JORNAL DA FACCACI
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JORNAL DA FACCACI
JORNAL DA FACCACI Jornal Eletrônico Acadêmico – www.faccaci.edu.br – Cachoeiro de Itapemirim - ES | Abril - 2016 Nº 4 _______________________________________________________________________________________________________________________ Editorial sido vencer a atravessando. econômica que estamos Elizeu Crisostomo de Vargas Diretor Desafios diante da crise Falar sobre economia no contexto econômico em que estamos vivendo causa, a princípio, espanto e desânimo para abordar o assunto. Mas, pensando bem, é bom que primeiro tenhamos o real conceito de economia, então vejamos. Pesquisando sobre o assunto, encontramos o seguinte conceito: “Economia é uma ciência que estuda os processos de produção, distribuição, acumulação e consumo de bens materiais. É a contenção ou moderação nos gastos, é uma poupança.” Desta forma, continuando a pesquisa, concluímos que economia significa o controle para evitar desperdícios em qualquer serviço ou atividade. Partindo desse princípio, a economia observa o comportamento humano em decorrência da relação entre as necessidades dos homens e os recursos disponíveis para satisfazer essas necessidades. Percebemos, portanto, que se o Estado, as empresas e as pessoas entendessem bem o significado da palavra ECONOMIA e o colocassem em prática, viveríamos em um ambiente totalmente diferente, sem os efeitos negativos da falta de tais práticas. Quero, neste momento, levar os leitores deste artigo a uma reflexão sobre a importância das práticas necessárias a fim de que cada um possa contribuir para a nossa economia, no âmbito pessoal e familiar, na empresa, ou na esfera pública. De forma geral, é necessário o controle de gastos para evitar desperdícios, e esse controle aplica-se tanto ao processo de produção e distribuição de bem e materiais como ao seu consumo. Em vários momentos de nossas vidas, ou somos produtores ou somos consumidores de bens e serviços. Em qualquer uma dessas posições, podemos contribuir para o equilíbrio de nossa economia. É preciso, portanto, que cada um faça sua parte para que a crise econômica, que afeta nossa Nação, seja superada e possamos ter esperança de dias melhores. Faça sua parte: na economia doméstica, como empresário, como gestor público, enfim, onde você estiver, seja um agente transformador da economia. Somos desafiados constantemente como instituição de ensino, e neste momento nosso desafio maior tem crise São pessoas que administram não “Forças” nem “Fatos”1 Por Jurandir Scandian Jr. Professor da FACCACI O Efeito Borboleta - expressão utilizada na Teoria do Caos -, uma forma de abordagem que consiste em considerar as condições iniciais para algo acontecer e, também, o Pensamento Sistêmico, forma de abordagem que consiste em buscar compreender o todo, de modo a permitir a análise ou as interferências no mesmo são ótimos elementos de provocação para uma reflexão a dirigentes e gestores, principalmente. Mas, enfim, para todos nós, que produzimos as “forças” e os “fatos” onde quer que estejamos. O que um fracasso de uma organização, um escândalo político, um acidente aéreo e um acidente nuclear têm em comum? O fato de ser quase impossível cada um desses eventos acontecer sem padrões de ações ou de inércia, caracterizados por uma série de erros que passam despercebidos, um conjunto singular de erros combinados, falhas tão complexas e de impacto tão sério que podemos pensar: “se tentássemos fazer isso conscientemente não conseguiríamos”2. Talvez a diferença entre as organizações que estão na primeira página de um jornal de circulação nacional sob uma perspectiva negativa, aquelas de que nunca se ouve falar e as que também estão na primeira página, mas numa perspectiva positiva, esteja na capacidade de encontrar um modo de “romper a sequência”, descobrindo causas e desenvolvendo procedimentos que minimizem a incidência de erros. Estudos revelam que apesar dos dados específicos em setores e situações distintos, os padrões de erros anteriores a acidentes têm falhas operacionais ou estratégicas bastante semelhantes e podem levar a um dano que sobreviverá e terá seu custo aumentado exponencialmente. 