Revista ACIF - Associação do Comércio e Indústria de Franca

Transcrição

Revista ACIF - Associação do Comércio e Indústria de Franca
Órgão de divulgação da Associação do Comércio
e Indústria de Franca - Distribuição Gratuita
Janeiro | 2013
Nº 205 | Ano 68 | Franca-SP
Novo ano, novo ciclo,
novas possibilidades
O ex-prefeito Sidnei Rocha, o presidente da ACIF
José Alexandre e o prefeito de Franca Alexandre
Ferreira na entrega da iluminação de Natal 2012
PALAVRA DO
PRESIDENTE
Novo ciclo
N
o último mês, em meio às vendas para o Natal,
muito se falou sobre o fim do mundo previsto
para o dia 21 de dezembro. Os maias, povo pré-colombiano da América Central, ocuparam espaço na mídia
mundial em função da equívoca interpretação do seu calendário. No entanto, o retorno dos maias à história não passou em
branco.
Numa breve análise dos costumes e culturas desse povo
há algumas semelhanças com o nosso modo de vida e, talvez
por isso, podemos aprender com os maias.
Segundo as crenças dos antigos astrônomos maias, após
essa data uma nova era se inicia no calendário desse povo levando esperança de melhoria de condições de vida para seus
descendentes (hoje 800 mil maias vivem no México), que devem contribuir particularmente para essa mudança.
É também nesta época do ano, na troca numeral do nosso calendário gregoriano que aflora em nós um desejo de renovação. Os maias acreditavam que o ciclo era contínuo e o
fim era sempre o começo. Mais uma semelhança. ...2010, 2011,
2012, 2013... os anos passam continuamente mas, a cada 31
de dezembro, desejamos mudar. Mudar o jeito de pensar,
de agir, de fazer aquela mesma coisa de uma forma
diferente. É como se ganhássemos uma chance
para tentar novamente.
Os antigos maias observavam o céu
e os movimentos do sol, da lua e das estrelas. E todo final de ano, eles passavam cinco dias santos refletindo sobre
o passado, o presente e o futuro. Nós
também aproveitamos o fim do ano
para refletir, estabelecer metas pessoais e profissionais, nos aproximar da
família, dos amigos e de quem a gente
ama.
O tempo medido no céu determinava o ponto de partida e um fim. O céu também é significativo para nós, pois na passagem
de ano fixamos o olhar lá em cima para observar
os fogos de artifício que avisam com cores e sons a chegada do novo ano.
Matemática (desenvolveram o conceito de zero), ciência,
astronomia, arte (considerada sofisticada e bela), arquitetura
(pirâmides incríveis) e economia baseada na agricultura, com
técnicas avançadas de irrigação do solo. Os maias praticavam
ainda o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.
Versatilidade, ousadia, inovação, empreendedorismo.
Coincidência, ou não, os maias fizeram história e ensinaram a
lição: um novo ciclo sempre recomeça para nos dar uma nova
oportunidade.
Não podemos desperdiçá-la!
Vamos trabalhar, renovar as
ideias, fazer diferente o que já deu
errado, surpreender!
Se 2012 não
foi tão bom como
o esperado, com o
baixo crescimento da economia,
José Alexandre Carmo Jorge
a boa notícia para
Presidente da ACIF
este ano, segundo a Associação
Comercial de São
Paulo, é a continuidade do avanço do consumo, graças ao bom
momento de indicadores de emprego, renda e crédito no País –
e ainda, ao impulso dado pelos incentivos tributários que
o governo manterá nos próximos meses como o IPI
(Imposto sobre Produtos Industrializados) menor para alguns bens duráveis.
A estimativa de crescimento neste ano
é de 5% do consumo das famílias. Com
esse cenário favorável, para 2013 ser
excelente comece a mudança em você.
Invista na capacitação dos seus colaboradores, na sua reciclagem. Seja audacioso, inove, renove, tente, tente mais
uma vez, aprove, comemore!
Como sua parceira, a ACIF está
sempre em constante mudança. Antenada
e participativa, a Associação trabalha em
prol do seu crescimento e prosperidade nos
negócios. Assim como os maias, com pensamento sempre à frente, no futuro, lançaremos a
partir de fevereiro novos serviços, cursos e palestras
(veja a programação na página 10).
Não desperdice seu tempo. Todo momento é hora
para tentar, criar, ousar. Daqui a 12 meses uma nova esperança surge. Você vai parar para refletir suas ações, limitações, lucros e prejuízos. Melhor será se nesta nostalgia
puder sorrir até das frustrações, mas que resultaram de
tentativas e não de expectativas.
Brindemos a chegada de 2013!
“Não podemos prever o futuro,
mas podemos criá-lo.”
Paul Pilzer
Revista ACIF Janeiro 2013
3
NESTA EDIÇÃO
DIRETORIA ADMINISTRATIVA E
CONSELHO
José Alexandre Carmo Jorge - presidente
João Carlos Cheade - 1º vice-presidente
Wayner Machado da Silva - 2º vice-presidente
Gabriel de Melo Rinaldi - 3º vice-presidente
Dorival Mourão Filho - 4º vice-presidente
Alex Rodrigues Kobal - 1º diretor administrativo
Fernando Rached Jorge - 2º diretor administrativo
Luis Vanderlei Moreti - 1º diretor financeiro
Ézio Luiz Pedrosa - 2º diretor financeiro
Lucely Bertelli F. de Macedo – diretora de
Serviços
Tarciso Bôtto - diretor do Comércio
Marco Antônio de Oliveira – diretor da
Indústria
Alberto Carraro Fernandes
Presidente do Conselho Deliberativo
EXPEDIENTE
Gerente Executivo
Marcelo Carraro Rocha
Redação
Fernanda Martins
MTb 31.897
Fotos
Fernanda Martins / Wellington Pereira /
Letusa Sartori
Diagramação / Arte
Wellington Pereira
Revisão
Letusa Sartori
A Revista ACIF é uma publicação mensal da
Associação do Comércio e Indústria de Franca
5 Novas agentes do Empreender apresentam novidades
6 Campanha de Natal inova e é aprovada pelos consumidores
8 Ganhadores escolhem eletrônicos e móveis
9 ACIF entrega 3 mil brinquedos no Natal
10 Apoio à Gestão da ACIF divulga programação de eventos para 2013
11 Projeto Guri completa 10 anos formando cidadãos
12 Via Eco: telhas de cimento ecologicamente corretas
14 Uni-FACEF: novo curso e R$ 2 milhões de investimentos na Unidade II
16 Prefeito de Franca quer melhorar a vida dos trabalhadores e fortalecer a cidade
18 Programas de impostos nas notas serão disponibilizados gratuitamente aos associados
19 ACIF divulgará indicadores regionais do SCPC
20 Banco Central divulga novas notas e ensina a identificar falsas
21 Câmara de Mediação e Arbitragem da ACIF ganha prêmio Conde dos Arcos
22 Betta Hidroturbinas recebe ‘Prêmio Exporta, São Paulo’
23 Dados Econômicos: ‘Terra de Oportunidades’
24 Momento Sebrae: ‘A dúvida recorrente: ter ou não um sócio na empresa’
25 Olhar Jurídico: ‘Recentes alterações na Legislação Tributária’
26 Olhar Contábil: ‘O cenário contábil para 2013 e o empresário’
FONE:
16-3727-7499
Tiragem
4.000 exemplares
Impressão
Gráfica Cristal - (16) 3711-0200
www.acifranca.com.br
Fale conosco - [email protected] /
(16) 3711-1700
Departamento Comercial ACIF
(16) 3711-1721
As matérias publicadas nesta edição poderão
ser reproduzidas, total ou parcialmente, desde
que citada a fonte. As opiniões expressas em artigos assinados não coincidem necessariamente com a opinião da Revista ACIF.
4
Revista ACIF Janeiro 2013
PAPEIS DE SEDA
PERSONALIZADOS PARA A
INDÚSTRIA CALÇADISTA E
COMÉRCIO EM GERAL
e-mail: [email protected]
Rua São Paulo, 1204 - Vila Aparecida
CEP 14401-248 - Franca-SP
AÇÕES
ACIF
Novas agentes do Empreender
apresentam novidades
F
ortalecer o negócio, agregar diPara este ano, Susana e Cláudia
ferencial e gerar oportunidades
planejam importantes ações visando o
de aprimoramento aos associafortalecimento do programa que hoje
dos. Esses são os principais objetivos
contempla três grupos: Construfran
do Programa Empreender da ACIF,
(17 empresas), Polo Francano de TI
que há dois meses está de cara nova.
(19 empresas) e Conselho da Mulher
Dinâmicas e experientes, as agentes
Empreendedora (70 empresárias).
