intoxicação por metanol e etilenoglicol: que antídoto?
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intoxicação por metanol e etilenoglicol: que antídoto?
Resumo INTOXICAÇÃO POR METANOL E ETILENOGLICOL: QUE ANTÍDOTO? A PROPÓSITO DE DOIS CASOS CLÍNICOS Lara Marcelo, Alexandre Pinto, Daniela Moreira, Jorge Brochado, Teresa Cardoso, Irene Aragão UCIP e Serviços Farmacêuticos- Hospital Santo António – Centro Hospitalar Porto Introdução:O metanol e o etilenoglicol são álcoois usados em solventes domésticos, anticongelantes, diluentes, e muitas vezes usados por alcoólicos como substitutos do etanol. Estas intoxicações não são muito comuns em Portugal, e nem sempre o diagnóstico é fácil. São habitualmente intoxicações graves e frequentemente fatais. A terapêutica deve ser precoce e com antídotos: fomepizole e etanol. Os autores apresentam dois casos de intoxicação: um por metanol e outro por etilenoglicol. Caso clínico 1: Homem, 64 anos, vítima de queda em altura, ECG-13, com posterior alteração do estado de consciência até ECG 3. TAC cerebral com foco hemorrágico punctiforme. Transportado para o nosso hospital, onde se constata uma acidemia metabólica com anion gap aumentado (pH-6.7, pCO279.8, pO2-144.7, HCO3—11.9, lactato-0.14, Anion Gap-34.5). A família refere ingestão de anticongelante composto por etilenoglicol. Transferido para a UCIP onde iniciou de imediato SLED. Fez paragem cardiorespiratória não revertida. Caso clínico 2: Mulher, 51 anos, com antecedentes de HTA, síndrome depressivo (várias tentativas de suicídio) e hábitos alcoólicos marcados. Foi encontrada caída com alteração do estado de consciência (Escala de Coma de Glasgow (ECG) 5 – O3V1M1). Após administração de flumazenil, naloxona, tiamina e sem melhoria do estado clínico foi transportada para a sala de emergência do nosso hospital, onde deu entrada sedada, intubada e ventilada, em midríase fixa. Na gasimetria apresentava uma acidemia metabólica com anion gap aumentado (pH-6.9, pCO2-30.2, pO2-484.2, HCO3—5.9, lactatos-3.77, Anion Gap-23.9) . Por não haver fomepizole, iniciou tratamento precoce com etanol em dextrose a 5% em perfusão durante as primeiras 48h, ácido fólico e piridoxina. Discussão: Na ausência de história clínica o diagnóstico é suportado pela acidemia com anion gap aumentado. São sempre intoxicações graves com elevada taxa de mortalidade. A terapêutica assenta na administração precoce de antídotos: fomepizole, não disponível em Portugal e etanol para perfusão (passível de ser preparado pela farmácia do hospital), e em terapêutica de remoção (diálise).. Nome do apresentador –Lara Andrea Lopes Marcelo da Silva ____________________________________________________________ Direcção –Rua Dr. José Luis Araújo, 57 2ºEsq.. _____________________________ Cidade/Código Postal4435-154 RIO TINTO_____ Telefone -936963891 _________________________ Faz - ____________________________ [email protected] _______ Instituição –Hospital Santo António-Centro Hospitalar do Porto ___________________________________________________________ Nota: A Comissão de escolha dos trabalhos decidirá o formato do trabalho apresentado: Poster ou Comunicação Livre Oral
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