro do infante D. Afonso, irmão da rainha Isabel, a Católica, juntamente com o espectacular retábulo polícromo executado por Gil de Siloé. A tradição conta que foi dourado com o primeiro ouro que chegou a Espanha proveniente da América. Casa del Cordón (Casa do Cordão) Informação Turística Estacionamento Museu da Catedral Hospital 12 13 os Rí lo s at eo Sa n Pa an o Bl an ca de a Vac Ca be Plaza Serradores Ca ñ Ju Ca bl 4 de M Vi ct or lle o Plaza Puerta del Obispo n Ca a za ov er rch en n Sa rri Anch ería Dám Meri aso no lle Ca Aza Calle Pa so bech ía ad Ab 3 La sC nu eva 1 2 Matasiete Mulh Puert a acín Sol Ma a Pela y Plaza Regla Sa l o Flórez de rias s Mu rede Pa ifa Tar S Gu an isá n Iglesia de Ser Santa Marina rano s 7 Burgo Nu evo Calle del N 8 AÑO 2005 1 Praça Maior sobre um terreno que antes tinha sido ocupado por umas termas romanas. A sua enorme fama provém dos quase 1.800 metros quadrados de vitrais artísticos, definidos por Miguel de Unamuno como “um milagre de luz e de pedra”. O Museu da Catedral (Museo Catedralicio) é um dos mais completos do seu género, e os seus fundos abrangem a época que vai da pré-história até ao neoclassicismo. 2 Consistório Velho 3 Praça de San Martín 4 Catedral 5 Casa de Botines 6 Palacio dos Guzmanes 7 Basílica de San Isidoro 8 Hostal de San Marcos. Parador de Turismo Informação turística Estacionamento Parador 15 icio Plata Gen Lafu eral ente VII Legión O II RDOÑ Lope Fajeros Hosp Vega AVEN IDADA O co na ue Agustín cis an nF Sa Julio Campo de La T orre Re dez nán Fer dórniga Ca 5 s ca er 6 lb Va Catedral ma oB ad illo rian oD Ber omí San rue ngu to n ta ez Tirs Sa o Iglesia de Plaza Descalz San Martín os Platerí s Santo Martino as lla i Plaza de r S a acramen V San Salvador de Murallas to Puerta de Torres Omaña Cerva Plaza Plaza ntes Palat del Rey Av la Reina Misericordia Riaño Caño Luna en Santa Ana Plaza San ida Casa de las Ca El C id Isidoro rb Carnicerías aj Jardines Plaza de al as del Cid Regid Conde Luna Ra Plaza Don ores Ruiz de Sa mó lazar Gutierre n Palacio del Plaza Santa Conde Luna Cascalería y María del Camino Call Plaza San e de Iglesia de la Marcelo la Ca Rúa Virgen del Camino jal Iglesia de Puer ta San Marcelo Ayuntamiento Moneda Convento de ISL A Plaza Santo la Concepción E DR PA L Domingo DE AV EN IDA de la In Avenida Murallas depend s o encia Sa a arc nt Museo run M d a e V Convento de an Etnográfico a S e San Francisco quin No ad Joa ni Ví a an Gr Alfonso Plaza V Gil y Plaza de la Cortes Carrasc Inmaculada o Leonesas 0 100 200m Plaza del Vizconde Plaza Puerta Castillo Plaza Espolón iro Apenas um curto passeio nos leva até à autêntica jóia da cidade. A Catedral (4), conhecida como a pulchra leonina, é um dos mais belos edifícios do gótico espanhol. O actual templo começou a construirse no ano de 1255, sobre uma antiquíssima igreja românica erguida Al Vi rg Sa Ba Ar ve ja l Fe Alfons rnando I o El J usticie CARR ro ERAS Santa Marina Murallas o de lle Palomer a Perales San AVEN Lore IDA D nzo E LOS CUBO S Card Plaza enal Hospital de San Alvito Nuestra Señora Regla Land azuri Pablo ll isp la Bermudo lll lipe Ob de lle El Torr ejón Fe lle Ca Lama Babia Plaza de San Lorenzo m Ra O coração de uma cidade, que concilia modernidade e tipicidade, deve ser situado na LEÓN rios Los Oso A emblemática e bimilenária cidade de Leão (139.809 hab.), onde o pó dos séculos acumulou história e pedra, tem a sua origem no acampamento ali instalado pela Legio VII romana, entre os rios Torío e Bernesga. Tendo sido capital do Reino na Idade Média, Leão é o lugar ideal para saborear calmamente os cenários que o passado nos legou. Gonzá o r sc a ci iz an lam Fr Vil de Leão Plaza Mayor (Praça Maior) (1). Espaço onde, antigamente, se desenrolava todo o tipo de actividades citadinas, é presidido pelo Consistorio Viejo (Consistório Velho) (2), um palacete de ampla fachada que foi, durante séculos, “o mirante da cidade”. O espaço em torno da praça, que tem o seu epicentro na Praça de San Martín (3), está repleto de casas senhoriais e de igrejas onde se encontram venerandas imagens. Ca de lez ués egre q l ar ntea de M o M io Av SAN PEDRO en id Sa a n de G ui Jo lle sé rm o M a Ca ría lle Fe de rn án Ca de nt ar z ra na s Anton Palência Basílica de San Isidoro Descendo pela Calle Ancha encontramos a Casa de Botines (5), obra modernista do genial Antonio Gaudí, e, em frente, o Palacio de los Guzmanes (6), sede da Deputação Provincial, e caracterizada por uma soberba fachada principal e um pátio de estilo plateresco. De seguida chega-se à basílica de San Isidoro (7), adossada a uma das paredes da muralha medieval. As abóbadas do seu panteão real, onde repousam 23 monarcas leoneses, estão decoradas com excepcionais pinturas murais do século XII, pelo que este panteão é conhecido como a capela sistina do Românico. O Museu de San Isidoro apresenta uma primorosa colecção de códices. Praça Maior XVII. Muito embora, hoje seja a sede de um luxuoso Parador de Turismo, foi, em tempos, uma rigorosa prisão, onde esteve encarcerado o escritor Francisco de Quevedo. No claustro da igreja está o Museu de Leão, que tem expostos tesouros como o Cristo de Carrizo, um pequeno crucifixo de marfim do século XI. A antiga capital palentina (79.745 hab.) preside às vastas planícies da chamada Tierra de Campos. Abraçada pelo rio Carrión e ao abrigo do monumental Cristo del Otero (Cristo do Outeiro) (1), cuja esbelta presença constitui todo um símbolo de modernidade, Palência é uma vila que tem um importante significado histórico e um peso considerável no mosaico que configura a região de Castela-e-Leão. A evolução social que Palência registou nos últimos anos está bem documentada na sua Calle Mayor (Rua Maior). Esta autêntica espinha dorsal percorre a cidade de norte a sul, articulando tudo quanto há de mais destacável da vida citadina. A meio deste percurso, limitado por airosas arcarias e edifícios brasonados, encontra-se a Plaza Mayor (Praça Maior) (2), um espaço com arcarias que é presidido por um monumento Catedral No outro extremo da cidade ergue-se o Hostal de San Marcos (8). Antigo convento e refúgio de peregrinos, foi construído segundo as regras platerescas entre os séculos XVI e 16 ao escultor nascido na cidade, Alonso Berruguete. Também se encontra neste centro nevrálgico o Ayuntamiento (Câmara Municipal) (3) e, numa esquina, a igreja de San Francisco (4), um vetusto convento franciscano do século XIII. Bem perto desenha-se a sugestiva imagem da Catedral (5) de Palência, que tem o cognome de “a bela desconhecida”. Construído sobre uma antiga construção românica do século XI, o actual templo gótico foi edificado tomando como modelo a vizinha Catedral de Burgos. O exterior é severo, só animado pelo escalonamento de volumes da sua cabeceira, adornada com gárgulas e pináculos. Entre as suas portas destaca-se a Puerta del Obispo (Porta do Bispo), decorada com esculturas da Virgem e de outros santos e profetas. O retábulo plateresco, do século XVI é de grande valor histórico, tem 1 Cristo do Outeiro BA CU 3 Câmara Municipal 4 Igreja de San Francisco 5 Catedral 6 Museu Diocesano tólico Alfonso X El Sabio s s Carrión a DE L arz uela tra d ador CASTIL SA LÓ N corn e M a Pri riano eto Praça Maior e Câmara Municipal (Ayuntamiento) EO Jardines Salón de Isabel II AV E LA Puente Hierro NID AR A RE GE PÚ NT BL INA ICA L Tin os tes Co lón Man Es erd Riz Va lv talhas do mestre Juan de Flandes, e um calvário feito por Juan de Valmaseda. No interior do claustro está o Museu da Catedral (Museo Catedralicio), que guarda obras de El Greco e de Zurbarán. 2 Praça Maior Calle Maldo nado Calle Juan Bravo DE A Los Cho pos AVE NID s Ca Las Cantiga L PA S Sa Do nc n ho Río Doc Cajator l la co Az de Card Almaenal raz Puente Mayor J Be acint nav o ent e erón Ign arcos AÑO 2005 7 Reye AVENID Iglesia A MANU San Lázaro Plaza EL RIVER A s San Lázaro o g r Bu Call e Convento de la Santa Clara oa Pue bla ng Be Rinconada de San Miguel Plaza San Miguel Antig ua DE 200 m 100 ez rtín ac io Ma Soldados tín Cal d e Vale n Call San M May or Plaza del Puente M ay or Plaza Isabel Ge n e la Católica A ral mor ISA Bec Marq erro ués a Aldaib de Pan adera s Call e Em ped rad a 0 Plaza Cordón Fe Pr lipe Ju iet an o Jim Ra én món ez ANTIGUA FL ORIDA Alon so F de Mernánd e a z r id Obisp o Balle Nicolás stero s Dato a ardo rac Edu Ur ña Do rid oS an Ma r tín Man flor ido rm ónig Can an os Ma d s sú AVENIDA Pas are Eras de l Bosque DE AVENIDA Calle Je N 4 3 2 AL Aven ida o de z Plaza de la Inmaculada Plaza Abilio Calderón lle Ca a 5 L Be rru gu et e yo íre s Vacceo s Plaza Casado del Alisal DE Pe la m es Plaza Andrés Moro Ra ico Plaza Europa llan lle r Te Plaza Cervantes a Plaza Habana Bue nos Aire s lle Va C. Ca z de én en a He Ca lle M nt Sa 6 Agustinas Canónigas io ton An aura M Convento de la Piedad Niñ Plaza San de C os Pablo oro Iglesia Santa Marina Plaza León ót inas los CA Lo SADO pe de Ve g ita R SANTANDE Florida Blanca Saldaña Anastas ia Santa maría Iglesia San Pablo G Enc s TO Ca lle Las le Triga NIE Ca m po s los ÓN Calle de AVEN IDA AVENIDA SIM lo s les Rob Acacia s Abe Avenida 1 PALENCIA de s los tos Los Jardinillos de la Estación da mo Ála lle s Macho ni Ca o Olm Victorio Los ero Ot Plaza Bernal Av e s nco Fra Plaza z e Lóp San Juanillo nta Infa alina t Ca los lle Ca Pizarro Calle Francisco ís Par las l de de nso Alo lle Ca eo Pas Paseo Pelayo Don cujo centro é constituído pelo típico Barrio del Mercado (bairro do Mercado), chega-se à igreja de San Miguel (7), de origem românica e estilo ogival; foi neste templo que, segundo refere a tradição, casaram Rodrigo Díaz de Vivar, o herói castelhano conhecido por El Cid, e dona Ximena. A sua torre ameada é bem um símbolo da cidade, assim como também o é o majestoso Cristo del Otero, erigido num promontório situado a norte de Palência. Esta escultura de 20 metros de altura, executada por Victorio Macho, em 1930, parece receber os visitantes com um gesto amável e os braços abertos. Toda uma declaração de princípios da acolhedora capital palentina. Igreja de San Pablo Muito perto da Catedral, e instalado nas dependências do Palácio Episcopal, encontramos o Museu Diocesano (6), dotado com fundos das igrejas da diocese. Sem sair deste espaço, 7 Igreja de San Miguel Informação turística Estacionamento 18 19 y Fra Vitigudino is Lu al an afr Az Recto r Tova r s rp u Co el ad nd Pinto Ama rillo Pozo Calle Rúa Mayor s rtire Ancha rdo Cu e sta Sierpes Má Sorias Enca rnac ión do Toro EL ITA S .S áe z RM Pr of CA Ro LAS DE iba Arr PAS EO VIC EN TE Teja rcía era es Balm La Pa lma nG Sa San Narciso Salamanca pode orgulhar-se, entre muitas outras coisas, de ter duas catedrais. A Nova (Catedral Nueva) (7) foi começada pelo mestre Juan Gil de Hontañón, com o objectivo de remediar as carências do anterior templo, tendo as obras terminado em 1733. No edifício predomina o gótico tardio, embora também nela se encontrem numerosos Informação turística Estacionamento 21 Hospital S o Mazas Praça-Maior Câmara Municipal Casa de las Conchas A Clerecía Universidade Museu de Salamanca Catedral Nova Catedral Velha Casa Lis. Museu de Art Nouveau y Art Decó 10 Igreja de San Esteban 11 Convento de Las Dueñas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 