Modelo Relatorio Estagio

Transcrição

Modelo Relatorio Estagio
FELIPE NECKEL GOULART
GEOPROCESSAMENTO E PLANEJAMENTO FLORESTAL
Lages, SC
2009
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS – CAV
FELIPE NECKEL GOULART
GEOPROCESSAMENTO E PLANEJAMENTO FLORESTAL
Relatório de Estágio apresentado ao Centro de
Ciências Agroveterinárias da Universidade do
Estado de Santa Catarina como requisito para
obtenção de título de Engenheiro Florestal.
Orientador: Dr. Sílvio Luís Rafaeli Neto
LAGES, SC
2009
FELIPE NECKEL GOULART
GEOPROCESSAMENTO E PLANEJAMENTO FLORESTAL
Relatório de Estágio aprovado como requisito para obtenção do título de Engenheiro Florestal
do curso de Engenharia Florestal do Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do
Estado de Santa Catarina.
Banca Examinadora:
Orientador:
Sílvio Luís Rafaeli Neto, Dr.
UDESC
Membros:
André Felipe Hess, Dr.
UDESC
Membros:
Geedre Adriano Borsoi, Dr.
UDESC
Lages, SC, Novembro de 2009.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a meu pai e minha mãe, pela oportunidade que me foi dada e acima de
tudo, pelo exemplo, educação e juntamente com minha irmã, o porto seguro que é a família.
À minha namorada pelo carinho e atenção, e agora pela paciência durante este período
de distância.
Aos poucos, porém grandes amigos que acompanharam ou juntaram-se a esta
caminhada.
A todos os professores, que de certa forma transmitiram ou dificultaram o processo de
criação do conhecimento durante toda esta caminhada acadêmica, em especial ao professor
Sílvio pela orientação e conselhos durante este relatório.
À Klabin S/A, pela oportunidade única que me foi concedida e a todos que tão bem
me receberam e fizeram parte do meu dia-a-dia, em especial o pessoal do GEO, da proteção
florestal e do “pé-duro” de toda segunda-feira.
E por fim, mas não menos importante, a Deus, fonte de força e esperança na luta
diária.
IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO
Nome do Estagiário:
Felipe Neckel Goulart
Área do Estágio:
Geoprocessamento e Planejamento Florestal
Empresa ou Órgão:
Klabin S/A
Endereço:
Fazenda Monte Alegre, Telêmaco Borba – Paraná
Supervisor do Estágio:
Nilton Luis Venturi
Abél Evaldo Magatao
Professor Orientador:
Sílvio Luís Rafaeli Neto
Carga horária:
680h
Período:
30/07/2009 a 1/12/2009
LISTA DE ABREVIATURAS
ADA:
Ato Declaratório Ambiental
CCIR:
Certificado de Cadastro de Imóvel Rural
DARF:
Documento de Arrecadação Federal
GEO:
Divisão do setor de planejamento responsável pelo geoprocessamento
GIS:
Geografic Information System
GPS:
Geografic Position System
IBAMA:
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
INCRA:
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
ISO:
Internacional Organization of Standartization
ITR:
Imposto Territorial Rural
OHSAS
Occupational Health and Safety Assessment Series (Série de Avaliação
de Saúde e Segurança Ocupacional)
RF:
Receita Federal
S/A:
Sociedade Anônima;
SAP:
Systems, Applications and Products in Data Processing (Sistemas,
Aplicações e Produtos para Processamento de Dados)
SIG:
Termo em português para GIS, Sistema de Informação Geográfica
SQL:
Structured Query Language (Linguagem de Consulta Estruturada)
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Mapa de solos da unidade de Monte Alegre. ............................................................ 13
Figura 2: Mapa de diferentes entidades de solo dentro de uma mesma entidade talhão. ......... 14
Figura 3: Legenda padrão de declividade percentual e seu relevo correspondente.................. 16
Figura 4: Mapa de declividade da Fazenda Renascença. ......................................................... 16
Figura 5: Legenda das classes de solos. ................................................................................... 17
Quadro 1: Descrição das Unidades de Manejo ......................................................................... 18
Figura 6: Mapa de uso e ocupação de solo na RF BAG. .......................................................... 19
Figura 7: Mapa de classes de solo da RF BAG. ....................................................................... 19
Figura 8: Mapa de Unidades de Manejo de Solo da RF BAG. ................................................ 20
Figura 9: Balizas marcando readequação de uma estrada existente. ........................................ 21
Figura 10: Área preparada sem plantio..................................................................................... 22
Figura 11: Tabela de atributos de estradas. .............................................................................. 23
Figura 12: Problemas na base de dados, com atributos de estrada incorretos. ......................... 24
Figura 13: Mapa de estradas e mapa de pontos e sua referida tabela de atributos. .................. 25
Figura 14: Diagrama de apresentação do banco de dados ........................................................ 30
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 8
2. FAZENDA MONTE ALEGRE ......................................................................................... 10
3. GEOPROCESSAMENTO ................................................................................................. 12
3.1. AJUSTE DOS MAPAS DE SOLOS ................................................................................. 12
3.2 UNIDADES DE MANEJO DE SOLO .............................................................................. 15
3.3 EDIÇÃO DE MAPAS ........................................................................................................ 20
3.4 CADASTRO DE ESTRADAS........................................................................................... 23
3.5 CADASTRO DE PONTOS ................................................................................................ 24
3.6 PADRONIZAÇÃO CARTOGRÁFICA ............................................................................ 25
4. QUESTÃO FUNDIÁRIA ................................................................................................... 28
4.1 ORGANIZAÇÃO DOS DADOS DA EMPRESA ............................................................. 28
4.2 PROJETO DO BANCO DE DADOS ................................................................................ 29
4.3 LEVANTAMENTO DAS MATRÍCULAS E CADASTRO NO SIG ............................... 30
4. CONCLUSÕES................................................................................................................... 33
5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 34
6. ANEXOS ............................................................................................................................. 35
1. INTRODUÇÃO
Em um sistema produtivo cada vez mais competitivo, os atores inseridos neste
contexto, devem, acima de tudo, estar munidos de informações. Planos e ações devem estar
galgados em bases sólidas, constituídas de informações consistentes e sempre atualizadas.
Com estas afirmações, justifica-se a necessidade de se conhecer a dinâmica e a gestão nos
processos de obtenção e gerenciamento da informação, adentrando-se assim nos sistemas de
gestão da informação, informações geográficas, banco de dados e cadastro fundiário.
A informação é fundamental na empresa, na descoberta e introdução de novas
tecnologias, aproveitamento das oportunidades de investimento e ainda na planificação de
toda a atividade industrial. A gestão de Sistemas de Informação e a sua inserção na estratégia
empresarial são um fator chave na criação de valor agregado e nas vantagens competitivas
para a empresa. Se, por um lado, ajudam a detectar novas oportunidades e criar vantagens
competitivas, por outro, ajudam a defendê-la de ameaças provenientes da concorrência.