Cláudia Neves e Susana Rodrigues
“Pretendemos criar seis novos núcleos
pretendem ampliar o atendimento
com segmentos diversificados. O priaos empresários francanos com o lanmeiro passo será dado neste mês a parçamento de seis núcleos em diversos
tir de visitas aos associados ACIF para
segmentos e ainda estreitar parcerias e
levantar suas necessidades e elaborar
inovar os serviços aos núcleos já exiso planejamento. Sentimos que muitos
tentes.
ainda estão distantes e não têm conheAmbas as profissionais têm curcimento das vantagens e serviços que
rículos de peso. Durante oito anos,
oferecemos”, afirma Cláudia. “Outra
Cláudia foi instrutora de vários cursos
proposta é aumentar a participação em
do Sebrae, dentre eles o “Aprender a
feiras, workshops, palestras, cursos e
Empreender”. Ela também já minismissões de interesse dos grupos”, comtrou cursos no Senac e no Senai. Há
pleta Susana.
mais de 20 anos, Susana atua na área As agentes do Empreender Cláudia Neves e Susana Rodrigues
As agentes contam que o
comercial, inclusive já trabalhou na
Programa vai buscar parceiros e novas
ACIF de 2000 a 2002. Possui ainda experiência como consultora
possibilidades de trabalho. “Vamos nos reunir com representantes
da Kriar – Gestão de Pessoas e acredita que essa bagagem a ajudado Sebrae, do Senai e do Senac para estreitar parcerias e oferecer
rá neste contato com os associados.
mais aprendizado aos membros”.
No Programa Empreender da ACIF, os micros e pequenos
Na segunda quinzena de fevereiro será realizada uma
empresários se reúnem em grupos de trabalho e núcleos setoriais,
Reunião de Sensibilização para esclarecer aos interessados o que
de acordo com a sua atividade, em busca de troca de informações
é o Programa Empreender e apresentar o cronograma de ações
e solução de problemas comuns. Auxiliados pelas agentes, os en2013. “Esperamos os associados de braços abertos e dispostas a
contros são periódicos e promovem o associativismo e o desenfazer de tudo para garantir informação que gere aperfeiçoamento
volvimento do negócio.
em seus negócios”, disse Susana.
Revista ACIF Janeiro 2013
5
AÇÕES
ACIF
Campanha de Natal inova e é aprovada
pelos consumidores
A
Consumidores acompanham o sorteio de um vale-compras de R$ 5 mil no Jardim Aeroporto
6
Revista ACIF Janeiro 2013
Campanha Natal Iluminado ACIF 2012 “Tá
Chovendo Dinheiro” fez
“chover” também esperança, sonhos
e realizações. Promovida de 1º de novembro a 29 de dezembro, com a participação de 350 lojas associadas, a campanha distribuiu vales-compras nos
valores de R$ 50, R$ 5 mil e R$ 10 mil.
Centenas de pessoas que compraram
nas lojas participantes foram premiadas, não só com o dinheiro, mas com
emoção e alegria.
Ao todo foram 1.500 raspadinhas
com prêmio instantâneo de R$ 50, cinco
sorteios de vales-compras no valor de R$
5 mil (veja os ganhadores na página 8) e
um de R$ 10 mil (até o fechamento desta
edição o sorteio não havia sido realizado).
Os vendedores que indicaram seus nomes nas raspadinhas também foram premiados com vale-compras no valor de R$
AÇÕES
ACIF
60% a 70% são preenchidas e retornam
- nas cinco regiões copara a urna nos sorteios.
merciais da cidade, toMuitos ganhadores já trocaram
dos com a presença do
os vales-compras por produtos. Na
Papai Noel, dos duenEletrozema, os cupons resultaram em
des e de uma dupla
celulares e uma TV LCD de 42’. “Foi
sertaneja. Durante as
muito bom participar da campanha,
noites, um caminhão
atraiu clientes. Algumas pessoas, antes de
decorado e iluminado
comprar, perguntaram sobre os prêmios.
percorreu os principais
Além disso, conquistamos mais clientes,
corredores comerciais
já que alguns que trocaram seus cupons
levando o espírito nanunca compraram na loja”, disse o gerentalino por onde paste Miguel Henrique Costa Pereira.
sou.
Os duendes do Papai Noel fazem a festa com os cupons antes do sorteio
Os premiados têm até junho deste
Marcelo
Carraro
ano para trocar os cupons e raspadiRocha, gerente executivo da ACIF, acre1 mil, nos cinco primeiros sorteios, e R$ 2
nhas premiadas por produtos nas lojas
dita que os sorteios surtiram um grande
mil, no sorteio final.
participantes.
efeito em todo o comércio da região onde
José Alexandre Carmo Jorge, preforam realizados. “A antecipação
sidente da ACIF, afirma que a campadas compras de Natal para concornha foi muito positiva para o lojista e
rer aos prêmios semanais foi maior
para o consumidor. “O comerciante
do que o esperado. A receptividade
aumentou seu faturamento antes do
dos comerciantes foi enorme até
previsto e premiou seu cliente no ato
mesmo doando brindes para sorda compra com a raspadinha premiatearmos na hora”, afirma.
da. Os sorteios semanais incentivaram
Segundo Letusa Sartori,
o consumidor a sair mais cedo de casa
coordenadora de Marketing da
para comprar os presentes de Natal
ACIF, durante a campanha as lojas
com mais tranquilidade”, avalia.
participantes distribuíram 700 mil
A campanha inovou com sorteios
raspadinhas, mas destas, apenas de O presidente da ACIF José Alexandre divulga um ganhador
– marcados por muita festa e alegria
Revista ACIF Janeiro 2013
7
AÇÕES
ACIF
Ganhadores escolhem
eletrônicos e móveis
José Alexandre, José
Eurípedes e o vendedor Vagner Costa
1º Sorteio
O
Tarciso Bôtto, José
Alexandre, a lojista
Antônia Mattos, Zilda
e a vendedora Joelma
Franco
2º Sorteio
C
O lojista Daniel
Silva, a vendedora
Andressa Ribeiro,
Valéria e José
Alexandre
3º Sorteio
A lojista Cíntia
Magalhães, José
Alexandre, Ruth, o filho
João Carlos e a vendedora Valéria Castro
4º Sorteio
O
8
Revista ACIF Janeiro 2013
A gerente Valéria
Botta, Márcia
Cristina e José
Alexandre
5º Sorteio
AÇÕES
ACIF
ACIF entrega 3 mil brinquedos no Natal
Na noite de Natal, bombeiros de Franca realizaram o sonho de Ruan, 5, morador do Aeroporto
N
a véspera do Natal, os colaboradores da ACIF fizeram
a alegria da criançada da
periferia de Franca. A Associação distribuiu três mil brinquedos doados e arrecadados durante a campanha de Natal.
A casinha do Papai Noel, instalada
na Praça da Catedral, recebeu duas mil
cartinhas das mais de 40 mil crianças que
passaram por lá. Pelo menos metade dos
pedidos foi atendida. A entrega aconteceu
nos bairros Jardim Santa Bárbara, Jardim
Aeroporto, Vila Gosuen, Parque Leporace
e Vila São Sebastião.
Tamires, 10, moradora do Santa
Bárbara, ficou surpresa ao ganhar uma
bicicleta. Em sua cartinha ela afirmou
O Papai Noel da ACIF entrega uma boneca a uma
menina do Jardim Paulistano
Adolescente especial, morador na região Leste,
ganha um carrinho do Papai Noel
que no ano passado o Papai Noel havia
esquecido dela. Comovido, um grupo de
colaboradores da ACIF reuniu dinheiro e
reformou uma bicicleta doada.
Já Ruan, 5, que reside no Aeroporto
II, pediu um caminhão de bombeiro e
ganhou muito mais que isso. Daiane
Rodrigues, agente da Certificação
Digital da ACIF, se emocionou ao ler a
carta e, com a ajuda do noivo Eduardo
Oliveira, que é bombeiro, proporcionou uma noite de Natal inesquecível
ao pequeno que sonha em ser bombeiro. Em três caminhões, um grupo do
Corpo de Bombeiros de Franca foi até a
casa do menino e fizeram a maior festa,
com direito a passeio no veículo.
Tamires recebe bicicleta reformada dos colaboradores da ACIF Célio Chimelo e Ângela Souza
Revista ACIF Janeiro 2013
9
AÇÕES
ACIF
Apoio à Gestão da ACIF divulga
programação de eventos para 2013
O
Programa de Educação Empresarial da ACIF começa o novo ano com novidades. No dia 16 de janeiro,
um grupo de empresários de calçados e confecções
inaugura oficialmente a programação de eventos 2013 com uma
missão na Couromoda e na Prêt-à-Porter. Os treinamentos, cursos, workshops e palestras serão voltados às outras áreas da empresa como contabilidade, administração e marketing.
“Trabalhamos pela melhoria contínua do colaborador que
já está inserido no mercado de trabalho, pela qualificação pessoal
e profissional, busca pela informação e pelo aprimoramento. O
empresário investe em seu funcionário e como retorno consegue,
por exemplo, reduzir a rotatividade de contratações e demissões”,
explica Danila Sartório, supervisora do Apoio à Gestão da ACIF.
Ela acredita que, em geral, há carência de treinamentos
e os que existem exigem altos investimentos dos empresários.
“Na ACIF, o associado paga uma taxa acessível. É um investimento que vale a pena”.
