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COMPUTERWORLD
Dezembro 2012
Videoconferência
Custos e aspectos culturais dificultam adopção...............................................2
Mais na cloud, pode ser menos .......................................................................6
Segmento em convergência.............................................................................7
Má configuração pode ter consequências nefastas .........................................8
Fornecedores defendem segurança de produtos..............................................9
Suporte de colaboração na saúde ..................................................................10
Videoconferência na educação ......................................................................11
Dezembro 2012 - COMPUTERWORLD
2|
Comunicações Unificadas
Videoconferência
Custos e aspectos
culturais dificultam
adopção
Apesar de haver soluções para contornar os
custos de investimento inicial, estes continuam a
ter um peso importante nos sistemas de
videoconferência mais sofisticados. As más
experiências anteriores também têm um efeito
desmotivador.
Existem ainda várias barreiras à adopção
de sistemas de videoconferência e muitas
delas são do âmbito cultural. Mas os custos de aquisição de equipamento continuam a ser dos mais importantes
entraves. Assim, tal como noutras esferas
das TIC, o segmento de videoconferência
está a ser povoado por soluções baseadas
na Internet.
São disponibilizadas segundo um modelo
de serviços a pedido e, apesar da qualidade menos consistente, resolvem duas
questões cada vez mais importantes: à
partida, sobrecarregam menos o orçamento anual, e são mais fáceis de implantar. Muitas vezes são gratuitas ou
então o seu custo é baixo. Não exigem
grandes equipamentos – além de uma
webcam e na maior parte das vezes chegam aqueles incorporados nos computadores portáteis. Mas também o som e a
imagem nem sempre correspondem às expectativas empresariais.
São fornecidos em serviços “over-the-top”
– (OTT) sem os operadores estarem envolvidos na sua disponibilização –, apesar de
detectarem esse tráfego. Pecam ainda por
não oferecerem grandes facilidades de interoperacionalidade entre si.
Apesar de tudo, estão a ser adoptados não
só pelo sector doméstico do mercado mas
também pelas PME. Mais utilizados pelas
grandes empresas, os sistemas de videoconferência são também comercializados
como sistemas de telepresença .
Geralmente, envolvem a preparação de
uma sala inteira com instalação de equipamentos especializados. Actualmente, já
oferecem integração com PC e smartphones - e já antes com telefones fixos – e
muitas vezes estão integrados com a plataforma de comunicações unificadas. As
expectativas de qualidade e som são mais
COMPUTERWORLD - Dezembro 2012
elevadas, o que nem sempre teve correspondência no passado.
Envolvem normalmente investimentos
muito mais elevados do que as soluções
de videoconferência. Especialmente neste
tipo de oferta, assiste-se a uma convergência entre o sector dos equipamentos
para audiovisual e o sector da TIC. Os objectivos centram-se nas soluções e experiência de utilização, e as empresas de
TIC procuram assumir a liderança.
Memórias e frustrações persistem
Mesmo com os sistemas de videoconferência menos “virtuais”, há contas importantes a fazer e um dos benefícios pode
até ser a redução de custos, em termos
globais.
“A principal barreira à adopção dos sistemas de videoconferência continuam a ser
os custos associados à compra dos equipamentos necessários assim como à construção das salas em si” , defende Bruno
Vilares, da Ericsson. “No entanto, quando
é feito um estudo mais aprofundado dos
custos inerentes a uma actividade profissional global, nomeadamente em viagens,
estadias ao longo do ano, verificamos que
o custo considerado inicialmente como
entrave se dilui facilmente”.
Daniel Nunes, da Nextiraone, considera
que as soluções estão mais acessíveis mas
os custos de aquisição são difíceis de contornar. Não se trata apenas de suportar
“os investimentos em novas soluções”,
Videoconferência
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Þ O obstáculo grande empresa
Para José Alvarenga, da Tele HG, a dificuldade numa adopção generalizada das plataformas de videoconferência prende-se com a forma como
a tecnologia tem vindo a ser instalada nas grandes empresas e no efeito de liderança que essa prática tem sobre a adopção das pequenas e
médias empresas.
“Na esmagadora maioria das vezes, as grandes empresas instalam soluções de videoconferência em redes internas IP dificultando a interligação com entidades externas à organização, designadamente as pequenas e médias empresas suas parceiras”, explica este responsável .
Na visão de Alvarenga, o modelo de sucesso para todas as empresas é implantar pontos terminais de videoconferência directamente ligados
à Internet, quer com um IP fixo para ligações H.323 quer com um endereço URL SIP fixo para ligações SIP. Alguns sistemas adoptados pelas
grandes empresas são de tal forma fechados que invalidam até uma potencial opção de aluguer de estúdios de videoconferência para utilização à hora pelas PME e assim comunicarem com as grandes organizações.
