relatório de atividades e contas 2015

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relatório de atividades e contas 2015
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
E CONTAS
2015
março / 2016
ÍNDICE
RELATÓRIO DE ATIVIDADES E CONTAS DE 2015
I – Atividade Institucional e Estatutária
1. Área Cultural e Educativa
1.1 Fórum Eugénio de Almeida
1.2 Páteo de São Miguel
1.3 Outros Projetos e Iniciativas
1.4 Programas e Apoios Regulares. Subsídios
1
1
7
11
14
2. Área Social
2.1 Projeto de Voluntariado
2.2 Qualificação para o Terceiro Setor
2.3 Programas e Apoios Regulares. Subsídios
17
17
28
32
3. Área Espiritual
3.1 Programas e Apoios Regulares. Subsídios
37
37
II – Gestão e Atividades Produtivas
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1. Investimentos
2. Direção Agropecuária
3. Direção Vitivinícola
4. Direção Comercial
5. Direção de Gestão
6. Atividade Financeira
7. Formação
8. Responsabilidade Social
9. Resultados
10. Aplicação dos Resultados
11. Factos Subsequentes Após Termo do Exercício
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41
45
47
49
50
52
54
54
61
62
III – Conclusões
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1. Balanço
2. Demonstração dos Resultados por Naturezas
3. Demonstração de Alterações dos Fundos Patrimoniais
4. Demonstrações dos Fluxos de Caixa
5. Anexo às Demonstrações Financeiras
I - AT IVIDADE INST IT UCIONAL E ESTAT UT ÁRIA
1. ÁREA CULT URAL E EDUC AT IVA
1.1 FÓRUM EUG ÉNIO DE AL MEIDA
O Fórum Eugénio de Almeida iniciou em 2015 u m novo ciclo
programático, sob a direção artística de Filipa Oliveira. A nova
estratégia assenta na conciliação da centralidade artística co m a
periferia, posicionando o Fórum Eu génio de Almeida co mo u m
lugar de excelência focado na criação artística contemporânea, e
no compro misso co m a co munidade. Um lugar que possibilita aos
artistas formulare m, criarem e e xperimentare m ao mesmo te mp o
que se i mplica e se e mpenha na partilha e acesso dos públicos a
essas criações e ideias.
Um dos eixos principais da nova progra mação do Fórum Eugénio
de Al meida, e e m concordância com a M issão da Fundaçã o
orientada para o desenvolvimento cultural e educativo da região de
Évora, é a reflexão sobre o dile ma de co mo articular a
singularidade e a especificidade do contexto local co m o
pensa mento e os desafios da criação artística conte mporânea
internacional. Este é o território de atuação, de experiência e de
mediação de criação da nova linha programática que o centro d e
arte e cultur a da Fundação Eugénio de Al meida oferece.
Em 2015 realizaram-se seis exposições, mais duas que transitaram
do ano anterior, com u m total de 16.897 visitantes. Foram ainda
imple mentadas 389 Atividades Paralelas e do Serviço Educativo,
nas quais participaram 8.258 crianças e jovens. O total de
visitantes do Fórum e m 2015 foi de 25. 155.
EXPOSIÇÕ ES
TÃO ALTO QUANTO OS O LHO S ALCANÇAM
Esta e xposição, inaugurada ainda em 2014, encerrou o primeiro
ciclo de programação do Fóru m Eug énio de Almeida e constituiu
u ma dupla celebração: o t rabalho de 10 anos de pro moção e
divulgação da arte modern a e conte mporânea pelo Fórum e os 1 2
anos do Inventário Artístico da Diocese de Évora, projeto
desenvolvido pela Fundação.
A exposição, co missariada por Delfim Sardo, propunha uma leitura
1
cruzada entre a arte sacra e a arte conte mporânea, incluindo um
conjunto de obras selecionadas do vasto espólio catalogado pelo
Inventário, bem co mo u m grup o de obras de artistas
conte mporâneos: Joseph Beuys, Fr ancisco Tropa, José Pedro
Croft, João Onofre, Rui Chafes e Fernando Calhau. Fora m
efetuadas enco mendas de obr as originais a José Pedro Croft e a
João Queirós.
A CONSTRUÇÃO DO LUGA R
Esta e xposição, inaugurada e m 20 13, manteve -se patente ao
público até março de 2015.
O projeto deu a conhecer as principais ocu pações do Palácio da
Inquisição e, ao mesmo te mpo, sublinh ou a intervenção de
recuperação e requalificação urbana realizada entre 2011 e 2013 .
Em cada u ma das salas da e xposição - antigas celas -, o visitante
teve
a
oportunidade
de
apreciar
plantas
arquitetónicas,
docu mentos, fotografias e u m vídeo que sobre as ocupações do
edifício enquanto Palácio da Inquisição, hotel, i nstituto de Estudos
Superiores e centro de Arte e Cultura.
O MUSEU A HAVER
A expo sição O Museu a Haver inaugurou a 18 de abril e esteve
patente ao público até 6 de sete mbro , tendo marcado o início de
u m novo ciclo programático . Sedi mentava-se nu m con junto de
pensa mentos sobre o lugar e função de um centro de arte
conte mporânea nu ma cidade co mo Évora, marcando o dese jo de
u ma nova aproxi mação ao público é à co munidade onde se insere.
O que é um museu e para que serve? Que relação estabelece com
os artistas e também com a comunida de onde se insere? Qual é o
museu com que sonhamos ? - era m algu mas das questõe s
colocadas pelo projeto. A e xposição estendia -se a outros edifícios
da Fundação, no meada mente ao Paço de São Miguel e ao
Enoturismo da Cartu xa , be m co mo a o utras instituições da cidade a Biblioteca Pública de Évora e o Museu de Évora. A exposição
reuniu obras de: Aires Mateus, Aleja ndro Cesarco, Alicja Kwade,
André Ko matsu, Anne Collier, Beatriz Gonzalez, Carla Filipe,
Carlos Garaicoa, Candice Breitz, Dora Garcia, Fernanda
Fragateiro, Francis Alÿs, Futurefarmers, Guido van der W erve,
Jeppe Hein, Latifa Echakhch, Luis Ca mnizter, Musa Paradisiaca,
Pedro Barateiro, Riva ne Neuensch wander, Rosa Barba, Runo
Lago marsino, Vasco Araú jo e Yona Friedman e inclui u obras
realizadas expressa mente para a e xposição.
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Esta foi ta mbé m u ma oportunidade para iniciar um novo processo
de trabalho, abrindo as montagens à participação de vol untários e
alunos universitários. Esta mudança criou novos elos de ligação
entre a comunidade e o Fórum, novos sentimentos de pertença ao
seu projeto e, especialmente , iniciou u ma relação mais próxi ma
co m a Universidade de Évora e com os alunos da Escola d as
Artes.
A expo sição O Museu a Haver foi no meada pelo semanário
Expresso co mo u ma das 10 “ma is not áveis” de 2015 e m Portugal,
e foi igualmente escolhida por dois curadores na seleção das
melhores do ano pela revista Contemporânea.
GABRIELA ALBERGARIA. AH, F INAL MENTE NATUR EZA
Inaugurada no dia 19 de setembro de 2015, esta exposição esteve
patente ao público até ao dia 10 de janeiro de 2016.
Resultou de uma colaboração entre a Fundação Eugénio de
Al meida e o centro de arte contempor ânea FLORA ars+natura, na
Colômbia. Depois de um mês de residência em Honda, Gabriela
Albergaria apresentou uma e xposição que co mbin ou os materiais
recolhidos na Colômbia co m materiais, imagens e espéci mes de
Évora e de outros lugares de Portugal, numa tentativa de
entretecer paisagens separadas cultural e geograficamente a partir
de operações escultóricas exercidas sobres os materiais destes
lugares.
O título da exposição faz referência a uma história contada por
Henri Michaux: u ma senhora, após u ma viage m de barco através
da selva, ao entrar no Grande Parque de Belém do Pará e xcla mou
“Ah, finalmente, natureza! ” (que poderia ser entendido como
“finalmente u m pouco de orde m, u m p ouco de distância para poder
ver realmente”). O ordena mento qu e a cultura produz sobre o
natural fá-lo-ia, aparentemente, mais inteligível. Esta exposição
cri ou uma distância entre si e o n atural e, através de ações
escultóricas, efetu ou u m reordena mento da sua for ma, da su a
lógica compositiva, da sua estrutura e das suas ordens relacionais,
para nos devolver uma natureza ligeiramente transfor mada,
subtilmente outra.
JOACHIM KO ESTER. DEPARTAMENT O DOS FUTURO S
ABANDO NADO S
Inaugurada no dia 19 sete mbro de 2 015, esta e xposição esteve
patente ao público a té ao dia 10 de janeiro de 2016. Foi uma
coprodução do Fórum Eugénio de Almeida e da galeria de arte
Turner Contemporary e m Margate, Reino Unido.
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Equilibrando a linha ténue entre o docu mentário e a ficção, a obra
de Joachi m Koester ree xa mina e ativa histórias esquecidas,
utopias falhadas e o obsoleto. Para o Fórum Eugénio de Al meida,
na sua primeira exposição individual em Portugal, Koeste r
apresentou u ma co mple xa instalação de filmes e so m, a qual
incluiu a estreia mundial de uma n ova obra realizada
propositadamente para a exposição, Praying Mantis, be m co mo a
primeira apresentação pública da instalação Departamento dos
Futuros Abandonados .
A e xposição foi apresentada co mo u m arquivo: de ideias, de
histórias, de rumores. Um arquivo para ser explorado não apenas
pelos olhos mas por todo o corpo. E , co mo e m qualquer arquivo,
descobrimos apenas u ma parte, sug erindo uma tensão entre a
narrativa aparente e o que fica invisível ou ilegível. Foi -nos
confiada unicamente a matriz das histórias, o resto tivemos qu e
imaginar e escrever. E, co mo no Departamento dos Futuros
Abandonados, fo mos convidados a en contrar a me mória do futuro
que ainda não aconteceu, das históri as que ainda não fora m
contadas.
FORUM MALAGUEIRA
O Fórum recebeu entre 19 de sete mbro e 18 de outubro a
exposição Fóru m Malagueira , organizada pela Drawing Matter e
co missariada pelo arquiteto Manuel Montenegro , nu ma parceria
co m a Biblioteca Públic a de Évora e a Universidade de Évora.
A e xposição centrava -se no Bairro da Malagueira, obra maior do
arquiteto Siza Vieira, e mostrava os pr ojetos desenvolvidos a partir
desta obra por alunos de duas escolas de arquitetura em Londres
(Kingston University, Faculty of Art, Design and Architecture e Sir
John Cass Faculty of Art, Architecture and Design).
Entre os pro jetos não construídos de Álvaro Siza e os e xercícios
de projeto dos alunos , a exposição apresentou possíveis futuros a
partir da Malagueira, ond e o espírito revolucionário de comunidade
que o enfor mou foi recuperado para o presente.
DANIEL BLAUFUKS. PRECE GERAL
Esta e xposição , inaugurada no dia 7 d e nove mbro, iniciou o projet o
Re-inventar
a
Memór ia ,
que
pretende
fo mentar
novo s
entendimentos sobre o patri mónio de Évora e da Fundação
Eugénio de Al meida. A coleção de frag mentos, de me mórias
pessoais, vulgares e quotidianas é u m do s eixos centrais da
produção artística de Daniel Blaufuks. Co m esta di men são, ele
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cruza u ma investigação sobre a história e a i mportância da i mage m
na construção e preservação da história (ou de uma deter minada
visão da história).
Nesta exposição, que se prolonga até 2016, Daniel Blaufuks
apresenta u ma série de fotografias do M osteiro de Santa Maria
Scala Coeli, a ‘Cartuxa de Évora', lugar icónico da cidade,
revelando o fascínio e a austeridade do Mosteiro com todos os
seus espaços de silêncio, em busca das coisas que constituem o
seu mistério.
A u m con junto de fotografias feitas neste ano, o artista juntou
outras realizadas aquando de uma visita que fez à Cartuxa há 15
anos atrás.
NICOLÁS PARIS. M ICRO -EVENTOS OU A POSSIBIL IDADE D E
NOS EQ UIVO CARMO S
Este projeto do artista colombiano Nicolás Paris teve início a 18 de
abril de 2015 e estará concluído em abril de 2016. Durante este
período, Paris irá trabalhar com o F óru m Eugénio de Al meida e
co m u m grupo de estudo ‘ativador’ do seu trabalho para, através
de intervenções mensais no interior do edifício do Fórum,
questionar a forma co mo este lugar é habitado. São micro -eventos
que transfor ma m o uso do espaço , pequenas intervenções que
revelam novo s usos e que gera m novas narrativas no e do Fóru m
Eugénio de Almeida. Paris realizou ainda uma for ma ção de
professores e m sete mbro de 2015, inaugurando um proje to de
for mação e aproxi mação aos docent es das escolas parceiras do
Fórum.
NOVAS PARCERIAS EST R AT ÉGICAS
Em outubro deu -se início a uma colaboração da Fundação, at ravés
do Serviço Educativo, co m o pro jeto Pro moção de Mudança s na
Aprendizagem - Co munidades escolares de aprendizagem Gulbenkian XXI. A sua principal finalidade é pro mover a qualidade
das aprendizagens dos alunos, espelhada através da qualidade
dos seus resultados escolares .
A colaboração da Fundação neste projeto, ainda e m curso, est á
estruturada e m atividades distintas , elaboradas a partir das meta s
curriculares, que visam e xplorar as te máticas letivas e m
articulação co m as práticas artísticas conte mporâneas e o
património. O início do projeto foi ce lebrado co m u ma for mação d e
14 professores (responsáveis pelo projeto nas suas respetivas
escolas), realizada no dia 7 de outubro, no Fórum Eugénio de
Al meida.
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Nos dias 11, 12 e 13 de novembro realizaram -se as pri meiras
visitas das escolas envolvidas no p rojeto, respetivamente a EB1 de
Ponte de Sor, a EB1 de Vendas No vas e a EB1 de Vidigueira.
Cerca de centena e meia de alunos participaram e m visitas
guiadas e ateliers associados à exposição Departamento dos
Futuros Abandonados , de Joaquim Koester, e ao Ar quivo e
Biblioteca Eugénio de Almeida.
No decurso de 2015, deu -se també m início a uma parceria co m o
Departa mento de Pedagogia e Educação da Universidade de
Évora, através da r ealização de progra mas de visitas e oficinas
co m os alunos de licenciatura e mestrado tendo e m vista a
divulgação das potencialidades de modelos de educação não for mal.
Este ano marcou ta mbé m o arranque de u m con junto de progra ma s
a desenvolver co m os Salesianos de Évora - Colégio: Programa
Transições – Realização de programas de visitas e oficinas a todas
as crianças que se encontra m no últi mo ano do ensino pré -escolar.
No final de cada ano letivo será realizado um balanço das
aprendizagens adquiridas pelas crianças, tanto do ponto de vista
dos conteúdos das exposições, de técnic as e materiais artísticos
ou da criação de hábitos de visita a equipamentos culturais;
Progra ma de férias escolares: realização de visitas e oficinas para
as crianças e jo vens que participam nos progra mas de te mpo s
livres
promovidos
pel o
Colégio;
Programa
Sem
Título:
envolvimento de todos os alunos da escola na programação
expositiva do Fóru m Eugénio de Al meida, através da realização de
encontros co m professores (formaçã o de professores), visitas e
oficinas com os alunos, aco mpanha me nto dos trabalhos realiz ados
na escola no seguimento das visitas ao Fórum e montage m de u ma
exposição no final do ano letivo com o s trabalhos dos alunos.