LEJA ing Dom anto yo S Arro lo San Pab Libreros N ero Luc Vía Ga CANA Gran lo Pab San ia añ mp Co do Pra SAN DE eira San Vicente oto s itu rP Isca DE O p ír ti S nc Sa Vía ra mo Za Rascón PASEO SE Gran Calle Crespo Domingo de S PA Padilleros Condes Vista da cidade A rua Libreros conduz até à Universidade (5), a qual deu fama universal a Salamanca. Tendo sido fundada, como tal, pelo rei Afonso X, o Sábio, em 1254, a sua fachada é o melhor expoente da arte plateresca local, nela figurando um conhecido medalhão em relevo com a efígie dos Reis Católicos. O pátio é presidido por uma estátua de Frei Luís de Leão, outra das eminências que passaram pela instituição. Nas Escuelas Menores (Escolas Menores) está o Museu de Salamanca (6), que possui uma notável pinacoteca. SALAMANCA D Um passeio por Salamanca deve começar na Plaza Mayor (Praça Maior) (1), a mais importante de Espanha pelas suas dimensões e construção, a qual decorreu entre 1729 e 1755 segundo o projecto dos irmãos Churriguera. Destaca-se, no lado oriental, o Pabellón Real (Pavilhão Real), adornado com um busto de Filipe V. A pedra dourada dos edifícios, como é o caso do Ayuntamiento (Câmara Municipal) (2), adquire, ao cair da tarde, tonalidades inesquecíveis. a ad an Gr Criteriosamente, alguém definiu Salamanca (158 457 hab.) como “a cidade sábia”. É que a venerável vila à beira do rio Tormes teve uma importância decisiva no desenvolvimento da alma nacional espanhola. Graças à sua herança artística foi declarada pela UNESCO Património da Humanidade, tendo sido também designada “Capital Europeia da Cultura 2002”, com grande merecimento. Plaza M. Hernández Valdés del Oeste nal Bo nero o t a Nie Gr s Ro ria tu nd a As Av en Padilla ida Plaza de Plaza de Casa de Plaza de la las Carmelitas de Santa Santa Plaza de n Eulalia Constitución Lucena Teresa Santa có Vil Rector ar lam Iglesia del Teresa Al Plaza de ay Plaza Plaza de Sancti Spiritus se en or los Bandos Broc del la Reina Plaza de Sancti Spiritus Hospital Especias Liceo la Fuente Santísima Cu e Correhuela sta N Trinidad en Plaza de Plaza de San Sa uev Convento de del Carm nB a d Cristóbal la Libertad ern e las Ursulas Casa de ard Jarrín Asadería o Obispo Capilla de la las Muertes 2 Vera Cruz 1 Casa de Campo de las Plaza Unamuno Varil San Francisco o lo Iglesia de del Ángel ril nz Palacio de G Ramó Ba San Martín Monterrey n y Ca Plaza Plaza San ja l Colegio Mayor Plaza del del Pedro Cojos San Justo Justo Arzobispo Corrillo Iglesia de Iglesia de Bretón Fonseca los Capuchinos la Purísima Santa Clara Miñagustín Esp Cue sta S Palacio de ejo Caldereros an B las 3 la Salina Torre del M Iglesia-Convento ar Cer Clavero qu van de las Claras Palacio de es tes 4 a Orellana Plaza de Santo Tomás Colón Palacio de al AlmCantuariense ua n a g arz Abrantes ti Plaza del Rab n a Calle del Ro La Botánico sario aA 11 Cr Rú La Fé Palacio de Anaya Colegio de uz Plac 10 Calatrava Plaza entin Travies Plaza de a os Concilio Palacio de Anaya 5 6 de Trento Plaza de Congresos Escuelas la Palma 7 Ferrer Menores Plata 8 Huerto de Latina Tavira Calixto Y Melibea BÉ RA ESPE Plaza Puerta RECTOR O San Pablo Plaza de 9 PASE la Merced Veracruz Jardín de la Merced ES Iglesia de Plaza EN del Puente Santiago GAÑO SAN GREGORIO Verraco Ibérico 100 300 m 0 200 Puente de Río Puente Romano AÑO 2005 Sánchez Fabrés Tormes de Salamanca Descendo pela Rúa Mayor chega-se à Casa de las Conchas (3), o monumento mais representativo da arquitectura civil salamanquina. O seu original nome deve-se ao símbolo dos peregrinos - a concha que decora profusamente os muros. Em frente situa-se La Clerecía (4), edifício que actualmente é a sede de Universidade Pontifícia. Considerada uma obra-prima do barroco, as obras de construção deste edifício arrastaram-se ao longo de mais de cem anos. Puerta de Zamora Plaza Iglesia de Campillo San Marcos José Jáuregui Arco Plaza de San Mateo San Juan de Sahagún s Reye os Vázquez lic Cató Coronado Segóvia Praça Maior elementos renascentistas, especialmente na decoração das paredes. A torre foi edificada em 1705 pelos irmãos Churriguera, embora, devido aos danos que sofreu aquando do terramoto de Lisboa de 1755, tivesse vindo a necessitar de remodelação. agora para a Catedral Velha (Catedral Vieja) (8). O seu elemento mais característico é a Torre del Gallo (Torre do Galo), um belíssimo zimbório de influência bizantina que constitui o elemento mais destacado do exterior da obra. No Museu da Catedral (Museo Catedralicio) estão expostas notáveis telas de Francisco Gallego e de Juan de Flandes. Dado que ambos os templos são comunicantes entre si, continuamos o passeio passando Em frente das catedrais situa-se o Museo de Art Nouveau y Art Decó, instalado num bonito edifício modernista de 1905, - a Casa Lis (9). Contém mobiliário, porcelanas e uma fascinante colecção de brinquedos. Universidade Em torno da Plaza del Concilio de Trento estão dois conventos de visita obrigatória. A igreja de San Esteban (10) tem uma singular fachada protegida por um arco triunfal, lavrada à semelhança de um gigantesco retábulo. Pela sua parte, o convento de Las Dueñas (11) apresenta uma bela combinação de vestígios góticos, mudéjares e platerescos. 22 Uma imagem poética compara Segóvia (54.012 hab.) com um navio de pedra ancorado no mar de searas de Castela. Declarada Património de Humanidade em 1985, o símbolo desta cidade é o Aqueduto (1), um dos monumentos mais bem conservados da Roma imperial. Construído nos finais do século I, tinha como finalidade levar a água até à parte alta da cidade. Este “novelo de pedra”, que compreende 728 metros de percurso e 163 arcos, é feito em pedra da serra de Guadarrama, sem chumbo nem argamassa. Um passeio à beira do Aqueduto permitir-nos-á descobrir as suas três inegáveis qualidades: simplicidade, elegância e grandeza. Vista da Catedral e o Alcázar O melhor ponto para iniciar a visita é a Plaza del Azoguejo (2). Perto dali encontraremos a Casa de los Picos (Casa dos Bicos) (3), uma mansão cuja fachada está decorada - daí o nome - com motivos em ponta de diamante. A Plaza de Medina del Campo, um recanto cheio de beleza e harmonia, que guarda dois notáveis monumentos. O Torreón de los Lozoya (Torreão dos Lozoya) (4), um edifício magnificente, e a igreja de San Martín (5), realçada pelos elementos moçárabes das arcarias e dos capitéis. Mais uns passos e chegamos à Praça Maior (6), centro vital do recinto amuralhado. À esquerda ergue-se, soberba, a Catedral (7). Foi edificada no século XVI, depois do fogo ter destruído o antigo templo. Conhecida vulgarmente como “a dama das catedrais”, foi o último edifício gótico construído em Espanha. Pa se DE Escuderos s 6 N Ob isp o la A Dá rias vila Ca lle nc Sa en te n Sa Calle Cervant Sa Z los Si co San F rancis de ÁLE NZ lez Escultor o ng GO Gonzá mi IEL Do QU San Roq ue 1 n Ferná 2 nto EZE Plaza del en DA Doctor Gila l Carm E Bajada de hoa Oc e ient DR Ten Piedad s LA reta r Car Z Docto o E h D e Sanc Call ÁN N Iglesia de R San Clemente Iglesia de FE San Millán A os D r I e r Bar EN AV Calle Praça de Medina del Campo Igreja de San Martín 3 es n illá M Alhóndiga Gra Esp bador inos a pir itu ti-S 4 o av le EO PAS Pu do cia en lta Lic Pera 5 Br al S C O 200 Á lás 7 an Y 100 M Iglesia de San Miguel s Fruto San Facundo Sa SaJn n ude Plaza Doctor Ag ría Is us Torreón Arias Laguna ab Vie tín el ja Dávila R Ildef Convento del o od ns Plaza Conde C Pa r o Corpus Christi ígu all Sa s Alpuente e e P n eo z as eo d Museo Capilla de Va e lo lS Nª Sª Concepción le s T aló nt i Plaza del n ín los Seminario Plaza de Medina Seminario del Campo Conciliar segui Gandá Obispo Ju O Calle AÑO 2005 Z ico Ayuntamiento ta H 0 U o Iglesia de Iglesia de de San Quirce San Nicolás l San B Iglesia de artolo m é La laTTrinidad rin ida d an Inf S N G se nN co Río Palacio Episcopal E Velasco Pa Ar le al E C D LO l de eo ot er San G TA O D Doctor Sa a ES és qu ar ar ro CU Plaza del Socorro NG o Iglesia de San Esteban os Plaza d ra San Esteban pa De MI ag Calle m sa M uz m or Muralla Sa nti sc al za s De Al c So Casa del Sol Museo Provincial r ta d e uz Cr Cla SEGOVIA O DO la II CAMINO Iglesia de San Andrés Plaza de la Merced NT Pue oiz Da Juan s re mo SA Muralla de n Do Paseo San Plaza de la Reina Ca Ju Victoria Eugenia lle an C P V a as Casa de lle elard e d e o la Química Plaza jardín e Mauricio Fromkes chin o Cruz Cap u 8 Herrería PA S E O o S an Ju an de la Academia de Artillería Sobre os rochedos que assinalam o extremo ocidental da cidade recorta-se, vigilante, a silhueta do Alcázar (alcácer) (8). Embora a sua origem recue até à época da repovoação de Segóvia, o edifício foi reconstruído em 1862, após um devastador incêndio. Uma das suas salas aloja o Museo de Armas, com numerosas mostras do passado militar da fortaleza. Praça Maior A porta de San Frutos dá acesso a um conjunto de três naves, cruzeiro e abside com deambulatório. Para além das diversas capelas que a Catedral tem, destaca-se o retábulo de La Piedad, uma obra de Juan de Juni, datada de 1571. No Museu da Catedral (Museo Catedralicio) podem admirar-se objectos de rica ourivesaria e uma colecção de tapeçarias de Bruxelas. 1 Aqueduto 2 Praça de El Azoguejo 3 Casa de los Picos (dos Bicos) 4 Torreão dos Lozoya 5 Igreja de San Martín 6 Praça-Maior 7 Catedral 8 Alcácer Informação turística Estacionamento 24 25 Sá en z III Ap LO G RO ÑO Ná jera olo nia DE CTRA de uerta P Calle a Plaza Tirso San Martín de Molina Aula Magna de Tirso de Molina Jo La sé zo DE Sa TÍN Do Po nz US Parque de ctr Ol AG al ina la Arboleda ive e O R P ros S I tas OB Ruinas de Pos Plaza San Nicolás Ramón Ayllón Convento de s Monjas Carmelitas Aguirre La e Plaza Call lle Ca Santa Catalina CA LLE Calle Zapatería EL CO LLA DO SOROVE GA Plaza Mayor Casa de la Ciudad Ayuntamiento Parque Palacio de El Castillo Alcántara Alb ar 9 10 A ST H Ca ES lix to A Pe r ed 1 3 de lle ba Ca 4 s ro lle Alférez Provisional a lle Ca Cortes Alberc Reales Santa ICIO 5 Calle Calle ALFO Plaza del Olvido Fueros de Soria Bodas Calle SP Ca R Nic Iglesia de San Francisco ja Aduana Vie MARQUES DE VADILLO Plaza Mariano Granados NSO V olás l aba Calle FERIAL l Espolón Mirón o Mate s tudio Paseo de 6 Palacio de los Ríos y Salcedo Plaza San Clemente HO Es Los 8 2 lle Sagunto 7 Ca lle Pas Cle eo me de Nu la nte e st Flo ra rida Se ñor ad e Casas las Calle Numancia LL Calle MÉ O TO SANT Ca Santa María BE AN Mesta ES CA Calle ñazor A EJER Plaza Condes LE T CAL de Lérida O T I N Plaza de Toros Paseo San Viernes de Toros ete l ul m ar M Calata de Rota del Ba oria de S Parque de Santa Clara San ta Clara rge e Jo riqu n Ma Francisco Soto Antolín de Soria Calle Car o las lle Ca de Garray Vista panorâmica Fray Melchor nta García Navarro Plaza de Las Heras Bá rba s ra riza Ped Sa AVEN IDA MARIANO VICÉN No núcleo mais antigo encontra-se a igreja de Santo Domingo (2), que, segundo os especialistas, é a portada de igreja mais harmónica de todo o século XII. Seguindo em direcção a oeste, chega-se à Alameda de Cervantes (6), zona de passeio onde se encontra a ermida de La Soledad (7). Uma das suas capelas guarda o Cristo del Humilladero, esplêndida talha atribuída ao mestre Juan de Juni. E, nos arredores, o Museo Numantino (8), onde estão expostos diversos achados arqueológicos provenientes das eo ria Avenida Duques de So O passeio por esta capital, de aprazível percurso, inicia-se na Concatedral de San Pedro (1), situada bem perto do omnipresente Douro. Edificada à volta de finais do século XII, da obra primitiva apenas sobrevive, incompleto, o esplêndido claustro. O templo exibe capitéis iconográficos e valiosos retábulos, nomeadamente o tríptico flamengo da Crucifixão. Por uma profusa malha de artérias de cunho medieval, chegamos à rua Caballeros. Ali, em frente das estátuas que adornam a fachada da Deputação Provincial (4), está a igreja de San Juan de Rabanera (5). Trata-se de um templo que ostenta os preceitos essenciais do melhor românico grandiosidade externa e austeridade interior. SORIA Pa s s ría lF na rde o Ca Francisc del Río Apesar do seu aspecto pequeno e aconchegado, Sória (33.882 hab.) não deixa de oferecer um atractivo leque de surpresas. Pousada à beira Douro, o seu encanto baseia-se numa gratífica mistura de cultura e natureza. Na rua do mesmo nome ergue-se o majestoso Palácio dos Condes de Gómara (3), o melhor expoente da arquitectura civil soriana. Parque Iglesia del Mirón El Mirón CU E Sória Paseo vo ue rn San de la Mar tín Cue sta Paseo Santiago Iglesia de Nuestra Señora del Espino N 50 0 AÑO 2005 1 Concatedral de San Pedro 2 Igreja de Santo Domingo 3 Palácio dos Condes de Gómara históricas cidades de Tiermes e Numância, conquistadas pelo general romano Cipião. 