CONVITE AOS PAIS, FILHOS, AVÓS E TIOS PARA PARTICIPAREM
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CONVITE AOS PAIS, FILHOS, AVÓS E TIOS PARA PARTICIPAREM
CONVITE AOS PAIS, FILHOS, AVÓS E TIOS PARA PARTICIPAREM NO CORTEJO DA FEIRA MANUELINA, DIA 1 DE MAIO às 15h30 Ponto de Encontro: Bombas de Gasolina na Rua Miguel Arnide Percurso: Rua Miguel Arnide, Rua Nuno Alvares, Praça 5 de Outubro Destino: Praça 5 de Outubro O Evento: “Dom Manvel per graça de deus Rey de Portugal e dos Algarues, daquem e dalem mar em africa Senhor da guyne e da conquista nauegacom e comercio deteopia arabia persia e da India. A quantos esta nossa carta de forall dada a Vila de torres Nouas Virem fazemos saber que…” Assim começa a carta de foral que, a 1 de Maio de 1510, trazia a Torres Novas a marca de um Estado centralizador, governado por um rei venturoso. Como forma de assinalar os 500 anos sobre esse importante momento na história de Torres Novas, propõe-se uma visita à época, às memórias, aos sons, cheiros e sabores, aos usos e costumes do séc. XVI, convidando a uma ampla participação da comunidade. Nos dias 30 de Abril, 1 e 2 de Maio, o Castelo de Torres Novas e os espaços que a antiga cerca da vila encerra, farão a passagem para uma outra dimensão, onde as bestas se cruzarão com velhos marinheiros e gentes do clero, homens de guerra passear-se-ão por entre malabaristas do oriente e mercadores do norte de África, ao som das vendedoras de sonhos e contadores das histórias do mundo novo. Torres Novas, no alvores da sua Modernidade, receberá o Foral Novo com dignidade e pompa, comendo, bebendo e cantando em memória do rei venturoso que abriu as portas ao mundo. O CORTEJO: Este é um cortejo que junta crianças, pais, colectividades e animadores profissionais. Mas para entrar no espírito do mesmo é necessário estar vestido à época! E para ser uma figura manuelina chegam alguns adereços. Um cortejo de pormenores – chapéus, espadas, escudos, adereços simples construídos com restos de papel e tecidos, embalagens vazias, sacos de plástico que já não são precisos. Reutilizar para recriar o tempo de D. Manuel. Neste dossier reúnem-se imagens úteis e propostas para a construção destes adereços, sobretudo chapéus. Os chapéus são peças essenciais na sociedade portuguesa da época, que distinguem classes, géneros e também ocasiões. As pinturas que aqui encontra são olhos para a vida na altura, para conhecermos os vários estratos sociais, os hábitos e as respectivas vestimentas. E servem sobretudo para ajudar pais e filhos a construir a sua personagem. Mas estas são apenas sugestões. Antes de mais nada convidamo-los a usar a vossa imaginação! Introdução: Os homens utilizavam calções muito largos com aberturas laterais e com um cinto com fivelas. O Gibão permanecia a vestimenta básica. Vestiam-se também coletes, camisas complementadas com tiras envoltas em seda, mantos, capas e casacos curtos com lapela e mangas. Uma das principais tendências, por parte dos membros das cortes, era o uso de grandes colarinhos no pescoço. No calçado passou a ser muito utilizado o veludo, sempre de pontas quadradas e botas de tacão alto, sendo este de cores diferentes. Passou a utilizar-se o cabelo curto e a barba pontiaguda. Como adornos ao cabelo utilizavam-se barretes e gorros. As mulheres utilizavam vestidos em que a saia era constituída por dois ou três saiotes sobrepostos. Estes eram ajustados ao corpo e tinham grandes decotes. Como adornos utilizavam colares, pendentes e medalhas. Os cabelos eram cobertos por pequenas toucas ou barretes. Figurinhas do Teatro Vicentino, Séc. XVI BASE GERAL: Se quiserem fazer um figurino mais completo podem usar uma base muito simples, feita com um rectângulo de tecido de cor com um buraco para a cabeça no centro. O lado mais curto do rectângulo deve ter a largura dos ombros e o maior pode variar consoante queiram a base mais comprida ou mais curta. Sobre esta base podem colocar um cinto, feito de tecido ou outro material, consoante a figura que querem encarnar. As pinturas são uma boa fonte para as cores. Debaixo da base pode usar-se uma camisola lisa e colants ou leggings pretos ou com cor. Nesta altura usavam-se também umas meias compridas até aos joelhos, bordadas ou