Informações sobre a distribuição geográfica de recursos minerais, propriedades,
animais e plantas sempre foi parte importante das atividades das sociedades organizadas. Isto,
até certo tempo, foi feito com documentos e mapas, fator este que dificultava, e por vezes
impedia, a combinação destas informações. Com o desenvolvimento da tecnologia da
informática, foi possível a transferência destas informações para o meio computacional,
abrindo espaço assim, para o Geoprocessamento. (CÂMARA e DAVIS, 2009)
Geoprocessamento são os tratos por meio de técnicas matemáticas e computacionais
de informações geográficas. Segundo CÂMARA e DAVIS (2009), as ferramentas
computacionais para geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação Geográfica
(SIG), permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar
bancos de dados georreferenciados. Tornam ainda possível automatizar a produção de
documentos cartográficos.
Com a necessidade de uma gestão cada vez mais eficiente, e englobando cada vez
mais variáveis, seu uso está crescendo e partindo para áreas como de análise de recursos
naturais, planejamento urbano, transportes, comunicações, etc.
Para uma gestão consistente, não somente é suficiente um alto nível de informação,
9
mas também que a mesma possua qualidade, esteja organizada e acessível a consulta para
orientar a tomada de decisão do gestor. No caso do geoprocessamento, sua meta se mostra
com a finalidade de prover suporte ao ser humano, auxiliando-lhe durante o processo de
tomada de decisão, com vistas a solução de problemas espaciais. (RAFAELI NETO, 2003)
Desta forma, o presente estágio buscou adentrar estes conceitos e aprimorar,
principalmente a qualidade e a gestão da informação. O trabalho foi realizado na Klabin S/A,
na Unidade de Telêmaco Borba – PR. As atividades realizadas foram divididas basicamente
em operação de SIG, com cadastro, ajuste de polígonos e busca de inconsistências e o
recadastramento de parte do setor fundiário, primando principalmente pela qualidade da
informação e dando inicio a um processo de reestruturação no referido setor da empresa.
2. FAZENDA MONTE ALEGRE
Fundada há 110 anos, a Klabin S/A possui 17 unidades industriais no Brasil e uma na
Argentina com capacidade anual de produção de 2 milhões de toneladas de papéis. Foi
pioneira no Brasil em ter suas florestas e seus processos produtivos certificados pelo Forest
Stewardship Council (FSC) – Conselho de Manejo Florestal. A Klabin é a maior produtora,
exportadora e recicladora de papéis do Brasil (Gazeta do Povo).
As florestas do Paraná e de Santa Catarina e todas as unidades industriais no Brasil, de
papéis, cartões, sacos industriais e papelão ondulado, possuem o selo internacional atestando a
rastreabilidade das matérias-primas em todas as etapas da produção. Em 2008 a Klabin
completou dez anos da certificação florestal.
Presente em oito estados, está organizada em quatro unidades de negócios: Florestal,
Papéis, Embalagens de Papelão Ondulado e Sacos Industriais. Comercializa seus produtos
para mais de 50 países, em cinco continentes. No final de 2008, registrava mais de 13,4 mil
empregados próprios e prestadores de serviços. O número de fornecedores chegou a 2.063
empresas nacionais e 170 internacionais.
Em áreas próprias e de parceiros, possui 224 mil hectares de florestas plantadas e 187
mil hectares de matas nativas preservadas nos estados de São Paulo, do Paraná e de Santa
Catarina. Em suas florestas, no Paraná e em Santa Catarina, abriga 899 espécies de animais,
das quais 24 são consideradas ameaçadas de extinção pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Possui certificações de gestão de qualidade ISO 9001 e ambiental ISO 14001 em todas
as unidades de negócio. A Unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR) detém ainda a
certificação OHSAS 18001 (semelhante a ISO), de segurança e saúde ocupacional, e ISO
22000, que regulariza o Sistema de Gestão para Segurança de Alimentos. Conta também com
a avaliação pelo instituto alemão Isega de que os papéis para embalagem podem ser utilizados
em contato direto com os alimentos.
A Fazenda Monte Alegre está localizada no município de Telêmaco Borba - PR,
situada no Segundo Planalto Paranaense, na região Centro-Leste do Estado. Além da Fazenda
Monte Alegre, a empresa possui terras em municípios circunvizinhos, como: Imbaú, Tibagi,
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Ortigueira, Reserva, Cândido de Abreu, Ventania, Rio Branco, Curiúva, Ipiranga, Rosário do
Ivaí e Sapopema.
O território da Fazenda Monte Alegre foi adquirido pela Klabin em 1934. Em 1941,
foi criada a área florestal, com a finalidade de suprir as necessidades de madeira da fábrica.
Em paralelo à exploração de araucária nativa, abundante na região, o setor empenhou-se,
desde o início, na pesquisa de espécies que pudessem se aclimatar na Fazenda Monte Alegre.
Em 1943, iniciaram-se os primeiros reflorestamentos de araucária e eucalipto, e em
1951, foram introduzidas as espécies Pinus taeda e Pinus elliottii, que continuam até os dias
de hoje.
A área fabril opera desde 1946, e tem passado por sucessivos programas de expansão e
modernização, sempre convergindo suas atividades à adoção de tecnologias limpas (redução
no consumo de água e energia, elementos do processo menos agressivos e diminuição do
odor) na produção. Sua capacidade de produção anual é de 610 mil toneladas, tendo como
principais produtos o cartão para embalagens e o kraftliner para caixas de papel ondulado.
Possui as certificações de qualidade ISO 9001:00, concedida ao processo fabril como um
todo, e ISO 14001:96, concedida ao sistema de gestão ambiental.
As unidades da Klabin no município de Telêmaco Borba são as maiores do
grupo, formando o maior complexo floresta-indústria integrado do país. Suas atividades
envolvem desde o reflorestamento até a fabricação de celulose e papel.
A área total de abrangência corresponde a 300.000ha, sendo 123.000ha área de
florestas nativas preservadas e 148.000ha área de reflorestamento.
De acordo com a classificação de Köppen, o clima predominante na região é do tipo
Subtropical transicional para o Temperado propriamente dito, úmido, mesotérmico, sem
estação seca definida. Os verões são quentes e tendem à concentração de chuvas e, no
inverno, as geadas ocorrem com pouca freqüência. A temperatura média anual é de 19,3°C. A
média de precipitação pluviométrica anual é de 1.490 mm. A cobertura vegetal está
classificada como Floresta Ombrófila Mista, que tem o Pinheiro-do-Paraná (Araucaria
angustifolia) como espécie característica.
Este estágio foi dividido basicamente em duas fases principais, sendo a primeira dela,
no geoprocessamento e a segunda na questão fundiária da empresa.
3. GEOPROCESSAMENTO
Entende-se por geoprocessamento a disciplina do conhecimento que utiliza de técnicas
matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica. (CÂMARA e
DAVIS, 2009). Neste mesmo contexto, Sistemas de Informação Geográfica (SIG ou no inglês
GIS), são ferramentas computacionais para o geoprocessamento, que permitem analises mais
complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados.
(CÂMARA e DAVIS, 2009).
As atividades em geoprocessamento se iniciaram com a familiarização dos softwares
ArcView 3.2 e ArcMap 9.2. Nesta fase, e durante todo o estágio, houve o auxilio dos
profissionais da empresa.
