A superioridade de Jesus Cristo

Transcrição

A superioridade de Jesus Cristo
Apr esentação
O
tema para o segundo trimestre de 2006, é de grande
iportância, levando em conta, a constante ropagação
de doutrinas elaboradas por homens “amantes de si
mesmos”, acerca dos quais estava previsto que viriam.
Urge que a Igreja enfrente este mal dos “ultimos dias”,
daí o tema escolhido: A Superioridade de Jesus Cristo.
Jesus Cristo é superior aos anjos, a Moisés e a Arão. Seu
sacerdócio é superior, seu sacrifício é eterno e definitivo. A
sua salvação é única, seu caminho é novo. O acesso
proporcionado ao trono da graça é garantido.
Não estamos debaixo da lei mas, sim, da graça. Não há
necessidade de oferecermos sacrifícios de animais, os quais
vertem sangue que não pode limpar pecados. Não temos de
recorrer a sacerdotes, homens fracos, os quais tem de
confessar seus próprios pecados. Temos um grande sumo
sacerdote; imaculado, separado dos pecadores e mais sublime
que os céus; que ofereceu a si mesmo, efetuando uma eterna
salvção.
Oramos a Deus para que estas lições venham a inquietar
os que de bom grado aceitarem as palavras desta profecia.
Jesus Cristo, ontem, hoje e eternamente o mesmo, continua
sendo superior a todas as coisas, as quais sustenta pelo seu
poder.
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
A SUPERIORIDADE DE JESUS CRISTO
“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos
dias, pelo Filho” (Hebreus 1.1)
Sumário
LIÇÃO 01 - Superior como Filho
LIÇÃO 02 - Superior como salvador
LIÇÃO 03 - Superior como líder
LIÇÃO 04 - Superior com um novo “dia” de repouso
LIÇÃO 05 - Superior como sumo sacerdote
LIÇÃO 06 - Superior com uma nova aliança
LIÇÃO 07 - Superior com um novo santuário
LIÇÃO 08 - Superior como sacrifício
LIÇÃO 09 - Superior como novo caminho
LIÇÃO 10 - Superior como consumador da fé
LIÇÃO 11 - Superior como santificador
LIÇÃO 12 - Superior com uma cidade celestial
LIÇÃO 13 - Resumo das 12 lições (Recapitulação)
COMENTÁRIO
Marisol A. de Castro Carvalho (Profess. Pré-adolescentes)
Evandro Arruda do Nascimento (Diretor do DEC)
Luciano da Silva Menezes (Equipe de Missões)
Eliude Fernandes Silva Félix (Coord. EBD)
Marcelo Ruas de Sousa (Coord. ELAD)
Nilton Félix Batista (Coord. EBD)
Marcos Cleber Moura de Carvalho (Profess. Pré-adolescentes)
EDITORAÇÃO
Kleber Paulo Santana
SUPERVISÃO
Natanael Nogueira de Sousa
Pastor Presidente
BÍBLIA (Edição Revista e Corrigida)
Direitos autorais reservados à Igreja Assembléia de Deus do Setor
Oeste do Gama - Área Especial 2/4 - DF
Superior como Filho
Versículo Chave
“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas
maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes
últimos dias, pelo Filho” (Hebreus 1.1)
Lição 01 - 02 de abril de 2006
Objetivos da Lição
♦ Destacar a superioridade de Jesus em relação aos anjos;
♦ Mostrar os destaques do texto em relação a Jesus como Filho;
Culto Familiar
Segunda – (João 3.16) – Deus enviou Seu Filho
Terça – (Atos 3.13) – Deus glorificou a Seu Filho
Quarta – (Atos 3.26) – Deus ressuscitou a Seu Filho
Quinta – (Atos 10.38) – Deus ungiu a Seu Filho
Sexta – (1João 5.10) – Deus dá testemunho de Seu Filho
Sábado – (Hebreus 1.1-14) – Deus fala pelo Seu Filho
SUGESTÃO DE HINOS - 042 - 056 - 139 (Harpa Cristã)
Hebreus 1.1-14
1 - Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras,
aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho,
2 - a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
3 - O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua
pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo
feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra
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da Majestade, nas alturas;
4 - feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente
nome do que eles.
5 - Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei?
E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
6 - E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os
anjos de Deus o adorem.
7 - E, quanto aos anjos, diz: O que de seus anjos faz ventos e de seus
ministros, labareda de fogo.
8 - Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos
séculos, cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.
9 - Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu
Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.
10 - E: Tu, Senhor, no princípio, fundaste a terra, e os céus são obra de
tuas mãos;
11 - eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa,
envelhecerão,
12 - e, como um manto, os enrolarás, e, como uma veste, se mudarão;
mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão.
13 - E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, até que
ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés?
14 - Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados
para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?
INTRODUÇÃO
J
esus Cristo é o tema central das Escrituras. É uma fonte inesgotável de
estudo e conhecimento. Por isso, a razão do tema para o segundo trimestre
de 2006: “A superioridade de Jesus Cristo”.
O objetivo das lições é mostrar um pouco mais acerca desta fantástica
Pessoa, que dividiu eras e quebrou a separação entre judeus e gentios, para
fazer de ambos, um só povo. Ele é superior a todas as coisas.
Nesta primeira lição veremos o que Ele representa como Filho de Deus;
sua posição e seus atributos:
I - SUA REPRESENTATIVIDADE - (VV 1-3)
É fácil perceber o grau de expressividade do Senhor Jesus Cristo quando
o contemplamos como o Filho unigênito de Deus. A própria palavra dirigida
do Pai ao Filho é argumento comprobatório suficiente: “... Este é o meu
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Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17). É em Jesus que tudo se
converge. Ele é o centro e também as extremidades. O Alfa e o Ômega, o
princípio e o fim.
1. Ele é a Palavra de Deus – Antigamente Deus falou “muitas vezes”
e de “muitas maneiras”, pois se tratava de uma palavra profética, a ser
cumprida no futuro em e por meio de Jesus Cristo. Após Jesus efetuar a obra
pela qual foi enviado, Deus falou a nós, em certo sentido, uma única vez, pois
em Jesus está consumada a obra de Deus. “A nós falou-nos, nestes últimos
dias, pelo Filho”. Não há necessidade de novas revelações escriturísticas.
Este é o grande profeta anunciado, “a Ele ouvireis” (Dt 18.15). Não haverá
segunda chance para quem desprezar a mensagem do evangelho, pois não
existe outra palavra de vida eterna e nem outro caminho por onde possamos
escapar. “Este é o meu Filho amado; a ele ouvi” (Mc 9.7).
2. Ele é a expressa imagem de Deus – A superioridade de Jesus é
facilmente percebida nos ricos detalhes do texto: “O qual, sendo o resplendor
da sua glória (...) expressa imagem da sua pessoa (...) sustentando todas
as coisas...”. Quem conhecer o Filho, estará também conhecendo ao Pai: “E
quem me vê a mim vê aquele que me enviou” (Jo 12.45).
Algumas pessoas afirmam que amam a Deus e o conhece profundamente,
mas quando lhes perguntamos sobre Jesus, tais pessoas se mostram totalmente
ignorantes. Podemos, então, afirmar que estão blefando, pois Jesus é a
expressa imagem de Deus.
II – SUA POSIÇÃO – (VV 4-8)
“Feito tanto mais excelente...” Não é difícil para nós compreendermos
esta expressão, pois grande parte da nossa vida é gasta buscando a excelência:
Nos estudos, na escala profissional, no desenvolvimento de talentos naturais,
etc. Jesus alcançou excelência em tudo:
1. Mais excelente do que os anjos – A qual dos anjos disse: “Tu és
meu Filho?” A qual deles o Pai disse: “Eu lhe serei por Pai, e ele me
será por Filho?” Pelo contrário, aos anjos foi ordenado: “E todos os
anjos de Deus o adorem”.
Como podemos aceitar a idéia de que devemos supervalorizar a
aparições de anjos, e até mesmo prestar-lhes culto, sendo que o próprio
Deus está testificando que o seu prazer está no Seu Filho e que Jesus é
superior aos anjos?
Portanto, meus irmãos, “Conheçamos e prossigamos em conhecer o
Senhor: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva,
como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).
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2. Tem mais excelente nome – Ao nome de Jesus os demônios
sucumbem. Ao nome de Jesus as doenças desaparecem (At 4.7-10); pelo
Seu nome vidas são salvas (Rm 10.13).
Não temos nome mais precioso e singular. Compensa invoca-lo. É o único
nome dado, pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12). Por causa da
sua humilhação até a morte de cruz, para aniquilar o pecado da desobediência,
iniciado no Éden, “Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome
que é sobre todo o nome” (Fp 2.9).
III – SEUS ATRIBUTOS – (VV 9-14)
A epístola aos Hebreus é fantástica em sua maneira de revelar a Pessoa
do Senhor Jesus. Seu escritor conseguiu, ao mesmo tempo, mostrar um
Jesus menor que os anjos, “por causa da paixão da morte”, e sua
grandeza divina; assentado à destra do Pai e mais sublime do que os céus
(v 13; 7.26). O Senhor é declarado:
1. Justo e Santo – “Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade”.
Ninguém soube conviver com a sociedade como Jesus. Estava no meio das
pessoas, conversava e comia com elas, mas nunca puderam lhe acusar de
nada. Ele é santo, não somente porque é “separado dos pecadores” (Hb
7.26), mas também, porque a Sua vida foi separada para o serviço a Deus
(Hb 10.9). Estas são as características da verdadeira santificação: Separação
do pecado para o serviço a Deus.
2. Criador e Sustentador – A grandeza do Senhor Jesus é revelada no
fato D’ele ser o meio pelo qual o mundo veio a existir. Ele é também o
sustentador de todas as coisas. Isto trás aos nossos corações maior segurança,
pois significa que Ele conhece todas as coisas, nos mínimos detalhes. Conhece
a nossa estrutura, conhece cada célula do nosso corpo e também tudo que
está gravado no nosso cérebro. Portanto, pode curar nosso físico, nossos
traumas, nosso espírito, etc.
A Sua excelente glória é destacada na própria Palavra de Deus: -“... a
quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo... e
sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder... E: Tu, Senhor,
no princípio, fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos” (v 2,3,10).
CONCLUSÃO
Esta lição deve servir de alento aos nossos corações, pelo fato de sabermos
que Jesus é superior a tudo que existe abaixo do Pai. Estamos seguros nas
mãos Daquele que fez todas as coisas e, pelo Seu poder, sustenta o universo.
O nome Jesus significa para nós poder, Sua Pessoa representa a expressa
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imagem de Deus. Sua santidade nos constrange a viver uma vida de renúncia
a tudo que contradiz a vida Dele.
Para reflexão:
• Jesus, para você é superior a tudo?
• Como você tem tratado com este Nome?
• Deus tem falado com você por meio de Jesus Cristo?
Questionário para avaliação e debate:
1. Explique, de acordo com a lição, porque Jesus é tão representativo para nós.
2. Explique e dê exemplo da superioridade de Jesus em relação aos anjos.
3. Explique a justiça e a santidade de Jesus Cristo, de acordo com a lição.
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Superior como salvador
Versículo Chave
“Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão
grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo
Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a
ouviram” (Hebreus 2.3)
Lição 02 - 09 de abril de 2006
Objetivos da Lição
♦ Ensinar que a salvação efetuada por Jesus é superior;
♦ Mostrar o perigo que corre aqueles que rejeitam tão grande salvação;
♦ Destacar a maneira como Jesus efetuou a grande salvação.
Culto Familiar
Segunda – (Salmos 116.13) – Cálice da Salvação
Terça – (Isaias 12.3) – Fontes da salvação
Quarta – (Isaias 33.6) – Abundância da salvação
Quinta – (Lucas 1.69) – Poderosa salvação
Sexta - (Judas 1.3) – Comum salvação
Sábado – (Hebreus 2.1-18) – Grande salvação
SUGESTÃO DE HINOS - 045 - 047 - 060 (Harpa Cristã)
Hebreus 2.1-4; 9-18
1 - Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que
já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas.
2 - Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda
transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição,
3 - como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande
salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois,
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confirmada pelos que a ouviram;
4 - testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias
maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?
9 - vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora
feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para
que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.
10 - Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas e
mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse, pelas
aflições, o Príncipe da salvação deles.
11 - Porque, assim o que santifica como os que são santificados, são
todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos,
12 - dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores
no meio da congregação.
13 - E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a
mim e aos filhos que Deus me deu.
14 - E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele
participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o
império da morte, isto é, o diabo,
15 - e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a
vida sujeitos à servidão.
16 - Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a
descendência de Abraão.
17 - Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para
ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar
os pecados do povo.
18 - Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode
socorrer aos que são tentados.
INTRODUÇÃO
N
ão faltam “salvadores” prometendo libertação, cura, esperança para
o homem. Muitos, infelizmente, atendem a tais pretensos remidores.
Por outro lado, pessoas perdidas nas negruras das trevas, fazem como
diz o hino 18 da Harpa Cristã: “Meios de salvar-se inventa; clama, roga
em seu favor, a supostos mediadores, desprezando o Deus de amor”.
No entanto, esta lição pretende mostrar a grande salvação efetuada pelo
único e suficiente Salvador, Jesus Cristo:
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I – UMA SÉRIA RECOMENDAÇÃO - (VV 1-4)
As coisas banais, sem importância costumam não ter preço algum e,
normalmente são encontradas em qualquer lugar. No entanto, sabemos que
coisas valiosas como ouro e pedras preciosas, só são encontradas quando
procuradas com muita diligência e há um preço a pagar.
A salvação realizada por Jesus é raríssima, pois só se encontra Nele. É de
extremo valor, pois Ele pagou o preço com o seu sangue (1Pe 1.18,19).
Portanto, temos as seguintes recomendações:
1. Devemos atentar com mais diligência – Isto significa dedicar-se à
salvação com cuidado ativo e zeloso. É uma aplicação de corpo e alma em
busca e conservação daquilo que não se pode perder nunca. É uma atitude
com propósito de coração, como disse Barnabé aos irmãos em Antioquia: “...
exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no
Senhor” (At 11.23). “Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência”.
2. Toda transgressão recebe justa retribuição – Todo o Antigo
Testamento foi escrito para “aviso nosso” (1Co 10.11). Temos muitos
exemplos de pessoas ou povos que receberam o justo castigo pela sua
transgressão. Poderíamos mencionar Acã e as cidades Sodoma e Gomorra
(Gn 19.24; Js 7.24-27). Ninguém ficará impune nem poderá escapar do
juízo final, depois de negligenciar a salvação em Cristo Jesus.
3. Como escaparemos? – Poderíamos apresentar alguma razão para
herdarmos o Reino de Deus, sem crer em Jesus e recebê-lo como Salvador e
Senhor de nossas vidas? Como pode alguém escapar da situação em que se
encontra toda humanidade? (Rm 5.12). Eis o problema do homem: “... estando
vós mortos em ofensas e pecados, em que, noutro tempo, andastes,
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar,
do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência... éramos por
natureza filhos da ira, como os outros também” (Ef 2.1-3).
Outra recomendação importante na Palavra de Deus é que: “Quebrantando
alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de
duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será
julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano
o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito
da graça?” (Hb 10.28,29). Portanto, “Como escaparemos nós, se não
atentarmos para uma tão grande salvação...” (v 3).