Segundo Danila, a programação da Educação Empresarial
(veja no quadro ao lado) deste ano foi desenvolvida de acordo
com as pesquisas de satisfação realizadas nos cursos promovidos
no ano passado. “Levantamos as dificuldades e os anseios do empresário. Ainda podemos alterar o cronograma de acordo com
a demanda e as sugestões dos associados”, revela a supervisora.
Os cursos, palestras e workshops, que serão promovidos
de fevereiro a novembro, vão atender outras áreas da empresa
como contabilidade, administração e marketing. “A duração de
cada curso, geralmente, é de 16 horas, com emissão de certificados”, diz Danila.
Estão previstas também palestras em todas as regiões de
Franca na Fase Regionalização 2013. Os temas e os palestrantes
ainda não foram definidos.
A supervisora informa ainda que os treinamentos quinzenais de Orientação Profissional a quem está à procura de um
emprego recomeçam em fevereiro. “Os interessados devem
procurar a ACIF Empregos para preencher o cadastro. Depois,
eles serão convidados a participar deste treinamento”.
Missão Couromoda
Neste ano, a Couromoda acontece de 14 a 17 deste mês.
No dia 16, a ACIF promove uma missão levando calçadistas
para visitar a feira, no Anhembi, em São Paulo. O grupo também será formado por empresários do ramo de confecções que
participarão da Prêt-à-Porter (Feira Internacional de Negócios
para Indústria de Moda, Confecções e Acessórios), na Expo
Center Norte.
“É uma boa oportunidade para ficar por dentro das tendências e dos lançamentos, e ainda trocar experiências e fazer
contatos”, acredita Danila.
Para participar da missão, que tem o Sebrae como parceiro, e obter mais informações entre em contato com a Michela
nos telefones (16) 3711-1722 e 3711-1762.
10
Revista ACIF Janeiro 2013
AÇÕES
ACIF
Projeto Guri completa 10 anos
formando cidadãos
“A
música transforma a maneira dessas crianças e
no projeto desde a sua implantação.
adolescentes pensarem e se relacionarem com o
Marina fala com carinho e se sente privilegiada como inmundo e com a família. Os desafios as tornam
tegrante do Projeto Guri. “É maravilhoso, uma surpresa a cada
pessoas mais sensíveis, serenas, sociáveis e, principalmente, com
dia. A gente ensina muita coisa, mas também aprende muito.
respeito ao próximo”. Assim Marina Souza de Oliveira, superviA nossa missão é trabalhar a música da melhor forma possísora Técnica em Instrumento, define o Projeto Guri – Polo ACIF
vel, não querendo formar músicos, mas cidadãos. Somos uma
Franca na vida dos quase 600 alunos. E lá se vão 10 anos de tragrande família”, diz.
balho, dedicação e realizações.
A música que emociona e une corações ainda revela taDesde 2005 - três anos após a implantação do Polo em
lentos. “Hoje temos ex-alunos que são educadores do Projeto
Franca - a ACIF é parceira do projeto que, até hoje, já foi ampliaGuri de outras cidades, que tocam na Orquestra Sinfônica de
do duas vezes para atender a demanda de alunos. Cada mudança
Franca ou ainda que cursam faculdade de música. Alguns forgerou maior espaço físico, novos cursos e mais vagas.
maram grupos e tocam profissionalmente e outros ministram
Atualmente a equipe é formada por 12 educadores, uma
aulas de instrumento em escolas de Franca”, afirma Marina.
coordenadora, um auxiliar de coordenação e um auxiliar de
Inserido no Projeto Guri, o Grupo de Referência – apoiaPolo. Atende na Rua Ouvidor Freire, no Centro, 600 crianças e
do pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura – atende
adolescentes de 6 a 17 anos que praticam canto coral, iniciação
20 alunos nos cursos de violão, cavaco e viola caipira, que fomusical, teclado/piano, violão,
ram selecionados por meio de
cavaco, viola caipira, percusprocesso seletivo e concorresão, cordas friccionadas (violiram entre 100 inscritos. “Neste
no, viola clássica, violoncelo e
projeto de formação musical
contrabaixo acústico), sopros:
completa, o aluno pode levar
- metais (trompete, trombone,
o instrumento para estudar em
eufônio); - madeiras (flauta
casa”, explica Marina.
transversal, clarinete e saxofone).
Conquistas
Todos os instrumentos
O gosto e a dedicação
são cedidos pelo projeto, do
pela música já rendeu frutos.
Governo Estadual. Marina
Só no segundo semestre do
explica que o Guri não tem a
ano passado o Projeto Guri
pretensão de formar músicos,
– Polo ACIF Franca fez 20
Alunos do Projeto Guri - Polo ACIF se apresentam no Castelinho, em dezembro,
mas sim de trabalhar a música
apresentações locais – duas
no Concerto que comemorou os 10 anos de trabalho em Franca
de forma singela, que despercom a Orquestra Jovem de
te sentidos e sentimentos nas
Franca - e em cidades da
crianças e adolescentes. “A cada semestre trabalhamos um tema
região. Em agosto, 27 alunos do canto coral participaram
(gênero, cantor, entre outros) e sua história, contexto e canções”,
do Festival Internacional de Coros Mario Baeza, em Viña
explica.
Del Mar, no Chile. “Foram sete dias de eventos e o grupo
São três níveis (inicial, intermediário e avançado) e o aluagradou tanto que chegou a se apresentar duas vezes por
no deve fazer no mínimo seis meses cada um para avançar. No
dia”, conta.
entanto, não existe formação. “Temos alunos que estão aqui
Com as rematrículas concluídas, em 2013 novas vagas e
desde o início porque gostam tanto, se identificam com a músialgumas remanescentes serão abertas. O anúncio para as maca e ficam até completar 17 anos”, conta a supervisora, que atua
trículas será feito no fim deste mês.
Revista ACIF Janeiro 2013
11
ASSOCIADO EM DESTAQUE
Indústria
E
las ainda quase não são avistadas
nos telhados das casas francanas, já
que a maioria das obras ainda utiliza as de barro. No entanto, as telhas de cimento
vêm conquistando seu espaço em Franca e na
região pelas inúmeras vantagens em relação
à tradicional telha de cerâmica, além da aparência clean que deixa a cidade mais limpa e
bonita.
Há um ano, a única desvantagem desta
telha era a logística que encarecia o produto.
Com veia empreendedora e, de olho no mercado local e regional, o químico e empresário
Gil de Pádua Dagher resolveu o problema das
construtoras, arquitetos e engenheiros ao inaugurar a Via Eco, única fábrica de telhas de concreto da região. “Entrei em contato com essas
telhas quando fornecia madeiramento para
telhados. Durante dois anos pesquisei o mercado, as máquinas e a logística até abrir meu
negócio”, afirma, avaliando que as olarias mais
próximas de Franca são as da cidade mineira de
Cássia. “Minha principal concorrente fica em
Indaiatuba, a 300 quilômetros daqui. A distância e a revenda encarecem o produto. Consigo
um preço melhor atendendo diretamente o
consumidor final e confeccionando sob encomenda”, revela Gil.
O investimento de mais de R$ 500 mil
O empresário Gil Dagher exibe a telha
de cimento produzida em sua fábrica
12
Revista ACIF Janeiro 2013
Via Eco: telhas de cimento
ainda não foi recuperado, mas o empresário já
planeja um crescimento de 30% neste novo ano
com investimento - ele não revela o valor - em
logística, maquinário e produção. Hoje a Via
Eco, localizada no Distrito Industrial do Jardim
Paulistano, tem cinco funcionários que produzem de mil a duas mil telhas p/ dia. A empresa
ainda mantém uma loja na Avenida Presidente
Vargas.
Segundo Gil, 15 casas são construídas p/
dia em Franca, sendo que cada obra utiliza em
média 1500 telhas. “A minha capacidade de
produção hoje é muito aquém da demanda. O
mercado imobiliário vive um bom momento e
espero aproveitar esse aquecimento para crescer”.
Um produto com 12 vantagens
Especializado no produto que fabrica, o
empresário Gil cita com propriedade as vantagens da telha de cimento em relação às de barro, que “têm baixa qualidade e vida útil curta”,
segundo ele.
“A telha de concreto tem excelente custo x
benefício, pois é maior. Enquanto são utilizadas 14 telhas de barro para cada m2, são necessárias 10 de cimento. A vida útil da telha de cerâmica é de no máximo 15 anos. A de cimento
melhora com o tempo, não empena, não embo-
ASSOCIADO EM DESTAQUE
Indústria
ecologicamente corretas
O condomínio Villágio da Colina foi construído com
as telhas de concreto fabricadas em Franca
lora, não encharca e fica mais leve com a chuva”, explica Gil.
O empresário esclarece ainda que a telha de cimento é
ecologicamente correta. “Não extrai argila da natureza e não
queima lenha no processo de secagem. Além disso, dispensa
reforço de madeiramento”, conta
Outra curiosidade é que a massa aceita coloração e os arquitetos podem abusar da criatividade com projetos ousados e
casas com telhados coloridos e exclusivos.