O ArcMap é o aplicativo atualizado do ArcView 3.2, logo possuem concepções
semelhantes. Tratam-se de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) capazes de manipular
dados espaciais na forma de mapas vetoriais ou imagens de satélites e atributos associados às
entidades vetoriais. Ao conjunto de dados espaciais e atributos denomina-se Banco de Dados
Geográficos.
Os mapas vetoriais são representações gráficas das feições geográficas de natureza
pontual, linear ou poligonal, associados a atributos. Estes dados podem ser armazenados em
arquivos temáticos, denominados de shape files (.shp) ou em estruturas mais complexas
denominadas de geodatabases. A base de dados da empresa está essencialmente em shape
files. Significa que os dados espaciais ficam armazenados em arquivos gráficos, enquanto os
atributos ficam armazenados em tabelas relacionais. Nesta estrutura, para cada mapa são
gerados 4 arquivos, os quais devem ficar armazenados conjuntamente numa mesma pasta ou
diretório. Através do Arc View ou do Arc Map são criadas visualizações (Views) através das
quais o usuário pode selecionar quais as entidades a serem vistas como por exemplo, um
mapa de talhões (polígonos), combinado com um de estradas e rios (linhas) e ainda com um
de pontes (pontos).
3.1. AJUSTE DOS MAPAS DE SOLOS
Passada a fase de familiarização, partiu-se para trabalhos com a edição de mapas de
solos de toda a unidade de Monte Alegre. A primeira etapa deste processo foi um ajuste dos
mapas de classes de solo para que os mesmos coincidissem com o mapa de talhões da
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empresa. Isto foi necessário devido às bases de dados mais antigas terem sido obtidas por
meio de teodolito e, posteriormente, Estação Total, e ainda passando pelo trabalho de
digitalização dos mapas confeccionados, gerando erros e não sendo tão precisas quanto a
atual, originada por meio de levantamentos com GPS de dupla freqüência. Atualmente este
levantamento mais preciso é realizado por serviço terceirizado. As áreas adquiridas ou
arrendadas recentemente já são levantadas desta forma, não necessitando de tal correção.
Abaixo segue uma figura demonstrando a área geral da unidade de Monte Alegre, em um
mapa de solos.
Figura 1: Mapa de solos da unidade de Monte Alegre.
O trabalho inicial de correção foi levantar todos os arquivos temáticos do tipo .shp
com informações espaciais de solos disponíveis na empresa e aplicar translações conforme o
erro, de forma a coincidir as entidades de solos com as entidades dos talhões. Esta foi uma
atividade demorada e muito trabalhosa, dado o tamanho da área. Este fator (tamanho de área)
é decisivo e freqüentemente utilizado como justificativa para tomada de decisões, tanto
operacionais como administrativas. Com o término deste ajuste, fez-se a união de todas as
informações, através do comando Union, originando um arquivo único das entidades que
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representavam as classes da propriedade. Este procedimento se fez necessário, pois os mapas
de solos foram gerados com base no perímetro das áreas, e assim, atribuiu-se informações de
talhões nos mesmos.
A partir deste arquivo aplicou-se o comando Merge, recortando as entidades de classes
de solos pelas entidades dos talhões. Vale ressaltar, que neste novo mapa gerado foram
reduzidos todos os dados, eliminando diversos campos de atributos, tanto do mapa de solos
como do de talhões. O mapa final carregava como informações apenas o número do talhão, o
código do solo e a área de solo. Com isto, obteve-se um novo mapa, com o qual são geradas
novas informações, importantes para a implantação de uma floresta, como a aptidão (pinus ou
eucalipto) da área. Neste arquivo, está o código de solo referente ao talhão. Como as
entidades de classes de solos se distribuem naturalmente no relevo, as mesmas, na grande
maioria dos casos, não coincidem com as divisões dos talhões, acarretando que um talhão
apresentava duas ou mais classes de solo. Isto é considerado um problema pelo fato de
dificultar a operacionalização de um talhão. Ficaria inviável de se demarcar em campo, de
forma nítida e operacional, os perímetros destas entidades, como na figura abaixo, onde um
talhão apresenta quatro entidades de solo e ainda fica claro o desencontro entre as mesmas e
as entidades de talhões.
Figura 2: Mapa de diferentes entidades de solo dentro de uma mesma entidade talhão.
Para este problema, com a ajuda de um colega, chegou-se a solução por tabela
dinâmica e regra de “SE” no Microsoft Excel. Então, fez-se a exportação para o Microsoft
Excel da tabela de atributos do mapa, com os dados de solo e talhão, e assim chegou-se a
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classe de solo predominante de cada talhão. Um dos problemas para esta geração, foi a
limitação do número de linhas do Microsoft Excel, sendo que o arquivo gerado apresentava
em torno de 190 mil linhas. Como solução, o processamento deste arquivo foi feito pelo
supervisor de estágio, o qual dispunha de recursos para este fim, no caso, uma versão mais
recente do Microsoft Excel (2007), cujo número de linhas gira em torno de 1,5 milhões. Com
o término desta atividade, conseguiu-se gerar informações primordiais para implantação de
uma floresta, pois ao se caracterizar o solo dos talhões, as atividades silviculturais serão
específicas. Assim, ocorrerá uma otimização de recursos, com equipamentos adequados para
as diferentes classes de solos (mais arenosos ou argilosos), quantidades específicas de adubos
e defensivos, atividades que anteriormente eram realizadas de forma mais genérica. Por fim,
com base nestas informações, foi definida a aptidão do talhão, sendo destinada para espécies
de pinus ou de eucalipto, conforme parâmetros estabelecidos para cada classe de solo.
3.2 UNIDADES DE MANEJO DE SOLO
Com o término deste trabalho, partiu-se para um novo, sobre as classes de solos. Este
consistiu em gerar novos mapas com as classes de solos, conforme o levantamento de solo
mais recente que estava sendo feito. O trabalho de mapeamento está sendo feito em etapas,
dada a extensão da área. Este trabalho diferiu do anterior, pois no primeiro foram realizados
ajustes sobre um mapa pronto, e neste, houve a confecção de mapas de declividade e a
posterior criação de mapas de solos, sendo que estes não necessitaram de translações pois já
estavam devidamente georreferenciados na nova base de dados. A princípio, geravam-se
mapas de declividades de uma fazenda, na qual seriam feitas coletas para análise de solos.
Estes mapas de declividade foram gerados com base em cartas adquiridas do Exército
Brasileiro, nas quais haviam curvas de nível de 20 em 20m. Fazia-se uma interpolação para se
chegar a curvas de níveis de 10 em 10m e a partir destas, eram gerados os mapas de
declividades. Vale ressaltar que este não é um procedimento adequado, uma vez que não gera
informação nova de relevo, apenas interpola de forma linear o que já está representado com as
curvas de nível de 20m de desnível.
As declividades geradas foram enquadradas dentro de um intervalo que foi
padronizado para as necessidades da empresa conforme a Figura. 3. Esta mesma base é
utilizada para a geração de mapas de declividade para microplanejamento de colheita. No
levantamento, são feitas coletas de solos em cada classe de declividade.