II – UMA PODEROSA JUSTIFICATIVA - (VV 9-13)
Por que é uma grande salvação? Pelo seu aspecto salvífico:
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1. Sofreu a paixão da morte para provar a morte por nós - A
salvação não foi efetuada sem derramamento de sangue, pois para vencer
o pecado e anular seu veneno que é a morte (Rm 6.23), um justo teria que
morrer por todos, para por meio da morte, vencer a morte e, assim, a
“morte morreu”, ou seja, semelhantemente ao veneno da cobra que é anulado
pelo soro extraído do próprio veneno. “Vemos, porém, coroado de glória
e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os
anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus,
provasse a morte por todos” (v 9).
2. Sofreu as aflições para trazer muitos filhos à glória – É o plano de
Deus que muitos filhos “iguais” a Jesus sejam gerados (Rm 8.29). Em Adão,
surgiu a primeira geração dos homens para habitar a terra (At 17.26), e em
Cristo, o último Adão, a geração para habitar o céu (1Co 15.45-49). Foi por
isto que Jesus teve de encarnar (Jo 1.14), para provar a morte por todos
nós. Este é o processo para gerar muitos filhos a Deus. (v 10,13)
III – UMA MARAVILHOSA OBRA - (VV 14-18)
Não foi sem razão que Jesus padeceu tamanha dor. Foi para efetuar
imensurável salvação. Os subtópicos seguintes mostram os resultados
desta grande obra:
1. Aniquilou o que tinha o império da morte – A arma mais poderosa
do diabo é a morte espiritual, com a qual ele acomete os homens. Nenhum
ser humano pode escapar do seu veneno, pois todos pecaram (Rm 3.23), e
o salário do pecado é a morte.
Jesus Cristo destronou o diabo ao se entregar ao flagelo da cruz, pois a
morte não pode retê-lo (At 2.24), visto que Nele não se encontrou motivo
algum, ou seja, ele se fez pecado por nós (2Co 5.21). “O qual por nossos
pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação” (Rm 4.25).
Foi necessário que Ele participasse de todo o processo da morte (v 14).
2. Livrou os escravizados com medo da morte – “Respondeulhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele
que comete pecado é servo do pecado” (Jo 8.34). O homem sem
Deus teme a morte, em todos os sentidos, pois não pode se livrar dela.
Há pessoas que detestam até mesmo falar dela, evitam velórios etc.
São pessoas escravizadas. Mas o remédio é: “Se, pois, o Filho vos
libertar, verdadeiramente, sereis livres” (v 15; Jo 8.36).
3. Socorre os que são tentados – Outra peculiaridade da salvação é
que somos perdoados de todos os nossos pecados. O fato de Jesus se tornar
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como um de nós, possibilitou que Ele experimentasse a fraqueza humana,
para ser fiel sumo sacerdote nos nossos padecimentos. O Senhor se tornou
um salvador próximo dos homens, não é alguém distante que ignora as
enfermidades da alma. Ele é o Médico dos médicos. “Pelo que convinha
que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e
fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do
povo. Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode
socorrer aos que são tentados” (v 17,18).
CONCLUSÃO
Pelo que vimos nesta lição, seria, no mínimo, insensatez rejeitarmos copiosa
salvação, uma vez efetuada por nosso Senhor Jesus Cristo.
Como escaparemos, se não atentarmos para esta salvação que o Pai, por
meio de Seu Filho, nos concedeu?
Jesus é um salvador que conhece nossas fraquezas, pois experimentou,
através da paixão da morte, a trágica situação em que se encontra o homem.
Padeceu todo tipo de tentação sem, no entanto, pecar. “Portanto, convémnos atentar, com mais diligência”.
Para reflexão:
• Você tem conservado a salvação com diligência?
• Você entendeu o processo pelo qual Jesus Cristo proveu salvação?
• Você tem convicção da salvação em Jesus Cristo?
Questionário para avaliação e debate:
1. Por que devemos atentar com mais “diligência”, para esta grande salvação?
2. O que é diligência?
3. Explique o texto: “pode socorrer os que são tentados” (v.18)
“ Porque a graça de Deus se há manifestado,
trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos
que, renunciando à impiedade e às concupiscências
mundanas, vivamos neste presente século sóbria,
justa e piamente, aguardando a bem-aventurada
esperança e o aparecimento da glória do grande Deus
e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2.11-13)
Superior como líder
Versículo Chave
“Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés,
quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou”
(Hebreus 1.3)
Lição 03 - 16 de abril de 2006
Objetivos da Lição
♦ Mostrar a diferença entre a liderança de Moisés e a de Jesus;
♦ Ensinar que o Espírito Santo atua em nossas vidas e que não podemos
resisti-lo;
♦ Destacar o perigo da incredulidade na vida do cristão.
Culto Familiar
Segunda – (Mateus 16.24) – Jesus é Líder que vai à frente
Terça – (João 6.51) – Jesus é Líder que dá a vida por todos
Quarta – (João 13.15) – Jesus é Líder que dá o exemplo
Quinta – (João 14.6) – Jesus é Líder que é o próprio caminho
Sexta – (João 17.1-21) – Jesus é Líder que intercede pelos seus
Sábado – (Hebreus 3.1-19) – Jesus é Líder sobre a Igreja
SUGESTÃO DE HINOS - 141 - 400 - 515 (Harpa Cristã)
Hebreus 3.1-19
1 - Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai
a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,
2 - sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em
toda a sua casa.
3 - Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés,
quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
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4 - Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as
coisas é Deus.
5 - E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para
testemunho das coisas que se haviam de anunciar;
6 - mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos
nós, se tão-somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança
até ao fim.
7 - Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz,
8 - não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da
tentação no deserto,
9 - onde vossos pais me tentaram, me provaram e viram, por quarenta
anos, as minhas obras.
10 - Por isso, me indignei contra esta geração e disse: Estes sempre erram
em seu coração e não conheceram os meus caminhos.
11 - Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.
12 - Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e
infiel, para se apartar do Deus vivo.
13 - Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo
que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do
pecado.
14 - Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente
o princípio da nossa confiança até ao fim.
15 - Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso
coração, como na provocação.
16 - Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os
que saíram do Egito por meio de Moisés.
17 - Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi, porventura,
com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
18 - E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que
foram desobedientes?
19 - E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.
INTRODUÇÃO
T
odos nós sabemos o que um líder é e o que significa estar sob sua
liderança. O líder é o cabeça, o guia, o modelo a ser adotado. A Bíblia
nos apresenta muitos homens levantados por Deus como líderes para
conduzir Seu povo. No entanto, nenhum deles se compara ao Mestre Jesus,
nosso novo padrão cujo comportamento devemos procurar seguir. Apenas
Ele tem em si características que O tornam nosso Líder Superior, o verdadeiro
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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Cabeça da Igreja. Vejamos alguns pontos que o estabelecem como tal:
I – JESUS É DIGNO DE MAIOR GLÓRIA
O escritor aos Hebreus estabelece uma comparação entre Moisés e Jesus
para demonstrar a superioridade deste em relação àquele. Moisés foi o
primeiro líder de Israel como nação, responsável pelo estabelecimento da
Lei e pelas bases de culto ao Senhor. Mas o padrão de liderança de Jesus
continha certos elementos que o diferenciavam de modo superior a Moisés.
1. Cristo é o Filho em Sua própria casa – A palavra de Deus nos afirma
que Moisés falava com Deus face a face (Ex 33.11). Porém, por maior que
fosse a intimidade de Moisés com o Senhor e por mais fiel que ele fosse a Deus
em “toda a sua casa” (v.2) ele ainda era apenas um servo. Cristo como Filho
de Deus, é o “dono” da casa (v.6) a qual também se manteve fiel. Moisés fora
levantado como testemunha do que se havia de anunciar, apontando assim
para aquele que realmente cumpriria o plano de Deus e seria o nosso verdadeiro
Mestre e exemplo supremo a ser imitado (Jo 13.13; I Co 11.1)
2. Cristo é o construtor e o fundamento – O escritor aos Hebreus
afirma no versículo 3 do capítulo estudado que o “construtor tem maior
honra do que a casa que construiu”. Jesus não só é a pedra
fundamental (I Co 3.11) como também é o construtor. O tabernáculo
construído por Moisés era somente uma sombra do que estava por vir, a
real casa de Deus que Jesus nos mostrou. Foi Ele quem “derrubou” o
templo e o levantou em três dias (Jo 2.19).
II – HÁ FIRMEZA NA LIDERANÇA DE JESUS
Durante sua peregrinação no deserto, o povo de Israel murmurou em
diversas ocasiões, rebelando-se contra Deus e criticando a liderança de Moisés,
chegando a até mesmo questioná-la (Nm 12. 1-2; 14. 1-4). Moisés sendo
homem estava sujeito a falhas e dúvidas (Nm 11.11-15) que poderiam colocar
em cheque sua liderança, mas em Jesus encontramos a perfeição e a segurança
para nEle prosseguirmos.
1. Ele age através de Seu Espírito Santo – Jesus nos prometeu o
consolador quando ascendeu aos céus (Jo 14.16-17) para que fosse um
Agente de salvação, libertação e conforto. Sua voz é suave e fala conosco
diretamente sempre que necessitamos, bastando para tanto que abramos
nossos corações e não resistamos ao que Ele nos quer falar. É o Seu Espírito
que nos enche de poder e ousadia para com intrepidez anunciarmos a Sua
Santa Palavra e não devemos resisti-lo jamais. “Porei em vós o meu Espírito
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
16
e farei com que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e
os observeis”. (Ez 36.27)
2. Ele atua diretamente no coração do homem – Ao contrário da liderança
humana, na qual o líder pode apenas deduzir o que se passa com cada um de
seus discípulos, Jesus tem o poder de sondar os nossos corações (Sl 139) e
nos conhecer melhor que nós mesmos. Ele sabe quando O conhecemos e
quando andamos em seus caminhos verdadeiramente. Nada do que Ele nos
diz é por mero acaso, pois Ele age diretamente em nosso interior.
III – HÁ JUSTIÇA NA LIDERANÇA DE JESUS
A palavra do Senhor nos diz que maldito é o homem que confia no homem
(Jr 17.5) e embora toda a autoridade seja constituída por Deus (Rm 13.1), já
dissemos que o homem é sujeito a falhas devido à sua natureza pecaminosa,
o que nos leva a afirmar que não pode haver justiça em todos os atos de um
líder humano. Mas em Jesus, temos um líder justo, alguém que determina
tudo o que devemos fazer de maneira coerente e clara.
1. Somos discipulados – Cristo sempre deixou muito claro o padrão
que Ele queria que seguíssemos. Nada em sua liderança é feito de maneira
arbitrária, pelo contrário, Ele nos mostra antes qual é o comportamento
esperado, ensinando-nos sobre o perigo de seguir o contrário do que Ele nos
diz, adotando uma postura rebelde (v.12-14).
2. Somos disciplinados – Muito tempo antes de Isaac Newton estabelecer
em suas leis da física que “a cada ação corresponde uma reação”, O Senhor
Deus deixou em sua palavra esta verdade: “tudo o que o homem semear,
isto também ceifará”.(Gl 6.7). Àqueles que não seguem as instruções do
Mestre é aplicada a sua disciplina (v.16-18), a fim de que compreendam a sua
vontade e saibam que o Senhor não admite ser tentado (v.8-11).
CONCLUSÃO
A liderança de Cristo é superior porque abrange todas as características
necessárias para a condução de Sua Igreja rumo a sua meta final e o
comportamento esperado para que cheguemos a tal. Somente aquele que
sonda corações e mentes poderia nos conduzir de maneira perfeita, sem
traumas para seus liderados e com eficácia em seus objetivos. Muitos podem
ser levantados como líderes por Deus, mas nenhum deles terá sucesso
completo como Jesus, que exerce sua autoridade e sabedoria sobre nós, Seu
povo, através da ação direta de Seu Espírito Santo e de Sua justiça aplicada
para nosso aperfeiçoamento.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
17
Para reflexão:
• Você sabia que Cristo é o Cabeça da igreja?
• O que você tem feito para honrar Jesus Cristo como Líder?
• Você tem aprendido a obediência?
Questionário para avaliação e debate:
1. Por que Jesus Cristo é digno de maior glória?
2. Qual é a diferença dos termos: “Moisés em sua casa” com “Jesus sobre
a Sua própria casa”?
3. Que casa é esta?
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para que o Departamento de Ed. Cristã tenha tempo suficiente para
organizar o material do Curso. Em hipótese alguma, serão aceitas
inscrições após esta data.
· O material do curso só será entregue pela Secretaria, com a
apresentação da Ficha de Inscrição, devidamente assinada pelo aluno
e pelo seu pastor, e com a taxa paga.
Superior como um novo
“dia de repouso”
Versículo Chave
“Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois
disso de outro dia. Portanto, resta ainda um repouso para
o povo de Deus” (Hebreus 4.8)
Lição 04 - 23 de abril de 2006
Objetivos da Lição
♦ Mostrar que o dia de repouso (sábado) era transitório;
♦ Destacar que Jesus estabeleceu um novo dia de repouso no céu;
♦ Mostrar que para entrar nesse repouso é necessário esforçar-se.
Culto Familiar
Segunda – (Gn 2.1-3) – Deus descansou de toda a sua obra
Terça – (Ex 20.10-11) – O homem deve ter um dia de repouso
Quarta – (Lv 23.3) – O dia de repouso é consagrado ao Senhor
Quinta – (Ex 31.16-17) – O repouso semanal dos Israelitas: sábado
Sexta – (At 20.7-8) – O repouso semanal da Igreja: Domingo
Sábado – (Hb 4.1-11) – Jesus é Superior ao dia de repouso
SUGESTÃO DE HINOS - 151 - 204 - 246 (Harpa Cristã)
Hebreus 4.1-11
1 - Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu
repouso, pareça que algum de vós fique para trás.
2 - Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles,
mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava
misturada com a fé naqueles que a ouviram.
3 - Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse:
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
19
Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas
obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.
4 - Porque, em certo lugar, disse assim do dia sétimo: E repousou Deus
de todas as suas obras no sétimo dia.
5 - E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.
6 - Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem
primeiro foram pregadas as boas-novas não entraram por causa da
desobediência,
7 - determina, outra vez, um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito
tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o
vosso coração.
8 - Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois
disso, de outro dia.
9 - Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.
10 - Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de
suas obras, como Deus das suas.
11 - Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no
mesmo exemplo de desobediência.
INTRODUÇÃO
T
alvez você se surpreenda ao término desta lição, pois muitos pensam
que este repouso seja como um dia de folga em que “sentamos no
sofá, comemos pipoca e assistimos a TV”, puro engano. Também
não será como um lugar onde estaremos cercados por virgens a nos servir,
como acreditam alguns. Nem existe a possibilidade de passarmos por um
purgatório antes de entrarmos neste repouso, como ensinam outros.
Aprendamos então três verdades bíblicas sobre o novo dia de repouso.
I – O NOVO DIA DE REPOUSO É PROMESSA DE DEUS (vv. 15)
Deus em sua graça e misericórdia prometeu aos seus servos um descanso
eterno (Jo 14.2). Os patriarcas criam nisto (Hb 11.16). Deus usou a criação
e, posteriormente, a nação de Israel para mostrar à Igreja o que prometeu:
1. Ilustrado na Criação – Deus em sua onisciência nos deixou
demonstrado por meio do seu exemplo que haverá um novo dia de repouso:
“E havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito,
descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito” (Gn 2.2;
Hb 4.4). Indicando para os seus servos que haverá um descanso, ou cessação
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
20
deste trabalho, porque Ele mesmo não se cansa e nunca parou de agir (Sl
40.5; Ec 3.11; Ap 15.3). Um dia também cessaremos esta obra aqui, para
estarmos com o Senhor ali!
