relatório refugiados

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relatório refugiados
RELATÓRIO REFUGIADOS
AJUDEM-NOS
A FICAR,
POR FAVOR!
MILHARES DE REFUGIADOS,
DE MARIAS E JOSÉS,
PRECISAM DE NÓS… HOJE!
Estão em fuga e de mão estendida. Fogem da
guerra, da morte, da miséria, do medo. Estão
em lágrimas. Perderam tudo o que tinham.
Pedem-nos ajuda. A mim, a si. A nós. Não fazer
nada é pecado de omissão. Há 60 milhões de
refugiados no mundo. Quatro deles contam aqui
as suas histórias.
A Fundação AIS tem privilegiado o apoio
aos refugiados e aos Cristãos perseguidos
nos seus países de origem…
E ISSO TEM FEITO TODA A DIFERENÇA.
TO,
NESTE MOMEN
CIPAL
A NOSSA PRIN
É
PREOCUPAÇÃO
NFRENTAR
AJUDÁ-LOS A E
RNO
MAIS UM INVE
RIGOROSO.
A VERDADEIRA CATÁSTROFE
É O ESQUECIMENTO!
Todos os dias vemos na televisão
ou no jornal histórias dramáticas de
refugiados que procuram um lugar
de abrigo na Europa. Se ajudar estes
refugiados é essencial, seria criminoso
esquecer aqueles que ficaram nos
seus países de origem.
Afinal, há milhões de pessoas
que vivem em campos de
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refugiados em países como o
Iraque, o Líbano, a Jordânia, a
Síria, a Nigéria ou a República
Centro-Africana. Vamos esquecer-nos deles? Estes refugiados
são os mais pobres dos pobres.
Para eles, viajar para a Europa
está fora de questão. Não têm
meios para isso.
Eram pessoas como nós. Tinham
emprego, casa, rotinas de todos
os dias. Sonhos. Por causa de
guerras cruéis e sem sentido, e de
perseguições de grupos extremistas, agora estão completamente
perdidos e de mãos vazias. Não
têm nada.
Pedem ajuda, “por favor!”.
O marido desta mulher foi barbaramente assassinado pelo grupo radical
Seleka, na República Centro-Africana. Ela fugiu com os seus sete filhos, ainda
pequenos. São agora refugiados e contam com a nossa ajuda, através do
Pe. Aurelio Gazzera (ver pág. 5).
NIGÉRIA
UM PAÍS SEQUESTRADO PELO BOKO HARAM
“Podem queimar as nossas igrejas,
podem atacar as nossas casas, podem
matar o nosso povo, mas não podem
destruir o nosso espírito. Sofremos
perseguições, discriminações e
assédio mas nunca poderão matar
a nossa fé e a nossa esperança na
ressurreição do Senhor.”
D. GEORGE DODO, BISPO DE ZARIA, NIGÉRIA
REFUGIADOS EM IGREJAS
a estas pessoas que perderam
tudo o que tinham e que, de
O Pe. Evaristus Bassey passa os dias a um momento para o outro, se
ajudar os refugiados desta verdadeira transformaram em refugiados.
“Muitos deles encontram abrigo
guerra. Ele salienta o trabalho
nas estruturas da Igreja.”
único da Igreja no acolhimento
Musa Zira nunca mais irá esquecer o
instante em que, deitado no chão, com o
rosto colado à terra húmida carregada de
cheiros, ouviu os terroristas do Boko Haram
descarregarem as primeiras rajadas para o
ar e depois, com gritos de gozo, apontar as
armas para eles. Iam ser fuzilados.
“Eram quatro horas da manhã”.
Os islâmicos apareceram na aldeia, maioritariamente cristã, nos arredores de Baga,
num alarido descomunal. Arrombaram portas
e entraram em todas as casas. Procuravam
homens e rapazes. Musa Zira foi um
deles. Estava a milésimos de segundo
da morte. A bala entrou-lhe impiedosa
na carne. O grito de dor foi imediato.
Quase desmaiou. Durante segundos
acreditou que era assim a morte, até
que descobriu que estava vivo. “Percebi
que a bala não tinha atingido a minha
cabeça, mas sim a coxa.”
Zira ficou quieto. A seu lado, todos os outros
homens e rapazes raptados da aldeia estavam
mortos. Ficou imóvel durante horas, sabe
Deus quantas, até ter a certeza absoluta de
que nenhum dos islâmicos do Boko Haram
POUCOS TÊM A SORTE
DE CHEGAR A UM
CAMPO DE REFUGIADOS
COM A FAMÍLIA TODA,
AMIGOS OU VIZINHOS.