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Figura 3: Legenda padrão de declividade percentual e seu relevo correspondente.
Figura 4: Mapa de declividade da Fazenda Renascença.
Após o envio das amostras de solo para laboratórios especializados, fez-se a
classificação dos mesmos, através de um consultor contratado pela empresa. A partir das
informações das amostras, faz-se a extrapolação para o mapa da referida fazenda, com as
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manchas de solos predominantes e restritas, conforme o relevo da mesma.
Quando se fala em uma mancha de solo predominante, quer dizer que esta
predominará sobre certo tipo de relevo. Já uma mancha restrita ocorrerá de forma pontual, não
predominando no restante da área.
Os resultados do levantamento de solo foram apresentados ao diretor, gerentes,
coordenadores, especialistas e demais responsáveis por diversos setores da Unidade Florestal,
sendo que no mesmo, além da apresentação do que já se havia sido feito (levantamento
anterior de solos), com números e explicação dos trabalhos, foi demonstrado o que ainda falta
fazer, e ainda, proposto o conceito de Unidades de Manejo.
A classificação de solos gerada pelo consultor apresentou 32 classes de solos, o que é
praticamente impossível de ser implementado devido às grandes dimensões da área (Figura
5).
Figura 5: Legenda das classes de solos.
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As unidades de manejo propostas na apresentação tratavam justamente deste ponto,
agrupando solos com características semelhantes e possibilitando a operacionalização destas
informações, pois foram propostas, durante a apresentação, pelos responsáveis pelo
levantamento, apenas nove unidades de manejo, descritas no quadro abaixo.
Quadro 1: Descrição das Unidades de Manejo
Grupo
1
2
Classe de Solos
Latossolo Vermelho
Latossolo Vermelho-Amarelo
Latossolo Vermelho
Latossolo Amarelo
Textura de
Horizonte
Argilosa ou muito
argilosa
Média ou média
leve
Argilosa ou muito
argilosa
Média e média
leve
3
Cambissolo
4
Cambissolo
5
Neossolo Quartzarênico
Arenosa
6
Neossolo Litólico
Argilosa
7
Neossolo Litólico
Média
8
Argissolo Vermelho-Amarelo
Arenosa
9
Argissolo Vermelho
Nitossolo Vermelho
Média ou argilosa
Relevo
Suave ondulado e
ondulado
Suave ondulado e
ondulado
Suave ondulado e
ondulado
Suave ondulado e
ondulado
Suave ondulado e
ondulado
Ondulado e forte
ondulado
Ondulado e forte
ondulado
Suave ondulado e
ondulado
Ondulado a forte
ondulado
Para novos mapas, agora com unidades de manejo de solo, fazia-se a inclusão de um
novo campo na tabela de atributos, agrupando todos os solos dentro de uma referida unidade
de manejo. Assim, novamente foi necessário exportar a tabela de atributos com as
informações gerais de solos para o Microsoft Excel, gerando a informação de unidade de
manejo dominante no talhão e os consequentes tratamentos específicos que o mesmo irá
receber. Na sequência, as figuras de uso e ocupação de solo, classes de solo e unidades de
manejo de solo fornecem uma visão desse processo de zoneamento de áreas produtivas e
agrupamento de solos semelhantes. (Figuras 6, 7 e 8).
19
Figura 6: Mapa de uso e ocupação de solo na RF BAG.
Figura 7: Mapa de classes de solo da RF BAG.
20
Figura 8: Mapa de Unidades de Manejo de Solo da RF BAG.
Durante a apresentação do trabalho, houve uma certa restrição quando da definição
das unidades de manejo, pois alegava-se que, generalizando, se estaria desperdiçando
recursos. Ora, se até o atual momento, todos os talhões são tratados de maneira semelhante,
apenas diferenciando-se a aptidão do mesmo para uma ou outra espécie e com algumas
receitas genéricas para aplicação de adubos, como que se vai partir do zero para 32 tratos
silviculturais diferentes conforme cada classe de solo? Em um momento posterior, além de
mais provável é também mais simples a implementação de tais ações, pois já se tem uma
prévia com as unidades de manejo.
3.3 EDIÇÃO DE MAPAS
Após o levantamento de uso de solo, mapeamento do curso de nascentes e marcação
dos limites das Áreas de Preservação Permanente (APP), realizados por uma empresa
terceirizada, os mapas foram repassados para o setor de geoprocessamento da empresa. Estes
mapas serviram de referência para a definição dos talhões e áreas de Reserva Legal, conforme
o Código Florestal. Paralelamente, foi feita a marcação de estradas novas na área e
readequação das existentes, a fim de evitar o excesso de estradas (comum em áreas antigas) e
a erosão nas mesmas, quando mal projetadas, conforme Figura 6. Há um profissional
específico para esta área, com experiência de campo e que esteve presente em várias visitas e
21
consultorias prestadas na área de estradas.
Figura 9: Balizas marcando readequação de uma estrada existente.
Os mapas finais foram passados para o setor de silvicultura (implantação), cujo
supervisor determinaria uma das empresas terceirizadas responsáveis pelo preparo do terreno,
implantação e manutenção do plantio, não sendo necessariamente a mesma que realizaria as
três atividades na área.
A empresa contratada realiza a implantação e entrega, quando concluída, da área para
o supervisor responsável. O setor de geoprocessamento é informado e parte-se para um novo
levantamento de uso e ocupação do solo, verificando áreas que ficaram sem plantio, como na
Figura 10, e também áreas de preservação permanente que foram invadidas pelo plantio. O
novo levantamento é passado novamente ao setor de geoprocessamento e assim, um
funcionário vai a campo verificar, se realmente procede a informação de invasão em APP e de
áreas que ficaram sem plantio. Conforme os resultados obtidos, os mapas são atualizados,
com eliminação de áreas ou troca de atributos, em conformidade com as informações
atualizadas.
22
Figura 10: Área preparada sem plantio.
Neste ponto, podem ocorrer alguns problemas. Na conclusão do serviço da empresa, o
supervisor deveria fazer a fiscalização completa da área, o que nem sempre ocorre. Sendo
assim, um novo levantamento deve ser contratado e ainda deslocado um profissional do setor
de geoprocessamento para verificação das informações a campo. Muitas vezes, este trabalho
de verificação, acaba recaindo sobre o profissional responsável pelas estradas, algo que
consome tempo e limita as atividades de sua real atribuição.
Portanto, alguns trabalhos ficam incompletos e consequentemente há necessidade de
refazê-los. Tanto a equipe de silvicultura, como a equipe de geoprocessamento, possuem um
quadro restrito de profissionais, estes problemas descritos anteriormente acabam acontecendo.
Contratações para ambos setores, podem otimizar este trabalho e consequentemente evitar
esta série de retrabalhos. Isto acontece ainda em um momento em que o ritmo de plantio e
aquisição de novas áreas é lento, reflexos da crise econômica. Mas há proposta para retomada
das atividades de implantação para o ritmo anterior à crise. Caso ocorra, estes mesmos
problemas tendem a se agravar e corre-se o risco de perda do controle desta situação (base
cartográfica não condizente com a realidade e não conformidade com a legislação) devido ao
excesso de atividades para poucos profissionais. De qualquer forma, alguns setores serão
prejudicados e deixarão a desejar nas funções que devem realizar.