2. Ilustrado em Israel – Deus utiliza a nação de Israel como um “tipo”
da igreja e estabelece o sábado de descanso para aquele povo, mesmo antes
da Lei (Ex 16.22-23). A observância do sábado vem sinalizar, entre outras
coisas, primeiro que as pessoas necessitam de um momento de descanso
físico e mental (Ex 23.12), e, segundo que há um tempo de convocação
solene com dedicação total ao Senhor (Lv 23.3).
a) Um sábado transitório – Tanto o Sábado (Ex 20.8-11), o Ano
Sabático (Dt 15.1), quanto o Ano do Jubileu (Lv 25.8-10) eram “imagem”
do novo dia de repouso, portanto, como rituais a serem praticados pelo
povo Judeu tinham um caráter transitório (Ef 2.15). Não eram, e não são
garantias de justificação (Gl 2.16). De todos os costumes judaicos, apenas o
que ficou para a igreja cristã foi “Que se abstenham de comida sacrificada
aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da
imoralidade sexual” (At 15.5, 19-21).
II – O NOVO DIA DE REPOUSO É REAL EM JESUS (vv. 6-9)
O sábado judaico era transitório, contudo Jesus Cristo é o repouso
permanente. Jesus é o descanso bem presente para os aflitos. A alma tem
sede do Senhor e somente Ele pode saciar esta sede (Mt 11.28-30). Em
Cristo o repouso é real, mas:
1. Há um tempo de arrependimento para o homem – Por meio
dos profetas foi anunciado o Messias a todo Israel. (Jo 4.25; At 3.24)
Por meio da Igreja Cristã, hoje, são pregadas as boas novas da salvação.
(At 26.20) Foi assim também com os ninivitas! (Jn 3) O tempo é agora,
enquanto estamos vivos, quer judeu, quer grego, americano ou africano
há uma só mensagem: arrependei-vos e convertei-vos a Deus. (At 3.19)
Hoje os Judeus se igualam a todos os outros povos gentílicos. (Rm
10.12) E para todos há um só descanso, Jesus Cristo. Portanto: “não
endureçais os vossos corações”. (Hb 4.7b)
2. Há um lugar de descanso para os convertidos – Que alegria um dia
estaremos definitiva e literalmente com o Senhor, onde quer que seja lá é o
Céu (Jo 14.1-3; Lc 23.43). Se Ele já levou sobre si todas as nossas dores e
sofrimentos, se nos ajuda na nossa falta de fé e se hoje mesmo chorando
temos alegria por saber que o Senhor está conosco, alegria indizível teremos
no Céu quando Ele enxugar todas as nossas lágrimas (Ap 21.4). Lá estaremos
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
21
protegidos de todo mal, pois somente entrarão os inscritos no Livro da Vida
do Cordeiro (Ap 21.27). No Céu os remidos jamais se cansam de servir ao
Senhor! (Ap 22.3)
III – O NOVO DIA DE REPOUSO É
“CONQUISTADO” (vv. 10-11)
Não sejamos como os incrédulos, pois a fé deve operar juntamente com
as boas obras (Tg 2.22). Da mesma forma que Josué liderou o povo Israelita
à conquista de Canaã, Jesus conduz o seu povo a entrar no Céu. Se cremos
então nos esforçamos por entrar neste repouso:
1. Obedecendo – Devemos seguir o exemplo de obediência e não
o de desobediência. Não apenas crer, mas sofrer por Cristo. Não
poucas vezes a obediência exige de nós certo sofrimento (Fp 1.29).
Obedeçamos aquele que têm o poder de nos deixar entrar no seu
repouso e nos deu o melhor exemplo de obediência, Jesus Cristo (Fp
2.6-11). Ele é o Senhor do sábado, o Senhor do Céu! Jesus é superior
ao dia de repouso (Mc 2.27-28). Como Israel devia obediência ao
Senhor e conduzidos por Ele tiveram como prêmio a terra prometida,
todos os que Lhe obedecem herdarão o Céu.
2. Lutando – Não foi sem lutas que Israel conquistou a terra
prometida. (Js 11.21-23) A igreja deve também lutar não contra o
próximo, mas contra este século, a injustiça, a opressão da alma, o
pecado, a falta de organização, a tudo o que nos impede de avançar na
vontade de Deus, seja individual ou coletivamente (Lc 13.24; Fp 1.27).
As lutas podem exigir de você, entre outras coisas: mais fé, jejum e
oração, mais conhecimento embasado na Palavra de Deus, domínio
próprio, perdão e amor. (1Co 13; Ef 6.10-18) Lutemos com Jesus para
não ficarmos de fora deste repouso!
CONCLUSÃO
Não é sem trabalho que estamos aqui, há muito por fazer a cada dia
de nossas vidas, fora e dentro da igreja, e será assim no Céu. Para
Deus vida está para trabalho, assim como preguiça está para morte.
Não sejamos ociosos na obra de Deus! Adão trabalhava no Éden. Nós
vamos trabalhar no Céu: “... Os seus servos o servirão” (Ap 22.3).
A diferença consiste em que não sentiremos mais a fadiga, pois
estaremos na presença do Senhor para sempre e já com novos corpos
glorificados (1 Jo 3.2). Lá não seremos servidos, mas trabalharemos
exclusiva e agradavelmente para o Senhor.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
22
Para reflexão:
• Jesus Cristo é para você, um lugar de descanso?
• O que você tem feito, em termos de fé e obediência, para entrar neste
repouso?
• Você sabia, que por causa da incredulidade, muitos não entrarão no repouso
de Deus?
Questionário para avaliação e debate:
1. Explique a diferença entre o sábado dos judeus e o “sábado” de descanso
da Igreja.
2. De acordo com Hb 3.19, qual é o motivo principal para alguém não entrar
no repouso de Deus?
3. O que significa “um coração duro”?
DOE VIDA, FAÇA MISSÕES!
Há muitas coisas que podem ser ditas sobre a XVII
Conferência Missionária da ADGO. Podemos mencionar a
tecnologia que nos permitiu conversar ao vivo com os missionários
Edmar e Adriana na Índia, com direito a imagens e tudo o mais;
ou podemos falar sobre a presença dos Pr. Fábio e Waldemar que
mais uma vez compartilharam conosco sua experiência em
missões; podemos falar também sobre os momentos maravilhosos
de louvor e adoração durante os cultos, com uma expressiva
participação dos jovens, ou ainda sobre as dramatizações do
CENAT, tão importantes para a compreensão das mensagens.
Mas se há uma coisa que se pode afirmar categoricamente sobre
esta Conferência Missionária é que ela foi um retorno às primeiras
conferências, onde a participação da igreja era positiva e as
pessoas sentiam a real necessidade de se fazer a obra missionária.
Digo isso porque o sentimento geral expressado por muitos em
anos anteriores era algo do tipo “já estamos carecas de saber
disto” ou “todo ano é a mesma coisa”. O problema é que mesmo
sabendo o que fazer, a situação não se alterava e parecia que as
pessoas não sabiam ao certo o que significa de fato fazer missões.
O tema deste ano – “Doação Total” - abalou um pouco
esta estrutura comodista e nos provou que o que temos feito é
muito pouco frente à grande obra que há pela frente. Mostrounos também que quando nos dispomos a trabalhar para o Senhor,
Continua na página 68.
Superior como sumo sacerdote
Versículo Chave
“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente,
imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime
do que os céus” (Hebreus 7.26)
Lição 05 - 30 de abril de 2006
Objetivos da Lição
♦ Mostrar que Jesus é o sumo sacerdote superior aos sacerdotes levitas;
♦ Explicar sobre a figura de Melquisedeque com tipo de Jesus Cristo;
♦ Destacar as qualidades de Jesus como sumo sacerdote.
Culto Familiar
Segunda – (Hebreus 2.17) – Sacerdote Fiel
Terça – (Hebreus 3.1) – Sacerdote da nossa confissão
Quarta – (Hebreus 4.14,15) – Sacerdote sem pecado
Quinta - (Hebreus 5.1-5) – Sacerdote divino
Sexta – (Hebreus 10.21) – Sacerdote imensurável
Sábado – (Hebreus 7.1-28) – Sacerdote eterno
SUGESTÃO DE HINOS - 266 - 297 - 372 (Harpa Cristã)
Hebreus 7.1-28
1 - Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do
Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da
matança dos reis, e o abençoou;
2 - a quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por
interpretação, rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz;
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
24
3 - sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem
fim de vida, mas, sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece
sacerdote para sempre.
4 - Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão
deu os dízimos dos despojos.
5 - E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem,
segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que
tenham descendido de Abraão.
6 - Mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles tomou dízimos
de Abraão e abençoou o que tinha as promessas.
7 - Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior.
8 - E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém,
aquele de quem se testifica que vive.
9 - E, para assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos,
pagou dízimos.
10 - Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai, quando
Melquisedeque lhe saiu ao encontro.
11 - De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque
sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro
sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse
chamado segundo a ordem de Arão?
12 - Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também
mudança da lei.
13 - Porque aquele de quem essas coisas se dizem pertence a outra tribo,
da qual ninguém serviu ao altar,
14 - visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente
a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio.
15 - E muito mais manifesto é ainda se, à semelhança de Melquisedeque,
se levantar outro sacerdote,
16 - que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo
a virtude da vida incorruptível.
17 - Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo
a ordem de Melquisedeque.
18 - Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua
fraqueza e inutilidade
19 - (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida
uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.
20 - E, visto como não é sem prestar juramento (porque certamente
aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes,
21 - mas este, com juramento, por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor e
não se arrependerá: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de
Melquisedeque.);
22 - de tanto melhor concerto Jesus foi feito fiador.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
25
23 - E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número,
porque, pela morte, foram impedidos de permanecer;
24 - mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.
25 - Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam
a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.
26 - Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado,
separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus,
27 - que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada
dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do
povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.
28 - Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra
do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.
INTRODUÇÃO
U
ma vez que o sacerdócio de Jesus Cristo é um assunto indispensável
quando nos referimos a Ele como mediador, julgamos por conveniente,
analisarmos a sua superioridade em relação ao sacerdócio antigo.
Pois sendo o sacerdote um homem escolhido por Deus para o serviço do
tabernáculo, só entenderemos a sua inferioridade, se o compararmos com
Cristo. Para isto, vejamos algumas características da Superioridade de Jesus
Cristo como Sumo Sacerdote.
I - ELE É SUPERIOR À ORDENAÇÃO LEVÍTICA
As contínuas repetições dos sacrifícios antigos mostravam que o
ministério levítico não tinha poder para remover o pecado. Uma das
razões concernentes a esta realidade, é que o sangue que eles ofereciam,
consistia em sangue alheio (Hb 9.25). Como a lição VIII já está voltada
para Cristo como o nosso sacrifício, analisemos outros aspectos da sua
superioridade à ordenação levítica.
1. Por ser perfeito - Assim como todos os homens, o sacerdote
também estava sujeito ao pecado, sendo assim, ele não podia oferecer
sacrifício pelo povo, sem antes oferecer por si mesmo (Lv 9.7, 8; 16.6,
11, 15). É obvio que isto o qualificava “para aquele momento”, mas
não era o principal, pois tal ato só apontava para a imperfeição
pertencente a todo homem (Rm 3.10, 23).
O único que alcançou a qualificação perfeita para o sacerdócio foi Jesus
Cristo, pois “...como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
26
4.15b). Por esta razão, sem a necessidade de oferecer sacrifício por si, Ele
foi o executor do sacerdócio perfeito (Hb 7.26, 27). Pois como Ele se
manteve puro mesmo estando na forma de homem, “...com uma só oblação,
aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (Hb 10.14).
2. Por nos conduzir à presença de Deus - Desde a sua queda o homem
tem se tornado inimigo de Deus e incapaz de relacionar-se com Ele. O reflexo
disto, é que apenas o sumo sacerdote podia entrar no santo dos santos.
Contudo, mesmo o tabernáculo sendo apenas a figura do verdadeiro, só
poderia entrar no lugar santíssimo, uma única vez por ano (Hb 9.1-7).
A diferença entre o sacerdócio de Cristo e o levítico em relação ao
tabernáculo, é que Ele não entrou num santuário feito por mãos humanas,
mas no próprio céu; fazendo de sua incumbência, não um ministério terrestre,
mas celeste (Hb 4.14; 9.24). Por esta razão, no momento em que O nosso
Sumo Sacerdote ofereceu o sacrifício de si mesmo, a Bíblia nos diz que “...o
véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo…” (Mt 27.50,51).
Por esse motivo, Ele é o único que tem a capacidade de nos conduzir à
presença do Pai (Hb 10.19-22).
3. Por permanecer eternamente - A gestão de um sacerdote era
temporária, pois como todo ser humano, ele estava propenso à morte e para
que o povo não ficasse reduzido ao acaso, ocorrendo isto, imediatamente ele
deveria ser sucedido (Nm 20.28). Semelhantemente, os sacrifícios oferecidos
por eles também eram temporários, por esta razão, constantemente tinham
que ser repetidos. Pois conforme nos mostra a Bíblia, eles eram apenas uma
sombra do futuro (Hb 10.1,2).
A razão principal do Verbo (Cristo) ter se tornado carne (Jo 1.1, 14), é
que Ele também deveria passar pela morte. A diferença é que com a sua
morte, não houve mais a necessidade de um sucessor, pois Ele se tornou o
nosso único mediador (I Tm 2.5,6). Com o sacrifício oferecido por Cristo,
foi retirado o que era temporário, pois já não havia mais necessidade do
mesmo ser repetido (Hb 9.11,12; 10.12). Porquanto, ao ressuscitar da morte,
Cristo deu provas de que o seu ministério é eterno (Hb 7.23,24).
II - ELE É SUPERIOR SEGUNDO A ORDEM DE
MELQUISEDEQUE
Melquisedeque é um dos personagens do Antigo Testamento que mais
tem intrigado os estudantes da Bíblia. Mesmo sendo citado apenas onze
vezes em toda a narrativa bíblica, duas no Antigo Testamento e nove no
Novo, ele é o único que surge de forma repentina e desaparece com a
mesma proporção. Como ele é um referencial do Sumo Sacerdócio de
Cristo, vejamos a razão desta comparação.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
27
1. Por ser Rei E Sacerdote - A Bíblia apresenta várias pessoas que
foram tipos de Cristo no Antigo Testamento, como, José, Moisés, Davi e
outros; mas no que diz respeito ao Seu sacerdócio real, nenhum outro se
aproxima como Melquisedeque. Esse personagem que às vezes é apontado
como uma Teofania pelos estudiosos, por causa da forma como a Bíblia se
refere a ele (v.3-8), é apresentado como rei de Salém e sacerdote do Deus
Altíssimo (v.1; Gn 14.18). Salém é o antigo nome de Jerusalém, local onde
se encontrava o tabernáculo (Sl 76.2).
Em Cristo está o cumprimento de duas promessas: uma feita a Davi, que
o aponta como Rei (II Sm 7.12,13) e outra a Abraão, que o aponta como
sacerdote, “... e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn
12.3). Aceitar a Cristo como Rei e Sacerdote é aceita-lo como Senhor e
Salvador, eis a razão das palavras de Mateus: “Livro da geração de Jesus
Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão” (Mt 1.1).
2. Por ser escolhido de forma semelhante - Conforme sabemos, a lei
que foi entregue a Moises, determinava que a escolha de um sacerdote deveria
ser feita entre os descendentes de Levi (Nu 3.6-10). Após esse procedimento,
um outro recebia as coordenadas para que consagrasse (ou ungisse) o
escolhido (Ex 40.13-16). Acontece que Jesus jamais poderia pertencer a
esta ordem sacerdotal, pois O mesmo pertencia à tribo de Judá, e concernente
a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio (v. 13,14). Assim sendo, Jesus
não poderia estar associado à ordem sacerdotal procedente da lei mosaica,
mas àquela que veio primeiro, a de Melquisedeque.