De acordo com Gil, hoje apenas uma, em cada 20 casas
construídas, utiliza telhas de cimento e 95% das casas têm telhas
de barro. Ele lamenta que ainda poucas pessoas optam pelo produto na hora de comprar os materiais de construção, mas acredita que a escolha é cultural e aos poucos a mudança acontece.
“Muitas vezes o cliente compra pelo preço, mas não é orientado
de que as telhas de barro custam mais barato, mas são menores
e rendem menos. Em casas planejadas com orçamento maior ou
condomínios luxuosos, onde a obra é acompanhada por engenheiros e arquitetos, as telhas de cimento já são opção”, garante.
Revista ACIF Janeiro 2013
13
ASSOCIADO EM DESTAQUE
Serviços
O reitor Alfreto José Machado Neto
no pavilhão central da Unidade II
Uni-FACEF: novo curso e R$ 2 milhões
de investimentos na Unidade II
O
Uni-FACEF Centro Universitário de Franca
está sempre em constante evolução. Inaugurado
em março de 1951 com a Faculdade de Ciências
Econômicas e Administrativas, oferece hoje cursos em diversas
áreas sendo o mais novo Engenharia de Produção que inicia-se
neste ano. Com estrutura e equipamentos de última geração,
mais de 90% dos professores mestres e doutores, alunos cursando pós-graduação no exterior e avaliado pelo MEC como
um dos 15 melhores entre 140 Centros Universitários do País,
o Uni-FACEF prepara-se para concluir as obras da Unidade II
com investimento na ordem de R$ 2 milhões.
À frente da expansão do Uni-FACEF com um trabalho
frequente em busca do aperfeiçoamento didático e estrutural, o reitor Alfredo
José Machado Neto relata com orgulho
as conquistas alcançadas ao longo dos
anos. “Temos dois campus com modernos equipamentos, projetores de
multimídia, todos os ambientes climatizados, laboratórios para todos os cursos e o mais importante, investimento
em capital humano. Diferentemente
das instituições particulares, que não se
preocupam muito com a formação dos
professores, nós investimos diretamente na qualificação dos nossos docentes”,
afirma.
O principal diferencial do UniFACEF é que o Centro banca os cursos
de mestrado e doutorado aos professores. “A garantia de carreira cria comprometimento com a instituição e isso
reverte na melhoria da qualidade de ensino”, acredita.
14
Revista ACIF Janeiro 2013
Segundo o reitor, dos 82 professores contratados, no fim
do ano havia 93% com mestrado e doutorado.
O retorno desse investimento é obtido nas avaliações do
MEC, sempre com resultados expressivos. De 2008 a 2011, o
Uni-FACEF ficou entre os 10 melhores Centros Universitários
do País. O reitor explica que em 2011 apenas alguns cursos
foram avaliados e, por isso, das 140 instituições avaliadas, o
Uni-FACEF ficou entre os 15 melhores. “A maioria dos nossos
cursos foi avaliada no ano passado, por isso, a nossa expectativa é positiva para o resultado divulgado em 2013”, diz.
Alfredo ressalta que o fato da instituição mesclar o público com o privado, sofre com o pior das duas vertentes.
“Esbarramos em todas as amarras (burocracia) da instituição pública, mas
temos que nos financiar como uma
instituição privada. Não recebemos recurso público e pagamos nossas atividades com as mensalidades dos alunos.
Mesmo assim, na avaliação de 2011, entre os Centros Universitários públicos
ficamos em 1º lugar no Sudeste e em 2º
no Brasil”.
Cursos
O Uni-FACEF oferece atualmente
os cursos de Economia, Administração,
Ciências
Contábeis,
Psicologia,
Comunicação Social (Publicidade e
Propaganda), Turismo, Sistema de
Informação, Matemática e Letras. Em
2013 inaugura Engenharia de Produção.
Mais um planejamento acertado já que
o curso (com duração de cinco anos) foi
o mais procurado no vestibular - reali-
ASSOCIADO EM DESTAQUE
Serviços
zado no dia 2 de dezembro - ultrapassando Psicologia. “Se a
demanda do vestibular se reverter em matrículas vamos abrir
duas turmas”, diz o reitor.
“Estamos com um problema muito sério de falta de engenheiros na cidade e a Engenharia de Produção vem atender
a demanda do setor industrial de Franca. Esse profissional se
adequa a qualquer tipo de atividade que tenha um processo
produtivo para ser aplicado e direcionado”, avalia Alfredo.
No dia 22 de janeiro, haverá processo seletivo para vagas
remanescentes em todos os cursos, inclusive para transferências. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 no site www.
unifacef.com.br.
Investimento
Novos cursos, mais alunos e a ampliação do campus da
Uni-FACEF já se faz necessária. O reitor revela que R$ 2 milhões serão investidos na conclusão do prédio que abriga a
Unidade II da instituição. A obra começa ainda em janeiro. “A
frente será fechada para a construção de dois pavimentos e o
local também ganhará um anfiteatro”, afirma.
O reitor reforça que após a conclusão desta obra será iniciado o projeto para as novas instalações do Centro Universitário
num terreno de quase 5 mil m2 ao lado da Unidade II (atrás
de uma concessionária), adquirido há dois anos. A construção
está programada para 2014. “Precisamos urgentemente ampliar a nossa estrutura, principalmente as salas de aulas e uma
nova biblioteca”, conta.
Convênios levam alunos para o exterior
Com o intuito de internacionalizar suas atividades e agregar um diferencial no currículo do aluno, o Uni-FACEF tem
vários convênios firmados com faculdades no exterior, principalmente da França e da Espanha. Em 2013 são seis alunos
estudando fora, sendo que mais dois retornaram da europa no
fim do ano. “Dois estão na Universidad Francisco de Vitoria,
em Madri, e mais quatro alunos vão neste início de ano para lá
também em outra faculdade”, diz o reitor.
Ela afirma que no mundo globalizado essa experiência
internacional, proporcionada pela instituição, agrega conhecimento e um upgrade que dificilmente o aluno conquistaria
permanecendo no campus. “Essa experiência abre a visão do
aluno, possibilita o contato com pessoas de outras nacionalidades e ainda é um diferencial competitivo no mercado”, avalia
Alfredo, explicando que a seleção é feita por meio de processo
seletivo que avalia as notas e a fluência no idioma.
Dando continuidade neste trabalho, no próximo dia 19
de fevereiro, o Uni-FACEF recebe uma delegação da Espanha:
os reitores da Universidad de Valladolid e da Universidad Rey
Juan Carlos e o presidente da Organização Universitária da
Espanha (que agrega sete universidades). “Neste dia será feito
um convênio de cooperação e o lançamento de um livro de
Daniel Carrasco (professor da Universidad de Málaga) que
foi traduzido pelas nossas professoras Maria Sílvia Pereira
Rodrigues Alves Barbosa e Marinês Santana Justo Smith”.
Revista ACIF Janeiro 2013
15
ENTREVISTA
Prefeito de Franca quer melhorar a vida
dos trabalhadores e fortalecer a cidade
O
novo prefeito de Franca, Alexandre Ferreira,
pretende aproveitar a experiência conquistada
enquanto secretário de Desenvolvimento e de
Saúde para trabalhar em prol do crescimento da cidade e da
melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores.
Nesta entrevista, ele afirma que já está trabalhando em
busca de novos recursos nos governos Estadual e Federal com
o intuito de trazer mais obras e programas que atendam a população. Alexandre evita dar detalhes dos seus projetos, mas
demonstra muita “sede” de trabalho e desejo de investir em
parcerias que criem condições para que as empresas ofereçam
postos de trabalho, qualificação e capacitação dos seus colaboradores e, consequentemente, contribuam para o fortalecimento de Franca.
Foto: Levi Fanan/Revista Etiqueta
Revista ACIF - Em seu plano de governo há ações e projetos voltados para o desenvolvimento social, cultural e econômico de Franca?
Alexandre Ferreira - Sim. Aliás, já trabalhamos fortemente neste sentido desde que assumimos a Secretaria de
Desenvolvimento. Os resultados já são visíveis. Franca tornou-se campeã na geração de empregos e novos setores produtivos
ganharam espaço como os ramos de confecção e de fabricação
de alimentos. Regulamentamos também, naquilo que compete à prefeitura, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que
beneficia 9, em cada 10 empresas da cidade. Por outro lado,
criamos milhares de cursos de capacitação do trabalhador, o
que lhe garante emprego e possibilidade de melhores salários.
Na parte cultural, já conseguimos bons resultados com projetos como o Bolsa Cultura e Arte na Rua. Agora, vamos avançar
com estes e novos projetos que iremos implantar na nossa administração.
RA – O que os empresários francanos podem esperar da
sua administração?
Alexandre - Uma administração séria e que irá trabalhar
incansavelmente, todos os dias, na busca por resultados que
melhorem a vida das pessoas. Sou uma pessoa que gosta de trabalho e dorme pouco. Podem ter certeza de que irei me dedicar
muito para manter Franca como uma das melhores cidades do
Brasil.
rias que já existem e criar novas cooperações que melhorem
a condição das empresas, a vida dos trabalhadores e fortaleça
nossa cidade.
RA - Como a ACIF pode contribuir com a prefeitura em
prol do desenvolvimento de Franca?