simples. SÍMBOLOS e MOTIVOS DECORATIVOS: A característica dominante da Arte Manuelina, sobretudo a arquitectura, é a exuberância de formas e uma forte interpretação naturalista-simbólica de temas originais, eruditos ou tradicionais. Alguns destes símbolos podem ser desenhados nas roupas, ao jeito de cada um! Motivos mais importantes: Símbolos nacionais: Esfera Armilar ; Cruz da Ordem de Cristo; Escudo nacional Elementos naturalistas: Corais; Algas; Árvores secas; Alcachofras (símbolo da regeneração e da ressurreição - sendo por isso queimada nos festejos de São João, esperando que volte a reverdecer); Folhas de loureiro, Romãs ( símbolo de fertilidade, pela quantidade extraordinária de sementes que contêm); Caracóis; Animais vários Elementos fantásticos: Sereias; Monstros (principalmente as gárgulas, mas também outros, como dragões e animais de boca aberta, devorando o seu próprio corpo); Orelhudos (cabeças com orelhas descomunalmente grandes); Simbolismo cristão: Cachos de uvas e sarmentos (relacionado com a "Vinha do Senhor" e com a Eucaristia) Agnus Dei Querubins PRIMEIRA PÁGINA DO FORAL NOVO DE TORRES NOVAS de D.MANUEL I com duas esferas armilares, o escudo nacional ao centro e motivos vegetalistas. COROAS para Rainhas e Reis: Comece por recortar num quadrado numa folha de Jornal ou de papel craft. (O tamanho varia consoante a cabeça que vai ser coroada!) 1. Dobre ao meio, juntando as pontas, e abra duas vezes: de cima para baixo, e de um lado para o outro. 2. Agora dobre todos os cantos para o centro. (Esta será aproximadamente a medida do chapéu.) 3. Vire ao contrário. Dobre a parte superior e inferior em direcção ao centro. Quando fizer isso, os triângulos devem aparecer para fora, como na imagem. 4. Dobre o triângulo inferior para cima. 5. Dobre os dois cantos de baixo para cima. 6. Dobre o triângulo para baixo. 7. Rode o modelo, na vertical. Agora repita os passos 5-7. 8. Agora precisa abrir o modelo para completar a coroa. Abra as abas para fora. O interior ganha uma forma quadrada. 9. Vire. A coroa está acabada! Podem agora pintá-la / decorá-la com papéis brilhantes, missangas e purpurinas. Ou desenhar nela uma esfera armilar ou um escudo. Uma outra coroa, feita com uma caixa de cartão dos ovos! CAVALEIROS: Painéis São Vicente de Fora – Painel dos Cavaleiros Autor: Nuno Gonçalves Data: 1450 d.C.- 1490 d.C. Ocupam os dois primeiros planos da pintura três cavaleiros, vestindo ricos trajes de corte. Dois têm a cabeça coberta com gorros; o do primeiro plano tem a cabeça descoberta. Todos estão armados com espadas. Segue-se-lhes uma figura barbada e de farta cabeleira negra, coberta por uma capelina de aço, tauxiada de ouro. Os quatro eclesiásticos que se vêem no fundo da composição vestem sobrepelizes e têm a cabeça coberta com barretes. Autor desconhecido 1510 d.C.- 1530 d.C O Arcanjo S. Miguel, de armadura, capa e escudo empunha uma espada na mão direita e uma cruz na esquerda. A seus pés vê-se um dragão de patas levantadas. No lado direito da pintura vê-se a figura cortada de Santa Margarida com uma cruz nas mãos juntas. PARA A CONSTRUÇÃO DO FIGURINO DOS CAVALEIROS: a) ARMADURA: Base: Cortar ambos os lados mais compridos de um saco plástico preto do lixo de maneira a ficarem abertos. (ou usar a BASE GERAL) No fundo, cortar o buraco para a cabeça. Esta é a base para colar as escamas. “Escamas” de metal (como na saia do Arcanjo S. Miguel) a) Colar papel de alumínio em folhas de jornal. Usar cola branca de madeira e deixar secar bem. Desenhar numa cartolina ou cartão uma meia oval. Recortar e usar como molde contornando no jornal, repetindo a forma, uma ao lado da outra, quantas vezes for necessário. Recortar. Colar na base até cobri-la como gostar. b) Uma forma mais simples de fazer as escamas é usar embalagens de leite e sumo de Tetrapack, cujo interior já é metalizado. A desvantagem é que tem que se fazer as “escamas” uma a uma. _________________________________________________________________________________________ b) ESPADAS E ESCUDOS: Podem ser feitas com cartão canelado e pintados como nas imagens. _________________________________________________________________________________________ c) ELMOS 1. ELMO de embalagem plástico: Material Necessário: Embalagem de plástico de base quadrada ou redonda (a base deve ser suficientemente grande para encaixar na cabeça Tesouras Tintas ou papel alumínio Lixa Como fazer: 1. Segurar a embalagem virada ao contrário, para corta-la. 2. Olhe para a fotografia para perceber como cortar. Se tiver uma asa, corte essa zona e a parte de cima da embalagem. 