JORNAL DA FACCACI

Transcrição

JORNAL DA FACCACI
JORNAL DA FACCACI
Jornal Eletrônico Acadêmico – www.faccaci.edu.br – Cachoeiro de Itapemirim - ES | Abril - 2016 Nº 4
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Editorial
sido vencer a
atravessando.
econômica
que
estamos
Elizeu Crisostomo de Vargas
Diretor
Desafios diante da crise
Falar sobre economia no
contexto econômico em que
estamos
vivendo
causa,
a
princípio, espanto e desânimo para
abordar o assunto. Mas, pensando
bem, é bom que primeiro
tenhamos o real conceito de economia, então
vejamos.
Pesquisando sobre o assunto, encontramos o
seguinte conceito: “Economia é uma ciência que
estuda os processos de produção, distribuição,
acumulação e consumo de bens materiais. É a
contenção ou moderação nos gastos, é uma
poupança.” Desta forma, continuando a pesquisa,
concluímos que economia significa o controle para
evitar desperdícios em qualquer serviço ou atividade.
Partindo desse princípio, a economia observa o
comportamento humano em decorrência da relação
entre as necessidades dos homens e os recursos
disponíveis para satisfazer essas necessidades.
Percebemos, portanto, que se o Estado, as empresas
e as pessoas entendessem bem o significado da
palavra ECONOMIA e o colocassem em prática,
viveríamos em um ambiente totalmente diferente,
sem os efeitos negativos da falta de tais práticas.
Quero, neste momento, levar os leitores deste
artigo a uma reflexão sobre a importância das práticas
necessárias a fim de que cada um possa contribuir
para a nossa economia, no âmbito pessoal e familiar,
na empresa, ou na esfera pública.
De forma geral, é necessário o controle de gastos
para evitar desperdícios, e esse controle aplica-se
tanto ao processo de produção e distribuição de bem e
materiais como ao seu consumo. Em vários
momentos de nossas vidas, ou somos produtores ou
somos consumidores de bens e serviços. Em qualquer
uma dessas posições, podemos contribuir para o
equilíbrio de nossa economia.
É preciso, portanto, que cada um faça sua parte
para que a crise econômica, que afeta nossa Nação,
seja superada e possamos ter esperança de dias
melhores. Faça sua parte: na economia doméstica,
como empresário, como gestor público, enfim, onde
você estiver, seja um agente transformador da
economia.
Somos desafiados constantemente como instituição
de ensino, e neste momento nosso desafio maior tem
crise
São pessoas que administram não
“Forças” nem “Fatos”1
Por Jurandir Scandian Jr.
Professor da FACCACI
O Efeito Borboleta - expressão utilizada na Teoria
do Caos -, uma forma de abordagem que consiste em
considerar as condições iniciais para algo acontecer e,
também, o Pensamento Sistêmico, forma de
abordagem que consiste em buscar compreender o
todo, de modo a permitir a análise ou as interferências
no mesmo são ótimos elementos de provocação para
uma reflexão a dirigentes e gestores, principalmente.
Mas, enfim, para todos nós, que produzimos as
“forças” e os “fatos” onde quer que estejamos.
O que um fracasso de uma organização, um
escândalo político, um acidente aéreo e um acidente
nuclear têm em comum? O fato de ser quase
impossível cada um desses eventos acontecer sem
padrões de ações ou de inércia, caracterizados por
uma série de erros que passam despercebidos, um
conjunto singular de erros combinados, falhas tão
complexas e de impacto tão sério que podemos
pensar: “se tentássemos fazer isso conscientemente
não conseguiríamos”2.
Talvez a diferença entre as organizações que estão
na primeira página de um jornal de circulação
nacional sob uma perspectiva negativa, aquelas de
que nunca se ouve falar e as que também estão na
primeira página, mas numa perspectiva positiva,
esteja na capacidade de encontrar um modo de
“romper a sequência”, descobrindo causas e
desenvolvendo procedimentos que minimizem a
incidência de erros.