4 Deputação Provincial 5 Igreja de San Juan de Rabanera Acabaremos o nosso passeio no outro lado de Sória, após atravessar o Douro por uma ponte de origem medieval. Ali encontramos as ruínas do mosteiro de San Juan de Duero (9), fundado pelos monges de São João de Acre. 6 Alameda de Cervantes 7 Ermida de La Soledad 8 Museu Numantino 9 Mosteiro de San Juan de Duero 10 Ermida de San Saturio Informação turística Estacionamento Parador 27 100 m Valhadolid A dinâmica cidade de Valhadolid (319.946 hab.) conserva algumas das melhores obras de arte do Renascimento. A Belad Valed, que é referida em alguns documentos da época da Reconquista, reúne um importante legado monumental, disperso pelas artérias de uma cidade que tem a função de capital da Comunidade de Castela-e-Leão. Igreja de San Juan de Rabanera Os arcos entrelaçados do claustro, obra decorativa de grande valor, representam a melhor influência da arte muçulmana sobre o românico. E seguindo a ribeira do rio, no fim do caminho encontra-se a ermida de San Saturio (10), padroeiro da cidade. Este pequeno templo barroco, escavado na rocha, é um prodígio de romantismo e originalidade. Mosteiro de San Juan de Duero Igreja de Santo Domingo 28 Podemos iniciar o nosso trajecto pelo excepcional Museu Nacional de Escultura (1), que ocupa o edifício do Colegio de San Gregorio, um exemplo ímpar do gótico flamengo. Nas salas estão expostas belas talhas de madeira policroma, executadas por mestres, míticos nestas terras, como são Alonso Berruguete ou Gregorio Fernández. Perto ergue-se o convento de San Pablo (2), que tem uma belíssima fachada. E, ao seu lado, o Palácio dos Pimentel (3), onde actualmente se está instalada a Deputação Provincial. Também se encontra neste espaço a Casa-Museu de Zorrilla (4), uma evocação ao escritor romântico oriundo desta terra. A caminho do centro nevrálgico da cidade chega-se ao Palácio de Fábio Nelli (5), uma obra de traço classicista que aloja o Museu de Valhadolid e as suas colecções de utensílios, moedas, pinturas e cerâmicas. Na rua do mesmo nome, o mosteiro de San Benito el Real (6), edificado no mesmo terreno onde antes estivera o alcázar do rei João I. A sua igreja possui um austero pórtico, que Gil de Hontañón terminou em 1569. Praça Maior e Câmara Municipal Pisu erga a VALLADOLID len Paz Plaza Alba de Tormes ESA GO ND OM Palacio AR Gondomar ER Plaza Palacio de Carranza los Benavente Plaza Convento de San Quirze La Trinidad Plaza Plaza de Coso Plaza de San Pablo Convento Viejo Santa Brígida Santa Catalina Convento de la Concepción Parque de Convento las Moreras Santa Isabel Palacio de los Valverde Plaza de Encarnació n San Miguel . SA o M de ar l D qu ue és ro Ba e II Feli p sH ue lga s de il oca rr lle Ferr La lio Si s Lucia aldo s la Via Ja r ez G Pér CALLE DE LABRADORES Cadena Muro zo Ca Luis E. del Norte Panaderos Gama o O ay M E di Do n ne ón M San al do cho na do nda z Ara G Ló pe tiag o de San de tos cole S tes ro nt Ce ión Un cipe ín Pr z e nt ro ce de Vi scu E an s Re 10 Colegio de Santa Cruz 1 Colegio de San Gregorio. Museu Nacional de Escultura re Pé rv Ce C. C. Do de A sio a ra Ace 14 ca ictori e la V Molina San 10 Ni al er a Gó me z 9 15 Pas de Leo Arco adril lo a de l ría Val Pla te 8 7 Duqu a Marí PASEO DE ISAB EL LA CATOLIC A San Lorenzo Jorge Guillén 11 eria Libr Río os urg eB 12 al d 13 6 Re 4 3 de lle ano Ca Sab Hurtado g Ma 2 5 Antonio Lorenzo da g min Fle a IA cho ER tor L c O L o r D CI cto AN Chancilleria o H D C Palacio de r Convento de cto a los Vivero las Descalzas Do gelin r o Reales Hospital Me rad s Clinico lP oré de s yF o a z t e n r s e Sa Puente Pa Hu Paraíso Ramó Plaza de Francisco jal n y Ca Huelgas los Arces Regueral San Teatro San Juan Iglesia de Reales Quintí Calderón dov n al la Magdalena M Plaza del Macias Plaza Rosaleda am Pó Casa Poniente Portugalete Francisco lvo br Museo Colón ril Ayuntamiento C r Sabadell a la C ár Tintes or ce on l do N a ari l Rene do Fr úñez a Ferr la a ay en a n de Reg Plaza Pasió Plaza ard doz Plaza L. n Verbena Plaza de C n Arc titució Santa Ana San los Vadillos e Colegio Me Cons de Santa Cruz Juan Convento L C eón Santa Ana all Mon Museo e tero del Calv de Ciencias o Naturales Santu Puente Isabel Doctr ario Fidel inos La Católica nta Santuario o Sa Plaza Claudio Moyan Plaza Nacional C. de España Man Tenerías ar teria Plaza de la Plaza Miguel Isc Ve Cruz Verde Plaza ga de Zorrilla de Madrid Ju TUD rias t A ú an e r ELA ust L e ri r P Ind L de a I Plaza H Calle Aci Ju R s Fe Gre Circular belas ni R are rn go Ruiz O en Pedro eral án ri de lm Z Gen de o n Co Gasca ró Campo e lle a z Salm E Ca Nicolás Grande lin a a p u a D rac Gu Pa Ur Niña Nogal n unció Pa s A se Plaza o Loza de Colón de Filipinos los 100 0 200 300 m Convento de Agustinos AÑO 2005 Filipinos 1 Sim DA Convento de DILSanta Teresa LA SAN TA T RO N P AV l be Plaza de ira San Nicolás M Pozo Le ch Pe eras lot a CA LAM AN a C. Olm Puente Mayor 2 Convento de San Pablo 11 Igreja de Santa María la Antigua 3 Palácio dos Pimentel 12 Igreja de Las Angustias 4 Casa-Museu de Zorrilla 13 Palácio Arcebispal 5 Palácio de Fábio Nelli. Museu de Valhadolid 14 Museu Oriental N biblioteca guardam cerca de 13.000 volumes impressos entre os séculos XVI e XIX. Após visitar a rectangular Praça Maior de Valhadolid (7), encaminhamos os nossos passos para a Catedral (8). Iniciada por Juan de Herrera, em 1582, sobre as ruínas de uma colegiada, a verdade é que a obra projectada nunca foi levada a cabo. Ainda existe a torre românica e um esplêndido retábulo maneirista de Juan de Juni. O Museu Diocesano tem expostos diversos objectos religiosos, destacando-se a custódia processional, obra de Juan de Arfe, em 1590. Novamente, nas imediações da catedral, a igreja de Santa María la Antigua (11) mostra uma surpreendente torre românica que domina todo aquele espaço. Muito perto está a igreja de las Angustias (12), onde se encontra a Virgen de los Cuchillos (à letra, Virgem das Facas), uma talha do mestre Juan de Juni. Aqui acabamos o itinerário pelos principais monumentos da cidade de Valhadolid, embora a mesma possua outros lugares de interesse - o Palácio Arcebispal (13), o Museu Oriental (14), a Casa de Cervantes (15), etc. Após ultrapassar umas ruínas jardinadas vislumbra-se a fachada barroca da Universidade (9), decorada pelos irmãos Tomé e com diversos símbolos e alegorias académicas. Nos arredores ergue-se o extraordinario Colegio de Santa Cruz (10), um dos primeiros edifícios do Renascimento espanhol. As estantes barrocas da sua Universidade Igreja de Santa María la Antigua 15 Casa de Cervantes 6 Mosteiro de San Benito el Real 7 Praça Maior Informação turística 8 Catedral Estacionamento 9 Universidade Hospital 30 31 t en Pu Remedios la Concha tín An nta Sa Sa nc ho IV DE A ND Plata uidos Buscarr 5 3 CA ST IL LO Casa del Cid Puerta Óptima Iglesia de San Claudio día io Med Horta Murallas Plaza Maestro Haedo CALLE SAN ANDRÉS Ayuntamiento Plaza Viejo Plaza Viriato COS Santa Eulalia AN FR Plaza Mayor az 1 AS Re in a Hospital de la Encarnación XII E 4 TR a ca m po O de or iá n as m Da Mar n Sa Martí n LA DE AVENIDA o de Pase B r Ca Iglesia de Riego San Santiago del Burgo Palacio de Iglesia de San Vicente los Momos Plaza Zorrilla Ayuntamiento Calle Plaza Leña Balborr GA n Sa s ro Plaza Cuartel Viejo Sote lo IA 7 8 e nic R Alfonso VE a ajad D A E nto S LO Iglesia de Palacio de los Condes la Magdalena DE de Alba de Aliste A Iglesia de Iglesia de RU San Isidoro ía S Convento de Nuestra San Cipriano IO Iglesia de R TA Parque ater Señora del Tránsito LOS NO Plaza Zap Santa María del Castillo Santa Lucía de la Horta DE Plaza e Call A San Julián RU Plaza Mercado AVEN Plaza de Arias IDA D Zumacal E MEN Plaza de Antonio Gonzalo VIGO QUE del Águila DE CALL 2 E ID F ital z A V N E LA Hosp ra Arroyo ing lem rF cto Do Al ma lle C. ica y rre lde Va es n o Pis Sa Ca lle po Obis e Call o pir m Sa RO Nieto A RI FE LA Fl del gen Vir Plaza Puebla E D A LA RI EB AB PU AN S FRONTERA CUESTA MORAN A Manuel Yermo Imperial a n sa Plaza de Mayo Plaza de la Luna Ca de Su ta ne Pla trella Es Vista panorâmica No interior sobressaem os gradeamentos e os púlpitos, de ferro forjado, assim como o extraordinário cadeirado do coro, cujas costas das cadeiras nta Para tomar contacto com o espírito do passado devemos iniciar o nosso percurso no Portillo de la Traición (Portilha da Traição) (1), uma pequena porta nas muralhas que condicionou a história desta praça fronteiriça. Ao lado desta E, quase em frente, a Catedral (3) românico-bizantina, cujas origens recuam até ao século XII. Foi erguida sobre o primitivo templo que ali edificara o rei Afonso III, o Magno, sobre o qual permanece toda uma lenda de mármores, se bem que o recinto actual também tenha qualquer coisa de mágico e oriental. A sua enorme originalidade reside no muito característico zimbório, o elemento arquitectónico mas conhecido desta obra. CAL LE Longe vão os tempos do esplendor de Samora (64.421 hab.), mas daquela época dourada sobrevivem tantos templos e vestígios que a cidade actual é um autêntico museu do românico. Sobrepondo-se à mística da resignação, este centro agrícola e comercial vai progredindo, tal como o resto da Comunidade, a par e passo dos tempos. Não foi por acaso que a sua lendária resistência às adversidades levou a cunhar o famoso ditado “Samora não se ganhou numa hora”. Sa Samora Call e ZAMORA ondulada muralha, é possível encontrar o Parque del Castillo (2). Num dos seus lados surgem as ruínas do castelo de origem árabe que ainda conserva a Torre de Menagem, a porta e o fosso. A NID 6 E AV RÍO N DUERO 0 100 AÑO 2005 Aceñas de Olivares 1 Portilha da traição estão decoradas com episódios da vida quotidiana do Renascimento. O claustro é a sede do Museu da Catedral (Museo Catedralicio), onde está