1 2 Frase de Peter F. Drucker sobre a importância da Administração e das pessoas para as empresas. Texto adaptado de Mittelstaedt Jr., Robert E. Seu Próximo Erro Será FATAL? Os equívocos que podem destruir uma organização. Porto Alegre. Bookman, 2006. Jornal da FACCACI 2 ______________________________________________________________________________________________________________________ Erros provocados por cultura, especialmente os estratégicos, podem ser colossais e causar danos permanentes. Uma empresa, por exemplo, pode tentar penetrar em um mercado diferente, inclusive adquirindo outra, gerar uma imensa sequência de erros culturais que levará dezenas de anos para ser corrigida e custará muito para as duas empresas – um erro estratégico que afetará as operações diretamente, tornando-as confusas, conflitantes e atenuantes. Erros de execução também podem ser fatais para as empresas, embora costumem ser apenas muito caros, a não ser que continuem por tanto tempo a ponto de se tornarem culturais. Sobretudo, erros administrativos que “não machucam ninguém” também causam danos diretos aos stakeholders. Há muitas categorias de erros, desde não seguir procedimentos necessários até não entender o mercado ou não ter senso de oportunidade e, nesse contexto, os esforços humanos são fundamentais, pois somente as pessoas podem fazer grande diferença na “quebra da sequência de erros”. É certo que as pessoas não acordam de manhã e dizem: “puxa, que dia ótimo para cometer erros!” O conhecimento que nem sempre provém das fontes de que se espera – como a própria experiência, o domínio de uma especialidade ou o comando de um setor ou empresa – exige um pouco mais de esforço de observação das pessoas. Os indivíduos têm no seu próprio conjunto singular de experiências o contexto para aprender e o seu histórico pessoal (modelo mental) afeta o modo como percebem as situações reais e irreais, bem como o que aprendem com elas. Por isso cada um encontra sua maneira de relacionar conceitos a situações profissionais e pessoais. Vencedores, por exemplo, nos negócios, nos esportes, ou na geopolítica aprendem que chegar perto do topo é realmente difícil, mas depois que chegam, os erros costumam fazer a diferença entre a base e o pico. Os vencedores aprendem isso rapidamente e sabem como evitar erros – pelo menos, os grandes. Os perdedores não aprendem com tanta rapidez e, em alguns casos, repetem o mesmo erro várias vezes. A tecnologia pode ou não salvar as pessoas dos próprios erros. Ela pode aumentar as vantagens quando se entende a amplitude de ações possíveis de algo como uma aeronave ou outra máquina ou sistema tecnicamente controlado. Mas, as empresas possuem diversas dimensões e, como nem todas aceitam respostas pré-programadas, embora a tecnologia possa ajudar, é improvável que controle erros empresariais. É possível usar a tecnologia para melhorar processos empresariais, como a cadeia de suprimentos, mas os computadores não podem decidir como se identificarão e projetarão novos produtos que farão parte dessa cadeia ou como e quando eles serão produzidos. É aí que sistemas físicos e empresariais divergem. Sistemas empresariais ainda exigem o julgamento – e seu refinamento qualitativo pelo desenvolvimento das habilidades de tomada de decisão, daí a fundamental importância das pessoas. Louis Pasteur afirmou, segundo fontes oficiais, que “metade das descobertas científicas acontece por acaso, mas o acaso favorece as mentes preparadas”. O poder dos erros é forte, mas pode-se lidar com ele quando há preparação. Por isso... • Pense de maneira ampla e não despreze um exemplo por que está fora do seu setor de interesse, pois os padrões de erros são semelhantes e não conhecem limites; • Pergunte-se, honestamente, o que poderia ter sentido e o que poderia ter feito em circunstâncias que chegarem ao seu conhecimento, semelhantes àquelas vividas por executivos, gestores e outros funcionários; • Pergunte-se se tem o necessário para estar à altura da situação e “quebrar uma sequência de erros”; • Pense sobre a importância e as implicações econômicas de se evitar erros; • Pergunte-se como pode criar melhores sistemas de aviso para ajudá-lo a detectar e minimizar o impacto dos erros em suas atividades, sua organização; • Nunca esqueça que grande parte da informação de que você precisa para entender o que está acontecendo dentro de sua empresa está do lado de fora, com clientes, fornecedores, parceiros comerciais, concorrentes e a sociedade. Motivos para apostar na contabilidade gerencial A contabilidade gerencial é o tipo de assunto no qual