Semana 10: Deus cura hoje? - Tem perguntas

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Semana 10: Deus cura hoje? - Tem perguntas
Em 1982, um homem chamado John Wimber veio pregar
na nossa igreja. John Wimber era o pastor da Igreja
Vineyard nos Estados Unidos. E naquele tempo eu era um
membro da congregação, e atuava como advogado. E
admito que quando eu vi John Wimber eu estava
profundamente cínico sobre ele – por várias razões: Em
parte pela sua aparência; em parte porque ele era Americano. Agora como vocês sabem, eu
amo os americanos e desde então me arrependi da horrível atitude que tinha naquela época!
E, como vocês sabem, eu aprendi bastante com eles, e estou profundamente grato a eles.
Mas naquela época, eu suspeitava profundamente deles.
Ele veio aqui e naquele domingo à noite, o assunto todo de que ele falou foi sobre o Espírito
Santo, curas, e coisas maravilhosas que aconteceram.
Mas eu ainda estava profundamente cínico. Na noite seguinte ele veio pregar numa sala lá
embaixo, para mais ou menos setenta líderes da igreja. Novamente eu cheguei muito, muito
cínico. E mais uma vez o assunto sobre o qual ele falou foi cura. Antes eu havia ouvido
sermões sobre cura, mas quando ele disse no final, “Agora vamos fazer uma pausa para o
café, e quando voltarmos vamos orar por cura”.
Bom, nós nunca tínhamos orado por curas antes. Então tivemos um longo intervalo. Todos
estavam tomando mais e mais café. E quando voltamos para dentro, os que estavam
sentados nas primeiras filas, acharam que seria querer aparecer se ficassem nos mesmos
lugares! Então se mudaram para trás!
E então ele disse que este grupo estava orando e que tinham várias palavras de
conhecimento. E ele definiu palavras de conhecimento assim: “Uma revelação subrenatural
de fatos sobre uma pessoa ou situação que não é aprendida através do esforço da mente
natural, mas se faz conhecida pelo Espírito de Deus. Isto pode ser em forma de uma
imagem, uma palavra enxergada ou ouvida na mente, ou um sentimento experimentado
fisicamente”.
Então ele disse que seu grupo tinha uma lista destas palavras de conhecimento. E disse quais
eram. Não havia fé naquele recinto, não havia qualquer expectativa naquele momento –
exceto uma pequena esperança que isso não desse em nada.
Bom, então ele voltou à lista e disse, “Bem, a primeira pessoa”, se lembro corretamente, era
um homem que aos quatorze anos machucou sua coluna cortando lenha. E para o meu
espanto, este cara levantou e desceu e disse que era ele. E eles oraram por ele.
E aí teve outro, e outro com problema na coluna, que era Jeremy Jennings, que é diretor
pastoral da equipe de funcionários aqui, ele levantou e foi a frente. Naquela noite ele
recebeu a cura do seu problema de coluna. E continuavam a ler a lista, e um após o outro
desceu e oraram por esta pessoa, você podia sentir o nível de fé aumentar naquele lugar.
Havia outra palavra de conhecimento para a qual não havia sido dada resposta, e era sobre
uma jovem que era estéril. Bom, somos britânicos – nem falamos sobre estes assuntos,
muito menos admitiríamos responder para tal chamado! Então nós esperamos.
Finalmente uma amiga minha chamada Sarah Wright — nem sabíamos que ela estava há um
bom tempo tentando ter um filho, mas era incapaz de conceber, e que fizera inúmeros testes.
Então ela foi à frente e ele perguntou, “Qual o seu nome?” e ela respondeu Sarah – claro que
havia um bom precedente na Bíblia chamada Sara e a infertilidade. E eles oraram por ela.
Nove meses depois ela deu a luz a um menino! É bom esclarecer que a concepção não
aconteceu naquela sala!
O extraordinário é que, embora tivessem tantas coisas acontecendo naquela noite, e pessoas
que eu conhecia estavam sendo curadas, - é óbvio que hoje sei de que forma foram curadas , mas na época somente parecia que elas estavam curadas. Aquela noite passou e eu
continuei profundamente cínico.
Na noite seguinte ele estava pregando no templo principal para todos que participavam de
pequenos grupos na igreja.
Éramos uma igreja muito menor naquela época – havia mais ou menos duzentos e cinqüenta
pessoas – e estávamos apertados no templo. Eu havia estado no Fórum naquele dia,
trabalhando como advogado. Estava vestindo um terno com colete, um colar engomado,
parecendo pomposo e estava atrasado, Pippa e eu estávamos atrasados. E você sabe como é
a Igreja Anglicana - os primeiros a chegar ocupam os bancos de trás. E então os únicos
lugares disponíveis eram nas duas filas da frente. Então Pippa e eu fomos lá para frente.
Novamente ele falou sobre o Espírito e sobre curas, e novamente ele disse que seu grupo
teve várias palavras de conhecimento. E novamente ele as listou, e novamente pessoas
começaram a se levantar a nossa volta. Daí ele disse, “Há dez pessoas que tem pé-de-atleta”.
Acontece que eu tinha pé-de-atleta – mais não iria me levantar! Nove pessoas levantaram.
E eu estava sentado ao lado da minha esposa Pippa, e ela estava fazendo isso: “É você!” e
eu ficava dizendo, “Não, não, não, eu estou bem”. Mas finalmente a dor nas minhas costelas
se tornou tão intensa que seria menos doloroso se eu me levantasse. Então me levantei. E
neste momento este americano muito legal no grupo de ministração, veio até mim e disse,
“Gostaria que eu orasse por seu pé-de-atleta?” Então eu respondi, “não obrigado, estou
plenamente satisfeito com meu pé-de-atleta”. Eu disse “De fato é muito gostoso ficar
coçando entre os dedos”.
Ele foi extraordinariamente cortês, porque ele disse, “Bem, há alguma coisa pela qual
possamos orar”? Então eu disse, “Bem, o que eu realmente gostaria de orar seria pelo poder
do Espírito Santo em minha vida”. Então ele disse, “OK, oremos por isto”. E ele começou a
orar.
Tudo que posso dizer é que depois de mais ou menos trinta segundos experimentei o poder
de Deus de uma maneira como nunca havia experimentado antes em minha vida. Sei que
isto não é o mesmo para todos, mas para mim ali foi a manifestação física. Foi como dez mil
volts de eletricidade atravessando meu corpo.
De fato foi tão intenso, e já não agüentava mais. Mas este americano, eu acho que ele tinha
acabado de se integrar ao grupo de ministração, porque ele fazia apenas uma oração, e esta
oração era “Mais poder, Senhor!” E toda vez que ele orava assim, o poder aumentava.
Finalmente eu não sabia o que fazer. Pensei que a única coisa que poderia fazer era orar
contra ele! Então comecei a orar, “Chega de poder, Senhor”. Mas como ele sabia somente
uma oração, ele continuava, “Mais poder!” E finalmente havia uma batalha de gritos entre
eu e ele, bem ali no centro. A esta altura todo mundo na igreja tinha parado de orar e
estavam olhando o que acontecia ali!
Eu acho que John Wimber teve pessoas difíceis nestes encontros, porque ele disse, “Ah,
tirem este daqui!” Então me carregaram para fora através da janela da igreja. E enquanto me
carregavam, John Wimber disse isso: ele disse. “Deus esta dando para aquele homem a
habilidade de compartilhar Jesus para outras pessoas”. E embora isso era uma coisa na qual
eu não era muito habilidoso, era uma coisa que eu desejava fazer.
E naquela noite quando cheguei em casa, comecei a reler a Bíblia, para ver o que dizia sobre
o assunto de cura e o reino de Deus.
É claro, Deus cura com a cooperação de médicos e enfermeiros e profissionais da medicina.
Mas, quanto mais eu procurava, estava mais convencido que devemos esperar que Deus
cure milagrosamente hoje.
1. CURAS NA BIBLIA
E o que eu vi, enquanto procurava sobre curas na Bíblia, era que se olharmos no Antigo
Testamento, Deus promete a cura ao seu povo. Esta na sua natureza curar. Ele disse, “Eu
sou o Senhor que te cura.” - como parte do seu amor por nós. E há vários exemplos de curas
milagrosas no Antigo Testamento – Naamã por exemplo.
Mas se Deus agiu assim no Antigo Testamento, quando havia somente vislumbrado o reino
de Deus e o derramar do Espírito Santo, podemos esperar confiantes que Ele fará mais hoje,
depois que Jesus inaugurou o Reino de Deus, e o fato que agora vivemos no tempo do
Espírito Santo.
Então quando chegamos ao Novo Testamento, descobrimos que estas primeiras palavras de
Jesus documentadas no Evangelho de Marcos, Capítulo 1, Versículo 15, diziam o seguinte:
Marcos
Capítulo 1
Versículo 15
“O tempo é chegado”, dizia ele. “O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e
creiam na boa nova!”