Estudos revelam que apesar dos dados específicos
em setores e situações distintos, os padrões de erros
anteriores a acidentes têm falhas operacionais ou
estratégicas bastante semelhantes e podem levar a um
dano que sobreviverá e terá seu custo aumentado
exponencialmente.
1
2
Frase de Peter F. Drucker sobre a importância da
Administração e das pessoas para as empresas.
Texto adaptado de Mittelstaedt Jr., Robert E. Seu Próximo
Erro Será FATAL? Os equívocos que podem destruir uma
organização. Porto Alegre. Bookman, 2006.
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Erros provocados por cultura, especialmente os
estratégicos, podem ser colossais e causar danos
permanentes. Uma empresa, por exemplo, pode tentar
penetrar em um mercado diferente, inclusive
adquirindo outra, gerar uma imensa sequência de
erros culturais que levará dezenas de anos para ser
corrigida e custará muito para as duas empresas – um
erro estratégico que afetará as operações diretamente,
tornando-as confusas, conflitantes e atenuantes. Erros
de execução também podem ser fatais para as
empresas, embora costumem ser apenas muito caros,
a não ser que continuem por tanto tempo a ponto de
se
tornarem
culturais.
Sobretudo,
erros
administrativos que “não machucam ninguém”
também causam danos diretos aos stakeholders.
Há muitas categorias de erros, desde não seguir
procedimentos necessários até não entender o
mercado ou não ter senso de oportunidade e, nesse
contexto, os esforços humanos são fundamentais, pois
somente as pessoas podem fazer grande diferença na
“quebra da sequência de erros”.
É certo que as pessoas não acordam de manhã e
dizem: “puxa, que dia ótimo para cometer erros!” O
conhecimento que nem sempre provém das fontes de
que se espera – como a própria experiência, o
domínio de uma especialidade ou o comando de um
setor ou empresa – exige um pouco mais de esforço
de observação das pessoas. Os indivíduos têm no seu
próprio conjunto singular de experiências o contexto
para aprender e o seu histórico pessoal (modelo
mental) afeta o modo como percebem as situações
reais e irreais, bem como o que aprendem com elas.
Por isso cada um encontra sua maneira de relacionar
conceitos a situações profissionais e pessoais.
Vencedores, por exemplo, nos negócios, nos
esportes, ou na geopolítica aprendem que chegar
perto do topo é realmente difícil, mas depois que
chegam, os erros costumam fazer a diferença entre a
base e o pico. Os vencedores aprendem isso
rapidamente e sabem como evitar erros – pelo menos,
os grandes. Os perdedores não aprendem com tanta
rapidez e, em alguns casos, repetem o mesmo erro
várias vezes.
A tecnologia pode ou não salvar as pessoas dos
próprios erros. Ela pode aumentar as vantagens
quando se entende a amplitude de ações possíveis de
algo como uma aeronave ou outra máquina ou
sistema tecnicamente controlado. Mas, as empresas
possuem diversas dimensões e, como nem todas
aceitam respostas pré-programadas, embora a
tecnologia possa ajudar, é improvável que controle
erros empresariais.
É possível usar a tecnologia para melhorar
processos empresariais, como a cadeia de
suprimentos, mas os computadores não podem decidir
como se identificarão e projetarão novos produtos que
farão parte dessa cadeia ou como e quando eles serão
produzidos. É aí que sistemas físicos e empresariais
divergem. Sistemas empresariais ainda exigem o
julgamento – e seu refinamento qualitativo pelo
desenvolvimento das habilidades de tomada de
decisão, daí a fundamental importância das pessoas.
Louis Pasteur afirmou, segundo fontes oficiais, que
“metade das descobertas científicas acontece por
acaso, mas o acaso favorece as mentes preparadas”. O
poder dos erros é forte, mas pode-se lidar com ele
quando há preparação. Por isso...
