A superioridade de Jesus Cristo
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A superioridade de Jesus Cristo
Apr esentação O tema para o segundo trimestre de 2006, é de grande iportância, levando em conta, a constante ropagação de doutrinas elaboradas por homens “amantes de si mesmos”, acerca dos quais estava previsto que viriam. Urge que a Igreja enfrente este mal dos “ultimos dias”, daí o tema escolhido: A Superioridade de Jesus Cristo. Jesus Cristo é superior aos anjos, a Moisés e a Arão. Seu sacerdócio é superior, seu sacrifício é eterno e definitivo. A sua salvação é única, seu caminho é novo. O acesso proporcionado ao trono da graça é garantido. Não estamos debaixo da lei mas, sim, da graça. Não há necessidade de oferecermos sacrifícios de animais, os quais vertem sangue que não pode limpar pecados. Não temos de recorrer a sacerdotes, homens fracos, os quais tem de confessar seus próprios pecados. Temos um grande sumo sacerdote; imaculado, separado dos pecadores e mais sublime que os céus; que ofereceu a si mesmo, efetuando uma eterna salvção. Oramos a Deus para que estas lições venham a inquietar os que de bom grado aceitarem as palavras desta profecia. Jesus Cristo, ontem, hoje e eternamente o mesmo, continua sendo superior a todas as coisas, as quais sustenta pelo seu poder. DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ A SUPERIORIDADE DE JESUS CRISTO “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho” (Hebreus 1.1) Sumário LIÇÃO 01 - Superior como Filho LIÇÃO 02 - Superior como salvador LIÇÃO 03 - Superior como líder LIÇÃO 04 - Superior com um novo “dia” de repouso LIÇÃO 05 - Superior como sumo sacerdote LIÇÃO 06 - Superior com uma nova aliança LIÇÃO 07 - Superior com um novo santuário LIÇÃO 08 - Superior como sacrifício LIÇÃO 09 - Superior como novo caminho LIÇÃO 10 - Superior como consumador da fé LIÇÃO 11 - Superior como santificador LIÇÃO 12 - Superior com uma cidade celestial LIÇÃO 13 - Resumo das 12 lições (Recapitulação) COMENTÁRIO Marisol A. de Castro Carvalho (Profess. Pré-adolescentes) Evandro Arruda do Nascimento (Diretor do DEC) Luciano da Silva Menezes (Equipe de Missões) Eliude Fernandes Silva Félix (Coord. EBD) Marcelo Ruas de Sousa (Coord. ELAD) Nilton Félix Batista (Coord. EBD) Marcos Cleber Moura de Carvalho (Profess. Pré-adolescentes) EDITORAÇÃO Kleber Paulo Santana SUPERVISÃO Natanael Nogueira de Sousa Pastor Presidente BÍBLIA (Edição Revista e Corrigida) Direitos autorais reservados à Igreja Assembléia de Deus do Setor Oeste do Gama - Área Especial 2/4 - DF Superior como Filho Versículo Chave “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho” (Hebreus 1.1) Lição 01 - 02 de abril de 2006 Objetivos da Lição ♦ Destacar a superioridade de Jesus em relação aos anjos; ♦ Mostrar os destaques do texto em relação a Jesus como Filho; Culto Familiar Segunda – (João 3.16) – Deus enviou Seu Filho Terça – (Atos 3.13) – Deus glorificou a Seu Filho Quarta – (Atos 3.26) – Deus ressuscitou a Seu Filho Quinta – (Atos 10.38) – Deus ungiu a Seu Filho Sexta – (1João 5.10) – Deus dá testemunho de Seu Filho Sábado – (Hebreus 1.1-14) – Deus fala pelo Seu Filho SUGESTÃO DE HINOS - 042 - 056 - 139 (Harpa Cristã) Hebreus 1.1-14 1 - Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, 2 - a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. 3 - O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra Revista de Estudo Crescimento Bíblico 4 da Majestade, nas alturas; 4 - feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. 5 - Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho? 6 - E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. 7 - E, quanto aos anjos, diz: O que de seus anjos faz ventos e de seus ministros, labareda de fogo. 8 - Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. 9 - Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros. 10 - E: Tu, Senhor, no princípio, fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos; 11 - eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão, 12 - e, como um manto, os enrolarás, e, como uma veste, se mudarão; mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão. 13 - E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés? 14 - Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? INTRODUÇÃO J esus Cristo é o tema central das Escrituras. É uma fonte inesgotável de estudo e conhecimento. Por isso, a razão do tema para o segundo trimestre de 2006: “A superioridade de Jesus Cristo”. O objetivo das lições é mostrar um pouco mais acerca desta fantástica Pessoa, que dividiu eras e quebrou a separação entre judeus e gentios, para fazer de ambos, um só povo. Ele é superior a todas as coisas. Nesta primeira lição veremos o que Ele representa como Filho de Deus; sua posição e seus atributos: I - SUA REPRESENTATIVIDADE - (VV 1-3) É fácil perceber o grau de expressividade do Senhor Jesus Cristo quando o contemplamos como o Filho unigênito de Deus. A própria palavra dirigida do Pai ao Filho é argumento comprobatório suficiente: “... Este é o meu Revista de Estudo Crescimento Bíblico 5 Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17). É em Jesus que tudo se converge. Ele é o centro e também as extremidades. O Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. 1. Ele é a Palavra de Deus – Antigamente Deus falou “muitas vezes” e de “muitas maneiras”, pois se tratava de uma palavra profética, a ser cumprida no futuro em e por meio de Jesus Cristo. Após Jesus efetuar a obra pela qual foi enviado, Deus falou a nós, em certo sentido, uma única vez, pois em Jesus está consumada a obra de Deus. “A nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho”. Não há necessidade de novas revelações escriturísticas. Este é o grande profeta anunciado, “a Ele ouvireis” (Dt 18.15). Não haverá segunda chance para quem desprezar a mensagem do evangelho, pois não existe outra palavra de vida eterna e nem outro caminho por onde possamos escapar. “Este é o meu Filho amado; a ele ouvi” (Mc 9.7). 2. Ele é a expressa imagem de Deus – A superioridade de Jesus é facilmente percebida nos ricos detalhes do texto: “O qual, sendo o resplendor da sua glória (...) expressa imagem da sua pessoa (...) sustentando todas as coisas...”. Quem conhecer o Filho, estará também conhecendo ao Pai: “E quem me vê a mim vê aquele que me enviou” (Jo 12.45). Algumas pessoas afirmam que amam a Deus e o conhece profundamente, mas quando lhes perguntamos sobre Jesus, tais pessoas se mostram totalmente ignorantes. Podemos, então, afirmar que estão blefando, pois Jesus é a expressa imagem de Deus. II – SUA POSIÇÃO – (VV 4-8) “Feito tanto mais excelente...” Não é difícil para nós compreendermos esta expressão, pois grande parte da nossa vida é gasta buscando a excelência: Nos estudos, na escala profissional, no desenvolvimento de talentos naturais, etc. Jesus alcançou excelência em tudo: 1. Mais excelente do que os anjos – A qual dos anjos disse: “Tu és meu Filho?” A qual deles o Pai disse: “Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?” Pelo contrário, aos anjos foi ordenado: “E todos os anjos de Deus o adorem”. Como podemos aceitar a idéia de que devemos supervalorizar a aparições de anjos, e até mesmo prestar-lhes culto, sendo que o próprio Deus está testificando que o seu prazer está no Seu Filho e que Jesus é superior aos anjos? Portanto, meus irmãos, “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3). Revista de Estudo Crescimento Bíblico 6 2. Tem mais excelente nome – Ao nome de Jesus os demônios sucumbem. Ao nome de Jesus as doenças desaparecem (At 4.7-10); pelo Seu nome vidas são salvas (Rm 10.13). Não temos nome mais precioso e singular. Compensa invoca-lo. É o único nome dado, pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12). Por causa da sua humilhação até a morte de cruz, para aniquilar o pecado da desobediência, iniciado no Éden, “Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome” (Fp 2.9). III – SEUS ATRIBUTOS – (VV 9-14) A epístola aos Hebreus é fantástica em sua maneira de revelar a Pessoa do Senhor Jesus. Seu escritor conseguiu, ao mesmo tempo, mostrar um Jesus menor que os anjos, “por causa da paixão da morte”, e sua grandeza divina; assentado à destra do Pai e mais sublime do que os céus (v 13; 7.26). O Senhor é declarado: 1. Justo e Santo – “Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade”. Ninguém soube conviver com a sociedade como Jesus. Estava no meio das pessoas, conversava e comia com elas, mas nunca puderam lhe acusar de nada. Ele é santo, não somente porque é “separado dos pecadores” (Hb 7.26), mas também, porque a Sua vida foi separada para o serviço a Deus (Hb 10.9). Estas são as características da verdadeira santificação: Separação do pecado para o serviço a Deus. 2. Criador e Sustentador – A grandeza do Senhor Jesus é revelada no fato D’ele ser o meio pelo qual o mundo veio a existir. Ele é também o sustentador de todas as coisas. Isto trás aos nossos corações maior segurança, pois significa que Ele conhece todas as coisas, nos mínimos detalhes. Conhece a nossa estrutura, conhece cada célula do nosso corpo e também tudo que está gravado no nosso cérebro. Portanto, pode curar nosso físico, nossos traumas, nosso espírito, etc. A Sua excelente glória é destacada na própria Palavra de Deus: -“... a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo... e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder... E: Tu, Senhor, no princípio, fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos” (v 2,3,10). CONCLUSÃO Esta lição deve servir de alento aos nossos corações, pelo fato de sabermos que Jesus é superior a tudo que existe abaixo do Pai. Estamos seguros nas mãos Daquele que fez todas as coisas e, pelo Seu poder, sustenta o universo. O nome Jesus significa para nós poder, Sua Pessoa representa a expressa Revista de Estudo Crescimento Bíblico 7 imagem de Deus. Sua santidade nos constrange a viver uma vida de renúncia a tudo que contradiz a vida Dele. Para reflexão: • Jesus, para você é superior a tudo? • Como você tem tratado com este Nome? • Deus tem falado com você por meio de Jesus Cristo? Questionário para avaliação e debate: 1. Explique, de acordo com a lição, porque Jesus é tão representativo para nós. 2. Explique e dê exemplo da superioridade de Jesus em relação aos anjos. 3. Explique a justiça e a santidade de Jesus Cristo, de acordo com a lição. EETAD UmCursoTeológico -àalturaeàsuadisposição- Faça já a sua matrícula! Fone: 384-1013 - (Claudio) Superior como salvador Versículo Chave “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram” (Hebreus 2.3) Lição 02 - 09 de abril de 2006 Objetivos da Lição ♦ Ensinar que a salvação efetuada por Jesus é superior; ♦ Mostrar o perigo que corre aqueles que rejeitam tão grande salvação; ♦ Destacar a maneira como Jesus efetuou a grande salvação. Culto Familiar Segunda – (Salmos 116.13) – Cálice da Salvação Terça – (Isaias 12.3) – Fontes da salvação Quarta – (Isaias 33.6) – Abundância da salvação Quinta – (Lucas 1.69) – Poderosa salvação Sexta - (Judas 1.3) – Comum salvação Sábado – (Hebreus 2.1-18) – Grande salvação SUGESTÃO DE HINOS - 045 - 047 - 060 (Harpa Cristã) Hebreus 2.1-4; 9-18 1 - Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas. 2 - Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, 3 - como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, Revista de Estudo Crescimento Bíblico 9 confirmada pelos que a ouviram; 4 - testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade? 9 - vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. 10 - Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse, pelas aflições, o Príncipe da salvação deles. 11 - Porque, assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, 12 - dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação. 13 - E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim e aos filhos que Deus me deu. 14 - E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, 15 - e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. 16 - Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. 17 - Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. 18 - Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados. INTRODUÇÃO N ão faltam “salvadores” prometendo libertação, cura, esperança para o homem. Muitos, infelizmente, atendem a tais pretensos remidores. Por outro lado, pessoas perdidas nas negruras das trevas, fazem como diz o hino 18 da Harpa Cristã: “Meios de salvar-se inventa; clama, roga em seu favor, a supostos mediadores, desprezando o Deus de amor”. No entanto, esta lição pretende mostrar a grande salvação efetuada pelo único e suficiente Salvador, Jesus Cristo: Revista de Estudo Crescimento Bíblico 10 I – UMA SÉRIA RECOMENDAÇÃO - (VV 1-4) As coisas banais, sem importância costumam não ter preço algum e, normalmente são encontradas em qualquer lugar. No entanto, sabemos que coisas valiosas como ouro e pedras preciosas, só são encontradas quando procuradas com muita diligência e há um preço a pagar. A salvação realizada por Jesus é raríssima, pois só se encontra Nele. É de extremo valor, pois Ele pagou o preço com o seu sangue (1Pe 1.18,19). Portanto, temos as seguintes recomendações: 1. Devemos atentar com mais diligência – Isto significa dedicar-se à salvação com cuidado ativo e zeloso. É uma aplicação de corpo e alma em busca e conservação daquilo que não se pode perder nunca. É uma atitude com propósito de coração, como disse Barnabé aos irmãos em Antioquia: “... exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor” (At 11.23). “Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência”. 2. Toda transgressão recebe justa retribuição – Todo o Antigo Testamento foi escrito para “aviso nosso” (1Co 10.11). Temos muitos exemplos de pessoas ou povos que receberam o justo castigo pela sua transgressão. Poderíamos mencionar Acã e as cidades Sodoma e Gomorra (Gn 19.24; Js 7.24-27). Ninguém ficará impune nem poderá escapar do juízo final, depois de negligenciar a salvação em Cristo Jesus. 3. Como escaparemos? – Poderíamos apresentar alguma razão para herdarmos o Reino de Deus, sem crer em Jesus e recebê-lo como Salvador e Senhor de nossas vidas? Como pode alguém escapar da situação em que se encontra toda humanidade? (Rm 5.12). Eis o problema do homem: “... estando vós mortos em ofensas e pecados, em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência... éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” (Ef 2.1-3). Outra recomendação importante na Palavra de Deus é que: “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” (Hb 10.28,29). Portanto, “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação...” (v 3). II – UMA PODEROSA JUSTIFICATIVA - (VV 9-13) Por que é uma grande salvação? Pelo seu aspecto salvífico: Revista de Estudo Crescimento Bíblico 11 1. Sofreu a paixão da morte para provar a morte por nós - A salvação não foi efetuada sem derramamento de sangue, pois para vencer o pecado e anular seu veneno que é a morte (Rm 6.23), um justo teria que morrer por todos, para por meio da morte, vencer a morte e, assim, a “morte morreu”, ou seja, semelhantemente ao veneno da cobra que é anulado pelo soro extraído do próprio veneno. “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (v 9). 