Israel nem se quer existia quando vigorou a ordem sacerdotal de
Melquisedeque. Uma vez que o serviço exercido pelo sumo sacerdote seria
oferecido para Deus, Este seria O Único capaz de não apenas escolher o
sacerdote, mas também a que ordem pertenceria. Por esta razão, em se
tratando de Cristo, a sua escolha foi superior, pois diferente da segunda ordem,
O Pai não se valeu de terceiros para consagrá-lo, Ele mesmo responsabilizouse disto (Hb 5.5-10; 7.11).
3. Por ser constituído conforme o juramento do Pai - Quando lemos
(Hb 7.15-22), nos deparamos com uma preocupação, fazer com que os hebreus
se desapeguem ao sistema sacerdotal antigo, não sem motivo, mas pelo fato de
que o mesmo foi constituído conforme o mandamento que nada aperfeiçoou.
(v. 15-22). Para tanto, o sacerdócio do Filho é apresentado, e “... não é sem
prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram
feitos sacerdotes, mas este, com juramento, por aquele que lhe disse:
Jurou o Senhor e não se arrependerá: Tu és sacerdote eternamente,
segundo a ordem de Melquisedeque.)” (v. 20,21).
O juramento é um ato de fazer uma afirmação ou promessa solene, em
que se toma por testemunha uma coisa que se tem por sagrada. Como não
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
28
há outro ser maior do que Deus, o seu juramento é sempre por si mesmo (Hb
6.13). E como a Bíblia declara que “Deus não é homem, para que minta;
nem filho de homem, para que se arrependa...” (Nm 23.19a); isto faz do
Seu juramento um ato irrevogável. Por esta razão, não há sombra de dúvida
quanto à superioridade do Sacerdócio de Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
Após analisarmos a superioridade do sacerdócio de Jesus Cristo tendo
como foco a sua qualificação para esse ministério, pudemos ver que, diferente
do sacerdócio levita, Ele não precisou oferecer sacrifício por si. Por esse
motivo, Ele foi o único que propiciou o sacrifício perfeito, com poder de
remover para sempre o pecado do homem.
Sua qualificação também foi ressaltada com a declaração do Pai: “...
Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque”
(Hb 7.21b). Assim sendo, ao entrar no santuário celeste, Cristo nos deu
prova contundente de que Ele é o nosso Único e Eterno Mediador, capaz
de nos conduzir à presença do Pai. “Portanto, ofereçamos sempre,
por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que
confessam o seu nome” (Hb 13.15).
Para reflexão:
• Você tem depositado confiança no Sacerdócio de Jesus Cristo?
• Você tem confessado a Cristo os seus pecados?
• Você tem prestado gratidão a Cristo por sua remissão?
Questionário para avaliação e debate:
1. Por que o sacerdócio de Jesus é superior ao de Levi?
2. Quem foi Melquisedeque?
3. Explique o fato de Jesus sendo da tribo de Judá, exercer o sacerdócio que
pertencia, por direito, à tribo de Levi.
Quando, porém, veio Cristo como
sumo sacerdote dos bens já realizados,
mediante o maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, quer
dizer, não desta criação” (Hb 9.11)
Superior com uma nova aliança
Versículo Chave
“Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a
casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei
por Deus, e eles me serão por povo”
(Hebreus 8.10)
Lição 06 - 07 de maio de 2006
Objetivos da Lição
♦ Mostrar a diferença entre a antiga e a nova aliança;
♦ Ensinar que a antiga aliança era sombra da nova;
♦ Destacar os benefícios da nova aliança.
Culto Familiar
Segunda – (Mateus 26.27,28) – O sangue da Nova Aliança
Terça – (Lucas 1.72) – A santa Aliança
Quarta – (Hebreu 7.22) – O Fiador da Nova Aliança
Quinta – (Hebreus 12.24) – O mediador da Nova Aliança
Sexta – (Hebreus 13. 20) – O Deus da Nova Aliança
Sábado – (Hebreus 8.1-13) – A Nova Aliança
SUGESTÃO DE HINOS - 086 - 192 - 535 (Harpa Cristã)
Hebreus 8.1-13
1 - Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal,
que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade,
2 - ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor
fundou, e não o homem.
3 - Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios;
pelo que era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
30
4 - Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo
ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei,
5 - os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais, como
Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque
foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que, no monte, se te mostrou.
6 - Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é
mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores
promessas.
7 - Porque, se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado
lugar para o segundo.
8 - Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor,
em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei um novo
concerto,
9 - não segundo o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei
pela mão, para os tirar da terra do Egito; como não permaneceram naquele
meu concerto, eu para eles não atentei, diz o Senhor.
10 - Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa
de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu
coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.
11 - E não ensinará cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão,
dizendo: Conhece o Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor
deles até ao maior.
12 - Porque serei misericordioso para com as suas iniqüidades e de seus
pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.
13 - Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado
velho e se envelhece perto está de acabar.
INTRODUÇÃO
E
sta lição trata sobre a aliança de Deus com o homem. Aliança, também
chamada de pacto, concerto, testamento; diz respeito a um acordo
que se faz. A Bíblia revela que ela era um contrato, firmado entre duas
partes (Deus e o homem). Essa era a forma d’Ele relacionar-se com o seu
povo. Foi assim com Noé (Gn 9.9), Abraão (Gn 12.1-3) e Moisés (Ex 20).
O último pacto firmado entre Deus e sua criação, chamado de nova aliança,
foi selado com o precioso sangue de Cristo, e possui caráter definitivo, em
substituição ao antigo concerto. Ele foi predito pelos profetas: “Eis que dias
vêm, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel
e com a casa de Judá. Não conforme o concerto que fiz com seus
pais...” (Jr. 31.31-32). Prossigamos então nesse estudo:
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
31
I – A NECESSIDADE DE UMA NOVA ALIANÇA
A antiga aliança estabelecida no Sinai, por meio de Moisés, foi feita com
o povo de Israel quando este saiu do Egito e peregrinava no deserto. Moisés
recebeu instruções quanto à construção do Tabernáculo e sobre todo o ritual
dos sacrifícios que os sacerdotes deveriam oferecer a Deus pelo povo e por
eles mesmos. Era um pacto legalista, em que sangue de animais era utilizado,
e oferecido a Deus por homens falhos e pecadores. Possuía lacunas e deixava
muito a desejar, por isso era imperativo que se estabelecesse um novo
concerto. Vejamos o porquê da necessidade de uma nova aliança:
1. Dada à imperfeição da antiga aliança – “Porque, se aquele
primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o
segundo” (v. 7). A antiga aliança era transitória, realizada por homens mortais
e pecaminosos e ainda estava pautada em uma lei que não tinha argumento
para redimir, de uma vez por todas, o homem de seus pecados. A humanidade
era incapaz de cumprir a lei fielmente devido às suas altas exigências, e não
tinham subsídios espirituais que os ajudassem a cumpri-la. O sacrifício de
animais não apagava definitivamente os pecados dos homens e não os levava
a uma comunhão permanente com Deus. Era uma aliança que não oferecia
salvação eterna, a qual nos foi dada por Cristo por meio do novo pacto.
Todas essas falhas apontavam para a necessidade de um novo concerto,
pois ainda naquela época essa deficiência já era sentida.
2. Para dar fim à antiga aliança – “Dizendo novo concerto,
envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece
perto está de acabar” (v. 13). Era impossível que duas alianças vigorassem
ao mesmo tempo, o surgimento de uma nova, eliminaria automaticamente a
outra. Enquanto não fosse estabelecida uma nova aliança, todos deveriam
viver em função da antiga, com suas penalidades e imperfeições. Isso não
quer dizer que o antigo pacto fora sem sentido, antes, ele cumpriu seus
propósitos. Contudo, já não atendia mais às necessidades espirituais do
homem. Assim como qualquer coisa antiga e desgastada perde seu efeito e
torna-se obsoleta exigindo que seja substituída, o antigo concerto precisava
de uma efetiva renovação.
II – A EXCELÊNCIA DA NOVA ALIANÇA
Enquanto a antiga aliança possuía sacerdotes terrenos, animais como
sacrifício e um tabernáculo feito por mãos humanas, a nova aliança possui um
sumo sacerdote eterno, tem o sangue de cristo como objeto de remissão de
pecados e um tabernáculo celestial morada do próprio Deus. Estes são apenas
alguns aspectos de denotam a superioridade deste novo concerto.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
32
1. Cristo é o Sumo Sacerdote e o tabernáculo é celeste – “...temos
um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus...” (v. 1). Os
sacerdotes do antigo pacto eram pecadores iguais ao povo. Caso seu sacrifício
pessoal não fosse aceito por Deus corriam o risco de morrer ao entrarem no
lugar Santíssimo. No novo concerto temos Jesus Cristo como sumo sacerdote,
assentado à direita de Deus e intercedendo em nosso favor. Ele ofereceu a si
mesmo como sacrifício e trabalha no santuário celeste repleto da glória de
Deus. Isto foi ratificado por Paulo: “... pois é Cristo quem morreu ou,
antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de
Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34).
2. Firmado em melhores promessas – “... que está confirmado em
melhores promessas” (v. 6). As promessas da antiga aliança visavam
preparar o povo para o advento do novo concerto. Todas foram cumpridas
literalmente a fim de garantir que os acordos da nova aliança fossem realizados.
Contudo, a melhor promessa da antiga aliança foi a de que Cristo viria para
estabelecer um novo pacto, espiritual e superior, o que é claramente enfatizado
por Paulo em II Co 3.6-18. Neste texto ele destaca que a antiga aliança é
letra que mata e a nova é espírito que vivifica; a antiga produz morte e
condenação, a nova traz vida e justiça; a antiga era passageira, a nova
permanece para sempre; na antiga a lei era gravada em pedras, na nova é
gravada nos corações por meio do Espírito Santo que vivifica.
III – OS BENEFÍCIOS DA NOVA ALIANÇA
Com o advento da nova aliança, o acesso a Deus tornou-se livre e direto.
Não se faz necessário um mediador para entrarmos no santuário. Trouxe
ainda o perdão definitivo de nossos pecados, bastando para isso que os
confessemos ao Pai, Vejamos:
1. Cristo tornou-se acessível a todos – “... todos me conhecerão,
desde o menor deles até ao maior” (v. 11). A antiga aliança restringia-se aos
judeus, somente esse povo participava deste pacto, era com eles que Deus
tinha um concerto. Mesmo sendo o povo escolhido, eles não tinham acesso
direto a Deus, viviam sob a sombra de Moisés, que era quem se achegava a
Deus e posteriormente repassava as instruções recebidas ao povo. Este novo
pacto não se limita a Israel, mas dá acesso a todos aqueles nos quais opera o
Espírito Santo. Ele abriu um livre caminho ao trono de Deus, e Jesus Cristo, o
sumo sacerdote eterno, é o mediador entre Deus e o homem. Ele sacrificou-se
não apenas pelo povo de Israel, mas, por toda a humanidade (Jo 3.16).
2. Trouxe perdão definitivo dos pecados – “ ...de seus pecados e de
suas prevaricações não me lembrarei mais” (v. 12). Na antiga aliança o
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
33
pecado não era perdoado, apenas coberto. É como uma grande dívida em
que o devedor paga apenas o juro e o montante nunca é saldado. Isto mostra
o caráter provisório dos sacrifícios do antigo pacto. “Porque é impossível
que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados” (Hb 10.4). Cristo
proveu um sacrifício único e definitivo, onde o pecado não é coberto, mas,
apagado e esquecido. “... e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos
purifica de todo o pecado” (I Jo 1.7b).
CONCLUSÃO
Esta lição nos revela uma nova realidade espiritual. A antiga aliança, com
seu tabernáculo, cerimônias e sacerdotes, eram apenas sombras que
apontavam para Cristo. Ele entregou-se por nossos pecados, subiu aos céus
e é nosso intercessor diante de Deus, um sumo sacerdote em nosso favor. Já
não é o homem que cumpri a lei e sacrifica animais em seu favor, mas Deus
oferece seu único filho para resgatar da morte todo aquele que O confessa
como Senhor e Salvador. A nova aliança nos conclama a um novo proceder.
É a oportunidade de trocar o pecado pelo perdão, uma má conduta por uma
vida reta diante de Deus. É deixar de nos autojustificar e nos entregarmos
totalmente a Jesus, a nova aliança de Deus que nos diz: “... serei
misericordioso para com as suas iniqüidades e de seus pecados e de
suas prevaricações não me lembrarei mais” (v. 12).
Para reflexão:
• Você tem vivido de acordo com a nova aliança?
• Você conhece a Jesus Cristo, de fato?
• A nova aliança te trouxe perdão?
Questionário para avaliação e debate:
1. De acordo com o Tópico I, da lição, por que houve necessidade de uma
nova aliança?
2. De acordo com o Tópico II, por que a nova aliança é mais excelente?
3. De acordo com o Tópico III, quais são os benefícios da nova aliança?
“E a Jesus, o Mediador de uma
nova aliança, e ao sangue da
aspersão, que fala melhor do que
o de Abel” (Hb 12.24)
Superior com um novo santuário
Versículo Chave
“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um
maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é,
não desta criação” (Hebreus 9.11)
Lição 07 - 14 de maio de 2006
Objetivos da Lição
♦ Mostrar que o Santuário celestial é o definitivo;
♦ Destacar que ninguém tinha acesso ao santuário terrestre, a não ser o
sumo sacerdote;
♦ Ensinar que Jesus entrou o Santuário celestial, nos garantindo livre acesso.
Culto Familiar
Segunda – (Salmo 96.6) – Força e formosura no Santuário
Terça – (Salmo 150.1) – Louvor no Santuário
Quarta – (Hebreus 9.24) – Celeste Santuário
Quinta – (Hebreus 10.19) – Ousadia para entrar no Santuário
Sexta – (Hebreus 10.22) – Verdadeiro coração para estar no Santuário
Sábado – (Hebreus 9.1-28) – Um superior Santuário
SUGESTÃO DE HINOS - 277 - 360 - 432 (Harpa Cristã)
Hebreus 9.1-28
1 - Ora, também o primeiro tinha ordenanças de culto divino e um
santuário terrestre.
2 - Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o
candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário.
3 - Mas, depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se chama o
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
35
Santo dos Santos,
4 - que tinha o incensário de ouro e a arca do concerto, coberta de ouro
toda em redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a
vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto;
5 - e sobre a arca, os querubins da glória, que faziam sombra no
propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.
6 - Ora, estando essas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam
os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços;
7 - mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem
sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo;
8 - dando nisso a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santuário
não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo,
9 - que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem
dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar
aquele que faz o serviço,
10 - consistindo somente em manjares, e bebidas, e várias abluções e
justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.
11 - Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior
e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
12 - nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue,
entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
13 - Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha,
esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne,
14 - quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu
a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas,
para servirdes ao Deus vivo?
15 - E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo
a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro
testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
16 - Porque, onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do
testador.
17 - Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum
valor enquanto o testador vive?
18 - Pelo que também o primeiro não foi consagrado sem sangue;
19 - porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os
mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com
água, lã purpúrea e hissopo, e aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo,
20 - dizendo: Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado.
21 - E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os
vasos do ministério.
22 - E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e
sem derramamento de sangue não há remissão.
23 - De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
36
no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios
melhores do que estes.
