Porta da Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz de

O projeto da Catedral é do arquiteto francês Alphone de Plas, datado de 1876, ano
em que iniciou-se a obra, e concluída em 1890, sendo inaugurada em 1893. Porém,
apenas no ano de 1930 é que ganha mobiliário: bancos, púlpitos, vitrais e cátedra para o
bispo.
Não foi possível determinar o ano da confecção das portas porém, como se trata da
mesma madeira que constitui o mobiliário interno, é provável que as atuais portas tenham
sido confeccionadas e instaladas também em 1930. A Catedral passou por diversas
restaurações sendo a última em 2011, graças a sua classificação pela prefeitura como
Unidade de Interesse Especial de Preservação.
A estrutura da porta principal é composta de dois pares de portas, delimitando um
pequeno vestíbulo e, conseqüentemente, de um forro também entalhado em madeira,
sendo todo o conjunto de jacarandá com corte tangencial. De fabricação artesanal seus
entalhes forma feitos à mão e receberam verniz lustroso. Sua manutenção é feita com cera.
Análise
O valor estético desta porta está de acordo com a arquitetura neogótica da Catedral,
sendo portanto, do mesmo estilo. A qualidade do trabalho ali elaborado é condizente com a
imponência da própria Catedral. A crítica geralmente feita por intelectuais e arquitetos é de que a
arquitetura da Catedral Curitibana é kitsch, por ser predominantemente de gótico tardio, mas
também por conter elementos de outros estilos. Como fazem parte da composição
arquitetônica, inevitavelmente as portas de entrada também recebem indiretamente estas
críticas.
Sendo feitas de jacarandá maciço e tendo até 5cm de espessura, são portas robustas e
evidentemente duráveis. Seu aspecto pesado é confirmado pelas enormes dobradiças,
proporcionais às folhas das portas, e pouco atenuados pelos entalhes neogóticos sem grandes
excessos no rebuscamento. Colaborando como tudo isto, e para criar um efeito sensivelmente
opressor, o forro de entrada é feito de caixotões em formato de estrela de 12 pontas,
emoldurando no centro uma luminária relativamente simples e em forma de tambor. Tal
sensação é interessante, pois demarca bem a transição do espaço exterior da praça, mundano,
para o contraste interior, elevado e espiritual, da nave da igreja. Na parte superior da porta, entre
ela e o tímpano, voltado para a praça, está uma faixa de vitral colorido com elementos góticos
um pouco mais complexo nos detalhes.
A porta e o vestíbulo em si não são os elementos mais significativos da Catedral Basílica
de Curitiba, porém são os primeiros elementos que recepcionam e ambientam quem entra na
igreja, tendo sido cruzados por inúmeras autoridades e personalidades, bem como por várias
gerações de curitbanos.
Porta da Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz de Curitiba
TA 515 - DISCIPLINA DE AMBIENTE CONSTRUÍDO II - 2013
TRABALHO: OBJETO EMBLEMÁTICO
ALUNO: JULIANO ZANARDINI DE OLIVEIRA
PROFESSOR: ALOÍSIO LEONI SCHMID
imponente elemento arquitetônico: sua porta feita de madeira entalhada. Por ela passam,
em média, cerca de mil pessoas diariamente, que vêem às missas ou simplesmente para
visitar a Catedral. Elas têm sido caminho de passagem de centenas de procissões e festas
religiosas através das décadas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - SETOR DE TECNOLOGIA - DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
Guarnecendo a entrada principal da
Catedral Basílica Menor de Curitiba posiciona-se um