Alexandre - Fazer uma cidade sempre melhor é um esforço coletivo, não só do prefeito. As entidades de classe também devem nos ajudar neste trabalho de melhorar, mais ainda, a vida da população. Hoje, já temos parcerias importantes
com a ACIF, entre elas, a decoração de natal - que indiretamente ajuda a movimentar a economia no final de ano - pois
estimula e alegra a população. Queremos fortalecer as parce-
RA – Franca oferece muitos empregos, mas os salários
ainda são baixos. Como melhorar a média salarial per capita
do trabalhador francano?
Alexandre - Primeiro é preciso destacar que Franca é uma
cidade industrial muito forte e que, nos últimos anos, também
cresceu nas áreas de comércio e prestação de serviços. Isto não
podemos desprezar, pois são poucas as cidades que conseguem
ser fortes em quase todos os setores produtivos. Assim, é preciso continuar criando condições para que as empresas ofere-
16
Revista ACIF Janeiro 2013
ENTREVISTA
çam postos de trabalho. Por sua vez, é necessário que as empresas
continuem investindo na qualidade dos seus produtos, que terão
mais valor agregado, e os trabalhadores possam seguir tendo
acesso a cursos de qualificação e capacitação profissional.
RA – Como o senhor pretende buscar novos investimentos
para o município e como incentivar os empresários a investir
em Franca?
Alexandre - Já estamos trabalhando para buscar novos recursos nos governos Estadual e Federal, que nos ajudarão a trazer mais obras e programas de melhoria da qualidade de vida da
população. À medida em que a cidade cresce, novos investimentos privados surgem, inclusive das atuais empresas, pois cresce a
confiança na cidade. É assim que podemos ajudar: fazendo uma
administração séria e que busque ser mais eficiente a cada dia, o
que aumenta o grau de confiança de todos na cidade.
RA – Ao analisar o cenário empresarial de Franca, quais
os novos negócios que a cidade poderia abrigar com a infraestrutura já instalada?
Alexandre - Franca é uma cidade que oferece a possibilidade de abrigar todos os tipos de investimentos. Nosso município
tem completa infraestrutura, excelente mão de obra e ótimas opções de formação profissional, que ajudam a preparar trabalhadores para novas tecnologias de produção.
RA – Como o senhor avalia o crescimento de Franca no
setor universitário e nos cursos profissionalizantes? Franca tem
condições de manter aqui esse contingente de profissionais qua-
lificados?
Alexandre - É mais uma prova de que Franca vive um ótimo
momento. Só nos últimos anos trouxemos a Fatec (Faculdade de
Tecnologia do Estado de São Paulo) e a Universidade Aberta do
Brasil. Chegou o Centro de Designer. O novo Campus da Unesp
foi inaugurado. Criamos os Cursinhos Populares, para vestibulares, e a Bolsa Universidade. Também criamos o programa
Caminho para o Emprego, que englobou todos os cursos de qualificação e de geração de renda oferecidos pela prefeitura e que
atenderam mais de 38 mil pessoas. A cidade cresce a cada dia e,
com isso, precisa sempre de trabalhadores preparados.
RA – Há possibilidade da cidade promover mais feiras,
eventos empresariais, turismo de negócios e de lazer?
Alexandre - Com o apoio da prefeitura já foram criadas nos
últimos anos a Expoíntima (voltada para o setor de confecções)
e a Expoverde (destinada ao agronegócio). Através da Secretaria
de Desenvolvimento seguimos atentos à demanda dos setores
produtivos da cidade, para que, sempre que necessário, fazer investimos em novos eventos de negócios.
RA – Franca experimenta uma grande expansão imobiliária. Nosso plano diretor já prevê esse desenvolvimento?
Alexandre - Sim. Além disto, nos últimos anos, para ampliar a infraestrutura já investimos em 400 km de ruas recapeadas e sinalizadas, 10 novas avenidas abertas, viaduto, 30 creches,
dois novos prontos-socorros e obras para a capitação de água no
rio Sapucaí. Vamos seguir atentos na melhoria dos serviços públicos oferecidos.
Revista ACIF Janeiro 2013
17
NOTÍCIAS
Programas de impostos nas notas
serão disponibilizados gratuitamente
aos associados
M
uito se fala sobre a Lei nº 12.741 que a presidente Dilma Rousseff sancionou no dia 8 de
dezembro e que obriga as empresas a listar
– inclusive por estimativa – sete tributos em toda nota fiscal
ou cupom fiscal emitidos, a partir de junho. Para cumpri-la
no prazo, a Facesp (Federação das Associações Comerciais
do Estado de São Paulo), em parceria com o IBPT (Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário), já iniciou o desenvolvimento de um conjunto de programas e sistemas (site, software e webservice) que vão
auxiliar comerciantes, lojistas
e prestadores de serviços. A
boa notícia é que eles ficarão
prontos em fevereiro e serão
fornecidos gratuitamente pela
ACIF por meio da Federação.
Com a assinatura de 1,56
milhão de pessoas, o Projeto
de Lei que prevê a discriminação dos impostos incidentes nas vendas de produtos e
serviços nas notas fiscais de
todo o País foi apresentado
ao Congresso pela Associação
Comercial de São Paulo que
lidera o movimento “De olho
no imposto”.
“O consumidor não sabe quanto paga de imposto. Agora,
com a nova lei, saberá quanto paga em cada produto que compra. Poderá ver na hora quanto aquele produto custaria sem as
altas taxas de impostos que temos no Brasil”, afirma Marcelo
Carraro Rocha, gerente executivo da ACIF.
A assessoria de imprensa da Facesp explica que na prática
os varejistas poderão exibir o valor dos impostos no cupom
fiscal, em cartazes, paineis, sites, boletins eletrônicos, entre outros. “As informações sobre os impostos poderão ser obtidas
18
Revista ACIF Janeiro 2013
por meio das associações, entidades de classe ou institutos especializados. Assim, dependendo da opção do empreendedor,
o custo de adequação poderá ser maior ou menor”.
Bancos e instituições financeiras poderão afixar os valores
de IOF em tabelas visíveis ao público. “Uma empresa menor,
por exemplo, poderá ter um encarte com todos os produtos e
percentuais de impostos, que deverá ser atualizado semestralmente. Uma loja on-line poderá fazer o mesmo em seu site.
Um posto de combustíveis poderá afixar um cartaz com esses
percentuais. Já as grandes empresas não terão dificuldade
para mostrar o montante do
imposto na nota fiscal, pois
essa informação estará disponível em seu sistema”, diz a
assessoria.
Deverão ser informados os seguintes impostos:
Federais: Imposto sobre
Produtos
Industrializados
(IPI);
Imposto
sobre
Operações
Financeiras
(IOF); PIS-Pasep; Cofins;
Contribuição de Intervenção
sobre Domínio Econômico
(Cide) / Estadual: Imposto
sobre
Circulação
de
Mercadorias e Serviços (ICMS) / Municipal: Imposto sobre
Serviços (ISS).
Da arrecadação total de tributos, 69,5% vão para
a União, 26% para os Estados e apenas 4,5% para os
Municípios. A União repassa parte do que arrecada aos
Estados e Municípios, e os Estados também repassam uma
parte do que arrecadam para os Municípios. Esses recursos
são utilizados para que os governos possam realizar suas tarefas e obrigações.
NOTÍCIAS
ACIF divulgará indicadores
regionais do SCPC
A
partir desta edição, a Revista ACIF divulgará
mensalmente dados estatísticos relativos a crédito e consumo exclusivos para a RA 19 - Franca
(Região Administrativa da Facesp que compreende várias cidades vizinhas), fornecidos pela Área de Indicadores e Estudos
Econômicos da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC
(Serviço Central de Proteção ao Crédito).
Calculados a partir da base de dados da Boa Vista Serviços,
que abrange todo o território nacional, os Indicadores Regionais
têm o objetivo de fornecer acompanhamentos e análises do mercado de crédito e consumo que vão auxiliar no entendimento
das condições e tendências.
De acordo com a assessoria da Boa Vista, estão sendo
utilizadas rigorosas metodologias, de forma a garantir total
credibilidade da informação. “Os indicadores acompanham as
tendências da inadimplência e insolvência, o risco de crédito
de consumidores e empresa e o movimento do comércio. Além
disso, os dados regionais são informações ainda mais detalhadas para apoiar os negócios e decisões de seus associados”, explica a assessoria.
O gerente Executivo da ACIF, Marcelo Carraro Rocha, co-
memora a conquista de mais este serviço ao associado e levanta
as vantagens dos indicadores de registro de inadimplentes e da
recuperação de crédito. “Sempre buscamos dar informações aos
comerciantes de forma regional, já que a televisão sempre mostra dados nacionais. Com os indicadores em mãos, o empresário
pode ser mais cuidadoso nas vendas a prazo, consultando este
cliente e analisando o seu histórico de pagamento. Esta atitude
vai facilitar a venda e reduzir o risco de inadimplência”, avalia.