2. Sofreu as aflições para trazer muitos filhos à glória – É o plano de Deus que muitos filhos “iguais” a Jesus sejam gerados (Rm 8.29). Em Adão, surgiu a primeira geração dos homens para habitar a terra (At 17.26), e em Cristo, o último Adão, a geração para habitar o céu (1Co 15.45-49). Foi por isto que Jesus teve de encarnar (Jo 1.14), para provar a morte por todos nós. Este é o processo para gerar muitos filhos a Deus. (v 10,13) III – UMA MARAVILHOSA OBRA - (VV 14-18) Não foi sem razão que Jesus padeceu tamanha dor. Foi para efetuar imensurável salvação. Os subtópicos seguintes mostram os resultados desta grande obra: 1. Aniquilou o que tinha o império da morte – A arma mais poderosa do diabo é a morte espiritual, com a qual ele acomete os homens. Nenhum ser humano pode escapar do seu veneno, pois todos pecaram (Rm 3.23), e o salário do pecado é a morte. Jesus Cristo destronou o diabo ao se entregar ao flagelo da cruz, pois a morte não pode retê-lo (At 2.24), visto que Nele não se encontrou motivo algum, ou seja, ele se fez pecado por nós (2Co 5.21). “O qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação” (Rm 4.25). Foi necessário que Ele participasse de todo o processo da morte (v 14). 2. Livrou os escravizados com medo da morte – “Respondeulhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado” (Jo 8.34). O homem sem Deus teme a morte, em todos os sentidos, pois não pode se livrar dela. Há pessoas que detestam até mesmo falar dela, evitam velórios etc. São pessoas escravizadas. Mas o remédio é: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres” (v 15; Jo 8.36). 3. Socorre os que são tentados – Outra peculiaridade da salvação é que somos perdoados de todos os nossos pecados. O fato de Jesus se tornar Revista de Estudo Crescimento Bíblico 12 como um de nós, possibilitou que Ele experimentasse a fraqueza humana, para ser fiel sumo sacerdote nos nossos padecimentos. O Senhor se tornou um salvador próximo dos homens, não é alguém distante que ignora as enfermidades da alma. Ele é o Médico dos médicos. “Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (v 17,18). CONCLUSÃO Pelo que vimos nesta lição, seria, no mínimo, insensatez rejeitarmos copiosa salvação, uma vez efetuada por nosso Senhor Jesus Cristo. Como escaparemos, se não atentarmos para esta salvação que o Pai, por meio de Seu Filho, nos concedeu? Jesus é um salvador que conhece nossas fraquezas, pois experimentou, através da paixão da morte, a trágica situação em que se encontra o homem. Padeceu todo tipo de tentação sem, no entanto, pecar. “Portanto, convémnos atentar, com mais diligência”. Para reflexão: • Você tem conservado a salvação com diligência? • Você entendeu o processo pelo qual Jesus Cristo proveu salvação? • Você tem convicção da salvação em Jesus Cristo? Questionário para avaliação e debate: 1. Por que devemos atentar com mais “diligência”, para esta grande salvação? 2. O que é diligência? 3. Explique o texto: “pode socorrer os que são tentados” (v.18) “ Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2.11-13) Superior como líder Versículo Chave “Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou” (Hebreus 1.3) Lição 03 - 16 de abril de 2006 Objetivos da Lição ♦ Mostrar a diferença entre a liderança de Moisés e a de Jesus; ♦ Ensinar que o Espírito Santo atua em nossas vidas e que não podemos resisti-lo; ♦ Destacar o perigo da incredulidade na vida do cristão. Culto Familiar Segunda – (Mateus 16.24) – Jesus é Líder que vai à frente Terça – (João 6.51) – Jesus é Líder que dá a vida por todos Quarta – (João 13.15) – Jesus é Líder que dá o exemplo Quinta – (João 14.6) – Jesus é Líder que é o próprio caminho Sexta – (João 17.1-21) – Jesus é Líder que intercede pelos seus Sábado – (Hebreus 3.1-19) – Jesus é Líder sobre a Igreja SUGESTÃO DE HINOS - 141 - 400 - 515 (Harpa Cristã) Hebreus 3.1-19 1 - Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão, 2 - sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa. 3 - Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 14 4 - Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus. 5 - E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; 6 - mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão-somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim. 7 - Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, 8 - não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação no deserto, 9 - onde vossos pais me tentaram, me provaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras. 10 - Por isso, me indignei contra esta geração e disse: Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos. 11 - Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso. 12 - Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. 13 - Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado. 14 - Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim. 15 - Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na provocação. 16 - Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés. 17 - Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi, porventura, com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? 18 - E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? 19 - E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade. INTRODUÇÃO T odos nós sabemos o que um líder é e o que significa estar sob sua liderança. O líder é o cabeça, o guia, o modelo a ser adotado. A Bíblia nos apresenta muitos homens levantados por Deus como líderes para conduzir Seu povo. No entanto, nenhum deles se compara ao Mestre Jesus, nosso novo padrão cujo comportamento devemos procurar seguir. Apenas Ele tem em si características que O tornam nosso Líder Superior, o verdadeiro Revista de Estudo Crescimento Bíblico 15 Cabeça da Igreja. Vejamos alguns pontos que o estabelecem como tal: I – JESUS É DIGNO DE MAIOR GLÓRIA O escritor aos Hebreus estabelece uma comparação entre Moisés e Jesus para demonstrar a superioridade deste em relação àquele. Moisés foi o primeiro líder de Israel como nação, responsável pelo estabelecimento da Lei e pelas bases de culto ao Senhor. Mas o padrão de liderança de Jesus continha certos elementos que o diferenciavam de modo superior a Moisés. 1. Cristo é o Filho em Sua própria casa – A palavra de Deus nos afirma que Moisés falava com Deus face a face (Ex 33.11). Porém, por maior que fosse a intimidade de Moisés com o Senhor e por mais fiel que ele fosse a Deus em “toda a sua casa” (v.2) ele ainda era apenas um servo. Cristo como Filho de Deus, é o “dono” da casa (v.6) a qual também se manteve fiel. Moisés fora levantado como testemunha do que se havia de anunciar, apontando assim para aquele que realmente cumpriria o plano de Deus e seria o nosso verdadeiro Mestre e exemplo supremo a ser imitado (Jo 13.13; I Co 11.1) 2. Cristo é o construtor e o fundamento – O escritor aos Hebreus afirma no versículo 3 do capítulo estudado que o “construtor tem maior honra do que a casa que construiu”. Jesus não só é a pedra fundamental (I Co 3.11) como também é o construtor. O tabernáculo construído por Moisés era somente uma sombra do que estava por vir, a real casa de Deus que Jesus nos mostrou. Foi Ele quem “derrubou” o templo e o levantou em três dias (Jo 2.19). II – HÁ FIRMEZA NA LIDERANÇA DE JESUS Durante sua peregrinação no deserto, o povo de Israel murmurou em diversas ocasiões, rebelando-se contra Deus e criticando a liderança de Moisés, chegando a até mesmo questioná-la (Nm 12. 1-2; 14. 1-4). Moisés sendo homem estava sujeito a falhas e dúvidas (Nm 11.11-15) que poderiam colocar em cheque sua liderança, mas em Jesus encontramos a perfeição e a segurança para nEle prosseguirmos. 1. Ele age através de Seu Espírito Santo – Jesus nos prometeu o consolador quando ascendeu aos céus (Jo 14.16-17) para que fosse um Agente de salvação, libertação e conforto. Sua voz é suave e fala conosco diretamente sempre que necessitamos, bastando para tanto que abramos nossos corações e não resistamos ao que Ele nos quer falar. É o Seu Espírito que nos enche de poder e ousadia para com intrepidez anunciarmos a Sua Santa Palavra e não devemos resisti-lo jamais. “Porei em vós o meu Espírito Revista de Estudo Crescimento Bíblico 16 e farei com que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis”. (Ez 36.27) 2. Ele atua diretamente no coração do homem – Ao contrário da liderança humana, na qual o líder pode apenas deduzir o que se passa com cada um de seus discípulos, Jesus tem o poder de sondar os nossos corações (Sl 139) e nos conhecer melhor que nós mesmos. Ele sabe quando O conhecemos e quando andamos em seus caminhos verdadeiramente. Nada do que Ele nos diz é por mero acaso, pois Ele age diretamente em nosso interior. III – HÁ JUSTIÇA NA LIDERANÇA DE JESUS A palavra do Senhor nos diz que maldito é o homem que confia no homem (Jr 17.5) e embora toda a autoridade seja constituída por Deus (Rm 13.1), já dissemos que o homem é sujeito a falhas devido à sua natureza pecaminosa, o que nos leva a afirmar que não pode haver justiça em todos os atos de um líder humano. Mas em Jesus, temos um líder justo, alguém que determina tudo o que devemos fazer de maneira coerente e clara. 1. Somos discipulados – Cristo sempre deixou muito claro o padrão que Ele queria que seguíssemos. Nada em sua liderança é feito de maneira arbitrária, pelo contrário, Ele nos mostra antes qual é o comportamento esperado, ensinando-nos sobre o perigo de seguir o contrário do que Ele nos diz, adotando uma postura rebelde (v.12-14). 2. Somos disciplinados – Muito tempo antes de Isaac Newton estabelecer em suas leis da física que “a cada ação corresponde uma reação”, O Senhor Deus deixou em sua palavra esta verdade: “tudo o que o homem semear, isto também ceifará”.(Gl 6.7). Àqueles que não seguem as instruções do Mestre é aplicada a sua disciplina (v.16-18), a fim de que compreendam a sua vontade e saibam que o Senhor não admite ser tentado (v.8-11). CONCLUSÃO A liderança de Cristo é superior porque abrange todas as características necessárias para a condução de Sua Igreja rumo a sua meta final e o comportamento esperado para que cheguemos a tal. Somente aquele que sonda corações e mentes poderia nos conduzir de maneira perfeita, sem traumas para seus liderados e com eficácia em seus objetivos. Muitos podem ser levantados como líderes por Deus, mas nenhum deles terá sucesso completo como Jesus, que exerce sua autoridade e sabedoria sobre nós, Seu povo, através da ação direta de Seu Espírito Santo e de Sua justiça aplicada para nosso aperfeiçoamento. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 17 Para reflexão: • Você sabia que Cristo é o Cabeça da igreja? • O que você tem feito para honrar Jesus Cristo como Líder? • Você tem aprendido a obediência? Questionário para avaliação e debate: 1. Por que Jesus Cristo é digno de maior glória? 2. Qual é a diferença dos termos: “Moisés em sua casa” com “Jesus sobre a Sua própria casa”? 3. Que casa é esta? DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ Existe para prestar serviços didáticos. Procure-nos! Curso Para Obreiros · Dia do Curso: Aos sábados (Na Sede) · Início: 03/06/2006 · Horário: 08:30 às 11:30 (Na Sede) · Nas Congregações o curso deve iniciar entre os dias 5 e 10/06/2006 · Duração: Quatro meses · Taxa: R$ 25,00 · Matérias: Diaconato; Presbitério; Recepção e Vida Cristã (Com palestras adicionais de Ética Cristã, Psicologia do Obreiro e Finanças) Observações: · As inscrições estão abertas e serão encerradas no dia 14/05/2006, para que o Departamento de Ed. Cristã tenha tempo suficiente para organizar o material do Curso. Em hipótese alguma, serão aceitas inscrições após esta data. · O material do curso só será entregue pela Secretaria, com a apresentação da Ficha de Inscrição, devidamente assinada pelo aluno e pelo seu pastor, e com a taxa paga. Superior como um novo “dia de repouso” Versículo Chave “Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia. Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hebreus 4.8) Lição 04 - 23 de abril de 2006 Objetivos da Lição ♦ Mostrar que o dia de repouso (sábado) era transitório; ♦ Destacar que Jesus estabeleceu um novo dia de repouso no céu; ♦ Mostrar que para entrar nesse repouso é necessário esforçar-se. Culto Familiar Segunda – (Gn 2.1-3) – Deus descansou de toda a sua obra Terça – (Ex 20.10-11) – O homem deve ter um dia de repouso Quarta – (Lv 23.3) – O dia de repouso é consagrado ao Senhor Quinta – (Ex 31.16-17) – O repouso semanal dos Israelitas: sábado Sexta – (At 20.7-8) – O repouso semanal da Igreja: Domingo Sábado – (Hb 4.1-11) – Jesus é Superior ao dia de repouso SUGESTÃO DE HINOS - 151 - 204 - 246 (Harpa Cristã) Hebreus 4.1-11 1 - Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás. 2 - Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram. 3 - Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Revista de Estudo Crescimento Bíblico 19 Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. 4 - Porque, em certo lugar, disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia. 5 - E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso. 6 - Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas-novas não entraram por causa da desobediência, 7 - determina, outra vez, um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração. 8 - Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia. 9 - Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. 