•
Pense de maneira ampla e não despreze um
exemplo por que está fora do seu setor de interesse,
pois os padrões de erros são semelhantes e não
conhecem limites;
•
Pergunte-se, honestamente, o que poderia ter
sentido e o que poderia ter feito em circunstâncias
que chegarem ao seu conhecimento, semelhantes
àquelas vividas por executivos, gestores e outros
funcionários;
•
Pergunte-se se tem o necessário para estar à
altura da situação e “quebrar uma sequência de
erros”;
•
Pense sobre a importância e as implicações
econômicas de se evitar erros;
•
Pergunte-se como pode criar melhores
sistemas de aviso para ajudá-lo a detectar e minimizar
o impacto dos erros em suas atividades, sua
organização;
•
Nunca esqueça que grande parte da
informação de que você precisa para entender o que
está acontecendo dentro de sua empresa está do lado
de fora, com clientes, fornecedores, parceiros
comerciais, concorrentes e a sociedade.
Motivos para apostar na contabilidade
gerencial
A contabilidade gerencial é o tipo de assunto no
qual dificilmente haverá argumentos contrários.
Afinal, qual empresário não quer o sucesso do
empreendimento? Qual profissional de qualidade não
quer dar seu máximo para a manutenção ou a melhora
de uma organização? Qual problema resiste a uma
equipe preparada e com ampla experiência de
mercado? Essas três perguntas são respondidas pela
contabilidade gerencial, por ser uma ferramenta que
aperfeiçoa o trabalho do escritório e auxilia a gestão
do cliente.
Acreditar que o contador é um mero calculador de
impostos e assessor fiscal reprime uma potencial
força motora para o progresso dos negócios. Utilizar
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um escritório contábil para atendimento de
legislações comerciais é subutilizá-lo, além disso, é
praticamente “jogar dinheiro fora”, pois não
compensa economicamente contratar uma estrutura
como essa para somente preencher documentos.
Um escritório experiente tem ao seu lado um
conjunto robusto de meios, e é municiado de
ferramentas automatizadas e de última geração,
softwares e programas voltados para atender todas as
necessidades da área. Em períodos de crise ou de
baixo rendimento do mercado — como o segundo
semestre de 2014 e o início de 2015 —, é importante
ter uma equipe que auxilie as tomadas de decisão e
apresente soluções estratégicas para o cenário
econômico.
Somar para fortalecer
Por mais que o escritório oficialmente não seja do
quadro de funcionários do cliente, ele deve estar
integrado às decisões que são tomadas. Essa sinergia
garante o progresso de todos os envolvidos, cada um
com sua expertise. Gastos controlados, investimentos
acertados e profissionais qualificados são temas do
cotidiano que não podem ser vistos a cada mês ou em
reuniões esporádicas.
A produtividade é fator essencial a manutenção da
competitividade no atual mercado. Cada diferencial
— e a contabilidade gerencial é um deles — pode ser
o ponto necessário para se destacar e atender melhor a
demanda. Entre o que a contabilidade gerencial pode
realizar está: projeção de orçamentos, análise de
desempenho, planejamento tributário e controles
orçamentários.
Cultura
Para a contabilidade gerencial estar mais integrada
à realidade das organizações, é necessário que haja
uma mudança na cultura dos gestores. É preciso que o
gestor deixe de ver o contador como defesa, mas
também como ataque, isto é, que não seja o
profissional para pensar no Fisco e nos gastos da
organização, fechar goteira aqui e ali, e sim nas
decisões relacionadas ao investimento da empresa, na
identificação de oportunidades e nos produtos e
serviços que podem gerar lucro ou prejuízo. Essa
“assessoria” precisa ser reconhecida — e utilizada.
Para chegar a esse nível de alcance junto ao cliente,
a contabilidade gerencial utiliza algumas ferramentas,
como índices, análises vertical, horizontal e integral
das informações e (muitos) gráficos de desempenho.
Com eles, é possível obter informações como
liquidez, necessidade de capital de giro, rentabilidade
e interpretação dos sucessivos dados.
Como pode verificar, a contabilidade gerencial
responde a todas as perguntas apontadas no início do
texto. Não existe unanimidade no mundo, mas, com
certeza, essa ferramenta chega muito próxima dela.