AT IVIDADES PARALEL AS
Para além de desenvolver u ma nova estratégia para o Serviço
Educativo, a progra mação artística iniciada em 2015 apostou
igualmente nu ma apro xi mação dif erente ao público adulto,
preocupando-se co m o alarga mento e a diversidade da oferta.
Cada u ma das e xposições aprese ntadas durante o ano foi
aco mpanhada por u ma progra mação de eventos, conferências,
conversas co m artistas, apresentações e lançamento de livros.
Destaca-se o início de se minários de arte , os quais tivera m lugar
u ma vez por mês e que abordaram diferentes temas da arte co m
diferentes oradores convidados; destaque ta mbé m para as visitas
conduzidas pela Diretora A rtística às exposições no último
do mingo de cada vez. Estas visitas são gratuitas e representam u m
6
convite da Fundação dirigido à co munidade eborense aberto à
presença e à participação de todos.
No vasto conjunto de atividades paralelas organizadas este ano,
sobressae m, no dia 6 de sete mbro, o lança mento do livro Como é o
Museu com que Sonha? relativo à exposição O Museu a Haver , e a
conferência Uma Viagem Pelos Museus , proferida por Emílio Rui
Vilar.
Refira-se, ainda, que o Fórum Eugénio de Almeida acolheu, no dia
3 de outubro, a inauguração da Mostra Espanha 2015, u m evento
bienal de divulgação da cultura espanhola em Portugal, ao qual a
Fundação se associou, e que pela primeira vez teve lugar n esta
cidade. No â mbito desta parceria de colaboração com o Go verno
Espanhol e a Universidade de Évora (UE), realizou-se no Fórum
u m con junto de quatro conferências de arquitetos portugueses e
espanhóis, que constituíram o progr a ma paralelo da exposição
Arqu itetura Disposta: Preposições Qu otid ianas , que teve lugar na
Escola de Artes da UE.
1.2 PÁT EO DE SÃO MIGUEL
PAÇO DE SÃO MIGUEL
Classificado como Monu mento Nacional, o Paço de São Miguel é
u m dos edifícios mais e mble mático s de Évora. Palácio Real
durante a Idade Média e sede da Capitania -Mor no tempo dos
poderosos Condes de Basto foi també m, já no século XX, a última
residência do Instituidor da Fundação na cidade.
Depois da abertura ao público como casa - museu, o Paço de São
Miguel assume-se co mo u m teste mu nho material da história da
cidade e do país, mas ta mbé m co mo u m espa ço de me mória das
vivências e da obra realizada por quatro gerações da fa mília
Eugénio de Almeida nas mais diversas áreas de atividade.
Reconhecendo a importância do património para a construção dos
traços identitários das comunidades e para a diversificação da
oferta cultural, a Fundação deu continuidade em 2015 ao progra ma
regular de atividades e de visita s guiadas ao Paço de São Miguel ,
aberto ao público mediante marcação pré via.
Constituindo um mo mento essencial da interpretação histórica,
patrimonial e artística do edifício, estas ações encontrara m suporte
nu m processo de investigação permanente responsável pela
criação de novos conteúdos, mas ta mbé m pela sua adequação a
u m universo muito diversificado e abrangente de públicos.
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Nesta perspetiva, na área do patri mó nio cultural da Fundação, o
Paço de São Miguel serviu de referência à construção de um
programa de atividades paralelas, integrador e inclusivo, de qu e se
destaca a participação na Semana Portas Abertas , e m parceria
co m a Associação Acesso Cultura – que pro move a melhoria das
condições de acesso aos espa ços culturais –, e a visita guiada e m
Língua Gestual Portuguesa , realizada no dia 15 de novembro, ao s
equipamentos do Páteo de São Miguel, e m colaboração co m a
Associação de Surdos de Évora.
Nestes, co mo noutros ca sos, o estabelecimento de parcerias
institucionais ao longo de 2015 revelou ser de enor me i mportância
não só co mo for ma de pro mover u ma cultura cada vez mais
participada e aberta a todos, assegurando a igualdade no acesso à
informação e ao conheci mento, ma s ta mbé m de aprofundar o
conhecimento mútuo das organizações e de reforçar os laços d e
coesão da co munidade, concretizado a partir do potencial
identitário do património cultural e da sua história. O
reconhecimento desta visão, e xpresso na ação da Fundação,
encontrou igualmente reflexo e m 2015 através da sua participação
e m várias iniciativas de cooperação institucional relacionadas co m
o património, a cul tura e as artes, como são os casos do Centro
UNESCO Patri mónio Mundial de Évora e da Rede de Museus d e
Évora, de que é me mbro fundador.
Ao nível da reflexão e da partilha de conhecimento sobre o â mbito
te mático do Paço de São Miguel, a Fundação participou també m
em
vários
encontros
e
conferê ncias,
destacando -se
as
co municações O Paço de São Mig uel em Évora: percurso e
vivências da família Eugén io de Almeida a part ir da memór ia
documental, apresentada ao VI Enco ntro de Casas-Museu e m
Portugal a 23 de março, e O Paço de São Miguel, em Évora :
requalif icação e musealização de um espaço secular , apresentad a
no dia 6 de novembro ao Congresso Internacional Palácios e
Dinâmicas Urbanas: Centros de Po der e de Conhecimento na
Europa.
ARQUIVO E BIBLIOT ECA EUG ÉNIO DE ALMEIDA
Mantida na sua íntegra, a docu mentação reunida hoje no Arquivo e
Biblioteca Eugénio de Al meida per mite reconstituir o percurso, ao
longo de quatro gerações, da fa mília do Instituidor da Fundação,
u ma das mais poderosas e influentes no século XI X e m Portugal.
Expressão
da
natureza
prag mática
de
u ma
fa mília
de
e mpreendedores,
os
fundos
arquivísticos
e
bibliográficos
constituíram u m repositório de conhecimento e de infor maçã o
sistematica mente consultado pelos seus me mbros quer para
instruir as to mada s de decisão, quer para servir de apoio ao
8
estudo de te máticas associadas às suas atividades económicas ou
à intervenção pública que protagonizara m.
Tendo em conta a sua i mportância para investigação em diversos
do mínios, o Arquivo e Biblioteca Eugéni o de Almeida continuou,
e m 2015, aberto à consulta de investigadores especializados que
desenvolvem trabalhos de pesquisa em diversas áreas, co mo são
os casos da história da agricultura, da história económica e social
ou da história da arte.
Teste munho da i mportância conferida pela família do Instituidor da
Fundação ao conhecimento e à infor mação, o Arquivo e Biblioteca
é ho je u m espaço de reflexão e de pa rtilha de saberes que acolhe
iniciativas e encontros de especialistas e m diversas áreas. Ne st e
â mbito, destaca-se, e m 2015: o Enco ntro Internacional The Quest
for an Appropriate Pa st – L iterature, Arch itecture, Art and th e
Creation of Nat ional Ident it ies in Early Modern Europe (c. 1400 1700), pro movido pelo Centro de História d’Aqué m e d ’Alé m Mar ,
unidade de investigação da Faculdade de Ciências Sociais e
Hu manas da Universidade Nova de Lisboa, realizado nos dias 15 e
16 de outubro, e o W orkshop orientado por Nancy Mc Govern,
Diretora dos Serviços de Curadoria e Conservação do
Massachusett s Institute of Tec hnology (MIT), e Kari Smith,
Arquivista Digital nos Serviços de Arquivo e Coleções Especiais do
MIT Gestão de Preservação Digital , integrado no 12.º Congresso
Nacional de Bibliotecários , Arquivistas e Documentalistas, que
decorreu nos dias 21 a 23 de outubro.
Ainda ao longo do ano , o Arquivo e Biblioteca recebeu diversas
iniciativas destinadas a promover a ref lexão sobre o património e a
importância da cooperação institucional neste domínio para a
cidade. Das ações realizadas destaca -se o ciclo de conferê ncias
que tiveram lugar no â mbito da Rede de Mu seus de Évora e qu e
contara m co m a participação de especialistas na área do
património cultural, como fora m o s casos do Presidente do
Conselho de Administração do Centro Cultural de Belém, António
La mas, do fundador da PlaceMakers, Si mon Punter, e da Diretora
do Museu de Lisboa, Joana Sousa Mo nteiro.
COLEÇÃO DE CARRUAGEN S
Exposição per manente constituída pelas atrelagens e utensílios de
viagem que estivera m ao serviço da Casa Eugénio de Al meida
entre o final do século XIX e os primeiros anos do século XX, a
Coleção de Carruagens, constitui um repositório do estilo de vida e
da sociabilidade das elites portugueses daquele período.
Em 2015, para além de continuar a oferecer um programa d e
visitas guiadas que p ermite conte xtu alizar a época e a utilização
9
das peças patentes ao público, a Coleção de Carruagens passou a
acolher també m atividades e os progra mas para famílias que se
articulam co m o con junto patri monial do Páteo de São Miguel.
Foi neste âmbito que t eve lugar, no dia 16 de outubro, a sessão de
contos Não há Viagens Longas.., i niciativa que evidenciou a
Coleção de Carruagens enquanto espaço cénico vocacionado para
a realização de iniciativas de caráter mais intimista, oferecendo o
enquadramento adequad o para u m serão e m fa mília e para, e m
torno do poder evocativo da palavra do contador de histórias,
recuperar práticas de sociabilidade que se mpre dese mpenhara m
u m i mportante papel na construção do s senti mentos de pertença à
co munidade, através da partilha dos valores e princípios
veiculados por contos intemporais.
HISTÓRIA DA FAMÍLIA EUGÉNIO DE ALMEIDA
Ao longo de quatro gerações, a fa mília Eugénio de Almeida
destacou-se pelo carácter empreendedor dos seus me mbros e m
diversos setores da atividade económica, mas ta mbé m pela notável
intervenção pública que protagonizaram co mo deputados,
Conselheiros de Est ado, Pares do Reino ou Provedores da Casa
Pia de Lisboa. Resultado de uma visão que co mpreendeu a
importância de pro mover o desenvolvimento integrado para a
cidade numa perspetiva cultural, educativa, social e espiritual, a
criação da Fundação em 1963 foi ta mbé m, assi m, o reflexo de u m
conjunto de princípios e de valores fa miliares que deram lugar à
ação filantrópica e mecenática do En g.º Vasco Maria Eugénio de
Al meida.
Co mo for ma de co mpreender a i mp ortância deste legado e de
divulgar a obra realizada pe los antepassados do seu Instituidor, a
Fundação deu continuidade em 2015 a diversas ações
relacionadas com a história da família Eugénio de Almeida,
através, por exe mplo, da formação interna de colaboradores e
voluntários.
No â mbito destas iniciativas des taca-se e m particular a
conferência A reforma dos estudos da Casa Pia de L isboa na
Provedoria de José Maria Eugén io de Almeida: a prime ira imagem
da escola primár ia moderna , proferida pelo Professor Carlos
Manique da Silva, do Instituto de Educação da Univ ersidade de
Lisboa.
Realizada no dia 17 de setembro, no Palácio de São Sebastião da
Pedreira - antiga residência da família Eugénio de Almeida e m
Lisboa -, a conferência, que contou co m u ma audiência de cerca
de 100 participantes, destacou o impacto da aç ão visionária do
bisavô do Instituidor da Fundação, José Maria Eugénio de Al meida
10
(1811-1872), ao nível do ensino e da educação em Portugal,
através das refor mas introduzidas na Casa Pia de Lisboa no
do mínio dos programas de estudos e da gestão, ao ponto d e a sua
intervenção ter dado lugar à primeira image m da escola primária
moderna.
1.3 OUT ROS PROJET OS E IN ICIAT IVAS
DIA ABERT O DA FUNDAÇ ÃO EUGÉNIO DE AL MEID A
Teve lugar nos dias 1 e 2 de outubro a terceira edição desta
iniciativa, através da qual a Fundação voltou a abrir as suas portas
à comunidade e deu a conhecer as suas atividades no campo das
artes e da cultura, os seus pro jetos e ducativos e sociais, e o s e u
projeto agroindustrial.
O dia 1 foi dedicado aos alunos das Escolas Básicas
Secundárias e às fa mílias, e o dia 2 ao público em geral.
e
Do progra ma destaca -se, no pri meiro dia, o jogo didático Sonhei
esta Fundação!, que desafiou os alunos das escola s a conhecer as
atividades da Fundação através de u ma série de tarefas e de
enigmas que tivera m lugar no Fórum Eugénio de Al meida e no
Páteo de São Miguel; e as iniciativas noturnas Tu não me
assustes! e A Arte Contemporânea, a uma outra lu z , dua s
experiências para descobrir as histórias do Paço de São Miguel e
as exposições do Fóru m Eugénio de Almeida à luz de lanternas.
O segundo dia foi destinado ao público em geral que teve a
oportunidade de participar num progra ma de visitas temáticas ao
Páteo de São Miguel, às Casas Pintadas e ao Fórum Eugénio de
Al meida, ficando ainda a conhecer os projetos da Área So cial, be m
co mo o Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora. Fora m
igualmente realizadas visitas ao Enot urismo Cartu xa, seguida de
prova de vinhos e azeites; à exp loração agropecuária, co m
passage m pelos núcleos de bovinos charoleses e alentejanos e
equinos puro-sangue Lusitano, bem co mo à Adega, e ainda ao
moderno Lagar Cartu xa.
À se melhança do ano anterior, o Paço de São Miguel voltou a abrir
as suas portas a visitas guiadas noturnas, não só co mo for ma d e
facilitar o acesso a todos os que não o puderam fazer neste dia em
horário laboral, mas ta mbé m para permitir co m u m outro olhar e a
u ma outra luz percorrer as me mórias e a história de um espaço tã o
e mble mático e singular da cidade de Évora.
Foram ta mbé m realizadas visitas guiadas noturnas ao jardim das
Casas Pintadas e ao Fórum Eugé nio de Almeida, permitindo
11
descobrir as exposições Ah, F inalm ente, Nature za , de Gabriela
Albergaria, e Departamento dos Futuros Abandonados , de Joachi m
Koester, sob u ma nova perspetiva.
A edição deste ano contou igualmente co m a colaboração de mais
de u ma de zena de voluntários que integram o progra ma d e
voluntariado cultural da Fundação Eugénio de Almeida.
Co mparativa mente ao ano de 2014, o Dia Aberto deste an o
registou um au mento significativo do nú mero de participantes, na
orde m dos 54,2 %, contando co m u m to tal de 1836 visitantes.
INVENT ÁRIO ART ÍST ICO DA ARQUIDIOCESE DE ÉVORA
Este pro jeto e mble má tico da Fundaçã o no ca mpo cultural decorreu
ente 2002 e 2014. Desde o seu início que as ações d e
inventariação – traduzidas na produção e siste matização d e
conhecimento -, fora m articuladas com u m progra ma de divulgação
a mplo e diferenciado, com o ob jetivo de criar instrumentos d e
mediação e de aproxi mação dos vários públicos aos acervos
estudados, contribuindo desta forma para o desenvolvimento de
u m verdadeiro processo de sensibilização alargada para as
questões da cultura e do patrimó nio.
Neste sentido, foi criada uma coleção editorial própria – O
Inventário Artístico no Concelho de… - que te m dado a conhecer
algumas das mais e mble máticas peças estudadas nos diferentes
concelhos, do ponto de vista histórico -artístico, cultural, científico
e també m da vivência d a Fé pelas diversas comunidades,
exaltando a diversidade tipológica e a superlativa qualidade
material, estética e simbólica dos espólios em causa.
No decurso de 2015 foram sendo apresentadas a o público as
últimas edições desta coleção, referentes aos concelhos de
Alandroal, Benavente, Borba, Coruche, Mourão, Redondo e Vendas
Novas.