Inadimplência cresce 7,2% em novembro
De acordo com dados do SCPC, divulgados no mês passado pela Boa Vista Serviços, a quantidade de novos registros de
inadimplentes na região de Franca cresceu 7,2% em novembro
na comparação com outubro. No Estado de São Paulo a expansão foi de 3,4% enquanto a estatística nacional fechou em 3,5%.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador da
RA – Franca apresentou avanço de 10,7%.
Já o indicador de recuperação de crédito – obtido a partir
da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes – de
novembro aumentou 3,8% em relação a outubro de 2012. No
mesmo mês de 2011 o acréscimo foi de 16,7%.
Revista ACIF Janeiro 2013
19
NOTÍCIAS
Banco Central divulga novas notas
e ensina a identificar as falsas
E
sta edição da Revista ACIF
traz um encarte cedido pelo
Banco Central do Brasil
para mostrar aos associados as novas
e modernas notas de R$ 10 e R$ 20 e
ainda orientá-los a identificar as falsas.
A principal novidade das novas
cédulas de R$ 10 e R$ 20 – que já estão em circulação desde julho do ano
passado - é que ao movimentá-las a cor
do número muda do azul para o verde,
enquanto uma barra brilhante parece
rolar sobre ele (veja no encarte).
Para conferir a autenticidade das
notas do Real, basta prestar atenção em
seis itens: marca-d’água, fio de segurança, alto-relevo, quebra-cabeça, número
escondido e elementos fluorescentes
(leia mais no encarte).
Neste ano, o Banco Central deve
20
Revista ACIF Janeiro 2013
lançar as novas notas de R$ 2 e R$ 5.
Fique atento
A falsificação é crime e prevê
pena de 3 a 12 anos de prisão. Quem
tenta colocar uma cédula falsa em
circulação, mesmo que a tenha recebido de boa fé, pode ser condenado
a uma pena de 6 meses a 2 anos de
detenção.
A principal dica do Sicoob CredACIF para reconhecer notas falsas é
prestar atenção ao dinheiro que está
contando. “O comerciante deve olhar
as notas com calma e ficar atento principalmente à diferença de cor e textura.
No montante, a nota falsa se difere das
outras”, diz Milena Alves Rodrigues,
gerente administrativa da Cooperativa.
Ao perceber que está recebendo
o pagamento com dinheiro falso, o comerciante deve retê-la e avisar imediatamente a Polícia Civil.
No Sicoob, a incidência de dinheiro falso é baixa, de 2 a 3 notas p/ mês.
“De mil cédulas distribuídas por um
falsário, menos de 5% vai para o banco. O resto fica rodando no comércio,
pois a maioria das pessoas não verifica
a autenticidade do dinheiro que recebe
ou, para evitar problemas e não perder
a venda, prefere ser conivente com o
crime aceitando e repassando as notas”,
avalia Milena.
Outra dica da gerente é ficar
atento às cédulas de menor valor. “As
notas de menor valor são alvos mais
constantes do falsário, justamente
pela fácil aceitação e giro mais rápido”, conclui.
NOTÍCIAS
Câmara de Mediação ganha
prêmio Conde dos Arcos
P
elo segundo ano consecutivo, a Câmara de
Mediação e Arbitragem
da ACIF ganhou o prêmio Conde
dos Arcos concedido pela CBMAE
(Câmara Brasileira de Mediação
e Arbitragem Empresarial) e pela
CACB (Confederação das Associações
Comerciais e Empresariais do Brasil).
A Câmara foi a única do Estado de São
Paulo a ser premiada, desta vez na categoria “Experiência de Sucesso”, pela
parceria com os sindicatos patronais e
dos trabalhadores para a realização de
mediações.
A entrega do certificado aconteceu no dia 11 de dezembro, no Rio
de Janeiro. Entre os convidados e homenageados estava o coordenador da
Câmara de Mediação e Arbitragem
da ACIF, Fábio Genovez. “Trata-se de
um prêmio com abrangência nacional,
que condecora as câmaras da rede que
mais se destacaram no ano. Nós fomos
a única do Estado a ser premiada, enaltecendo o nome da ACIF e de Franca”,
disse, orgulhoso.
No ano passado, a ACIF levou o
prêmio na categoria “Relações com o
mercado e sustentabilidade”, graças à
parceria com a Unimed Franca – que
trouxe maior demanda ao setor, a
maioria com êxito. A Câmara também já foi destaque nos Congressos da
Facesp de 2010 e 2011.
O prêmio Conde dos Arcos é
conferido às Câmaras de Conciliação,
Mediação e Arbitragem Empresarial e
aos Postos Avançados de Conciliação
Extraprocessual (PACEs) que contri-
Fábio Genovez recebe o prêmio do superintendente da Facesp, Natanael Miranda dos Anjos
buem para o acesso empresarial ao uso
dos Métodos Extrajudiciais de Solução
de Controvérsias (MESCs).
Para Fábio, ganhar o prêmio significa o reconhecimento do trabalho realizado desde a inauguração da
Câmara, em maio de 2009. A Câmara
de Mediação e Arbitragem da ACIF já
realizou 500 procedimentos de mediação, com índice de acordo em 95% dos
casos.
“A nossa Câmara vislumbra novos
horizontes e prêmios como este nos
incentivam a continuar em busca da
disseminação dos métodos de solução
extrajudicial de conflitos. Em 2013, a
meta é fomentar e realizar mais arbitragens”, avalia.
Revista ACIF Janeiro 2013
21
NOTÍCIAS
Betta Hidroturbinas recebe
‘Prêmio Exporta, São Paulo’
A
Betta
Hidroturbinas
Indústria e Comércio,
associada ACIF, começa
2013 com o pé direito. A empresa venceu a 8ª edição do ‘Prêmio Exporta,
São Paulo’ da São Paulo Chamber of
Commerce/Associação Comercial de
São Paulo (ACSP), que premiou 26 empresas paulistas que se destacaram no
ano passado. Há 29 anos - comemorados no dia 10 de janeiro - fabricando
turbinas hidráulicas para bombeamento
de água e geração de energia, a fábrica
francana ganhou destaque na Categoria
Regional Administrativa Facesp.
Segundo o CECIEx (Conselho
Brasileiro das Empresas Comerciais
Importadoras e Exportadoras), os critérios de seleção das empresas vencedoras desta categoria levam em conta
“o crescimento anual do faturamento
obtido com exportações; aumento das
vendas para o Mercosul; incorporação
de novos mercados como destino para
exportações; e ampliação da quantidade de novos produtos à pauta de exportação, em nível de NCMs.”
O diretor técnico da Betta
Hidroturbinas,
Antônio
Carlos
Tambellini Bettarello, conta que a primeira Pequena Central Hidrelétrica foi
exportada para a Colômbia em 1993 e,
desde então, um trabalho de conscien-
22
Revista ACIF Janeiro 2013
tização tem sido feito entre os funcionários para mostrar que um produto
Betta exportado eleva também o Brasil.
“Para que isso ocorra é necessário que
busquemos sempre a perfeição”, avalia.
Segundo o diretor, para uma pequena empresa a exportação é uma
barreira muito difícil de transpor e a
conquista da confiança do mercado externo é muito lenta. “Nossas Pequenas
Centrais Hidrelétricas concorrem com
equipamentos produzidos por países desenvolvidos que dominam este mercado
há anos como Canadá e Alemanha. No
entanto, nos últimos anos exportamos
para a América Latina e para o mercado
africano, vencendo os chineses”, comemora Antônio Carlos.
Isto significa que os produtos
da Betta têm excelente qualidade?
“Exportar produtos tecnológicos exige
utilizar tecnologia de ponta, perfeito
controle de qualidade, assistência técnica eficiente, preço competitivo e boa
logística. Adquirimos essas qualidades
com dedicação e sacrifício e o prêmio é
o resultado deste trabalho”, reconhece.
A empresa
Com duas unidades de Fundição
e Usinagem, a Betta Hidroturbinas tem
38 funcionários e fabrica basicamente dois produtos: Pequenas Centrais
Antônio Carlos Bettarello e Eduardo Jorge
Bettarello durante a premiação na capital
Hidrelétricas (o tempo médio de fabricação é de 60 dias) e Bombeamento de
água com Turbo Bomba e Turbo Roda.
No ano passado, a empresa exportou para Argentina, Angola, Canadá,
Colômbia, Chile e Paraguai. O faturamento com exportação representou
16% do faturamento da empresa, administrada também pelo diretor Industrial
Flávio Jorge Bettarello e pelo diretor
Administrativo e Responsável Técnico
pela Fundição Eduardo Jorge Bettarello.
Antônio Carlos revela que este
ano será de muito trabalho. “Vamos estreitar ainda mais nossa parceria com
os nossos prepostos na América Latina
e avançar nossas relações com a África,
precisamente com Angola e África do
Sul”, disse.
DADOS ECONÔMICOSRA-19
Terra de oportunidades
A
s pessoas – historicamente
– sempre migraram atrás
da esperança, em busca de oportunidades. Oportunidade
é palavra que vem de porta, de porto.
Quando alguém quer uma oportunidade, ele quer uma porta, um porto.
Numa palavra: ele quer uma saída.