3. Lixe quaisquer pontas que possam magoar. 4. Pinte. 2. ELMO ou CAPACETE de saco de papel: Material Necessário: Saco de papel Tesouras Agrafador Cola Desenhar o formato de um gorro (meio ovo) no saco. Recortar. Agrafar como na figura. Pode-se ajustar o tamanho à cabeça com o agrafador. Para dar um efeito metálico pode colar-se papel alumínio antes de recortar. É importante o papel estar todo bem colado, senão rasga. Este chapéu, muito simples, também pode ser uma coroa. Para isso podem enriquecê-lo com missangas, papéis brilhantes, jóias! _______________________________________________________________________________________ 3. ELMO Material: 1 Folha de Jornal CLERO: São Boaventura e São Luís de Tolosa 1508 d.C.- 1511 d.C. Inseridos numa paisagem verdejante pontuada, à esquerda, pelo que parece ser a ábside de uma catedral, os dois santos franciscanos São Boaventura e São Luís de Tolosa ou de Anjou envergam sobre os hábitos de frades menores capas majestosas de asperges e estolas, ostentando igualmente mitra e báculos. Ambos abençoam com a mão direita. 1. MITRA (chapéu): As medidas são gerais, sendo que depois tem que haver ajuste consoante o tamanho da cabeça do aluno. O sítio onde se fazem as dobragens laterais dá mais ou menos a medida correcta. 1. Dobrar uma folha de Craft/ ou de jornal com cerca de 50 cm x 70cm 2.Dobrar as duas pontas de cima até se encontrarem no meio. 3.Dobrar a parte de baixo 2 vezes. Esta dobra faz uma banda central. 4a.Virar ao contrário e dobrar os lados até ao meio (é com esta medida que se vê se o chapéu está à medida da cabeça. Se for necessário pode dobrar-se deixando espaço no meio.) O resultado nesta fase depende muito do tamanho do papel e da cabeça, não tem ficar exactamente igual ao desenho. 4b. Dobrar a ponta de cima como indicado no desenho. 4c. O resultado deve ser mais ou menos como a figura 4c. 5. Dobrar as pontas de baixo. 6. Dobrar Duas vezes a ponta de baixo resultante de forma a encaixá-la na banda central. 7a. Até agora o papel deve estar mais ou menos como na figura a. 7b. Agarrar no meio da parte baixo, nos dois pontos vermelhos no desenho e abrir completamente até os pontos laranjas se tocarem, como na figura 7c. 7c O Bispo acaba aqui – é só levantar a dobra pontiaguda de cima e abrir a parte de baixo, onde encaixa a cabeça Para continuar para chapéu do Povo: 8. 8a Dobrar os lados uma e outra vez, encaixando a ponta na banda central 8b. Abrir pelos pontos laranja no desenho e temos um chapéu do povo. Com uma ponta atrás que pode ser aumentada usando um cone de craft mais ou menos comprido consoante queiram. Este extra pode ser agrafado ao original. __________________ 2. Outra MITRA: 1. Dobre um quadrado ao meio 2. Dobre os dois cantos de cima, de maneira a encontrarem-se no centro. 3. Dobre a tira mais perto de si ao meio, e volte a dobrá-la para cima dos triângulos. 4. Vire o papel. Dobre os lados para o meio. 5. Dobre os cantos de baixo, até à tira. 6. Dobre o ponto central debaixo ao meio e de novo para cima de forma a encaixar na tira. 7. Abra e ponha o chapéu na cabeça! FIM! ____________________________________________________________________________________ OUTROS ADEREÇOS CLERO: O clero caracteriza-se pelas vestes longas e largas, grandes mantos e ainda o uso de crucifixos e báculos (bastões episcopais, curvos na ponta) Com tecidos, sacos de plástico ou mesmo papeis podem fazer-se os mantos. Os crucifixos podem ser recortados em cartão para pendurar ao pescoço ou à cintura ou então podem recortarse em papel veludo e colados nos mantos. Para os Báculos, podem usar a técnica do papel maché à volta de um pau comprido ou de um arame. Recortar em cartão ou cartolina. NOBREZA e BURGUESIA: Nobre do séc. XVI UM CHAPÉU PARA HOMENS E MULHERES (VÍDEO) http://www.wonderhowto.com/how-to-easy-paper-hat-319259/ CHAPÉU CÓNICO PARA DAMAS: 1. Materiais: Cartolina; tesoura; agrafador; cola; fitas de embrulho; outros materiais para decorar; elásticos ou fitas para prender. 