“O tempo é chegado”, dizia ele. “O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam
na boa nova!” O Reino de Deus ou a expressão o “Reino dos Céus”, que Mateus usa
alternadamente com o “Reino de Deus”; significa exatamente a mesma coisa e é usado 82
vezes nos três primeiros Evangelhos: Mateus, Marcos e Lucas.
A palavra “reino” se refere não somente aos âmbitos políticos e geográficos, mas transmite
a noção de governo e reinar. Então o Reino de Deus é o governo e o reinado. E E este reino
– e isto é um pouco complexo, e já foram escritos muitos livros de teologia sobre este
assunto – mas basicamente este reino é ambos: o já agora e o ainda não. E há alguns
diagramas que tentam fazer isto um pouco mais fácil de entender.
ESTA ERA
A ERA POR VIR
A ERA POR VIR
1ª vinda
2ª vinda
ESTA ERA
O que os judeus esperavam – se você olhar ao diagrama superior – a expectativa dos judeus
era que esta era que vivemos agora chegaria ao seu final e que seria seguida pela era por vir.
A era por vir aconteceria quando o rei messiânico chegasse e então se teria um reino
completo. E vocês verão a linha alaranjada que é para esta era, e a linha verde é a era por
vir.
Aquela era a expectativa dos judeus. O ensino de Jesus era uma modificação disto. O que
Jesus dizia, em suma, era que esta era não chegaria ao fim com a sua chegada. Então a
primeira linha ali, a linha azul, é a primeira vinda de Jesus. Quando Jesus veio ele inaugurou
o reino, então a era por vir começou - esta é a linha verde – que eles esperavam. Começou,
mas a era anterior, esta era, continua – até a segunda vinda de Jesus. Então o reino de Deus
estará completo.
Mas por enquanto vivemos neste período entre os tempos, quando o reino chegou, mas não
está completo ainda. Então vivemos entre a primeira vinda e a segunda vinda – em um
tempo quando é ambas: esta era a era por vir.
A primeira vez que Jesus veio, ele veio em fraqueza. Quando ele voltar, ele voltará com
poder e grande glória. A história se move para este glorioso clímax. Há 300 referências no
Novo Testamento a respeito da segunda vinda de Cristo.
Quando Jesus voltar, será óbvio para todos. A história como a conhecemos terminará.
Haverá a ressurreição universal e o Dia do Julgamento. Haverá um novo céu e uma nova
terra. Jesus em pessoa estará lá, junto com aqueles que o amam e obedecem. Será um lugar
de intensa felicidade que nunca acabará. E nós teremos maravilhosos corpos ressuscitados
que nunca perecerão, não haverá mais morte ou luto, choro ou dor. Todos os que crêem
naquele dia serão totalmente curados.
Mas até lá, há este elemento de espera. Como Paulo diz em Romanos, ele diz: gememos em
nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Em outras palavras,
a total redenção do nosso corpo tem que esperar por aquela segunda linha, a segunda vinda
de Cristo.
E é importante mantermos esta perspectiva enquanto examinamos este assunto de cura.
Porque neste presente momento nem todos estão curados.
Penso em um grande amigo meu chamado Patrick Pearson-Miles. Patrick Pearson-Miles
frequentemente dá esta palestra no Alpha. Mesmo assim Patrick não foi curado – ele tem
falência dos rins. Ele faz hemodiálise há uns quinze anos. E ele é um homem muito
corajoso, mas também é um homem de grande fé. E ele tem orado - nós temos orado por ele
repetidamente. E ele não foi curado.
Mas ele foi realmente ajudado com uma conversa que teve com John Wimber, que já é
falecido. E John disse para ele, “Você sabe, o verdadeiro presente é o presente da salvação,
vida eterna, e todas as coisas que Jesus nos dá. E se somos curados nesta vida, bem isto é
um bônus”.
Então há o aspecto futuro, mas no tempo presente, o que Jesus dizia é que o Reino de Deus
é agora. Está aqui. E o que vemos são sinais do vindouro reino. Ele disse: “o Reino de Deus
está entre vocês”. O reino é algo que pode ser descoberto e experimentado agora!
E pelos evangelhos vemos que Jesus via seu ministério como um cumprimento das
promessas do Antigo Testamento. E ele continuou para demonstrar esta realidade presente
dos reinos através de tudo que ele fazia durante seu ministério – perdão dos pecados,
curando os doentes, e confrontando o mal.
Então vivemos entre os tempos, quando o completo Reino de Deus ainda não chegou, mas o
reino de Deus esta próximo, como Jesus disse. Esta era continua, mas os poderes da era
futura já entraram na história. Agora, isto é o que teólogos chamam de manifestação
escatológica – é isso!