LÁ FORA: FEST IVAL DE ART ES PERFORMAT IVAS
Nos dias 11, 12 e 13 de junho, realizou -se a 2ª edição do festival
transdisciplinar de artes performativas LÁ FORA, no Páteo de São
Miguel e no Pátio de Honra do Fórum Eugénio de Almeida.
Tratou-se de u ma aposta estratég ica e mais u m mo mento
importante da relação da Fundação co m a cidade, através da
oferta de um progra ma diferenciador e eclético, que atraiu diversos
seg mentos de público, particularmente jovens, e per mitiu u ma
outra fruição dos espaços patrimoniais e históricos da Fundação.
12
Registaram-se sinais de evolução positiva da adesão do público
relativamente ao ano anterior, sustentada ao longo dos três dias
do festival (mais u m do que e m 2014), ao qual assistiram perto d e
1000 espetadores.
Esta 2ª edição do festival incluiu sete espetáculos de d ança,
música e perfor mance, por artistas e grupos de talento
reconhecido no mundo artístico, em Portugal e no estrangeiro:
Salvador Sobral e Júlio Resende (piano e voz); Tape Junk e Marco
da Silva Ferreira, com o espetáculo hu(r)manos; João Paulo
Santos ( mastro chinês), Peixe (guitarra); Time for T e, ainda, a
Banda do Mar.
O Espaço do Tempo assegurou a produção do festival, sob a
direção artística de Rui Horta.
VIII ENCONTRO LUSO -ESPANHOL DE FUNDAÇÕE S
Após 4 anos de interregno, realizou -se nos dias 28 e 29 de outubro
mais u ma edição deste fórum ibérico de reflexão e debate, sob o
te ma Ide ias para insp irar as fundações .
Na Sessão de Abertura, usara m da p alavra, para além do Senhor
Presidente do Conselho de Administração, o Presidente da Direção
do Centro Português de Fundações, Eng. Luís Braga da Cruz, u m
representante da Junta Diretiva da Associação Espanhola de
Fundações, D. Alejandro Renner, o Presidente da Câmara
Municipal de Évora, Dr. Carlos Pinto de Sá, e o Presidente da
Co missão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do
Alentejo, Dr. Roberto Grilo.
O contributo de personalidades fora do universo fundacional co mo José Miguel Sardica, Historiador e Diretor da Faculdade de
Ciências Sociais e H umanas da Uni versidade Católica, António
Saéz Delgado, Professor da Universidade de Évora e Pré mio
Eduardo Lourenço 2014, entre outras, mas ta mbé m de António
Saéz de Miera, antigo Presidente da Associação Espanhola de
Fundações e me mbro do Conselho Consult ivo dos Encontros
Iberoa mericanos da Sociedade Civil, e de Hugo Barreto, Secretário
Geral da Fundação Roberto Marinho, do Brasil - foi um factor chave do sucesso da reunião, pela reflexão e debate gerados a
partir das comunicações apresentadas.
É de salientar a presença expressiva de representantes de
instituições culturais, científicas e empresariais da Região, que a
Fundação convidou para que ta mbé m pudesse m beneficiar desta
oportunidade de aprendizagem, construção e transfor mação, e m
benefício de toda a comunidade.
13
Neste Encontro, a Fundação cont ou u ma vez mais co m a
colaboração do Centro Português de Fundações e da Associação
Espanhola de Fundações.
1.4
PROGRAMAS E APO IOS R EGUL ARES. SUBSÍDIOS
No conjunto, os progra mas, apoios regulares e subsídios
atribuídos ascenderam a 57.249,00 €, representando 9% d o
rendimento total distribuído em 2015 pela Fundação.
Em 2015, a Fundação manteve o apoio financeiro à Fundação
Salesianos de Évora (25.000,00 €) para o desenvolvimento das
suas atividades educativas.
BOLSA DE MÉRIT O
Co m a atribuição da Bolsa de Mérito do Progra ma Alu mni Eugénio
de Almeida, a Fundação distingue os melhores alunos finalistas
dos Cursos de Econo mia, Gestão e Sociologia da Universidade de
Évora. O valor da Bolsa é de 1.500,00 €.
No ano letivo 2014/2015, e de harmonia com os artigos 5º e 6º do
respetivo regulamento, a Bolsa foi atribuída aos alunos Ana Isabel
Santos da Silva (Licenciatura em Econo mia), Inês Isabel Gentil das Neves
(Licenciatura e m Gestão) e João Paulo Garção Marmelo (Licenciatura
e m Sociologia).
Os alunos distinguidos receberam a Bolsa no dia 1 de novembro,
Dia da Universidade de Évora.
BOLSA DE EXCEL ÊNCIA ACADÉMICA
A Bolsa de Excelência Académ ica , integrada no Programa Alu mni
Eugénio de Al meida, visa premiar o mérito e a e xcelência dos
estudantes universitários da Região de Évora que revele m u m
extraordinário potencial académico e que pretenda m frequentar
instituições de ensino superior na sua áre a de especialização, no
país ou no estrangeiro, bem co mo apoiar a produção de
conhecimento que possa vir a causar impactos positivos neste
território.
A seleção dos candidatos foi efetuada por um júri que integrou
individualidades reconhecidas pela sua r elevância científica,
acadé mica e profissional, designadamente os Professores António
Baptista, Jorge Araújo, Manuel Ferreira Patrício, Maria do Carmo
Fonseca e Dr. Vitor Bento.
14
No ano letivo 2015/2016, a Fundação atribuiu três bolsas a: Rita
Barrocas Di as Teixeira da Costa, al una do 3.º Ano do Mestrado
Integrado em Engenharia Física Tecnológica no Instituto Superior Técnico da
Universidade de Lisboa – 1.º Ciclo; Ana Beatriz Rebocho Ferreira,
mestranda do 2.º Ano de Perfor mance do Royal College of Music
de Londres – 2.º Ciclo; e Pedro Miguel Gregório Carrilho,
doutorando do 2.º Ano de Unidade de Astrono mia da Queen Mary
University de Londres – 3.º Ciclo.
SUBSÍDIOS
A Fundação Eugénio de Almeida financiou as instituições que se
segue m:
A Bru xa Teatro; Alma d’ Ara me; Asso ciação de Artistas Plásticos
100 Pavor; Associação Filarmónica Liberalitas Julia ; Associação
Musical de Évora Eborae Mvsica ; Associação para a Pro mo ção de
Música e Dança PédeXumbo; Asso ciação Sociedade do Bem ;
Coleção B; Contemporaneus, Associação para a Pro moção da Arte
Conte mporânea de Évora; Coral de Évora; Departa mento de
Música da Casa do Povo de Lavre; É Neste País; Ense mble Mont e
Mor; ExQuoru m; Grupo dos Amigos d e Monte mor -o-Novo; Instituto
de Cultura de Évora; O Es paço do Te mpo; Sociedade Operária de
Instrução e Recreio - Joaquim An tónio d´Aguiar; TEOARTIS;
Theatron; Trulé - Investigação de Formas Ani madas; Universidade
de Évora e Universidade Sénior de Évora.
A Fundação apoiou ainda os seguintes projetos editoriai s:
Cronologia dos Jesuítas em Portugal , de Tomás Machado Li ma;
Dieta Med iterrân ia | Uma herança m ilenar para a human idade , d e
Jorge Queiroz; Retábulos na Ar qu id io cese de Évora, de Francisco
Lameira e Artur Goulart ; Distr ito de Évora. Análise das Tendência s
Demográficas e Económ icas. Refle xõe s para o Futuro com base n o
Passado e no Presente, e ainda Distr ito de Évora. Acessib ilidades
e Mobilidade. Refle xões sobre as Via s de Comunicação ,
Transportes e Áreas de Influênc ia dos principa is Ag lomerados
Urbanos, a mbos de Jorge Paulino -Pereira e Tânia Reis .
No total estes subsídios representaram o valor de 20.963,00 €.
Os progra mas, apoios regulares e subsídios da área cultural e
educativa estão refletidos nos seguintes gráficos:
15
Programas e Apoios Regulares. Subsídios
5.130 €; 9%
4.500 €; 8%
20.963 €; 36%
1.656 €; 3%
25.000 €; 44%
Bolsa de Excelência Académica
Bolsa de Mérito
Revista Eborensia
Fundação Salesianos de Évora
Subsídios
Subsídios por Atividades e Projetos
4.000 €; 19%
5.500 €; 26%
2.800 €; 13%
1.750 €; 8%
1.413 €; 7%
500 €; 3%
5.000 €; 24%
Música
Teatro
Dança
Cinema
Publicações
Seminários e Colóquios
Outros
16
2. ÁREA SOCIAL
2.1 PROJET O DE VOLUNT ARI ADO
BANCO DE VOLUNT ARIAD O
Durante o ano de 2015 o Banco de Voluntariado (BV) da Fundação
Eugénio de Almeida registou 246 novas inscrições, o que
representa um au mento de 33 % relativa mente ao ano anterior.
No que respeita ao perfil dos novos inscritos, constata -se que
50,5% são jovens até aos 25 anos, 39,6% adultos entre os 26 e os
49 anos e apenas 9,9% no grupo do s seniores, neste caso co m
idade igual ou superior a 50 anos.
Um outro dado co m interesse é o relativo ao nível da ocupação do s
novos inscritos e m 2015, sendo que 4 3% são e studantes, 23 % sã o
pessoas no ativo, 23% estão dese mpregadas, apenas 8% estão
aposentados e 3% são donas de casa.
Continua, por isso, a verificar-se o interesse crescente dos mais
joven s pela prática do voluntariado, que é acompanhado de u m
au mento do voluntariado em idade ativa (particularmente e m
dese mpregados) indicando , por um lado, que se está a gerar uma
cultura do volun tariado nas gerações mais novas e, por outro lado,
que o voluntariado é cada vez mais entendido co mo u ma mais valia para quem procura integrar -se no mercado de trabalho e uma
alternativa de ocupação útil do tempo para aqueles que ainda não
conseguiram fazê -lo.
Do l ado da oferta de Oportunidades de Voluntariado (OV) continua
a verificar -se uma dinâ mica cada vez maior, significativa da
crescente
abertura
das
organizações
à
participação
da
co munidade.
Em 2015, o BV divulgou 83 OV, correspondente a um au mento de
11%, relativamente a 2014. Est as OV fora m pro movidas
funda mental mente por entidades públicas e privadas do Concelho,
tendo sido encaminhados pelo Banco de Voluntariado 698
Voluntários, mais 82% relativamente a o ano anterior.
Durante este ano aderiram ao BV 6 n ovas organizações. Esta s
entidades solicitaram o registo e os serviços do BV e m matéria de
divulgação de oportunidades de voluntariado e captação de
voluntários.
17
INFORMAÇÃO E CO MUNIC AÇÃO
À se melhança dos anos anteriores , a Fundação continua a apostar
na divulgação do Voluntariado e das suas boas práticas ; assi m
co mo na partilha de conhecimento, colaborando com outra s
instituições e envolvendo-se em diversas iniciativas de cariz local,
nacional e internacional , seja através da apresentação de
co municações, da dinamização de workshops e outras ações de
for mação, ou do estabelecimento de parcerias. Apresenta-se e m
seguida uma seleção desses mo mento s .
No conte xto nacional, a Fundação dina mizou u m workshop sobre O
Papel dos Banco s Loca is de Volun tariado na capacitação dos
voluntário s e das organizaçõe s promotoras de voluntariado a nível
local no Encontro Inter municipal de Voluntariado , realizado no dia
22 de outubro pela Confederação Portuguesa do Voluntariado em
parceria com os Municípios de Lisboa, Torres Vedras e Cascais, no
â mbito da iniciativa ‘Lisboa Capital Europeia do Voluntariado
2015’.
Ao nível do seu território de atuação, a Fundação deu testemunho
da sua experiência de gestão de um projeto de Voluntariado Sénior
Internacional no Encontro Envelhecimento Ativo – Estratég ias e
Percursos, organizado pela Delegação de Évora da EAPN (Rede
Europeia Anti -Pobreza) no dia 19 de outubro.
Destaca-se
ta mbé m
a
co municação
sobre
Voluntariado
apresentada a 1 de de ze mbro na Esco la Básica André de Resende ,
no â mbito da celebração do Dia Internacional dos Direitos
Hu manos.
Tendo se mpre presente o ob jetivo de apr oxi mar a co munidade ao
te ma do Voluntariado e envolver ma is pessoas nesta prática, a
Fundação pro moveu, no início do a no, u ma Ação de Rua para
divulgação do seu Projeto de Voluntariado. O programa incluiu um
conjunto de sessões envolvendo como entidades parceiras as
Uniões de Freguesia do Centro Histórico, Malagueira e Horta das
Figueiras e Bacelo e Senhora da Saúde .
Foram ainda realizadas as seguintes iniciativas:
I ENCONT RO VOLUNT ARI ADO E JUVENT UDE
Este Encontro r ealizou-se no dia 12 de março, no â mbito das
co me morações do mê s da Juventu de , e m colaboração co m a
Direção Regional do Alentejo do Instit uto Português da Juventude
e Desporto (IPJD).
18
A iniciativa mobilizou alunos e professores de diversos
estabel ecimentos de ensino secundário e da Universidade de
Évora, be m co mo jovens de outras i nstituições da R egião, nu m
total de 100 participantes.
Considerando o objetivo de cativar os jo vens para a prática do
Voluntariado, criou-se uma dinâmica de participação ativa que
per mitiu proporcionar aos jovens a aquisição de informaçã o e
conhecimento sobre Voluntariado ao nível local, regional, nacional
e internacional.
Do progra ma destaca -se u ma conf erência motivacional sobre
Juventude e Part icipa ção Cívica, pr oferida por Frederico Fezas
Vital, Principal Dreamer & Chief Executive Dreamer da Associação
Terra dos Sonhos; a vídeo -mensage m de Diana Bouça -Nova,
jornalista da RTP Infor mação e madrinha do Projeto d e
Voluntariado do Rock in Rio 2014; e uma co municação de Gabriela
Segurado, técnica da Direção Regional do Alentejo do IPJD sobr e
Serviço de Voluntariado Europeu.
II ENCONT RO
PROXIMIDADE
DE
PROJ ET OS
DE
VOLUNT ARIADO
DE
Realizou-se, no dia 17 de março, o II Encontro Nacional de
Pro jetos de Voluntariado de Proxi mi dade, tendo por objetivos a
partilha de conhecimento e o reforço das redes de cooperaç ão
entre organizações nacionais que desenvolve m ações nest e
â mbito.
Foram apresentados 5 projetos nacionais com grandes diferenças
territoriais e de resposta a públicos -alvo diversos que, não
obstante, usara m a metodologia criada pela F undação - a Office
Bo x do Voluntar iado - para a sua i mplementação. Realizaram-se
ta mbé m 3 oficinas dedicadas aos te mas da gestão de casos,
animação de voluntários e animação co munitária.
Um dos pontos altos do programa foi a conferência Os afetos na
prática do Voluntar iado , proferida por Monsenhor Feytor Pinto,
Ad ministrador Paroquial do Camp o Grande e Coordenador
Diocesano da Pastoral da Saúde, que destacou a i mportância dos
afetos nas relações interpessoais co mo u m dos pilares do
Voluntariado de Proximidade.
O Encontro reuniu cerca de 90 participantes.
19
DIA INT ERNACIO NAL DO S VOLUNT ÁRIO S
No â mbito das co me morações do Dia Internacional dos
Voluntários, 5 de dezembro, a Fundação voltou uma vez mais a
pro mover u m progra ma de atividades, dirigido a vários seg mento s
da co munidade.