10 - Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas. 11 - Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. INTRODUÇÃO T alvez você se surpreenda ao término desta lição, pois muitos pensam que este repouso seja como um dia de folga em que “sentamos no sofá, comemos pipoca e assistimos a TV”, puro engano. Também não será como um lugar onde estaremos cercados por virgens a nos servir, como acreditam alguns. Nem existe a possibilidade de passarmos por um purgatório antes de entrarmos neste repouso, como ensinam outros. Aprendamos então três verdades bíblicas sobre o novo dia de repouso. I – O NOVO DIA DE REPOUSO É PROMESSA DE DEUS (vv. 15) Deus em sua graça e misericórdia prometeu aos seus servos um descanso eterno (Jo 14.2). Os patriarcas criam nisto (Hb 11.16). Deus usou a criação e, posteriormente, a nação de Israel para mostrar à Igreja o que prometeu: 1. Ilustrado na Criação – Deus em sua onisciência nos deixou demonstrado por meio do seu exemplo que haverá um novo dia de repouso: “E havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito” (Gn 2.2; Hb 4.4). Indicando para os seus servos que haverá um descanso, ou cessação Revista de Estudo Crescimento Bíblico 20 deste trabalho, porque Ele mesmo não se cansa e nunca parou de agir (Sl 40.5; Ec 3.11; Ap 15.3). Um dia também cessaremos esta obra aqui, para estarmos com o Senhor ali! 2. Ilustrado em Israel – Deus utiliza a nação de Israel como um “tipo” da igreja e estabelece o sábado de descanso para aquele povo, mesmo antes da Lei (Ex 16.22-23). A observância do sábado vem sinalizar, entre outras coisas, primeiro que as pessoas necessitam de um momento de descanso físico e mental (Ex 23.12), e, segundo que há um tempo de convocação solene com dedicação total ao Senhor (Lv 23.3). a) Um sábado transitório – Tanto o Sábado (Ex 20.8-11), o Ano Sabático (Dt 15.1), quanto o Ano do Jubileu (Lv 25.8-10) eram “imagem” do novo dia de repouso, portanto, como rituais a serem praticados pelo povo Judeu tinham um caráter transitório (Ef 2.15). Não eram, e não são garantias de justificação (Gl 2.16). De todos os costumes judaicos, apenas o que ficou para a igreja cristã foi “Que se abstenham de comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da imoralidade sexual” (At 15.5, 19-21). II – O NOVO DIA DE REPOUSO É REAL EM JESUS (vv. 6-9) O sábado judaico era transitório, contudo Jesus Cristo é o repouso permanente. Jesus é o descanso bem presente para os aflitos. A alma tem sede do Senhor e somente Ele pode saciar esta sede (Mt 11.28-30). Em Cristo o repouso é real, mas: 1. Há um tempo de arrependimento para o homem – Por meio dos profetas foi anunciado o Messias a todo Israel. (Jo 4.25; At 3.24) Por meio da Igreja Cristã, hoje, são pregadas as boas novas da salvação. (At 26.20) Foi assim também com os ninivitas! (Jn 3) O tempo é agora, enquanto estamos vivos, quer judeu, quer grego, americano ou africano há uma só mensagem: arrependei-vos e convertei-vos a Deus. (At 3.19) Hoje os Judeus se igualam a todos os outros povos gentílicos. (Rm 10.12) E para todos há um só descanso, Jesus Cristo. Portanto: “não endureçais os vossos corações”. (Hb 4.7b) 2. Há um lugar de descanso para os convertidos – Que alegria um dia estaremos definitiva e literalmente com o Senhor, onde quer que seja lá é o Céu (Jo 14.1-3; Lc 23.43). Se Ele já levou sobre si todas as nossas dores e sofrimentos, se nos ajuda na nossa falta de fé e se hoje mesmo chorando temos alegria por saber que o Senhor está conosco, alegria indizível teremos no Céu quando Ele enxugar todas as nossas lágrimas (Ap 21.4). Lá estaremos Revista de Estudo Crescimento Bíblico 21 protegidos de todo mal, pois somente entrarão os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro (Ap 21.27). No Céu os remidos jamais se cansam de servir ao Senhor! (Ap 22.3) III – O NOVO DIA DE REPOUSO É “CONQUISTADO” (vv. 10-11) Não sejamos como os incrédulos, pois a fé deve operar juntamente com as boas obras (Tg 2.22). Da mesma forma que Josué liderou o povo Israelita à conquista de Canaã, Jesus conduz o seu povo a entrar no Céu. Se cremos então nos esforçamos por entrar neste repouso: 1. Obedecendo – Devemos seguir o exemplo de obediência e não o de desobediência. Não apenas crer, mas sofrer por Cristo. Não poucas vezes a obediência exige de nós certo sofrimento (Fp 1.29). Obedeçamos aquele que têm o poder de nos deixar entrar no seu repouso e nos deu o melhor exemplo de obediência, Jesus Cristo (Fp 2.6-11). Ele é o Senhor do sábado, o Senhor do Céu! Jesus é superior ao dia de repouso (Mc 2.27-28). Como Israel devia obediência ao Senhor e conduzidos por Ele tiveram como prêmio a terra prometida, todos os que Lhe obedecem herdarão o Céu. 2. Lutando – Não foi sem lutas que Israel conquistou a terra prometida. (Js 11.21-23) A igreja deve também lutar não contra o próximo, mas contra este século, a injustiça, a opressão da alma, o pecado, a falta de organização, a tudo o que nos impede de avançar na vontade de Deus, seja individual ou coletivamente (Lc 13.24; Fp 1.27). As lutas podem exigir de você, entre outras coisas: mais fé, jejum e oração, mais conhecimento embasado na Palavra de Deus, domínio próprio, perdão e amor. (1Co 13; Ef 6.10-18) Lutemos com Jesus para não ficarmos de fora deste repouso! CONCLUSÃO Não é sem trabalho que estamos aqui, há muito por fazer a cada dia de nossas vidas, fora e dentro da igreja, e será assim no Céu. Para Deus vida está para trabalho, assim como preguiça está para morte. Não sejamos ociosos na obra de Deus! Adão trabalhava no Éden. Nós vamos trabalhar no Céu: “... Os seus servos o servirão” (Ap 22.3). A diferença consiste em que não sentiremos mais a fadiga, pois estaremos na presença do Senhor para sempre e já com novos corpos glorificados (1 Jo 3.2). Lá não seremos servidos, mas trabalharemos exclusiva e agradavelmente para o Senhor. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 22 Para reflexão: • Jesus Cristo é para você, um lugar de descanso? • O que você tem feito, em termos de fé e obediência, para entrar neste repouso? • Você sabia, que por causa da incredulidade, muitos não entrarão no repouso de Deus? Questionário para avaliação e debate: 1. Explique a diferença entre o sábado dos judeus e o “sábado” de descanso da Igreja. 2. De acordo com Hb 3.19, qual é o motivo principal para alguém não entrar no repouso de Deus? 3. O que significa “um coração duro”? DOE VIDA, FAÇA MISSÕES! Há muitas coisas que podem ser ditas sobre a XVII Conferência Missionária da ADGO. Podemos mencionar a tecnologia que nos permitiu conversar ao vivo com os missionários Edmar e Adriana na Índia, com direito a imagens e tudo o mais; ou podemos falar sobre a presença dos Pr. Fábio e Waldemar que mais uma vez compartilharam conosco sua experiência em missões; podemos falar também sobre os momentos maravilhosos de louvor e adoração durante os cultos, com uma expressiva participação dos jovens, ou ainda sobre as dramatizações do CENAT, tão importantes para a compreensão das mensagens. Mas se há uma coisa que se pode afirmar categoricamente sobre esta Conferência Missionária é que ela foi um retorno às primeiras conferências, onde a participação da igreja era positiva e as pessoas sentiam a real necessidade de se fazer a obra missionária. Digo isso porque o sentimento geral expressado por muitos em anos anteriores era algo do tipo “já estamos carecas de saber disto” ou “todo ano é a mesma coisa”. O problema é que mesmo sabendo o que fazer, a situação não se alterava e parecia que as pessoas não sabiam ao certo o que significa de fato fazer missões. O tema deste ano – “Doação Total” - abalou um pouco esta estrutura comodista e nos provou que o que temos feito é muito pouco frente à grande obra que há pela frente. Mostrounos também que quando nos dispomos a trabalhar para o Senhor, Continua na página 68. Superior como sumo sacerdote Versículo Chave “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus” (Hebreus 7.26) Lição 05 - 30 de abril de 2006 Objetivos da Lição ♦ Mostrar que Jesus é o sumo sacerdote superior aos sacerdotes levitas; ♦ Explicar sobre a figura de Melquisedeque com tipo de Jesus Cristo; ♦ Destacar as qualidades de Jesus como sumo sacerdote. Culto Familiar Segunda – (Hebreus 2.17) – Sacerdote Fiel Terça – (Hebreus 3.1) – Sacerdote da nossa confissão Quarta – (Hebreus 4.14,15) – Sacerdote sem pecado Quinta - (Hebreus 5.1-5) – Sacerdote divino Sexta – (Hebreus 10.21) – Sacerdote imensurável Sábado – (Hebreus 7.1-28) – Sacerdote eterno SUGESTÃO DE HINOS - 266 - 297 - 372 (Harpa Cristã) Hebreus 7.1-28 1 - Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; 2 - a quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz; Revista de Estudo Crescimento Bíblico 24 3 - sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. 4 - Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. 5 - E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham descendido de Abraão. 6 - Mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles tomou dízimos de Abraão e abençoou o que tinha as promessas. 7 - Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. 8 - E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. 9 - E, para assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. 10 - Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai, quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro. 11 - De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? 12 - Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. 13 - Porque aquele de quem essas coisas se dizem pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar, 14 - visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio. 15 - E muito mais manifesto é ainda se, à semelhança de Melquisedeque, se levantar outro sacerdote, 16 - que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível. 17 - Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque. 18 - Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade 19 - (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus. 20 - E, visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes, 21 - mas este, com juramento, por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor e não se arrependerá: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.); 22 - de tanto melhor concerto Jesus foi feito fiador. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 25 23 - E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte, foram impedidos de permanecer; 24 - mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. 25 - Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. 26 - Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus, 27 - que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. 28 - Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre. INTRODUÇÃO U ma vez que o sacerdócio de Jesus Cristo é um assunto indispensável quando nos referimos a Ele como mediador, julgamos por conveniente, analisarmos a sua superioridade em relação ao sacerdócio antigo. Pois sendo o sacerdote um homem escolhido por Deus para o serviço do tabernáculo, só entenderemos a sua inferioridade, se o compararmos com Cristo. Para isto, vejamos algumas características da Superioridade de Jesus Cristo como Sumo Sacerdote. I - ELE É SUPERIOR À ORDENAÇÃO LEVÍTICA As contínuas repetições dos sacrifícios antigos mostravam que o ministério levítico não tinha poder para remover o pecado. Uma das razões concernentes a esta realidade, é que o sangue que eles ofereciam, consistia em sangue alheio (Hb 9.25). Como a lição VIII já está voltada para Cristo como o nosso sacrifício, analisemos outros aspectos da sua superioridade à ordenação levítica. 1. Por ser perfeito - Assim como todos os homens, o sacerdote também estava sujeito ao pecado, sendo assim, ele não podia oferecer sacrifício pelo povo, sem antes oferecer por si mesmo (Lv 9.7, 8; 16.6, 11, 15). É obvio que isto o qualificava “para aquele momento”, mas não era o principal, pois tal ato só apontava para a imperfeição pertencente a todo homem (Rm 3.10, 23). O único que alcançou a qualificação perfeita para o sacerdócio foi Jesus Cristo, pois “...como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb Revista de Estudo Crescimento Bíblico 26 4.15b). Por esta razão, sem a necessidade de oferecer sacrifício por si, Ele foi o executor do sacerdócio perfeito (Hb 7.26, 27). Pois como Ele se manteve puro mesmo estando na forma de homem, “...com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (Hb 10.14). 2. Por nos conduzir à presença de Deus - Desde a sua queda o homem tem se tornado inimigo de Deus e incapaz de relacionar-se com Ele. O reflexo disto, é que apenas o sumo sacerdote podia entrar no santo dos santos. Contudo, mesmo o tabernáculo sendo apenas a figura do verdadeiro, só poderia entrar no lugar santíssimo, uma única vez por ano (Hb 9.1-7). A diferença entre o sacerdócio de Cristo e o levítico em relação ao tabernáculo, é que Ele não entrou num santuário feito por mãos humanas, mas no próprio céu; fazendo de sua incumbência, não um ministério terrestre, mas celeste (Hb 4.14; 9.24). Por esta razão, no momento em que O nosso Sumo Sacerdote ofereceu o sacrifício de si mesmo, a Bíblia nos diz que “...o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo…” (Mt 27.50,51). Por esse motivo, Ele é o único que tem a capacidade de nos conduzir à presença do Pai (Hb 10.19-22). 3. Por permanecer eternamente - A gestão de um sacerdote era temporária, pois como todo ser humano, ele estava propenso à morte e para que o povo não ficasse reduzido ao acaso, ocorrendo isto, imediatamente ele deveria ser sucedido (Nm 20.28). Semelhantemente, os sacrifícios oferecidos por eles também eram temporários, por esta razão, constantemente tinham que ser repetidos. Pois conforme nos mostra a Bíblia, eles eram apenas uma sombra do futuro (Hb 10.1,2). A razão principal do Verbo (Cristo) ter se tornado carne (Jo 1.1, 14), é que Ele também deveria passar pela morte. A diferença é que com a sua morte, não houve mais a necessidade de um sucessor, pois Ele se tornou o nosso único mediador (I Tm 2.5,6). Com o sacrifício oferecido por Cristo, foi retirado o que era temporário, pois já não havia mais necessidade do mesmo ser repetido (Hb 9.11,12; 10.12). Porquanto, ao ressuscitar da morte, Cristo deu provas de que o seu ministério é eterno (Hb 7.23,24). II - ELE É SUPERIOR SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE Melquisedeque é um dos personagens do Antigo Testamento que mais tem intrigado os estudantes da Bíblia. Mesmo sendo citado apenas onze vezes em toda a narrativa bíblica, duas no Antigo Testamento e nove no Novo, ele é o único que surge de forma repentina e desaparece com a mesma proporção. Como ele é um referencial do Sumo Sacerdócio de Cristo, vejamos a razão desta comparação. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 27 1. Por ser Rei E Sacerdote - A Bíblia apresenta várias pessoas que foram tipos de Cristo no Antigo Testamento, como, José, Moisés, Davi e outros; mas no que diz respeito ao Seu sacerdócio real, nenhum outro se aproxima como Melquisedeque. Esse personagem que às vezes é apontado como uma Teofania pelos estudiosos, por causa da forma como a Bíblia se refere a ele (v.3-8), é apresentado como rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo (v.1; Gn 14.18). Salém é o antigo nome de Jerusalém, local onde se encontrava o tabernáculo (Sl 76.2). Em Cristo está o cumprimento de duas promessas: uma feita a Davi, que o aponta como Rei (II Sm 7.12,13) e outra a Abraão, que o aponta como sacerdote, “... e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Aceitar a Cristo como Rei e Sacerdote é aceita-lo como Senhor e Salvador, eis a razão das palavras de Mateus: “Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão” (Mt 1.1). 