exposta uma importante colecção de tapeçarias flamengas do século XV. 2 Parque do Castelo 3 Catedral 4 Igreja de San Ildefonso 5 Palacio del Cordón. Museu de Samora 6 Ponte de Pedra 7 Museu da Semana Santa 8 Igreja de Santa María La Nueva A caminho do centro urbano, o visitante encontra sucessivas igrejas. San Ildefonso (4) é um templo originário do século XII, coberto com abóbadas ogivais. O palacio del Cordón (5) é a sede do Museu de Samora, e Informação turística Estacionamento Parador 33 200 m Desfrutar Castela-e-Leão Ponte de Pedra Santa (7). Ao seu lado, a igreja de Santa María la Nueva (8) foi cenário, em 1158, do sangrento “motín de la trucha” (“motim da truta”). Esta praça é um palco que reflecte perfeitamente a simbiose entre tradição e modernidade que caracteriza a Samora de horizontes infinitos. possui uma importante exposição arqueológica. E, sobre esse rio Douro, que segue o seu curso eterno, a ponte de pedra (6) com 16 belos e característicos arcos. É uma espécie de ícone da cidade. Também têm grande fama as procissões da Semana Santa samorana, devido à qualidade das imagens, as quais podem contemplar-se num confortável edifício - o Museu da Semana Catedral Igreja de Santa María la Nueva ao longo de um extenso percurso uma grande variedade paisagística. Percorrendo a sua rota passamos das terras de alta montanha que marcam o seu início, até aos diáfanos horizontes da Ribera (ribeira), ali onde as suas águas se assemelham a “um mar transfigurado em terra”. Sem querer menosprezar passados e gloriosos méritos, as nossas terras oferecem também ao visitante um turismo de tranquilidade, paisagem e gastronomia. Repleta de riquíssimas manifestações religiosas do passado, onde a luz e a atmosfera são captadas de forma insuperável, a Comunidade conta também com inumeráveis atractivos naturais. Assim, assistimos à combinação das perspectivas mais agrestes com poéticas planícies, formando relevos de formas entrelaçadas e bem sugestivas. E finalmente a Rota da Prata, uma das artérias vertebrais nos percursos da Espanha romana. Traçada originariamente entre a cidade romana de Mérida e a cidade leonesa de Astorga, trata-se de uma vasta obra cuja riqueza histórica se explica pela sua localização privilegiada. Em resumo, são três percursos por belos e lendários lugares que apresentam, nas suas diversas facetas, uma filosofia de vida especial e cheia de alicientes. São três os itinerários tradicionais que viajantes de todas as épocas seguiram pelas sendas da região. O Caminho de Santiago, metáfora da vida, não se limita a uma simples peregrinação espiritual, pois foi através dele que se construiu a armação a Idade Média cristã. O antiquíssimo caminho das estrelas pode mostrar com orgulho o galardão de autêntico precursor da unidade entre os povos da Europa. Para desfrutar da aventura de passear em Castela-e-Leão traçámos nove rotas turísticas, que, partindo das capitais, correspondem a cada uma das províncias deste território histórico, e que atravessam os enclaves regionais mais destacados pela sua tradição e património artístico, salpicando estes itinerários culturais com as inevitáveis referências às alternativas que a natureza vai semeando à nossa passagem. O “pai” Douro, um rio fundamental na configuração geográfica do espaço, desenha 34 35 Ávila. O circo de Gredos A estrada 403 leva-nos da capital abulense ao norte, à comarca de La Moraña, um núcleo fundamental na arquitectura românico-mudéjar castelhana. As vilas de Órbita e Espinosa de los Caballeros contam com belas igrejas, tal como La Lugareja. O seu templo está incompleto, mas apesar de tudo é uma maravilha no seu género. Los Galayos. Arenas de San Pedro localidade foi o berço da rainha Isabel a Católica, que nasceu em 1451, no palácio de João II, agora transformado no mosteiro de Nuestra Señora de la Gracia. A torre da igreja de San Nicolás de Bari, com 75 metros de altura, dá o nome a esta vila, ancorada no seu relevante passado. Arévalo, capital da comarca de La Moraña, é uma vila de tradição guerreira, que foi declarada conjunto Histórico Artístico; a torre de menagem do seu castelo, imponente e semicircular, denuncia a sua origem mourisca. Entre as suas paredes viveu, durante algum tempo, a rainha Isabel a Católica. Na Plaza del Arrabal encontramos a igreja de Santo Domingo de Silos, onde o gótico das naves contrasta com a abside mudéjar atijolada. Finalmente a igreja de San Martín, na Plaza de la Villa, é a “jóia” de Arévalo, cuja magia reside no belo contraste que provoca a conjugação dos estilos. Outro itinerário imprescindível é o que, em direcção a sul, nos conduz até à Serra de Gredos, a espinha pétrea de Castela. Seguindo a estrada 502, que atravessa exactamente a meio esta cadeia montanhosa, passa-se o puerto (passagem de montanha) de Menga, que tem no seu ponto mais alto um mirante de grande interesse para o turista. Antes de chegar a Navarredonda de Gredos, encontramos, numa elevação, o primeiro Parador de Turismo que existiu em Espanha, e que outrora tinha sido pavilhão de caça do rei Afonso XIII. Arévalo El Barco de Ávila Pela chamada Plataforma de Hoyos sobe-se à Laguna Grande, ao majestoso cume Almanzor (2.592 m) e, também, às Cinco Lagunas. Um cenário imponente, formado por massas de rochedos, cumes de sonho e penedias graníticas. Depois da descida, e contornando o rio Tormes, chegamos a El Barco de Ávila, com belas vistas da serra de Gredos. Conserva as ruínas da sua muralha e, sobretudo, o castelo de Valdecorneja. Uma fortaleza do século XV que pertenceu, em tempos, aos Duques de Alba. Outro itinerário alternativo conduz à vertente sul do maciço de Gredos. Após ultrapassar o puerto del Pico, a mesma estrada 502 leva -nos até às imediações de Arenas de San Pedro, o lugar de maior destaque em toda aquela área. Aqui Para chegar ao coração do maciço devemos desviar-nos pela estrada 500 , que segue para Hoyos del Espino. A estrada 605 leva-nos até Madrigal de las Altas Torres. Antiga residência da corte, esta 36 año 2005 deveremos visitar o santuário de San Pedro de Alcántara, onde descansam os restos mortais do padroeiro da vizinha região da Extremadura. No Museo de la Real Capilla encontram-se expostas notáveis colecções de ourivesaria litúrgica . adornam o lugar, célebre também pelo seu óptimo vinho. Burgos. O coração de Castela año 2005 Saindo de Burgos em direcção a Madrid, pela estrada N-1, entra-se numa comarca repleta de monumentos e vestígios arqueológicos. O importante património artístico de Lerma, uma vila de aspecto senhorial, evidencia-se no seu majestoso Palacio Ducal, construção iniciada por Francisco de Mora em 1605. O edifício religioso mais notável é a colegiada de San Pedro, com belíssimas vistas sobre o rio Arlanza. Embora o aspecto exterior seja sóbrio, conserva no seu interior uma valiosa estátua do arcebispo Cristóbal de Rojas, da autoria do mestre Juan de Arfe. até Aranda de Duero. Um dos lugares mais importantes da capital da Ribera (Ribeira) burgalesa é a igreja de Santa María. A fachada sul foi concebida com a forma de um grandioso retábulo, onde estão gravadas cenas em relevo da Adoração dos Reis Magos. E, falando de construções civis, o palácio de Colmenares sobressai entre as muitas casas senhoriais que Após uma breve paragem em Gumiel de Hizán para visitar a igreja de Nuestra Señora de la Asunción (Nossa Senhora da Assunção), seguimos caminho Pela estrada 122 desviamo-nos para La Vid, onde se encontra um famoso convento com o mesmo nome, e seguindo a estrada 111 em direcção a norte, entramos em Peñaranda de Duero. Uma pequena população agregada aos pés do seu antigo castelo, edificado nos tempos da Reconquista. O palácio de Avellaneda é um edifício renascentista cuja porta principal está decorada com guerreiros e escudos heráldicos. Além da igreja de Santa Ana, deve-se visitar o interessante Museu de Farmácia instalado na botica (farmácia) Ximeno. Perto dali , e após um ligeiro desvio, encontra-se a cidade arevaca de Clúnia. Conserva um anfiteatro romano, túmulos e uma infinidade de vestígios. O leste da província burgalesa possui uma série de enclaves que formam um itinerário que se recomenda vivamente. Partindo de Lerma, seguimos até Covarrubias, agregado urbano que deve o seu nome às cavernas de cor avermelhada que proliferam nos arredores. Na colegiada de San Cosme y San Damián está o sepulcro de Fernán González, o primeiro Conde de Castela. O museu possui uma importante colecção escultórica, enriquecida com o Tríptico dos Reis Magos, atribuído a Gil de Siloé. A sueste encontra-se essa jóia universal do românico que é o mosteiro de Santo Domingo de Silos, transformado em centro de peregrinação espiritual e artística. Foi destruído pelos árabes e reconstruído por São Domingo, cujos restos mortais repousam num sepulcro escavado na rocha. O espectacular claustro românico, dos séculos XI e XII, apresenta magníficos relevos e capitéis esculpidos com os mais variados temas. O mosteiro, dirigido por monges beneditinos que celebram missas gregorianas, conta também com uma rica biblioteca e uma botica (farmácia) do século XVIII. Palácio Ducal. Lerma Museu de Farmácia. Peñaranda de Duero Mosteiro de Santo Domingo de Silos 38 de Bembibre, chega-se a San Miguel de las Dueñas. Uma vila desenvolvida a partir do célebre Leão. O Caminho de Santiago Seguindo a mesma rota que os pés dos peregrinos palmilharam durante séculos, o viajante deixa a capital leonesa pela estrada 120, fazendo uma primeira paragem em Hospital de Órbigo. Dois monólitos situados nas extremidades da sua ponte romana lembram-nos que foi aqui mesmo que se viveu aquela “justa” ou duelo de cavalheiros, designada para a posteridade com o nome de “paso honroso” (“passagem honrosa”). igreja de Santiago, românica, do século XII. Os peregrinos que se sentiam doentes e não podiam seguir viagem, recebiam igualmente o jubileu ao año 2005 mosteiro com o mesmo nome. E, pouco depois, Ponferrada, cidade cuja evolução está muito ligada à presença da Ordem do Templo. Sobre a margem do rio Sil ergue-se o castelo, recentemente renovado. No interior do centro histórico destaca-se a Torre del Reloj (Torre do Relógio), único vestígio das antigas muralhas que permanece em pé. Mais adiante está Astorga, a “Astúrica Augusta” dos tempos romanos imperiais. Dotada de um harmónico conjunto que viveu momentos de esplendor, merece destaque a sua Catedral. Sobressaem no seu interior o Retábulo Maior, obra de Gaspar Becerra, assim como o púlpito e o cadeirado do coro. Dentre a meia centena de peças expostas no Museu Diocesano, destaca-se a arqueta de prata dourada denominada San Genadio. No Palácio Episcopal, um edifício neo-gótico concebido por Antonio Gaudí, encontramos o Museu dos Caminhos, repleto de memórias “jacobeias”. Villafranca del Bierzo é a última localidade importante por onde passa o Caminho de Santiago em terras leonesas. Esta é uma vila de grande colorido, em cuja entrada encontramos a famosa Catedral de Astorga prostrar-se perante a Puerta del Perdón deste templo vilafranquense. Perto dali é possível visitar o curioso jazigo de Las Médulas, donde os romanos extraíram milhares de toneladas de ouro. (1.490 metros). Seguindo um belíssimo percurso de vales, lagos e circos glaciares montanhosos, chega-se