Franca sempre foi terra de oportunidades. Como o Estado de São Paulo. Mas
este, mais no passado do que no presente. Atualmente – menos do que no
final do segundo império, mas mais do
que durante todo século XX – o Brasil
está atraindo pessoas de outros países.
No passado, foram portugueses, italianos, espanhois, sírios e japoneses, dentre outros. Atualmente, são bolivianos,
paraguaios, peruanos e até haitianos.
São os imigrantes que estão buscando a
esperança, a oportunidade que o Brasil
está voltando a oferecer.
O mesmo ocorre dentro do Estado
de São Paulo, particularmente no interior, já que a capital está também com
cara de passado. O centro de gravidade
da economia paulista está se deslocando – gradativamente – da capital para o
interior, principalmente para algumas
regiões como o vale do Paraíba. o nordeste paulista, a região de Sorocaba e a
região de Campinas.
A cidade de São Paulo está se
constituindo numa realidade tipicamente política. É a capital. Já o interior,
recebendo o espírito do bandeirante
do passado, atrai – em consequência
– o empreendedor. Este é: 1- o agente do capital; 2- quem transforma
um problema econômico numa
oportunidade de ganhar dinheiro. Portanto, uma realidade econômica. A
capital e o capital são
palavras
derivadas
de capita, plural de
caput. Portanto, capita é cabeças. Para
mandar na capital – ou
governar o capital – é
preciso formar equipe, ter
cabeças. Cada vez mais contrata-se neurônios e cada vez menos
músculos.
O que está ocorrendo com – e
em – Franca é um capítulo da realidade de migração de pessoas. A zona
rural – para reter mão de obra – está
competindo com a economia urbana.
Em pé de igualdade. Ambos – cidade
e campo – dependem de produtividade, de custo. E, também, de condições
de trabalho. Como no mercado, o dinheiro é sempre o melhor argumento,
quem oferece as melhores condições
acaba atraindo os melhores profissio-
nais. Mas há exceções.
Este é o bom combate do qual
Franca, que se desenvolve, participa.
É preciso lembrar, entretanto, que as
novas gerações podem ser atraídas por
outras vantagens. Exemplo: às vezes,
oferecer futuro dá mais resultado do
que oferecer salário. Jovens, principalmente, gostam de desafios.
Antônio Vicente Golfeto
Economista
Revista ACIF Janeiro 2013
23
MOMENTO SEBRAE
A dúvida recorrente:
ter ou não um sócio na empresa
Bruno Caetano
T
er ou não ter um sócio é
uma dúvida frequente entre os empresários. É aconselhável fazer uma sociedade com um
amigo, com um parente, com a esposa
ou marido? Tudo depende de como
essa sociedade é montada.
Em tese, qualquer sociedade é
possível. A questão está em definir os
deveres e os direitos de cada um. Isso
deve ser feito antes de começar a empresa para evitar atritos.
Ter um sócio pode ser bom para
injetar dinheiro no empreendimento,
modernizá-lo e até motivar a equipe.
É mais uma cabeça para pensar, tomar
decisões e procurar soluções.
O contrato é o caminho para reduzir problemas entre os sócios. Ele
deve especificar quais as obrigações de
cada um, quem é responsável por de-
24
Revista ACIF Janeiro 2013
Diretor-superintendente do Sebrae-SP e
mestre e doutorando em Ciência Política pela
Universidade de São Paulo
terminadas tarefas e assim por diante.
Unir-se a alguém conhecido pode
facilitar. Mas é fundamental saber se
essa pessoa tem o perfil que combina
com o seu e com o da empresa.
No geral, as sociedades começam
em um clima de entusiasmo. Saber superar as dificuldades - elas vão aparecer
- é o que ajuda a sustentar o negócio.
É importante que os sócios tenham aptidões que se complementem.
Em um restaurante, um deles pode ser
quem vai para a cozinha preparar os
pratos e cuidar da qualidade da comida. O outro pode assumir a parte administrativa. Ou seja, um é o profissional
técnico e o outro, o gestor. Uma divisão
de funções assim é produtiva.
Os sócios precisam ter afinidade,
confiança mútua, respeito e os mesmos
ideais. O diálogo entre eles deve ser
franco, frequente e construtivo.
Outro aspecto que deve ser observado é o legal. No Simples Nacional não
há cota mínima: um sócio pode ter 1%
e o outro 99% ou qualquer divisão. Mas
a participação em outra empresa remete a algumas regras. Se um deles tiver,
por exemplo, 50% em uma empresa,
10% ou mais na segunda e a soma do
faturamento delas superar os R$ 3,6
milhões anuais do teto do Simples, ambas deverão sair do regime. Mas se ele
tiver menos de 10% na segunda empresa, não se aplica a soma dos faturamentos e não há impacto no Simples.
É natural aparecerem essas dúvidas se você tem ou pensa em fazer uma
sociedade. Você só não deve deixar
que elas prejudiquem o seu negócio.
Quanto antes forem sanadas, melhor
para sua empresa.
OLHAR JURÍDICO
Recentes alterações na
Legislação Tributária
F
oi publicada recentemente a Lei nº 12.715, de 17
de setembro de 2012, resultado da conversão da
MP 563/2012 e que trouxe diversas alterações na
legislação tributária. No entanto, limitaremos a exposição e
informações às novidades trazidas para o tema da substituição da tributação sobre a folha para a receita, apresentando
algumas novidades, especialmente quanto aos contribuintes
alcançados pelas inovações legislativas trazidas.
A recente lei, promovendo alterações na Lei 12.546/2011,
com prazo até 31 de dezembro de 2014, determinou a alíquota de 2,0% para a contribuição sobre a receita, em substituição às contribuições sobre a folha e RAT, contemplando, em
um primeiro grupo, os seguintes contribuintes:
(1) – prestadores de serviços de TI e TIC do art. 14, o,
configuração e manutenção de programas de computação e
bancos de dados); VIII - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas; IX - serviços de call
center);
(2) – empresas do setor hoteleiro na subclasse 5510-8/01;
(3) – empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em
região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional, enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0.
Importante destacar que referida alteração legislativa
não se aplica às empresas que exerçam as atividades de representação, distribuição ou revenda de programas de computador, cuja receita bruta decorrente dessas atividades seja igual
ou superior a 95% da receita bruta total.
Por outro lado, com o mesmo prazo assinalado, ou seja,
até 31 de dezembro de 2014, a Lei 12.715/2012 também trouxe em seu bojo um segundo grupo de contribuintes, com determinação de aplicação de alíquota de 1% para a contribuição sobre a receita, em substituição às contribuições sobre a
folha e RAT. Vejamos:
(1) – empresas fabricantes dos produtos classificados
no Decreto nº 7.660/2011 nos códigos descritos no anexo
da Lei nº 12.546/2011; (obs: a) aplica-se somente ao produto industrializado pela empresa; b) não se aplica a empresa
com outras atividades cuja receita seja de 95% ou mais; c)
não se aplica a fabricantes de automóveis comerciais leves camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões -, caminhões e
Luís Artur Ferreira Pantano
advogado associado de
Brasil Salomão e Matthes Advocacia,
especialista em Direito Tributário
[email protected]
chassis com motor para caminhões, chassis com motor para
ônibus, caminhões-tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas auto propelidas);
(2) – empresas de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; transportes aéreo (carga, passageiros), transporte marítimo e de
transporte por navegação);
(3) – a partir de janeiro de 2013 para os produtos
classificados na TIPI 9503.00.10, 9503.00.21, 9503.00.22,
9503.00.29, 9503.00.31, 9503.00.39, 9503.00.40, 03.00.50,
9503.00.60, 9503.00.70, 9503.00.80, 9503.00.91, 9503.00.97,
9503.00.98, 9503.00.99.
Frise-se, por oportuno, que a substituição da folha sobre
a receita não exclui a necessidade de cumprir as obrigações
acessórias da legislação previdência.
Além das alterações promovidas quanto à substituição
da tributação sobre folha para a receita, com acréscimos de
novos grupos de contribuintes, inúmeras outras inovações
foram trazidas pela recente legislação federal, como a instituição do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e
Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores,
o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de
Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações,
o Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso
Educacional, além do Programa Nacional de Apoio à Atenção
Oncológica e outros.