OS QUE CONSEGUEM,
CONTAM COM A
AJUDA DA IGREJA!
estava por perto. Esvaindo-se em sangue,
arrastando a perna atingida, cheio de dores,
conseguiu fugir para pedir ajuda.
Agora tem medo de regressar a casa.
“POR FAVOR, NÃO SE CANSEM DE REZAR
POR NÓS. A PERSEGUIÇÃO É REAL!”
Cerca de 2 milhões de nigerianos procuram
um lugar seguro no país. Outros 136.405
fugiram para os países vizinhos. Semeando
o terror e o medo, o grupo islâmico Boko
Haram, que já anunciou a sua lealdade
ao auto-proclamado Estado Islâmico tem
posto à prova a fé deste povo. E, apesar dos
atentados, as igrejas continuam cheias de
gente que quer ir à Missa.
A FUNDAÇÃO AIS ESTÁ A AJUDAR OS REFUGIADOS, SOBRETUDO DAS DIOCESES MAIS DURAMENTE ATINGIDAS,
BAMBURI E MAIDUGURI, NO NORDESTE DA NIGÉRIA, COM 45.000€. ELES DEPENDEM DA NOSSA AJUDA!
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IRAQUE
REFAZER A VIDA DE MILHARES DE REFUGIADOS
Num canto, escondida na penumbra,
está uma mulher. Os seus olhos, fundos,
são como um poço. Todos os dias Aida
recorda o instante em que a sua filha,
Cristina, lhe foi arrancada dos braços,
num posto de controlo, por um jihadista no preciso instante em que ela e
tantos outros abandonavam Qaraqosh.
Nem tiveram tempo de fazer as malas.
Eram nove e meia da noite. Um homem
arrancou-lhe a criança dos braços. A filha,
Cristina, de apenas 3 anos, em soluços
que quase a sufocavam, gritava pela
mãe. Ela, desesperada, debateu-se,
gritou, esmurrou os homens que a
seguravam, mas nada conseguiu.
Na cidade de Ankawa, no norte do
país, neste centro comercial inacabado,
amontoam-se famílias nos corredores,
em todo o lado. O edifício é, nestes
dias de tumulto, a casa de centenas de
refugiados. A esmagadora maioria vem
da cidade de Qaraqosh.
Todos eles carregam histórias de sofrimento, de angústia. Todos eles já
choraram, já se lamentaram por tudo
o que perderam, pelos familiares e
amigos que morreram. Não podem
voltar para trás, para a vida que
tinham, pois foram obrigados a fugir
perante a iminência da chegada
dos jihadistas do auto-proclamado
“Estado Islâmico”. Ficar seria suicida.
Fugiram. Agora estão ali, sem saber o
que vai ser deles.
Às vezes pergunta-se porque não morreu
ali, naquele instante. Teria sido mais fácil.
Tiraram-lhe a filha na noite de 22 de Agosto
do ano passado. Uma fotografia, a única
que possui, está colada com fita adesiva
na parede. Na foto vê-se o rosto sorridente
da sua filha, da sua Cristina. Aida passa os
dias a rezar intermináveis orações, mas
há perguntas que a sobressaltam a todo o
instante. Onde estará a sua filha? Ter-lhe-ão feito mal? Às vezes estremece
só de pensar se ainda estará viva…
Mas a sua fé é imensa. “Acredito em
Deus e sei que Ele trará a minha filha
de volta!” Aida apenas pensa na filha.
Agora terá quatro anos.
“As vossas orações e a vossa ajuda têm sido fundamentais. Obrigado!”,
diz-nos incessantemente a Igreja no Iraque.
NESTE CAMPO IMPROVISADO DE REFUGIADOS FALTA QUASE TUDO. SÃO CERCA DE 500 FAMÍLIAS QUE VIVEM EM
CONDIÇÕES DEGRADANTES. AS IRMÃS DOMINICANAS TÊM SIDO INCANSÁVEIS LEVANDO-LHES CONFORTO MATERIAL
E ESPIRITUAL. COM A NOSSA AJUDA, A IGREJA PRETENDE REALOJAR ESTAS FAMÍLIAS EM LOCAIS COM MAIS
DIGNIDADE. NÃO SÓ NESTE MAS EM VÁRIOS CAMPOS DE REFUGIADOS UM POUCO POR TODO O IRAQUE, ESTAS
PESSOAS SOBREVIVEM COM O NOSSO APOIO.