a Posada de Valdeón, capital do paradisíaco vale com o mesmo nome. O último objectivo da excursão é percorrer a mítica senda do rio Cares. Um passeio impressionante pela “divina garganta”, entre grandes muralhas de rochedos com centenas de metros de altura, um lugar de perspectivas e panoramas quase sobre-humanos. O turista entusiasta dos “itinerários verdes” deverá dirigir os seus passos, de preferência, para o norte da província, à procura da eterna batalha entre água e pedras que se pode presenciar no Parque Nacional de Los Picos de Europa. Após sair de Leão pela estrada 621, passamos por várias aldeias até atingir o Alto de Tarna Posada de Valdeón A estrada N-VI leva-nos por terras de El Bierzo, e após ultrapassar a localidade mineira 40 41 Palência. O Românico O norte da província palentina está cheio de testemunhos do melhor estilo românico, ligados, na maior parte dos casos, ao mítico Caminho de Santiago. Um demorado percurso por esta comarca permitir-nos-á descobrir, quase em cada terra, autênticos alardes arquitectónicos. año 2005 Partindo de Palência pela estrada 615, em direcção a norte, chegamos a Carrión de los Condes, vila fundamental nas antigas rotas jacobeias. Vila de vincada origem medieval, destaca-se no seu centro urbano o convento de Santa Clara, fundado no século XIII, com uma igreja e um museu anexo. Também as igrejas românicas de Santa María del Camino, e de Santiago, em cujo pórtico merece ser contemplado o friso que a remata. Ali em torno da figura de Cristo de Majestade ou Pantocrator, estão esculpidas as imagens dos doze apóstolos. peregrinos em que sobressai um elegante claustro, obra de Juan de Badajoz. De Carrión de los Condes, e seguindo para sueste, encontramos uma reconstrução habitável do passado que é Villalcázar de Sirga e, ali, a igreja de Santa María la Blanca, antigo estabelecimento da Ordem do Templo. Um pouco mais adiante encontra-se Frómista, um antigo lugar realengo, onde a devoção se encontra com a razão. A igreja de San Martín que lá existe, perfeição de harmonia e beleza, sugere todo um marco do românico do Caminho de Santiago. Fora da vila, e próximo da ponte medieval, encontra-se e merece ser visitado, o mosteiro de San Zoilo, um antigo refúgio de 42 Em direcção a norte encontra-se Herrera de Pisuerga, com ruínas de muralhas e diversas casas brasonadas. E, nessa mesma estrada, Aguilar de Campóo, um dos pontos essenciais neste itinerário do românico palentino. Uma prova da sua importância é o mosteiro de Santa María, edifício cisterciense considerado um dos mais antigos de Espanha. A colegiada de San Miguel, obra gótica do século XIV, tem um interessante museu paroquial. E junto às ruínas do tradicional castelo, a ermida de Santa Cecilia, com uma graciosa e carismática torre. Esta zona, que abrange os arredores de Aguilar de Campoo e Herrera de Pisuerga, guarda a maior colecção de exemplares românicos de toda a província. Mais de cinquenta igrejas, mosteiros e ermidas agrupam-se no vale de Ojeda e nas comarcas setentrionais. Uma das várias vilas mais importantes é Olleros de Pisuerga, que tem uma curiosa igreja rupestre, ou Santa María de Mave. Deste lugar podemos partir para oeste, atravessando o espaço natural de Fuentes Carrionas e Fuente Cobre, que tem numerosas barragens e regadios espalhados na paisagem que se pode vislumbrar. Uma vez chegados ao lugar mineiro de Guardo, e de regresso ao sul pela estrada 615, entramos em Saldaña, localidade que tem uma bela ponte romana e uma antiga praça de valor histórico-artístico incalculável. E, já para fechar este itinerário, uma paragem obrigatória em Pedrosa de la Vega, com a sua antiga mansão romana ornamentada com belos mosaicos. Constitui uma proposta perfeita para terminar esta incursão no passado através do circuito do românico palentino. Igreja de San Martín. Frómista Aguilar de Campóo Vllalcázar de Sirga Salamanca. A serrania O percurso pelas serras da província salamanquina oferece ao viajante maravilhosas paisagens e mostras bem preservadas da arquitectura popular e monumental. Saindo da capital, pela N-620, a caminho de Ciudad Rodrigo, e percorridos uns cinquenta quilómetros, desvia-se à esquerda, seguindo agora pela estrada 525. Após ultrapassar El Cabaco, inicia-se uma sinuosa subida por um caminho cheio de frondosas florestas de castanheiros. Este atractivo lugar é o baluarte ocidental da Serra de Gredos, sendo o seu ponto mais alto a Peña de Francia (1.732 metros). Este cume é coroado por um conjunto cujos antecedentes históricos recuam até 1434. Trata-se do santuário de Santa María de la Peña, onde se venera a imagem de uma Virgem negra com o Menino. Apenas a uma dezena de quilómetros, já na descida, entra-se em La Alberca, cujas vielas mostram um autêntico museu de vestígios populares. Na igreja de La Asunción, construída no século XVIII, encontra-se uma figura do Cristo del Sudor (Cristo do Suor), atribuída ao mestre Juan de Juni. Mais para sul está o santuário de San José, um convento de clausura habitado por carmelitas descalços. O ponto seguinte é Miranda de Castañar, um lugar fortificado e com algumas casas brasonadas que demonstram a grandeza do seu passado nobiliárquico. Além da igreja paroquial, deveremos deter-nos para contemplar a praça de touros do século XVI, com os seus tradicionais burladeros de pedra. O próximo objectivo é a Serra de Béjar, comarca que ocupa a zona sueste da província. Béjar, a capital, exibe toda uma mostra da tradicional arquitectura serrana. Entre os seus inúmeros atractivos há que referir o Palacio Ducal, Candelário importante edifício civil de meados do século XVI. O templo mais conhecido é a igreja de Santa María la Mayor, que data da época da repovoação (século XIII). E, ao sair desta vila, convém fazer uma paragem na quinta conhecida por El Bosque. Tratase de um belo jardim de estilo italiano com um palacete e diversas fontes. ergue-se o castro, construído por Enrique II com o objectivo de vigiar e defender a praça. Nos nossos dias, a mítica fortaleza alberga um moderno Parador de Turismo com vista para o rio Águeda. O edifício de maior relevo é a Catedral, iniciada no ano de 1165 e que só foi concluída em meados do século XVI. Além da Puerta de las Cadenas, cujo friso é uma galeria gótica de relevos escultóricos, destaca-se no interior o cadeirado do coro, decorado pelo mestre Rodrigo Alemán com uma série de cenas burlescas e algumas até profanas. O Museu Diocesano apresenta uma interessante secção de ourivesaria e ornamentos sagrados. Acabamos este itinerário em Candelário, vila que representa o melhor expoente de habitações rurais de montanha. Por trás do Ayuntamiento (Câmara Municipal), de finais do século XIX, situa-se a igreja de La Asunción, onde se destaca o retábulo principal e o artesoado mudéjar da capela-mor. Outro dos lugares que o viajante deve conhecer é Ciudad Rodrigo, aonde se chega pela mesma estrada N-620. Na parte alta, sobre um promontório, Parador de Turismo. Ciudad Rodrigo 45 año 2005 Segóvia. Os Reales Sítios Seguindo a estrada 110 a partir da capital, em direcção a Sória, chegamos a Torrecaballeros, onde se pode ver uma importante mostra do românico na sua igreja paroquia, assim como a Sotosalbos, a localidade seguinte desta rota. A igreja de San Miguel destaca-se pela sua portentosa galeria com pórtico e um pequeno museu. Nos frondosos arredores de Collado Hermoso, apenas a 2 quilómetros, encontram-se as ruínas do mosteiro de Nuestra Señora de la Sierra. Após atravessar o Arco de la Villa entramos em Pedraza, que se distingue pela deliciosa extravagância da sua Praça Maior. O torreão do castelo serviu de estúdio ao pintor Ignacio Zuloaga, e ali mesmo foi instalado um museu dedicado à sua obra. O ponto de interesse seguinte é Sepúlveda, onde se destaca a igreja de el Salvador, com um dos pórticos mais antigos de Espanha (1093). Apenas a sete quilómetros entramos num dos itinerários “verdes” mais importantes de toda a Comunidade. É o Parque Natural de Las Hoces del Duratón, autêntico reino do abutre comum. Após passar uma pequena ponte do século XVIII, encontramos a sugestiva ermida de San Frutos del Duratón, padroeiro de Segóvia. Seguindo para oeste chega-se a Turégano, vila coroada por um soberbo castelo. Dali segue-se para Cuéllar, a segunda cidade da província e foco do românico mudéjar. O seu castelo é um edifício medieval de grande interesse histórico-artístico, uma autêntica jóia num lugar que conta com uma série de notáveis igrejas: San Martín, San Andrés, San Esteban,... Pela estrada 601 regressamos à capital, se bem que, antes, fazendo um desvio para chegar Parque Natural de Las Hoces del Duratón a Coca. A terra natal do imperador romano Teodósio destaca-se, sobretudo, pelo seu famoso castelo. Um excepcional exemplar da arquitectura militar gótico-mudéjar, rodeado por um fosso profundo e bem fortificado. De regresso à estrada principal, em Carbonero el Mayor, pode contemplar-se o que é talvez considerado o melhor retábulo de toda a província. E dali, seguimos já directamente até à cidade do Aqueduto. Outro itinerário não menos interessante leva-nos até ao sul da província. Apenas a 11 quilómetros de Segóvia pela N-601 e num admirável meio natural, situa-se o Palácio Real de La Granja de San Ildefonso. Construído em 1721 sobre o Castelo de Coca terreno de uma antiga hospedaria, o rei Filipe V quis criar uma residência no estilo da corte de Versalhes. Na colegiada encontra-se o sepulcro do próprio monarca, junto ao da sua esposa, Isabel de Farnésio. A visita decorre por deslumbrantes salões, decorados com todo o género de objectos artísticos. Há, também, a destacar a rica colecção de tapeçarias, com um museu específico. O conjunto completa-se com a Real Fábrica de Cristales de La Granja, um edifício industrial com uma exposição permanente sobre a arte vidreira e, para finalizar, uns jardins traçados segundo a moda francesa, com fontes e estátuas cheias de luz e cor. Palácio Real. La Granja de San Ildefonso año 2005 Pintura flamenga. Berlanga de Duero año 2005 Sória. Por terras de El Cid Damos início à nossa excursão pela estrada 122, a partir da própria capital soriana, até encontrar El Burgo de Osma, uma vila marcada pelo facto de ter sido sede episcopal. O núcleo tradicional estende-se junto à Catedral gótica, datada de 1232. Posteriores acrescentamentos renascentistas, sem falar da esbelta torre, que é de 1739, fazem deste templo um expoente perfeito da arte sacra mais depurada. No interior existe um belo retábulo de Juan de Juni e o túmulo do fundador, Pedro de Osma. Na sacristia pode contemplar-se uma verdadeira jóia, o códice do Comentario al Apocalipsis do Beato de Liébana. Após penetrarmos na atmosfera de um lugar caracterizado pelas suas numerosas arcarias, seguimos caminho em direcção a San Esteban de Gormaz. Esta localidade merece uma rápida visita para ver as duas magníficas igrejas que lá existem - a de San Miguel e a de Nuestra Señora del Ribero, ambas românicas e com pórticos. No Praça Maior. Medinaceli Burgo de Osma encontra-se a igreja de San Miguel, outro importante monumento religioso, onde uns capitéis com rostos enigmáticos atraem a nossa atenção. regresso, uma estrada local leva-nos até Gormaz. Aqui se encontra a fortaleza mais