O sorvete visto por Pier Paolo Magni

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O sorvete visto por Pier Paolo Magni
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O sorvete visto por Pier Paolo Magni
Pier Paolo Magni é um reconhecido mestre confeiteiro-sorveteiro italiano. Foi o responsável pelo
treinamento da equipe italiana que se consagrou ganhadora na última Copa do Mundo da Gelateria em
Rimini em janeiro de 2012.
No mês de junho passado foi enviado pelos organizadores da Copa do Mundo para presidir o júri da primeira
semifinal mundial daquele concurso. Sua presença na FITHEP Argentina foi uma oportunidade para conhecer em
primeira mão seus conceitos sobre o que significa hoje ser sorveteiro e sobre sua avaliação da produção sul
americana.
Uma trajetória
De caráter amável e aberto, o mestre Magni rapidamente conquistou a simpatia de seus colegas latino americanos
com os quais entabulou uma comunicação sincera.
Essa fascinação o acompanhou no decorrer de todas as experiências intensas que viveu depois. A confeitaria
ficava em Crianza Lecchese, uma cidade localizada na região do Lago de Como. Depois passou por vários
estabelecimentos até que participou de uma iniciativa diferente. Numa confeitaria de sua cidade natal começou a
trabalhar um grande mestre que também tinha idéias político-religiosas que o diferenciavam de outros. Foi assim
que propôs a todos os que trabalhavam ali formar uma cooperativa e socializar os meios de produção. Eram os
anos sessenta, novas idéias, movimentos estudantis, grandes mudanças no pensamento – Com a França
liderando – novas modas, estilos e formas de ver a vida... O trabalho cooperativo deu bons resultados.
Magni destaca que ali aprendeu não só as técnicas de sua profissão mas também a experiência do trabalho
solidário, do compromisso e do esforço em comum.
O mundo do chocolate foi conhecer na Suíça. Quando saiu da cooperativa seguiu viajando pelo mundo como
consultor e como professor. Foi assim que entrou no mundo da indústria e se especializou com projetos na China,
Japão, Estados Unidos e países da Europa.
Esta feira lhes abriu as portas para poder dar asas aos seus anseios de concretizar um grande campeonato
mundial. A copa se converteu em um grande acontecimento profissional. Esse crescimento os levou a aprofundar
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os níveis técnicos das equipes que se apresentavam. Dalí nasceu a proposta de sugerir aos países a realização
de campeonatos nacionais e regionais que foram instâncias de pré-seleção para que os melhores chegassem à
Copa Mundial. A Argentina foi o primeiro país que levantou essa bandeira e organizou a primeira semi-final da
Copa do Mundo. A Copa Latino americana, afirma Magni, é um passo importante para nossa organização Gelato
& Cultura visando que o exemplo se estenda a outros continentes.
Como foi sua experiência como treinador?
Treinar uma equipe para uma competição mundial é muito difícil. É um grande esforço.
Alcançar os níveis de excelência que exige um concurso mundial significa ter que corresponder a uma disciplina
de muitas horas de exercícios.
Como treinador da equipe italiana que saiu vencedora na ultima copa entreguei toda minha capacidade de
trabalho, concentração e disponibilidade de tempo. A alegria do triunfo é inigualável, mas não se alcança senão
pelo esforço. Só de pensar na complexidade das esculturas em gelo, em chocolate, em açúcar. Por outro lado, há
que conseguir sabores harmoniosos, especialmente nas novas propostas de sorvete salgado.
Na gastronomia esta crescendo a participação dos pratos de sorvete salgado ao molho, com todas as ervar, as
especiarias, as verduras. É uma tendência e por isso tem seu lugar na copa do mundo.
Como treinador também tive que estudar com cuidado o sabor de cada sorvete porque leva à maior pontuação.
Não pode ser um bom sorvete, deve ser excelente porque trata-se de uma competição que especialmente
qualifica isso, o sabor do sorvete.
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