24 - Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro,
porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus;
25 - nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o
sumo sacerdote cada ano entra no Santuário com sangue alheio.
26 - Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a
fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se
manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
27 - E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois
disso, o juízo,
28 - assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de
muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.
INTRODUÇÃO
A
superioridade do Novo Santuário, estabelecido por Cristo, no céu,
em relação ao santuário terrestre, é visivelmente notada, comparandose as características de um e outro.
Nesta lição veremos estas diferenças para entender que o serviço
sacerdotal de Cristo no Santuário celestial, é em tudo superior ao da Lei, de
modos que se chegar a ele, ficou mais fácil, se o fizermos de acordo com as
instruções na Palavra de Deus.
I – AS CARACTERÍSTICAS DO ANTIGO
SANTUÁRIO - (VV 1-10)
1. Era terrestre (v 1-4) – Foi estabelecido por Moisés conforme a ordem
do Senhor, “os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais,
como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o
tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que,
no monte, se te mostrou” (Hb 8.5).
Tudo ali era representativo, e tinha a função de tipificar o santuário celestial, até
que este fosse estabelecido. No santuário estavam o candeeiro e os pães,
representando Jesus Cristo como a luz do mundo e o pão da vida, respectivamente.
No segundo compartimento, o Santo dos Santos, chamava a atenção principalmente
para a arca, a vara de Arão e as tábuas da Lei, representando o novo concerto, o
novo sacerdócio e o cumprimento da lei, estabelecidos em Jesus Cristo.
2. Tinha uma glória transitória (v 5) – Por ser terrestre, era “fraco”,
ou seja, servia apenas para simbolizar o verdadeiro Santuário no céu.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
37
Podemos notar que sobre a arca, estavam dois querubins, que faziam sombra
sobre o propiciatório. Eles representavam a glória de Deus. Esta glória era transitória;
sombra da que seria manifestada na Igreja, por meio de Cristo (2Co 3.7-18).
3. Seu acesso era restrito (v 6-8) – No primeiro compartimento, entravam
apenas os sacerdotes, para oferecer sacrifícios em favor do povo. No segundo
compartimento, somente o sumo sacerdote, uma vez por ano, depois de oferecer
sacrifício por si mesmo e pelo pecado do povo. “... dando nisso a entender
o Espírito Santo que ainda o caminho do Santuário não estava descoberto,
enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo” (v 8).
Graças a Deus que hoje temos livre acesso, por meio de Jesus, ao trono
da graça (Hb 4.16).
4. Seus sacrifícios eram paliativos (v 9) – Os sacrifícios foram
estabelecidos por Deus como forma de mitigar a transgressão do povo, até
que Jesus consumasse a sua obra, prevista nos Salmos, na Lei e nos profetas
(Lc 24.44). “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes
tire pecados” (Hb 10.4). Desta maneira, os sacrifícios consistiam em alegoria,
para serem cumpridos “até ao tempo da correção”.
II – AS CARACTERÍSTICAS DO NOVO
SANTUÁRIO - (VV 11-28)
Em tudo o novo santuário é mais belo, mais singelo, mais sublime, mais
completo. É perfeito e eterno, não havendo necessidade de novo santuário,
porque isto implicaria em novo sacerdócio e novos sacrifícios, o que é
totalmente inconcebível. O novo santuário possui as seguintes características:
1. É celestial – Este tabernáculo é constituído de “bens futuros”, não
faz parte do presente século. Não foi feito por mão de homens, foi Deus
quem o estabeleceu. Não é desta criação (v 11). Suas normas são celestiais,
portanto, ninguém pode entrar ali por meios de subterfúgios humanos.
Quando o Senhor Jesus expirou na cruz, foi registrado pelo evangelista:
“E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu
a terra, e fenderam-se as pedras” (Mt 27.51), dando a entender que foi
estabelecido, nos céu, o santuário eterno.
2. Possui sacrifício superior – As Escrituras contestam uma redenção
eficaz por meio de sangue de animais. “... nem por sangue de bodes e
bezerros...” (v 12), mas ratificam que o sacrifício martirizado na cruz resolveu,
de uma vez, por todas, com a culpabilidade de todos os que, crendo, o
recebem. “... mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário,
havendo efetuado uma eterna redenção”.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
38
Os sacrifícios de animais serviam para purificar a carne (v 13), No entanto,
“... o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si
mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras
mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (v 14).
3. É mediador de um novo testamento – Um testamento só tem valor,
quando morre o testador (v 16,17). Por isso, o Velho Testamento, com todas
as suas leis, para ser validado, teve de ser aspergido com sangue de animais
sacrificados (v 18,19). Moisés realizou a cerimônia dizendo: “Este é o sangue
do testamento que Deus vos tem mandado” (v 20).
O santuário celeste, bem como tudo que faz parte do Novo Testamento, recebeu
confirmação com a morte de Jesus. “... sem derramamento de sangue não há
remissão” (v 22). “Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento,
que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26.28).
4. Tem Jesus Cristo como seu precursor – (v 24). Na instrução do
antigo pacto, só o sumo sacerdote podia entrar, uma vez por ano, no Santo
dos Santos, mas, no santuário celestial todos os crentes regenerados podem
entrar com ousadia.
Os sacerdotes no antigo concerto tinham de oferecer sacrifícios
continuamente, sacrifícios de “sangue alheio” (v 25), “... mas, agora, na
consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o
pecado pelo sacrifício de si mesmo” (v 26).
CONCLUSÃO
O santuário estabelecido no céu é superior pela sua perfeição. Não há
necessidade de um novo concerto e de novo santuário, pois, Jesus, nosso
precursor entrou nele uma vez para sempre, rompendo o véu da separação e
consagrando-nos um lugar santíssimo.
O novo santuário é sublime, sua glória é eterna, seu serviço é completo,
seu poder é pleno para salvar os que nele, por meio de Jesus Cristo, entrarem,
obtendo eterna redenção. Entremos agora.
Para reflexão:
• Você já se desprendeu dos costumes religiosos do Antigo Testamento?
• Você já entrou no Santo dos santos, pela fé?
• Qual é o valor do sacrifício de Jesus Cristo para você?
Questionário para avaliação e debate:
1. Dê as características do Antigo Santuário.
2. Dê as características do Novo Santuário.
3. Por que podemos entrar no novo santuário?
Superior como sacrifício
Versículo Chave
“Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre
os que são santificados” (Hebreus 10.14)
Lição 08 - 21 de maio de 2006
Objetivos da Lição
♦ Mostrar que os sacrifícios do Antigo Testamento eram apenas sombra;
♦ Destacar o valor superior do sacrifício oferecido por nós – Jesus Cristo;
♦ Ensinar que o sacrifício de Jesus é de duração eterna.
Culto Familiar
Segunda – (Efésios 5.2) – Sacrifício a Deus
Terça – (Hebreus 9.12) – Sacrifício pelo sangue de Jesus
Quarta – (Hebreus 9.14) – Sacrifício imaculado
Quinta – (Hebreus 9.26) – Sacrifício de Jesus Cristo
Sexta – (Hebreus 13.15) – Sacrifício de Louvor
Sábado – (Hebreus 10.1-18) – Sacrifício único
SUGESTÃO DE HINOS - 235 - 291 - 491 (Harpa Cristã)
Hebreus 10.1-18
1 - Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata
das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem
cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
2 - Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados
uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
40
3 - Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se faz comemoração dos pecados,
4 - porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados.
5 - Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste,
mas corpo me preparaste;
6 - holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram.
7 - Então, disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim),
para fazer, ó Deus, a tua vontade.
8 - Como acima diz: Sacrifício, e oferta, e holocaustos, e oblações pelo
pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei).
9 - Então, disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o
primeiro, para estabelecer o segundo.
10 - Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de
Jesus Cristo, feita uma vez.
11 - E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo
muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados;
12 - mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está
assentado para sempre à destra de Deus,
13 - daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos
por escabelo de seus pés.
14 - Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são
santificados.
15 - E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque, depois de haver dito:
16 - Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o
Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus
entendimentos, acrescenta:
17 - E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades.
18 - Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado.
INTRODUÇÃO
D
eus inaugurou, através de Cristo, uma melhor versão de Sua única e
eterna aliança com os pecadores. Ele mostrou o significado da morte
de Jesus rasgando o véu que separava o Santo dos Santos do Santo
Lugar quando Jesus morreu (Mt 27.51).
I - O SACRIFÍCIO NO ANTIGO TESTAMENTO
A entrada do pecado no mundo trouxe a necessidade de um sacrifício
expiatório que fizesse uma alusão ao sacrifício definitivo na cruz do calvário.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
41
1. O significado desses sacrifícios (Hb 10.3) - A recordação de
pecados. Os sacrifícios do A.T. eram testemunho público diante de Deus e
dos homens trazendo a memória os seus pecados (Nm 5.15).
Quando Deus fez uma aliança com Abraão, Ele ratificou-a num ritual
(Gn 15.8-18). E esta era uma preparação para a vinda de Cristo, para
cumprir todas as promessas e dar substâncias às sombras apresentadas
pelos tipos (Is 40.10; Ml 3.1).
2. Havia necessidade de repetição - No A.T. o Sumo-sacerdote uma vez
por ano entrava no Santo dos Santos do tabernáculo para fazer expiação pelos
próprios pecados e pelos pecados do povo. Os sacrifícios eram repetidos
simplesmente por não providenciarem solução para o problema do pecado. Sendo
sua ineficácia nitidamente revelada no A.T. (cf. Is 1.10-17 e Am 5.21-24).
3. O sistema de sacrifício levítico não alcançava a toda a humanidade
- Embora tenha sido instituído na lei por Deus, o sistema levítico não foi o
meio ordenado por Ele para remover definitivamente o pecado do povo (cf.
Hb 10.8); as repetições dos sacrifícios não tiravam a culpa do pecado; daí a
necessidade de sua repetição. Temos dessa forma a diferença entre o
sacerdócio levítico e o sacerdócio de Cristo.
II - O SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO É SUPERIOR
“... Fizeste-me compreender que nem oferendas nem sacrifícios
desejaste; não requereste de mim sacrifícios para remir meus pecados...”
(Sl 40.6-8), este Salmo indica a substituição do sistema veterotestamentário,
do sacrifício de animais pela obediência e morte expiatória de Cristo.
1. O sacrifício de Jesus traz mudança ao homem - Jesus cumpriu
voluntariamente o propósito imutável de Deus, em resgatar a alma do homem
perdido no pecado, trazendo-lhe a salvação (v 7, 9). Em Seu sacrifício, Jesus
trouxe-nos a mudança definitiva em nosso status enquanto estivermos unidos
a Ele por fé, sendo assim separados da contaminação pecaminosa para
podermos adorá-Lo de forma qualificada.
2. A perfeição do sacrifício de Cristo - O sacrifício de Cristo é
completamente suficiente para pagar pelos pecados do mundo. Como Deus,
pôde oferecer um sacrifício de valor superior ao de um simples homem (I Jo 2.2).
E como homem Ele se tornou mediador entre Deus e os homens (I Tm 2.5). A
ressurreição física de Cristo confirmou o Seu perfeito sacrifício (Rm 4.25).
III - O SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO É DEFINITIVO
O cumprimento da velha aliança em Cristo Jesus abriu a porta da fé aos
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
42
gentios dando-lhes acesso ao trono da graça de Deus, para que por meio de
sua fé seus pecados fossem perdoados sem a interferência do sangue de animais.
1. Em relação ao sacrifício levítico - Em Hb 10.9 Jesus expiou o pecado
da humanidade através do sacrifício do Seu próprio corpo (v. 10) de uma
vez por todas. Daí o sistema levítico dos sacrifícios do A.T. foi totalmente
removido (Hb 8.13). O “corpo” preparado é a humanidade que Cristo
assumiu a fim de prestar plena obediência ao Pai.
2. Jesus ofereceu seu próprio sangue - Tornando-se, assim, tanto
o sacerdote como o sacrifício (Hb 9.11,12;28). Como Seu sacrifício
foi adequado para o perdão dos pecados, precisou ser feito somente
uma vez, em contraste com os sacrifícios dos sacerdotes do A.T., que
eram oferecidos ano após ano.
3. O sacrifício de Cristo é eterno - Após Seu sacrifício Ele “assentouse à destra de Deus” (Sl 110.1) em contraste com os sacerdotes levíticos
que ficavam de pé cujo serviço não tinha fim. Jr 31 faz duas citações
demonstrando que o sacrifício de Cristo, resulta no perdão dos pecados, ou
justificação e não apenas em transformação interior (cf. Hb 10.16-17). Seu
sacrifício é definitivo (Hb 9.11-14), havendo perdão dos nossos pecados.
CONCLUSÃO
Em Sua morte, Cristo destruiu potencialmente satanás e seu reino das
trevas, ao prover redenção aos descendentes de Adão e Eva. O Seu sangue
substituiu de forma perfeita o sangue de animal derramado no A.T., não
havendo mais a necessidade da repetição do sacrifício expiatório. Em Sua
obra sacrifical o caminho para o Santo dos Santos celestial está aberto para
podermos adentrá-lo. O privilégio de entrar e habitar na presença de Deus
no céu está disponível a todos através do sangue de Jesus Cristo.
Para reflexão:
• Você acredita em salvação por meio de sacrifícios próprios?
• O efeito do sacrifício de Jesus proporcionou mudanças em tua vida?
• Jesus Cristo ofereceu seu próprio sangue por você. O que tens ofertado
para Ele?
Questionário para avaliação e debate:
1. Por que os sacrifícios do Antigo Testamento necessitavam de repetição?
2. Por que o sacrifico de Jesus não precisa ser repetido?
3. O que significa Jesus se assentar à destra de Deus, após realizar seu
sacrifício? Veja Tópico III. Subtópico 3, da lição.
Superior como novo caminho
Versículo Chave
“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue
de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou,
pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10.19,20)
Lição 09 - 28 de maio de 2006
Objetivos da Lição
♦ Destacar os meios pelos quais Jesus nos consagrou novo caminho;
♦ Ensinar que devemos usufruir deste novo acesso com ousadia;
♦ Mostrar como devemos trilhar este caminho novo.
Culto Familiar
Segunda – (Isaias 35.8) – Os imundos não passarão por este caminho
Terça – (Isaias 55.8) – Há uma diferença neste caminho
Quarta – (Isaias 59.9) – A paz neste caminho
Quinta – (Marcos 12.14) – Jesus nos ensinou este caminho
Sexta – (João 14.6) – Jesus é este caminho
Sábado – (Hebreus 10.19-27) – É um novo caminho
SUGESTÃO DE HINOS - 056 - 139 - 299 (Harpa Cristã)
Hebreus 10.19-27
19 - Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue
de Jesus,
20 - pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é,
pela sua carne,
21 - e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus,
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
44
22 - cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo
o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa,
23 - retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o
que prometeu.
24 - E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade
e às boas obras,
25 - não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes,
admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai
aproximando aquele Dia.
26 - Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o
conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados,
27 - mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há
de devorar os adversários.
INTRODUÇÃO
A
Palavra de Deus nos revela que Jesus é o único mediador entre o
homem e o seu Criador. Reconhecer a sua superioridade se faz
indispensável. Devemos usufruir deste novo caminho com ousadia,
em gratidão pela salvação em qualidade de vida.
I – COMO USUFRUIR DESTE NOVO CAMINHO (VV 19-21)
O Antigo Testamento descreve várias alianças estabelecidas por Deus,
no intuito de conceder meios para que o homem se chegue a Ele. No
entanto, em Jesus, temos a excelência do novo concerto. O Senhor se
tornou “mediador de um melhor concerto, que está firmado em
melhores promessas” (Hb 8.6).