23
3.4 CADASTRO DE ESTRADAS
O cadastro de estradas foi outra atividade desenvolvida, cujo trabalho consistiu em
fazer o traçado de linhas representando estradas pelo seu eixo central. Este trabalho foi
realizado com a finalidade de cadastrar e atualizar estradas, sendo que as mesmas são
caracterizadas conforme sua pavimentação (Figura 7).
Figura 11: Tabela de atributos de estradas.
Estes dados servem de critério para tomada de decisão, como no momento em que há
chuvas e se necessita de talhões que estejam junto a estradas cascalhadas. Outro fator
importante do cadastro de estradas é para o cálculo do custo de fretes, sendo utilizadas
informações de distância e condições da estrada. Durante este trabalho, pode-se notar
problemas na base de dados referentes a atributos das estradas que estavam com atributos de
talhão, por exemplo. Neste momento, o polígono era editado, sendo recortada a parte referente
a estrada e posteriormente corrigido o atributo do novo polígono gerado (Figura 8).
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Figura 12: Problemas na base de dados, com atributos de estrada incorretos.
3.5 CADASTRO DE PONTOS
Paralelamente a edição das estradas, foi feita a criação de um mapa de pontos, para o
cadastramento de pontes, bueiros e passagens molhadas. O trabalho era realizado visualmente,
fazendo a verificação nos mapas, passados pelos responsáveis pela manutenção das estradas,
que marcavam as obras conforme as mesmas são construídas. Os pontos eram inseridos no
momento em que as linhas de estradas cruzavam linhas de rios. Os atributos do ponto eram
“tipo de obra” (bueiro, passagem molhada ou ponte) e seu “status” (construída, a construir e
existente), demonstrados na figura 13.
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Figura 13: Mapa de estradas e mapa de pontos e sua referida tabela de atributos.
3.6 PADRONIZAÇÃO CARTOGRÁFICA
Um dos maiores problemas encontrados foi a falta de padronização tanto de atributos
como de lay-outs de mapas. A empresa não possui um lay-out padrão para rótulos e legendas.
Funcionários do setor de geoprocessamento estão tentando implantar uma legenda padrão.
A falta de um padrão dificulta muito a obtenção de informações simples como a área
total de matas da empresa, pois em uma fazenda o atributo está como “mata”, em outra como
“mato”, em outra como “reserva legal”, e assim por diante. Até mesmo o nome do campo não
é padronizado, sendo descrito ora como “tipo”, ora como “classe”. Esta falta de padrão não
impede a geração de informações, mas dificulta a obtenção das mesmas e também diminui a
confiabilidade destas, pois estarão mais susceptíveis a erros, uma vez que necessitam de mais
trabalho humano para serem geradas. Portanto, parece urgente implantar um padrão, tanto
para o lay-out dos mapas, como dos atributos.
Outro fato que esbarra na falta de padronização é o servidor onde ficam armazenados
os arquivos. Há um servidor denominado Shapefile no qual os arquivos do setor de
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geoprocessamento ficam armazenados, juntamente com informações de outros setores.
Anteriormente, o controle do cadastro florestal era organizado por meio de Guardas
Florestais (localidades ou acampamentos antigos da empresa que vieram a originar o nome de
cada “guarda”), e os talhões recebiam um código numérico de sete dígitos. Com a
implantação do novo sistema de cadastro (SAP, um software alemão de gerenciamento,
utilizado para controle fabril de diversos fabricantes de automóveis), essa codificação foi
alterada, sendo que os talhões receberam um código alfanumérico. A divisão, ao invés de
Guardas Florestais, passou a ser por Regiões Florestais. Isso gerou um novo problema: a
migração para a nova codificação, sendo que sofreu muita resistência por parte de alguns
colaboradores com mais tempo de casa, não adeptos a mudanças.
Hoje em dia, esta questão está praticamente resolvida, porém, conforme foi comentado
anteriormente, a base de dados em arquivos shape está em Guardas Florestais, e com a
implantação das Regiões Florestais, houve uma migração parcial, e assim, nas áreas mais
antigas, parte dos arquivos encontra-se em um sistema e parte em outro. Desta vez, pode-se
observar um padrão para áreas novas, mas em muitos arquivos gerados para a nova base, os
arquivos shapes estão em pastas da estrutura antiga, o que dificulta o trabalho e ainda
complica alterações na mesma, pois perdendo o “caminho” dos arquivos, muito projetos
criados apresentarão inconsistências e causarão dificuldades para serem atualizados.
Neste ponto, a estrutura do geodatabase resolveria este problema do “caminho”, pois o
mesmo conservaria/atualizaria estas informações e evitaria tais inconsistências. Assim fica
claro o problema de modelagem de dados, caracterizado pela falta de especificação da
estrutura de dados e das regras que irão gerir a mesma.
Algo que atrapalhou as atividades foi a falta de computadores com configurações
mínimas para o trabalho. Salvo alguns computadores mais potentes, específicos para
geoprocessamento, o restante dos computadores já está de certo modo ultrapassado, sendo
extremamente lentos e dificultando atividades realizadas simultaneamente ou que exijam mais
esforço computacional. Este problema está se agravando com o tempo, pois os novos
softwares cada vez exigem máquinas melhores e ainda, quando se for fazer uma atualização
das mesmas, dificilmente se conseguirá algum retorno na troca das peças, pois será um
equipamento completamente ultrapassado, sendo necessário sua troca completa e não apenas
de alguns componentes.
Outro problema de caráter técnico é a utilização do formato de arquivos em shape, ao
invés de se adotar o formato geodatabase. Este problema está sendo resolvido, uma vez que
foi aprovado um projeto da criação de um sistema de banco de dados WebGIS, onde os
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arquivos suportarão edições simultâneas e, juntamente com isso, os mesmos serão passados
para geodatabase ao invés de shape.
A grande maioria dos atributos e demais informações é armazenada em planilhas e o
controle é feito sobre elas. O software de cadastro ainda está em desenvolvimento, deixando a
desejar em alguns relatórios que gera (não são confiáveis), ora por não ser atualizado
corretamente, ora por ainda não estar abrangendo todos os setores como deveria. Então,
grande parte do controle de diversas ações é feito pontual, por um colaborador em uma
planilha. Há um projeto para um banco de dados em My SQL. Algo que pode ser observado, é
que muitos problemas foram diagnosticados e já possuem soluções, mas esbarram em
economia de verba e/ou falta de uma visão comum sobre o problema. Projetos são feitos e
levados para aprovação, mas muitas vezes retornam com respostas negativas. Falta um
entendimento, de que a ineficiência de processos acaba custando mais caro do que o
investimento na otimização dos mesmos, ocasionando gastos desnecessários de recursos. Não
se pode analisar apenas um investimento apenas a curto prazo e de forma pontual. Sua análise
deve ser mais completa, analisando dentre outras variáveis, prováveis reflexos e pesando-os
na decisão final.