2. Recortar um quadrado na cartolina Desenhar no quadrado um quarto de círculo (grande o suficiente para a cabeça) 3. Recortar. 4. Junte os dois lados do círculo, formando o cone. Pode ser necessário cortar um bocadinho da ponta. 5. Quando achar que o cone já está bem ajustado e antes de colar as extremidades, podes colar na ponta as fitas brilhantes ou o pedaço de tule. 6. Cole as extremidades 7. Agrafe as fitas/elásticos que prendem o chapéu em cada lado. FIM! POVO: Nascimento da Virgem Mestre Desconhecido 1530 d.C.- 1540 d.C. O nascimento decorre no interior de um compartimento cheio de objectos de uso quotidiano, destacando-se nas prateleiras algumas garrafas, frascos de compota e um cofre pequeno. À esquerda da composição, num leito com dossel redondo, Santa Ana repousa numa cama em que o branco dos lençóis e das almofadas contrasta com o verde acizentado da colcha. Ao seu lado, sentado, envolto em vestes vermelhas e com um terço nas mãos, encontra-se São Joaquim que observa uma mulher ajoelhada prestes a atear um fogareiro de barro em redor do qual se dispõem inúmeros recipientes com mésinhas. Outras quatro figuras femininas surgem representadas, estando cada uma delas entregue a uma tarefa específica: vestida de negro, uma dama aconchega as almofadas da cama; aos pés do leito encontra-se uma jovem que segurando uma faca na mão esquerda olha para a senhora que tem a Virgem ao colo e, por fim, acabada de entrar no quarto, uma criada transporta um cesto com ovos. Através da porta aberta que dá acesso a uma divisão contígua, podemos observar uma criada a depenar uma ave, tendo ao lado um gato Bruegel, Pieter - Jogos Infantis 1560 Oil on oak panel 118 x 161 cm Kunsthistorisches Museum Wien, Vienna Nesta pintura vêm-se mais de 60 jogos diferentes, jogados pelas crianças no séc. XVI. Alguns ainda se jogam hoje em dia. É também uma pintura interessante para percebermos como se vestiam as crianças do povo, nesta altura. Dois Chapéus Diferentes para o Povo (rapazes e raparigas) 1. Material: Folha de Jornal, craft ou papel de lustre de cor 2. Materiais: Folha de Cartolina A3 Cola Elástico ou fita Como fazer: . Dobrar cerca de 4 cm de um dos lados do papel. . Dobrar a cartolina ao meio. . Vire a dobra para si. . Dobre a ponta do boné cerca de 3 cm e cole para segurar. . Cole as fitas nas pontas da frente. Chapéu de Bobo: Corte uma tira de papel craft ou de cartolina com cerca de 2 cm e suficientemente comprida para dar a volta à cabeça. Cole as extremidades Faça triângulos de papel de cores diferentes, dobrando quadrados de papel na diagonal. Sobreponha os triângulos inserindo uns dentro dos outros, como na imagem. Ajuste-os de forma a, no seu conjunto, ocuparem toda a tira da cabeça. Cole-os uns aos outros Cole o conjunto na tira, por dentro. Abra ligeiramente de forma aos triangulos que ficam para dentro chegarem ao centro. Cole-os uns aos outros no lugar. (isto pode ter que ser forçado). Corte os triângulos de fora ao meio, começando na ponta. Fica com dois triângulos em cada um. Dobre as pontas de forma irregular. Na ponta cole uma missanga, um guizo ou um pompom. PENTEADOS – TRANÇAS Com três mechas de cabelo: Com 4 ou mais mechas de cabelo: 1º Método· 2º método (mais simples) Entrançar missangas no cabelo: Cores de Missangas: Pérola | Ouro | Prateado | Preto Começar por fazer fios enfiando as pérolas em fitas. Depois podem tratar estes fios como um pedaço de cabelo, entrançando normalmente. Por cima da cabeça: Dividir o cabelo ao meio. Prender a fita no topo da cabeça com um gancho, deixando cair metade para cada lado. Começar a entrançar o cabelo com a fita. No fim podem usar a fita que sobrar para prender a trança, enrolando-a à volta do cabelo que sobra.. Para maior segurança é melhor usar um elástico e só depois enrolar a fita. Outra forma, mais simples: Pegar num pedaço de fita com o dobro do tamanho do cabelo. Amarrar o cabelo com a mesma. Separar o cabelo em duas mechas. Entrançar. Trança paralela: Dividir o cabelo em duas colunas. Entrançar a fita como na figura . Outras imagens: Sapato: Servem muito bem as sapatilhas de ginástica ou das chinesas, pretas. m Bolsa de mulher: n NOBRES: