O ponto | O brincar dos quatro cantos do
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O ponto | O brincar dos quatro cantos do
A17 ID: 50063956 02-10-2013 Tiragem: 3500 Pág: 24 País: Portugal Cores: Cor Period.: Quinzenal Área: 28,35 x 32,04 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 2 Muito mais que um museu Museu do Brincar inaugura nova exposição dia 12 O brincar dos quatro cantos do mundo concentrado em Vagos Se em 2011 alguém ficou com curiosidade com a exposição “Volta ao mundo pelo brincar”, patente ao público aquando de mais uma semana cultural de Vagos, não vai deixar agora de visitar o Museu do Brincar a partir do dia 12. Será nesse dia que é inaugurada a nova exposição da temporada 2013/14 “Brincando pelo mundo”. O PONTO foi conhecer os preparativos e parte da “nova cara” do museu da vila de Vagos Quase ano e meio depois de ter sido inaugurada, a exposição «mais genérica» que mostrava parte do acervo do Museu do Brincar dá agora lugar a uma exposição mais temática e que pretende mostrar a forma como se brinca e tem brincado ao longo das décadas um pouco por todo o mundo. «Na exposição que agora cessa tínhamos uma diversidade de objetos da nossa coleção, desde material escolar, jogos (de mesa, rapaz ou rapariga), brinquedos diversos, mobiliário ou vestuário. Eram cerca de 1200 objetos expostos de um espólio com mais de 15 mil peças», referiu à nossa redação Jackas (Carlos Rocha) à medida que vai mostrando e explicando a origem das várias centenas de peças que já estão no seu novo sítio à espera da visita de todos os curiosos. A ideia desta nova exposição será mostrar como se brinca pelo mundo e permitir encontrar semelhanças com o brincar português, incluindo o tradicional. Para tal, a nova exposição conta com “companheiros de brincadeira” dos quatro cantos do mundo, sem esquecer qualquer um dos cinco continentes. Divididos por material/tipologia de brinquedo, o brincar na Ásia assumirá um papel de destaque na sala dedicada a este continente, para realçar as imagens e cores que o brincar neste continente difunde. Aqui destacam-se as cinco carpas (Koi) doadas por famílias japonesas e que representam coragem e perseverança, sendo que o balão da carpa simboliza o desejo de cada família para que os seus filhos cresçam corajosos e fortes. Todos os espaços serão ocupados e possíveis de visitar, e mesmo as salas temáticas (oficina dos brinquedos, sala das artes plásticas, escola ou sala do castelo) irão ser mantidas em termos de estrutura, mas com novos elementos que poderão ser utilizados e explorados por miúdos e graúdos. «Tal como até aqui, não pretendemos tornar este museu em algo estático mas antes num espaço que estimule e dinamize a criatividade de quem nos visita e que tem uma “criança” dentro de si», lembra o membro da direção. Aproveitando o final de férias e o regresso às aulas para encerrar e promover algumas obras e montar a nova exposição, a reabertura desta unidade museológica da vila de Vagos (localizada no rés-dochão do antigo Palacete dos Viscondes de Valdemouro) está prevista para o próximo dia 12, exatamente o dia em que o Arlequim – Teatro para a Infância (associação que gere e está por detrás da génese do Museu do Brincar) comemora 35 anos de existência. «O então Grupo Cénico Arlequim nasceu a 12 de outubro de 1978, na véspera da primeira realização em Portugal do ano internacional da criança. Criámos a associação para produzir um espetáculo que viria a ser apresentado em 1979», recorda. Expectativas mais que superadas Inaugurado no dia 14 de abril de 2012, prevê-se que pelo Museu do Brincar já tenham passado entre «28 e 29 mil visitantes». Números que superaram todas as expectativas iniciais, nomeadamente no que ao primeiro ano diz respeito. «Quando abrimos portas estávamos a entrar no 3º período letivo e não prevíamos visitas das escolas, nessa altura, o que aconteceu em