É uma manifestação escatológica. Agora o que isso quer dizer? Quer dizer: o eschaton é o
fim - a segunda vinda de Cristo, a era por vir – tem entrado na história, e então nós temos
um antegosto disto.
Deixe-me fazer uma analogia. Hoje temos uma onda de calor: verão glorioso na Inglaterra –
isto por si só é um milagre, eu suponho! Mas estamos no meio desta onda de calor. A quase
três meses – eu acho que era 19 de março – tivemos um tempo estranho para a Inglaterra.
Tivemos um dia quando a temperatura era 18 graus, um fantástico sol brilhava, e parecia
como se o verão houvesse chegado – mas não chegou: uma semana depois o frio era gélido
e geava à noite. Mas aquele dia foi uma “manifestação escatológica”, do verão. Era um
antegosto. Um aviso do verão que vinha; e que não estava muito distante.
E o que o ministério de Jesus demonstra é que o reino futuro está vindo, está próximo. E
Jesus demonstrou isso pela pregação das boas novas, curando os doentes, ressuscitando os
mortos, expulsando demônios. Você sabe, 25 por cento dos evangelhos é sobre as curas de
Jesus. Jesus não curava a todos da Judéia, mas nós lemos frequentemente dele curando
indivíduos ou grupos. Era parte da sua atividade do reino.
Abram sua Bíblia, por favor,
em Mateus Capítulo 4 Versículo 23.
Mateus
Capítulo 4
Versículo 23
Jesus foi por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, pregando a boa nova
do reino e curando todas as enfermidades e doenças entre o povo.
Jesus foi por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, pregando a boa nova do reino
— reino era o tema central absoluto nos ensinamentos de Jesus – pregando a boa nova do
reino, e a cura de toda doença e enfermidade do povo.
Então Mateus no diz, isto era o que Jesus fazia. Aí ele expõe como ele o fez. Então os
capítulos 5,6 e 7 são o Sermão da Montanha – como Jesus ensinava. Daí ele nos conta como
Jesus curava. Os capítulos 8 e 9 são nove milagres de cura. E então no Capítulo 9, Versículo
35 é quase idêntico a Mateus 4.23:
Mateus
Capítulo 9
Versículo 35
Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas,
pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças.
Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando a
boa nova do Reino e curando todas as enfermidades e doenças.
Este é um artefato gramatical conhecido como inclusio: isto quer dizer, Mateus usa o
mesmo versículo no começo e no final. Eles não tinham pontuação naqueles dias, então esta
é uma maneira de dizer, “eu terminei esta parte”. Então isto é o que Jesus fez no seu
ministério: ele falou para as pessoas a boa nova, e ele curou os enfermos.
Então havendo terminado com esta parte, Mateus diz: “Agora isto é o que Jesus falou para
seus discípulos fazerem” — Mateus 10, Versículo 1:
Mateus
Capítulo 10
Versículo 1
Chamando seus doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos
imundos e curar todas as doenças e enfermidades.
Chamando seus doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos imundos e
curar todas as doenças e enfermidades.
E no Versículo 7, ele diz:
Mateus
Capítulo 10
Versículos 7–8
“Por onde forem, preguem esta mensagem: o Reino dos céus está próximo.
Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os
demônios.”
“Por onde forem, preguem esta mensagem: o Reino dos céus está próximo. Curem os
enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios.”
Então Jesus ordenou aos seus discípulos para fazê-lo. Não somente os doze discípulos, mas,
por favor, virem algumas páginas para Lucas capítulo 9. Lucas capítulo 9, Versículo 1:
Lucas
Capítulo 9
Versículos 1–2
Reunindo os Doze, Jesus deu-lhes poder e autoridade para expulsar todos os demônios e
curar doenças,
e os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.
Ele deu-lhes poder e autoridade para expulsar demônios e para curar doenças, ele os enviou
para pregar o Reino de Deus e curar os enfermos.
Lucas Capítulo 10, Versículo 1 — e não era somente os doze:
Lucas
Capítulo 10
Versículo 1
Depois disso o Senhor designou outros setenta e dois e os enviou dois a
dois, adiante dele, a todas as cidades e lugares para onde ele estava
prestes a ir.
Depois disso o Senhor designou outros setenta e dois e os enviou dois a dois, adiante dele,
a todas as cidades e lugares para onde ele estava prestes a ir.
E o Versículo 9 — esta era sua ordem para eles:
Lucas
Capítulo 10
Versículo 9
“Curem os doentes que ali houver e digam-lhes: ‘O Reino de Deus está próximo de
vocês’.”