O programa teve início no dia 30 de nove mbro, tend o a Fundação
oferecido aos voluntários que colabora m nos seus pro jetos a
oportunidade de conhecer in loco a s suas estruturas de produção
de vinho e azeite, co m u ma visita guiada à Adega Cartu xa, n a
Herdade de Pinheiros, e ao Lagar Cartuxa, na qual participaram 2 6
voluntários.
Este progra ma de visitas teve ainda um segundo mo mento no dia 5
de dezembro, co m u ma visita guiada ao Pátio de São Miguel e ao
Fórum Eugénio de Al meida .
Nos dias 1 e 10 de dezembro fora m realizadas 3 ações de
sensibilização para o voluntariado em contexto escolar: na Escola
André de Resende, para 12 participantes adultos ( docentes e
auxiliares de ação educativa ); na Esco la Conde Vilalva e na Escola
Gabriel Pereira junto de 3 tur mas de alunos de 10º e 9º ano das
disciplinas de Educação Moral Religiosa e Católica, que
envolveram 50 jo vens.
No dia 4 de dezembro teve lugar u ma Ação de Rua para a
Divulgação do Voluntariado, que contou co m a colaboração de 10
voluntários e de 3 animadores da e mpr esa XPTO.
No dia 5 de deze mbro realizou-se a 5.ª Sessão Pública de
Reconheci mento aos Voluntários e às Organizações Pro motoras de
Voluntariado, diri gida muito e m particular aos 115 voluntários que
colaboraram ao longo do ano nos diferentes projetos da Fundação
e às 28 organizações que promovera m pro jetos de voluntariado ou
colaboraram na cedência de recursos para o pro jeto dos N úcleos
de Voluntariado de Proximidade.
A sessão registou cerca de 150 participantes.
RUBRICA DE RÁDIO VOLUNTARIAM ENTE
Entre nove mbro de 2012 e maio de 2015, a Fundação Eugénio de
Al meida promoveu, e m parceria co m a Associação Jovens
Professores do Alentejo (AJPRA) – Centro UNESCO Aldeia das
Ciências, uma colaboração para a real ização de uma rúbrica de
rádio semanal, co m a duração de 5 minutos , sobre o te ma
voluntariado. Neste conte xto, e m 2015, fora m realizados 22 novo s
20
programas, co m entrevistas a voluntários, responsáveis
organizações, beneficiários, académicos e for madores.
de
Co m o ob jetivo de dar voz aos atores do voluntariado, esta rubrica
contabilizou 111 edições, que pode m ser ouvidas n a Mediateca d o
website do Voluntariado, em www.fund acaoeugeniodealmeida.pt .
AÇÃO SOL IDÁRIA VOLUNTARIADO E JUVEN TUDE
A Fundação Eugénio de Almeida promoveu no dia 14 de outubro
2015 mais u ma ação solidária, desta vez requalificando os campo s
de ténis do Lusitano Ginásio Clube (LGC).
Através de u m trabalho de proxi midade co m a Escola Secundária
Gabriel Pereira e a Escola Básica André de Resende, for a m
envolvidos nesta ação de requali ficação das instalações do LGC
mais de três dezenas de jovens.
Para muitos destes alunos, esta foi uma e xperiência marcante, a
sua primeira experiência de voluntariado. Como muitas das
primeiras experiências vivenciadas pelos jovens, ela trouxe o
encanto da entrega total e a descoberta de novos sentimentos: o
altruísmo, a força interior, o sentido de dever cumprido, de ser
capaz, da descoberta, de que todos juntos consegui mos fazer a
diferença e transformar o nosso mund o, a nossa cidade e a nossa
co munidade.
Esta ação solidária surgiu na sequência do I Encontro Voluntariado
e Juventude, iniciativa promovida pela Fundação e m março dest e
ano, e que teve como ob jetivo chegar a um novo público,
sensibilizando e envolvendo -o em práticas de voluntariado,
pro movendo u ma aproxi ma ção à co munidade e contribuindo para
u m processo educativo com base na participação cívica ativa e nos
valores humanistas e de solidariedade.
A realização da ação envolveu u ma parceria co m a União de
Freguesi as do Bacelo e Senhora da Saúde.
FORMAÇÃO
A área da for mação e m Voluntariado continua a ser u mas das
grandes apostas da Fundação e u m indiscutível fator de
diferenciação em relação às entidades congéneres a nível
nacional.
Em 2015, deu-se segui mento à op ção de pro mover ações mais
práticas e técnicas, sessões de informação curtas e muito dirigidas
21
às ações de terreno, procurando ir ao encontro das necessidades
dos voluntários e da sua disponibilidade efetiva.
CURSO S E WORKSHO PS
Durante o ano de 2015 , a Fundação realizou 15 workshops, 1
Curso de For mação e m Voluntariado, 1 Curso de Inglês Aplicado
ao Voluntariado Cultural e 1 Curso Intensivo de Gestão do
Voluntariado, que abrangeram u m total de 266 participantes.
Entre a oferta for mativa da Fundação destinada aos técnicos
gestores/animadores de pro jetos de voluntariado encontra -se a 4ª
edição do Curso Intensivo de Gestão do Voluntariado, realizada
nos dias 20, 21 e 22 de abril, que voltou a contar co m a qualificada
colaboração de Victor Arias Torre, Pedagogo Social e ConsultorFormador nas áreas da Participação Social e Voluntariado , de
Madrid.
Frequentaram esta ação for mandos co m responsabilidades pela
imple mentação, coordenação ou aco mpanha mento de pro jetos d e
voluntariado em organizações públicas e privadas sem fins
lucrativos, provenientes de diversos pontos do país.
Para além do referido Curso fora m ainda realizados 2 workshops
para este público -alvo: Gestão e Animação de Voluntar iado de
Proxim idade, a 23 de junho, e It in erário para Formadores em
Voluntar iado, nos dias 10 e 11 de sete mbro.
Em 2015 realizaram-se 2 curso s e 13 workshops - 7 dos quais de
for mação básica inicial da série Ser Voluntár io , que no total
abrangeram 107 for mandos, o que corresponde a um au mento de
16% relativamente ao an o anterior.
Ainda neste â mbito realizou-se, no dia 19 de outubro, u m Curso d e
Formação e m Voluntariado.
Na sua totalidade, durante o ano de 2015 , 121 voluntários tiveram
oportunidade de receber formação b ásica inicial, assumida ho je
por muitas entidades locais co mo u m pré -requisito ou critério de
preferência aquando da integração de novos voluntários nas
oportunidades de voluntariado que oferece m.
Os outros 6 wor kshops fora m dedica dos a diferentes te máticas e
aspetos específicos da prática do volunt ariado no contexto dos
projetos: Relacionamento com o Público em At ividades Voluntár ias,
no dia 28 de janeiro; Voluntar iado em Saúde Mental , de 14 a 21 de
maio; Competências Re laciona is em Voluntar iado na Área d a
Def iciência, dias 8 e 9 de julho, Competências Relaciona is em
Voluntar iado Social, no dia 7 de out ubro; Humor ao Serviço do
22
Voluntar iado So cial, no dia 3 de novembro. Realizou -se ainda u m
Curso de Suporte Básico de Vida, de 9 a 10 de fevereiro.
Este ano pela primeira vez , a Fundação prestou serviços de
for mação e xterna fora das suas instalações. Neste conte xto fora m
dinamizados 2 W orkshops Ser Voluntário , por iniciativa do Banco
Local de Voluntariado da Câmara M u nicipal de Odemira para um
conjunto de 28 voluntários.
SESSÕ ES DE INFORMAÇÃO
As sessões de infor mação tê m surgido co mo u ma alternativa eficaz
para disponibilização de informação aos voluntários que tê m
dificuldade em participar em ações de formação cu ja duração, por
definição, nunca é inferior a 7 horas.
Estas ações co mple mentares à for ma ção certificada, normal ment e
co m u ma duração curta (entre 2h a 4h), oferecem aos voluntários
acesso a u ma grande diversidade de te máticas, nor mal mente
ligadas ao funcionamento de pro jetos no terreno.
Ao longo de 2015, foram desenvolvidas 8 sessões de informação
que chegara m a 104 voluntários, sobre : Arte Conte mporânea ; a
Acrópole de Évora; a Família Eugénio de Almeida e a Fundação
Eugénio de Al meida ; Voluntariado de Pro xi mida de; Voluntariado
para o Desenvolvimento e m África ; e o Pré mio Voluntariado Jovem.
6.ª EDIÇÃO DA ESCOL A DE VERÃO DE VOLUNT AR IADO
Realizou-se, nos dias 4 e 5 de junho, a 6ª edição da E scola de
Verão de Voluntariado (EVV), que registou cerca de 80
participantes e que contou, co mo habitualmente, co m a
colaboração
de
especialistas
nacionais
e
estrangeiros,
destacando-se a presença de Mar Amate, Diretora da Plataforma
de Voluntariado de Espanha.
Entre os diversos te mas e m dis cu ssão, co mo o i mpacto do
voluntariado, voluntariado e juventude , ou as políticas públicas de
voluntariado, foi també m realizada uma visita guiada ao Fóru m
Eugénio de Almeida, co mple mentad a co m a apresentação d o
Pro jeto de Voluntariado Cultural da FEA.
São de salientar, co mo co mponentes inovadoras desta edição da
EVV, a presença do pro jeto Reméd io s do Riso que, para alé m d a
animação dos mo mento s sociais do progra ma, apresentou ta mbé m
a sua missão e atividades; e u ma se ssão paralela em for mato de
visita a projetos locais de voluntariado e m Évora.
23
Uma men ção ainda para o Painel Polit icas Públicas de
Voluntar iado, que contou co m as intervenções de Sofia Ribeiro,
eurodeputada, João Dias, Vice-presidente da CNIS - Confederaçã o
Nacional das Instituições de Solid ariedade, Paulo Neto, da
Unidade de Monitorização de Políticas Públicas da Universidade
de Évora, e Fernanda Freitas, jornalista.
PROJET OS DE INT ERVEN ÇÃO
VOLUNT ARIADO
AL MEIDA
CULT URAL
DA
FUNDAÇÃO
EUG ÉNIO
DE
Este pro jeto voltou a crescer ao longo do an o de 2015 a diversos
níveis, quer e m nú mero de voluntários que nele colaboraram, quer
e m quantidade de iniciativas disponibilizadas para a qualificação
desta equipa, quer ainda na diversificação das atividades em que
os voluntários foram cha mados a colaborar.
Entre os meses de janeiro e deze mbro de 2015, fora m
enquadrados 39 voluntários neste projeto, cu ja atividade de
caracter mais regular se desenvolve no Fórum Eugénio de
Al meida, no acolhimento dos visitantes e guardaria das
exposições.
Para alé m destas funções , os voluntários deram ainda apoio a
iniciativas co mo: o Festival Lá Fora, as visitas guiadas ao Paço de
São Miguel, as sessões de filme s infantis, a montage m e
desmontage m de e xposições, a arruada para divulgação do Dia
dos Museus, as Oficinas de Natal e de Verão para crianças, e o
Dia Aberto da Fundação Eugénio de Almeida.
No con junto destas atividades , os 39 voluntários
realizaram u m total de 2848 horas de voluntariado.
envolvidos
Para garantir a qualificação desta equipa, foram desenvolvidas ao
longo do ano cerca de 14 iniciativas de for mação e infor mação d e
â mbitos te má ticos diversos (Inglês aplicado ao Voluntariado
Cultural , relacionamento co m o p úblico, Arte Conte mporânea, etc.) ,
be m co mo ações especí ficas para cada u m dos pro jetos
expositivos inaugurados durante este ano e os diferentes espaços
patrimoniais da Fundação.
Para destas a ções, realizou-se ta mbé m pela pri meira vez u ma
Visita a Projetos de Voluntariado Cultural, de caracter formativo ,
co m o ob jetivo de proporcionar aos me mbros da equipa o contacto
co m e xposições de arte modern a e conte mporânea e o
conhecimento de outros pro jetos culturais qu e contam co m
voluntários na sua dinamização. O progra ma incluiu uma visita a
duas e xposições patentes na Fundação Calouste Gulbenkian,
24
designadamente Todos os L ivros da a rtista Lourdes de Castro e X:
Antón io Charrua , guiada pelos respetivos curadores, e ai nda ao
Museu Bordalo Pinhe iro .
VOLUNT ARIADO + INCLU SIVO
Co m o duplo objetivo de pro mover o acesso aos equipamentos e
atividades culturais dos públicos mais desfavorecidos, e de
pro mover o contacto dos voluntários com estes públicos,
no meada mente pessoas portadoras de deficiência, a Fundação
desenvolveu durante o ano de 2015 u ma e xperiência -piloto a que
cha mou Voluntariado + Inclusivo.
Este pro jeto consistiu na dinamização de atividades culturais no
Fórum Eugénio de Almeida, a partir exposições patentes, que
implicaram o trabalho e m equipa entre os voluntários e os
visitantes portadores de deficiência.
O projeto foi realizado em colaboração co m 5 organizações locais
co m intervenção na área da deficiência: ARASS - Asso ciação de
Reabilitação, Apoi o e Solidariedade Social, APCE - Associação de
Paralisia Cerebral de Évora, APPACDM - Associação Portuguesa
de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, ASCTE Associação Sócio Cultural Terapêutica de Évora e CERCI DIANA.
Envolveu cerca de 100 participantes, dos quais 60 utentes, 1 6
técnicos/auxiliares e 23 voluntários .
No dia 9 de dezembro, no conte xto do III Encontro O Voluntariad o
nas Organ izações de Apo io à Pe ssoa com Def iciência , foi
apresentado o relatório dos inquéritos aplicados aos voluntários
que colaboraram nas atividades do projeto.
Para além de traçar o perfil do voluntário, esta apresentação
evidenciou o forte impacto que teve n a superação de receios e na
desmistificação dos preconceitos que inibiam a maior parte destes
voluntários a participar em atividades dirigidas a pessoas co m
deficiência. De facto, a grande maioria afirmou que a participação
neste projeto foi u ma e xperiência transfor madora, enriquecedora e
co m i mpacto ao nível do desenvolvime nto pessoal.
Para as organizações envolvidas, o projeto foi entendido como
u ma e xperi ência interessante do ponto de vista técnico, de fácil
execução e útil para os seus utentes, abrindo oportunidades de
enriquecimento cultural e de relação co m outras pessoas.
25
VOLUNT ARIADO DE PRO X IMIDADE
Os Núcleos de Voluntariado de Proxi midade são redes
colaborativas que procuram melhorar a vida de pessoas na cidad e
de Évora, a judando a construir uma co munidade mais coesa,
fraterna e justa através do Voluntariado.
Estas redes tê m por base a prática do V oluntariado numa ótica
territorial, baseada nas relações de proxi midade , e dão resposta a
necessidades sociais de pessoas e in stituições das freguesias do
Bacelo e Senhora da Saúde, Malagueira e Horta d as Figueiras e
Centro Histórico. São dinamizadas por u ma equipa técnica da
Fundação e apoiadas pela mediação d e Conselheiros – voluntários
coordenadores que encaminha m os voluntários em função do s
apoios e das atividades a desenvolver, contribuído assim para o
desenvolvimento de novas soluções so ciais.
Em janeiro de 2015, o Pro jeto de Voluntariado de Proxi midade da
Fundação Eugénio de Almeida foi considerado uma iniciativa de
Elevado Potencial de Empreendedorismo Social – ‘ES+’, tendo sido
o projeto da região Alentejo mais referenciado neste contexto.
Esta menção foi atribuída pelo projeto Mapa de Inovação e
Empreendedorismo
So cial,
desenvolvido
pelo
Instituto
de
Empreendedorismo Social e pelo Instituto Padre António Vieira,
que te m co mo ob jetivo mapear iniciativas de elevado potencial de
e mpreendedorismo so cial em Portugal.