2. Por ser escolhido de forma semelhante - Conforme sabemos, a lei que foi entregue a Moises, determinava que a escolha de um sacerdote deveria ser feita entre os descendentes de Levi (Nu 3.6-10). Após esse procedimento, um outro recebia as coordenadas para que consagrasse (ou ungisse) o escolhido (Ex 40.13-16). Acontece que Jesus jamais poderia pertencer a esta ordem sacerdotal, pois O mesmo pertencia à tribo de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio (v. 13,14). Assim sendo, Jesus não poderia estar associado à ordem sacerdotal procedente da lei mosaica, mas àquela que veio primeiro, a de Melquisedeque. Israel nem se quer existia quando vigorou a ordem sacerdotal de Melquisedeque. Uma vez que o serviço exercido pelo sumo sacerdote seria oferecido para Deus, Este seria O Único capaz de não apenas escolher o sacerdote, mas também a que ordem pertenceria. Por esta razão, em se tratando de Cristo, a sua escolha foi superior, pois diferente da segunda ordem, O Pai não se valeu de terceiros para consagrá-lo, Ele mesmo responsabilizouse disto (Hb 5.5-10; 7.11). 3. Por ser constituído conforme o juramento do Pai - Quando lemos (Hb 7.15-22), nos deparamos com uma preocupação, fazer com que os hebreus se desapeguem ao sistema sacerdotal antigo, não sem motivo, mas pelo fato de que o mesmo foi constituído conforme o mandamento que nada aperfeiçoou. (v. 15-22). Para tanto, o sacerdócio do Filho é apresentado, e “... não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes, mas este, com juramento, por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor e não se arrependerá: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.)” (v. 20,21). O juramento é um ato de fazer uma afirmação ou promessa solene, em que se toma por testemunha uma coisa que se tem por sagrada. Como não Revista de Estudo Crescimento Bíblico 28 há outro ser maior do que Deus, o seu juramento é sempre por si mesmo (Hb 6.13). E como a Bíblia declara que “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa...” (Nm 23.19a); isto faz do Seu juramento um ato irrevogável. Por esta razão, não há sombra de dúvida quanto à superioridade do Sacerdócio de Jesus Cristo. CONCLUSÃO Após analisarmos a superioridade do sacerdócio de Jesus Cristo tendo como foco a sua qualificação para esse ministério, pudemos ver que, diferente do sacerdócio levita, Ele não precisou oferecer sacrifício por si. Por esse motivo, Ele foi o único que propiciou o sacrifício perfeito, com poder de remover para sempre o pecado do homem. Sua qualificação também foi ressaltada com a declaração do Pai: “... Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 7.21b). Assim sendo, ao entrar no santuário celeste, Cristo nos deu prova contundente de que Ele é o nosso Único e Eterno Mediador, capaz de nos conduzir à presença do Pai. “Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15). Para reflexão: • Você tem depositado confiança no Sacerdócio de Jesus Cristo? • Você tem confessado a Cristo os seus pecados? • Você tem prestado gratidão a Cristo por sua remissão? Questionário para avaliação e debate: 1. Por que o sacerdócio de Jesus é superior ao de Levi? 2. Quem foi Melquisedeque? 3. Explique o fato de Jesus sendo da tribo de Judá, exercer o sacerdócio que pertencia, por direito, à tribo de Levi. Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação” (Hb 9.11) Superior com uma nova aliança Versículo Chave “Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo” (Hebreus 8.10) Lição 06 - 07 de maio de 2006 Objetivos da Lição ♦ Mostrar a diferença entre a antiga e a nova aliança; ♦ Ensinar que a antiga aliança era sombra da nova; ♦ Destacar os benefícios da nova aliança. Culto Familiar Segunda – (Mateus 26.27,28) – O sangue da Nova Aliança Terça – (Lucas 1.72) – A santa Aliança Quarta – (Hebreu 7.22) – O Fiador da Nova Aliança Quinta – (Hebreus 12.24) – O mediador da Nova Aliança Sexta – (Hebreus 13. 20) – O Deus da Nova Aliança Sábado – (Hebreus 8.1-13) – A Nova Aliança SUGESTÃO DE HINOS - 086 - 192 - 535 (Harpa Cristã) Hebreus 8.1-13 1 - Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade, 2 - ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem. 3 - Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 30 4 - Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, 5 - os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que, no monte, se te mostrou. 6 - Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas. 7 - Porque, se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo. 8 - Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei um novo concerto, 9 - não segundo o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; como não permaneceram naquele meu concerto, eu para eles não atentei, diz o Senhor. 10 - Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo. 11 - E não ensinará cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. 12 - Porque serei misericordioso para com as suas iniqüidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais. 13 - Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar. INTRODUÇÃO E sta lição trata sobre a aliança de Deus com o homem. Aliança, também chamada de pacto, concerto, testamento; diz respeito a um acordo que se faz. A Bíblia revela que ela era um contrato, firmado entre duas partes (Deus e o homem). Essa era a forma d’Ele relacionar-se com o seu povo. Foi assim com Noé (Gn 9.9), Abraão (Gn 12.1-3) e Moisés (Ex 20). O último pacto firmado entre Deus e sua criação, chamado de nova aliança, foi selado com o precioso sangue de Cristo, e possui caráter definitivo, em substituição ao antigo concerto. Ele foi predito pelos profetas: “Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme o concerto que fiz com seus pais...” (Jr. 31.31-32). Prossigamos então nesse estudo: Revista de Estudo Crescimento Bíblico 31 I – A NECESSIDADE DE UMA NOVA ALIANÇA A antiga aliança estabelecida no Sinai, por meio de Moisés, foi feita com o povo de Israel quando este saiu do Egito e peregrinava no deserto. Moisés recebeu instruções quanto à construção do Tabernáculo e sobre todo o ritual dos sacrifícios que os sacerdotes deveriam oferecer a Deus pelo povo e por eles mesmos. Era um pacto legalista, em que sangue de animais era utilizado, e oferecido a Deus por homens falhos e pecadores. Possuía lacunas e deixava muito a desejar, por isso era imperativo que se estabelecesse um novo concerto. Vejamos o porquê da necessidade de uma nova aliança: 1. Dada à imperfeição da antiga aliança – “Porque, se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo” (v. 7). A antiga aliança era transitória, realizada por homens mortais e pecaminosos e ainda estava pautada em uma lei que não tinha argumento para redimir, de uma vez por todas, o homem de seus pecados. A humanidade era incapaz de cumprir a lei fielmente devido às suas altas exigências, e não tinham subsídios espirituais que os ajudassem a cumpri-la. O sacrifício de animais não apagava definitivamente os pecados dos homens e não os levava a uma comunhão permanente com Deus. Era uma aliança que não oferecia salvação eterna, a qual nos foi dada por Cristo por meio do novo pacto. Todas essas falhas apontavam para a necessidade de um novo concerto, pois ainda naquela época essa deficiência já era sentida. 2. Para dar fim à antiga aliança – “Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar” (v. 13). Era impossível que duas alianças vigorassem ao mesmo tempo, o surgimento de uma nova, eliminaria automaticamente a outra. Enquanto não fosse estabelecida uma nova aliança, todos deveriam viver em função da antiga, com suas penalidades e imperfeições. Isso não quer dizer que o antigo pacto fora sem sentido, antes, ele cumpriu seus propósitos. Contudo, já não atendia mais às necessidades espirituais do homem. Assim como qualquer coisa antiga e desgastada perde seu efeito e torna-se obsoleta exigindo que seja substituída, o antigo concerto precisava de uma efetiva renovação. II – A EXCELÊNCIA DA NOVA ALIANÇA Enquanto a antiga aliança possuía sacerdotes terrenos, animais como sacrifício e um tabernáculo feito por mãos humanas, a nova aliança possui um sumo sacerdote eterno, tem o sangue de cristo como objeto de remissão de pecados e um tabernáculo celestial morada do próprio Deus. Estes são apenas alguns aspectos de denotam a superioridade deste novo concerto. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 32 1. Cristo é o Sumo Sacerdote e o tabernáculo é celeste – “...temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus...” (v. 1). Os sacerdotes do antigo pacto eram pecadores iguais ao povo. Caso seu sacrifício pessoal não fosse aceito por Deus corriam o risco de morrer ao entrarem no lugar Santíssimo. No novo concerto temos Jesus Cristo como sumo sacerdote, assentado à direita de Deus e intercedendo em nosso favor. Ele ofereceu a si mesmo como sacrifício e trabalha no santuário celeste repleto da glória de Deus. Isto foi ratificado por Paulo: “... pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34). 2. Firmado em melhores promessas – “... que está confirmado em melhores promessas” (v. 6). As promessas da antiga aliança visavam preparar o povo para o advento do novo concerto. Todas foram cumpridas literalmente a fim de garantir que os acordos da nova aliança fossem realizados. Contudo, a melhor promessa da antiga aliança foi a de que Cristo viria para estabelecer um novo pacto, espiritual e superior, o que é claramente enfatizado por Paulo em II Co 3.6-18. Neste texto ele destaca que a antiga aliança é letra que mata e a nova é espírito que vivifica; a antiga produz morte e condenação, a nova traz vida e justiça; a antiga era passageira, a nova permanece para sempre; na antiga a lei era gravada em pedras, na nova é gravada nos corações por meio do Espírito Santo que vivifica. III – OS BENEFÍCIOS DA NOVA ALIANÇA Com o advento da nova aliança, o acesso a Deus tornou-se livre e direto. Não se faz necessário um mediador para entrarmos no santuário. Trouxe ainda o perdão definitivo de nossos pecados, bastando para isso que os confessemos ao Pai, Vejamos: 1. Cristo tornou-se acessível a todos – “... todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior” (v. 11). A antiga aliança restringia-se aos judeus, somente esse povo participava deste pacto, era com eles que Deus tinha um concerto. Mesmo sendo o povo escolhido, eles não tinham acesso direto a Deus, viviam sob a sombra de Moisés, que era quem se achegava a Deus e posteriormente repassava as instruções recebidas ao povo. Este novo pacto não se limita a Israel, mas dá acesso a todos aqueles nos quais opera o Espírito Santo. Ele abriu um livre caminho ao trono de Deus, e Jesus Cristo, o sumo sacerdote eterno, é o mediador entre Deus e o homem. Ele sacrificou-se não apenas pelo povo de Israel, mas, por toda a humanidade (Jo 3.16). 2. Trouxe perdão definitivo dos pecados – “ ...de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais” (v. 12). Na antiga aliança o Revista de Estudo Crescimento Bíblico 33 pecado não era perdoado, apenas coberto. É como uma grande dívida em que o devedor paga apenas o juro e o montante nunca é saldado. Isto mostra o caráter provisório dos sacrifícios do antigo pacto. “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados” (Hb 10.4). Cristo proveu um sacrifício único e definitivo, onde o pecado não é coberto, mas, apagado e esquecido. “... e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (I Jo 1.7b). CONCLUSÃO Esta lição nos revela uma nova realidade espiritual. A antiga aliança, com seu tabernáculo, cerimônias e sacerdotes, eram apenas sombras que apontavam para Cristo. Ele entregou-se por nossos pecados, subiu aos céus e é nosso intercessor diante de Deus, um sumo sacerdote em nosso favor. Já não é o homem que cumpri a lei e sacrifica animais em seu favor, mas Deus oferece seu único filho para resgatar da morte todo aquele que O confessa como Senhor e Salvador. A nova aliança nos conclama a um novo proceder. É a oportunidade de trocar o pecado pelo perdão, uma má conduta por uma vida reta diante de Deus. É deixar de nos autojustificar e nos entregarmos totalmente a Jesus, a nova aliança de Deus que nos diz: “... serei misericordioso para com as suas iniqüidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais” (v. 12). Para reflexão: • Você tem vivido de acordo com a nova aliança? • Você conhece a Jesus Cristo, de fato? • A nova aliança te trouxe perdão? Questionário para avaliação e debate: 1. De acordo com o Tópico I, da lição, por que houve necessidade de uma nova aliança? 2. De acordo com o Tópico II, por que a nova aliança é mais excelente? 3. De acordo com o Tópico III, quais são os benefícios da nova aliança? “E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel” (Hb 12.24) Superior com um novo santuário Versículo Chave “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação” (Hebreus 9.11) Lição 07 - 14 de maio de 2006 Objetivos da Lição ♦ Mostrar que o Santuário celestial é o definitivo; ♦ Destacar que ninguém tinha acesso ao santuário terrestre, a não ser o sumo sacerdote; ♦ Ensinar que Jesus entrou o Santuário celestial, nos garantindo livre acesso. Culto Familiar Segunda – (Salmo 96.6) – Força e formosura no Santuário Terça – (Salmo 150.1) – Louvor no Santuário Quarta – (Hebreus 9.24) – Celeste Santuário Quinta – (Hebreus 10.19) – Ousadia para entrar no Santuário Sexta – (Hebreus 10.22) – Verdadeiro coração para estar no Santuário Sábado – (Hebreus 9.1-28) – Um superior Santuário SUGESTÃO DE HINOS - 277 - 360 - 432 (Harpa Cristã) Hebreus 9.1-28 1 - Ora, também o primeiro tinha ordenanças de culto divino e um santuário terrestre. 2 - Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário. 3 - Mas, depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se chama o Revista de Estudo Crescimento Bíblico 35 Santo dos Santos, 4 - que tinha o incensário de ouro e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto; 5 - e sobre a arca, os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente. 6 - Ora, estando essas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços; 7 - mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo; 8 - dando nisso a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santuário não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo, 9 - que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço, 10 - consistindo somente em manjares, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção. 11 - Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, 12 - nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. 13 - Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, 14 - quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? 15 - E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. 