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Sociedade Brasileira de Química (SBQ) Estudos de QSAR 3D (CoMFA e CoMSIA) para um conjunto de inibidores da enzima prostaglandina E2 microssomal sintetase I (mPGES-1). Thamires Quadros Froes (IC)*, Marcelo Santos Castilho (PQ) *[email protected] Laboratório de Bioinformática e Modelagem Molecular (LaBIMM), Faculdade de Farmácia (UFBA) - Salvador, BA. Palavras Chave: CoMFA, CoMSIA, mPGES-1, AINEs. Introdução Antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) são amplamente utilizados como analgésicos e 1 antiinflamatórios. Entretanto, efeitos colaterais no trato gastrointestinal e no sistema cardiovascular 2 limitam o uso desses fármacos na terapêutica. Visando contornar essas limitações, novos alvos macromoleculares tem sido explorados para o desenvolvimento de antiinflamatórios mais eficientes 2 e seguros. Entre eles destaca-se a mPGES-1, cuja inibição não causa os efeitos colaterais decorrentes do uso de AINES tradicionais. Derivados de biarilimidazol e fenantreno (Figura 1) são inibidores de mPGES-1 (pIC50 de 5,43 a 9,39) cuja relação entre a estrutura química e a atividade biológica foi descrita 3-5 apenas qualitativamente. Por essa razão, modelos de QSAR 3D (CoMFA e CoMSIA) foram utilizados para elucidar os fatores estéreos, eletrostáticos e hidrofóbicos responsáveis pela atividade biológica desses inibidores de mPGES-1. Figura 1. Estrutura geral dos inibidores da mPGES1. Em destaque a máxima subestrutura comum (MSC) utilizada no alinhamento B. Resultados e Discussão Os resultados do CoMFA e CoMSIA são profundamente influenciados pelo alinhamento molecular utilizado. Por essa razão, 2 estratégias diferentes foram implementadas: A) Alinhamento de todas as moléculas do conjunto de inibidores (63), baseado na similaridade morfológica, com as 4 moléculas mais potentes do conjunto (SURFLEXSIM); B) Considerando que a conformação bioativa não deve ser distante da conformação de mínimo energético e que grupos comuns devem ter interações semelhantes, as moléculas, minimizadas pelo método semi-empirico PM6, foram sobrepostas com base na (MSC) (Figura 1). A seguir, as moléculas, divididas aleatoriamente em grupo treino (50 moléculas) e grupo teste (13 moléculas) para 36a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química fins de validação externa, foram utilizadas para construção de modelos CoMFA, utilizando parâmetros padrão, como disponível na plataforma SYBYLX 2.0. Os modelos obtidos mostram bom 2 2 ajuste (MSC r = 0,89; SURFEX-SIM r = 0,82), porém a capacidade preditiva desses modelos foi 2 considerada insatisfatória (r pred < 0,55). Contudo, a variação do espaçamento da grade (0,5-1,5) e o ajuste dos campos de acordo com o desvio padrão (STDev coeff.) (0,3-1,2), permitiu obter modelos com 2 boa consistência interna e capacidade preditiva (r = 2 2 0,94, q = 0,75, 5PCs e r pred = 0,77) para o alinhamento MSC (espaçamento= 1,0 e STDev coeff= 0,9). Utilizando esses parâmetros, foi possível construir também um modelo CoMSIA com 2 2 qualidade estatística superior (r = 0,91, q = 0,82, 2 5PCs e r pred = 0,81) ao do modelo CoMFA. Figura 2. Campos Estéreos (verde/favorável: amarelo/desfavorável) e hidrofóbicos (roxo/favorável: laranja/desfavorável) para a molécula mais potente do conjunto (pIC50= 9,39). Conclusões Os modelos de QSAR 3D apresentam boa consistência interna e capacidade preditiva, podendo ser úteis para guiar o planejamento de moléculas mais potentes. Por exemplo, a análise dos mapas de contorno (CoMFA) e de similaridade hidrofóbica (CoMSIA) (Figura 2) sugere que a adição de substituintes volumosos e hidrofóbicos na posição 1 do anel A aumenta a potência de derivados de fenantreno que inibem mPGES-1. Agradecimentos FAPESB; CNPq 1 1 Wang, M., Song, L., FitzGerald, G.A. Cheng. J. Irtern Med. 2008,263, 500. 2 Scholich,K; Geisslinger,G. TRENDS Pharm. Sci. 2006, 27 ,8. 3 Chiasson, J., et al. Bioorg. Med. Chem. Lett. 2011, 21, 1488 4 Wu, T.Y.H., et al. Bioorg. Med. Chem. Lett. 2010, 20, 6978 5 Giroux, A., et al. Bioorg. Med. Chem. Lett. 2009, 19, 5837
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