Ao longo do ano procurou-se ‘criar co munidade’: consolidaram-se
valores comunitários de interajuda e proxi midade, reataram -se
laços de solidariedade e vizinhança e reforçaram -se parcerias no
contexto da rede de organizações parceiras.
Experi mentara m-se nova s microiniciativas que visaram afir mar a
marca do projeto na co munidade e que permitiram fazer mais, por
mais pessoas, criando assi m soluções inovadoras para novos
problemas socias e mergentes qu e, através de respostas
co mple mentares às das instituições, apoiaram a nível domiciliário
e co munitário públicos tão diversos co mo: idosos e m situação de
isolamento e solidão e co m redes sociais fragilizadas ; mulheres
vítimas de violência domé stica no apoio ao processo d e
autono mização de vida e n a procura ativa de e mprego ; crianças e
joven s econo mica mente desfavoreci dos ou filhos de mu lheres
vítimas de violência domé stica através do apoio ao estudo ;
doentes crónicos através do acompan ha mento e apoio comunitário ;
fa mílias monoparentais, famílias co m pessoas com deficiência a
cargo, fa mílias com dificuldades de conciliação da vida familiar e
profissional; e cuidadores, para apoio do seu descanso.
A diversidade de intervenções neste contexto per mitiu consolidar
metodologias de trabalho, desenvolver o trabalho em rede na
prestação de apoios e suscitou o interesse de um novo con junto de
26
entidades públicas e privadas ligadas à área da saúde, tendo e sta
vindo a ser predo minante na prestaçã o dos apoios de pro xi midade.
Refira-se, neste â mbito, a adesão do Centro de Resposta s
Integradas do Alentejo Central aos Núcleos de Voluntariado de
Proxi midade, be m co mo a colaboração iniciada com a Asso ciação
Oncológica do Alentejo e a Diabentejo.
Desde o seu início, e m 20 06, a intervenção do pro jeto regista mais
de 12.200 apoios prestados, 212 fa mí lias beneficiadas e perto de
16.000 voluntários e outras pessoas da co munidade envolvidos .
Ao longo de 2015, fora m prestado s cerca de 2.000 apoios por 5 3
voluntários de proxi midade, alguns dos quais organizados e m
colaboração e comple mentaridade com a intervenção dos serviços
prestados por várias organizações parceiras do projeto , co mo o
Lar de Santa Helena, a MetAlentejo, o Centro de Saúde de Évora ,
a Cáritas Arquidi ocesana de Évora ou a Santa Casa d a
Misericórdia de Évora, entre outros.
Iniciaram-se novas tipologias de apoio , designadamente u m
programa de alfabetização digital que teve co mo parceira a União
das Freguesias de Bacelo e Senhora da Saú de, e que permitiu que
vários idosos adquirissem co mpe tências na utilização de
ferramenta s de informá tica, através do voluntariado.
As atividades promovidas nos Núcleos de Voluntariado de
Proxi midade este ano contaram co m aproxi mada mente 340
participações de voluntários, envolvera m perto de 3 .500 pessoas
da cidade de Évora, e beneficiaram direta mente cerca de 5 0
instituições.
Foram estabelecidas 42 parcerias no contexto destas rede s
colaborativas, que resultaram no desenvolvimento de 52
iniciativas, co mo e ncontros co munitários, ações solidárias , visitas
a locais de interesse cultural e patrimonial para voluntários e
beneficiários ou ações de pro moção e divulgação nos Núcleos da
Horta das Figueiras e Malagueira, Senhora da Saúde, Bacelo e
Centro Histórico.
Considerando a importância da promoção de u ma cultura de
voluntariado na co munidade, do reforço das redes colaborativas,
do desenvolvimento pessoal dos voluntários e dos beneficiários
dos Núcleos, a Fundação pro move u m con junto diversificado de
atividades socioculturais e de formaçã o específica e não formal.
Realizaram-se pela primeira vez este ano os workshop s
Competência s Rela ciona is em Volun tariado Social e Humor a o
Serviço do Vo luntar iado Social .
A for mação não formal assu me ta mbé m u m papel importante neste
contexto, e xistindo a preocupação de dar a conhecer aos
voluntários envolvidos a realidade onde atuam, pelo que se
27
procurou dar continuidade e consolidação ao programa Conhecer
para Atuar. Em 2015, realizaram-se visitas a organizações e
bairros da cidade de Évora e uma visita de boas práticas a
projetos de voluntariado social em Lisboa.
Fez-se també m ao longo do ano o acompanha mento dos
voluntários - fundamental para a mon itorização e manutenção d a
prestação dos apoios e para o reforço da identificação dos
voluntários co m o pro jeto e co m a cultura institucional da
Fundação Eugénio de Almeida -, tendo sido realizados 6 encontros
da série Desafios do Voluntar iado q ue decorreram e m espaço s
físicos cedidos pelas entidades parceiras dos Núcleos de
Voluntariado
na
cidade
de
Évora,
e
que
envolveram
aproxi mada mente 70 voluntários.
Os voluntários tiveram ainda a oportunidade de participar na
Sessão For ma tiva: A Família Eugén io de Alme ida e a Fundação
Eugén io de Alme ida , e foi -lhes proporcionada uma se ssão for mal
de reconhecimento, e m julho, para assinatura dos Acordos de
Voluntariado.
Realizaram-se, co m as organizaçõe s parceiras , atividades de
animação sociocultural e intervenção co munitária, como sessõe s
de contos, tertúlias, visitas culturais e diversas ações solidárias.
As ações solidárias foram reconhecidas de grande interesse para a
co munidade, pelo impacto positivo que tiveram nas organizações e
nas pessoas que usufrue m direta men te dos seus serviços, tendo
sido dada prioridade ao combate ao desperdíc io alimentar , à fo me
e à proteção de populações socialmente e xcluídas . Fora m
realizadas 3 ações solidárias, 2 Colheitas Solidárias de laranjas
(u ma no Páteo de São Miguel , sede da Fundação e outra na Horta
das Laranjeiras), e u ma ação de requalificação de espaços da
Associação Met Alentejo , co m intervenção direta na área da saúde
mental.
Realizou-se, com a colaboração de 33 voluntários de proxi midade,
u m con junto de ações de divulgação do projeto pelos bairros da
Senhora da Saúde, Bacelo, Malagueira e Centro Histórico, tendo
e m vista recrutar novos voluntários, angariar novos beneficiários e
divulgar os encontros co munitários de “Boa Vizinhança”.
2.2 QUALIF ICAÇÃO PARA O T ERCEIRO SET OR
EST UDOS E PROJ ECT OS
PROJET O PL AT .FOR.ÉVO RA – PLATAFORMA PARA A CO ESÃO
E INOVAÇÃO SOCIAL EM ÉVORA
28
Financiado pelo InAlentejo, este pro je to pro movido pela Fundação
Eugénio de Almeida teve início em ja neiro de 2014 e encerrou em
junho de 2015. T eve co mo ob jetivo pro mover o networking para a
Inovação Social, por forma a introduzir processos organizacionais
e relacionais inovadores com vista à melhoria do dese mpenho da s
Organizações do Terceiro Setor e, consequente mente, das sua s
respostas e sustentabilidade.
Co m e ste propósito , fora m desenvolvidas diversas atividades, das
quais se destaca m:
LABO RAT ÓRIO PARA APO IO A NOVAS IDEIAS SO CIAIS
BOOT CAMP EM EMPREEND EDORISMO SOCIAL – 2ª EDIÇÃO
/
Realizou-se nos dias 15, 16 e 17 de abril no Hotel da Ameira, e m
Monte mor-o-Novo, e envolveu participantes de vários pontos do
país.
Esta iniciativa foi promovida pela Fundação e m colaboração co m o
IES – Social Business School, com o objetivo de fornecer as
ferramenta s, a motivação e a rede necessária para transformar
novas ideias em pro jetos de e mpreendedorismo social.
No final foram apresentados 5 pro jetos ao Júri, co mposto po r
António Costa da Silva, da Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Alentejo 2020, Sónia Ra mo s,
Diretora do Centro Distrital da Segurança Social de Évora, Ana
Bre jo, Assessora do Diretor Executivo da ADRAL – Agência de
Desenvolvimento Regional do Alentejo, e Henrique Sim - Si m,
Coordenador da Área Social da Fundação.
Os projetos selecionados foram: “Travesseiro”, apresentado pela
Cáritas Diocesana de Beja, a Fundação O Século e a Asso ciação
Agir no Tempo, co m o ob jetivo de co mbater o isolamento dos
idosos; e “Tradformar”, apresentado pelo CENDREV, a Associação
Péde xu mbo, e a Associação O xalá, co m o ob jectivo de sensibilizar
os jovens para as tradições portuguesas no ca mpo da arte, da
dança, da música , etc..
Os dois pro jetos vencedores estão a r eceber mentoria do I ES e da
Fundação co mo apoio à imple mentaçã o de iniciativas -piloto.
II FÓRUM PARA A CO ES ÃO E INOVAÇÃO SOCIAL
Realizou-se, no dia 23 de abril, no auditório do Fórum Eugénio de
Al meida, a segunda edição deste encontro.
29
A Fundação trou xe a Évora alguns dos mais reputados
especialistas
nacionais
e
estrangeiros
na
área
do
Empreendedorismo e da Inovação social, que trouxeram no vos
te mas e abordagens nestes do mínios.
De entre os diversos orad ores destaca m-se as presenças de:
António Miguel, do Laboratório de Investimento Social (Fundação
Calouste Gulbenkian / IES -SBS), de Miquel de Paladella,
Cofounder and CEO da UpSocial - Social Innovation for
Co mmunities, de Frederico Cruzeiro Costa, CEO da SEA - Social
Entrepreneurs Agency, de Maika Diaz Aguilar, Project Manager d a
Fundecyt – Parque Científico e Tecnológico da Extre madura, e de
Carlos Azevedo, Presidente da Direção da ESLIDER - PORTUGAL.
A Fundação teve oportunidade de apresentar as diversa s
iniciativas levadas a cabo junto da s Organizações do Terceiro
Setor e outros atores, que tê m contribuído para o desenvolviment o
de
competências
e
projetos
de
Inovação
Social
e
Empreendedorismo.
Por
seu
lado,
alguma s
organizações
apresentaram ta mbé m o s pr ojeto s que desenvolveram na
sequência do trabalho realizado co m a Fundação. Os In stru mento s
de Apoio ao Empreendedorismo e Inovação Social, foram ta mbé m
apresentados e debatidos neste Fórum, designada mente o Fund o
Portugal Inovação Social, e o novo Quadro Alentejo 2020.
O encontro registou 170 participantes, provenientes de todo o
país.
Destaca-se ainda a realização, no dia 27 de maio, e m Estre moz e
Portalegre, de uma Visita a Boas Práticas de Empreendedorismo e
Inovação Social imple mentadas por Organizações do Terceiro
Setor do Alentejo, be m co mo u ma açã o de divulgação das práticas
que a Fundação te m desen volvido ju nto dos atores locais para a
pro moção do Empreende dorismo e da Inovação Social.
O progra ma incluiu uma visita à Cerciestre moz, que per mitiu dar a
conhecer os seus projetos Horta Solidária e o Ateliê de Estét ica ,
referenciados no MIES – Mapa de In ovação e Empreendedorismo
Social.
No encontro/partilha de experiências, realizado em Portalegre,
fora m apresentados os pro jetos: TradForMar da Associação
Péde xu mbo, do CENDREV e do Bloco Oxalá; Raí zes, da
Cercidiana e da Casa João Cidade ; Travesseiro, da Cáritas
Diocesana de Be ja, da Fundação O Século, da Fundaç ão Eugénio
de Al meida e da Associação Agir no Te mpo; Un iverso da s
Oportunidades, da Associação FORMATUS; e Casa para Sem
Abr igo, da Asso ciação Tégua.
30
Estivera m representadas 15 organizações de Évora, Estre moz e
Portalegre.
Tendo em vista a disseminação do projeto, procedeu -se à
conceção e produção de um Guia para Colaboração , que mostra a
metodologia desenvolvida pelo projeto durante a sua execução. A
produção de conteúdos foi efetuada por Isabel André e Patrícia
Rêgo do IGOT – Instituto de Geografia e Ordenamento do
Território, com a colaboração da equipa técnica da Fundação, e as
ilustrações são da autoria da arquiteta Estela Ca meirão.
FORMAÇÃO
A Fundação Eugénio de Al meida pro moveu, e m 2015, no â mbito da
qualificação do terceiro setor, quatro ações de for mação. Dua s
edições do Curso Intensivo e m Preparação e Elaboração de
Pro jetos, u m Curso Intensivo de Desenho de Modelos de Negócio
para o Terceiro Setor e um Curso Int ensivo de Inglês Aplicado ao
Terceiro Setor – Nível B1-/B1, nas quais participaram u m total de
64 dirigentes e técnicos das OTS. Realizaram -se, ainda, 2
W orkshops,
um
sobre
a
te mát ica
Estratégias
para
a
Sustentab ilidade da s Organ izações e outro sobre Avaliação d e
Resultados e Impacto Social . Participara m nestas sessões 24 e 16
pessoas, respetiva mente.
A for ma ção pro mo vida pela Fundação no â mbito da Qualificação
do
Terceiro
Setor
t em-se
de stacado
pela
qualidade,
adequabilidade, diferenciação e atualidade, sendo estes fatores
funda mentais no suce sso das ações.
Foram convidados profissionais e acadé micos de referência no
contexto nacional sobre as te máticas abordadas, tendo participado
u m total de 104 representantes de 5 4 instituições privadas se m
fins lucrativos de â mbito social e cultural nas a tividades forma tivas
realizadas.
Para além destas ações, a Fundação Eugénio de Almeida realizou,
através do Progra ma Vida Ativa, duas edições do Curso de
Empreendedorismo destinado a jovens licenciados dese mpregados
e duas edições da Unidade de Forma ção d e Curta Duração sobre
Técnicas de Procura de Emprego dirigidas ta mbé m àquele público.
Participaram nas 2 edições do cur so um total de 39 for mandos e n a
Unidade sobre Técnicas de Procura de Emprego 42 joven s
licenciados desempregados.
Em síntese, realizou-se u m total de 10 atividades formativas nas
quais participaram 185 for mandos.
31
REDE DE INFORMAÇÃO
A rede informal de or ganizações imple mentada e m 2005 para
partilha de informação, conheci me nto e estabelecimento d e
parcerias e trabalho em rede, teve um i mpulso bastante positivo
através do desenvolvimento do projeto Plat.For.Évora – Plataforma
para a Coesão e Inovação Social em Évora, que veio trazer às
organizações a possibilidade de reflexão e trabalho con junto e m
torno de ob jetivos co muns, per mitindo a consolidação desta rede
que conta atualmente co m 30 organizações do terceiro setor.
Para a dinamização desta rede, realizou -se um con junto d e
iniciativas: os Encontros de Organizações realizados a 27 de maio
e 23 de junho; o II Fóru m para a Coesão e Inovação Social; a
exibição do Docu mentário ÉS So cial; e a 2.ª Edição do
Lab.For.Évora - Laboratório de Ideias para a Inovação Social.
Todos estes eventos fora m fin anciados pelo projeto Plat.For.Évora
- Plataforma para a Coesão e Inovaçã o Social em Évora.
Estas iniciativas envolveram cerca de 300 participantes.