1. Por meio da fé – O acesso ao “trono da graça”, é definitivo em Cristo.
Deus culmina sua revelação mediante o sacrifício na cruz, e que, por meio de
seu sangue nos consagrou novo caminho. Podemos entrar pela fé, no “Santo
do santos”. Jesus Cristo é o único que com uma só oferta aperfeiçoou para
sempre os que buscam comunhão com Ele junto ao trono da graça.
A retidão e a fé são conceitos incontestáveis na caminhada cristã, e o
porquê é simples: Para usufruir da maravilhosa aliança suprema e gozar de
seus benefícios, devemos perseverar, insistir em andar com Deus, não
importando as circunstâncias adversas, também na obediência que gera retidão.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
45
2. Por meio da ousadia – “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar
no Santuário, pelo sangue de Jesus” (v 19) – Temos o grande Sumo
Sacerdote, que sabe compadecer-se de nós; portanto, entremos no santuário
celestial, com plena confiança e dependendo inteiramente da graça do
Senhor, pois é Nele e por meio Dele que está o nosso direito. Sejamos
ousados naquilo que compete ao servo comprado por bom preço.
“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que
possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos
ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.16).
II – COMO PERMANECER NESTE NOVO
CAMINHO (VV 22-27)
O acesso ao Santuário celestial não mais está limitado. Pela misericórdia
de Deus em enviar Jesus Cristo, para efetuar a obra da redenção, o véu que
separava já não separa mais (Mc 15.38). Portanto, como podemos
permanecer neste lugar de desfrute de comunhão e bênçãos?:
1. Considerando Jesus como o único caminho – Observando os textos
bíblicos, percebemos que depois de uma promessa de bênção há condições
a serem cumpridas. Partindo deste pressuposto, vemos que esta bênção está
limitada a quem aceitam o novo caminho como estilo de vida contínua, de
acordo com as condições na Palavra de Deus.
Devemos atentar bem para esta verdade: Ninguém, fora de Cristo, pode
estar num relacionamento em termos de salvação com Deus (Rm 4.9-17).
O novo caminhar, sugere abandono do antigo caminhar. De fato como
podemos trilhar este caminho novo, sem renunciar tudo aquilo que afasta o
homem do seu Criador? Busquemos o fortalecimento no Espírito de Deus
para que Ele gere em nós mudanças internas e externas.
2. Chegando-nos com verdadeiro coração – O escritor de Hebreus,
nos instrui quanto a buscar aproximação do Senhor. Inicialmente, purificando
a nossa consciência, pela regeneração. Isto significa isenção de maus
pensamentos e ausência de culpabilidade. É acreditar de todo o coração nas
promessas daquele que não pode falhar: “Porque fiel é aquele que
prometeu” (v. 23). Portanto: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração,
em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência
e o corpo lavado com água limpa” (v 22).
3. Retendo firmes a confissão da esperança (v 23) – Não podemos
retroceder. Uma vez que cremos e estamos Nele, ninguém e nem coisa alguma,
poderá nos separar do amor de Jesus Cristo (Rm 8.35). Esperança é crer
sem ver e ver o que creu (Hb 11.1). É acreditar naquele que garantiu
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
46
cumprimento cabal. Não devemos voltar atrás em nossa resolução de servir
ao Senhor (Hb 10.39). Assim, meus irmãos: “Para que por duas coisas
imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme
consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança
proposta; a qual temos como âncora da alma segura e firme e que
penetra até ao interior do véu” (Hb 6.18,19).
4. Considerando-nos uns aos outros – O trono da graça é um só,
portanto, todos os que entraram ali pela fé, compõem um só corpo,
independentemente da denominação em que congregam. Por isso, o texto
nos exorta a nos considerarmos uns aos outros.
O amor é prático e precisa ser exercitado, sem hipocrisia. “...
consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade
e às boas obras” (v 24).
CONCLUSÃO
Jesus Cristo nos deixou livre acesso ao trono da graça. Podemos nos
achegar a Deus por meio da cruz de Cristo. Poucos são os que entendem a
supremacia do sacrifício da cruz.
Ousemos, então, entrar de uma vez para sempre, na presença do Senhor,
com fé e ousadia, gratos por Sua eterna misericórdia, por nos ter
proporcionado tal caminho novo. Ali permaneçamos firmados na fé e
confiança, pois quem nos prometeu é Deus; poderoso e fiel para cumprir Sua
Palavra. Cheguemo-nos, com inteira certeza de fé, com os corações limpos
e a mente sem culpa alguma.
Para reflexão:
• Você tem se chegado ao trono de Deus, com ousadia?
• Para você, Jesus Cristo é o único Caminho?
• Tua consciência está completamente isenta de culpa?
Questionário para avaliação e debate:
1. Como usufruir o “Novo Caminho” que Jesus nos consagrou?
2. O que significa “entrar com ousadia”?
3. O que é um “verdadeiro coração”?
“Tendo, pois, irmãos, ousadia para
entrar no Santuário, pelo sangue de
Jesus” (Hb 10.19)
Superior como consumador da fé
Versículo Chave
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a
prova das coisas que se não vêem” (Hebreus 11.1)
Lição 10 - 04 de junho de 2006
Objetivos da Lição
♦ Destacar que a fé no Antigo e no Novo Testamento era pautada na
Palavra de Deus;
♦ Ensinar que todos os heróis do Antigo Testamento venceram pela fé;
♦ Mostrar a maneira como demonstraram fé.
Culto Familiar
Segunda – (Mateus 9.22) – Fé salvadora
Terça – (Atos 3.16) – Fé sanadora
Quarta – (Romanos 5.1) – Fé justificadora
Quinta – (1João 5.4) – Fé vitoriosa
Sexta – (Judas 1.20) – Fé santíssima
Sábado – (Hebreus 11.1-40) – Fé vencedora
SUGESTÃO DE HINOS - 084 - 107 - 186 (Harpa Cristã)
Hebreus 11.1-6; 24-27; 33-38
1 - Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova
das coisas que se não vêem.
2 - Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho.
3 - Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram
criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
48
4 - Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual
alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus
dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala.
5 - Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não foi achado,
porque Deus o trasladara, visto como, antes da sua trasladação, alcançou
testemunho de que agradara a Deus.
6 - Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que
se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha
de Faraó,
25 - Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por,
um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
26 - tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros
do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
27 - Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme,
como vendo o invisível.
33 - os quais, pela fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram
promessas, fecharam as bocas dos leões,
34 - apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da
fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os
exércitos dos estranhos.
35 - As mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos; uns foram
torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição;
36 - E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões.
37 - Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram
vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados
38 - (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos,
e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
INTRODUÇÃO
A
fé em Deus sempre foi e sempre será o ponto de apoio onde homens
e mulheres de ousadia, alcançam façanhas incríveis e impossíveis de
serem realizadas pela força humana. Esta tornou as possibilidades
ainda maiores com a morte e ressurreição de Jesus Cristo, desta forma Ele se
tornou no consumador da fé, objeto desta lição.
I – O QUE É A FÉ CONSUMADA POR
JESUS CRISTO? - (VV 1-3)
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
49
Apesar do grande testemunho deixado pelos “heróis da fé”, no Antigo
Testamento, uma coisa nos chama a atenção: “... todos estes, tendo tido
testemunho pela fé, não alcançaram a promessa...” (Hb 11.39). E por
que não a alcançaram? Porque o Senhor Jesus teria de consumar a obra da
redenção, na qual morreram esperando, para que a fé, “que é por Ele” (At
3.16), desse base fundamental aos que crêem no seu Nome. “... provendo
Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós,
não fossem aperfeiçoados” (Hb 11.40). O que se pode dizer, então, desta
fé?
1. É o firme fundamento da esperança – “Ora, a fé é o firme
fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se
não vêem” – A fé não é um desvario; não é desprovida de razões para se
crer. Ela tem fundamento. Um ponto onde se apóia. Veja que Abrão expressou
extraordinária fé quando recebeu de Deus uma promessa, e foi nela que
apoiou toda a sua convicção: “Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada
a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dos
mortos o ressuscitar” (Hb 11.18).
Uma fé que espera do Senhor algo que não nos prometeu é como uma
casa construída na areia, não possui apoio.
Foi desta forma que Abraão, em esperança, “creu contra a esperança”,
por que acreditou na promessa de Deus (Rm 4.18-21).
2. É a força da vida cristã – “Porque, por ela, os antigos alcançaram
testemunho” – Se dissermos que temos fé em Deus e não andarmos
conforme a vontade de Deus, somos apenas fanáticos religiosos. A primeira
coisa que a fé produz é mudança em nossas vidas. Depois proporciona grandes
mudanças nas pessoas por meio de nós.
A fé verdadeira, opera salvação (Ef 2.8), crescimento espiritual (1 Pe
1.7), boas obras (Tg 2.18).
3. É o argumento para o irracional – “Pela fé, entendemos que os
mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo
que se vê não foi feito do que é aparente” – Se por um lado a fé pode
ser, até certo ponto explicada, como vimos no primeiro tópico, por outro
lado ela é quem explica muitas coisas que a própria razão desconhece. Como
por exemplo, entender que Deus trouxe a existência as coisas que não existiam
(Rm 4.17). Do nada fez surgir o universo, infinitamente grande (macro) e
infinitamente pequeno (micro), se não for pela fé na palavra de que Deus no
princípio criou todas as coisas? (Gn 1.1).
II – QUAL É A IMPORTÂNCIA DA FÉ CONSUMADA
POR JESUS CRISTO - (VV 4-6)
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
50
Foi o próprio Senhor quem nos exortou a ter fé em Deus (Mc 11.22).
E Tiago, “irmão do Senhor”, nos advertiu: “Peça-a, porém, com fé,
não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar,
que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte. Não
pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa” (Tg 1.6,7).
Vejamos sua importância:
1. Por meio dela alcançamos a justiça divina – “Pela fé, Abel
ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou
testemunho de que era justo...” – O texto de Gn 4.2, revela que
Abel foi pastor de ovelhas e seu irmão lavrador da terra. Depois de
algum tempo, Caim ofereceu ao Senhor, o fruto do seu trabalho. Abel
fez o mesmo, sacrificando primogênitos das suas ovelhas. (Gn 4.3,4).
No entanto, a Palavra nos diz “... atentou o Senhor para Abel e para a
sua oferta... Mas para Caim e para a sua oferta não atentou” (Gn 4.4,5).
Qual é a explicação para tal fato? É que a oferta de Caim representa
nossas obras desprovidas de fé. Corresponde ao esforço humano para
alcançar a justiça divina. Enquanto que a oferta de Abel representa a
morte do “Cordeiro” de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).
“Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso
Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).
2. Por meio dela conseguimos agradar a Deus – “Pela fé, Enoque
foi trasladado... visto como, antes da sua trasladação, alcançou
testemunho de que agradara a Deus” - Só podemos agradar a Deus
quando expressamos fé em sua Palavra e na Sua Pessoa. Isto é compreensível,
pois quem não crê no testemunho do Senhor, está duvidando da Sua fidelidade
em cumprir o que prometeu, logo “mentiroso o fez” (1Jo 5.10).
Jesus, em Nazaré, presenciou a atitude de um povo duro de coração para
crer e, “estava admirado da incredulidade deles...” (Mc 6.6). De fato,
sem fé “... é impossível agradar-lhe...” (v 6a).
3. Por meio dela receberemos o galardão de Deus – “... é necessário
que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é
galardoador dos que o buscam” (v 6b) – Se a falta de fé causa indignação
a Deus, o contrário, é o princípio para se alcançar as bênçãos prometidas. O
galardão de Deus é a recompensa que receberemos por acreditar na Sua
fidelidade, e viver toda uma vida pautada na esperança da Sua Palavra. Todas
as pessoas de fé, no Antigo Testamento, morreram sem alcançar as promessas,
no entanto não vacilaram, antes permaneceram “vendo-as de longe, e
crendo nelas, e abraçando-as...” (Hb 11.13).
Não alcançaremos, em vida, muitas promessas dadas a nós, visto que
elas pertencem à nossa geração, por meio da nossa fé (Gn 50.24; Hb 11.22).
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
51
III – A FORÇA DA FÉ CONSUMADA POR
JESUS CRISTO - (VV 24-38)
Enganamos quando vemos coisas estranhas acontecendo por meio de
algum crente. “Mistérios” inexplicáveis e sem o menor sentido para a vida
espiritual do cristão e, também, para o contexto no plano eterno de Deus
para a Igreja, então aplaudimos, e ficamos abismados, como se aquilo fosse
de fato poder de Deus e expressão de fé. No entanto, queremos demonstrar,
pelos testemunhos dos servos de Deus, no texto que estamos estudando, o
sentido e a força da verdadeira fé consumada por Jesus Cristo.
1. Pela fé, Moisés rejeitou sua posição privilegiada no palácio de
Faraó – A verdadeira fé nos leva à renuncia deste mundo, porque crê numa
cidade celestial. E faz com que as riquezas e bens deste presente século, percam
todo o valor, pois consegue enxergar o invisível. Prefere ser maltratado com o
povo de Deus que ser beneficiado às custas do “gozo do pecado”. Considera
padecer com Cristo a “vergonha da cruz”, que ter todos os injustos tesouros
deste mundo. Porque tem em vista a recompensa. (Hb 11.24-27).
Enganamo-nos, quando pensamos que muita fé significa acumular tesouros,
saúde e bem estar nesta terra, e viver regaladamente, como se aqui fosse o
nosso lugar de descanso.
2. Pela fé muitos realizaram grandes feitos - Em Hebreus 11.32-35,
temos um lista de crentes que fizeram coisas extraordinárias, pela fé que
depositaram no Deus que serviam. É dito que: “venceram reinos,
praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos
leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da
fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida
os exércitos dos estranhos”.
Precisamos de cristãos assim em nossas igrejas, que sejam vencedores
pela fé. Que consigam apagar a força do paganismo e extinguir o mundanismo
dentro dos templos. Que saibam confiar Naquele que fez a promessa e não
na palavra de homens inescrupulosos, carregados de vaidade.
3. Pela fé outros suportaram grandes provas – Em Hebreus 11.36-38,
temos outra lista de homens e mulheres que não fizeram, mas foram. Ou seja, o
ser no lugar do ter ou fazer. A Palavra de Deus testifica que “uns foram
torturados... outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e
prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada...”.
Que belo exemplo temos para seguir. Por amor a Jesus somos entregues
à morte todo o dia (Rm 8.36).
Em contraposição às denominações que pregam fartura, riquezas, vida
regalada, nesta terra, a Bíblia nos dá outra diretriz: “Olhando para Jesus,
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
52
autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto,
suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono
de Deus” (Hb 12.2).
É assim que devemos ser: “Homens dos quais o mundo não era digno, errantes
pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra” (v 38).
CONCLUSÃO
A fé é o extraordinário dom de Deus, dado a nós, para alcançar as
promessas divinas. Não existe fé sem Jesus e nem Jesus sem fé. Ele é o autor
e consumador da fé.
Devemos exercitar a fé verdadeira que procura alcançar somente aquilo
que Deus de fato nos prometeu. Não podemos esperar do Senhor algo que
Ele não nos deu o direito de esperar.
Pela fé podemos alcançar vitória em Jesus e viver uma vida de realizações
para a expansão do Reino de Deus e para a maior glória do Seu nome.
Para reflexão:
• Você pode afirmar que possui uma fé salvadora?
• Tua fé está fundamentada em que?