4. QUESTÃO FUNDIÁRIA
4.1 ORGANIZAÇÃO DOS DADOS DA EMPRESA
Os trabalhos referentes a questão fundiária, surgiram após um certo período do
estágio, por meio de um desafio. O colaborador responsável pela organização e manutenção
das atividades referentes a esta questão havia saído da empresa e algumas atividades estavam
paralisadas. Havia uma demanda por serviços e poucas pessoas disponíveis. Daí surgiu o
convite para se iniciar uma reestruturação total deste setor.
A primeira atividade consistiu em efetuar uma revisão e extração de informações de
declarações do Imposto Territorial Rural (ITR), Certificado de Cadastro de Imóvel Rural
(CCIR) e número do cadastro no INCRA, de todas as áreas de propriedade da empresa, além
dos números de matrículas referentes a cada uma. Paralelamente, foi realizado o
preenchimento do Ato Declaratório Ambiental (ADA), documento sem o qual não se pode
transmitir o ITR à Receita Federal. O ADA é uma declaração on-line, feita no site do
IBAMA, onde além de identificar a propriedade, faz-se a caracterização de seu uso e
ocupação de solo. Ao término desta revisão, foi feita uma junção de planilhas, para unir as
partes parciais e finalmente uma depuração dos dados. Ao final do preenchimento do ADA,
fez-se uma reformulação total das pastas onde os documentos eram armazenados.
Anteriormente, havia um critério muito subjetivo de armazenamento, então, procedeu-se da
seguinte forma:
1. as áreas da unidade de Monte Alegre foram divididas em quatro blocos
principais. Estes blocos obedeceram um padrão basicamente de quatro
quadrantes, sendo que cada um recebeu o nome da principal cidade presente no
quadrante.
2. dentro de cada bloco, as fazendas foram numeradas e posteriormente
ordenadas, sendo que na planilha de controle do ITR a numeração das fazendas
e os blocos foram inseridos.
3. foi feito um índice de referência no armário onde as mesmas foram
armazenadas e estas ficaram dispostas em blocos, número de pasta e número
de fazenda respectivamente.
4. as áreas de São Paulo e Guarapuava foram inseridas em blocos independentes.
29
Com o término do trabalho de ordenamento, simplificou-se muito a busca de
documentos e informações, pois sabia-se exatamente a localização de cada fazenda dentro das
diversas pastas.
Terminada esta atividade, e após diversas filtragens e cálculos repetitivos para analise
de inconsistências, foi dado início ao preenchimento do ITR. Usando como base a planilha, o
mesmo teve que ser preenchido manualmente. Foram resgatadas as declarações do ano
anterior, mas somente os dados da fazenda e do proprietário são mantidos, sendo que o uso e
ocupação, e valores de terra e benfeitorias tiveram que ser preenchidos novamente. Após novo
processo de filtragem, foi feita a emissão das mesmas, suas respectivas DARFs de pagamento
e o seu envio à Receita Federal. Este tipo de trabalho exige um nível organizacional muito
criterioso, além de ser muito detalhado. Há que se minimizar ou preferencialmente excluir
todos os possíveis erros (diversas fases de filtragem).
4.2 PROJETO DO BANCO DE DADOS
Depois de diversas analises, fez-se a sugestão da criação de um banco de dados. Como
já foi mencionado, existe um projeto para implantação de um banco de dados (MySQL),
porém, é ainda um projeto. Como em um dos computadores do setor há uma licença do
Microsoft Access, foi sugerida a implementação de um banco de dados no mesmo. A partir de
uma resposta positiva à sugestão iniciou-se a fase de modelagem conceitual, que consiste na
compreensão do problema e definição de quais demandas o banco deve atender. Foi realizada
a construção de um mapa “mental” do banco de dados, representado por um diagrama na
figura a seguir:
30
Figura 14: Diagrama de apresentação do banco de dados
O modelo conceitual do banco de dados teve como base a classe “fazenda”. Como é
uma classe única, todas as sub-classes se associam diretamente com a classe e ainda entre si.
Futuramente, pretende-se integrar o banco com o GEO e ainda, com o software da RF, para se
fazer automaticamente o preenchimento do ITR. Com a urgência de novas atividades a serem
desenvolvidas, o projeto do banco de dados ficou aguardando seu aprimoramento. Com o
retorno das DARFs pagas, foi feito o arquivamento de toda a documentação (ITR, recibo de
entrega, DARF e ADA).
4.3 LEVANTAMENTO DAS MATRÍCULAS E CADASTRO NO SIG
Na seqüência, começou um trabalho de levantamento de matrículas das fazendas.
Foram levantados todos os números de matrículas que apareceram em algum momento nos
documentos que se tinha em mãos. Com essa planilha inicial, fez-se o levantamento de
matrículas, cadastrando resumidamente, a área, a comarca, se possuía reserva legal averbada,
se possuía hipoteca e ainda se havia registro de plantio de floresta por meio de incentivos
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fiscais. Esse levantamento foi demorado, dada a grande área da empresa; e também porque há
diversas fazendas de pequenas dimensões com varias matrículas.
Ao término deste trabalho, procurou-se fazer uma junção desta planilha com a de ITR
e, após isto, uma nova ligação destes atributos com as entidade espaciais do mapa cadastral
das matrículas. Como ocorreram diversas inconsistências neste processo, novas medidas
foram adotadas. Primeiramente, fez-se uma operação de “Merge” do mapa de municípios com
o de matrículas, atrelando um atributo de cidade para cada matrícula. Seguindo esta lógica,
foram criados novos campos na tabela de atributos, sendo que um deles foi um código de
comarca e outro uma junção de código de comarca com número de matrícula. Sendo assim,
agora as matrículas tinham referência de comarca e não poderiam existir dois números iguais
para áreas diferentes. O mesmo processo foi feito na planilha de controle e com isso,
conseguiu-se fazer a junção da mesma com o mapa em questão. A partir disso, foi feita uma
busca de pequenas áreas que ficaram sem código ou que ao fazer a intersecção do mapa, uma
matrícula tenha ficado com pequenas partes em municípios vizinhos. Nos casos onde haviam
áreas de posse, as mesmas serão tratadas em um momento mais oportuno. Com o arquivo
pronto, partiu-se para uma analise espacial, de quais áreas poderiam ser unificadas,
diminuindo o número de declarações. Neste ponto, novamente o mapa ganhou um novo
campo, sendo que todas as áreas em comum que poderiam ser unificadas ganhavam um
mesmo código. Feito isso e com dados em mãos, fez-se uma planilha, recalculando os
impostos e sendo apresentada aos responsáveis, que tomarão a decisão de qual a melhor hora
para realizar tal atividade.
Cabe ressaltar que o índice de cálculo do ITR aumenta conforme o tamanho da
propriedade e também, que aumenta conforme a diminuição de seu aproveitamento. Neste
caso, com o aumento da área em uma declaração, a mesma deverá ser corrigida nas últimas
cinco declarações, pagando-se a diferença corrigida.