Realizou-se,
no
dia
5
de
nove mbro,
a
conferência
Empreendedorismo e Inovação Social em Rede pelo Bem Comu m –
O Caso do Movimento Idun , proferida por Gines Haro, consultor e
for mador e m e mpreendedorismo e inovação social e Fundador e
Coordenador do Movi mento Idun - rede de profissionais que
mobiliza e partilha as suas co mpetênci as e e xperiências e m grupos
de trabalho para construir e desenvolver projetos, eventos e
atividades diversas .
Ainda neste eixo, foi disponibilizada infor mação, através de vários
docu mentos e publicações de interesse à atividade das
organizações, no website Qualificação para o Terceiro Setor , e m
www.fundacaoeugeniodealmeida.pt.
2.3
PROGRAMAS E APO IOS R EGUL ARES. SUBSÍ DIOS
No con junto, progra mas, apoios regulares e subsídios atribuídos
ascendera m a 279.552,00 €, representando 44% do rendiment o
distribuído em 2015 pela Fundação.
PROT OCOLO DE COL ABOR AÇÃO PARA CUMPRIMENT O DOS
FINS EST AT UT ÁRIOS DA FUNDAÇÃO NA ÁREA SOC IAL
A Fundação Eugénio de Almeida mant eve, e m 2015, o protocolo de
cooperação técnica com a Cáritas Diocesana de Évora para
avaliação, decisão e acompanha mento no do mínio assistencial.
32
O Atendimento Social foi alargado, tendo sido realizado em 34
pólos em diversas localidades abrangendo u m total de 103
paróquias. Estes pólos estão integrados na zona Centro Sul
(Alcáçovas, Viana do Alentejo, Sa nto Antão, São Brás, São
Ma mede, São Pedro, Sé ( Sr.ª do Car mo), Sr.ª Au xiliadora, Sr.ª de
Fátima, Sr.ª Saúde, Sr.ª da Tourega, Portel, Reguengos de
Monsaraz e Mourão), na zona Oe ste (Avis, Cabeção, Montargil,
Mora, Benavente, Coruche, Sa mora Correia, Montemor -o-Novo e
Vendas Novas) e na zona Leste ( Elvas, Monforte, Cano, Estre moz,
Sousel, Alandroal, Borba, Redondo, Vila Viçosa e Fronteira). Para
além destes, funcionara m os pólos de atendimento que
funcionaram na sede da Cáritas Diocesana de Évora que abrangem
as restantes paróquias.
O fundo financeiro de 202.621,00 € disponibilizado pela Fundação
foi prioritariamente dis tribuído em apoios e subsídios pecuniários a
pessoas e fa mílias carenciadas e em situação de emergência da
região de Évora, visando protegê -las e m toda s as situações d e
falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade
para o trabalho; contribuir para a resolução de problema s
habitacionais; promover e proteger na saúde; pro mover medidas
urgentes de ajuda a pessoas e m risco ou em situação de exclusão
social.
Foram apoiadas 1.471 famílias, 1.103 em situação de carência e
368 em situação de e mergê ncia, às quais foram prestados 3.517
apoios, que prioritariamente (47 %) fora m para despesa s
do mésticas. Das finalidades dos apoios prestados (27 tipologias),
destaca m-se o apoio à aquisição de medica mentos (19%),
seguindo-se os apoios para suprimir dific uldades alimentares (6 %),
para aquisição de óculos (5%), para a renda de casa (5%),
transportes e despesas de saúde, a mb os co m 3 %.
Dos apoios concedidos, 85% corresponde m
carência e 15% a situações de e mergência.
a
situações
de
33
BOLSA EUGÉNIO DE AL MEIDA
A Fundação Eugénio de Al meida protocolou com a Universidade de
Évora, e m 2013, a integração da sua Bolsa Eugénio de Almeida no
FASE-UÉ – Fundo de Apoio Social aos Estudantes da Universidade
de Évora. Desta for ma, criaram-se sinergias entre os programas de
apoio social de ambas as instituições, designadamente no apoio
concedido aos alunos em dificul dades econó micas.
Em 2015, o Conselho de Ad ministração da Fundação Eugénio de
Al meida deter minou atribuir um con ju nto de 7 Bolsas Eugénio de
Al meida, no valor de 1.500,00 € cada , totalizando 10.500,00 €, a
sere m integradas e atribuídas de acordo co m o regulamento e m
vigor do FASE-UÉ.
ENCARGOS EST AT UT ÁRIO S
No respeito pela vontade expressa pelo Eng. Vasco Maria Eugénio
de Almeida nos Estatutos da Fun dação, fora m mantidas as
pensões de reforma e subsídios de renda e de carácter
per manente às pessoas que, de modo regular, vinham send o
apoiadas pelo Instituidor. Esta intervenção representou e m 2015
u m valor de 44.831,00 €.
34
SUBSÍDIOS
A Fundação Eug énio de Almeida financiou, através de subsídios
pontuais, as instituições que se seguem:
Associação de Paralisia Cerebral de Évora; Associação de
Solidariedade Social Renascer de Bo mbel; Associação Fé e Luz de
Portugal - Movi mento Fé e Luz - Co mu nidade de Nossa Senhora d e
Fátima; Associação Hu manitária dos Bo mbeiros Voluntários de
Mora; Associação Pão e Paz; Associação Remédio do Riso ;
Associação Terra Mãe - Lar e Centro de Acolhimento p ara
Crianças e Jovens; Banco Alimentar Contra a Fome de Évora;
Centro Social Paroquial de Santo António de Lavre; CERCIDIANA;
Lar de Santa Helena; Lar dos Pequeninos; e Liga dos Combatente s
- Núcleos de Évora e de Estre mo z.
Estes subsídios representa m u m valor total de 21.600,00 €.
Os progra mas, apoios regulares e subsídios da área social estão
refletidos nos seguintes gráficos:
Programas e Apoios Regulares. Subsídios
21.600 €; 8%
44.831 €; 16%
10.500 €; 4%
202.621 €; 72%
Encargos Estatutários
Bolsa Eugénio de Almeida (FASE - UÉ)
Protocolo de Colaboração com a Cáritas Diocesana de Évora
Subsídios
35
Subsídios por Atividades e Projetos
1.000 €; 5%
500 €; 2%
10.000 €; 46%
10.100 €; 47%
Desenvolvimento de Projetos Sociais
Construção de Equipamentos Sociais
Aquisição de Viaturas
Conservação de infraestruturas
36
3. ÁREA ESPIRIT UAL
3.1
PROGRAMAS E APO IOS R EGUL ARES. SUBSÍDIOS
A Fundação prestou o seu apoio a diversas instituições de
inspiração cristã, designadamente n o â mbito do protocolo de
colaboração celebrado com a Arquidiocese.
Apoiou ainda as missões populares associadas à Visita Pastoral do
Senhor Arcebispo de Évora.
No con junto, progra mas, apoios regulares e subsídios atribuídos
ascendera m a 292.182,00 €, representando 47% do rendiment o
total distribuído em 2015 pela Fundação.
PROT OCOLO DE COL ABO RAÇÃO COM A ARQ UIDIOCESE D E
ÉVORA
Co m o propósito de melhorar e qualificar a sua intervenção no
do mínio espiritual, a Fundação Eugénio de Almeida manteve, e m
2015, o Protocolo de Colaboração com a Arquidiocese de Évora.
O fundo financeiro no montante de 74. 500,00 € foi prioritariament e
distribuído em apoios destinados à conservação e dignificação do
Património e à For mação.
No â mbito
instituições:
deste
progra ma
fora m
apoiadas
as
seguintes
Fábricas das Igrejas Paroquias das Freguesias de: Foros de Vale
Figueira, São Bartolomeu de Vila Viçosa, Vale de Guizo e Vila
Boi m; Paróquia de: Nossa Senhora d a Consolação, Nossa Senhora
da Natividade de Silveiras, Nossa Senhora da Nazaré de Landeira,
Santiago de Alcácer do Sal, São Bartolo meu de Borba, Santa Maria
da Lagoa, Santa Sofia, São Lourenço de Ma mporcão, Senhora da
Saúde; Lugar de Culto de São Lourenço da Nora (Borba); Santa
Casa da Misericórdia de Cano; Seminário Diocesano Missionário
Redemptoris Mater Nossa Senhora de Fátima ; Se minário Menor de
Évora; e Stella Matut ina - Coro da Sé de Évora.
APO IOS REG UL ARES
Foram ainda mantidos os apoios regulares a diversas instituições,
co mo segue:
37
Cartuxa Santa Maria Scala Coeli
Gabinete Técnico da Arquidiocese de Évora
Instituto Superior de Teologia de Évora
Residência do Espírito San to
Se minário Maior de Évora
Serviços Diocesanos da Ação Religiosa e Pastoral
43.212,00
6.000,00
72.470,00
16.500,00
16.500,00
30.000,00
€
€
€
€
€
€
SUBSÍDIOS
Foi atribuído u m apoio pontual, no valor de 8.000,00 €, ao Instituto
Superior de Teologia de Évora para a realização do Curso de
Atualização do Clero das Dioceses de Évora, Be ja e Algarve, sobre
Família: centralidade, renovação e con tinu idade .
Os progra mas, apoios regulares e subsídios da área espiritual
estão refletidos n o seguinte gráfico:
Programas e Apoios Regulares. Subsídios
25.000 €; 8%
8.000 €; 3%
43.212 €; 15%
6.000 €; 2%
74.500 €; 25%
72.470 €; 25%
30.000 €; 10%
16.500 €; 6%
16.500 €; 6%
Cartuxa Santa Maria Scala Coeli
Gabinete Técnico da Arquidiocese de Évora
Instituto Superior de Teologia
Residência do Espírito Santo de Évora
Seminário Maior de Évora
Serviços Diocesanos da Ação Religiosa e Pastoral
Protocolo de Colaboração com a Arquidiocese de Évora
Visitas Pastorais
Subsídios
38
II - G EST ÃO E AT IVIDADES PRODUT IVAS
Introdução
Em cu mpri mento do Art .º 13º dos Estatutos, o Conselho de
Ad ministração decidiu sobre a constituição do primeiro Conselho
Executivo da Fundação Eugénio de Almeida, tendo no meado o
Senhor Eng. º Luís Faria Rosado co mo Presidente, o Senhor Eng. º
Pedro Baptista e o Senhor Eng. º José Mateus Ginó, co mo vogais,
os quais tomara m posse no dia 7 de sete mbro de 2015.
O cresci mento de toda a atividade produtiva e co mercial nas mais
diversas especialidades, para além da i mposição legal, justificara m
a solução encontrada e a importância deste novo modelo colegial
para a gestão patrimonial da Fundação.
A área produtiva da Fundação Eugénio de Al meida teve e m 201 5
u m ano de grande atividade, tanto pela dimensão e i mportância
dos investimentos realizados, como p elas operações de produção
e co mercialização que permitiram alcançar u m e xcelente resultado.
Relativamente
aos
investimentos,
pela
sua
importância
estruturante, destaca -se o início da construção da nova adega e
ar mazé m de produto a cabado, a pla ntação de novas vinhas e o
início da plan tação do amendoal.
As áreas equipadas de regadio continuara m a crescer, são agora
1.726ha (gota-a-gota 1.064ha e pivots 662ha), tendo -se utilizado
e m 2015 u m total de 1.575ha co m culturas anuais e permanentes.
O financiamento dos investimentos, que totalizaram 7.157.06 0
Euros, foi efetuado co m capitais próprios e co m e mprésti mos
bancários, que levaram ao cresci mento da dívida bancária de
39
médio e longo prazo em 476.489 Euros relativamente ao ano
anterior. No fina l do ano não havia utilização de crédito de curto
prazo, o qual só teve utilizações muito pontuais ao longo do ano.
Grande parte dos investimentos realizados, foram incluídos e m
projetos no â mbito do VITIS e do PDR 2020, podendo beneficiar de
apoios com co mparticipação a fundo perdido no valor estimado de
864.553 Euros.
As reservas financeiras e m obrigações, depósitos a prazo e à
orde m, atingiram no final do ano de 2015 o valor de 9,7 milhões de
Euros.
1. I NVEST I MENT O S
Os investimentos realizados atingiram um valor total de 7.157.060
Euros, que corresponde m e m gran de parte aos que estava m
previstos no plano de atividades para 2015.
A Direção de Gestão, com u m total de 378.810 Euros, assegurou a
manutenção de património edificado e a aquisição de e quipamento
informático.
A Área In stitucional teve um inve stimento de 60.457 Euros,
principalmente na manutenção do Páteo S. Miguel e Fóru m
Eugénio de Almeida.
A Direção Co mercial teve u m inve stimento de 94.972 Euros,
principalmente associado à nova ár ea de atividade da Enoteca
Cartuxa.
A
Direção
Agropecuária
assumiu
em
2015
a
grande
responsabilidade na execução de novos projetos de investimento ,
que atingiram o valor global de 1.906.640 Euros, destacando-se
874.760 Euros correspondentes à primeira fase de plantação d o
a mendoal e 630.638 Euros à aquisição de tratores e diverso
equipamento agrícola.
No Lagar Cartuxa o valor total do investimento ascendeu a 17.375
Euros.
A Direção Vitivinícola aplicou um total de 4.450.038 Euros ,
repartidos pelas vinhas (1.467.245 Euros) e pela adega (2.9 82.793
Euros).
Nas vinhas destaca -se a plantação de novas áreas co m vista ao
au mento da área de vinha que só estes investiment os totaliza m
1.391.515 Euros.
40
O total do investimento na adega capitaliza gastos na construção e
equipamentos para a unidade industrial II, no valor total de
2.739.842 Euros, ao qual acresce investimento e m vários
equipamentos adquiridos para a unidade industrial I, no valor de
242.951Euros.
2. DI REÇ ÃO AG RO PECU ÁRI A
Ag ricult ura
Os investimentos recentes e m equipamentos de regadio,
per mitiram que a área ocupada com culturas regadas continuasse
a crescer, o que se verificou na Herdade da Cabida co m a
utilização de 5 novos pivots e na Herdade de Cabaços onde se
iniciou a plantação do amendoal.
As culturas anuais se meadas continuara m a ser a s mesmas que se
tê m realizado nos últimos anos, notando -se també m que se
mante m a se menteira de mais prados te mporários, tanto de
sequeiro como de regadio.
SEMENTEIRAS 2015
(Área Total -Sequeiro e Regadio 1.143ha)
Tomate
indústria
(219ha)
19%
Forragem Anual
(225ha)
20%
Prado Perm.
Regadio (74ha)
7%
Prado Perm.
Sequeiro (70ha)
6%
Milho (296ha)
26%
Triticale (71ha)
6%
Aveia (95ha)
8%
Sorgo (68ha)
6%
Papoila (25ha)
2%
41
O milho para silagem e para grão, a papoila e o tomate para
indústria são as atividades agrícolas que originam receitas, cu jo
valor de vendas cresceu relativamente ao ano anterior.
Cerca de metade da área se meada e m 2015 foi destinada a
produções forrageiras com utilização pelos efetivos pecuários da
Fundação.
Pecuá ria
O valor das vendas de produtos pecuários desceu relativamente a o
ano anterior, mas a totalidade dos efetivos pecuários reprodutores
das diversas espécies e a quantidade de bovinos em recrias no
final do ano cresceu significativament e, o que se traduziu de for ma
muito positiva na variação da produção.
EVOLUÇÃO DOS EFECTIVOS PECUÁRIOS
Nº Cabeças
2011-2015
4.000
3.632
3.500
3.000
2.539
2.511
2.296
2.500
2.254
2.000
1.339
1.500 1.132
1.273
1.218
1.207
1.000
500
339
275
278
333
302
0
2011
2012
2013
2014
2015
Bovinos (Vacas e Novilhas)
Ovinos (Ovelhas e Malatas)
Porcos
Prosseguiu o au mento do efe tivo de raça pura charolesa co m base
na importação de ani mais e utilização de novilhas próprias, fruto
do programa de inse minação artificial iniciado em 2012.