Ao mesmo tempo não se permite que utilizando sistemas de colaboração por vídeo, como o Skype, se possa dialogar com os sistemas de videoconferência “através das ‘bridges’ existentes” em plataformas de cloud computing. A “universalidade de acesso acaba por ser limitada
pelas opções tecnológicas que as grandes empresas têm realizado”, considera.<
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Videoconferência
comunicações unificadas: resolvem as
questões essenciais quanto às infra-estruturas – um dos desafios mais importantes
– ao adoptarem-se redes inteligentes, “capazes de gerir diversos tipos de tráfego
distintamente”, justifica.
“A primeira barreira que encontramos são
os requisitos de desempenho e segurança
numa rede corporativa e respectivas linhas de comunicações”, reforça Claúdio
Camacho, da GTI. E isso implica uma
“demonstração da simplicidade de instalação e utilização da solução de videoconferência em paralelo com as restantes
aplicações das empresas”, explica.
Além disso, muitos utilizadores ainda sentem frustração com a forma como gerem o
crescente número de comunicações (mensagens, áudio, vídeo, etc.) e com a sua experiência de utilização, acrescenta Paulo
Calado, da Microsoft.
Para este responsável, a reacção dos utilizadores deve-se “à discrepância existente entre as interfaces de utilização das
várias ferramentas que utilizam e a falta
de integração entre elas”. A unificação de
comunicações preconizada pela Microsoft, entre outros fabricantes, tenta resolver esta questão.
Com visão semelhante, Luís Coelho (Alcatel-Lucent) afirma que, “cada vez mais integrados em soluções de comunicação
multimédia globais”, os sistemas de videoconferência “são hoje fáceis de utilizar”. Lembra que já surgem integrados
com smartphones e tablets, além de estarem nos PC, e já não envolvem os custos
de outrora.
Operadores podem impulsionar
Apesar das dificuldades enunciadas,
Bruno Vilares (Ericsson) diz que as “tradicionais conferências telefónicas estão a
ser progressivamente trocadas por videoconferências”. Na base dessa tendência
está a adopção de sustentabilidade e de
redução de emissões de CO2, sugere. “As
grandes empresas multinacionais, como a
Ericsson, já possuem pelo menos uma
sala de videoconferência nos seus escritó-
rios locais, o que será uma tendência a estender-se por todas as empresas”, exemplifica. Contudo, para isso acontecer “de
forma mais célere”, defende este responsável, “os operadores de telecomunicações têm de fornecer cada vez mais este
tipo de sistemas a preços competitivos, tirando partido das suas ofertas empresariais actuais”.<
Þ Dispersão das equipas é desafio
Os departamentos de TI das organizações clientes deparam-se com vários desafios, numa lista realizada por Paulo Calado, da Microsoft:
- Dispersão das equipas - o número de trabalhadores remotos aumentou mais de dez vezes nos últimos anos. As equipas de colaboradores estão mais distribuídas do que nunca, assim como os parceiros e os clientes;
- Mobilidade da força de trabalho - de acordo com um estudo da Forrester, 90% dos colaboradores têm necessidade de usar uma
forma de mobilidade. Cerca de 41% trabalham fora da sede da organização e 15% num local distinto daquele da sua chefia directa;
- Falta de inovação - a tecnologia não acompanhou a evolução das necessidades dos utilizadores, as experiências de utilização
não têm mudado ao longo dos anos e há uma falta generalizada de experiências de comunicação ricas e eficazes, o que torna
mais difícil a adopção das novas ferramentas e faz com que poucos colaboradores utilizem as funcionalidades de videoconferência;
– Custos elevados - até há pouco tempo, os colaboradores tinham de gerir até seis dispositivos diferentes e até cinco tipos de
aplicações de comunicação diferentes: ou seja, demasiadas ferramentas, com excessiva complexidade e muitos desafios à eficiência de custos de uma organização;
- Falta de integração - entre as ferramentas e o contexto em que o colaborador se encontra. Esta situação traz desafios adicionais às equipas de TI como, por exemplo, a gestão de identidades e a sobreposição de investimentos.<
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Videoconferência
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Afonso Neves – Gestor de Produto PT Prime
Nas últimas décadas, a forma como as pessoas trabalham nas organizações mudou radicalmente. O
posto de trabalho deixou de estar centrado no espaço
do escritório, estando cada vez mais pessoas a trabalhar em mobilidade, com benefícios de flexibilidade
e de produtividade para as organizações. Seja em
casa, no restaurante, em viagem ou a partir de qualquer ponto do mapa, a maioria de nós trabalha e interage regularmente com interlocutores dispersos
geograficamente.
A globalização veio também pressionar as organizações a expandir a sua atividade a diferentes mercados
fora do país de origem. Seja em contexto de internacionalização, descentralização de recursos ou restruturação organizacional, o recurso a soluções
tecnológicas que capacitem os colaboradores a comunicar à distância com segurança, eficiência e facilidade, traduz-se em evidentes vantagens
competitivas.
Num mundo em que a informação se desloca a uma
velocidade cada vez mais vertiginosa, torna-se vital às
organizações acelerar os processos de tomada de decisão, de forma a aproveitar as oportunidades com
que se deparam.