16 - Porque, onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador. 17 - Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive? 18 - Pelo que também o primeiro não foi consagrado sem sangue; 19 - porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, lã purpúrea e hissopo, e aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo, 20 - dizendo: Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado. 21 - E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério. 22 - E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. 23 - De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão Revista de Estudo Crescimento Bíblico 36 no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios melhores do que estes. 24 - Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus; 25 - nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santuário com sangue alheio. 26 - Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27 - E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, 28 - assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação. INTRODUÇÃO A superioridade do Novo Santuário, estabelecido por Cristo, no céu, em relação ao santuário terrestre, é visivelmente notada, comparandose as características de um e outro. Nesta lição veremos estas diferenças para entender que o serviço sacerdotal de Cristo no Santuário celestial, é em tudo superior ao da Lei, de modos que se chegar a ele, ficou mais fácil, se o fizermos de acordo com as instruções na Palavra de Deus. I – AS CARACTERÍSTICAS DO ANTIGO SANTUÁRIO - (VV 1-10) 1. Era terrestre (v 1-4) – Foi estabelecido por Moisés conforme a ordem do Senhor, “os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que, no monte, se te mostrou” (Hb 8.5). Tudo ali era representativo, e tinha a função de tipificar o santuário celestial, até que este fosse estabelecido. No santuário estavam o candeeiro e os pães, representando Jesus Cristo como a luz do mundo e o pão da vida, respectivamente. No segundo compartimento, o Santo dos Santos, chamava a atenção principalmente para a arca, a vara de Arão e as tábuas da Lei, representando o novo concerto, o novo sacerdócio e o cumprimento da lei, estabelecidos em Jesus Cristo. 2. Tinha uma glória transitória (v 5) – Por ser terrestre, era “fraco”, ou seja, servia apenas para simbolizar o verdadeiro Santuário no céu. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 37 Podemos notar que sobre a arca, estavam dois querubins, que faziam sombra sobre o propiciatório. Eles representavam a glória de Deus. Esta glória era transitória; sombra da que seria manifestada na Igreja, por meio de Cristo (2Co 3.7-18). 3. Seu acesso era restrito (v 6-8) – No primeiro compartimento, entravam apenas os sacerdotes, para oferecer sacrifícios em favor do povo. No segundo compartimento, somente o sumo sacerdote, uma vez por ano, depois de oferecer sacrifício por si mesmo e pelo pecado do povo. “... dando nisso a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santuário não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo” (v 8). Graças a Deus que hoje temos livre acesso, por meio de Jesus, ao trono da graça (Hb 4.16). 4. Seus sacrifícios eram paliativos (v 9) – Os sacrifícios foram estabelecidos por Deus como forma de mitigar a transgressão do povo, até que Jesus consumasse a sua obra, prevista nos Salmos, na Lei e nos profetas (Lc 24.44). “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados” (Hb 10.4). Desta maneira, os sacrifícios consistiam em alegoria, para serem cumpridos “até ao tempo da correção”. II – AS CARACTERÍSTICAS DO NOVO SANTUÁRIO - (VV 11-28) Em tudo o novo santuário é mais belo, mais singelo, mais sublime, mais completo. É perfeito e eterno, não havendo necessidade de novo santuário, porque isto implicaria em novo sacerdócio e novos sacrifícios, o que é totalmente inconcebível. O novo santuário possui as seguintes características: 1. É celestial – Este tabernáculo é constituído de “bens futuros”, não faz parte do presente século. Não foi feito por mão de homens, foi Deus quem o estabeleceu. Não é desta criação (v 11). Suas normas são celestiais, portanto, ninguém pode entrar ali por meios de subterfúgios humanos. Quando o Senhor Jesus expirou na cruz, foi registrado pelo evangelista: “E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras” (Mt 27.51), dando a entender que foi estabelecido, nos céu, o santuário eterno. 2. Possui sacrifício superior – As Escrituras contestam uma redenção eficaz por meio de sangue de animais. “... nem por sangue de bodes e bezerros...” (v 12), mas ratificam que o sacrifício martirizado na cruz resolveu, de uma vez, por todas, com a culpabilidade de todos os que, crendo, o recebem. “... mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 38 Os sacrifícios de animais serviam para purificar a carne (v 13), No entanto, “... o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (v 14). 3. É mediador de um novo testamento – Um testamento só tem valor, quando morre o testador (v 16,17). Por isso, o Velho Testamento, com todas as suas leis, para ser validado, teve de ser aspergido com sangue de animais sacrificados (v 18,19). Moisés realizou a cerimônia dizendo: “Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado” (v 20). O santuário celeste, bem como tudo que faz parte do Novo Testamento, recebeu confirmação com a morte de Jesus. “... sem derramamento de sangue não há remissão” (v 22). “Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26.28). 4. Tem Jesus Cristo como seu precursor – (v 24). Na instrução do antigo pacto, só o sumo sacerdote podia entrar, uma vez por ano, no Santo dos Santos, mas, no santuário celestial todos os crentes regenerados podem entrar com ousadia. Os sacerdotes no antigo concerto tinham de oferecer sacrifícios continuamente, sacrifícios de “sangue alheio” (v 25), “... mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (v 26). CONCLUSÃO O santuário estabelecido no céu é superior pela sua perfeição. Não há necessidade de um novo concerto e de novo santuário, pois, Jesus, nosso precursor entrou nele uma vez para sempre, rompendo o véu da separação e consagrando-nos um lugar santíssimo. O novo santuário é sublime, sua glória é eterna, seu serviço é completo, seu poder é pleno para salvar os que nele, por meio de Jesus Cristo, entrarem, obtendo eterna redenção. Entremos agora. Para reflexão: • Você já se desprendeu dos costumes religiosos do Antigo Testamento? • Você já entrou no Santo dos santos, pela fé? • Qual é o valor do sacrifício de Jesus Cristo para você? Questionário para avaliação e debate: 1. Dê as características do Antigo Santuário. 2. Dê as características do Novo Santuário. 3. Por que podemos entrar no novo santuário? Superior como sacrifício Versículo Chave “Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (Hebreus 10.14) Lição 08 - 21 de maio de 2006 Objetivos da Lição ♦ Mostrar que os sacrifícios do Antigo Testamento eram apenas sombra; ♦ Destacar o valor superior do sacrifício oferecido por nós – Jesus Cristo; ♦ Ensinar que o sacrifício de Jesus é de duração eterna. Culto Familiar Segunda – (Efésios 5.2) – Sacrifício a Deus Terça – (Hebreus 9.12) – Sacrifício pelo sangue de Jesus Quarta – (Hebreus 9.14) – Sacrifício imaculado Quinta – (Hebreus 9.26) – Sacrifício de Jesus Cristo Sexta – (Hebreus 13.15) – Sacrifício de Louvor Sábado – (Hebreus 10.1-18) – Sacrifício único SUGESTÃO DE HINOS - 235 - 291 - 491 (Harpa Cristã) Hebreus 10.1-18 1 - Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. 2 - Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 40 3 - Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se faz comemoração dos pecados, 4 - porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados. 5 - Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste; 6 - holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. 7 - Então, disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade. 8 - Como acima diz: Sacrifício, e oferta, e holocaustos, e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei). 9 - Então, disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. 10 - Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. 11 - E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados; 12 - mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus, 13 - daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés. 14 - Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados. 15 - E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque, depois de haver dito: 16 - Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos, acrescenta: 17 - E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades. 18 - Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado. INTRODUÇÃO D eus inaugurou, através de Cristo, uma melhor versão de Sua única e eterna aliança com os pecadores. Ele mostrou o significado da morte de Jesus rasgando o véu que separava o Santo dos Santos do Santo Lugar quando Jesus morreu (Mt 27.51). I - O SACRIFÍCIO NO ANTIGO TESTAMENTO A entrada do pecado no mundo trouxe a necessidade de um sacrifício expiatório que fizesse uma alusão ao sacrifício definitivo na cruz do calvário. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 41 1. O significado desses sacrifícios (Hb 10.3) - A recordação de pecados. Os sacrifícios do A.T. eram testemunho público diante de Deus e dos homens trazendo a memória os seus pecados (Nm 5.15). Quando Deus fez uma aliança com Abraão, Ele ratificou-a num ritual (Gn 15.8-18). E esta era uma preparação para a vinda de Cristo, para cumprir todas as promessas e dar substâncias às sombras apresentadas pelos tipos (Is 40.10; Ml 3.1). 2. Havia necessidade de repetição - No A.T. o Sumo-sacerdote uma vez por ano entrava no Santo dos Santos do tabernáculo para fazer expiação pelos próprios pecados e pelos pecados do povo. Os sacrifícios eram repetidos simplesmente por não providenciarem solução para o problema do pecado. Sendo sua ineficácia nitidamente revelada no A.T. (cf. Is 1.10-17 e Am 5.21-24). 3. O sistema de sacrifício levítico não alcançava a toda a humanidade - Embora tenha sido instituído na lei por Deus, o sistema levítico não foi o meio ordenado por Ele para remover definitivamente o pecado do povo (cf. Hb 10.8); as repetições dos sacrifícios não tiravam a culpa do pecado; daí a necessidade de sua repetição. Temos dessa forma a diferença entre o sacerdócio levítico e o sacerdócio de Cristo. II - O SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO É SUPERIOR “... Fizeste-me compreender que nem oferendas nem sacrifícios desejaste; não requereste de mim sacrifícios para remir meus pecados...” (Sl 40.6-8), este Salmo indica a substituição do sistema veterotestamentário, do sacrifício de animais pela obediência e morte expiatória de Cristo. 1. O sacrifício de Jesus traz mudança ao homem - Jesus cumpriu voluntariamente o propósito imutável de Deus, em resgatar a alma do homem perdido no pecado, trazendo-lhe a salvação (v 7, 9). Em Seu sacrifício, Jesus trouxe-nos a mudança definitiva em nosso status enquanto estivermos unidos a Ele por fé, sendo assim separados da contaminação pecaminosa para podermos adorá-Lo de forma qualificada. 2. A perfeição do sacrifício de Cristo - O sacrifício de Cristo é completamente suficiente para pagar pelos pecados do mundo. Como Deus, pôde oferecer um sacrifício de valor superior ao de um simples homem (I Jo 2.2). E como homem Ele se tornou mediador entre Deus e os homens (I Tm 2.5). A ressurreição física de Cristo confirmou o Seu perfeito sacrifício (Rm 4.25). III - O SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO É DEFINITIVO O cumprimento da velha aliança em Cristo Jesus abriu a porta da fé aos Revista de Estudo Crescimento Bíblico 42 gentios dando-lhes acesso ao trono da graça de Deus, para que por meio de sua fé seus pecados fossem perdoados sem a interferência do sangue de animais. 1. Em relação ao sacrifício levítico - Em Hb 10.9 Jesus expiou o pecado da humanidade através do sacrifício do Seu próprio corpo (v. 10) de uma vez por todas. Daí o sistema levítico dos sacrifícios do A.T. foi totalmente removido (Hb 8.13). O “corpo” preparado é a humanidade que Cristo assumiu a fim de prestar plena obediência ao Pai. 2. Jesus ofereceu seu próprio sangue - Tornando-se, assim, tanto o sacerdote como o sacrifício (Hb 9.11,12;28). Como Seu sacrifício foi adequado para o perdão dos pecados, precisou ser feito somente uma vez, em contraste com os sacrifícios dos sacerdotes do A.T., que eram oferecidos ano após ano. 3. O sacrifício de Cristo é eterno - Após Seu sacrifício Ele “assentouse à destra de Deus” (Sl 110.1) em contraste com os sacerdotes levíticos que ficavam de pé cujo serviço não tinha fim. Jr 31 faz duas citações demonstrando que o sacrifício de Cristo, resulta no perdão dos pecados, ou justificação e não apenas em transformação interior (cf. Hb 10.16-17). Seu sacrifício é definitivo (Hb 9.11-14), havendo perdão dos nossos pecados. CONCLUSÃO Em Sua morte, Cristo destruiu potencialmente satanás e seu reino das trevas, ao prover redenção aos descendentes de Adão e Eva. O Seu sangue substituiu de forma perfeita o sangue de animal derramado no A.T., não havendo mais a necessidade da repetição do sacrifício expiatório. Em Sua obra sacrifical o caminho para o Santo dos Santos celestial está aberto para podermos adentrá-lo. O privilégio de entrar e habitar na presença de Deus no céu está disponível a todos através do sangue de Jesus Cristo. Para reflexão: • Você acredita em salvação por meio de sacrifícios próprios? • O efeito do sacrifício de Jesus proporcionou mudanças em tua vida? • Jesus Cristo ofereceu seu próprio sangue por você. O que tens ofertado para Ele? Questionário para avaliação e debate: 1. Por que os sacrifícios do Antigo Testamento necessitavam de repetição? 2. Por que o sacrifico de Jesus não precisa ser repetido? 