Os ganhos são magníficos e o custo muito baixo.
Fonte: http://blog.sage.com.br/gestao-contabil/motivos-para-apostarna-contabilidade-gerencial/
Por que eu me tornei um empreendedor
16 anos atrás
Por Chris Guillebeau
Fonte: www.administradores.com.br
A melhor resposta, e a mais honesta, é que eu não
era bom em nenhuma outra coisa.
Para melhor ou pior, eu aprendi que eu era um
terrível empregado. Eu não era confiável e não sabia
fazer nada.
Eu já escrevi no meu blog sobre meu último
trabalho oficial, que era carregar caixas em
caminhões da FedEx no meio da noite.
Empilhar caixas era surpreendentemente difícil.
Não era só pegar a caixa e jogá-la no caminhão - você
precisava empilhá-la de uma certa maneira que
levasse ao máximo de eficiência (e, supostamente,
devia se preocupar com o conteúdo, mas isso nunca
parecia ser muito uma prioridade).
Eu não tinha uma boa noção de espaço para
desempenhar essa tarefa direito. Eu até era decente no
Tetris, mas quando se tratava de caixas reais, eu era
horrível. Eu ficava esperando aquela barra horizontal
descer para que eu pudesse me livrar de quatro linhas
de tijolos ou caixas de uma vez, mas ela nunca
chegava. Em vez disso, o supervisor ficava brincando
comigo, colocando na fila caixas com códigos postais
errados enquanto ria dos meus paletes mal
empilhados. Tanto faz. Eu pedi demissão e nunca
mais voltei.
Antes desse trabalho, eu trabalhava em uma
pizzaria, onde eu era um motorista de delivery bem
decente. Claro, eu posso ter me perdido algumas
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vezes, mas isso foi na era pré-histórica, quando não
dava para olhar o telefone e ver onde ir - quem
poderia me culpar? E melhor ainda melhor, ninguém
sabia quando eu me perdia. Sempre que eu dava um
jeito e encontrava meu senso de direção, eu apenas
voltava para a pizzaria e pegava a próxima entrega.
Perder 15 minutinhos não era problema.
Mas aí uma vez eu precisei trabalhar internamente,
enquanto outras pessoas dirigiam, e o chefe me
mostrou como usar a caixa registadora. Devo
esclarecer: Ele me mostrou uma vez, e então ele me
mostrou novamente. E ainda assim eu não consegui
acertar.
Toda vez que eu tentava operar a caixa
registradora, eu ficava realmente confuso. Quais os
botões que eu deveria pressionar? Como é que eu
daria troco? Eu comecei a ficar ansioso sempre que
um cliente entrava para pegar um pedido para
viagem. Será que eu teria que receber seu dinheiro e
dar algum troco saído da caixa?
Eu estraguei tudo mais de uma vez, e me senti
profundamente envergonhado todas as vezes. Meu
chefe finalmente desistiu e me colocou para trabalhar
dobrando caixas de pizza. Uma vez, um outro
funcionário que estava trabalhando na caixa
registradora me pediu para assumir, e o chefe
interceptou a troca. "Não faça isso", ele disse ao outro
funcionário, olhando para mim e depois de volta para
o empregado. Eu entendi a mensagem: eu era o
dobrador de caixas. Minhas habilidades não eram
condizentes com a tarefa de dar troco para uma nota
de vinte.
Eu penso nessa história de vez em quando. Eu
consegui encontrar um certo grau de sucesso. Mas eu
ainda não sou bom em algumas habilidades básicas da
vida - a diferença é que agora eu simplesmente não
me importo.
Cedo ou tarde, alguns de nós percebemos que não
somos essencialmente pessoas que ninguém quer
contratar.
Se você nunca aprendeu a operar a caixa
registadora, ou se há algo mais que você
supostamente deveria ter aprendido, você ainda pode
"se dar bem na vida". Você não está condenado a um
trabalho de salário mínimo.