“Curem os doentes que ali houver e digam-lhes: ‘O Reino de Deus está próximo de
vocês’.”
Então aquilo que Jesus fez, foi o que mandou seus discípulos a fazerem, e então no final dos
Evangelhos – por exemplo, Mateus capítulo 28, Versículo 19, vemos o que Jesus fez. Vimos
o que Jesus ordenou seus discípulos a fazerem. Então no final do Evangelho, ele ordena-os
com estas palavras:
Mateus
Capítulo 28
Versículos 19–20
Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até
o fim dos tempos.
Portanto, vão e façam discípulos de todos povos e nações, batizando-os em nome do Pai e
do Filho e do Espírito Santo ensinando-os — É você. Se você se tornar um discípulo de
Jesus – a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. Agora, o que lhes ordenou a fazer? A
contar para todos a boa nova, e curar os enfermos.
E se observarmos no Novo Testamento, é isso que eles fizeram. Depois dos Evangelhos vem
o livro dos Atos. Você sabe, sou tão lento – não me toquei: O livro dos Atos é chamado
Atos! Eles não ficaram só falando sobre isso; eles agiram. Eles pregaram o Evangelho e eles
curaram os enfermos. Então cura é um dos sinais do reino inaugurado por Jesus, que
continua até hoje. Então devemos esperar que Deus cure milagrosamente hoje como parte
das atividades do seu reino.
2. A CURA NA HISTÓRIA DA IGREJA
Então isso é cura na Bíblia. Observemos a história da igreja, e vemos que cura era parte
normal das atividades da igreja primitiva. Então por exemplo, lemos em Irineu, que escrevia
no segundo século, e dizia: “Outros também curam os doentes impondo suas mãos sobre
eles, e eles são curados”.
Orígenes que nasceu por volta de 185 d.C., disse: “O nome de Jesus pode remover
doenças”.
Agostinho de Hipona, quem sabe o maior teólogo dos primeiros cinco séculos, escreveu um
livro chamado A Cidade de Deus, e naquele livro ele fala sobre isso – ele diz: “Até hoje
milagres acontecem pelo nome de Cristo”. E ele enumera exemplo após exemplo de cegos
sendo curados, todos os tipos de milagres. E muitos destes em grandes detalhes. Cristãos de
todas as eras continuaram a obedecer à ordem de Jesus para curar os doentes.
Com o tempo, começamos a construir hospitais e outras instituições para aliviar o
sofrimento. Esta tem sido a maior conquista da igreja. Mas Deus ainda cura milagrosamente
hoje.
Raniero Cantalamessa, que foi o pregador do papa João Paulo II por 24 anos escreveu o
seguinte: “Hoje temos duas maneiras de encarar os problemas de saúde: A maneira da
natureza humana e a maneira da graça. Por natureza humana, nesse sentido, abrange ciência
e tecnologia e todos nossos recursos – em suma, tudo que recebemos de Deus na criação e
tudo que temos desenvolvido usando nossa inteligência. Mas há um segundo caminho:
graça. Que indica fé e as orações pelas quais, de acordo com a vontade de Deus, algumas
vezes obtemos cura e extrapola o escopo dos recursos humanos”.
“Contra doença e falta de saúde”, ele escreve, “o cristão não pode se satisfazer em usar os
recursos da natureza – construir hospitais o trabalhar conjuntamente com as estruturas do
Estado para providenciar cuidado e conforto. Os cristãos têm o poder especial, dado a eles
por Cristo. Ele os deu autoridade para curar toda doença. Seria uma omissão não utilizarmos
este poder e assim falharmos em manter a esperança, especialmente para aqueles para o
quais a ciência nega toda esperança”.
3. A CURA NOS DIAS DE HOJE
Eu conheci uma mulher chamada Jean Smith, ela tinha por volta de sessenta anos. Ela era do
País de Gales. E em uma noite ela chegou a um encontro Alpha como visitante. Ela se
apresentou para mim. E me disse o que lhe aconteceu. Ela disse: “Há dezesseis anos, eu
fiquei cega”. Ela teve uma infecção que corroeu a retina e a córnea, e aparentemente não
podem ser substituídos. Então ela usava uma bengala branca e um cão guia – eu acho que o
nome do cão guia era Tina. E ela sentia muita dor.