As soluções de videoconferência têm vindo, por isso, a
assumir um papel de crescente relevo nas organizações, ao possibilitarem o desenvolvimento de trabalho
colaborativo à distância através de uma comunicação quase presencial. As equipas passaram a realizar
reuniões de trabalho à distância, em tempo real, proporcionando interações mais frequentes, com ganhos
de tempo e de maior rapidez nas decisões.
Como posso reunir com os meus colaboradores,
clientes e fornecedores independentemente do
local onde se encontrem?
Através da videoconferência pode comunicar e desenvolver sessões de trabalho a qualquer hora, com todos
os seus interlocutores, estejam eles onde estiverem.
Pode também utilizar esta forma de comunicação para
apresentar, analisar e atualizar documentos, vídeos,
apresentações ou relatórios de forma partilhada e em
tempo real em conjunto com outros interlocutores.
Pode igualmente realizar entrevistas ou ações de formação com colaboradores que estejam simultaneamente em diferentes locais e gravar essas mesmas
sessões para as disponibilizar mais tarde à restante
organização.
A evolução tecnológica possibilita hoje a realização de
sessões de videoconferência com imagem e som em
alta definição, acessíveis a um custo cada vez mais
reduzido. O contacto visual direto, verbal e não verbal, através de um ecrã com elevada definição, torna
a comunicação fácil e imediata.
Posso participar em reuniões enquanto estou em
viagem?
É possível participar em reuniões via videoconferência
utilizando smartphones, tablets ou PC portáteis. O aumento exponencial de largura de banda móvel tornou
possível a utilização da videoconferência através de
dispositivos portáteis em locais públicos ou quando
está em movimento.
A compatibilidade entre os equipamentos de videoconferência e os dispositivos móveis que permitem facilmente realizar sessões de videoconferência
possibilitam, por exemplo, realizar uma reunião com
múltiplos participantes enquanto viaja de carro ou de
comboio, tornando o seu tempo mais produtivo.
Como posso reduzir custos?
A adoção da videoconferência como meio preferencial
de comunicação à distância potencia uma substancial
redução dos custos de operação. Traduz-se numa
menor frequência de deslocações, reduzindo os custos
de suporte logístico inerentes às reuniões presenciais,
como o alojamento de participantes, o aluguer de espaços ou o transporte de equipamentos. Ao poder realizar confortavelmente sessões de trabalho sem se
deslocar, otimiza o seu tempo e aumenta a produtividade e eficiência da organização. A videoconferência
permite ainda uma considerável poupança energética,
reduzindo a emissão de CO2 dos meios de transporte
que normalmente utilizaria, fazendo com que a sua
organização contribua para a melhoria do ambiente.
E como reduzir encargos de aquisição e manutenção dos equipamentos?
Hoje é possível utilizar estas soluções de uma forma
ainda mais simples, sem ter de comprar equipamentos. As soluções de videoconferência podem ser suportadas num modelo de software as a service,
alojadas na SmartCloudPT, podendo as organizações
usufruir de todos os benefícios do trabalho colaborativo à distância, pagando apenas a utilização do serviço, sem quaisquer preocupações com a gestão dos
equipamentos.
Qual a solução que melhor se enquadra nas necessidades específicas da minha organização e da
minha atividade?
A escolha da solução mais adequada exige uma análise
abrangente e integradora de todas as componentes e
especificidades da sua organização e da sua atividade.
A PT conhece a fundo as necessidades tecnológicas
com que se deparam as organizações num contexto
de fortes desafios e de crescente mobilidade dos negócios. Neste sentido, coloca ao dispor dos seus clientes as soluções mais avançadas de videoconferência
que vão desde soluções para PC, smartphones e tablets, até equipamentos específicos para efetuar sessões de videoconferência em alta definição.
Através de soluções próprias ou através do serviço de
videoconferência alojado na SmartCloudPT, a PT disponibiliza as soluções integradas de videoconferência
que melhor se adaptam às necessidades específicas
de cada organização, tendo em conta a otimização de
custos, a produtividade das equipas e garantindo que
as organizações tiram partido de todas as potencialidades da comunicação à distância.<
smartcloudpt.pt
ptprime.pt
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Videoconferência
Mais na cloud,
pode ser menos
aproveitar os serviços de videoconferência em cloud computing é uma solução para contornar o investimento
inicial. Mas nem sempre correspondem às melhores expectativas, se não houver uma gestão adequada.
A maioria dos responsáveis inquiridos pelo
Computerworld reconhece os feitos práticos da adopção de uma solução de videoconferência em cloud computing. Mas
quase todos apontam algumas ressalvas.
Miguel Louzeiro (Cisco) é a excepção e
afirma peremptório: “a adopção destas soluções é feita sobre as mesmas premissas
de qualidade, segurança e interoperacionalidade do que as soluções implementadas dentro de casa”.