Provavelmente há algo em que você é muito
melhor, e você deve fazer o que for preciso para
encontrar essa coisa. Na verdade, você deve lutar por
ela. Não se entregue até que consiga.
Se você está preso em um trabalho miserável, você
deve se afastar dele e fazer tudo o que puder para
construir algo para si mesmo. Pode não dar certo
imediatamente, e você provavelmente vai cometer
alguns erros até acertar. Mas com certeza absoluta,
total e completa, valerá a pena.
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/por-queeu-me-tornei-um-empreendedor-16-anos-atras/87949/?
utm_source=MailingList&utm_medium=email&utm_campaign=News+
-+15%2F06%2F2015
Empresas controlam o desperdício de
tempo
Se há um aspecto em que todos os profissionais do
mundo desfrutam de igualdade de condições é o fato
de que, seja onde for, o dia tem 24 horas. É na forma
como cada um administra o tempo, porém, que
costuma estar o grande diferencial entre os que
realmente conseguem avançar nas suas realizações ao
final do expediente e os que vivem com a sensação de
estar permanentemente atrasados.
Muitas empresas já se deram conta de que não
basta esperar pelo bom senso e o discernimento
individual dos funcionários nessa batalha cotidiana. É
preciso agir ativamente para ajudá-los a entender
quais são as prioridades e combater o fantasma
sempre presente da procrastinação, aquela vontade
quase incontrolável de adiar tarefas até que elas se
tornam, de fato, urgentes.
“O melhor aproveitamento do tempo e o combate à
dispersão precisam vir de cima e permear todos os
níveis da organização, até alcançar cada indivíduo”,
diz o consultor Christian Barbosa, da Triad, que se
tornou especialista no tema e hoje se dedica a ajudar
as empresas a lidar com essa necessidade. Em sua
opinião, o que se vê cada vez mais são profissionais
que estão sempre correndo, mas sem saber direito
para onde. “Eles estão muito ocupados, mas nem
sempre com tarefas que os fazem evoluir de verdade.
Quem precisa mostrar essa direção é a empresa”,
afirma.
De acordo com Barbosa, o potencial médio de
ganho quando se busca formas efetivas de combater o
desperdício de tempo gira em torno de 30%. Isso
significa que uma empresa que ainda não se
conscientizou disso pode estar perdendo cerca de 50
horas mensais de trabalho de cada um dos seus
funcionários. Todo esse tempo, porém, não é
desfrutado com descanso, lazer ou convívio com a
família. Do ponto de vista dos profissionais, são horas
que entram na conta do trabalho e contribuem para
aumentar a pressão sobre o tão sonhado equilíbrio
entre a atividade profissional e a vida pessoal.
Na Nivea, iniciativas de conscientização sobre a
necessidade de administrar melhor o tempo foram
implementadas com alguns resultados imediatos, mas
que logo se perderam. “Tudo voltava a ser como
antes. É muito difícil mudar hábitos quando isso não
faz parte de um plano estruturado de ações”, diz a
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diretora de recursos humanos no Brasil e vicepresidente para a América Latina, Mônica Longo.
Recentemente, a companhia começou um trabalho
com a Triad que revelou o mau desempenho dos
diretores como gestores do próprio tempo – um trunfo
para convencê-los a atacar de frente o problema.
Entre os principais ladrões de tempo identificados na
empresa estavam as reuniões. Demoradas e
improdutivas, elas são queixa recorrente dos
profissionais hoje em dia.
As reuniões passaram a ser feitas com horário de
início e fim rigorosamente estabelecidos e uma pauta
planejada previamente. Além disso, os participantes
são limitados ao mínimo necessário para resolver a
questão.
A empresa adotou também a rotina de
planejamento semanal, com destrinchamento diário
das tarefas a serem cumpridas, levando em conta a
disponibilidade de apenas metade das horas do
expediente, deixando a outra metade reservada aos
imprevistos e emergências. “Com o amadurecimento
dessa prática, a gente vai aprendendo a se organizar
melhor e consegue aumentar o tempo dedicado às
tarefas já conhecidas. Assim, o expediente fica mais
tranquilo e controlado”, diz a diretora de RH.