impressionante de toda a província de Sória - um grandioso castelo árabe de 28 torres e considerado o mais extenso da Europa. Durante a Reconquista foi doado pelo rei Afonso VI ao mítico guerreiro Cid Campeador. Temos agora de regressar à estrada 116 para poder chegar a Almazán. A sua igreja românica é rematada por uma original cúpula de aspecto muçulmano. Na Praça Maior está o palácio dos Condes de Altamira, com uma esplêndida fachada renascentista. Seguindo pela estrada 111, em direcção a sul, chega-se a Medinaceli, vila com uma longa história. Da antiga Ocilis romana permanece um arco triunfal edificado muito antes do nascimento de Jesus Cristo. A partir deste ponto, e já no final da rota, é interessante visitar o mosteiro cisterciense de Santa María de Huerta. Uma das obras mais puras da arquitectura gótica castelhano-leonesa. Continuando pela estrada 116, desviamos à direita para entrar em Berlanga de Duero. Rodeada de árvores, o seu edifício mais importante é a colegiada de Santa María del Mercado, monumento rico em talhas, sepulturas e retábulos. Nos arredores, situada numa colina próxima da aldeia de Casillas, encontramos a ermida moçárabe de San Baudelio, construção única na arquitectura pré-românica espanhola. Em Caltojar, a apenas quatro quilómetros, 49 O destino seguinte nesta terra de cepas e fortalezas é Medina del Campo, cujo melhor símbolo é o castelo de La Mota, uma mole de tijolos e argamassa construída no século XV. No Museo de las Ferias (Museu das Feiras) encontra-se um esplêndido alto-relevo do mestre Juan de Juni - La Piedad. Num canto da própria Praça-Maior situa-se a modesta casa onde faleceu, em 1504, a rainha Isabel a Católica, cuja estátua preside a este recinto urbano. Valhadolid. Vinhedos e mosteiros O itinerário por terras de Valhadolid oferece várias hipóteses que nos levarão pelos melhores percursos turísticos da comarca. Seguindo pela estrada 122, desde a capital, no sentido leste, chegamos a Peñafiel, lugar que se estende aos pés de um majestoso castelo em forma de navio. O seu edifício artístico mais representativo é a igreja de San Pablo, templo fundado em 1324 pelo infante Don Juan Manuel. Os diversos elementos que constituem o recinto, entre eles a capela funerária dos Manuel, fazem deste templo uma obra emblemática do gótico-mudéjar provincial. No caminho para norte, pela estrada N-VI, convém fazer uma paragem em Rueda. Uma vila célebre pelos seus vinhos, agrupados sob a denominação de origem “Rueda“. A mesma estrada leva-nos até Tordesilhas, cidade de forte cariz histórico. Aqui, Portugueses e Castelhanos, repartiram o domínio do mais vasto império do mundo dois anos depois de Colombo ter pisado terras americanas. Esta vila possui uma jóia da arte árabe que é o Real Monasterio de Santa Clara, palácio construído por Afonso XI. Todas as suas salas têm grande interesse arquitectónico e decorativo, incluindo um curioso retábulo portátil e o clavicórdio que pertenceu à rainha Joana a Louca. Outro itinerário bastante mais longo leva-nos pela estrada 601 até Portillo. Nesse lugar um desvio conduz-nos até à vila industrial de Íscar, outrora protagonista de inúmeras histórias cavalheirescas. Seguindo pela estrada 112, entramos nas ruas de Olmedo, capital da rota do mudéjar valhissoletano. Aqui é da praxe referir a igreja de Santa María del Castillo e a igreja de San Miguel, com um retábulo barroco e outro plateresco. 50 año 2005 Seguindo sempre para norte encontramos Medina de Rioseco, a antiga “cidade dos almirantes”. Este núcleo monumental de Tierra de Campos alberga vários templos de enorme riqueza. A igreja de Santa María, obra gótica isabelina, mostra, numa das suas capelas, um maravilhoso retábulo de Juan de Juni, dedicado à Imaculada. A igreja de Santiago exibe um retábulo triplo feito por Churriguera, delicadamente rematado. No templo também se pode ver uma exposição com as imagens que são transportadas nas procissões da famigerada Semana Santa desta vila. Castelo de La Mota. Medina del Campo Rueda Igreja de Santa María. Olmedo 51 Samora. Lagos de Sanábria Apenas 33 quilómetros a leste da capital samorana, e seguindo pela estrada 122, está Toro, cidade pacata mas de intensa vida histórica. A singular disposição do seu centro urbano faz com que o visitante encontre naturalmente o monumento mais característico, a colegiada de Santa María la Mayor. Um templo de aspecto catedralesco, com um magnífico pórtico ocidental e um zimbório de estilo bizantino. A sacristia guarda, como o seu mais precioso tesouro, uma tábua flamenga de 1520, intitulada La Virgen de la Mosca. Mas a rota turística escolhida leva-nos ao norte da província, pelo que, na capital, devemos seguir pela estrada 630. Junto a Granja de Moreruela, um desvio leva-nos a Salinas de Villafáfila, um oásis de vida no meio da paisagem de Tierra de Campos. De regresso à estrada 630, e sempre em direcção a Lago de Sanábria norte, chega-se a Benavente, “a vila dos condes”. Após visitar uma considerável quantidade de igrejas, o percurso monumental deverá terminar na torre del Caracol, o único resquício que se conserva do castelo dos condes de Benavente. Desde há anos que o Parador de Turismo está adossado a este histórico vestígio do passado. De Benavente, e seguindo pela estrada 525, em direcção a oeste, atingimos o Valle del Tera (vale do rio Tera). Um ponto de interesse é a ermida de Santa Marta de Tera, obra românica do século XII. E alguns quilómetros mais adiante surge Mombuey, cuja modesta igreja possui, contudo, um curioso elemento artístico. Trata-se de uma original torre feita em arenito verde e de estruturas curvas. A meio da altura, sobressai a parte superior da cabeça de um boi (buey), numa evidente referência ao nome do lugar. A paragem seguinte é em Puebla de Sanabria, com a sua imponente fortaleza, arquétipo Torre de Santa María. Mombuey Mosteiro. Granja de Moreruela Rio Douro. Toro año 2005 das construções defensivas medievais. A vila conta com um elevado número de solares e mansões ostentando velhos brasões, como a Casa Consistorial, do século XV, sita na Praça Maior. O itinerário deve necessariamente concluir-se no Parque Natural do Lago de Sanabria, um espaço de incomparável beleza e de grande riqueza de costumes e tradições. Paisagens de montanha como Peña Trevinca, Peña Negra e a serra de La Cabrera, enquadram um regadio cuja origem recua dez mil anos. Estamos a referir-nos ao maior lago de Espanha, com 3,5 quilómetros de comprimento e dois de largura. Mesmo no coração deste esplêndido âmbito natural encontra-se a pequena aldeia de San Martín de Castañeda, 53 nascida sob a protecção do mosteiro com o mesmo nome. Dos antigos edifícios sobreviveram a igreja românica, autêntico reduto de vida e cultura. Nas dependências monásticas restauradas está o Centro de Interpretação do Parque Natural, onde se encontra uma exposição permanente sobre os eco-sistemas do vale de Sanábria. Lazer e espectáculos de instrumentos musicais tradicionais. Também há a destacar a subida à ermida de San Juan de Monte, que se celebra na segunda-feira de Pentecostes, em Miranda de Ebro. Feiras e festas As actividades culturais na Comunidade têm registado um significativo incremento nos últimos anos. Exposições temáticas de destaque percorrem periodicamente as capitais das províncias, complementando a oferta lúdica que compreende uma interminável lista de festejos que se realiza anualmente nas vilas e aldeias. Um percurso através destas manifestações populares permitir-nos-á conhecer costumes herdados de geração em geração. Leão oferece durante o mês de Outubro, por ocasião das festividades em honra de San Froilán, uma cerimónia de grande tradição local. Falamos das Cantaderas, que incluem cantos e danças tradicionais em frente da Catedral. A Romaria de Santo Toribio, que se realiza em Palência, em meados de Abril, revela outra dessas antigas e curiosas tradições. Da ermida do Santo, os representantes municipais “apedrejam” os participantes com sacos “de pão e queijo”, em comemoração do milagre medieval. No mês de Agosto tem lugar a Descida Internacional do rio Pisuerga, a que assistem remadores de todo o mundo. Começamos por Ávila. Além dos espectáculos musicais programados para as Festas de Verão, o último trimestre do ano costuma incluir actividades teatrais e concertos de música clássica na Catedral. Quanto às festas tradicionais, em meados de Setembro tem lugar em Candeleda a romaria de Nuestra Señora de Chilla, famosa pelos bailes com trajes típicos do lugar. O buliço universitário de Salamanca reflecte-se nos seus Carnavais, onde a algaravia festiva se mistura com actos mais circunspectos. Semelhantes aos que se celebram em La Alberca, pela Assunção. A Loa, por exemplo, é um curioso auto sagrado onde aparecem personagens como o Diabo e os Galanes. As Festas de San Pedro y San Pablo, em Burgos, oferecem no fim de Junho diversas touradas, sendo o touro o grande protagonista de muitas celebrações, e ainda concursos 54 Em Segóvia decorre, normalmente no mês de Junho, o conhecido Festival de Títeres ou Titirimundi. Antes, no dia 5 de Fevereiro, na localidade de Zamarramala, realiza-se a romaria de Las Águedas. Um dos seus actos principais é o “dia das mulheres”, que consiste em serem elas a comandar a vila. Também é importante a Semana Santa de Samora, onde as imagens processionais são autênticas jóias da imaginaria escultórica castelhana (imaginería). De carácter mais lúdico é La Fuente del Vino (a fonte do vinho), que se celebra em Toro no dia 28 de Agosto. Uma romaria que decorre na Praça Maior e onde corre com fartura o famoso vinho tinto da terra. A vila soriana de San Pedro Manrique vive a mágica noite de São João de uma forma bem particular. Nessa ocasião rememora-se o ritual celtibero da Passagem do Fogo (Paso del Fuego), onde os participantes, com os pés nus e carregando uma pessoa às costas, atravessam as fogueiras. Também merecem ser referidas as Jornadas de la Matanza, em El Burgo de Osma. Trata-se de encontros culinários e culturais que se realizam em Fevereiro e Março. Desportos O capítulo referente às práticas desportivas conta, nestas terras, com uma boa quantidade de opções, quase todas elas relacionadas com aspectos da natureza. Os desportos de Inverno têm o seu lugar nas famosas estâncias de esqui de La Lunada, La Pinilla, Leitariegos e San Isidro. Todas elas dispõem de um conjunto de serviços que garantem uma cómoda e agradável estada. Valhadolid, a capital da Comunidade Autónoma, apresenta durante todo o ano uma notável programação cultural. Destaca-se em primeiro lugar a Semana Internacional de Cinema, de enorme prestígio pela qualidade dos filmes exibidos. A profunda religiosidade castelhana evidencia-se bem na Semana Santa, em que são levadas em procissão 29 imagens artísticas. Se falarmos do Verão, Castela-e-Leão oferece a possibilidade de se desfrutar de Campo de golfe 55 numerosos espaços e parques naturais, em que a água é a protagonista. São barragens, lagoas e albufeiras ideais para o entretenimento ao ar livre. Praticam-se aqui todos os desportos fluviais e náuticos, entre paisagens que são autênticos paraísos para o excursionista. No espaço que rodeia estes regadios existem parques de campismo, assim como outros tipos de alojamento