Revista ACIF Janeiro 2013
25
OLHAR CONTÁBIL
O cenário contábil para
2013 e o empresário
DE OLHO NO DINHEIRO
Tabela de Imposto de Renda (IRRF) - 01/01/2013 a 31/12/2013
BASE CÁLCULO
MENSAL EM R$
ALÍQUOTA %
Até 1.710,78
De 1710,79 até 2.563,91
De 2.563,92 até 3.418,59
De 3.418,60 até 4.271,59
Acima de 4.271,59
7,5
15
22,5
27,5
PARCELA A
DEDUZIR
DO IMP. R$
128,31
320,60
577,00
790,58
Salário Mínimo - Janeiro/2013
MENSAIS
R$ 678,00
DIÁRIOS
HORA
R$ 22,60
R$ 3,08
Vigência a partir de 01/01/2013
Salário Família - 2012
REMUNERAÇÃO MENSAL
Até R$ 608,80
De R$ 608,80 até R$ 915,05
VALOR
R$ 31,22
R$ 22,00
Acima de R$ 915,06
NÃO RECEBE
Salários normativos do Comércio Varejista
Categorias
Geral
ME
EPP
Piso salarial de ingresso
Empreg. em geral
Caixa
Faxineiro e copeiro
Boy e empacotador
Garantia comissionista
---R$ 924,00
R$ 993,00
R$ 815,00
R$ 675,00
R$ 1.084,00
R$ 754,00
R$ 848,00
R$ 923,00
R$ 759,00
R$ 675,00
R$ 993,00
R$ 795,00
R$ 887,00
R$ 953,00
R$ 780,00
R$ 675,00
R$ 1.042,00
A Convenção Coletiva 2012/2013 está disponível no site:
www.acifranca.com.br. Mais informações consultar a Assessoria
Jurídica ACIF pelo telefone (16) 3711-1724
Salários normativos da Indústria de Calçados
O Sindifranca – Sindicato da
Indústria de Calçados de Franca
informa que, através da assembléia
realizada na tarde de ontem, dia 06 de
fevereiro, foi aprovada a seguinte
proposta salarial, conforme documento
assinado entre os dois sindicatos, fruto
de reunião realizada na data de
02/02/2012 e aprovada em
assembléia dos trabalhadores no dia
03/02.
Segue abaixo:
• Piso: R$ 751,50 (reajuste de 12%
sobre o piso anterior de R$ 671,00)
• Aumento Real: 2%;
• Correção Salarial: INPC dos últimos
12 meses (acumulado no período de
Fev/11 a Jan/12);
• PLR: 94 horas (pagamento em duas
parcelas de 47 horas, a primeira em 25
de abril e a segunda em 25 de outubro)
• Abono Escolar: R$ 173,60 com
aplicação do INPC acumulado no
período de fev/11 a Jan/12 a ser pago
até o 5º dia útil do mês de março de
2013.
A Convenção Coletiva estará disponível
pelo sistema mediador no site do
Ministério do Trabalho e Emprego e
disponível no site do SINDIFRANCA, no
portal do associado, após a saída do
INPC e finalização da redação dos itens
negociados. As demais cláusulas sociais
constantes na convenção permanecerão
com as mesmas disposições já
existentes. Quaisquer dúvidas ou
esclarecimentos, os interessados
poderão entrar em contato com os
Sindicatos dos Trabalhadores, através
do (16) 3723-4847 ou no Sindifranca
através do (16) 3712-9400.
Salário Regional do Estado de São Paulo
1ª FAIXA - R$ 690,00 (seiscentos e
noventa reais) Trabalhadores domésticos,
serventes, trabalhadores agropecuários e
florestais, pescadores, contínuos,
mensageiros e trabalhadores de serviços de
limpeza e conservação, trabalhadores de
serviços de manutenção de áreas verdes e de
logradouros públicos, auxiliares de serviços
gerais de escritório, empregados nãoespecializados do comércio, da indústria e de
serviços administrativos, cumins, “barboys”,
lavadeiros, ascensoristas, “motoboys”,
trabalhadores de movimentação e
manipulação de mercadorias e materiais e
trabalhadores não-especializados de minas e
pedreiras;
2ª FAIXA - R$ 700,00 (setecentos reais)
Operadores de máquinas e implementos
agrícolas e florestais, de máquinas da
construção civil, de mineração e de cortar e
lavrar madeira, classificadores de
correspondência e carteiros, tintureiros,
barbeiros, cabeleireiros, manicures e
pedicures, dedetizadores, vendedores,
trabalhadores de costura e estofadores,
pedreiros, trabalhadores de preparação de
alimentos e bebidas, de fabricação e
confecção de papel e papelão, trabalhadores
em serviços de proteção e segurança pessoal e
26
patrimonial, trabalhadores de serviços de
turismo e hospedagem, garçons, cobradores
de transportes coletivos, “barmen”, pintores,
encanadores, soldadores, chapeadores,
montadores de estruturas metálicas, vidreiros
e ceramistas, fiandeiros, tecelões, tingidores,
trabalhadores de curtimento, joalheiros,
ourives, operadores de máquinas de
escritório, datilógrafos, digitadores,
telefonistas, operadores de telefone e de
“telemarketing”, atendentes e comissários de
serviços de transporte de parageiros,
trabalhadores de redes de energia e de
telecomunicações, mestres e contramestres,
marceneiros, trabalhadores em usinagem de
metais, ajustadores mecânicos, montadores
de máquinas, operadores de instalações de
processamento químico e supervisores de
produção e manutenção industrial;
3ª FAIXA - R$ 710,00 (setecentos e dez
reais) Administradores agropecuários e
florestais, trabalhadores de serviços de
higiene e saúde, chefes de serviços de
transportes e de comunicações, supervisores
de compras e de vendas, agentes técnicos em
vendas e representantes comerciais, operadores
de estação de rádio e de estação de televisão, de
equipamentos de sonorização e de projeção
cinematográfica e técnicos em eletrônica.
Revista ACIF Janeiro 2013
M
ais um ano se inicia em
nossas vidas, momento
em que renovamos nossas esperanças e reorganizamos nossos
objetivos e projetos.
No mundo empresarial não é diferente, pois sempre no começo do ano
os empresários com seus contadores
analisam balanços e relatórios do ano
anterior e através deles corrigem erros,
criam novas metas e traçam juntos a estratégia tributária e o melhor caminho
a seguir.
Pelo menos é o que deveria acontecer, pois o bom empresário é aquele
que planeja suas ações com antecedência, e o contabilista é o profissional indicado para auxiliá-lo na apuração da
carga tributária das mercadorias e serviços vendidos, no controle dos custos
e na gerência e garantia do lucro da sua
empresa.
Nos últimos tempos o mundo empresarial vem passando por grandes
mudanças, com uma verdadeira enxurrada de novidades. Agora já é realidade
a era digital no dia a dia das empresas,
e com o surgimento do certificado digital, da implantação da nota fiscal
eletrônica, do SPED Fiscal e Contábil,
os cruzamentos de dados pelo fisco ficaram ainda mais dinâmicos e ágeis. O
tempo não mudou, mas a velocidade
das informações sim, e não podemos
ter o luxo de errar.
É difícil acreditar, mas ainda há
empresários que não tem noção de
suas responsabilidades, empresas que
conferem suas mercadorias compradas apenas pelo DANFE e não dão a
mínima atenção ao arquivo “XML”.
Muitas delas não possuem software ou qualquer ferramenta de gestão
para o devido controle das informações, o que dificulta e muito a vida
do empresário contábil. A tecnologia
está aí para dar segurança e facilidade
na vida das empresas e das pessoas,
e tem gente que ainda não enxergou
isso.
Devemos mais uma vez alertar
essas empresas de que é delas a responsabilidade pelas informações recebidas
e enviadas ao fisco Federal, Estadual e
Municipal. Um exemplo disso é a guarda segura dos arquivos “XML” pela empresa (contribuinte), antes de enviá-los
ao contador para o devido registro contábil. É errado achar que o contador ou
a empresa contábil deve guardá-lo para
você.
Cada vez mais fica evidente o importante papel que o profissional contábil exerce na sustentabilidade dos
negócios, sendo ele um grande responsável pelo desenvolvimento daquelas
empresas que respeitam suas opiniões,
atendem seus pedidos e o enxergam
como um parceiro confiável.
Este mês é o momento ideal para
estreitar seu relacionamento com os
profissionais que o auxiliam na gestão
da empresa. Até dia 31 de janeiro vence
o prazo para as empresas optarem pelo
regime Simples Nacional de tributação.
Para a capacitação e busca da
qualidade dos serviços prestados por
esses profissionais, a Assescofran - representante das empresas de serviços
contábeis de Franca e Região - sempre
realiza cursos, palestras e estudo contínuo aos proprietários das empresas
contábeis e seus colaboradores. Só isso
não basta.
O empresário deve fazer a sua parte, investir em sua empresa, adquirir
ferramentas que auxiliem nas questões
burocráticas e tributárias, e ao mesmo
tempo, controlam todos os setores produtivos.
O mais importante é planejar e se
organizar com antecedência.
Para mais informações procure
um contabilista de confiança. Assim,
as chances de sucesso da sua empresa
serão ainda maiores.
André Luis Gimenes
Presidente da Assescofran
Empresário contábil, advogado, pós-graduado em
Direito Corporativo pela Universidade de Franca.

Documentos relacionados

ações acif - Associação do Comércio e Indústria de Franca

ações acif - Associação do Comércio e Indústria de Franca Revista ACIF é uma publicação mensal da Associação do Comércio e Indústria de Franca

Leia mais

Navegação segura - Associação do Comércio e Indústria de Franca

Navegação segura - Associação do Comércio e Indústria de Franca Amorim, um dos debatedores do programa Manhattan Connection, da Globo News, e também colunista na revista IstoÉ. Ele é pós-graduado em Administração e Finanças Internacionais pela ESSEC de Paris, a...

Leia mais