• Tua vida e obras comprovam que você tem fé?
Questionário para avaliação e debate:
1. Explique o significado da fé bíblica de acordo com Hebreus 11.
2. Porque Abel alcançou a justiça divina e Caim foi rejeitado?
3. Leia Hb 11.32 a 35, e tente identificar os “heróis da fé”, a quem o texto se refere.
No próximo
trimestre estaremos
estudando o seguinte tema:
As Riquezas da Intimidade com Cristo.
Um estudo na Epístola aos Colocensses
nos revelará quão abundante é a
vida do Senhor em nós e quão
glorioso é conhecê-lo em
profundidade.
Superior como santificador
Versículo Chave
“ Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor” (Hebreus 12.14)
Lição 11 - 11 de junho de 2006
Objetivos da Lição
♦ Mostrar que a santificação depende de disciplina do Senhor;
♦ Mostrar a fundamental importância da santificação;
♦ Ensinar que a resistência a santificação pode levar ao endurecimento.
Culto Familiar
Segunda – (Efésios 4.24) – Novo homem feito em santidade
Terça – (1Tessalonicenses 3.13) – Irrepreensível em santidade
Quarta – (1Tessalonicenses 4.1-4) – A vontade de Deus: nossa santidade
Quinta – (1 Pedro 1.15,16) – A ordem de Deus: Santidade
Sexta – (Apocalipse 22.11) – A exortação divina: Mais santidade
Sábado – (Hebreus 12.1-17) – A disciplina promove santidade
SUGESTÃO DE HINOS - 005 - 108 - 175 (Harpa Cristã)
Hebreus 12.1-17
1 - Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande
nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de
perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta,
2 - olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que
lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à
destra do trono de Deus.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
54
3 - Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores
contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.
4 - Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.
5 - E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como
filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando,
por ele, fores repreendido;
6 - porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe
por filho.
7 - Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho
há a quem o pai não corrija?
8 - Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes,
sois, então, bastardos e não filhos.
9 - Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos
corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao
Pai dos espíritos, para vivermos?
10 - Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam
como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos
participantes da sua santidade.
11 - E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo,
senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos
exercitados por ela.
12 - Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos
desconjuntados,
13 - e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja
se não desvie inteiramente; antes, seja sarado.
14 - Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,
15 - tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que
nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se
contaminem.
16 - E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um
manjar, vendeu o seu direito de primogenitura.
17 - Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a
bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda
que, com lágrimas, o buscou.
INTRODUÇÃO
A
santificação é um dos aspectos mais importantes da salvação, sem
ela, seria como pescar um peixe e não tratá-lo. Ou como passar toda
a vida procurando ouro e depois de encontrá-lo, não lhe aplicar
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
55
nenhum tratamento para que seja transformado em um objeto de uso.
A salvação precisa ser desenvolvida e isto se faz por meio da santificação.
Ou seja, é o homem sendo trabalhado, preparado, maturescente, para ser
conforme a estatura de varão perfeito.
I – OS MOTIVOS DA SANTIFICAÇÃO - (VV 1-4)
O cristão foi chamado para ter uma relação íntima com Deus. Nossa
comunhão com o Senhor Jesus indica o grau de santidade desenvolvida em
nós. Quanto mais perto Dele estivermos mais santos seremos. “... mas, como
é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a
vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque
eu sou santo” (1Pe 1.15,16).
1. Estamos rodeados por muitas testemunhas – A “grande nuvem
de testemunhas” se refere aos heróis da fé mencionados no capítulo 11.
“... os quais, pela fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram
promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo,
escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se
esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos... uns foram
torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma
melhor ressurreição. E outros experimentaram escárnios e açoites, e
até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos
a fio de espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras,
desamparados, aflitos e maltratados...” (Hb 11.33-38).
É este belo testemunho que nos estimula a:
a) Deixar todo embaraço – Coisas que não são pecado, à primeira
vista, mas que, tão logo passe a fazer parte do nosso “cardápio” diário,
pode nos prender e impedir a nossa santificação;
b) Deixar todo pecado – Tudo aquilo que, sem contestação, se constitui
em transgressão a Lei de Deus. É tudo que contraria o Ser Santo de Deus;
c) Correr com paciência a careira proposta – “... Escapa-te por tua
vida; não olhes para trás de ti e não pares em toda esta campina;
escapa lá para o monte, para que não pereças” (Gn 19.17). Se olharmos
para trás enquanto corremos o percurso proposto, perderemos o rumo. Diante
de tantas testemunhas, mostrando que o cristianismo funciona mesmo,
prossigamos para o alvo.
2. O nosso Alvo é Jesus Cristo, Autor e Consumador da fé – De que
nos adiantaria andar como vaga-lumes, perdidos na escuridão da noite. Um
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
56
facho de luz aqui e outro ali. Não, Jesus disse que aqueles que o seguirem
não andarão em trevas, pois terão a luz da vida (Jo 8.12). Se não desviarmos
os olhos Dele nunca erraremos o caminho. “Considerai”, pois isto.
II – OS MEIOS DA SANTIFICAÇÃO – (VV 5-11)
Compete ao homem desejar uma vida santa, mas a Deus, pertence o
poder para tal. Portanto, Ele nos oferece os meios necessários, como
veremos a seguir:
1. A correção do Senhor – Somos exortados a não desprezar a correção
do Senhor, pois Ela é necessária para o progresso da nossa santificação.
“Antes de ser afligido, andava errado; mas agora guardo a tua palavra”
(Sl 119.67). Devemos nos alegrar com a correção do Senhor porque mostra
o Seu amor por nós e é a prova de que somos seus filhos. “... porque que
filho há a quem o pai não corrija?” Se não queremos ser corrigidos quando
errarmos teremos de aceitar a designação de “bastardos”, isto é, filhos
gerados fora do matrimônio. Produto da prostituição.
2. A disciplina do Senhor – Ninguém tolera crianças indisciplinadas.
Nos colégios, a disciplina é matéria obrigatória; no quartel, a indisciplina pode
levar o soldado à prisão. Por que achamos que no Reino de Deus as coisas
acontecem à seu bel prazer. É só lembrarmos da disciplina aplicada na vida
de Moisés, de Davi, de Jó etc.
Irmãos se nos submetemos aos nossos pais terrenos, por que não
muito mais ao “Pai dos espíritos”. O Senhor faz isto para que sejamos
participantes da sua santidade.
III – OS BENEFÍCIOS DA SANTIFICAÇÃO (VV 12-17)
A santificação não é uma exigência sem propósito. Não é uma questão de
escolha. Precisamos ser santos porque a vida cristã implica nisto.
1. É um meio para obtermos plena cura – O crente que descuida da
santidade, perde a sua comunhão com o Senhor. Começa, aos poucos, a se
envolver com o mundo e as obras da carne.
O texto revela que pessoas nestas condições adoeceram espiritualmente.
Têm as mãos cansadas, os joelhos desconjuntados e os pés manquejantes.
Em outras palavras, são inúteis para a obra de Deus, pois suas mãos perderam
a perícia para o trabalho, sua vida está desmantelada e manquejam nos
caminhos do Senhor. Eis a recomendação urgente para tais pessoas enfermas:
“... fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja
se não desvie inteiramente; antes, seja sarado” (v 13).
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
57
2. É uma condição para vermos a Deus – A triste realidade é que os
não santificados, ou seja, quem não se preocupa em buscar mudanças
espirituais em sua vida, nem se quer verá a Deus. Dá, então, para ter idéia da
grande responsabilidade em buscar santidade.
Devemos obedecer a recomendação das Escrituras: “E vos revistais do
novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e
santidade” (Ef 4.24). “Segui a paz com todos e a santificação, sem a
qual ninguém verá o Senhor” (v 14).
3. É uma aplicação da poderosa graça de Deus em nós – A graça de
Deus é a força da nossa santificação. Ninguém pode ser santo se não for por
meio da graça de Deus.
Deus nos justifica e nos declara santos por meio de Jesus Cristo. Nele
somos santos. Se desobedecermos a ordem de seguir a santificação, seremos
privados da graça e nada poderá ser feito pelo homem que “pisar” a graça
e negligenciar a vida de santidade pela qual alcançaremos o Reino de Deus.
Portanto: “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e
de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela
muitos se contaminem” (v 15).
CONCLUSÃO
A santificação é necessária, como pudemos verificar nesta lição. Sem ela
não veremos ao Senhor. A santificação é a prova da atuação maravilhosa da
graça de Deus em nossas vidas.
Devemos aceitar o propósito do Senhor em nos santificar. “Sede santos
porque eu sou Santo”.
Por meio de Jesus Cristo, o Pai nos declara santos, aplicando a sua graça
em nossas vidas e nos aceitando como filhos para a sua maior glória.
Para reflexão:
• Você pode afirmar que vive em santidade?
• Deus é Santo. Como está o teu relacionamento com Ele?
• Você tem plena convicção de que verá a Deus?
Questionário para avaliação e debate:
1. Quem são as pessoas que compõem a “grande nuvem de testemunhas”?
2. Dê a diferença entre pecado e embaraço.
3. Qual é condição para vermos a Deus, apresentada na lição?
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual
ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14)
Superior com uma cidade celestial
Versículo Chave
“Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à
Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos”
(Hebreus 12.22)
Lição 12 - 18 de junho de 2006
Objetivos da Lição
♦ Mostrar o contraste entre a forma como os israelitas tiveram de se
chegar ao monte Sinai e a forma como nós nos chegamos à nova Sião;
♦ Destacar Jesus como mediador de uma nova aliança.
Culto Familiar
Segunda – (Salmo 46.4) – Cidade de Deus
Terça – (Filipenses 3.20) – Cidade celestial
Quarta – (Apocalipse 21.2) – Cidade santa
Quinta – (Apocalipse 21.10) – Cidade grande
Sexta – (Apocalipse 22.14) – Cidade com portas
Sábado – (Hebreus 12.18-29) – Cidade Monte de Sião
SUGESTÃO DE HINOS - 026 - 203 - 204 (Harpa Cristã)
Hebreus 12.18-29
18 - Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão,
e às trevas, e à tempestade,
19 - e ao sonido da trombeta, e à voz das palavras, a qual, os que a
ouviram pediram que se lhes não falasse mais;
20 - porque não podiam suportar o que se lhes mandava: Se até um
animal tocar o monte, será apedrejado.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
59
21 - E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo assombrado
e tremendo.
22 - Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém
celestial, e aos muitos milhares de anjos,
23 - à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos
nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados;
24 - e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão,
que fala melhor do que o de Abel.
25 - Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles
que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos
daquele que é dos céus,
26 - a voz do qual moveu, então, a terra, mas, agora, anunciou, dizendo:
Ainda uma vez comoverei, não só a terra, senão também o céu.
27 - E esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis,
como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.
28 - Pelo que, tendo recebido um Reino que não pode ser abalado,
retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente com reverência
e piedade;
29 - porque o nosso Deus é um fogo consumidor.
INTRODUÇÃO
A
lém dos múltiplos aspectos até aqui estudados, a superioridade de
Cristo é mais uma vez comprovada pelo fato de que Ele nos conduziu
a um lugar superior. O texto em apreço traça um paralelo perfeito
entre o monte Sinai (local de outorga da lei) e o monte Sião (lugar da felicidade
dos salvos). As circunstâncias aterradoras que envolvem aquele e a alegria
festiva deste. A diferença fundamental está na pessoa de Jesus, o mediador
da nova aliança (v. 24). Além de nos conduzir a um lugar superior, Cristo nos
proveu um melhor relacionamento e nos conclama a uma maior
responsabilidade. Vejamos:
I – CRISTO NOS PROPORCIONOU
UM MELHOR LUGAR – (V. 18, 22)
O autor da epístola aos Hebreus nos mostra que chegamos a uma
provisão espiritual muito superior àquela em que o povo de Israel chegou.
Chegamos ao monte Sião, uma cidade celestial em festa, que transcende
a limitação humana. Observe:
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
60
1. Fomos conduzidos a Sião celestial – “Mas chegastes ao monte
Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial” (v. 22a). Moisés
guiou Israel até um monte palpável e terreno. Palpável em certo sentido, uma
vez que o povo não poderia sequer tocá-lo (v. 20). Cristo, no entanto, nos
conduziu a uma cidade celestial, que não pode ser provada à luz dos sentidos
naturais (ao menos por enquanto), como o Sinai, mas é totalmente palpável à
fé. O que torna Sião infinitamente superior.
2. Fomos conduzidos à Universal Assembléia dos Santos – “... à
Universal Assembléia e Igreja dos primogênitos, que estão escritos nos
céus...” (v. 23a). Sabe o que acontece quando pessoas que se amam se
encontram em uma ocasião especial? É festa na certa. Foi para esse ambiente
festivo que Cristo nos conduziu, em contraste com a tristeza apavorante para
onde o povo de Israel foi conduzido no Sinai. Trata-se da mais perfeita comunhão
entre o homem e os outros seres celestiais na presença de Deus e do Cordeiro.
II – UM MELHOR LUGAR COM UM MELHOR
RELACIONAMENTO
Não bastava para Cristo apenas nos livrar do Sinai, era necessário que Ele nos
provesse um melhor relacionamento. Não mais baseado no medo e na aproximação
proibida, mas baseado na bem-aventurança e na comunhão plena, vejamos:
1. Baseado na bênção – “Porque não chegastes ao monte palpável,
aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade...” (v. 18). O
monte Sinai, um lugar assustador, representa o medo. Até Moisés, o mediador
daquela aliança revelou: “Estou todo assombrado e tremendo” (v. 21b); Já o
monte Sião representa alegria e bênçãos infinitas. Por esta razão, quem insistir em
seguir a revelação dada a Moisés será inevitavelmente conduzido ao monte Sinai,
apavorante e ameaçador. Todavia nós, os que seguimos a revelação de Cristo
somos conduzidos à cidade celestial, onde o crente é recebido e abençoado.
2. Baseado na comunhão plena – “Mas chegastes ao monte sião...” (v.
22), “a Deus...” (v. 23) e “a Jesus...” (v. 24). No monte Sinai o relacionamento
com Deus era limitado (vv. 19,20). Somente através de um representante legal o
povo poderia se aproximar de Deus. Cristo mudou essa realidade; no monte
Sião a comunhão é total. Temos ingresso direto ao trono de Deus. Cristo entrou
no Santos dos Santos do tabernáculo celestial e nos preparou caminho, onde
obtivemos o mais elevado acesso possível. Não temos necessidade de
intermediários, quando encontramos a Cristo acessamos o trono de Deus.Aleluia!
III – UM MELHOR LUGAR COM UMA MAIOR
RESPONSABILIDADE
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
61
“Vede que não rejeiteis ao que fala...” (v. 25a). Como existem diferentes
níveis de revelação, existem também diferentes níveis de responsabilidade.
Aquele que rejeitar o novo caminho proposto por Cristo será penalizado
com maior rigor, uma vez que rejeitou uma revelação superior, uma provisão
melhor e mais amável. Este terá que se encontrar com Deus, que é fogo
consumidor (v. 29). Isto nos remete às seguintes responsabilidades:
1. Servir a Deus de modo que O agrade – “... retenhamos a
graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente...” (v. 28). Para
agradarmos ao Senhor, todo o nosso serviço tem que estar centrado na
pessoa de Cristo. Incluindo a nossa fé, nossa lealdade e nossa completa
dependência. Implica também em viver de acordo com a vontade
soberana de Deus. Isto passa necessariamente pela santificação, “sem
a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14b).