3. O que significa Jesus se assentar à destra de Deus, após realizar seu sacrifício? Veja Tópico III. Subtópico 3, da lição. Superior como novo caminho Versículo Chave “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10.19,20) Lição 09 - 28 de maio de 2006 Objetivos da Lição ♦ Destacar os meios pelos quais Jesus nos consagrou novo caminho; ♦ Ensinar que devemos usufruir deste novo acesso com ousadia; ♦ Mostrar como devemos trilhar este caminho novo. Culto Familiar Segunda – (Isaias 35.8) – Os imundos não passarão por este caminho Terça – (Isaias 55.8) – Há uma diferença neste caminho Quarta – (Isaias 59.9) – A paz neste caminho Quinta – (Marcos 12.14) – Jesus nos ensinou este caminho Sexta – (João 14.6) – Jesus é este caminho Sábado – (Hebreus 10.19-27) – É um novo caminho SUGESTÃO DE HINOS - 056 - 139 - 299 (Harpa Cristã) Hebreus 10.19-27 19 - Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, 20 - pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 - e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, Revista de Estudo Crescimento Bíblico 44 22 - cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa, 23 - retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu. 24 - E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras, 25 - não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia. 26 - Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, 27 - mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. INTRODUÇÃO A Palavra de Deus nos revela que Jesus é o único mediador entre o homem e o seu Criador. Reconhecer a sua superioridade se faz indispensável. Devemos usufruir deste novo caminho com ousadia, em gratidão pela salvação em qualidade de vida. I – COMO USUFRUIR DESTE NOVO CAMINHO (VV 19-21) O Antigo Testamento descreve várias alianças estabelecidas por Deus, no intuito de conceder meios para que o homem se chegue a Ele. No entanto, em Jesus, temos a excelência do novo concerto. O Senhor se tornou “mediador de um melhor concerto, que está firmado em melhores promessas” (Hb 8.6). 1. Por meio da fé – O acesso ao “trono da graça”, é definitivo em Cristo. Deus culmina sua revelação mediante o sacrifício na cruz, e que, por meio de seu sangue nos consagrou novo caminho. Podemos entrar pela fé, no “Santo do santos”. Jesus Cristo é o único que com uma só oferta aperfeiçoou para sempre os que buscam comunhão com Ele junto ao trono da graça. A retidão e a fé são conceitos incontestáveis na caminhada cristã, e o porquê é simples: Para usufruir da maravilhosa aliança suprema e gozar de seus benefícios, devemos perseverar, insistir em andar com Deus, não importando as circunstâncias adversas, também na obediência que gera retidão. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 45 2. Por meio da ousadia – “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus” (v 19) – Temos o grande Sumo Sacerdote, que sabe compadecer-se de nós; portanto, entremos no santuário celestial, com plena confiança e dependendo inteiramente da graça do Senhor, pois é Nele e por meio Dele que está o nosso direito. Sejamos ousados naquilo que compete ao servo comprado por bom preço. “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.16). II – COMO PERMANECER NESTE NOVO CAMINHO (VV 22-27) O acesso ao Santuário celestial não mais está limitado. Pela misericórdia de Deus em enviar Jesus Cristo, para efetuar a obra da redenção, o véu que separava já não separa mais (Mc 15.38). Portanto, como podemos permanecer neste lugar de desfrute de comunhão e bênçãos?: 1. Considerando Jesus como o único caminho – Observando os textos bíblicos, percebemos que depois de uma promessa de bênção há condições a serem cumpridas. Partindo deste pressuposto, vemos que esta bênção está limitada a quem aceitam o novo caminho como estilo de vida contínua, de acordo com as condições na Palavra de Deus. Devemos atentar bem para esta verdade: Ninguém, fora de Cristo, pode estar num relacionamento em termos de salvação com Deus (Rm 4.9-17). O novo caminhar, sugere abandono do antigo caminhar. De fato como podemos trilhar este caminho novo, sem renunciar tudo aquilo que afasta o homem do seu Criador? Busquemos o fortalecimento no Espírito de Deus para que Ele gere em nós mudanças internas e externas. 2. Chegando-nos com verdadeiro coração – O escritor de Hebreus, nos instrui quanto a buscar aproximação do Senhor. Inicialmente, purificando a nossa consciência, pela regeneração. Isto significa isenção de maus pensamentos e ausência de culpabilidade. É acreditar de todo o coração nas promessas daquele que não pode falhar: “Porque fiel é aquele que prometeu” (v. 23). Portanto: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa” (v 22). 3. Retendo firmes a confissão da esperança (v 23) – Não podemos retroceder. Uma vez que cremos e estamos Nele, ninguém e nem coisa alguma, poderá nos separar do amor de Jesus Cristo (Rm 8.35). Esperança é crer sem ver e ver o que creu (Hb 11.1). É acreditar naquele que garantiu Revista de Estudo Crescimento Bíblico 46 cumprimento cabal. Não devemos voltar atrás em nossa resolução de servir ao Senhor (Hb 10.39). Assim, meus irmãos: “Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu” (Hb 6.18,19). 4. Considerando-nos uns aos outros – O trono da graça é um só, portanto, todos os que entraram ali pela fé, compõem um só corpo, independentemente da denominação em que congregam. Por isso, o texto nos exorta a nos considerarmos uns aos outros. O amor é prático e precisa ser exercitado, sem hipocrisia. “... consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras” (v 24). CONCLUSÃO Jesus Cristo nos deixou livre acesso ao trono da graça. Podemos nos achegar a Deus por meio da cruz de Cristo. Poucos são os que entendem a supremacia do sacrifício da cruz. Ousemos, então, entrar de uma vez para sempre, na presença do Senhor, com fé e ousadia, gratos por Sua eterna misericórdia, por nos ter proporcionado tal caminho novo. Ali permaneçamos firmados na fé e confiança, pois quem nos prometeu é Deus; poderoso e fiel para cumprir Sua Palavra. Cheguemo-nos, com inteira certeza de fé, com os corações limpos e a mente sem culpa alguma. Para reflexão: • Você tem se chegado ao trono de Deus, com ousadia? • Para você, Jesus Cristo é o único Caminho? • Tua consciência está completamente isenta de culpa? Questionário para avaliação e debate: 1. Como usufruir o “Novo Caminho” que Jesus nos consagrou? 2. O que significa “entrar com ousadia”? 3. O que é um “verdadeiro coração”? “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus” (Hb 10.19) Superior como consumador da fé Versículo Chave “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem” (Hebreus 11.1) Lição 10 - 04 de junho de 2006 Objetivos da Lição ♦ Destacar que a fé no Antigo e no Novo Testamento era pautada na Palavra de Deus; ♦ Ensinar que todos os heróis do Antigo Testamento venceram pela fé; ♦ Mostrar a maneira como demonstraram fé. Culto Familiar Segunda – (Mateus 9.22) – Fé salvadora Terça – (Atos 3.16) – Fé sanadora Quarta – (Romanos 5.1) – Fé justificadora Quinta – (1João 5.4) – Fé vitoriosa Sexta – (Judas 1.20) – Fé santíssima Sábado – (Hebreus 11.1-40) – Fé vencedora SUGESTÃO DE HINOS - 084 - 107 - 186 (Harpa Cristã) Hebreus 11.1-6; 24-27; 33-38 1 - Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem. 2 - Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho. 3 - Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 48 4 - Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala. 5 - Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não foi achado, porque Deus o trasladara, visto como, antes da sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a Deus. 6 - Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam. 24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, 25 - Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; 26 - tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. 27 - Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível. 33 - os quais, pela fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, 34 - apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos. 35 - As mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; 36 - E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. 37 - Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados 38 - (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. INTRODUÇÃO A fé em Deus sempre foi e sempre será o ponto de apoio onde homens e mulheres de ousadia, alcançam façanhas incríveis e impossíveis de serem realizadas pela força humana. Esta tornou as possibilidades ainda maiores com a morte e ressurreição de Jesus Cristo, desta forma Ele se tornou no consumador da fé, objeto desta lição. I – O QUE É A FÉ CONSUMADA POR JESUS CRISTO? - (VV 1-3) Revista de Estudo Crescimento Bíblico 49 Apesar do grande testemunho deixado pelos “heróis da fé”, no Antigo Testamento, uma coisa nos chama a atenção: “... todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa...” (Hb 11.39). E por que não a alcançaram? Porque o Senhor Jesus teria de consumar a obra da redenção, na qual morreram esperando, para que a fé, “que é por Ele” (At 3.16), desse base fundamental aos que crêem no seu Nome. “... provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados” (Hb 11.40). O que se pode dizer, então, desta fé? 1. É o firme fundamento da esperança – “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem” – A fé não é um desvario; não é desprovida de razões para se crer. Ela tem fundamento. Um ponto onde se apóia. Veja que Abrão expressou extraordinária fé quando recebeu de Deus uma promessa, e foi nela que apoiou toda a sua convicção: “Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar” (Hb 11.18). Uma fé que espera do Senhor algo que não nos prometeu é como uma casa construída na areia, não possui apoio. Foi desta forma que Abraão, em esperança, “creu contra a esperança”, por que acreditou na promessa de Deus (Rm 4.18-21). 2. É a força da vida cristã – “Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho” – Se dissermos que temos fé em Deus e não andarmos conforme a vontade de Deus, somos apenas fanáticos religiosos. A primeira coisa que a fé produz é mudança em nossas vidas. Depois proporciona grandes mudanças nas pessoas por meio de nós. A fé verdadeira, opera salvação (Ef 2.8), crescimento espiritual (1 Pe 1.7), boas obras (Tg 2.18). 3. É o argumento para o irracional – “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” – Se por um lado a fé pode ser, até certo ponto explicada, como vimos no primeiro tópico, por outro lado ela é quem explica muitas coisas que a própria razão desconhece. Como por exemplo, entender que Deus trouxe a existência as coisas que não existiam (Rm 4.17). Do nada fez surgir o universo, infinitamente grande (macro) e infinitamente pequeno (micro), se não for pela fé na palavra de que Deus no princípio criou todas as coisas? (Gn 1.1). II – QUAL É A IMPORTÂNCIA DA FÉ CONSUMADA POR JESUS CRISTO - (VV 4-6) Revista de Estudo Crescimento Bíblico 50 Foi o próprio Senhor quem nos exortou a ter fé em Deus (Mc 11.22). E Tiago, “irmão do Senhor”, nos advertiu: “Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa” (Tg 1.6,7). Vejamos sua importância: 1. Por meio dela alcançamos a justiça divina – “Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo...” – O texto de Gn 4.2, revela que Abel foi pastor de ovelhas e seu irmão lavrador da terra. Depois de algum tempo, Caim ofereceu ao Senhor, o fruto do seu trabalho. Abel fez o mesmo, sacrificando primogênitos das suas ovelhas. (Gn 4.3,4). No entanto, a Palavra nos diz “... atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta... Mas para Caim e para a sua oferta não atentou” (Gn 4.4,5). Qual é a explicação para tal fato? É que a oferta de Caim representa nossas obras desprovidas de fé. Corresponde ao esforço humano para alcançar a justiça divina. Enquanto que a oferta de Abel representa a morte do “Cordeiro” de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). 2. Por meio dela conseguimos agradar a Deus – “Pela fé, Enoque foi trasladado... visto como, antes da sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a Deus” - Só podemos agradar a Deus quando expressamos fé em sua Palavra e na Sua Pessoa. Isto é compreensível, pois quem não crê no testemunho do Senhor, está duvidando da Sua fidelidade em cumprir o que prometeu, logo “mentiroso o fez” (1Jo 5.10). Jesus, em Nazaré, presenciou a atitude de um povo duro de coração para crer e, “estava admirado da incredulidade deles...” (Mc 6.6). De fato, sem fé “... é impossível agradar-lhe...” (v 6a). 3. Por meio dela receberemos o galardão de Deus – “... é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (v 6b) – Se a falta de fé causa indignação a Deus, o contrário, é o princípio para se alcançar as bênçãos prometidas. O galardão de Deus é a recompensa que receberemos por acreditar na Sua fidelidade, e viver toda uma vida pautada na esperança da Sua Palavra. Todas as pessoas de fé, no Antigo Testamento, morreram sem alcançar as promessas, no entanto não vacilaram, antes permaneceram “vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as...” (Hb 11.13). Não alcançaremos, em vida, muitas promessas dadas a nós, visto que elas pertencem à nossa geração, por meio da nossa fé (Gn 50.24; Hb 11.22). Revista de Estudo Crescimento Bíblico 51 III – A FORÇA DA FÉ CONSUMADA POR JESUS CRISTO - (VV 24-38) Enganamos quando vemos coisas estranhas acontecendo por meio de algum crente. “Mistérios” inexplicáveis e sem o menor sentido para a vida espiritual do cristão e, também, para o contexto no plano eterno de Deus para a Igreja, então aplaudimos, e ficamos abismados, como se aquilo fosse de fato poder de Deus e expressão de fé. No entanto, queremos demonstrar, pelos testemunhos dos servos de Deus, no texto que estamos estudando, o sentido e a força da verdadeira fé consumada por Jesus Cristo. 1. Pela fé, Moisés rejeitou sua posição privilegiada no palácio de Faraó – A verdadeira fé nos leva à renuncia deste mundo, porque crê numa cidade celestial. E faz com que as riquezas e bens deste presente século, percam todo o valor, pois consegue enxergar o invisível. Prefere ser maltratado com o povo de Deus que ser beneficiado às custas do “gozo do pecado”. Considera padecer com Cristo a “vergonha da cruz”, que ter todos os injustos tesouros deste mundo. Porque tem em vista a recompensa. (Hb 11.24-27). Enganamo-nos, quando pensamos que muita fé significa acumular tesouros, saúde e bem estar nesta terra, e viver regaladamente, como se aqui fosse o nosso lugar de descanso. 2. Pela fé muitos realizaram grandes feitos - Em Hebreus 11.32-35, temos um lista de crentes que fizeram coisas extraordinárias, pela fé que depositaram no Deus que serviam. É dito que: “venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos”. Precisamos de cristãos assim em nossas igrejas, que sejam vencedores pela fé. Que consigam apagar a força do paganismo e extinguir o mundanismo dentro dos templos. Que saibam confiar Naquele que fez a promessa e não na palavra de homens inescrupulosos, carregados de vaidade. 3. Pela fé outros suportaram grandes provas – Em Hebreus 11.36-38, temos outra lista de homens e mulheres que não fizeram, mas foram. Ou seja, o ser no lugar do ter ou fazer. A Palavra de Deus testifica que “uns foram torturados... outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada...”