dificilmente haverá argumentos contrários. Afinal, qual empresário não quer o sucesso do empreendimento? Qual profissional de qualidade não quer dar seu máximo para a manutenção ou a melhora de uma organização? Qual problema resiste a uma equipe preparada e com ampla experiência de mercado? Essas três perguntas são respondidas pela contabilidade gerencial, por ser uma ferramenta que aperfeiçoa o trabalho do escritório e auxilia a gestão do cliente. Acreditar que o contador é um mero calculador de impostos e assessor fiscal reprime uma potencial força motora para o progresso dos negócios. Utilizar Jornal da FACCACI 3 ______________________________________________________________________________________________________________________ um escritório contábil para atendimento de legislações comerciais é subutilizá-lo, além disso, é praticamente “jogar dinheiro fora”, pois não compensa economicamente contratar uma estrutura como essa para somente preencher documentos. Um escritório experiente tem ao seu lado um conjunto robusto de meios, e é municiado de ferramentas automatizadas e de última geração, softwares e programas voltados para atender todas as necessidades da área. Em períodos de crise ou de baixo rendimento do mercado — como o segundo semestre de 2014 e o início de 2015 —, é importante ter uma equipe que auxilie as tomadas de decisão e apresente soluções estratégicas para o cenário econômico. Somar para fortalecer Por mais que o escritório oficialmente não seja do quadro de funcionários do cliente, ele deve estar integrado às decisões que são tomadas. Essa sinergia garante o progresso de todos os envolvidos, cada um com sua expertise. Gastos controlados, investimentos acertados e profissionais qualificados são temas do cotidiano que não podem ser vistos a cada mês ou em reuniões esporádicas. A produtividade é fator essencial a manutenção da competitividade no atual mercado. Cada diferencial — e a contabilidade gerencial é um deles — pode ser o ponto necessário para se destacar e atender melhor a demanda. Entre o que a contabilidade gerencial pode realizar está: projeção de orçamentos, análise de desempenho, planejamento tributário e controles orçamentários. Cultura Para a contabilidade gerencial estar mais integrada à realidade das organizações, é necessário que haja uma mudança na cultura dos gestores. É preciso que o gestor deixe de ver o contador como defesa, mas também como ataque, isto é, que não seja o profissional para pensar no Fisco e nos gastos da organização, fechar goteira aqui e ali, e sim nas decisões relacionadas ao investimento da empresa, na identificação de oportunidades e nos produtos e serviços que podem gerar lucro ou prejuízo. Essa “assessoria” precisa ser reconhecida — e utilizada. Para chegar a esse nível de alcance junto ao cliente, a contabilidade gerencial utiliza algumas ferramentas, como índices, análises vertical, horizontal e integral das informações e (muitos) gráficos de desempenho. Com eles, é possível obter informações como liquidez, necessidade de capital de giro, rentabilidade e interpretação dos sucessivos dados. Como pode verificar, a contabilidade gerencial responde a todas as perguntas apontadas no início do texto. Não existe unanimidade no mundo, mas, com certeza, essa ferramenta chega muito próxima dela. Os ganhos são magníficos e o custo muito baixo. Fonte: http://blog.sage.com.br/gestao-contabil/motivos-para-apostarna-contabilidade-gerencial/ Por que eu me tornei um empreendedor 16 anos atrás Por Chris Guillebeau Fonte: www.administradores.com.br A melhor resposta, e a mais honesta, é que eu não era bom em nenhuma outra coisa. Para melhor ou pior, eu aprendi que eu era um terrível empregado. Eu não era confiável e não sabia fazer nada. Eu já escrevi no meu blog sobre meu último trabalho oficial, que era carregar caixas em caminhões da FedEx no meio da noite. Empilhar caixas era surpreendentemente difícil. Não era só pegar a caixa e jogá-la no caminhão - você precisava empilhá-la de uma certa maneira que levasse ao máximo de eficiência (e, supostamente, devia se preocupar com o conteúdo, mas isso nunca parecia ser muito uma prioridade). Eu não tinha uma boa noção de espaço para desempenhar essa tarefa direito. Eu até era decente no Tetris, mas quando se tratava de caixas reais, eu era horrível. Eu ficava esperando aquela barra horizontal descer para que eu pudesse me livrar