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Cerca de 59% da ajuda total que chega ao Iraque provém da Fundação AIS. Os restantes 41% pertencem a outras organizações internacionais. Ou seja, é a generosidade dos benfeitores e amigos da Fundação AIS que assegura, só por si, mais de
metade de toda a ajuda que chega a estes refugiados iraquianos. Se deixássemos de o fazer, milhares e milhares de pessoas não
conseguiriam sobreviver.
Desde Dezembro de 2013 que o país
vive num verdadeiro caos, sucedendo-se
episódios de uma violência bárbara entre
comunidades religiosas, com a fuga de
milhares e milhares de pessoas. Mais de
25% da população abandonou as suas
casas. Neste momento, quase 3 milhões
precisam de assistência imediata. No
final do passado mês de Setembro, a
capital, Bangui, foi palco de uma série
de actos de violência que desencadeou,
desde então, a fuga de suas casas de
mais de 40 mil pessoas. Porém, há um
cruel silêncio nos jornais. Desde 2013 que
a República Centro-Africana tem vivido
sucessivos surtos de violência protagonizados por milícias muçulmanas, partidárias
de um movimento denominado Séléka, e
de um outro grupo, que se lhe opõe, os
anti-Balaka.
REPÚBLICA
CENTRO-AFRICANA
AS ATROCIDADES QUE O MUNDO PARECE NÃO QUERER VER
Na República Centro-Africana as pessoas
parece que enlouqueceram, que ficaram
cegas por tanto ódio. Há episódios de
violência que não se acredita como
são possíveis. Milhares e milhares de
pessoas têm procurado refúgio em
igrejas, centros paroquiais, conventos.
sos paroquianos costumam oferecer algumas
provisões para os mais pobres da comunidade,
os órfãos. Mas também eles são muito pobres.
Esta situação interpela-nos, em tantos homens e
mulheres, principalmente aos Cristãos. A Igreja
pode continuar esta Missão graças à força de
Deus, mas também graças às vossas orações e
ajuda que contribuem para a vinda do Reino de
“As feridas dos dias de conflito ainda estão Deus também aqui, num país esquecido pelos
muito frescas. Muitos perderam parentes e homens, mas que está no coração de Deus.
amigos. Muitos foram roubados e torturados Obrigado a todos vós e que Deus vos abençoe.”
PE. AURELIO GAZZERA
e tiveram de fugir. Uma vez por mês, os nosO Pe. Aurelio sabe como as desconfianças entre comunidades têm crescido, como
todos vivem num autêntico barril de pólvora. Desde 2013 que todas as paróquias
albergam refugiados. Pessoas que fugiram de suas casas, assustadas.
Mas em nenhum lugar se está verdadeiramente seguro. Aurelio Gazzera é missionário
italiano, tem 53 anos, usa cabelo curto,
tem a pele escurecida pelo inclemente
sol de África e continua a ser um teimoso
Pessoas que querem apagar das suas
memórias os episódios de violência
a que assistiram: homens e mulheres
a serem linchados, casas incendiadas
com pessoas lá dentro, trancadas,
mulheres violadas, crianças perdidas,
aos gritos. Cadáveres no meio das ruas,
abandonados. Ninguém quer voltar.
combatente pela paz. Desde há muito
que este carmelita tem levantando a voz
para denunciar esta tragédia. A cidade de
Bozoum, com 25 mil habitantes, é a sua
terra de missão.
O Pe. Aurelio – cujo trabalho é apoiado
pela Fundação AIS – tenta ajudar todos
nas suas necessidades mais básicas e
também a reconstruir vidas. Porém,
o mais importante de tudo é a reconciliação. Para o Pe. Aurelio, ali não há
muçulmanos ou cristãos. Há apenas
pessoas com fome e com medo.
A FUNDAÇÃO AIS JÁ ENVIOU UMA AJUDA DE EMERGÊNCIA NO VALOR DE
65.000€ PARA APOIAR ESTAS COMUNIDADES SUPERLOTADAS DE REFUGIADOS.
ACTUALMENTE, A SITUAÇÃO É BASTANTE DRAMÁTICA EM VÁRIOS CAMPOS DE
REFUGIADOS, NA REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA. PROMETEMOS ENVIAR MAIS
112.000€ COMO AJUDA DE EMERGÊNCIA PARA AS PRIMEIRAS NECESSIDADES.