42
O núcleo de ovinos da Herdade das Murteiras ta mbé m teve u m
au mento de 50% do seu efetivo, o que permite esperar melhores
rendimentos, u ma vez que os custos e st ruturais se mantê m.
Floresta
As atividades florestais limitara m-se a operações de abate de
árvores secas ou decrépitas e a podas de for mação e m sobreiros
joven s.
Olival e Lagar
No início de 2015 foram to madas decisões que mudara m a
orientação técnica dos olivais da Fundação Eugénio de Almeida,
desde logo co m u ma intervenção significativa ao nível das podas,
a que se seguira m novos planos de a dubação, dotações de rega e
trata mentos fitossanitários. O desenvolvimento vegetativo e o bo m
estado sanitário das oliveiras ao longo do ano, levou a que se
tivesse alcançado uma produção global superior às 2.000
toneladas.
De realçar que nesta campanha a pr odução registou um au mento
de 85% face à ca mpanha anterior e foi atingido o objetivo de
produção para o qual o lagar tinha inicialmente sido planeado.
No lagar a campanha teve início no dia 19 de outubro de 2015 co m
receção de azeitona exterior e terminou no dia 30 de dezembro de
2015.
Nesta ca mpanha registou -se a mai or quantidade de azeitona
recebida, mais de 5.600 toneladas, n a qual ta mbé m se produziu a
maior quantidade de azeite desde 2004, num total de 945.096
Litros.
Evolução de 2004 a 2015
1.200.000
5.000.000
1.000.000
4.000.000
800.000
3.000.000
600.000
2.000.000
400.000
1.000.000
200.000
0
Litros de Azeite
Kg de Azeitona
6.000.000
0
AZEITONA (KG)
AZEITE (L)
Exponencial (AZEITONA (KG))
43
Em 2015 verificou -se u m decrésci mo n os litros de azeite embalado,
poré m os litros expedidos foram praticamente os mesmos
co mparativa mente co m o ano anterior, dado o stock de azeite
e mbalado que existia no final de 2014.
Relativamente às unidades e mbaladas e expedidas constata mo s
u m au mento e m 2015 que se deve ao facto da Direção Comercial
ter diminuído as enco mendas de garrafões de 3L e 5L e au mentad o
os pedidos para as referências de garrafas de 250 ml, 500 ml, 750 ml
e 1L, principalmente no mercado nacio nal .
Evolução Embalamento / Expedição 2014 para 2015
Unidades
300.000
280.965
321.277
283.358
316.799
200.000
100.000
0
Unidades Embaladas
Unidades Expedidas
2014
2015
Evolução Embalamento / Expedição 2014 para 2015
Litros
800.000
600.000
670.064 620.523
671.486 678.752
400.000
200.000
0
Litros Embalados
2014
Litros Expedidos
2015
44
3. DI REÇ ÃO VIT I VI NÍ CO L A
O ano de 2015 foi um ano de enormes desafios para a D ireção
Vitivinícola da FEA, co m o início da execução do últi mo plano de
médio prazo aprovado pelo Conselho de Ad ministração da
Fundação Eugénio de Almeida. A ne cessidade de responder ao
potencial de mercado que te mos sentido, assim co mo a
necessidade de encontrar forma s de produção mais adequadas à
realidade atual, fundamenta m este novo ca minho que começá mo s
a percorrer. A realidade vitivinícola da FEA após a instalação de
mais 200 hectares de vinha e a con strução da nova adega ser á
muito diferente da que conhecemos atualmente. Constituirá u ma
nova era para a Fundação, como aconteceu e m 2007 co m a
construção da atual adega no M onte de Pinheiros.
Vinhas
O ano de 2015 caracterizou -se por u ma pri mavera seca ,
te mperaturas a menas e u m baixo níve l de precipitação acumulada.
Um correto aco mpanha mento da cultura permitiu atingir o início da
vindima e m boas condições, tendo para isso muito contribuído a
disponibilidade de água do perímetro de rega do Monte Novo na
Herdade de Pinheiros fruto do ate mpado i nvestimento n o
lançamento da nova conduta pela FEA.
No que respeita ao potencial produtivo, foi um ano co m fertilidade
geral média. A necessidade de mond a de cachos foi, no entanto,
muito baixa, e unicamente nas pa rcelas de melhor potencial
qualitativo e onde se torna necessária a homogeneização da
produção.
O período de maturação da uva decorreu e m e xcelentes condições,
pois o te mpo seco e não e xagerada mente quente durante o dia,
associado a noites frescas constitue m condições ótimas par a
atingir o objetivo principal de uma vindima qualitativa. As uvas
tintas apresentaram u m e xcelente po tencial qualitativo, tendo as
brancas guardado uma e xcelente acidez apesar de u m potencial
aro mático ligeiramente inferior ao habitual.
A plantação de vinha correu b astante be m, tendo sido alcançado
u m índice de pega mentos de 98 %.
Entrou e m produção a 1ª fase da reestruturação da Vinha Nova de
Pinheiros e em plena produção a totalidade da Vinha do Álamo de
Cima, tendo con stituindo um reforço importante na quantidade e
qualidade de uva produzida pela FEA. Esta vinha mostrou u ma ve z
mais o enor me poten cial qualitativo que te m, para isso
contribuindo em muito os e xcelentes solos para cultivo da vinha.
45
A vindima de 2015 constituiu u m novo marco na história da
produção de uva na FEA, ultrapassando as 4.400 toneladas
laboradas na Adega Cartuxa e na Ade ga de Perescu ma.
No final do ano, e de forma a prepa rar o futuro alargamento da
Vinha do Ála mo de Ci ma, fora m arrancados cerca de 45 hectare s
de eucaliptal e apresentada u ma candidatura no â mbito do
programa VITI S para a plantação em 2018 da área a reconverter e
atualmente no Ála mo da Horta. A área útil de vinha será de cerca
de 30 hectares.
Adega
Assinala-se a boa capacidade de transfor mação da FEA e a
manutenção dos bon s níveis de laboração.
Co mo habitualmente, fora m aco mpan hados durante a maturação
todos os talhões na totalidade das vinhas, inclusive nas vinhas
arrendadas e de uva adquirida, tendo -se iniciado a vindima no dia
28 de julho e ter minado no dia 7 de outubro.
46
Durante o ano de 2015 mantive mo s o aumento do nú mero de
garrafas de vinho produzidas na Adega Cartuxa.
De for ma a melhorarmos o controlo de qualidade no produto
acabado foi instalada uma balança de caixas no final da linha,
per mitindo identificar todas as unidades onde estivesse u ma ou
mais garrafas e m falta.
Para assegurar a melhoria contínua do controlo de gestão, foram
imple mentados siste mas infor máticos que per mite m o controlo , a
cada mo mento e sob a for ma de leitura ótica , aos consu míveis
utilizados no engarrafamento de vinhos. També m se encontra e m
fase final de imple mentação o registo e validação de receção de
enco mendas e e xpedição de produto acabado de igual forma.
Por último, de realçar a i mportância do início da construção da
nova adega e ar mazé m de produt o acabado, que conta mos
poderem estar concluídos para pró xima vindima. Foi apresentada
junto do IFAP candidatura a financiamento para estes
investimentos, encontrando -se e m fase de análise.
4. DI REÇ ÃO CO MERCI AL
As cadeias da distribuição moderna continuaram a sua aposta e m
políticas comerciais muito agressivas, suportando -se e m marca s
co m muita visibilidade, co m u m foco especial no preço e u ma
intensa ação promocional das vendas.
Estas cadeias de distribuição veem reclamando, ano após ano,
u ma quota do mercado cada vez mais significativa exigindo uma
cada vez maior especialização no processo de negociação por
parte dos fornecedores, quer seja m eles produtores ou
distribuidores.
47
A Fundação Eugénio de Al meida, atenta ao fenó meno, te m
realizado os esforços necessários para garantir um bo m
relacionamento co mercial co m estes o peradores.
A distribuição tradicional, onde a Viborel – Distribuição, S.A.
assu me u ma parceria privilegiada co m a FEA, realizou um
importante trab alho junto do canal HORECA e, no con jun to do
mercado nacional, o desempenho das marcas da FEA traduziu -se
nu m cresci mento das ve ndas, e m valor, que se cifrou em 9% face
às vendas de 2014.
Vendas de Vinho
Anos
Vendas Totais
(1.000 €)
2013
2014
2015
15.331
16.164
17.045
Mercado
Nacional
Mercado
Internacional
8.872
9.312
10.246
6.459
6.852
6.798
Evolução de vendas de Vinho
42%
42%
40%
58%
58%
60%
2013
2014
2015
Mercado Nacional
Mercado Internacional
Os mercados internacionais també m apresentara m resultados
positivos conseguindo assegurar um crescimento marginal das
vendas, e m valor, de 1,2%.
48
Vendas de Azeite
Anos
Vendas Totais
(1.000 €)
Mercado
Nacional
Mercado
Internacional
2013
2014
2015
1.605
1.851
2.028
1.229
1.370
1.409
375
481
619
Evolução de vendas de Azeite
24%
26%
31%
76%
74%
69%
2014
2015
Mercado Internacional
2013
Mercado Nacional
O Enoturismo Cartu xa recebeu, no ano de 2015, cerca de 10.000
visitantes e constitui -se enquanto uma ferra menta essencial na
pro moção e divulgação dos vinhos e azeites da Fundação Eugénio
de Al meida, do seu projeto agroalimen tar e da região do Alentejo.
5. DI REÇ ÃO DE G EST ÃO
À se melhança de anos anteriores a atividade desenvolvida
carateriza-se pela continuidade nas ações de consolidação dos
sistema s de â mbito global e específico, assente nos processos de
gestão da qualidade.
A melhoria contínua do sistema da ge stão per mitiu a obtenção de
informação mais co mpleta, fiável e atempada.
No â mbito do processo de certificação fora m postos e m prática
todos os procedimentos da qualidade no que respeita à
transversalidade das operações da direção de gestão, pelo que se
contribuiu para melhorar os circuitos de co municação interna da
FEA, de for ma a manter u m siste ma de infor mação atualizado e
acessível a todos os que necessit are m de obter infor mações
ate mpadas e fiáveis.
49
As melhorias conseguidas no ano, só fora m possíveis, pelo
envolvimento de todos no â mbito da criação de valor para a FEA,
pelo trabalho e responsabilidades diretas asseguradas.
Ao nível da Formação verificou -se um aco mpanha mento do Plano
de For mação, quer no que resp eita às ações pro movidas
internamente, quer das ações e xternas.
Ainda no exercício de 2015 foi aco mpa nhada a e xecu ção financeira
dos projetos, quer da área institucional, quer da área produtiva.
No capítulo das comunicações e tecnologias de informação ,
destaca-se a conclusão do projeto de imple mentação “Cloud”, para
além do lança mento de outros pro jet os de const rução interna de
suportes de informação e outras melhorias do sistema de gestão.
6. AT I VI DADE F I NANCEI R A

Financia mentos bancá rios
Os financiamentos
evolução:
bancários
obtidos
2015
apresenta m
a
seguinte
2014
2013
2012
2 714 004
EMP RÉST IMOS
- P assivo Bancário Corrente
3 055 016
2 853 053
2 520 819
- P assivo Bancário não Corrente
10 700 448
10 425 922
8 122 004
7 929 140
13 755 464
13 278 975
10 642 823
10 643 144
476 489
2 636 152
TOTAL
REDUÇÃO
AUM ENTO
CONTAS CAUCIONADAS
321
83 705
2 026 250
Em 2015 o passivo bancário é totalmente respeitante a dívidas de
médio e longo prazo acendendo a 13.755 mil euros, com u ma ta xa
média de encargo de 1,97%.
No ano 2015, verificou -se u m au mento do passivo bancário de 476
mil euros, a que corresponde a ut ilização de um e mprésti mo
JESSICA-Adega (co mponente BEI e BPI), no valor 3.329 mil euros
e a mortizações de capital de 2.853 mil euros.
50
Os rácios exigidos no financiament o JESSICA são os abaixo
indicados.
LIM ITE IM POSTO JESSICA
2014 e seg.
2012-2013
≤3x
≤4x
Net Debt/EBITDA
Autonomia Financeira
Face aos
evolução:
limites exigidos,
Net Debt/EBITDA
(+) Dívida bancária
≥ 60%
os rácios apresentam a
2015
2014
1,36
1,25
13 755 464 13 278 975
2013
2012
2011
seguinte
2010
1,10
2,97
2,95
2,26
10 642 823
12 669 394
10 559 439
11 666 869
(-) Caixa e depósitos
4 305 929
5 057 342
2 648 822
632 951
876 794
1 621 526
(=) Net Debt
9 449 535
8 221 633
7 994 001
12 036 442
9 682 645
10 045 343
EBIT DA
6 951 903
6 568 023
7 236 502
4 049 547
3 285 087
4 443 267
79%
79%
Autonomia Financeira
81%
78%
80%
78%
Fundos patrimoniais
70 643 195 68 017 057
65 531 992
59 833 654
57 462 097
55 421 791
T otal do activo
89 846 223 85 644 658
80 875 892
76 601 618
72 014 425
71 404 897
Para efeitos de cálculo do rácio acima, nos valores de caixa e
depósitos, não estão considerados os depósitos à orde m e a
prazo, incluídos nas carteiras de investimento .
Aplicações Fina nceiras
No exercício de 201 5, as aplicações financeiras detidas, revelaram
u m co mporta mento favorável, tendo a sua manutenção merecido a
atenta avaliação de risco por parte da FEA, co m a to mada d e
decisão adequada à salvaguarda da manutenção de capital e à
expetativa de re muneração d ese jada.
As carteiras de investi mento aprese nta m o valor de 5.391 mil
euros.
Dez 2015
Orey
967 259 €
Finantia Euros
Finantia USD
1 191 534 €
BPI
2 244 595 €
BPI
987 593 €
Dez 2014
Dez 2013
973 056 €
974 979 €
1 031 879 €
986 344 €
323 359 €
5 390 981 €
3 165 168 €
2 793 625 €
5 170 103 € 5 078 307 €
51
7. F O RMAÇ ÃO
A for mação profissional do ano 201 5 teve co mo ba se o plano de
for mação interna aprovado pela administração, enquanto entidade
e mpregadora, tendo co mo ba se o leva nta mento de necessidade de
for mação efetuado e m nove mbro de 20 1 4.
Analisados os indicadores podemos ve rificar:
Cu mpri mento do Plano For mação ( %):
(nº total ações realizadas /nº total ações planeadas) * 100
DGE
DCM
DAG
LAG
DVV
GQSA
TOTAL
TOTAL AÇÕES PLANO
TOTAL AÇÕES 1º SEM
TOTAL AÇÕES 2º SEM
Total Ações
Total
Extra
Desvio
Ano
1º SEM
2º SEM
Total
Previsto
Plano Extra Plano
Plano Plano
Total
7
1
8
3
4
7
1
2
3
10
2
13
0
13
3
8
11
1
3
4
15
2
5
1
6
0
0
0
1
0
1
1
-5
5
0
5
1
6
7
1
0
1
8
3
7
0
7
1
5
6
0
5
5
11
4
1
0
1
0
3
3
0
1
1
4
3
38
2
40
8
26
34
4
11
15
49
9
Total 2015 – 123 %
Das 40 ações de for mação previstas para o ano 2015 , realizaramse 49 ações. No entanto, salienta -se que 37 ações foram e xtra
plano, que representam 76% das açõe s realizadas.