de quatro linhas de tijolos ou caixas de uma vez, mas ela nunca chegava. Em vez disso, o supervisor ficava brincando comigo, colocando na fila caixas com códigos postais errados enquanto ria dos meus paletes mal empilhados. Tanto faz. Eu pedi demissão e nunca mais voltei. Antes desse trabalho, eu trabalhava em uma pizzaria, onde eu era um motorista de delivery bem decente. Claro, eu posso ter me perdido algumas Jornal da FACCACI 4 ______________________________________________________________________________________________________________________ vezes, mas isso foi na era pré-histórica, quando não dava para olhar o telefone e ver onde ir - quem poderia me culpar? E melhor ainda melhor, ninguém sabia quando eu me perdia. Sempre que eu dava um jeito e encontrava meu senso de direção, eu apenas voltava para a pizzaria e pegava a próxima entrega. Perder 15 minutinhos não era problema. Mas aí uma vez eu precisei trabalhar internamente, enquanto outras pessoas dirigiam, e o chefe me mostrou como usar a caixa registadora. Devo esclarecer: Ele me mostrou uma vez, e então ele me mostrou novamente. E ainda assim eu não consegui acertar. Toda vez que eu tentava operar a caixa registradora, eu ficava realmente confuso. Quais os botões que eu deveria pressionar? Como é que eu daria troco? Eu comecei a ficar ansioso sempre que um cliente entrava para pegar um pedido para viagem. Será que eu teria que receber seu dinheiro e dar algum troco saído da caixa? Eu estraguei tudo mais de uma vez, e me senti profundamente envergonhado todas as vezes. Meu chefe finalmente desistiu e me colocou para trabalhar dobrando caixas de pizza. Uma vez, um outro funcionário que estava trabalhando na caixa registradora me pediu para assumir, e o chefe interceptou a troca. "Não faça isso", ele disse ao outro funcionário, olhando para mim e depois de volta para o empregado. Eu entendi a mensagem: eu era o dobrador de caixas. Minhas habilidades não eram condizentes com a tarefa de dar troco para uma nota de vinte. Eu penso nessa história de vez em quando. Eu consegui encontrar um certo grau de sucesso. Mas eu ainda não sou bom em algumas habilidades básicas da vida - a diferença é que agora eu simplesmente não me importo. Cedo ou tarde, alguns de nós percebemos que não somos essencialmente pessoas que ninguém quer contratar. Se você nunca aprendeu a operar a caixa registadora, ou se há algo mais que você supostamente deveria ter aprendido, você ainda pode "se dar bem na vida". Você não está condenado a um trabalho de salário mínimo. Provavelmente há algo em que você é muito melhor, e você deve fazer o que for preciso para encontrar essa coisa. Na verdade, você deve lutar por ela. Não se entregue até que consiga. Se você está preso em um trabalho miserável, você deve se afastar dele e fazer tudo o que puder para construir algo para si mesmo. Pode não dar certo imediatamente, e você provavelmente vai cometer alguns erros até acertar. Mas com certeza absoluta, total e completa, valerá a pena. Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/por-queeu-me-tornei-um-empreendedor-16-anos-atras/87949/? utm_source=MailingList&utm_medium=email&utm_campaign=News+ -+15%2F06%2F2015 Empresas controlam o desperdício de tempo Se há um aspecto em que todos os profissionais do mundo desfrutam de igualdade de condições é o fato de que, seja onde for, o dia tem 24 horas. É na forma como cada um administra o tempo, porém, que costuma estar o grande diferencial entre os que realmente conseguem avançar nas suas realizações ao final do expediente e os que vivem com a sensação de estar permanentemente atrasados. Muitas empresas já se deram conta de que não basta esperar pelo bom senso e o discernimento individual dos funcionários nessa batalha cotidiana. É preciso agir ativamente para ajudá-los a entender quais são as prioridades e combater o fantasma sempre presente da procrastinação, aquela vontade quase incontrolável de adiar tarefas até que elas se tornam, de fato, urgentes. “O melhor aproveitamento do tempo e o combate à dispersão precisam vir de cima e permear todos os níveis da organização, até alcançar cada indivíduo”, diz o consultor Christian Barbosa, da Triad, que se tornou especialista no tema e hoje se dedica a ajudar as empresas a lidar com essa necessidade. Em sua opinião, o que se vê cada vez mais são profissionais que estão sempre correndo, mas sem saber