grande escala. Por outro lado, pelas características de atração turística que tem a vila de Vagos, não se previa um grande movimento de turistas estrangeiros e nacionais no museu. Mais uma vez tivemos uma frequência espetacular». Fatores que mais que duplicaram as 12 mil visitas que eram esperadas, tendo-se registado 25 mil visitas no primeiro ano. Estes últimos meses não foram de exceção, e as visitas foram acontecendo dentro da normalidade, incluindo nos meses de julho e agosto, em que decorrem as férias escolares. De Vagos, todas (ou a esmagadora maioria) as escolas do primeiro ciclo e pré-escolar e IPSS com valências de infância e 3ª idade do concelho já visitaram pelo menos uma vez o museu. «A visita gratuita destas instituições e escolas faz parte do protocolo que estabelecemos com a câmara municipal», sublinha Jackas, adiantando que o museu é visitado diariamente por pessoas vindas de todo o país, mas sobretudo da região norte e centro. As acessibilidades «são boas» e «permitem a vinda de pessoas de mais longe», menciona. Neste ano e meio, o Museu do Brincar «foi muito mais que só museu». Ao longo deste ano e meio o Museu foi palco de várias iniciativas que promoveu, individualmente ou em parceria sobretudo com a câmara municipal de Vagos mas também com outras entidades. Pelo auditório da unidade museológica vaguense e noutras salas já passaram palestras e ações de formação abertas à comunidade (na área de iniciação ao teatro e construção de fantoches). «Realizámos dois concertos de jazz, estivemos em parceria com a câmara no lançamento de um livro e outro foi iniciativa nossa (em breve haverá outro livro a ser aqui lançado), produzimos dois espetáculos, levámos o nome de Vagos a feiras medievais onde o Museu do Brincar esteve representado, quer ao nível de exposição quer ao nível de contador de histórias», enumera Jackas, recordando ainda o dia, em vésperas de Natal, em que levaram ao Porto cerca de cem crianças do concelho ao Natal da Vodafone. Um ano preenchido ao qual não se podem esquecer iniciativas como as duas celebrações do dia internacional da criança (com mil e duas mil pessoas respetivamente), comemorou-se o dia dos museus – o Museu do Brincar foi o único a aparecer no catálogo da organização internacional dos museus – e o seu próprio aniversário. Marcou ainda presença nalguns programas televisivos, o último dos quais na semana passada, na Praça da Alegria. Depois de no passado sábado ter promovido jogos tradicionais no dia dos antigos alunos da UA, nos dias 5 e 6 estará, a convite do INATEL, na Cidade das Tradições com uma exposição de brinquedos tradicionais portugueses, com jogos que os adultos e crianças poderão brincar e ainda com ateliers de brinquedos. Acontece no Estádio 1º de maio, em Lisboa. Festival de cinema para a infância na forja Recentemente, o Museu do Brincar foi palco e ambiente de fundo para o novo catálogo Outono/Inverno da Lanidor. Ao longo de uma semana, a nova coleção da marca foi fotografada com recurso a algumas peças do espólio para enriquecer a produção. Uma ação que foi idealizada quando um dos elementos da marca, ligada às relações públicas, visitou o museu e o imaginou como espaço ideal para esta produção», conta. Para novembro do próximo ano o Museu do Brincar pretende promover o Festival de Cinema para a Infância. Será o primeiro do género em Portugal e na Península Ibérica, e terá três polos: a sede em Vagos, Japão e Macau. «Estamos a ver se fazemos a gestão dos vários filmes que vão concorrer nestas duas semanas. Para já está em construção o site específico para o festival para depois irmos à procura dos patrocinadores e mecenas», descortina. «Se alguém tem dúvidas que estamos a trabalhar para Vagos e com Vagos é só verificar nas notícias dos jornais ou ligar a televisão e procurar nos canais certos», vinca Jackas.
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