Atividades como busca de matrículas tornaram-se constantes, pois trabalhando um
determinado tempo com o material, acaba-se tornando uma referência na busca de
informações. Com o passar do tempo, ferramentas antes apenas utilizadas para um fim
especifico acabam ganhando uma gama muito maior de finalidades, pois adapta-se a
ferramenta as mesmas. Um exemplo disto, foi um pedido feito para obtenção dos números do
INCRA de diversas matrículas que passarão pelo processo de georeferenciamento.
Anteriormente, isso seria um processo que, além de lento, seria muito trabalhoso. Porém, com
os arquivos já preparados, e uma busca rápida, cruzando mapa e atributos em planilhas, o
mesmo ficou pronto rapidamente e sem muito esforço.
32
O setor fundiário da empresa apresenta deficiências significativas em se tratando de
gestão de informação. Muitas informações que eram para estar disponíveis, necessitam de
muito trabalho e tempo para serem obtidas. Durante o período do estágio, notou-se melhoras,
mas há muito trabalho pela frente.
Um dos fatores limitantes é a falta de mão-de-obra, pois para administrar toda a
dinâmica desta questão há somente um responsável. Neste ponto, a empresa faz uma
economia discutível, pois diversas atividades vão sendo adiadas, podendo tornarem-se mais
dispendiosas e complicadas no futuro. Também há que se criticar a gestão da mão-de-obra,
pois tendo apenas um responsável, seu cargo de especialista responde diretamente ao diretor,
e acaba tratando diretamente com problemas de campo. Muitas vezes, para resolver
problemas simples, tal profissional necessita desenvolver atividades também simplórias, o que
remete ao custo da mão-de-obra. Um profissional assim deveria estar envolvido na gestão da
informação e na tomada de decisões, e não na sua obtenção e operacionalização que é deveras
singelo. Aliás, esse é um problema geral, observado em diversas áreas.
4. CONCLUSÕES
Com o término do estágio nota-se um amadurecimento profissional muito grande.
Aprende-se muito com a vivência dentro da empresa e se observam eventos nunca citados
durante o curso de graduação. Sua capacidade de adaptabilidade é posta a prova, pois como
neste caso, não se imaginava o trabalho burocrático realizado sobre a questão fundiária da
empresa.
Quanto às ferramentas de softwares, há uma curva de aprendizado que varia muito, de
acordo com o usuário e com suas necessidades. A empresa apresenta excelentes profissionais,
porém existem exceções. Limitações técnicas e uma certa acomodação, em alguns momentos,
geram um sentimento de descrédito no real potencial de alguns setores da empresa. A falta de
ferramentas ideais, também acaba impactando diretamente na qualidade da prestação de
serviço.
Ferramentas de análise espacial possuem muitas funções. O conhecimento de seu
funcionamento e da dinâmica de determinadas situações, alia algo antes impensado, e acaba
por trazer um resultado com menos trabalho, mais rápido e mais confiável.
O setor fundiário do país se mostra demasiadamente burocrático, lento e com seus
órgãos trabalhando independentemente. Isto acaba gerando uma lentidão exagerada e ainda
fornece margem para se driblar leis.
5. REFERÊNCIAS
CÂMARA, G. DAVIS, C. Geoprocessamento: Teoria e AplicaçõesASHDUA. Disponível;
<http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro> Acesso em 06 outubro de 2009.
KLABIN. Disponível: <http://intranet/intranet/papeis_cartoes/monte_alegre> 20 setembro
2009.
MARCHIORI, P. Z. A ciência e a gestão da informação: compatibilidade no espaço
profissional. Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 2, p. 72-79, 2002.
RAFAELI NETO, S. L. Uma estrutura conceitual para análise e solução de problemas
espaciais em geoprocessamento. Revista de Ciências Agroveterinárias. v.2 n. 1. p 1-29,
2003.
OLETO, R. R. Percepção da qualidade da informação. Ci. Inf., Brasília, v. 35, n. 1, p. 5762, 2006.
SANTOS, R. D. Mapeamento de solos Klabin Monte Alegre – PR: novas áreas e
atualização da legenda de solos. Acervo Klabin, 2009.
6. ANEXOS
RESUMO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DIARIAMENTE DURANTE O
ESTÁGIO
Dia 30 de Julho
Chegada na empresa. Apresentação de pessoal e instalações.
Dia 31 de Julho
Exames médicos. Apresentação das atividades desenvolvidas no setor de GIS.
Dia 01 de Agosto
Noções de funcionamento do setor de Proteção Florestal.
Dia 02 de Agosto
Noções de funcionamento do setor de Proteção Florestal. Histórico de incêndios na área.
Dia 03 de Agosto
Acertos do contrato de estágio. Treinamento de segurança. Noções sobre software. Trabalhos
de micro planejamento de colheita por talhão.
Dia 04 de Agosto
Noções sobre cadastro florestal (SAP). Início de trabalhos com organização de arquivos de
solos. Ajustes de tabelas de solos. Sincronização de nomenclatura de talhões (antiga e nova).
Dia 05 de Agosto
Ajustes de tabelas de solos. Sincronização de nomenclatura de talhões (antiga e nova).
Cálculo de áreas de solos e ajustes de legendas.
Dia 06 de Agosto
Recorte e ajuste de polígonos de solo para ajustar sobre o shape de talhões.
Dia 07 de Agosto
Recorte e ajuste de polígonos de solo para ajustar sobre o shape de talhões. Conversa sobre
muitos problemas da empresa e a importância da renovação.
Dia 08 de Agosto
Noções de funcionamento do setor de Proteção Florestal.
Dia 09 de Agosto
Noções de funcionamento do setor de Proteção Florestal.
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Dia 10 de Agosto
Recorte e ajuste de polígonos de solo para ajustar sobre o shape de talhões.
Dia 11 de Agosto
Junção do trabalho de ajuste dos shapes de solos das regiões florestais e sobreposição com a
shape de talhões. Planilhas de Excel com formatação condicional de células. Nova legenda de
solos e alteração dos códigos de solos.
Dia 12 de Agosto
União de shapes de solos e ajuste do shape geral. Quantificação de solos levantados e de área
total.
Dia 13 de Agosto
Quantificação de solos. Produção de tabelas e gráficos para apresentação.
Dia 14 de Agosto
Criação de Unidades de Manejo em fazenda para apresentação. Criar mapa novo e plotagem
do mesmo.
Dia 15 de Agosto
Criar layouts de mapas de solos e de unidades de manejo. Listagem de figuras, gráficos e
fotos para o relatório de solos.
Dia 17 de Agosto
Atualização de manchas de solos. Corte de polígonos de solo conforme as novas manchas.
Dia 18 de Agosto
Atualização de informações de solos, cortes de polígonos e união dos shapes novos.
Formação de shape geral com informações solos, número de talhão, área e guarda florestal.
Reunião para apresentação dos resultados do trabalho de solos.
Dia 19 de Agosto
Edição de mapas de solos. Edição da Fazenda Lagoa I, com adequação e retificação de áreas
de uso do solo.
Dia 20 de Agosto
Ajuste de mapas para projeto Aimará IV, com unificação de talhões, trocas de quadros de
áreas, plotagem em três vias e disponibilização dos mapas em pdf. Mapa de fazenda com
realce e escala específica para destaque de pátio de toras.