E na sua igreja ela foi para um curso Alpha. Ela participou no final de semana, e durante
aquele final de semana experimentou o poder do Espírito Santo de uma maneira tal como
nunca havia experimentado antes. E a coisa mais espantosa é que o sofrimento que durava
todos aqueles anos havia sumido. E ela estava tão agradecida a Deus que foi à igreja
agradecer a Deus. E foi um culto de comunhão, e o ministro da sua igreja disse que desejava
ungi-la com óleo como um sinal desta cura que havia acontecido durante o final de semana.
E ele a ungiu com óleo.
E à medida que ela limpava o óleo, ao olhar para cima ela pode ver a mesa da comunhão à
sua frente. Ela foi para casa naquela noite, e ela disse que foi maravilhoso, porque não
enxergava seu marido há dezesseis anos e meio. Ela não conseguia acreditar quão branco ele
havia se tornado!
Deus é um Deus que cura. Um dia teremos um novo, perfeito corpo. Nesta vida nunca
alcançaremos a perfeição. Mas quando Deus cura alguém como Jean, nós temos um
vislumbre do futuro, quando receberemos a redenção dos nossos corpos. É claro que
nenhum ser humano pode evitar a morte. Nossos corpos deterioram, e em algum momento
talvez seja melhor preparar a pessoa para a morte em vez de orar por cura. Graças a Deus
pelos cuidados paliativos, cuidados paliativos, você sabe, dão dignidade ao doente terminal
e é outro trabalho ordenado por Jesus para cuidarmos dos doentes.
Então precisamos ser sensíveis à direção do Espírito Santo. John Wimber dizia isso. Quando
não orávamos, ninguém era curado. Agora oramos por todos, nem todos são curados, mas
alguns sim.
E quando oramos por pessoas, mesmo se elas não são curadas, geralmente é uma benção.
Certamente foi uma benção para mim – meu pé-de-atleta não foi curado naquele momento,
mas estou feliz por terem orado por mim.
Alguns, é claro, são agraciados com dádivas especiais – dádivas de cura. Mas isso não quer
dizer que devamos deixar as orações só para eles, porque Jesus deu esta ordem para todos
nós. Da mesma maneira que ordenou que espalhássemos a boa nova, embora alguns tenham
o dom de serem evangelistas, assim é com curas.
Então como faremos isso na prática? É claro, é Deus quem cura, e não nós. Então não há
técnica alguma envolvida; oramos com amor e simplicidade. O modelo de Jesus era a
compaixão. Esta era a motivação dele para orar pelo povo – ele os amou. E simplicidade,
porque não é nossa oração que cura a pessoas, é o poder de Deus, é o nome de Jesus.
E descobrimos que palavras de conhecimento podem ser muito úteis. É uma das maneiras
pelas quais Deus fala. Esta não é a maneira pela qual tem que acontecer, mas é um modelo
prático que usamos e iremos usar aqui esta noite. E isso é o que temos orado – e oramos
mais cedo hoje. Aquelas pessoas que estão liderando e auxiliando têm orado para Deus lhes
dar palavras de conhecimento. Sobre pessoas aqui nesta noite.
Algumas vezes é uma figura, uma imagem, quem sabe parte do corpo que Deus quer curar.
Algumas vezes é uma dor que alguém sente em seu corpo que sabe não ser dela mesma, mas
pode ser Deus falando para ela algo que Ele quer que faça.
Algumas vezes é um pensamento, só uma impressão, uma palavra que é vista ou ouvida. Por
exemplo, algumas podem ser bem específicas. No último curso, Philippa Pearson-Miles –
falei de Patrick, seu esposo com a falência renal – Philippa tinha este dom, um dom
particular de receber palavras específicas de conhecimento. E porque Patrick e Philippa
fizeram a palestra sobre cura no último Alpha, ela tinha algumas palavras de conhecimento
para dizer.
E uma das palavras de conhecimento que ela disse, ela disse que acreditava haver alguém ali
– ela não sabia disso naturalmente; ela sabia através do Espírito de Deus que falava a ela –
ela disse acreditar que havia alguém que tinha problema de canal. E foi bem específica; ela
disse “teu nome é John, e tua idade é de 42 anos, e você trabalha com cores vibrantes. Você
era um adolescente rebelde” – e ela deu muito mais detalhes como este – que o pai dele
havia morrido, e outros detalhes.
Bem, havia um cara chamado John Falzen que estava aqui. E ele tinha 44 anos – mais ou
menos 42! Ele trabalha com cores vibrantes – ele é fotógrafo. Ele havia sido um adolescente
rebelde, e tinha um relacionamento mal resolvido com seu pai, que havia morrido. E ele
descobriu uma grande libertação em pedir perdão por aquilo. Mais que isso: ele tinha um
problema de canal – ele teve uma operação de canal que lhe causava dor e planejava ir ao
dentista para resolver o problema – mas foi instantaneamente curado, no momento em que a
palavra de conhecimento foi proferida.