José Alvarenga (TeleHG) admite mesmo
que a cloud computing poderá ter um efeito
exponencial na adopção destas plataformas. Na base disso está a possibilidade de
as empresas conseguirem simplificar as
implantações. O responsável explica como
se deve fazer: “as organizações podem limitar-se a comprar os terminais de videoconferência e ligarem-se à Internet com
um indicativo único de chamada SIP ou IP.
Todos os outros serviços, de ‘bridging’, multiponto, gravação, webcast,... podem ser
suportados por outsourcing”.
Contudo, existe um lado menos favorável,
dado que “os serviços de colaboração em
vídeo que não sejam telepresença (videoconferência com qualidade de alta definição e fiabilidade) são formas limitadas
que acabam por levantar reservas à sua
utilização”, defende.
São as soluções de utilização gratuita
aquelas a levantar mais dúvidas, tendo
em conta o ambiente empresarial. Bruno
Vilares, da Ericsson, considera que “acarretam um conjunto de pontos sensíveis
em termos de segurança, de qualidade de
serviço e de verticalidade (falta de interoperacionalidade)”.
A questão particular da privacidade ganha destaque nas preocupações levantadas por Cláudio Camacho (GTI), sobretudo
nas aplicações gratuitas. Mas o modelo
de disponibilização em SaaS é assumido,
pelo responsável da Ericsson, como sendo
cada vez melhor para suportar videoconferência. Simplesmente, o serviço deverá
ser feito por um operador ou parceiro tecnológico. “É fundamental ter em atenção
o compromisso do fornecedor”, reforça
Paulo Calado, da Microsoft.
Luís Coelho (Alcatel -Lucent) e Daniel Nu-
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nes (Nextiraone) aprofundam ainda mais a
questão dos requisitos a considerar. O primeiro considera que é importante definir e
medir as necessidades de largura de
banda, tendo em conta que o serviço vai
ser disponibilizado a partir de apenas um
ponto da plataforma de cloud computing.
“Isto é particularmente importante para
serviços multi-ponto”, acrescenta.
“À medida que proliferam os novos dispositivos móveis, os colaboradores das empresas tendem a usar cada vez mais aplicações de comunicação e colaboração no
seu próprio dispositivo. E querem usar
esse dispositivo também dentro da empresa como ferramenta de trabalho. Consequentemente, as exigências sobre as infra-estruturas móveis e Wi-Fi são cada vez
mais acentuadas”, explica Daniel Nunes,
da Nextiraone.
O futuro reforçará o peso da largura de
banda. Na opinião deste responsável da
Nextiraone, as aplicações com fluxos de
média e alta definição serão cada vez mais
comuns – com a adopção impulsionada
pelos serviços de comunicação 4G e o aumento dos serviços Wi-Fi.
No que se refere à segurança, importa estabelecer níveis a manter pelos dispositivos para usarem a rede empresarial, alerta
ainda Daniel Nunes. Os requisitos de se-
gurança envolvem o acesso por WiFi mas
também por VPN e a utilização de protecções contra vírus e malware.
Mecanismos de autenticação ganham importância
Não deixa de ser importante manter o controlo sobre o acesso à informação e na
utilização de recursos da rede. Por isso,
Daniel Nunes recomenda a identificação
de cada dispositivo passível de ser ligado
à rede, envolvendo mecanismos de autenticação para o mesmo e para o utilizador.
Além disso, a falta de interoperacionalidade entre os diversos serviços de videoconferência – muitos assentes em tecnologias proprietárias – tem um impacto
nocivo na experiência de utilização. Obriga
a instalar vários clientes de software, nos
equipamentos dos utilizadores, “especialmente nos smartphones e tablets”, para
suportar a interconexão entre utilizadores.
Este trabalho de gestão não impede a
adopção destas soluções pelas PME, até
porque estas constituem, segundo Paulo
Calado, o segmento onde o impacto é
“mais evidente”. Mas, como considera Daniel Nunes, as soluções de videoconferência empresarial com oferta baseada em
cloud computing estão numa fase “ainda
embrionária”.<
Videoconferência
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Segmento em convergência
A passagem de várias
tecnologias e meios de
comunicação para um
suporte digital resultou,
também na videoconferência,
numa consolidação com um
posicionamento mais forte
das TIC.
A evolução das TIC provocou uma série de
movimentos de consolidação e o mundo
da videoconferência não escapou à onda.
Se antes era liderado pelos actores do segmento do equipamento audiovisual, hoje
são os intervenientes do sector dasTIC
que têm nele um posicionamento mais
forte. Apesar disso, os primeiros continuam importantes e também tendem a
convergir.
“A videoconferência era um negócio que
costumava ser gerido pelos fornecedores
de equipamento audiovisual” , explica
Luís Coelho, da Alcatel-Lucent. Então,
isso “fazia sentido quando a infra-estrutura dedicada era necessária para transportar apenas pacotes de vídeo”.
Hoje, uma infra-estrutura IP comum é utilizada para todo o tipo de comunicações.
Por isso, “os fornecedores de TIC estão a
tornar-se mais centrais no cenário global”,
considera o responsável da Alcatel-Lucent.