Dia 21 de Agosto
Atualização de mapas. Tabela dinâmica para resolver problemas de solo predominante no
talhão e sua aptidão. Atualização de distâncias das regiões florestais até a fábrica.
Dia 24 de Agosto
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Inclusão de shapes de solos das fazendas atualizadas. Informações sobre ITR e material com
Abel.
Dia 25 de Agosto
Trabalhos para o ITR (ADA). Bloco Rio Branco.
Dia 26 de Agosto
Trabalhos para o ITR (ADA). Bloco de Reserva.
Dia 27 de Agosto
Verificação e obtenção de informações. Trabalhos para o ITR (ADA). Bloco de Imbaú e
Ortigueira.
Dia 28 de Agosto
Preenchimento de ADA de fazendas não agrupadas.
Dia 31 de Agosto
Verificação de valores duvidosos de fazendas (GIS e responsáveis pela implantação).
Término de ADA’s.
Dia 01 de Setembro
Saída a campo para acompanhar atividades do Sr. João Aparecido. Readequação de estradas,
vistoria de áreas levantadas pela empresa de apontamento e identificação de inconsistências.
(Fazendas Lagoa e São Paulo)
Dia 02 de Setembro
Ajuste dos shapes conforme informações levantadas no dia anterior nas respectivas fazendas.
Dia 03 de Setembro
Criação de shape de pontos para cadastro de ponte e bueiros. Trabalhos com ADA.
Dia 04 de Setembro
Trabalho com ADA.
Dia 08 de Setembro
Cadastro de bueiros e pontes. ADA das fazendas do grupo Renascença. Organização áreas do
estado de São Paulo.
Dia 09 de Setembro
ADA das fazendas de São Paulo. Atualização das estradas das áreas novas (ajustes de eixo e
construção de linhas novas).
Dia 10 de Setembro
Ultimas verificações e atualizações nos ADAs. Unificação de planilhas de trabalho para o ITR
(Felipe e Abél). Depuração dos dados. Ordenamento de arquivo e reforma das pastas.
Dia 11 de Setembro
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Reforma das pastas. Planilha com dados de posicionamento de fazendas por pastas.
Organização geral. Verificação final do shape de bueiros e pontes. Trabalho de cadastro das
estradas.
Dia 14 de Setembro
ADA de Guarapuava. Tabela índice das pastas. Cadastro das estradas. Impressão de mapas de
solos para revisão.
Dia 15 de Setembro
Plotagem de mapas de solos.
Dia 16 de Setembro
Exportas dados de interesse de solos para shapes novos. Cadastro das estradas. Mapas
temáticos de solos.
Dia 17 de Setembro
Cadastro de estradas. Alterar classes de solos conformes manchas restritas (declividade x
clases de solos).
Dia 18 de Setembro
Preenchimento do ITR. Plotagem de mapas. Confecção de novos mapas de declividade,
temática de solos, readequação e plotagem.
Dia 19 de Setembro
Confecção de mapas de declividade e posterior temática de solos e plotagem dos mesmos.
Dia 21 de Setembro
Padronização de uma proposta de legenda. Cadastro de estradas com edição de polígonos com
uso e ocupação incorretos. Ajuste e plotagem de mapas de solos.
Dia 22 de Setembro
Cadastro de estradas. Revisão minuciosa da planilha do ITR.
Dia 23 de Setembro
Cadastro de estradas. Definições finais sobre ITR. Criação de mapa mental para projeto de
banco de dados sobre a questão fundiária.
Dia 24 de Setembro
Redefinição de áreas do shape (perímetro) da Fazenda Coroados. Cadastro de estradas.
Dia 25 de Setembro
Correção dos nomes dos arquivos do ADA devido a nova orientação das pastas e seus blocos.
Gravação e impressão do ITR com suas respectivas DARF’s. Cadastro de estradas.
Agrupamento de ADA, ITR e recibo.
Dia 26 de Setembro
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Agrupamento de ADA, ITR e recibo.
Dia 27 de Setembro
Ordenamento alfabético ADA, ITR e recibo.
Dia 28 de Setembro
Junção de ADA, ITR e recibos. Cadastro de estradas. Verificação de pendências referentes as
declarações não entregues.
Dia 29 de Setembro
Cadastro de estradas. Criação de tabela para extração de dados de matrículas. Verificação de
shapes faltantes de solos.
Dia 30 de Setembro
Cadastro de estradas. Processo de funcionamento das matrículas, início de seu cadastramento
e explicação sobre o funcionamento dos incentivos fiscais para plantio de florestas.
Dia 01 de Outubro
Cadastro de estradas. Cadastramento das matrículas.
Dia 02 de Outubro
Cadastramento das matrículas.
Dia 05 de Outubro
Cadastramento das matrículas. Ida a campo para obtenção de fotos de plantio de araucária
para a licença de corte do IAP.
Dia 06 de Outubro
Cadastramento das matrículas.
Dia 07 de Outubro
Cadastramento das matrículas. Junção de planilha do Excel do ITR com shape de matrículas.
Dia 08 de Outubro
Resolução de problemas da junção de tabelas. Cadastramento das matrículas.
Dia 09 de Outubro
Corte de shape de matriculas com o de municípios e atribuição de código para comarcas de
cartórios. Novo cruzamento de shape com tabela de ITR, agora com matriculas codificadas.
Dia 13 de Outubro
Ajuste de matrículas no shape. Saída a campo para acompanhamento de readequação de
estradas e inconsistências em talhões (APP cadastrada como talhão devido a regeneração de
pinus já adulta).
Dia 14 de Outubro
Cadastramento das matrículas.
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Dia 15 de Outubro
Cadastramento das matrículas. Estudo de prováveis unificações.
Dia 16 de Outubro.
Cadastramento das matrículas.
Dia 19 de Outubro
Cadastramento das matrículas.
Dia 20 de Outubro
Cadastramento das matrículas.
Dia 21 de Outubro
Termino do cadastramento das matriculas.
Dia 22 de Outubro
Revisão de matrículas duvidosas. Busca matrículas especificas para processos de averbação
do IAP. Busca de documentos e matriculas específicos para grupo de investidores.
Cruzamento de shape e planilha de matrículas para obtenção de números de INCRA para
processo de georeferenciamento de regiões (Espigão e Rio Branco). Busca de informações de
solos de alguns talhões específicos (necessário cruzamento de nomenclatura nova e velha dos
talhões).
Dia 23 de Outubro
Organização e arquivamento de documentos do ITR, recibo, ADA e guias de pagamento.
Dia 26 de Outubro
Planilha para cadastramento de protocolo de SISLEG e de SISLEG.
Dia 27 de Outubro
Busca de matrículas para garantia para dar a investidores.
Dia 28 de Outubro
Planilha para cadastramento de protocolo de SISLEG e de SISLEG.
Dia 29 de Outubro
Planilha para cadastramento de protocolo de SISLEG e de SISLEG.
Dia 30 de Outubro
Viagem a Lages para ajustes do relatório.