50
49
40
40
30
10
15
10
20
8
13
6
0
DGE
DCM
11
8
1
5
4
7
1
DAG
Total Previsto
LAG
DVV
GQSA
TOTAL
Total Ações Ano
52
Conclui -se que:
- O objetivo da percentagem de cu mpr imento de for mação previsto
para o ano 201 5 (90%) foi alcançado, atingindo -se uma
percentage m de cu mprimento de 12 3%.
No cô mputo geral fora m realizadas 1.328 horas de for mação,
repartidas por 86 Colaboradores da FEA.
Evolução da Taxa Cobertura
Evolução Nº Horas de Formação
180%
7 000
160%
6 000
140%
120%
5 000
100%
4 000
80%
3 000
60%
2 000
40%
1 000
20%
0%
0
2009
2010
2011
2012
2013
Tx Cumprimento
Nº Horas
Taxa de Cobertura
2014
2015
2012
105%
4 448
2009
2010
2013
152%
1 387
19%
2011
2012
2014
120%
4 165
48%
2013
2014
2015
2015
123%
1 328
49%
Co mparativa mente co m o ano 201 4, a FEA obteve u m dese mpenh o
idêntico na taxa de cu mpri mento e relativamente às horas d e
for mação apresentou u m decrésci mo . Em relação à taxa d e
cobertura da forma ção o seu valor foi ligeiramente superior .
53
8. RESPONSABILIDADE SOCIAL
No ano de 2015, em média, a Fundação Eugénio de Almeida
e mpregou 191 pessoas a título permanente, das quais 4 6 co m
for mação de nível superior, 73 colaboradores qualificados e 7 2
indiferenciados, afetos às seguintes Direções:
Nível Superior
Qualificados
Indiferenciados
Direcção de Gestão
16
5
10
1
Direcção Vitivinícola
77
8
18
51
Direcção Institucional/Projecto
23
14
7
2
Direcção Agro-Pecuária
57
7
34
16
Direcção Comercial
18
12
4
2
191
46
73
72
TOTAL
Dada a atividade sazonal exercida durante o ano fora m
contratados assalariados temporários co m grau de volatilidade
elevado, (17 trabalhadores/mês), com incre mento deste nú mer o
nos meses de Agosto e Sete mbro (+/ - 85 trabalhadores/mês).
9. RESULT ADO S
O resultado líquido de 201 5 foi de 3.008.940 Euros.
EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS LIQUIDOS
(2009-2015)
4 500 000
3 812 716
4 000 000
3 500 000
3 008 940
3 000 000
2 500 000
2 691 519
2 000 000
1 500 000
1 402 478
1 000 000
445 399
788 282
500 000
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
54
O total de rendimentos atingiu em 2015 o valor de 27.015.502
Euros, representando u m acrésci mo d e 4%.
Evolução dos Rendimentos
30 000 000
25 000 000
20 000 000
15 000 000
10 000 000
5 000 000
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
O valor total de gastos foi de 24.006.562 Euros, o que representa
u m acrésci mo de 3 % relativamente ao ano 201 4.
Evolução dos Gastos
30 000 000
25 000 000
20 000 000
15 000 000
10 000 000
5 000 000
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
55
As vendas crescera m globalmente, 1 %.
MAPA EVOLUÇÃO DAS VENDAS (2009-2015)
20 000 000
18 000 000
16 000 000
14 000 000
EUROS
12 000 000
10 000 000
8 000 000
6 000 000
4 000 000
2 000 000
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
ANOS
AGRÍCOLAS
SILVÍCOLAS
PECUÁRIOS
VITIVÍNICOLAS
AZEITE
LOJA FORUM
Co mparativa mente ao ano 2014, v erificou-se um decrésci mo das
vendas nos produtos pecuários ( 5%) e nos produtos silvícolas
(97%) devido à não ocorrência de venda de cortiça . Nos restantes
produtos existiu u m acrésci mo da s vendas: agrícolas (6%),
vitivinícolas ( 4%) e azeite ( 12%).
Analisando a evolução das vendas de produtos, podemos verificar
o acréscimo de valor nos produtos acima referidos, contrapondo
co m a di minuição de va lor nos produtos pecuários ( principalmente
no gado bovino).
Evolução das Vendas Produtos Agrícolas
800 000
700 000
600 000
500 000
400 000
300 000
200 000
100 000
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
56
Evolução das Vendas Produtos Pecuários
1 200 000
1 000 000
800 000
600 000
400 000
200 000
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2014
2015
Evolução das Vendas Produtos Silvicolas
800 000
700 000
600 000
500 000
400 000
300 000
200 000
100 000
0
2010
2011
2012
2013
Evolução das Vendas Produtos Vitivinícolas
20 000 000
18 000 000
16 000 000
14 000 000
12 000 000
10 000 000
8 000 000
6 000 000
4 000 000
2 000 000
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
57
Evolução das Vendas Azeites
2 500 000
2 000 000
1 500 000
1 000 000
500 000
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Evolução das Vendas Loja Forum
35 000
30 000
25 000
20 000
15 000
10 000
5 000
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Analisando os subsídios à exploração da área agrícola, verifica -se
u m acrésci mo de 20 %, face ao ano 20 1 4.
SUBSIDIOS À EXPLORAÇÃO DA ACTIVIDADE AGRO-PECUÁRIA
(2009-2015)
800 000
700 000
600 000
EUROS
500 000
400 000
300 000
200 000
100 000
0
2010
2011
AGRÍCOLAS
2012
SILVÍCOLAS
2013
PECUÁRIOS
2014
2015
TOTAIS
58
Em ter mos globais, as receitas totais da atividade produtiva
(vendas área produtiva e subsídios à exploração agropecuários)
apresenta m u m acrésci mo de 2 % face a 2014, atingindo cerca de
21,6 milhões de Euros.
RECEITAS TOTAIS DA ACTIVIDADE PRODUTIVA
(2009-2015)
25 000 000
EUROS
20 000 000
15 000 000
10 000 000
5 000 000
0
2010
2011
AGRÍCOLAS
2012
SILVÍCOLAS
PECUÁRIOS
2013
VITIVÍNICOLAS
2014
AZEITE
2015
TOTAIS
A rubrica da Variação da Produção, a presenta u m valor positivo de
2.615.805 Euros, justificado pel o aumento das existências de vinho
e azeite e pelo aumento do efetivo do gado principalmente bovino,
co mparativa mente co m o ano anterior.
21 000 000
18 500 000
16 000 000
13 500 000
11 000 000
8 500 000
6 000 000
3 500 000
1 000 000
-1 500 000
2010
2011
2012
Vendas
2013
2014
2015
Variação Produção
59
As
depreciações/amortizações
resultam
dos
investimento s
realizados quer no ano em análise, quer em anos anteriores. No
ano 2015, a evolução das depreciações/a mortizações da FEA
apresentou u m acrésci mo de 4 % face ao ano 201 4.
EVOLUÇÃO DAS DEPRECIAÇÕES/AMORTIZAÇÕES (2009-2015)
3 800 000
3 600 000
3 609 958
3 400 000
3 486 613
3 200 000
3 000 000
2 768 267
2 985 589
2 800 000
2 600 000
2 708 933
2 500 642
2 400 000
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Contudo,
deve
fazer -se
u ma
análise
conjunta
das
depreciações/amort izações co m o valor de investimento realizado
anualmente, de for ma a verificar o impac to dos investi mento s
realizados nas depreciações/amortizações do exercício econó mico.
5 250 000
4 500 000
3 750 000
3 000 000
2 250 000
1 500 000
750 000
0
2010
2011
2012
DEPRECIAÇÕES
2013
2014
2015
INVESTIMENTOS
60
10. APL I C AÇ ÃO DO S RE SUL T ADO S
Durante o ano de 201 5, foi possível, dar cu mpri mento ao disposto
na alínea b), do nº 3, do artigo 10º, do CIRC co m recurso a
reservas do fundo patrimonial da FEA, ainda que não na
totalidade.
Efetiva mente o nível de aplicação ascendia a 1.057.115 Euros do
exercício 2013 e 1.587.536 Euros, resultante de 50% do valor do
rendimento global líquido, que seria sujeito a tributação no ano de
2014, no valor de 3.175.072 Euros.
O valor a afetar pode ser aplicado até ao fim do quarto período de
tributação posterior a 201 4, ou seja até 201 8. Assi m, no ano de
2015, foi possível afetar o valor de 1.302.161 Euros, contribuindo
para a melhoria das atividades inerentes a muitas das entidades
apoiadas. Esta aplicação permitiu concluir a utilização do valor de
2013 e parte de 2014 (245.045 Euros).
Nestes ter mo s as aplicações no ano de 201 5, traduziram-se n a
seguinte expressão:


Transf erências para Terceiros
Projetos próprios
T OT AL AP LIC ADO
627.233 Euros
674.92 8 Euros
1.302.16 1 Euros
As futuras atividades institucionais inerentes ao cu mpri mento da
missão da Fundação per mitirão realizar a afetação do valor ainda
não aplicado, o qual ascende a 1.342.490 Euros, no período
previsto de forma a dar cu mpri mento ao disposto no artigo 10º do
CIRC.
Para efeitos da aplicação dos resultados apurados no ano de 201 5 ,
propo mos que o resultado positivo, no valor de 3.008.939,90
Euros, se ja afeto a:


Transf erências para Terceiros 693.506
Euros ( or ç am en t o 2 0 1 6 )
Reservas Livres
2.315.433,90 Euros
61
11. F ACT O S SUBSEQ UENT ES APÓ S O T ERMO DO EXERCÍ CIO
Não se verificam factos a divulgar após o ter mo do e xercício.
III – CONCLUSÕES
O cresci mento da s produções da Fund ação Eugénio de Al meida e m
2015 verificou-se de u ma for ma transversal nas suas atividades,
fruto dos investimentos recentes e m n ovas áreas de regadio e mais
plantações, a par de uma grande capacidade de resposta ao
au mento da procura dos seus produtos.
Este potencial de cresci mento ba s e ado no patri mónio rústico,
per manente mente melhorado, só p ode acontecer graças a o
dese mpenho de variadas equipas, que cada vez mais vê m
co mprovando a sua grande dedicação e elevado profissionalismo ,
se m o que seria i mpossível obter os resultados positivos dos
últimos anos.
De facto, e m 201 5 foi atingido o maior valor de vendas de sempr e
e o resultado líquido de 3.008.940 Euros representa o au mento d e
12% face a 2014.
Por outro lado, houve um au mento muito acentuado do valor da
Variação da Produção, por via de maiores existências de vinho,
azeite e efetivos pecuários.
A capacidade de e xecução de investimentos de grande
envergadura foi mais u ma vez co mprovada, o que deixa muita
confiança e a certeza de se podere m atingir os enorme s desafios
que estão projetados para os pró xi mos anos.
As reservas financeiras acumuladas, a capacidade de contrair
novos e mprésti mos e m condições fa voráveis, a boa gestão de
projetos
para
a
co mparticipação
do
financiamento
dos
investimentos, assi m co mo o capital humano e a c ultura da
instituição, virada para a excelência das suas realizações, são a
maior garantia de um futuro cada vez mais pro missor.
Évora, 26 de fevereiro de 2016
Maria do Céu Ra mos
Secretária Gera l
Luís Faria Rosado
Presidente do Conselho Executivo
62
Dei O tte
Deloitte Associados,
Inscrição na OROC n°43
Registo na CMVM n°231
Av. Eng. Duarte Pacheco, 7
1070-100 Lisboa
Portugal
Tel: +051) 210 427 500
Fax: +(351) 210 427 950
va~deloitte pt
CERTIFICACÁO LEGAL DAS CONTAS
Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Fundação Eugénio de Almeida (“Fundação),
as quais compreendem o balanço em 31 de dezembro de 2015 que evidencia um total de
89.846.223 Euros e fundos patrimoniais de 70.643.195 Euros, incluindo um resultado líquido de
3 008 940 Euros as demonstrações dos resultados por naturezas, das alterações nos fundos
patrimoniais e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente anexo.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras
que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Fundação, o resultado
das suas operações, as alterações nos seus fundos patrimoniais e os seus fluxos de caixa, bem
como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de
controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião
profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito
3
O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de
Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja
planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as
demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu
a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas
demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos
pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente,
apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo
em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do principio da continuidade das
operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das
demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da
informação financeira constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras.
Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa
opinião.
Opinião
4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 apresentam de forma
verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira da
Fundação Eugénio de Almeida em 31 de dezembro de 2015, bem como o resultado das suas
operações, as alterações nos seus fundos patrimoniais e os seus fluxos de caixa no exercício findo
naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal
ui
DeiocItr,efens lo 0110 o, mole ol Deio,Ile loocile tohmalsa Lnled, a
reei~le cocnpany 6,0,110 by goa’anltee ÇDUL1. Is nehsolk ol 01~0,00l 6nmi, and lhe, ,elaled Instei Oflta,death ei lIs
membe, Iam, a,e Iega’ry ,epa,aieand aldependen, enl~Iteo 0176 talso ,eleç,ed lo as ~0eio,tie 010ba11 doei no’ eeo.,de soN-.sces rnclenhs 0105w soe nWe oeiocltecorevplkNaboul loca mole detajei
descn,pson vi DrtL anda’ moesSe, i,,ms
1
11,56011
beo (sil co~npanyunde,coenmoiL,al 0cm 5Iu’ecap,t~ S0O~.0Q Ea,os
reI. Reqss,’.,,,on and (o,pocatelaonambe’ Sol 17611~
Reqssle,ed OlIae Ao Enq Dujele Pa&eco 7, 1070-100 Lobos
Ofice Iam Soae,’o Inade (ente,, Fhaçd do Bom Sucesso, 61
3’ 4150-146 Poeta
100,10
Deloitte
Deloitte 8 Associados, SROC S.A.
Inscrição na OROC n°43
Registo na CMVM n° 23 1
Página 2 de 2
Relato sobre outros requisitos legais
5. Ë também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatóno de Gestão é
concordante com as demonstrações financeiras do exercício
Lisboa, 18 de março de 2016
A
Deloitte & Associados, SROC S.A.
Representada por Carlos Alberto Ferreira da Cruz
FUNDAÇÃO
EuG€NIO
DEALMEIDA
CONSELHO
FISCAL
RELATÓRIO DE ATIVIDADES E CONTAS DE 2015
DA FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ALMEIDA
PARECER DO CONSELHO FISCAL
De acordo com os Estatutos que regem, atualmente, a Fundação Eugénio de
Almeida e com a demais legislação aplicável às Instituições Particulares de
Solidariedade Social (IPSS), o Conselho Fiscal emite o seu Parecer sobre o
Relatório de Atividades e Contas referentes ao exercício económico de 2015.
O Conselho Fiscal examinou, com a profundidade requerida, as Contas da
Fundação Eugénio de Almeida respeitantes ao ano de 2015, bem como a
‘Certificação Legal das Contas’ datada de 18 de março de 2016, da
responsabilidade da Deloitte & Associados, SROC, SA, respeitante às
mesmas.
O Conselho Fiscal obteve, também, do Conselho Executivo, dos Serviços
Financeiros da Fundação e da própria Deloitte & Associados, SROC, SA, todos
os esclarecimentos às questões que entendeu colocar.
O resultado líquido positivo, obtido em 2015, atingiu 3.008.939,90 euros.
Nestes termos, este Conselho Fiscal emite PARECER favorável à aprovação,
por parte do Conselho de Administração da Fundação Eugénio de Almeida, do
Relatório de Atividades e Contas de 2015.
Évora, 18 de março de 2016
O Conselho Fiscal
ianuel Maria Madureira da Silva) —~yesidente
—
LL4
(Dr. Manuel Joi%et’ombo Cruchinho)
—
Vo~F

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