direito para onde. “Eles estão muito ocupados, mas nem sempre com tarefas que os fazem evoluir de verdade. Quem precisa mostrar essa direção é a empresa”, afirma. De acordo com Barbosa, o potencial médio de ganho quando se busca formas efetivas de combater o desperdício de tempo gira em torno de 30%. Isso significa que uma empresa que ainda não se conscientizou disso pode estar perdendo cerca de 50 horas mensais de trabalho de cada um dos seus funcionários. Todo esse tempo, porém, não é desfrutado com descanso, lazer ou convívio com a família. Do ponto de vista dos profissionais, são horas que entram na conta do trabalho e contribuem para aumentar a pressão sobre o tão sonhado equilíbrio entre a atividade profissional e a vida pessoal. Na Nivea, iniciativas de conscientização sobre a necessidade de administrar melhor o tempo foram implementadas com alguns resultados imediatos, mas que logo se perderam. “Tudo voltava a ser como antes. É muito difícil mudar hábitos quando isso não faz parte de um plano estruturado de ações”, diz a Jornal da FACCACI 5 ______________________________________________________________________________________________________________________ diretora de recursos humanos no Brasil e vicepresidente para a América Latina, Mônica Longo. Recentemente, a companhia começou um trabalho com a Triad que revelou o mau desempenho dos diretores como gestores do próprio tempo – um trunfo para convencê-los a atacar de frente o problema. Entre os principais ladrões de tempo identificados na empresa estavam as reuniões. Demoradas e improdutivas, elas são queixa recorrente dos profissionais hoje em dia. As reuniões passaram a ser feitas com horário de início e fim rigorosamente estabelecidos e uma pauta planejada previamente. Além disso, os participantes são limitados ao mínimo necessário para resolver a questão. A empresa adotou também a rotina de planejamento semanal, com destrinchamento diário das tarefas a serem cumpridas, levando em conta a disponibilidade de apenas metade das horas do expediente, deixando a outra metade reservada aos imprevistos e emergências. “Com o amadurecimento dessa prática, a gente vai aprendendo a se organizar melhor e consegue aumentar o tempo dedicado às tarefas já conhecidas. Assim, o expediente fica mais tranquilo e controlado”, diz a diretora de RH. Na farmacêutica Takeda, a preocupação inicial ao adotar estratégias de combate ao desperdício de tempo era não apenas aumentar a produtividade dos funcionários, mas demonstrar que todos sairiam ganhando com isso. “É essencial acenar com a perspectiva de aumento da qualidade de vida e assegurar que os ganhos serão compartilhados entre a empresa e cada um dos profissionais”, diz a diretora executiva de recursos humanos, comunicação e administração para o Brasil e a América Latina, Veronika Falconer. Os esforços da Takeda se concentraram especialmente no combate àquele que se tornou o maior ladrão de tempo em muitas empresas: o gerenciamento dos e-mails. Nesse ponto, a estratégia adotada é bastante simples, mas exige disciplina. Questões que podem ser resolvidas em menos de três minutos devem ser respondidas na hora, assim como as que forem realmente urgentes. As demais devem ser classificadas em pastas para serem resolvidas em um momento pré-estabelecido do expediente – o ideal é que seja logo no início do dia. A empresa também passou a exigir mais precisão e clareza na redação dos e-mails, assim como a revisão da prática de copiar pessoas que nada tem a ver com assunto “apenas para que todos fiquem cientes”. Ao mesmo tempo em que se tornou uma grande vilã no desperdício de tempo, a tecnologia é uma aliada em potencial para combatê-lo. Um dos princípios das estratégias contra a procrastinação é que as pessoas precisam ser de cobradas e lembradas das tarefas a executar, para que não dependam apenas da própria vigilância. Existem diversos aplicativos que funcionam como uma espécie de “consciência externa”, ajudando a estabelecer horários para o cumprimento das tarefas e emitindo alertas sonoros cada vez que os planos não são cumpridos. De acordo com os especialistas em gestão do tempo, no entanto, esse tipo de pressão ajuda pouco, porque a pessoa continua sabendo que apenas ela tem consciência do atraso. O que funciona mesmo são recursos que levam o profissional e os gestores de equipes a diagnosticar juntos como o tempo está sendo gasto e