ELES CONTAM CONSIGO!
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SÍRIA
“AJUDEM-NOS A FICAR!”
“Nós, os Cristãos, estamos determinados a ficar na Síria para
continuarmos a dar testemunho.”
Foram estas as palavras de D. Antoine
Audo, Bispo Caldeu de Alepo, à
Fundação AIS. D. Audo explicou
o massivo êxodo dos Sírios, em
particular, depois do grande acolhimento demonstrado pelos países
europeus. “Quem podia já emigrou,
enquanto os restantes procuram
abandonar o país, sobretudo os
nossos jovens. Os ricos foram-se
embora, a classe média empobreceu e os pobres vivem agora na
miséria. Mais de 80% da população
não tem trabalho. E em Alepo já
só há 50 mil cristãos.”
NÃO HÁ ÁGUA, NEM COMIDA,
NEM ELECTRICIDADE!
“A nossa igreja tem um poço e nós procuramos
distribuir água entre os habitantes quando
podemos. Em todas as ruas encontramos
crianças com garrafas à procura de água.”
D. ANTOINE AUDO
“Nós podemos mudar as situações de
violência e transformá-las em actos de
amor. Se não fosse a vossa organização a
apoiar-me (Ajuda à Igreja que Sofre), eu
não teria ficado em Alepo.
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Se eu não pudesse ajudar aquelas pessoas,
não teria ficado na Síria. Mas, graças a
vocês, eu posso estar ali e fazer a diferença.
Muito obrigada!”
IR. ANNIE DEMERJIAN
MUITAS FAMÍLIAS EM ALEPO PRECISAM DE AJUDA PARA SOBREVIVER AO INVERNO. ENTRE OS VÁRIOS TIPOS DE AJUDA
HUMANITÁRIA, PROMETEMOS ENVIAR TAMBÉM 30.000€ PARA COMPRAREM 2.000 CASACOS PARA AS CRIANÇAS E JOVENS.
O trabalho da Ir. Annie e da sua congregação tem sido
fundamental no apoio às várias famílias refugiadas, em Alepo.
Enquanto isso, as bombas continuam a cair todos os dias.
A situação em Alepo e noutras cidades da Síria é assustadoramente
dramática… e vivem em condições sub-humanas!
Nasra ainda é jovem. Tem olhos
claros mas o seu rosto está amargurado. Vive hoje, com os filhos,
num campo de refugiados. É um
mar de tendas alinhadas umas às
outras, num chão de terra batida
que se enche de pó no Verão e que
fica completamente enlameado
quando chega a época das chuvas. Ela conta a sua história e já
consegue dizer tudo sem chorar. É
como se tivessem secado as suas
lágrimas. “Vivíamos bem”, diz, até
que a guerra tomou conta da sua
cidade, como praticamente de todas
as cidades, vilas e aldeias da Síria.
Nasra conta como era o dia-a-dia:
“Não tínhamos comida, nem água,
nem electricidade. Vivíamos num
estado miserável. Um dia, o meu
marido saiu à procura de alguma
coisa para comermos. Não voltei
a vê-lo.” Sem comida para dar aos
seus filhos, sem poder garantir-lhes
qualquer segurança, Nasra decidiu
partir. Seguiu outros homens e outras
mulheres que se fizeram também
ao caminho e partiu. Hoje está
num campo de refugiados. Foi aí
que soube que o marido fora capturado, preso, torturado e… morto.
Os seus filhos são ainda muito
pequenos. Perguntam-lhe pelo
pai e ela vai dizendo que está
em viagem. Que mais lhes pode
contar? A verdade?
SHUKRAN!
“Quando estive agora na Síria o agradecimento pela ajuda
tornada possível pelos benfeitores da AIS era impressionante. Diziam que os nossos benfeitores tornam possível
a sua sobrevivência.
Num encontro, um rapaz só dizia uma palavra em árabe:
shukran, que quer dizer obrigado. Foi muito comovente.
Uma mulher de idade avançada pediu-me, com lágrimas
nos olhos, que continuássemos a ajudar os Cristãos na
Síria para que possam ficar no seu país.”
PE. HALEMBA
DIRECTOR INTERNACIONAL DOS PROJECTOS PARA O MÉDIO ORIENTE
Shukran
Desde o início do conflito na Síria, em 2011, a
Fundação AIS destinou mais de 8 milhões de euros
para 140 projectos de apoio à população síria. A
Fundação AIS tem, desde o início de 2015, 21
novos projectos de ajuda, num total de mais de 2,3
milhões de euros, a fim de apoiar os Cristãos na
Síria a reconstruir as suas vidas, dando prioridade
aos lugares mais afectados pela guerra, incluindo
Alepo, Homs, Marmarita e Damasco.