O interesse não parte só do sector das
TIC. “Temos tido contactos de empresas
especialistas em soluções de audiovisuais
que olham para a área de redes como um
mercado de interesse”, revela Cláudio Camacho (GTI).
“Essa convergência é cada vez mais uma
realidade incontornável. A comunicação
faz-se cada vez mais em formato multimédia (áudio, vídeo, conteúdos), através
de redes privadas ou públicas de banda
larga (com fios ou sem fios), pelo que o
impacto nas infra-estruturas de TI, e consequentes interdependências, é cada vez
maior”, explica Daniel Nunes, da Nextiraone.
Mas os fornecedores de equipamento audiovisual “continuam a ser importantes”,
realça Luís Coelho. O responsável da Alcatel-Lucent reconhece-lhes um papel no
“desenho e afinação do ambiente do utilizador final” – sobretudo para soluções
clássicas de videoconferência em sala.
“Numa perspectiva de fabricantes, assistimos ao estabelecimento de diferentes
parcerias entre ‘players’ de áudio/vídeo e
‘players’ das redes e comunicações”, considera Daniel Nunes, da Nextirone. Isto
acontece por existirem necessidades em
termos de integração em áreas “tão diversas como as infra-estruturas de comunicações, a colaboração e os terminais
multimédia”.
No fundo, a implantação de uma plataforma de videoconferência está-se a tornar um projecto de comunicações global,
como nota Luís Coelho, enquanto José Alvarenga (TeleHG) faz um alerta: “a videoconferência está claramente no âmbito
das TIC mas é um erro básico, com graves
consequências, incluí-la no âmbito das
funções da informática das organizações”.
Para este responsável, no “paradigma”
ideal, o utilizador tem um equipamento
terminal normalizado, associado a um número universalmente reconhecido por
outro equipamento nas chamadas telefónicas. Com efeito, a videoconferência está
cada vez mais a ser pedida e utilizada nos
equipamentos pessoais dos utilizadores,
confirma Luís Coelho.
Face a este contexto, será mais importante as empresas preocuparem-se com a
ergonomia, a facilidade de utilização e a
qualidade das comunicações - em vez da
origem do fornecedor. “Não há dúvida nenhuma de que a mobilidade vai ser um
forte factor”, concorda Raul Oliveira, “porque as pessoas vão querer usar os seus
dispositivos móveis para entrar em videoconferência”.
O responsável critica o facto de não existir
uma “cultura” para construir as soluções
de videoconferência à medida das necessidades do cliente. Não obstante, considera
que os projectos tendem “claramente” a
apresentar uma componente “servidora” e
outra parte de dispositivo “cliente”, separadas, e de fabricantes diferentes.
Plataforma HDVC é reflexo do movimento
A iniciativa High Definition Visual Communications (HDVC) é um exemplo da
convergência, salienta Bruno Vilares, da
Ericsson, lembrando que foi criada por um
consórcio composto por fornecedores de
tecnologias de informação e comunicação
incluindo a Ericsson, Polycom, Sony, Panasonic e até operadores de telecomunicações (como a Telefónica).
“O grande objectivo desta iniciativa é permitir fazer um ‘downscale’ aos preços que
estão associados aos sistemas de videoconferência e telepresença mas alcançando, ao mesmo tempo, a capacidade de
interligação entre as várias soluções fornecidas pelos vários elementos desta iniciativa”, explica.
Na visão da Eriscsson, a plataforma constituída permitirá tirar maior partido da ligação dos dispositivos à Internet (por
exemplo, nas televisões), para suportar as
comunicações em vídeo numa interface
familiar.<
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Videoconferência
Má configuração pode ter
consequências nefastas
a implantação e gestão dos sistemas por entidades externas é a solução mais corrente, quando não existe conhecimento interno
para garantir uma configuração adequada.
Û
No final de Janeiro de 2012, dois investigadores revelaram ser possível aceder às linhas
de comunicação de salas de videoconferência e assim manipular as câmaras de modo
a espiar uma sala onde o sistema está instalado (ver texto na página 9). A principal
causa do problema é a má configuração do
sistema. E a mesma parece estar na origem
de muitas outras falhas de segurança.
Alguns dos responsáveis inquiridos não tiveram conhecimento de nenhum caso. Mas,
por exemplo, José Alvarenga (TeleHG), diz
que a frequência de casos de má configuração, com riscos para a segurança da informação é grande.
Contudo, o mesmo responsável baseia o problema numa opção errada que é “a de colocar o sistema de videoconferência sobre a
rede informática” da organização. Na sua
opinião, isso resulta em problemas de segurança mas também em sobrecargas indevidas na rede e dificuldades de expansão ou
adopção da tecnologia.
Noutra perspectiva, Daniel Nunes (Nextiraone) coloca a tónica na complexidade das
soluções actuais. Segundo ele, esta é acrescida em resultado das plataformas serem
constituídas por diversos produtos, “com diferentes especificidades, de diferentes fa-
bricantes e com múltiplas interdependências, quanto a sistemas de informação e da
infra-estrutura de rede, para a melhor integração possível”.