. Que belo exemplo temos para seguir. Por amor a Jesus somos entregues à morte todo o dia (Rm 8.36). Em contraposição às denominações que pregam fartura, riquezas, vida regalada, nesta terra, a Bíblia nos dá outra diretriz: “Olhando para Jesus, Revista de Estudo Crescimento Bíblico 52 autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” (Hb 12.2). É assim que devemos ser: “Homens dos quais o mundo não era digno, errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra” (v 38). CONCLUSÃO A fé é o extraordinário dom de Deus, dado a nós, para alcançar as promessas divinas. Não existe fé sem Jesus e nem Jesus sem fé. Ele é o autor e consumador da fé. Devemos exercitar a fé verdadeira que procura alcançar somente aquilo que Deus de fato nos prometeu. Não podemos esperar do Senhor algo que Ele não nos deu o direito de esperar. Pela fé podemos alcançar vitória em Jesus e viver uma vida de realizações para a expansão do Reino de Deus e para a maior glória do Seu nome. Para reflexão: • Você pode afirmar que possui uma fé salvadora? • Tua fé está fundamentada em que? • Tua vida e obras comprovam que você tem fé? Questionário para avaliação e debate: 1. Explique o significado da fé bíblica de acordo com Hebreus 11. 2. Porque Abel alcançou a justiça divina e Caim foi rejeitado? 3. Leia Hb 11.32 a 35, e tente identificar os “heróis da fé”, a quem o texto se refere. No próximo trimestre estaremos estudando o seguinte tema: As Riquezas da Intimidade com Cristo. Um estudo na Epístola aos Colocensses nos revelará quão abundante é a vida do Senhor em nós e quão glorioso é conhecê-lo em profundidade. Superior como santificador Versículo Chave “ Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14) Lição 11 - 11 de junho de 2006 Objetivos da Lição ♦ Mostrar que a santificação depende de disciplina do Senhor; ♦ Mostrar a fundamental importância da santificação; ♦ Ensinar que a resistência a santificação pode levar ao endurecimento. Culto Familiar Segunda – (Efésios 4.24) – Novo homem feito em santidade Terça – (1Tessalonicenses 3.13) – Irrepreensível em santidade Quarta – (1Tessalonicenses 4.1-4) – A vontade de Deus: nossa santidade Quinta – (1 Pedro 1.15,16) – A ordem de Deus: Santidade Sexta – (Apocalipse 22.11) – A exortação divina: Mais santidade Sábado – (Hebreus 12.1-17) – A disciplina promove santidade SUGESTÃO DE HINOS - 005 - 108 - 175 (Harpa Cristã) Hebreus 12.1-17 1 - Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, 2 - olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 54 3 - Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. 4 - Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado. 5 - E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido; 6 - porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho. 7 - Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija? 8 - Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos. 9 - Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? 10 - Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. 11 - E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. 12 - Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados, 13 - e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado. 14 - Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, 15 - tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem. 16 - E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura. 17 - Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou. INTRODUÇÃO A santificação é um dos aspectos mais importantes da salvação, sem ela, seria como pescar um peixe e não tratá-lo. Ou como passar toda a vida procurando ouro e depois de encontrá-lo, não lhe aplicar Revista de Estudo Crescimento Bíblico 55 nenhum tratamento para que seja transformado em um objeto de uso. A salvação precisa ser desenvolvida e isto se faz por meio da santificação. Ou seja, é o homem sendo trabalhado, preparado, maturescente, para ser conforme a estatura de varão perfeito. I – OS MOTIVOS DA SANTIFICAÇÃO - (VV 1-4) O cristão foi chamado para ter uma relação íntima com Deus. Nossa comunhão com o Senhor Jesus indica o grau de santidade desenvolvida em nós. Quanto mais perto Dele estivermos mais santos seremos. “... mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.15,16). 1. Estamos rodeados por muitas testemunhas – A “grande nuvem de testemunhas” se refere aos heróis da fé mencionados no capítulo 11. “... os quais, pela fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos... uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição. E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados...” (Hb 11.33-38). É este belo testemunho que nos estimula a: a) Deixar todo embaraço – Coisas que não são pecado, à primeira vista, mas que, tão logo passe a fazer parte do nosso “cardápio” diário, pode nos prender e impedir a nossa santificação; b) Deixar todo pecado – Tudo aquilo que, sem contestação, se constitui em transgressão a Lei de Deus. É tudo que contraria o Ser Santo de Deus; c) Correr com paciência a careira proposta – “... Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças” (Gn 19.17). Se olharmos para trás enquanto corremos o percurso proposto, perderemos o rumo. Diante de tantas testemunhas, mostrando que o cristianismo funciona mesmo, prossigamos para o alvo. 2. O nosso Alvo é Jesus Cristo, Autor e Consumador da fé – De que nos adiantaria andar como vaga-lumes, perdidos na escuridão da noite. Um Revista de Estudo Crescimento Bíblico 56 facho de luz aqui e outro ali. Não, Jesus disse que aqueles que o seguirem não andarão em trevas, pois terão a luz da vida (Jo 8.12). Se não desviarmos os olhos Dele nunca erraremos o caminho. “Considerai”, pois isto. II – OS MEIOS DA SANTIFICAÇÃO – (VV 5-11) Compete ao homem desejar uma vida santa, mas a Deus, pertence o poder para tal. Portanto, Ele nos oferece os meios necessários, como veremos a seguir: 1. A correção do Senhor – Somos exortados a não desprezar a correção do Senhor, pois Ela é necessária para o progresso da nossa santificação. “Antes de ser afligido, andava errado; mas agora guardo a tua palavra” (Sl 119.67). Devemos nos alegrar com a correção do Senhor porque mostra o Seu amor por nós e é a prova de que somos seus filhos. “... porque que filho há a quem o pai não corrija?” Se não queremos ser corrigidos quando errarmos teremos de aceitar a designação de “bastardos”, isto é, filhos gerados fora do matrimônio. Produto da prostituição. 2. A disciplina do Senhor – Ninguém tolera crianças indisciplinadas. Nos colégios, a disciplina é matéria obrigatória; no quartel, a indisciplina pode levar o soldado à prisão. Por que achamos que no Reino de Deus as coisas acontecem à seu bel prazer. É só lembrarmos da disciplina aplicada na vida de Moisés, de Davi, de Jó etc. Irmãos se nos submetemos aos nossos pais terrenos, por que não muito mais ao “Pai dos espíritos”. O Senhor faz isto para que sejamos participantes da sua santidade. III – OS BENEFÍCIOS DA SANTIFICAÇÃO (VV 12-17) A santificação não é uma exigência sem propósito. Não é uma questão de escolha. Precisamos ser santos porque a vida cristã implica nisto. 1. É um meio para obtermos plena cura – O crente que descuida da santidade, perde a sua comunhão com o Senhor. Começa, aos poucos, a se envolver com o mundo e as obras da carne. O texto revela que pessoas nestas condições adoeceram espiritualmente. Têm as mãos cansadas, os joelhos desconjuntados e os pés manquejantes. Em outras palavras, são inúteis para a obra de Deus, pois suas mãos perderam a perícia para o trabalho, sua vida está desmantelada e manquejam nos caminhos do Senhor. Eis a recomendação urgente para tais pessoas enfermas: “... fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado” (v 13). Revista de Estudo Crescimento Bíblico 57 2. É uma condição para vermos a Deus – A triste realidade é que os não santificados, ou seja, quem não se preocupa em buscar mudanças espirituais em sua vida, nem se quer verá a Deus. Dá, então, para ter idéia da grande responsabilidade em buscar santidade. Devemos obedecer a recomendação das Escrituras: “E vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24). “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (v 14). 3. É uma aplicação da poderosa graça de Deus em nós – A graça de Deus é a força da nossa santificação. Ninguém pode ser santo se não for por meio da graça de Deus. Deus nos justifica e nos declara santos por meio de Jesus Cristo. Nele somos santos. Se desobedecermos a ordem de seguir a santificação, seremos privados da graça e nada poderá ser feito pelo homem que “pisar” a graça e negligenciar a vida de santidade pela qual alcançaremos o Reino de Deus. Portanto: “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” (v 15). CONCLUSÃO A santificação é necessária, como pudemos verificar nesta lição. Sem ela não veremos ao Senhor. A santificação é a prova da atuação maravilhosa da graça de Deus em nossas vidas. Devemos aceitar o propósito do Senhor em nos santificar. “Sede santos porque eu sou Santo”. Por meio de Jesus Cristo, o Pai nos declara santos, aplicando a sua graça em nossas vidas e nos aceitando como filhos para a sua maior glória. Para reflexão: • Você pode afirmar que vive em santidade? • Deus é Santo. Como está o teu relacionamento com Ele? • Você tem plena convicção de que verá a Deus? Questionário para avaliação e debate: 1. Quem são as pessoas que compõem a “grande nuvem de testemunhas”? 2. Dê a diferença entre pecado e embaraço. 3. Qual é condição para vermos a Deus, apresentada na lição? “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14) Superior com uma cidade celestial Versículo Chave “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos” (Hebreus 12.22) Lição 12 - 18 de junho de 2006 Objetivos da Lição ♦ Mostrar o contraste entre a forma como os israelitas tiveram de se chegar ao monte Sinai e a forma como nós nos chegamos à nova Sião; ♦ Destacar Jesus como mediador de uma nova aliança. Culto Familiar Segunda – (Salmo 46.4) – Cidade de Deus Terça – (Filipenses 3.20) – Cidade celestial Quarta – (Apocalipse 21.2) – Cidade santa Quinta – (Apocalipse 21.10) – Cidade grande Sexta – (Apocalipse 22.14) – Cidade com portas Sábado – (Hebreus 12.18-29) – Cidade Monte de Sião SUGESTÃO DE HINOS - 026 - 203 - 204 (Harpa Cristã) Hebreus 12.18-29 18 - Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, 19 - e ao sonido da trombeta, e à voz das palavras, a qual, os que a ouviram pediram que se lhes não falasse mais; 20 - porque não podiam suportar o que se lhes mandava: Se até um animal tocar o monte, será apedrejado. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 59 21 - E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo assombrado e tremendo. 22 - Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos, 23 - à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; 24 - e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. 25 - Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus, 26 - a voz do qual moveu, então, a terra, mas, agora, anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a terra, senão também o céu. 27 - E esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam. 28 - Pelo que, tendo recebido um Reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e piedade; 29 - porque o nosso Deus é um fogo consumidor. INTRODUÇÃO A lém dos múltiplos aspectos até aqui estudados, a superioridade de Cristo é mais uma vez comprovada pelo fato de que Ele nos conduziu a um lugar superior. O texto em apreço traça um paralelo perfeito entre o monte Sinai (local de outorga da lei) e o monte Sião (lugar da felicidade dos salvos). As circunstâncias aterradoras que envolvem aquele e a alegria festiva deste. A diferença fundamental está na pessoa de Jesus, o mediador da nova aliança (v. 24). Além de nos conduzir a um lugar superior, Cristo nos proveu um melhor relacionamento e nos conclama a uma maior responsabilidade. Vejamos: I – CRISTO NOS PROPORCIONOU UM MELHOR LUGAR – (V. 18, 22) O autor da epístola aos Hebreus nos mostra que chegamos a uma provisão espiritual muito superior àquela em que o povo de Israel chegou. Chegamos ao monte Sião, uma cidade celestial em festa, que transcende a limitação humana. Observe: Revista de Estudo Crescimento Bíblico 60 1. Fomos conduzidos a Sião celestial – “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial” (v. 22a). Moisés guiou Israel até um monte palpável e terreno. Palpável em certo sentido, uma vez que o povo não poderia sequer tocá-lo (v. 20). Cristo, no entanto, nos conduziu a uma cidade celestial, que não pode ser provada à luz dos sentidos naturais (ao menos por enquanto), como o Sinai, mas é totalmente palpável à fé. O que torna Sião infinitamente superior. 2. Fomos conduzidos à Universal Assembléia dos Santos – “... à Universal Assembléia e Igreja dos primogênitos, que estão escritos nos céus...” (v. 23a). Sabe o que acontece quando pessoas que se amam se encontram em uma ocasião especial? É festa na certa. Foi para esse ambiente festivo que Cristo nos conduziu, em contraste com a tristeza apavorante para onde o povo de Israel foi conduzido no Sinai. Trata-se da mais perfeita comunhão entre o homem e os outros seres celestiais na presença de Deus e do Cordeiro. II – UM MELHOR LUGAR COM UM MELHOR RELACIONAMENTO Não bastava para Cristo apenas nos livrar do Sinai, era necessário que Ele nos provesse um melhor relacionamento. Não mais baseado no medo e na aproximação proibida, mas baseado na bem-aventurança e na comunhão plena, vejamos: 1. Baseado na bênção – “Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade...” (v. 18). O monte Sinai, um lugar assustador, representa o medo. Até Moisés, o mediador daquela aliança revelou: “Estou todo assombrado e tremendo” (v. 21b); Já o monte Sião representa alegria e bênçãos infinitas. Por esta razão, quem insistir em seguir a revelação dada a Moisés será inevitavelmente conduzido ao monte Sinai, apavorante e ameaçador. Todavia nós, os que seguimos a revelação de Cristo somos conduzidos à cidade celestial, onde o crente é recebido e abençoado. 2. Baseado na comunhão plena – “Mas chegastes ao monte sião...” (v. 22), “a Deus...” (v. 23) e “a Jesus...” (v. 24). No monte Sinai o relacionamento com Deus era limitado (vv. 19,20). Somente através de um representante legal o povo poderia se aproximar de Deus. Cristo mudou essa realidade; no monte Sião a comunhão é total. Temos ingresso direto ao trono de Deus. Cristo entrou no Santos dos Santos do tabernáculo celestial e nos preparou caminho, onde obtivemos o mais elevado acesso possível. Não temos necessidade de intermediários, quando encontramos a Cristo acessamos o trono de Deus.Aleluia! III – UM MELHOR LUGAR COM UMA MAIOR RESPONSABILIDADE Revista de Estudo Crescimento Bíblico 61 “Vede que não rejeiteis ao que fala...” (v. 25a). Como existem diferentes níveis de revelação, existem também diferentes níveis de responsabilidade. Aquele que rejeitar o novo caminho proposto por Cristo será penalizado com maior rigor, uma vez que rejeitou uma revelação superior, uma provisão melhor e mais amável. Este terá que se encontrar com Deus, que é fogo consumidor (v. 29). Isto nos remete às seguintes responsabilidades: 1. Servir a Deus de modo que O agrade – “... retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente...” (v. 28). Para agradarmos ao Senhor, todo o nosso serviço tem que estar centrado na pessoa de Cristo. Incluindo a nossa fé, nossa lealdade e nossa completa dependência. Implica também em viver de acordo com a vontade soberana de Deus. Isto passa necessariamente pela santificação, “sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14b). 