Este rapaz agradece os sapatos que recebeu através da Fundação AIS.
OS DONATIVOS IRÃO BENEFICIAR OS MILHARES DE FAMÍLIAS QUE
PERMANECEM NA SÍRIA, ATRAVÉS DE ALIMENTOS, MEDICAMENTOS,
ALUGUER DE CASAS, BEM COMO DE AQUECIMENTO E ELECTRICIDADE.
PODEM CONTAR
CONSIGO?
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Doze escolas para 11.000
crianças refugiadas no Iraque.
s na Rep. CentroApoio aos refugiado os e educação.
ent
Africana com alim
Distribuição de cobertores e alimentos
a famílias refugiadas na Nigéria.
“Cada donativo dos benfeitores da
Fundação AIS, por mais ínfimo que
seja, transforma-se, como que por
milagre, em cadeiras para os alunos,
computadores, livros e cadernos,
assim como em comida, roupa e
medicamentos que são distribuídos
todos os dias a estes milhares de
Ajuda de emergência aos
refugiados na Síria.
refugiados. Bem-haja a todos pela
vossa imensa generosidade.”
CATARINA MARTINS DE BETTENCOURT
DIRECTORA DA FUNDAÇÃO AIS PORTUGAL
D. Ximenes Belo, Bispo Emérito de Díli e
Prémio Nobel da Paz, disse recentemente
que “acolher refugiados é marca de caridade”
a que não nos podemos eximir.
E através destes projectos de ajuda aos refugiados, a Fundação AIS continua o trabalho
de caridade iniciado pelo Pe. Werenfried
van Straaten, seu fundador, no rescaldo da
II Guerra Mundial, precisamente no apoio
à vaga de refugiados no Velho Continente.
Este é um desafio: que cada um
de nós se torne, na medida das
suas possibilidades, num discípulo do Pe. Werenfried. Um discípulo de verdade.
Afinal, como disse D. Ximenes Belo,
a Fundação AIS é uma Obra “desejada por Deus”. E, se assim é, como
podemos dizer-Lhe que não?
Há 60 milhões de refugiados no
mundo. Muza Zira, Aida, Cristina
e Nasra, são apenas alguns dos
rostos desses homens, mulheres e
Em Ankawa no Iraque, com a ajuda dos benfeitores
da Fundação AIS, foi possível oferecer casas préfabricadas para 200 famílias, cerca de 1.000 cristãos
refugiados, que fugiram de Mossul e da Planície de
Nínive. Este campo de refugiados ficou baptizado
com o nome do nosso fundador, Werenfried.
crianças que foram forçados a fugir,
que foram obrigados a deixar as
suas casas, as suas terras, os seus
empregos, e que agora vivem à
mercê da ajuda da comunidade
internacional.
Ajudá-los não é uma opção.
É o nosso dever.
APENAS DESDE O INÍCIO DE 2014 ATÉ JUNHO DE 2015, A
FUNDAÇÃO AIS JÁ ENVIOU MAIS DE 10 MILHÕES DE EUROS
PARA APOIAR OS REFUGIADOS EM TODO O MUNDO.
PROPRIEDADE
Fundação AIS
20 ANOS
1995-2015
EDIÇÃO
Fundação AIS,
Outubro de 2015
COORDENAÇÃO
FOTOGRAFIAS
Ana Vieira
Fundação AIS, Lusa
REDACÇÃO
DESIGN GRÁFICO E IMPRESSÃO:
Paulo Aido e Ana Vieira
Clássica, Artes Gráficas
REVISÃO
CONTACTOS
Alexandra Ferreira
e Félix Lungu
Rua Professor Orlando Ribeiro,
5-D, 1600-796 Lisboa
Tel. 21 754 40 00
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Visite o nosso site e
saiba mais informações em
www.fundacao-ais.pt
TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA
NIB: 0032.0109.00200029160.73
Por favor, não deite
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OBRIGADO.
G1505
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A história de Maria e José, há dois mil anos, repete-se actualmente todos os dias
em tantas estradas do mundo. E se um dia formos nós? Estes refugiados – é preciso sublinhá-lo – são os mais pobres entre os pobres. Estão sem nada e de mão
estendida. Vamos ajudar?

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