Mas frequentemente as palavras de conhecimento não são tão específicas como aquilo; elas
podem ser mais abrangentes. Algumas vezes pessoas se levantam aqui e ali só para dizer,
você sabe, alguma coisa como “joelho direito”, ou “cotovelo esquerdo”, e as pessoas
pensam, “o que é isso! Você sabe que qualquer um pode fazer isso! Não acredito que isso
venha a ter qualquer impacto”.
Há quatro anos e meio mais ou menos, eu fiz uma operação na cartilagem do meu joelho
direito. E meses mais tarde começou a doer novamente, estava inchando, e se tornava
problemático. Na noite equivalente a aquele curso houve uma palavra de conhecimento para
um joelho direito. E algum outro levantou e falou uma palavra de conhecimento sobre um
joelho direito. E outra pessoa levantou-se e tinha outra palavra de conhecimento sobre um
joelho direito. E outra pessoa levantou-se – ao todo foram quatro palavras de conhecimento
sobre um joelho direito.
Eu não respondi a nenhum deles, porque – “Bem, você sabe, que é meio constrangedor, não
é! E parece meio insignificante – um joelho, digo, você sabe, por que... E de qualquer
maneira, tenho certeza que há muitas pessoas com joelhos piores que o meu.” Então eu não
respondi.
E então descemos para os pequenos grupos, e o que fizemos será o que faremos nesta noite,
nós dissemos “Há alguém que responda por aquelas palavras de conhecimento? Podemos
orar por você?” E uma ou duas pessoas responderam e oramos por elas. Os líderes
perguntaram se havia qualquer outra pessoa, e não respondi, não falei nada. Só fiquei quieto.
Sou meio acanhado e não gosto de ser o centro das atenções, então não disse nada!
E então o líder disse, “bem, vamos nos dividir em pequenos grupos e orar”. Então havia
somente nós três, ele olhou para mim e disse, “Você respondeu para alguma palavra de
conhecimento?”; e eu estava envergonhado em admitir que estivesse prestes a mentir e
dizer, “Não, eu não.” Depois pensei, “não posso mentir” Então disse, “Sim, respondi sim,” e
então contei que era a verdade. Ele disse, “Bem, Podemos orar pelo seu joelho?”, eu disse,
“está bem!’, e eles oraram e não tive mais problemas desde então.
Temos um padrão bem simples para oração. Nós dizemos, “Pelo que gostaria que
orássemos?”. Algumas vezes precisamos pedir a Deus se há uma causa. Havia uma mulher
chamada Sylvia, que era membro da nossa congregação – e eu digo isso porque tive
permissão dessas pessoas para contar suas histórias. – Mas ela tinha dores lombares. Era
uma forma de artrite que interferia com seu sono e mobilidade.
E uma mulher chamada Marian orava por ela, Marian tinha a palavra “perdão”. E depois de
lutar com isso, ela percebeu que necessitava perdoar alguém, e ela perdoou aquela pessoa. E
foi capaz de dirigir seu carro de ida e volta até Yorkshire naquele final de semana sem
qualquer dor. Foi quase que totalmente curada.
Então ela começou a orar com uma pessoa chamada Milly, e ela sentiu que deveria escrever
uma carta para aquela pessoa contando que a havia perdoado. E enquanto remetia a carta,
ela ficou totalmente curada.
Como oramos? Há vários modelos no Novo Testamento. A maneira normal é orar em nome
de Jesus, pedir para o Espírito Santo vir, normalmente impomos as mãos sobre as pessoas,
algumas vezes as ungimos com óleo. E então perguntamos “Como está se sentindo?”.
Alguns são curados, outros não. Alguns melhoram, mas não são totalmente curados. Em
uma ocasião Jesus orou para um cego, e disse, “Você enxerga alguma coisa?”, e o homem
respondeu, “vejo pessoas, mas são como árvores andando”. E Jesus orou uma segunda vez,
e desta vez seus olhos se abriram e sua visão foi restaurada e ele podia ver tudo.
E agora? Depois de orar é importante reafirmar as pessoas do amor de Deus por elas,
independente se são curadas ou não, para lhes dar a liberdade de voltarem, para orar
novamente. Evitamos colocar um fardo sobre as pessoas. Novamente, eu amo o que Raniero
Cantalamessa disse: “Somos livres para pedir ao Espírito Santo a qualquer hora para nos
curar. Mas se o espírito não cura, não há qualquer razão para pensarmos que não temos fé
ou que Deus não nos ama, ou que Deus está nos punindo”. Então não pomos este peso sobre
as pessoas – continuamos a orar, e asseguramos que as vidas das pessoas estão arraigadas na
comunidade de cura da igreja, onde curas de longo prazo acontecem.