de que forma esse investimento pode se tornar mais produtivo. É o caso do Befective, aplicativo que mapeia como o tempo de cada profissional é aplicado ao longo do expediente e que fornece relatórios detalhados tanto para o próprio profissional quanto para o seu gestor, com a concordância de todos. “O aplicativo aponta quanto tempo foi gasto durante o expediente em uma determinada rede social, por exemplo, mas sem expor o conteúdo do que estava sendo feito”, esclarece Marcio Jacson dos Santos, diretor-executivo da PeopleOne Brasil, a desenvolvedora do produto. Justamente para não enfrentar problemas trabalhistas por conta de possíveis acusações de invasão de privacidade, a empresa encomendou um estudo detalhado sobre os limites do que poderia ser feito por um aplicativo assim. “O amparo legal para a atividade do software está na CLT, que dá ao empregador o direito de medir e disciplinar as atividades de seus empregados no ambiente de trabalho”, diz Santos. O aplicativo foi lançado no início deste ano e já está operando em 1.200 postos de trabalho espalhados por 28 empresas clientes, ao valor mensal de R$ 22 por usuário. Santos destaca um efeito inicial que já representa resultados significativos: o simples fato de saber que está sendo acompanhado mexe naturalmente com o profissional e proporciona um ganho imediato de produtividade. “Os que tendem a desperdiçar muito tempo passam a se preocupar com isso, enquanto os que são mais eficientes se sentem felizes pelo fato de que isso ficará claro, e se dedicam ainda mais.” Um dos clientes que adotaram o aplicativo é o publicitário Paulo Rugna, sócio-executivo da Produtora 7, que faz vídeo e fotos para eventos corporativos e sociais. “Em três meses, conseguimos uma redução de 15% no número de horas passadas em reuniões, e sabemos que dá para avançar mais”, diz. Já em relação ao tempo gasto pelos funcionários com redes sociais, o executivo afirma que a redução foi de 69%. Jornal da FACCACI 6 ______________________________________________________________________________________________________________________ Para Rugna, recursos dessa natureza se tornaram essenciais em um mercado em que é preciso fazer entregas de alta qualidade a preços competitivos. Ao instalar a ferramenta nos computadores de 20 profissionais estratégicos da produtora, ele deixou claro quais eram os objetivos, estabeleceu metas em conjunto com a equipe e definiu bonificações para quem alcançá-las. “A chave do sucesso de todo esse processo é ajudar cada profissional a ampliar o autoconhecimento de como ele usa seu tempo. Todo mundo tem o interesse de ser mais produtivo e, se a empresa consegue ajudar o funcionário a alcançar isso, trata-se de uma relação ganha-ganha”, diz.. Fonte: Valor Econômico, por Maurício Oliveira, 17.09.2015 . IFRS e emissão de nota fiscal Por Edison Carlos Fernandes Tenho dito e escrito insistentemente que a adoção do padrão internacional de contabilidade (IFRS) como marco regulatório do direito contábil no Brasil não transformou apenas a contabilidade, mas também a cultura jurídica brasileira. O conflito entre a tradição do "common law", onde são forjadas as normas jurídico-contábeis, e a tradição do "civil law", ainda prevalecente na prática do direito no Brasil, não deve provocar a supremacia de uma dessas tradições; ao contrário, esse conflito tende a gerar um "tertium genus". Sendo assim, os profissionais que atuam em algum dos ramos do direito ligados à empresa e à prática empresarial deverão se adaptar a essa nova realidade jurídica. No que diz respeito ao direito tributário (um desses ramos do direito ligado à atividade empresarial), sua aplicação deverá sofrer um movimento de 180 graus. A forte influência da legislação tributária sobre a prática contábil, que durou mais de 30 anos, não só arrefeceu como inverteu o sentido do vetor. Ou seja, a legislação comercial, no âmbito do atual marco regulatório contábil (IFRS), passa, efetivamente, a delimitar os conceitos jurídicos que serão utilizados pela legislação tributária. Esse movimento confirma a natureza da norma tributária como de superposição. Nesse sentido, o direito tributário não estabelece condutas - o que é permitido, obrigatório ou proibido -, no que concerne à atividade econômica empresarial, limitando-se a autorizar a transferência de parte da riqueza gerada nas transações de direito privado aos cofres públicos. Exemplo