2. Servir a Deus com reverência e piedade – “... retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus... com reverência e piedade” (v. 28). Nossa reverência e piedade não podem estar limitadas apenas às atitudes exteriores, mas devem brotar de um coração sinceramente comprometido com Deus e com todas as coisas sagradas. Do contrário, seremos advertidos como Israel: “... rasgai os vossos corações, e não as vossa vestes...” (Jl 2.13). O novo concerto requer de cada um de nós um temor piedoso e reverente a Deus. Não como o medo provocado pelo Sinai em fogo, mas por ser Ele (Deus) um fogo consumidor para com aqueles que ignoram a sua Palavra. CONCLUSÃO A superioridade de Cristo nos garante um lugar superior, repleto de excelência e alegria. Lugar de adoração a Deus e de comunhão não apenas com Ele, mas também com todos os outros entes da criação. Não poderia ser diferente, um mediador perfeito só poderia nos proporcionar algo dessa magnitude. A Jesus, pois, toda a nossa adoração: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36). Para reflexão: • Você está pronto para entrar na “Jerusalém Celestial” • Você tem vivido e servido a Deus de modo agradável? • Você está tranqüilo diante do Deus que é “fogo consumidor”? Questionário para avaliação e debate: 1. O que representa o monte Sião no Antigo Testamento? 2. O que representa o monte Sião no texto que estudamos na lição? 3. O que significa servir a Deus com “reverência e piedade”? Recapitulação Versículo Chave “E, assim, com confiança, ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem” (Hebreus 13.6) Lição 13 - 25 de junho de 2006 Objetivos da Lição ♦ Destacar os principais ensinos das lições do trimestre; ♦ Fortalecer a fé e a perseverança dos irmão em esperar somente em Cristo, superior a todas as demais coisas. Culto Familiar Segunda – (Hebreus 1.1-14) – Jesus é superior como Filho Terça – (Hebreus 3.1-19) – Jesus é superior como Líder Quarta – (Hebreus 7.1-28) – Jesus é superior como sacerdote Quinta – (Hebreus 10.19-27) – Jesus é superior como novo caminho Sexta – (Hebreus 12.1-17) – Jesus é superior como santificador Sábado – (Hebreus 13.1-9) – Jesus é superior como nova morada SUGESTÃO DE HINOS - 523 - 545- 577 (Harpa Cristã) Hebreus 13.1-9 1 - Permaneça a caridade fraternal. 2 - Não vos esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o sabendo, hospedaram anjos. 3 - Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 63 4 - Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará. 5 - Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei. 6 - E, assim, com confiança, ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem. 7 - Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver. 8 - Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente. 9 - Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça e não com manjares, que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram. INTRODUÇÃO O objetivo desta lição é relembrar os ensinos mais importantes apresentados durante o trimestre, afim de que cada aluno da EBD seja fortalecido com as verdades acerca de Jesus Cristo. Ele é superior a todas as coisas, logo devemos recebê-lo como a finalidade das nossas vidas. I - SUPERIOR NAQUILO QUE ELE É 1. Pela Sua representatividade - (Hebreus 1.1-14) - É em Jesus que tudo se converge. Ele é o centro e também as extremidades. O Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. Ele é a Palavra de Deus – Este é o grande profeta anunciado. “Este é o meu Filho amado; a ele ouvi” (Mc 9.7). Ele é a expressa imagem de Deus. Quem conhecer o Filho, estará também conhecendo ao Pai: “E quem me vê a mim vê aquele que me enviou” (Jo 12.45). Ele é mais excelente do que os anjos – Como podemos aceitar a idéia de que devemos supervalorizar a aparições de anjos, e até mesmo prestar-lhes culto, sendo que o próprio Deus está testificando que o seu prazer está no Seu Filho e que Jesus é superior aos anjos? 2. Pela Sua salvação - (Hebreus 2.1-18) - A salvação realizada por Jesus é raríssima, pois só se encontra Nele. É de extremo valor, pois Ele pagou o preço com o seu sangue (1Pe 1.18,19). Portanto, temos as seguintes recomendações: Devemos atentar com mais diligência – Isto significa dedicar-se à salvação Revista de Estudo Crescimento Bíblico 64 com cuidado ativo e zeloso. É uma aplicação de corpo e alma em busca e conservação daquilo que não se pode perder nunca. Como escaparemos? – Poderíamos apresentar alguma razão para herdarmos o Reino de Deus, sem crer em Jesus e recebê-lo como Salvador e Senhor de nossas vidas? Como pode alguém escapar da situação em que se encontra toda humanidade? (Rm 5.12; Ef 2.1-3). 3. Pela Sua glória – (Hebreus 3.1-19) - Cristo é o Filho em Sua própria casa – A palavra de Deus nos afirma que Moisés falava com Deus face a face (Ex 33.11). Porém, por maior que fosse a intimidade de Moisés com o Senhor e por mais fiel que ele fosse a Deus em “toda a sua casa” (v.2) ele ainda era apenas um servo. Cristo como Filho de Deus, é o “dono” da casa (Igreja) (v.6). Moisés fora levantado como testemunha do que se havia de anunciar, apontando assim para aquele que realmente cumpriria o plano de Deus e seria o nosso verdadeiro Mestre e exemplo supremo a ser imitado (Jo 13.13; I Co 11.1) 4. Pela Sua promessa – (Hebreus 4.1-11) - Deus em sua graça e misericórdia prometeu aos seus servos um descanso eterno (Jo 14.2). Os patriarcas criam nisto (Hb 11.16). Deus usou a criação e, posteriormente, a nação de Israel para mostrar à Igreja o que prometeu. O sábado judaico era transitório, contudo Jesus Cristo é o repouso permanente. Jesus é o descanso bem presente para os aflitos. A alma tem sede do Senhor e somente Ele pode saciar esta sede (Mt 11.28-30). Em Cristo o repouso é real. II - SUPERIOR NAQUILO QUE ELE FEZ 1. Como sumo sacerdote – (Hebreus 7.1-28) - Assim como todos os homens, o sacerdote também estava sujeito ao pecado, sendo assim, ele não podia oferecer sacrifício pelo povo, sem antes oferecer por si mesmo (Lv 9.7, 8; 16.6, 11, 15). O único que alcançou a qualificação perfeita para o sacerdócio foi Jesus Cristo, pois “... como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15b). Por esta razão, sem a necessidade de oferecer sacrifício por si, Ele foi o executor do sacerdócio perfeito (Hb 7.26, 27) e “... com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (Hb 10.14). 2. Como mediador de uma nova aliança - (Hebreus 8.1-13) - A antiga aliança era transitória, realizada por homens mortais e fracos e ainda estava pautada em uma lei que não podia redimir o homem de seus pecados. Era uma aliança que não oferecia salvação eterna. Esta nos foi dada por Cristo por meio do novo pacto. Revista de Estudo Crescimento Bíblico 65 3. Com um novo santuário - (Hebreus 9.1-26) - Em tudo o novo santuário é mais belo, mais singelo, mais sublime, mais completo. É perfeito e eterno, não havendo necessidade de novo santuário, porque isto implicaria em novo sacerdócio e novos sacrifícios, o que é totalmente inconcebível. O novo santuário possui as seguintes características: É celestial, possui sacrifício superior, é mediador de um novo testamento: “Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado” (v 20). 4. Como sacrifício - (Hebreus 10.1-18) - Jesus cumpriu voluntariamente o propósito imutável de Deus, em resgatar a alma do homem perdido no pecado, trazendo-lhe a salvação (v 7, 9). Em Seu sacrifício, Jesus trouxenos a mudança definitiva em nosso status enquanto estivermos unidos a Ele por fé, sendo assim separados da contaminação pecaminosa para podermos adorá-Lo de forma agradável. O sacrifício de Cristo é suficiente para pagar pelos pecados do mundo. A ressurreição física de Cristo confirmou o Seu perfeito sacrifício (Rm 4.25). III - SUPERIOR NAQUILO QUE NOS PROPORCIONA 1. Um novo caminho – (Hebreus 10.19-26) - O acesso ao “trono da graça”, é definitivo em Cristo. Deus culmina sua revelação mediante o sacrifício na cruz, e que, por meio de seu sangue nos consagrou novo caminho. Podemos entrar pela fé, no “Santo do santos”. Jesus Cristo é o único que com uma só oferta aperfeiçoou para sempre os que buscam comunhão com Ele junto ao trono da graça. “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus”. 2. Consumador da fé - (Hebreus 11.1-6; 24-27; 33-38) - “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem” – A fé não é um desvario; não é desprovida de razões para se crer. Ela tem fundamento. Um ponto onde se apóia. Veja que Abrão expressou extraordinária fé quando recebeu de Deus uma promessa, e foi nela que apoiou toda a sua convicção: “Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar” (Hb 11.18). 3. Como santificador - (Hebreus 12.1-17) - O cristão foi chamado para ter uma relação íntima com Deus. Nossa comunhão com o Senhor Jesus indica o grau de santidade desenvolvida em nós. Quanto mais perto Dele estivermos mais santos seremos. (1Pe 1.15,16). Deixemos todo embaraço – Coisas que não são pecado, à primeira vista, mas que, tão logo passe a fazer parte do nosso “cardápio” diário, pode nos Revista de Estudo Crescimento Bíblico 66 prender e impedir a nossa santificação. Deixemos todo pecado – Tudo aquilo que, sem contestação, se constitui em transgressão a Lei de Deus. É tudo que contraria o Ser Santo de Deus; 4. Com uma nova cidade - (Hb 12.18-29) - Fomos conduzidos a Sião celestial – “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial” (v. 22a). Moisés guiou Israel até um monte palpável e terreno. Palpável em certo sentido, uma vez que o povo não poderia sequer tocá-lo (v. 20). Cristo, no entanto, nos conduziu a uma cidade celestial, que não pode ser provada à luz dos sentidos naturais, como o Sinai, mas é totalmente palpável à fé. O que torna Sião infinitamente superior. Sabe o que acontece quando pessoas que se amam se encontram em uma ocasião especial? É festa na certa. Foi para esse ambiente festivo que Cristo nos conduziu. Trata-se da mais perfeita comunhão entre o homem e os outros seres celestiais na presença de Deus e do Cordeiro. CONCLUSÃO Ao encerrar este trimestre, suplicamos a Deus que estas verdades fique gravadas no coração dos alunos da EBD. Jesus Cristo é superior aos anjos, a Moisés, ao antigo pacto, ao antigo sacerdócio etc. A seguir, o questionário para avaliação trimestral e debates para uma melhor fixação da matéria: QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO E DEBATES LIÇÃO UM 1. De que maneira Jesus Cristo expressa a imagem de Deus? 2. De que maneira Jesus Cristo sustenta todas as coisas? LIÇÃO DOIS 1. Apresente algumas razões que confirmem ser a salvação em Jesus algo tão imenso. 2. Com a Sua morte Jesus aniquilou o que? LIÇÃO TRÊS 1. Faça uma comparação entre a liderança de Moisés e a de Jesus Cristo e mostre porque a liderança de Jesus é superior. 2. O que podemos aprender com a liderança de Jesus? Revista de Estudo Crescimento Bíblico 67 LIÇÃO QUATRO 1. Estabeleça uma diferença entre o sábado dos judeus e o “sábado” dos cristãos, conforme a lição. 2. De acordo com o Típico III, da lição, como podemos entrar neste novo repouso? LIÇÃO CINCO 1. De que maneira o sacerdócio de Jesus é superior ao de Levi? Explique. 2. Como Jesus pode assumir o sacerdócio se não pertencia a tribo de Levi? LIÇÃO SEIS 1. O que é uma aliança divina? Você pode mencionar alguma das estabelecidas no Antigo Testamento? 2. Explique a frase: “De seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais”. LIÇÃO SETE 1. Por que a entrada no Santo dos santos, no Antigo Testamento, era restrita? 2. Explique a afirmação: “Cristo não entrou num santuário feito por mãos...” LIÇÃO OITO 1. Dê dois exemplos de sacrifícios no Antigo Testamento e explique o significado de cada um deles. 2. Por que o sacrifico de Jesus Cristo é definitivo? LIÇÃO NOVE 1. Como podemos usufruir do “novo caminho” que Jesus nos consagrou? 2. Explique o significado do texto: “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras” (Hb 10.24). LIÇÃO DEZ 1. O que é crer contra a esperança? 2. Dê exemplos de homens e mulheres que agradaram a Deus com a sua fé. LIÇÃO ONZE 1. Como podemos correr com paciência a carreira proposta por Deus? 2. Mencione as três maneiras como somos beneficiados pela vida santificada. LIÇÃO DOZE 1. O que é a “Universal assembléia dos santos”? 2. O que é servir a Deus agradavelmente? Revista de Estudo Crescimento Bíblico 68 Ele abençoa o trabalho de nossas mãos. Exemplo disto, foi o que fez com o “Bazar Chic”; uma idéia que abençoou o trabalho missionário com uma expressiva oferta monetária ao final da conferência. Cada mensagem falou sobre o que Deus espera de nós como servos e levou-nos a uma reflexão sobre o quanto precisamos mudar para nos adequarmos ao evangelho de Jesus Cristo. O esquete apresentado pelo CENAT durante a ministração da palavra na segunda-feira impactou os presentes com a realidade do que pode ocorrer no dia do juízo, quando cada um prestará contas de si mesmo e apresentará suas obras diante do Senhor. Cabe a mim decidir se o sangue daqueles que precisam ouvir a mensagem da salvação, mas não estão sendo alcançados por negligência minha, recairá ou não sobre minhas mãos. Talvez pareça ambigüidade um tema como este, visto que quando aceitamos Jesus como nosso Salvador pessoal nós promovemos a entrega de nossas vidas a Ele, ou seja, uma entrega total, sem restrições. Mas a verdade é que isto não tem acontecido de fato e pode ser este o motivo desta Conferência ter mexido tanto com a igreja (digo isto pelos comentários que ouvi de várias pessoas). Ou será que foi a prática de uma entrega maior durante estes dias em trabalhos como o evangelismo no sábado à tarde, ou nas equipes da cozinha, bazar e estandes de modo geral? Seja como for tenho a sensação de um resultado positivo e de um novo momento para o trabalho missionário na ADGO. Será que agora aprendemos de fato o que é fazer missões? Isto só o tempo dirá. Certamente não será uma conferência que transformará mentes e corações até então indiferentes ou apáticos em verdadeiros gideões na obra missionária, mas aguardamos ansiosamente que a igreja responda aos apelos feitos durante estes dias de festa e que toda a mobilização que houve não seja apenas um “oba-oba”, mas o início de um avivamento que resultará na conversão de almas. Fazer missões é doar vida e nada pode ser mais precioso aos olhos do Pai. Marcelo Ruas de Sousa (Coord. ELAD)