E é importante persistirmos nesta área, para não desanimarmos se não vemos resultados
imediatos, dramáticos. A razão pela qual continuo a orar não é porque vemos pessoas
curadas em massa, mas porque Jesus ordenou que o fizéssemos. Esta é a razão pela qual
continuo a fazer isso mesmo se ninguém for curado.
Havia um homem chamado Lee Duckett, 25 anos de idade, ateu. Nunca esteve em uma
igreja em toda sua vida. Engenheiro telefônico. Tínhamos telefones Mercury na igreja, e Lee
Duckett veio consertar os telefones da igreja. Ele entrou na recepção e notou a recepcionista,
também com 25 anos de idade e uma jovem muito atraente.
Então enquanto consertava os telefones ele estava pensando como iniciar uma conversa.
Este era o problema; ali estava uma pessoa que trabalhava na igreja, e Lee Duckett nunca
havia entrado em uma igreja na sua vida. Então ele não sabia como dar uma cantada
apropriada para uma pessoa que trabalhava em uma igreja. Mas ele continuou a trabalhar
nos telefones, e pensou que havia imaginado uma bem boa. Então ele se chegou a ela e
disse, “Com licença, poderia me indicar uma boa Bíblia para comprar?”. E ela disse,
“Certamente, eu poderia recomendar uma Bíblia para você”, ela disse, “você poderia vir
para o Curso Alpha que temos aqui.”
Bem, ele estava disposto a fazer qualquer coisa! Então ele veio para o curso, e ele disse que
como engenheiro ele gostou muito – meio que a progressão lógica fazia sentido. Ele veio no
final de semana, e durante o final de semana ele entregou sua vida para Cristo. Ele veio para
a igreja pela primeira vez em sua vida naquele domingo à noite. Houve uma palavra de
conhecimento para um problema na coluna, Lee Duckett veio à frente, oraram por ele – sua
coluna foi milagrosamente, espontaneamente curada por Deus.
Depois ele me escreveu uma longa carta – A história da sua vida! Ele contou sobre ir para
médiuns, curandeiros, magias e descreveu o que aconteceu a ele naquela noite. Ele disse:
“Minha vida mudou completamente. Agora vejo o mundo com olhos diferentes. Sinto amor
por todos e uma paz interior que nunca imaginei que poderia existir. Agora encontro
pessoas, e quero falar a respeito de Jesus como estou aprendendo a conhecer”. Este foi Lee
Duckett, engenheiro de telefones Mercury.
Em outro curso, uma mulher veio a mim e me deu uma carta mais longa que a do Lee
Duckett! Esta foi a carta mais depressiva que já li! Ela contava que seu pai era um
alcoólatra, ela se tornou alcoólatra, havia abuso sexual, drogas, violência doméstica; ela
então fez uma consulta com um terapeuta – e não funcionou; depois com um psicoterapeuta
– e não funcionou; então consultou com um hipnopsicoterapeuta – e não funcionou. E eu
estava ficando cada vez mais deprimido!
E então cheguei a esta frase: “Então recebi um telefonema de um homem chamado Lee
Duckett. Que era engenheiro dos telefones Mercury. Ele havia achado aquilo que eu vinha
procurando todos estes anos. Deus me perdoou porque Jesus Cristo removeu todos meus
pecados quando sofreu a morte de cruz e morreu por todos nós. A culpa sobre meus ombros
havia sido tirada e estou repleta com grande esperança, alegria, exaltação e amor. E tudo que
quero fazer é servir a Cristo em qualquer forma que ele escolha”. Agora, ela era uma das
sete pessoas que Lee Duckett trouxe ao próximo curso. No final do curso, na Festa Alpha,
ela me apresentou a sete membros da sua família e amigos que trouxe para o curso seguinte.
Há dois anos Lee Duckett casou-se – não com a recepcionista – mas com a administradora
do curso Alpha! Tudo se volta para um momento quando Deus agiu de maneira sobrenatural
na vida de Lee Duckett. Deus é um Deus que curou no passado a ainda cura hoje. Vamos
orar.
Pai, te agradecemos tanto, pois tu és um Deus que cura, e Senhor, oramos nesta noite que
mais uma vez o teu Espírito venha entre nós e cure as pessoas aqui. Em nome de Jesus,
amém.

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