marcante desse quadro encontra-se no controle fiscal eletrônico, especialmente, com a Escrituração Contábil Digital - ECD e com a Escrituração Contábil Fiscal – ECF. A nota fiscal, posto que mantenha importância para o direito tributário, ficou relegada a um segundo plano pelo direito contábil Na ECD são registradas as operações desenvolvidas pela empresa, tal como determinado pelas normas jurídico-contábeis, quer no âmbito legal (Código Civil e Lei das Sociedades por Ações) quer no âmbito infralegal (manifestações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis). As informações da ECD são, então, resgatadas pela ECF, integralmente e sem qualquer mutação, com a finalidade de se proceder à apuração dos tributos sobre a receita (Pis/Cofins) e sobre o lucro (IRPJ/CSLL). Nas situações em que a legislação tributária não atribui expressamente um efeito específico à operação considerada, prevalece o lançamento contábil para demonstrar a natureza jurídica dessa mesma operação, de forma a submetê-la à incidência de tributos. Essa relação entre legislação contábil e legislação tributária também ocorre no caso da emissão de nota fiscal, especialmente para desvincular esse documento "fiscal" do reconhecimento da operação nas demonstrações financeiras, como a receita, por exemplo. Isso implica, a uma, que a emissão da nota fiscal de venda, exigência legal para o acompanhamento da mercadoria no transporte desde a origem até o destino, não representa o momento do registro da respectiva receita; a duas, que a emissão da nota fiscal do serviço deve acontecer somente depois do serviço efetivamente prestado. Com isso, vemos que a nota fiscal, posto que mantenha alguma importância para o direito tributário, ficou relegada a um segundo plano pelo direito contábil, interferindo Jornal da FACCACI 7 ______________________________________________________________________________________________________________________ na apuração dos tributos cuja legislação prevê a dependência da natureza comercial-contábil da operação realizada - o que ocorre com PIS, Cofins, IRPJ e CSLL. Utilizando as referências anteriores, a emissão da nota fiscal de venda não terá importância para PIS e Cofins, pois essas contribuições incidem sobre a receita, e a receita correspondente somente ocorrerá quando a mercadoria for efetivamente entregue e aceita pelo adquirente; quanto à prestação de serviço, a respectiva nota fiscal não depende do pagamento, mas da efetiva prestação do serviço. Assim, no atual ambiente de negócios no Brasil, os termos contratuais têm mais relevância do que a formalização das operações para fins meramente tributários. Espero, então, que as empresas fornecedores e adquirentes - voltem a privilegiar o contrato, no sentido de que os fluxos de recursos financeiros (pagamentos e recebimentos) possam ser realizados por seus fundamentos e instrumentos jurídicos, não pela exigência da emissão de nota fiscal - e, naquilo que o controle fiscal eletrônico ainda não se adaptou (por exemplo: Sped Contribuições), que o faça, espontaneamente ou por força de ordem judicial. Fonte: http://alfonsin.com.br/ifrs-e-emisso-de-nota-fiscal/ 7 comportamentos dos pais que impedirão seus filhos de se tornarem líderes Kathy Caprino, que escreve para a Forbes, costumava trabalhar como terapeuta familiar, antes de se tornar coach de carreira e liderança. Nesse longo tempo, em contato com casais, famílias e crianças, Caprino diz ter testemunhado uma variedade de comportamentos funcionais, mas também disfuncionais, por parte dos pais que conheceu. Impedir os filhos de ganhar independência, perseverança e se tornarem os líderes em potencial que são eram práticas frequentes, ainda que inconscientes. Buscando informações sobre o assunto, Kathy se deparou com os livros do Dr. Tim Elmore, escritor e fundador de uma organização que busca empoderar jovens através de um trabalho de mentoria. O especialista confirmou suas constatações: muitos pais têm tratado suas crianças e adolescentes com mimos e comportamentos super-protetores, impedindo seu crescimento pessoal e podando suas capacidades de liderança - de si mesmos e de empreendimentos ao redor do mundo. Aqui estão 7 desses comportamentos, identificados por Elmore, e que devem ser evitados se você quer que seu filho se torne um líder capaz: 1. Não deixar as crianças se arriscarem O medo de perdê-las nos leva a fazer tudo o que podemos para protegê-las. Isso é correto e de fato uma responsabilidade dos pais, mas há riscos saudáveis e que precisam ser permitidos. Psicólogos europeus descobriram que crianças que não podem brincar fora de casa e que nunca chegam a se machucar de leve (sofrer uma queda, por exemplo) frequentemente desenvolvem fobias na idade adulta. Não permitir que adolescentes sofram o fim de um relacionamento amoroso ou que crianças caiam algumas vezes, aprendendo que é normal, provavelmente gerará adultos arrogantes (que não sabem lidar com as falhas) e com baixa autoestima. 