Neste contexto, o executivo considera ser
necessário as empresas terem um maior conhecimento interno, embora isso seja dis-
pendioso e incompatível com as restrições
económicas actuais. Outra via será “rodearem-se dos integradores adequados, que
possuam competências e recursos nas diferentes vertentes tecnológicas envolvidas
(como por exemplo em segurança de TI)”.
Para José Alvarenga, a solução está em usar
a Internet e as soluções disponibilizadas em
modelo de cloud computing. Nem a utilização de protocolos proprietários resolverá o
problema, reforça o responsável da TeleHG.
A ideia é que o serviço gerido por um operador dará maiores garantias de segurança - e
Bruno Vilares (Ericsson) concorda com ela.
Mesmo assim, Raul Oliveira recorda que a
maior parte dos problemas de segurança
está ligada a erros humanos. Podem ser
“erros dos administradores de sistemas, dos
utilizadores que colocam os seus dispositivos em situações de risco”. E considera que,
actualmente, a situação “ainda é pior, porque os utilizadores trazem os seus dispositivos móveis para dentro da organização, e
usam-nos para aceder a recursos internos,
sem que a segurança dos seus dispositivos
esteja garantida”. Privilegia-se a produtividade e a rapidez de acesso em detrimento
da segurança, lamenta o executivo sobre
esta tendência.<
Sete alternativas
Actualmente, qualquer computador com uma webcam – também existente em tablets e smartphones – pode funcionar como interface de serviços de videoconferência de baixo custo ou gratuitos. O Skype ou o Google+ são alternativa, mais ou menos viável (consoante as necessidades profissionais), a sistemas
cujo preço pode ascender a milhares de euros.
Seguem-se sete escolhas possíveis:
- Connect (Adobe): apresenta como argumento a consistência entre as plataformas, por ser baseada totalmente em Flash, e é funcionalmente idêntica em computadores Mac ou PC com Windows (e, teoricamente, em qualquer plataforma capaz de suportar Flash). Mas esta base em Flash é também uma desvantagem, ao esbarrar nos limites definidos a esta tecnologia nos browsers.
- Omnijoin (Brother): é um serviço do fabricante de impressoras e tem um desempenho consolidado, apesar de algumas particularidades de configuração. São
especialmente úteis a capacidade de gravar as conferências localmente e partilhar ficheiros PowerPoint, sem ferramentas adicionais.
- WebEx Meetings (Cisco): a parte gratuita do serviço é funcional, suporta a interacção até três pessoas e tem funções de gravação de sessões. Três razões
para uma aposta válida.
- GoToMeeting (Citrix): é um serviço de topo de gama mas não tem componente gratuita. Além disso, a qualidade de imagem e funcionalidades de interacção
são prejudicadas pelas limitações de gravação des sessões e uma interface de utilização sobrepovoada.
- Hangouts (Google+): no caso de todos os intervenientes terem contas na rede social Google+, é uma plataforma bastante razoável para estar em videoconferência num grupo até nove pessoas.
- Lync (Microsoft): tem uma interface parecida com o Windows 8. Permite partilhar inquéritos, ficheiros PowerPoint e de outros tipos. Tem um quadro de interacção, além do sistema de mensagens instantâneas.
- Skype (Microsoft): continua a ser um serviço para se iniciar na utilização da videoconferência, devido à ubiquidade do programa, tanto a nível pessoal como
empresarial. Mas o facto de não ter capacidades de gravação e a falta de aplicações adicionais é um grande defeito.<
COMPUTERWORLD - Dezembro 2012
Videoconferência
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Fornecedores defendem
segurança de produtos
Os fabricantes dizem estar a procurar um melhor equilíbrio entre segurança e facilidade de utilização.
É possível, secretamente, espiar salas de
reuniões com videoconferência, revelaram
no início de 2012 os investigadores H. D.
Moore e Mike Tuchen, da empresa de segurança Rapid7. Para tal, bastava que os sistemas estivessem configurados por norma
para receber chamadas de qualquer pessoa.
O problema centrava-se nas funcionalidades de auto-resposta, uma funcionalidade
existente em produtos de empresas como a
Cisco, LifeSize e Polycom, que automaticamente atendem chamadas de vídeo ou de
som.
Moore é director de segurança da Rapid7 e
desenvolveu um programa para verificar os
sistemas de teleconferência nos quais esse
recurso está activado, que se revela um
grande problema de segurança.
As análises de Moore abrangeram cerca de
3% da Internet endereçável e encontraram
250 mil sistemas usando o protocolo
H.323, uma especificação para chamadas
de áudio e vídeo. O investigador disse que
encontrou mais de cinco mil organizações
com a funcionalidade de resposta automática activada.
Nessas entidades, detectou produtos de
empresas como a Polycom, a Cisco, a LifeSize e a Sony. No geral, os resultados significam que até 150 mil sistemas em toda a
Internet podem estar vulneráveis, de acordo
com a Rapid7.