confortáveis e económicos. autóctones como o jogo do fito, para além de destacadas equipas tanto de futebol como de basquetebol. Não devemos esquecer que o desporto é um dos barómetros mais fiáveis para medir a vitalidade e o progresso dos povos. regional. Nessa área, surgem logo nomes como o chouriço de Cantimpalo (Segóvia), a simples e deliciosa morcela de Burgos, e o botillo berciano (Leão), conhecido já na época dos Romanos. A arte e a preparação juntam-se nestas iguarias de difícil confecção. Gastronomia E para encerrar o capítulo das carnes, estas terras são abundantes em caça, que acaba, muito naturalmente, no fogão. Castela-e-Leão possui uma tradição culinária capaz de fazer as delícias de todos aqueles que viajam numa região sem fronteiras; a oferta gastronómica é variada e apetecível, graças à mestria com que se manuseiam os ingredientes próprios destas paragens. Os lugares comuns costumam reduzir as melhores possibilidades culinárias aos famosos assados. É verdade que aqui se domina na perfeição o artesanato milenário do forno de assar, onde alternam no lugar de honra o borrego bem tenro e o rosado leitão (cochinillo), e que no Planalto castelhano é designado por tostón. As montanhas castelhano-leonesas formam um enquadramento adequado para práticas desportivas como a caminhada de montanha (senderismo), os percursos cicloturísticos e a cavalo, o rafting ou o alpinismo, mais arriscado. A natureza, bela e agreste, pauta todas estas actividades lúdicas e recreativas. Por outro lado, a região oferece grandes possibilidades tanto para a caça como para a pesca pela sua dupla situação de serra e planalto, existindo reservas de caça seleccionadas, além de inumeráveis reservas de pesca, em que o entusiasta não acabará a jornada de mãos vazias. A Comunidade de Castela-e-Leão conta também com bons campos de golfe e com desportos Mas, evidentemente, a cozinha castelhano-leonesa não se limita a estes apetitosos pratos. Porque também não devemos esquecer a suculenta vitela de Ávila, o saborosíssimo presunto (jamón) de Guijuelo (Salamanca) e, naturalmente, os enchidos, que constituem um capítulo emblemático na gastronomia 56 Codornizes estufadas à moda de Valhadolid, as perdizes de Segóvia e os pichones (borrachos) samoranos, são alguns dos guisados mais solicitados. Uma das bases da alimentação regional são os legumes. Cozidos como os das aldeias, por exemplo o cozido maragato, não seriam possíveis sem o grão-debico de Fuentesaúco (Samora). De referir também as lentilhas de La Especialidades da cozinha segoviana Armuña (Leão), as batatas burgalesas e o feijão (judión) de Segóvia. Noutro capítulo, há a mencionar a gastronomia relacionada com o peixe. E aqui aparece um elemento tão característico destes lugares como é a truta. Frita em azeite constitui um dos melhores expoentes do que o escritor Álvaro Cunqueiro definiu como “a cozinha cristã do Ocidente”. É que para confeccionar alimentos com tanta personalidade é preciso muito amor, muito tempo e muito talento. Algo que está patente nas inumeráveis especialidades da nossa pastelaria, que possui um toque muito especial. As célebres mantecadas de Astorga, as rosquillas ciegas palentinas, os nicanores de Boñar (Leão), as amêndoas garrapiñadas de Salamanca e as gemas de Santa Teresa (Ávila), têm o seu lugar entre os doces mais saborosos. Naturalmente, qualquer ementa que se preze deverá ser acompanhada por algum dos ilustres vinhos da Região alimento e sinal de saúde que, nos últimos tempos, tem vindo a ganhar um espaço bem merecido nos mercados internacionais. O extraordinário vinho de Ribera (da Ribeira do Douro), o vinho rosé de Cigales, o vinho branco de Rueda, o vinho tinto de Toro e os famosos vinhos de El Bierzo são alguns dos melhores exemplos desses vinhos que, bebidos frescos e puros, podem superar em qualidade os seus equivalentes europeus. cantam no Natal, em percursos alegre e festivos que incluem os habituais villancicos (canções de Natal). Outro tipo de música está relacionada com a liturgia religiosa, como as danzas (danças) que, ao som da dulçaína e do tamboril, executam os mozos (moços) perante a talha do padroeiro da localidade. Um ritual de singular colorido, cheio de profunda emoção para aqueles que o executam desde tempos imemoriais. Folclore e artesanato O folclore autóctone, cheio de sentido popular, formou-se da mesma matéria com que foram feitos os habitantes do Planalto. Porque a formidável riqueza quantitativa se deve à pluralidade de influxos étnicos e culturais que estas terras assimilaram. O seu melhor resultado foi reflectir com um enorme valor estético o amor às próprias coisas: a música, os costumes, e naturalmente uma história compartilhada. É um folclore associado a actos e tradições, trabalhos e cerimónias comuns em vilas e aldeias. Por exemplo, as coplas que se 58 Mercado de artesanato na Calle Mayor. Palência Um folclore com muita graça e engenho é o que acompanha as rondas de enamorados (serenatas de namorados). Ao som de guitarras e bandurras, os rapazes percorrem as ruas cantando canções às suas amadas. São versos e letras que reflectem perfeitamente os sentimentos e as tradições das gentes desta terra. Ainda existem, em torno do maciço de Gredos, em Ávila, oficinas onde são feitos notáveis trabalhos em madeira, couro, vime e cerâmica. A capital burgalesa oferece mostras do elegante mobiliário clássico castelhano, enquanto que na província se destaca a crescente actividade da olaria de Arenas de San Pedro. E algo parecido se passa com o artesanato, cheio de matizes e de encanto. Porque apesar do inevitável retrocesso sofrido pelos objectos feitos à mão, as técnicas artesanais evoluíram para combinar os modelos tradicionais com novas orientações industriais. Assim, mantêm-se diversas sagas familiares que continuam um trabalho iniciado pelos seus antepassados há centenas de anos. Os teares tradicionais de Val de San Lorenzo, perto de Astorga, fabricam os tradicionais e bem conhecidos cobertores e tapetes. Produtos que se encontram, também, entre os mais populares de Palência: os resistentes cobertores fabricados em pura lã. do Campo Charro, como são as selas de montar ou os famosos botos camperos (botas de montar). Muito típicas são as peças da ourivesaria charra, principalmente as filigranas de prata em forma de anéis e brincos. A melhor arte do bordado está presente nos trajes de vistas (fatos “de vistas”) de La Alberca, vestes adornadas com jóias e ourivesaria, que se utilizam nas festas. Em Segóvia destacam-se as tapeçarias e a curtimenta muito disseminada nalguns pontos da província. Sória apresenta móveis de madeira, além de trabalhos de forja. As oficinas valhissoletanas, por seu turno, são especializados em cerâmica e cestaria, enquanto que a produção mais conhecida de Samora é a tanoaria, que se faz em Nava del Rey, de acordo com as necessidades da Tierra del Vino. A província que oferece maior variedade é, sem dúvida, Salamanca. Na capital podemos encontrar trabalhos relacionados com a actividade de ganadaria 59 INFORMAÇÕES ÚTEIS Indicativo internacional: 34 TELEFONE PARA INFORMAÇÃO TURÍSTICA TURESPAÑA www.spain.info INFORMAÇÃO TURÍSTICA DE CASTELA-E-LEÃO % 902 203 030 www.turismocastillayleon.com FEDERAÇÃO DE CENTROS DE INICIATIVAS TURÍSTICAS DE CASTELA-E-LEÃO-FECITCAL Pasión, 5-7, 4ºA 47001 Valhadolid % 983 357 899 ) 983 357 999 POSTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA Ávila San Segundo, 17 05001 Ávila % 920 211 387 Burgos Plaza Alonso Martínez, 7 09003 Burgos % 947 203 125 Leão Plaza de Regla, 3 24003 León % 987 237 082 Palência Calle Mayor, 105 34001 Palencia % 979 740 068 Salamanca Casa de las Conchas Rúa Mayor 37002 Salamanca % 923 268 571 Segóvia Plaza Mayor, 10 40001 Segovia % 921 460 334 Sória Medinaceli, 2 42003 Soria % 975 212 052 Valhadolid Pabellón de Cristal Acera de Recoletos 47004 Valladolid % 983 219 310 Samora Avda Principe Asturias, 1 49014 Zamora % 980 531 845 Madrid Gabinete de Promoção Turística de Castela-e-Leão Gabinete de Promoción Turística de Castilla y León Alcala, 79 28009 Madrid % 915 780 324 PARADORES DE TURISMO Central de Reservas Requena, 3 28013 Madrid % 902 547 979 ) 902 525 432 www.parador.es Ávila Parador de Ávila Marqués Canales de Chozas, 2 % 920 211 340 ) 920 226 166 Parador de Gredos Carretera Barraco-Béjar, km 43 Navarredonda de Gredos % 920 348 048 ) 920 348 205 Burgos Parador de Lerma Plaza Mayor, 1 % 947 170 685 ) 947 170 685 Leão Parador “Hotel San Marcos” Plaza de San Marcos, 7 % 987 237 300 ) 987 233 458 Parador de Villafranca del Bierzo Avenida Calvo Sotelo % 987 540 175 ) 987 540 010 Palência Parador de Cervera del Pisuerga Carretera de Resoba, km 2 % 979 870 075 ) 979 870 105 Salamanca Parador de Salamanca Teso de la Feria, 2 % 923 192 082 ) 923 192 087 Parador de Ciudad Rodrigo Plaza del Castillo, 1 % 923 460 150 ) 923 460 404 Segóvia Parador de Segovia Carretera de Valladolid - La Lastrilla % 921 443 737 ) 921 437 362 Sória Parador de Soria Parque del Castillo % 975 240 800 ) 975 240 803 Valhadolid Parador de Tordesillas Carretera de Salamanca % 983 770 051 ) 983 771 013 Samora Parador de Zamora Plaza de Viriato, 5 % 980 514 497 ) 980 530 063 Parador de Benavente Paseo de Ramón y Cajal % 980 630 300 ) 980 630 303 Parador de Puebla de Sanabria Avenida Lago de Sanabria, 8 % 980 620 001 ) 980 620 351 TRANSPORTES ESTAÇÕES RODOVIÁRIAS Ávila % 920 220 154 Burgos % 947 288 855 Leão % 987 211 000 Palência % 979 743 222 Salamanca % 923 236 717 Segóvia % 921 427 705 Sória % 975 225 160 AENA % 902 404 704 www.aena.es Brasil Fernando El Santo, 6 % 917 020 689 ) 917 004 660 Portugal Pinar, 1 % 917 824 960 ) 917 824 972 Castela-e-Leão ADIF % 902 432 343 Informação Internacional % 902 243 402 www.adif.es EMBAIXADAS EM MADRID Espanha Valhadolid % 983 236 308 Samora % 980 521 281 TELEFONES DE INTERESSE Emergências % 112 Urgências Médicas % 061 Guardia Civil % 062 Polícia Nacional % 091 Polícia Municipal % 092 Informação acerca das estradas % 900 123 505 www.dgt.es Informação ao público % 010 Correios e Telégrafos % 902 197 197 www.correos.es DELEGAÇÕES ESPANHOLAS DO TURISMO NO ESTRANGEIRO BRASIL. São Paulo Escritório Espanhol de Turismo Rua Zequinha de Abreu, 78 Cep 01250 SÃO PAULO % 5511/36 75 20 00 ) 5511/38 72 07 33 www.spain.info/br e-mail: [email protected] PORTUGAL. Lisboa Delegaçao Oficial do Turismo Espanhol Av. Sidónio Pais, 28 – 3º dto. 1050 – 215 LISBOA % 351 21/ 315 30 92 ) 351 21/ 354 03 32 www.spain.info/pt e-mail: [email protected] COMUNIDADE EUROPEIA Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional P cub castilla leon portugues:Maquetación 1 29/9/09 10:46 Página 2 S U M A R I O SANTANDER 26 km PANES 10 km CANGAS DE ONÍS 13 km Puentenansa Pola de P. N. PICOS DE EUROPA Laviana Campo s de Europa N-625 P i c o 2519 Naranjo 2648 de Caso de Bulnes Posada Cabañaquinta Tarna Fuente Dé de Valdeón 1490 R A C A N T Á B IRÚN 3 km Na rc ea Puente Viesgo Arga D E Río S Va l Río de ra du ey S Cea erga Río Portugal P O R T U G A L a m L ra ar d A u a Zapardiel T R Río TALAVERA DE LA REINA 42 km TOLEDO 60 km ARANJUEZ 30 km TARANCÓN 17 km ALCAÑIZ 99 km CÁCERES 87 km 2ª edição a Jiloc llo Ga Imprimido em Espanha Maqueta: P&L MARÍN a sm D.L. AB-516-2009 NIPO: 704-09-347-0 Adaja Impressão: AGSM S.A. Río Publicado por: © Turespaña Secretaría de Estado y Turismo Ministerio de Industria, Turismo y Comercio Agueda Fotografias: Arquivo fotográfico de TURESPAÑA Río Melilla Tradução: Sérgio Brandão Cardoso dos Santos Ere Ceuta Texto: Javier Tomé Río Mar Mediterrâneo Oceano Atlântico DO UR O ESPANHA tón Río ra Du Madrid ZARAGOZA 45 km Sab or Río PONTEVEDRA 102 km Ega Pisu JACA 50 km Río Castelae-Leão Lisboa n França Mar Cantábrico o 50 52 54 60 big Paris rrió Londres Ca Reino Unido Dublin Río Irlanda Es la RÍ O L E Ó N Rí o Río ón al N Na via o A CORUÑA 84 km Grandas de Salime Rí 1 8 8 11 14 17 20 23 26 29 32 35 36 38 40 42 44 46 48 Mieres N-634 Zarautz Deba Oiartzun Barakaldo Arredondo Cangas N-121 N-621 1712 Ramales Baamonde AP-8 Hernani Zestoa Peña Selaya de la Victoria Balmaseda Pola de Narcea C O BILBAO Doneztebe/ Alceda Sagra Eibar A-67 Azpeitia Andoain Pradairo de Lena Rábade Potes R D Durango Santesteban 1029 2046 Llodio I 1890 N-611 L L E Tolosa FRANCIA N-240 Marentes R I C A N-611 Espinosa de Artziniega Bergara Zumarraga N-130 LUGO Peña Prieta PARQUE NATURAL FUENTES CARRIONAS Emb. PAJARES-VALGRANDE los Monteros N-629 Cofiñal Arrasate/ 2536 1178 Braña Caballo Peña Ubiña Y FUENTE COBRE-MONTAÑA PALENTINA del Ebro Isoba SAN ISIDRO Riaño Mondragón O Corgo 2189 LEITARIEGOS Palas Espigüete Amurrio AP-68 Emb. de Lekunberri Orreaga/ Puebla 2417 Degaña Corconte Villalázara San Salvador Emb. N-I 2450 1431 2136 Reinosa Oñati Aitzgorri Boca de Rei Urrúnaga N-138 Roncesvalles Sena de Lillo de Riaño Medina Villamanín de Cantamuda Villarcayo Guntín EtxarriOrduña Babia de Huérgano Emb. de Villablino Legutiano 1544 Caldas Arija BRAÑOSERA de Luna Barruelo Soncillo de Pomar Murgia de Pallarés Irurtzun Vegacervera Juan Benet Aranatz Miravalles Emb. de Emb. Emb. de RÍO Becerreá de Luna N-630 Brañosera de Santullán 1969 Villarias Berberana N-623 Cervera/Ruesga Emb. de de Ullívarri Camporredondo N-135 Boñar Mirantes Barrios AP-15 Altsasu/ Cervera Portomarín ALTO CAMPOO Escalada Páramo 2117 Murias de de Burbia Fabero Ezcároz/ Luna La Vecilla de Luna N-VI A-6 Alsasua de Pisuerga 1835 Guardo Trespaderne del Sil Catoute Paredes Egüés Sarriá Ezkaroze VITORIAEmb. de Salvatierra/ Valdelateja La Robla Cistierna Emb. Aguilar AP-66 Aguilar PAMPLONA-IRUÑA Santibáñez N-540 Santibañez de Belesar Agurain Oña GASTEIZ E L B I E R Z O Toreno Altotero Vegas de Campoo Basconcillos Noáin/Noain de la Peña Miranda de Ordás Folgoso Frías Estella/ Chantada Olleros 1176 Villaquilambre 1059 N-625 del Tozo Herrería San Fiz de Seo San Miguel Lumbier de Ebro Treviño Río Sedano de la Ribera Lizarra N-621 Buenavista Maeztu/Maestu N-232 Pancorbo Amaya de Incio N-I de las Dueñas Monforte N-627 Zambrana Puente la de Valdavia Carrizo de San Miguel Almanza 1373 Humada Poza de la Sal Villafranca de Lemos N-121 Bembibre Reina/Gares La Nuez N-111 978 del Camino la Ribera Gradefes AP-1 Herrera de del Bierzo Haro N-120 Ponferrada 1414 N-VI de Arriba Benavides LEÓN Briviesca EBR Tafalla Pisuerga O Sangüesa/ Saldaña AP-68 de Órbigo N-120 Onzonilla Mansilla Villadiego Río Los Arcos Monasterio Zangoza E Pedrosa Lerín N-611 N-536 de las Mulas AP-71 N-I Santo DomingoLOGROÑO A Pobra Sil T Santa Colomba de Rodilla Luíntra de la Vega Melgar de Valdevimbre Astorga Hospital i e Belorado N-120 Olite de la Calzada A-231 N O Barco de Trives de Somoza Sotopalacios Lodosa r Fernamental Santas 1848 Sahagún ra O Freixido de Órbigo Teleno Andosilla AP-15 OURENSE A-231 N-120 de AP-68 Carrión de M N-630 Martas N-601 Destriana Nájera la Demanda N-120 Villalcázar Manzaneda los Condes N-232 Encinedo L A M A R2185 Arlanzón 957 Villasur Marcilla A G AT E R I A O Bolo Peña Baños 1778 San Millán 1491 BURGOS de Sirga Castrojeriz Caparroso Cervatos de Trevinca VillafríaArlanz de Herreros Ezcaray de la Cogolla La Bañeza Río Villamañán de Molgas Valencia Peña ón Calahorra Manzaneda A-52 la Cueza Sadaba Río Negra Truchas A Veiga 2127 Frómista o Cabia de Don Juan í Sarracín Castrocontrigo Vilar de Barrio CABEZA DE R VALDEZCARAY Emb. de a de La Cabr Pineda de Cisneros Sierr e Alfaro 2124 Arnedillo Villada r a Urquiza Er Justel MANZANEDA PARQUE NATURAL LAGO Ejea de A-66 N-525 i A-1 a la Sierra Lago Arnedo San Lorenzo A-62 DE SANABRIA Villanueva Paredes Cuevas de los Caballeros Frechilla Villalón de Sanabria 2262 San Martín Mahamud Astudillo Palacios VALLE DEL SOL 1456 A Gudiña Villaquejida de Cameros Castejón de Nava San Clemente de Campos Fuentes de Castañeda Xinzo de Sanabria Laza Villahoz Corella Montenegro Valderas Cornago N-622 de Limia Cualedro 1291 N-525 N-111 de Nava Salas Mombuey Covarrubias Yanguas Ayedo Tudela 646 de Cameros Puebla Torquemada Benavente N-610 Río Loma Negra Peña Nofre A Mezquita Padornelo Arla A-52 de los Infantes Laguna N-113 1719 Cervera del SANTA INÉS Río N-610 T I E R R A D E nza de Sanabria Tera Lerma Negra Villarramiel San Pedro 2142 CAMPOS Quintanar Río Alhama Baltar Santa Cristina Villardeciervos VALLE Verín Santo Domingo Manrique Villanueva N-121 S Cebolla Corraes Portelo PALENCIA Tauste de la Sierra ie N-232 1262 D E L T E R A de la Polvorosa Magaz Valdeavellano de Silos del Campo Baltanás Ampudia Vinuesa rr Rabanera Lagunas Figueruela 1412 Huerta de Tera a 854 San Vicente Tarazona Tábara Valdosa de Villafáfila Magaña del Pinar Covaleda Dueñas Villafruela de Arriba d Cevico de o Villalpando uill Medina Montealegre N-630 Emb. de Feces de la Cabeza q Caleruega del Rey Agreda e l M Navaleno la Torre Cuerda del Pozo 1419 San Vitero BRAGANÇA Se de Rioseco Cubillas de A-6 on Villarrín Granja de 1012 ca N-234 Garray PARQUE NATURAL San Leonardo N-122 Matute Villabrágima yo Santa Marta de Campos Moreruela Chaves Valoria Abejar CAÑON DEL de Yagüe Río A-62 La Horra Gumiel a N-601 1318 Trabazos 882 2313 Castromonte guev RÍO LOBOS s la Buena Alcañices E de Hizán Emb. de Ólvega Tabuenca SORIA Ricobayo Villafuerte Roa N-122 Río Ucero Castronuevo Aranda Peñaranda 724 Almenar Sta. Luz Calatañazor Hinodejo Villanubla 818 VALLADOLID N-234 910 N-111 de Duero de Duero El Burgo de Soria Carbajales N-631 N-122 1375 Ciria Vezdemarbán N-122 PARQUE NATURAL N-122 de Osma de Alba Fuentepinilla Quintanilla Gómara HOCES DEL RÍO RIAZA La Vid Langa Tudela Peñafiel Illueca Simancas Toro A-11 Villalcampo La Almunia de Onésimo Macedo Mirandela de Duero San Esteban Torrelapaja de Duero Laguna N-122 Miranda do Douro Emb. de de Doña Godina Hortezuela de Cavaleiros Rubio ZAMORA 999 Villalcampo Emb. de de Duero Maderuelo de Gormaz Cabrera Viloria Portillo 1313 Linares Tordesillas Almazán 1433 Bermillo del Arroyo Ria Deza Gormaz Rueda za Río Berlanga de Sayago 983 A-1 Corrales Venialbo Pereruela Castronuño A-6 Montejo de Duero Caltojar 785 Monteagudo Alhama N-110 Cibanal Cuéllar Calatayud C La Bóveda eg N-630 PARQUE NATURAL Fermoselle de Tiermes a Hontalbilla de Aragón Alaejos Íscar de Toro HOCES DEL DURATÓN Retortillo Emb. de 1411 El Cubo de Adradas Cariñena Aldeadávila Lastras de de Soria Fuentelapeña A-62 Riaza Medina Olmedo Tierra del Vino Sepúlveda Baraona Paracuellos Cuéllar Santa María 885 Navas Coca N-601 del Campo Alfaraz Pereña de Cantalejo N-620 Cantalojas de Jiloca La Pinilla de Huerta de Oro 1299 Masueco la Ribera Emb. de Fuentesaúco Cerezo de Abajo Almendra Calzada Auto-estrada Atienza Madrigal de Río Turégano Vilvestre LA PINILLA Rí Arcos Jaraba Castillejo N-110 Medinaceli de Valdunciel o las Altas Torres Nava de 964 Carbonero Pedraza Autovia 818 Ledesma Daroca de Jalón Nuévalos Santa Cruz Hiendelaencina 1310 el Mayor Collado la Asunción Esteras RÍO Sierra Cantalapiedra Milmarcos La Vellés Río Estrada nacional 1423 Arévalo Colmenar Vitigudino Ministra Zarapicos Hermoso de Medinaceli Rasueros Santa María de la Sierra La Fregeneda Cabrerizos Sigüenza Estrada Rede Básica 1ª ordem Buitrago Sotosalbos Villar de SALAMANCA Sauca G PARQUE NATURAL Espinosa de los la Real de Nieva Alcolea de Lozoya e A-2 1518 ARRIBES DEL DUERO Peralonso d Tormes Babilafuente Estrada Rede Básica 2ª ordem Caballeros Cogolludo del Pinar Torrecaballeros SEGOVIA Peñaranda a Sando Calamocha Lumbrales rr Rillo Santa Marta Jadraque Algora e i Lozoyuela Adanero de Bracamonte S Encinas Río de Gallo de Tormes Estrada locall La Fuente de Berzosa San Ildefonso Fuentemilanos Masegoso N-501 N-620 de Abajo 826 Hernansancho Alba de AP-61 San Esteban N o La Granja Caminhos-de-ferro Monreal Torrelaguna de Tajuña Labajos N-603 Macotera Tormes Retortillo N-403 Río Corduente A-62 del Campo Vecinos Buenavista San Pedro Miraflores E Comboio de alta velocidade TAJO Valdecarros N-211 Hu Villacastín del Arroyo eb SanctiVALDESQUÍ Las Veguillas Mingorria AP-51 N-204 Património da Humanidade ra C El Molar Fresno- Alaraz Ye Brihuega Muñico Spiritus Vilar AP-6 lte Volto NAVACERRADA Trillo Tamames Linares s ya N-234 Alhándiga Parador de Turismo Poveda N-110 Colmenar Viejo N-320 Emb. de Formoso Diego Valdihuela 1498 Entrepeñas de la Sierra 1531 1728 A San Lorenzo Morasverdes PARQUE NATURAL de Riofrío Endrinal del Carpio Hostería ÁVILA Algete Palomera Guadarrama QUILAMAS de El Escorial GUADALAJARA A-1 R-2 Guijuelo Emb. de M Campo de golfe Muñana El Cabaco San Miguel Ciudad Rodrigo Santa Teresa Alcobendas N-320 Peña de de Valero N-630 iela Galapagar A-6 E Navas del A-2 Beteta N-110 ad Horche N Parque de campismo Francia 1732 Cespedosa Serrota N-502 Gu Marqués T Alcalá S I E R R A El Bodón Riofrío a El Barraco Piedrahita 2294 Menga Doca desportiva La Alberca Miranda D E B É J A R t de Henares Las Rozas S Albarracín Sacedón 1566 a o í R I Navaluenga Cebreros G Casares de Sotoserrano del Castañar Béjar San Felipe Navarredonda Torrejón Guadalv Balneário Priego Emb. de El Barco Brunete iar 1839 Pastrana e S Burgohondo El Tiemblo de Gredos Buendía de Ardoz las Hurdes d Nuevo Candelario de Ávila Leganés Hoyos Estância de esqui PARQUE NATURAL Mezas Albalate de 1955 Cañaveras a Picos MADRID R-3 Batzán Mondéjar PARQUE NATURAL LA COVATILLA s r Móstoles 1265 del Espino r o LAS BATUECAS1352 1367 las Nogueras e Casavieja Sotillo de e d Aeroporto Almanzor Laguna Jañona A-5 Arganda S i R-5 PEÑA DE FRANCIA DE CANDELARIO Los Llanos N-320 Getafe A-3 G r Almonacid e Grande 0 20 40 60 Km Navalcarnero Fuenlabrada Almoguera de Zorita la Adrada 2592 S i e r r a d del Tormes Villanueva N-630 Hervás Parque nacional Valverde e A-4 Villar de Guisando h Mombeltrán Pedro Bernardo Driebes rc del Fresno de la Sierra Pozuelos be Parla Parque natural Domingo García 1368 Al A-66 Lanzahita Candeleda Arenas de CARTOGRAFÍA: GCAR, S.L. Cardenal Silíceo, 35 Barajas 1180 El Real de o de Zarzón N-110 Ciempozuelos Tel. 914 167 341 - 28002 MADRID - AÑO 2005 Caminho de Santiago de Melo Altomira Chinchón San Vicente Rí N-403 Tiétar San Pedro R-4 Jarandilla [email protected] Fuentidueña A-42 CUENCA Colmenar Huete Jaraiz de de la Vera Río Moraleja de Tajo Maqueda de Oreja la Vera Plasencia Meira Ór Introdução Passeio pelas capitais Ávila Burgos Leão Palência Salamanca Segóvia Sória Valhadolid Samora Desfrutar Castela-e-Leão Ávila. O Circo de Gredos Burgos. Coração de Castela Leão. O Caminho de Santiago Palência. O Românico Salamanca. A Serrania Segóvia. Os Reales Sitios Sória. Por terras de El Cid Valhadolid. Vinhedos e Mosteiros Samora. Os Lagos de Sanábria Lazer e espectáculos Informações úteis OVIEDO 14 km O MIÑ