2. Correr ao seu socorro muito rápido Quando cuidamos de todos os problemas e enchemos as crianças de excessivos cuidados, deixamos de ensiná-las a tomar iniciativa e enfrentar suas dificuldades. É necessário que elas aprendam a caminhar sozinhas, para que se tornem líderes. Do contrário, serão adultos acomodados e inconsequentes. 3. Elogiar com facilidade Não há problemas em elogiar os filhos quando eles merecem, mas a política de que "todos são vencedores" pode ser prejudicial, em longo prazo. É importante fazer com que seu filho se sinta especial, mas elogiá-lo sem critério, deixando de lado comportamentos errados, lhe ensinará a mentir, exagerar e trair, por medo de enfrentar a realidade como ela é e de causar decepção ao admití-la. 4. Deixar a culpa ser um obstáculo para a boa liderança Seus filhos não precisam amar você todos os minutos de suas vidas. Eles conseguirão lidar com decepções, mas não com o fato de serem mimados. Por isso diga "não" ou "agora não" e deixe que eles lutem por aquilo que realmente valorizam e precisam. 5. Não compartilhar nossos erros Adolescentes saudáveis desejarão fazer as coisas do seu jeito, e nós como adultos temos que permitir isso, o que não significa que não possamos ajudá-los. Compartilhar erros do passado pode gerar um sentimento de identificação e orientar seus filhos a escolherem melhor. Você não é o único a influenciar seu filho, então busque ser a melhor influência. 6. Confundir inteligência, talento e influência com maturidade A inteligência é muitas vezes usada como uma medida da maturidade de uma criança, e, como resultado, pais costumam deduzir que uma criança inteligente está pronta para o mundo, o que não é necessariamente verdade. Para decidir quando soltar mais seus filhos e dar-lhes mais independência, observe outras crianças da idade deles, e veja como responde às pequenas responsabilidades que lhes Jornal da FACCACI 8 ______________________________________________________________________________________________________________________ forem dadas. Não apresse nem atrase esta Data: De 09 a 11 de novembro de 2016 independência! Local: Bauru - SP Site: http://www.simpep.feb.unesp.br/ 7. Não fazer o que dizemos Como pais, é nossa responsabilidade dar o exemplo XXVII ENANGRAD de vida que queremos que nossos filhos vivam, Data: De 19 a 21 de outubro de 2016 ajudando-lhes a construir um bom caráter e a serem Local: Campinas - SP responsáveis em todos os aspectos. Como líderes de Site:http://www.angrad.org.br/novidades/enangradnossas casas, podemos começar por falar apenas com honestidade, sem hipocrisia ou mentiras (nem mesmo 2016-sera-em-campinas/4225/ aquelas mais simples). Observe suas ações e escolhas éticas; seu filho, com certeza, as observará .. Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/7comportamentos-dos-pais-que-impedirao-seus-filhos-de-se-tornaremlideres/83838/ Oportunidades Eventos Em parceria com FDCI, CECAPEB, IFES e Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, os alunos da FACCACI realizaram, no dia 12 de março de 2016, um "Faxinaço" na luta contra Dengue, Zica Vírus e Chikungunya. O "Faxinaço" ocorreu na sede da FACCACI e na localidade de São Joaquim e entorno. Nós temos orgulho dos nossos alunos por terem consciência das demandas sociais da nossa região. Parabéns a todos que participaram. Expediente Agenda XIII Congresso Online - Administração Data: De 29/novembro a 03/dezembro de 2016 Site:http://www.convibra.org/inicio.asp? ev=109&lang=pt XXIII SIMPEP - Simpósio de Engenharia de Produção Diretor: Elizeu Crisostomo de Vargas Vice-Diretor: Jorge Elias Piazzarolo Coordenador do Jornal: Marcelo Tadeu Monteiro Freitas Revisor: Jeferson Diório do Rozário Comissão de Avaliação: Jurandir Scandian Junior, Leandro Viana, Marcelo Domingos Dalfior e Renan Ferreira da Silva