Depois de se “invadir” os sistemas de uma
sala de conferências, a Rapid7 diz que é
possível a uma pessoa de "ler uma password
de seis dígitos inscrita num papel a mais de
20 metros de distância da câmara" – e isto
mesmo com sistemas de videoconferência
baratos.
"Num ambiente tranquilo, foi possível ouvir
claramente conversas nos corredores junto
às salas", escreveu Moore no blogue da
Rapid7. "Um outro teste confirmou a capacidade de monitorizar o teclado de um utilizador e captar com precisão a sua
password, basta apontar a câmara e usar um
zoom de alto nível", diz.
Mas se todos os recursos de segurança dos
sistemas de teleconferência estivessem activados, Moore "não imagina que alguém iria
utilizar o produto para estabelecer uma ligação telefónica", devido à complexidade
inerente, ressalvou em entrevista.
As empresas montam muitas vezes os sistemas fora da sua firewall para facilitarem a
sua utilização, mas isso tem riscos de segurança. A implantação do sistema dentro de
uma firewall pode ser difícil, porque os sistemas de teleconferência podem usar até
30 protocolos diferentes, para estabelecer
uma chamada. Isso exige ajustar as firewalls.
Simplificar para proteger
A Polycom, um dos fornecedores principais
de teleconferência, afirma recomendar aos
gestores de sistemas a desactivação das
auto-respostas, quando se implanta um
sistema para lá da firewall. E revela que a
maioria dos seus sistemas são implantados
dentro do perímetro da firewall e, portanto,
funcionam em ambiente seguro. Os clientes preferem ter o recurso de resposta automática activado para tornar mais fácil
para as TI a gestão remota dos sistemas de
vídeo, disse a empresa.
A Cisco afirmou não estar ciente de quaisquer novas vulnerabilidades de software
nos seus produtos de telepresença. Sobre a
questão da auto-resposta, esta empresa
considera que "o recurso em todos os produtos do Cisco TelePresence é definido
pelos administradores da rede".
A LifeSize, uma divisão da Logitech, considera que todos os seus produtos são fornecidos com o atendimento automático
desactivado, por norma. E garante estar
empenhada em simplificar o processo.
Mesmo assim, Moore tem a impressão
de que os sistemas de teleconferência
devem ser mais fáceis de implantar, e com
segurança. Normalmente "não são muito
bem compreendidos pelos técnicos", sublinha.<
Dezembro 2012 - COMPUTERWORLD
10 |
Videoconferência
Suporte de
colaboração na saúde
a videoconferência deverá ter um impacto substancial nos resultados dos serviços de saúde, nomeadamente nos
índices de satisfação dos pacientes e dos próprios profissionais.
A forma mais lucrativa e eficiente para os
profissionais de saúde prestarem melhores serviços é melhorar o nível de colaboração entre os diferentes intervenientes
da plataforma de videoconferência, de
acordo com a Ovum.
No estudo “Video conferencing and
healthcare: a new chapter in collaboration”, a consultora explica como a videoconferência terá um impacto substancial
nos resultados dos tratamentos de saúde,
na satisfação dos pacientes, mas também dos profissionais de saúde – quando
devidamente integrados em sistemas de
saúde e práticas de trabalho.
Espera-se que a tecnologia tenha resultados relevantes numa série de áreaschave, incluindo o desenvolvimento de
COMPUTERWORLD - Dezembro 2012
redes de tratamento especializado, cuidados de saúde mais justos e uma comunicação mais eficaz. E a eSaúde será
uma área importante.
"As soluções de videoconferência devem
ser adaptadas para vários cenários de utilização, que vão desde o diagnóstico de
doenças específicas e o processo de tratamento entre um prestador de cuidados
e um paciente, à consulta entre os profissionais", diz Charlie Davies, consultor
da Ovum e co-autor do relatório.
Ele afirma que o equipamento e as redes
necessárias também variam significativamente, dos sistemas de telepresença –
que exigem banda larga de alta velocidade – aos serviços de desktop e portáteis.
O estudo também mostrou promissoras
perspectivas de longo prazo para a videoconferência, com o aumento da conectividade de banda larga fixa e móvel, melhorias na interoperacionalidade dos
equipamentos e na inovação das aplicações de comunicações máquina a máquina (M2M).
"O papel cada vez mais central das TIC irá
melhorar os resultados, permitir consultas
remotas e reduzir os custos", sustenta a
analista sénior da Ovum e co-autora do
estudo, Cornelia Wels-Maug.
"A interacção entre os profissionais de
saúde, prestadores de cuidados e pacientes, bem como a formação e educação, podem ser facilitadas com a videoconferência", reforça.<
Videoconferência
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Videoconferência na educação
um projecto entre a universidade de drexel (eua) e a advanced aV permite que professores, funcionários, alunos
e ex-alunos registem apresentações sobre temas como liderança e competências de supervisão. Os vídeos são
armazenados online para os alunos usarem segundo a sua conveniência.