2. Servir a Deus com reverência e piedade – “... retenhamos a graça,
pela qual sirvamos a Deus... com reverência e piedade” (v. 28). Nossa
reverência e piedade não podem estar limitadas apenas às atitudes exteriores,
mas devem brotar de um coração sinceramente comprometido com Deus e
com todas as coisas sagradas. Do contrário, seremos advertidos como Israel:
“... rasgai os vossos corações, e não as vossa vestes...” (Jl 2.13). O
novo concerto requer de cada um de nós um temor piedoso e reverente a
Deus. Não como o medo provocado pelo Sinai em fogo, mas por ser Ele
(Deus) um fogo consumidor para com aqueles que ignoram a sua Palavra.
CONCLUSÃO
A superioridade de Cristo nos garante um lugar superior, repleto de excelência
e alegria. Lugar de adoração a Deus e de comunhão não apenas com Ele, mas
também com todos os outros entes da criação. Não poderia ser diferente, um
mediador perfeito só poderia nos proporcionar algo dessa magnitude. A Jesus,
pois, toda a nossa adoração: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas
as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36).
Para reflexão:
• Você está pronto para entrar na “Jerusalém Celestial”
• Você tem vivido e servido a Deus de modo agradável?
• Você está tranqüilo diante do Deus que é “fogo consumidor”?
Questionário para avaliação e debate:
1. O que representa o monte Sião no Antigo Testamento?
2. O que representa o monte Sião no texto que estudamos na lição?
3. O que significa servir a Deus com “reverência e piedade”?
Recapitulação
Versículo Chave
“E, assim, com confiança, ousemos dizer: O Senhor é o meu
ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem”
(Hebreus 13.6)
Lição 13 - 25 de junho de 2006
Objetivos da Lição
♦ Destacar os principais ensinos das lições do trimestre;
♦ Fortalecer a fé e a perseverança dos irmão em esperar somente em
Cristo, superior a todas as demais coisas.
Culto Familiar
Segunda – (Hebreus 1.1-14) – Jesus é superior como Filho
Terça – (Hebreus 3.1-19) – Jesus é superior como Líder
Quarta – (Hebreus 7.1-28) – Jesus é superior como sacerdote
Quinta – (Hebreus 10.19-27) – Jesus é superior como novo caminho
Sexta – (Hebreus 12.1-17) – Jesus é superior como santificador
Sábado – (Hebreus 13.1-9) – Jesus é superior como nova morada
SUGESTÃO DE HINOS - 523 - 545- 577 (Harpa Cristã)
Hebreus 13.1-9
1 - Permaneça a caridade fraternal.
2 - Não vos esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o
sabendo, hospedaram anjos.
3 - Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos
maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
63
4 - Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém
aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.
5 - Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que
tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.
6 - E, assim, com confiança, ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador,
e não temerei o que me possa fazer o homem.
7 - Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus,
a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.
8 - Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.
9 - Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque
bom é que o coração se fortifique com graça e não com manjares, que de
nada aproveitaram aos que a eles se entregaram.
INTRODUÇÃO
O
objetivo desta lição é relembrar os ensinos mais importantes
apresentados durante o trimestre, afim de que cada aluno da EBD
seja fortalecido com as verdades acerca de Jesus Cristo. Ele é superior
a todas as coisas, logo devemos recebê-lo como a finalidade das nossas vidas.
I - SUPERIOR NAQUILO QUE ELE É
1. Pela Sua representatividade - (Hebreus 1.1-14) - É em Jesus
que tudo se converge. Ele é o centro e também as extremidades. O Alfa
e o Ômega, o princípio e o fim. Ele é a Palavra de Deus – Este é o
grande profeta anunciado. “Este é o meu Filho amado; a ele ouvi”
(Mc 9.7). Ele é a expressa imagem de Deus. Quem conhecer o Filho,
estará também conhecendo ao Pai: “E quem me vê a mim vê aquele
que me enviou” (Jo 12.45).
Ele é mais excelente do que os anjos – Como podemos aceitar a idéia de
que devemos supervalorizar a aparições de anjos, e até mesmo prestar-lhes
culto, sendo que o próprio Deus está testificando que o seu prazer está no
Seu Filho e que Jesus é superior aos anjos?
2. Pela Sua salvação - (Hebreus 2.1-18) - A salvação realizada por
Jesus é raríssima, pois só se encontra Nele. É de extremo valor, pois Ele
pagou o preço com o seu sangue (1Pe 1.18,19). Portanto, temos as seguintes
recomendações:
Devemos atentar com mais diligência – Isto significa dedicar-se à salvação
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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com cuidado ativo e zeloso. É uma aplicação de corpo e alma em busca e
conservação daquilo que não se pode perder nunca.
Como escaparemos? – Poderíamos apresentar alguma razão para
herdarmos o Reino de Deus, sem crer em Jesus e recebê-lo como Salvador
e Senhor de nossas vidas? Como pode alguém escapar da situação em que
se encontra toda humanidade? (Rm 5.12; Ef 2.1-3).
3. Pela Sua glória – (Hebreus 3.1-19) - Cristo é o Filho em Sua
própria casa – A palavra de Deus nos afirma que Moisés falava com
Deus face a face (Ex 33.11). Porém, por maior que fosse a intimidade de
Moisés com o Senhor e por mais fiel que ele fosse a Deus em “toda a
sua casa” (v.2) ele ainda era apenas um servo. Cristo como Filho de
Deus, é o “dono” da casa (Igreja) (v.6). Moisés fora levantado como
testemunha do que se havia de anunciar, apontando assim para aquele
que realmente cumpriria o plano de Deus e seria o nosso verdadeiro Mestre
e exemplo supremo a ser imitado (Jo 13.13; I Co 11.1)
4. Pela Sua promessa – (Hebreus 4.1-11) - Deus em sua graça e
misericórdia prometeu aos seus servos um descanso eterno (Jo 14.2). Os
patriarcas criam nisto (Hb 11.16). Deus usou a criação e, posteriormente, a
nação de Israel para mostrar à Igreja o que prometeu.
O sábado judaico era transitório, contudo Jesus Cristo é o repouso
permanente. Jesus é o descanso bem presente para os aflitos. A alma tem
sede do Senhor e somente Ele pode saciar esta sede (Mt 11.28-30). Em
Cristo o repouso é real.
II - SUPERIOR NAQUILO QUE ELE FEZ
1. Como sumo sacerdote – (Hebreus 7.1-28) - Assim como todos os
homens, o sacerdote também estava sujeito ao pecado, sendo assim, ele não
podia oferecer sacrifício pelo povo, sem antes oferecer por si mesmo (Lv
9.7, 8; 16.6, 11, 15). O único que alcançou a qualificação perfeita para o
sacerdócio foi Jesus Cristo, pois “... como nós, em tudo foi tentado, mas
sem pecado” (Hb 4.15b). Por esta razão, sem a necessidade de oferecer
sacrifício por si, Ele foi o executor do sacerdócio perfeito (Hb 7.26, 27) e
“... com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são
santificados” (Hb 10.14).
2. Como mediador de uma nova aliança - (Hebreus 8.1-13) - A
antiga aliança era transitória, realizada por homens mortais e fracos e
ainda estava pautada em uma lei que não podia redimir o homem de seus
pecados. Era uma aliança que não oferecia salvação eterna. Esta nos foi
dada por Cristo por meio do novo pacto.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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3. Com um novo santuário - (Hebreus 9.1-26) - Em tudo o novo
santuário é mais belo, mais singelo, mais sublime, mais completo. É perfeito e
eterno, não havendo necessidade de novo santuário, porque isto implicaria
em novo sacerdócio e novos sacrifícios, o que é totalmente inconcebível. O
novo santuário possui as seguintes características: É celestial, possui sacrifício
superior, é mediador de um novo testamento: “Este é o sangue do
testamento que Deus vos tem mandado” (v 20).
4. Como sacrifício - (Hebreus 10.1-18) - Jesus cumpriu voluntariamente
o propósito imutável de Deus, em resgatar a alma do homem perdido no
pecado, trazendo-lhe a salvação (v 7, 9). Em Seu sacrifício, Jesus trouxenos a mudança definitiva em nosso status enquanto estivermos unidos a Ele
por fé, sendo assim separados da contaminação pecaminosa para podermos
adorá-Lo de forma agradável.
O sacrifício de Cristo é suficiente para pagar pelos pecados do mundo. A
ressurreição física de Cristo confirmou o Seu perfeito sacrifício (Rm 4.25).
III - SUPERIOR NAQUILO QUE NOS PROPORCIONA
1. Um novo caminho – (Hebreus 10.19-26) - O acesso ao “trono da
graça”, é definitivo em Cristo. Deus culmina sua revelação mediante o
sacrifício na cruz, e que, por meio de seu sangue nos consagrou novo caminho.
Podemos entrar pela fé, no “Santo do santos”. Jesus Cristo é o único que
com uma só oferta aperfeiçoou para sempre os que buscam comunhão com
Ele junto ao trono da graça. “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar
no Santuário, pelo sangue de Jesus”.
2. Consumador da fé - (Hebreus 11.1-6; 24-27; 33-38) - “Ora, a fé é
o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas
que se não vêem” – A fé não é um desvario; não é desprovida de razões
para se crer. Ela tem fundamento. Um ponto onde se apóia. Veja que Abrão
expressou extraordinária fé quando recebeu de Deus uma promessa, e foi
nela que apoiou toda a sua convicção: “Sendo-lhe dito: Em Isaque será
chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para
até dos mortos o ressuscitar” (Hb 11.18).
3. Como santificador - (Hebreus 12.1-17) - O cristão foi chamado para
ter uma relação íntima com Deus. Nossa comunhão com o Senhor Jesus
indica o grau de santidade desenvolvida em nós. Quanto mais perto Dele
estivermos mais santos seremos. (1Pe 1.15,16).
Deixemos todo embaraço – Coisas que não são pecado, à primeira vista,
mas que, tão logo passe a fazer parte do nosso “cardápio” diário, pode nos
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
66
prender e impedir a nossa santificação. Deixemos todo pecado – Tudo aquilo
que, sem contestação, se constitui em transgressão a Lei de Deus. É tudo
que contraria o Ser Santo de Deus;
4. Com uma nova cidade - (Hb 12.18-29) - Fomos conduzidos a Sião
celestial – “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à
Jerusalém celestial” (v. 22a).
Moisés guiou Israel até um monte palpável e terreno. Palpável em certo
sentido, uma vez que o povo não poderia sequer tocá-lo (v. 20). Cristo, no
entanto, nos conduziu a uma cidade celestial, que não pode ser provada à luz
dos sentidos naturais, como o Sinai, mas é totalmente palpável à fé. O que
torna Sião infinitamente superior.
Sabe o que acontece quando pessoas que se amam se encontram em uma
ocasião especial? É festa na certa. Foi para esse ambiente festivo que Cristo
nos conduziu. Trata-se da mais perfeita comunhão entre o homem e os outros
seres celestiais na presença de Deus e do Cordeiro.
CONCLUSÃO
Ao encerrar este trimestre, suplicamos a Deus que estas verdades fique
gravadas no coração dos alunos da EBD. Jesus Cristo é superior aos anjos,
a Moisés, ao antigo pacto, ao antigo sacerdócio etc.
A seguir, o questionário para avaliação trimestral e debates para uma melhor
fixação da matéria:
QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO E DEBATES
LIÇÃO UM
1. De que maneira Jesus Cristo expressa a imagem de Deus?
2. De que maneira Jesus Cristo sustenta todas as coisas?
LIÇÃO DOIS
1. Apresente algumas razões que confirmem ser a salvação em Jesus algo tão
imenso.
2. Com a Sua morte Jesus aniquilou o que?
LIÇÃO TRÊS
1. Faça uma comparação entre a liderança de Moisés e a de Jesus Cristo e
mostre porque a liderança de Jesus é superior.
2. O que podemos aprender com a liderança de Jesus?
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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LIÇÃO QUATRO
1. Estabeleça uma diferença entre o sábado dos judeus e o “sábado” dos
cristãos, conforme a lição.
2. De acordo com o Típico III, da lição, como podemos entrar neste novo
repouso?
LIÇÃO CINCO
1. De que maneira o sacerdócio de Jesus é superior ao de Levi? Explique.
2. Como Jesus pode assumir o sacerdócio se não pertencia a tribo de Levi?
LIÇÃO SEIS
1. O que é uma aliança divina? Você pode mencionar alguma das estabelecidas
no Antigo Testamento?
2. Explique a frase: “De seus pecados e de suas prevaricações não me
lembrarei mais”.
LIÇÃO SETE
1. Por que a entrada no Santo dos santos, no Antigo Testamento, era restrita?
2. Explique a afirmação: “Cristo não entrou num santuário feito por
mãos...”
LIÇÃO OITO
1. Dê dois exemplos de sacrifícios no Antigo Testamento e explique o
significado de cada um deles.
2. Por que o sacrifico de Jesus Cristo é definitivo?
LIÇÃO NOVE
1. Como podemos usufruir do “novo caminho” que Jesus nos consagrou?
2. Explique o significado do texto: “E consideremo-nos uns aos
outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras” (Hb
10.24).
LIÇÃO DEZ
1. O que é crer contra a esperança?
2. Dê exemplos de homens e mulheres que agradaram a Deus com a sua fé.
LIÇÃO ONZE
1. Como podemos correr com paciência a carreira proposta por Deus?
2. Mencione as três maneiras como somos beneficiados pela vida santificada.
LIÇÃO DOZE
1. O que é a “Universal assembléia dos santos”?
2. O que é servir a Deus agradavelmente?
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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Ele abençoa o trabalho de nossas mãos. Exemplo disto, foi o que
fez com o “Bazar Chic”; uma idéia que abençoou o trabalho
missionário com uma expressiva oferta monetária ao final da
conferência. Cada mensagem falou sobre o que Deus espera de
nós como servos e levou-nos a uma reflexão sobre o quanto
precisamos mudar para nos adequarmos ao evangelho de Jesus
Cristo.
O esquete apresentado pelo CENAT durante a ministração
da palavra na segunda-feira impactou os presentes com a
realidade do que pode ocorrer no dia do juízo, quando cada um
prestará contas de si mesmo e apresentará suas obras diante do
Senhor. Cabe a mim decidir se o sangue daqueles que precisam
ouvir a mensagem da salvação, mas não estão sendo alcançados
por negligência minha, recairá ou não sobre minhas mãos.
Talvez pareça ambigüidade um tema como este, visto que
quando aceitamos Jesus como nosso Salvador pessoal nós
promovemos a entrega de nossas vidas a Ele, ou seja, uma entrega
total, sem restrições. Mas a verdade é que isto não tem acontecido
de fato e pode ser este o motivo desta Conferência ter mexido
tanto com a igreja (digo isto pelos comentários que ouvi de várias
pessoas). Ou será que foi a prática de uma entrega maior durante
estes dias em trabalhos como o evangelismo no sábado à tarde,
ou nas equipes da cozinha, bazar e estandes de modo geral? Seja
como for tenho a sensação de um resultado positivo e de um novo
momento para o trabalho missionário na ADGO.
Será que agora aprendemos de fato o que é fazer missões?
Isto só o tempo dirá. Certamente não será uma conferência que
transformará mentes e corações até então indiferentes ou apáticos
em verdadeiros gideões na obra missionária, mas aguardamos
ansiosamente que a igreja responda aos apelos feitos durante
estes dias de festa e que toda a mobilização que houve não seja
apenas um “oba-oba”, mas o início de um avivamento que resultará
na conversão de almas. Fazer missões é doar vida e nada pode
ser mais precioso aos olhos do Pai.
Marcelo Ruas de Sousa (Coord. ELAD)

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