A universidade norte-americana de Drexel e
a Advanced AV, um integrador de sistemas
audiovisuais, estão a colaborar na implantação de um sistema de videoconferência,
para instalar hardware de vídeo relativamente barato e serviços baseados em cloud
computing num projecto que exemplifica
grandes mudanças no mercado do equipamento audiovisual (AV).
Uma delas é a possibilidade de compradores e fabricantes adicionarem mais dois
elementos à receita da transformação: produtos mais baratos e serviços de cloud computing.
"Há de tudo, desde uma aplicação gratuita
do Skype até um sistema Cisco mais robusto. Todos os potenciais clientes são um
pouco diferentes e têm abordagens diversas", diz Michael Boettcher, presidente da
Advanced AV. Alguns, por exemplo, exigem
altos níveis de segurança e fiabilidade, e
querem investir num ambiente controlado,
acrescenta. Outros só precisam de uma câmara e contentam-se com uma ligação
Skype ou outro software barato.
"Há certamente desafios para cada um desses níveis, mas não há uma maneira correcta ou errada", afirma o responsável, salientando que tudo redunda no objectivo de
utilização dos sistemas e nas expectativas.
A abordagem da Drexel inclui uma série de
componentes. Terá um sistema de videoconferência de alta definição (HD) Passport Connect, da LifeSize (Logitech), que
inclui uma câmara de vídeo HD da Logitech, além de um “codec” de videoconferência.
Travis Lisk, vice-presidente de operações
técnicas da Advanced AV, explica que a
Passport Connect é uma “set top box” integrada com o serviço Skype. O produto
LifeSize está no extremo inferior da faixa de
COMPUTERWORLD
preços para os sistemas de vídeo HD, mas
faz bem o que foi projectado para fazer:
"oferecer uma solução satisfatória de desktop com uma câmara HD".
A Universidade de Drexel usará o Mediasite,
da Sonic Foundry, como estação de captação para gravação de vídeos e o serviço de
videoconferência MeetMe, da Vidtel – o
qual permite aos participantes estabelecerem uma ligação de videoconferência baseada em cloud computing.
Este serviço, de acordo com a Vidtel, pode
interligar sistemas de videoconferência em
salas, telefones com vídeo, computadores e
dispositivos móveis usando o Session Initiation Protocol (SIP), o protocolo de comunicação H.323 AV, o Skype ou o GoogleTalk.
Jenny Kaus, responsável de orçamentos e
administração nos serviços administrativos
da Drexel, considera que uma aplicação
fundamental para o novo sistema será a
criação de vídeos para o programa de desenvolvimento de liderança CEO LEAD.
A tecnologia permitirá que professores, funcionários ou ex-alunos gravem apresentações sobre temas como liderança e competências de supervisão. Os vídeos serão
armazenados online para os alunos usarem
segundo a sua conveniência, explica.
A universidade Drexel também vai usar o
sistema para chegar aos alunos da Universidade de Sacramento, na Califórnia, e aos
alunos participantes, a partir de diferentes
locais dos EUA ou no estrangeiro.
"Conferências e ensino à distância são o
que as universiades estão a fazer muito por
estes dias", diz Boettcher.
O integrador está a conceber um sistema
audiovisual, enquanto a universidade está a
preparar o espaço para a instalação. Essa
tarefa inclui trabalhos de electricista, uma
actualização do AVAC e o reforço de uma
parede para acomodar ecrãs planos.
Projectos chegam mais cedo ao CIO
O departamento de ajuda aos estudantes da
universidade está a trabalhar de perto com
a Advanced AV neste projecto. O envolvimento do departamento de TI está a tornarse comum com a fusão das redes de AV e
com as empresariais. "A transferência de
poder foi passada para as TI", observa
Boettcher.
Há alguns anos, as empresas que vendiam
equipamentos AV iam falar com o CIO ou
com um executivo de TI apenas após perceberem que os sistemas iriam assentar na
rede empresarial.
No entanto, essa situação mudou. "Temos
essas conversas directamente com as divisões de TI ou grupos de redes dentro da organização", refere Boettcher.
Empresas do audiovisual procuram certificações de TIC
Outro resultado da convergência entre TI e
o segmento de audiovisuais é que empresas
como a Advanced AV estão a procurar obter
certificações técnicas.
Os revendedores de TI, por sua vez, acham
que a direcção actual do mercado estimula
a sua participação. A virtualização dos sistemas, onde o software executa funções de
videoconferência em cloud computing, abre
oportunidades tanto para revendedores
como para integradores.<
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mundiais em TI. A rede global de media da IDG inclui mais de 460 websites e 200 publicações impressas, nos segmentos das tecnologias de negócio, de consumo, entretenimento digital e videojogos. Anualmente, a IDG produz mais de
700 eventos e conferências sobre as mais diversas áreas tecnológicas. Pode encontrar mais informações do grupo IDG em www.idg.com
Dezembro 2012 - COMPUTERWORLD
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