Na farmacêutica Takeda, a preocupação inicial ao
adotar estratégias de combate ao desperdício de
tempo era não apenas aumentar a produtividade dos
funcionários, mas demonstrar que todos sairiam
ganhando com isso. “É essencial acenar com a
perspectiva de aumento da qualidade de vida e
assegurar que os ganhos serão compartilhados entre a
empresa e cada um dos profissionais”, diz a diretora
executiva de recursos humanos, comunicação e
administração para o Brasil e a América Latina,
Veronika Falconer.
Os esforços da Takeda se concentraram
especialmente no combate àquele que se tornou o
maior ladrão de tempo em muitas empresas: o
gerenciamento dos e-mails. Nesse ponto, a estratégia
adotada é bastante simples, mas exige disciplina.
Questões que podem ser resolvidas em menos de três
minutos devem ser respondidas na hora, assim como
as que forem realmente urgentes. As demais devem
ser classificadas em pastas para serem resolvidas em
um momento pré-estabelecido do expediente – o ideal
é que seja logo no início do dia. A empresa também
passou a exigir mais precisão e clareza na redação dos
e-mails, assim como a revisão da prática de copiar
pessoas que nada tem a ver com assunto “apenas para
que todos fiquem cientes”.
Ao mesmo tempo em que se tornou uma grande
vilã no desperdício de tempo, a tecnologia é uma
aliada em potencial para combatê-lo. Um dos
princípios das estratégias contra a procrastinação é
que as pessoas precisam ser de cobradas e lembradas
das tarefas a executar, para que não dependam apenas
da própria vigilância. Existem diversos aplicativos
que funcionam como uma espécie de “consciência
externa”, ajudando a estabelecer horários para o
cumprimento das tarefas e emitindo alertas sonoros
cada vez que os planos não são cumpridos.
De acordo com os especialistas em gestão do
tempo, no entanto, esse tipo de pressão ajuda pouco,
porque a pessoa continua sabendo que apenas ela tem
consciência do atraso. O que funciona mesmo são
recursos que levam o profissional e os gestores de
equipes a diagnosticar juntos como o tempo está
sendo gasto e de que forma esse investimento pode se
tornar mais produtivo.
É o caso do Befective, aplicativo que mapeia como
o tempo de cada profissional é aplicado ao longo do
expediente e que fornece relatórios detalhados tanto
para o próprio profissional quanto para o seu gestor,
com a concordância de todos. “O aplicativo aponta
quanto tempo foi gasto durante o expediente em uma
determinada rede social, por exemplo, mas sem expor
o conteúdo do que estava sendo feito”, esclarece
Marcio Jacson dos Santos, diretor-executivo da
PeopleOne Brasil, a desenvolvedora do produto.
Justamente para não enfrentar problemas
trabalhistas por conta de possíveis acusações de
invasão de privacidade, a empresa encomendou um
estudo detalhado sobre os limites do que poderia ser
feito por um aplicativo assim. “O amparo legal para a
atividade do software está na CLT, que dá ao
empregador o direito de medir e disciplinar as
atividades de seus empregados no ambiente de
trabalho”, diz Santos.
O aplicativo foi lançado no início deste ano e já
está operando em 1.200 postos de trabalho espalhados
por 28 empresas clientes, ao valor mensal de R$ 22
por usuário. Santos destaca um efeito inicial que já
representa resultados significativos: o simples fato de
saber que está sendo acompanhado mexe
naturalmente com o profissional e proporciona um
ganho imediato de produtividade. “Os que tendem a
desperdiçar muito tempo passam a se preocupar com
isso, enquanto os que são mais eficientes se sentem
felizes pelo fato de que isso ficará claro, e se dedicam
ainda mais.”
Um dos clientes que adotaram o aplicativo é o
publicitário Paulo Rugna, sócio-executivo da
Produtora 7, que faz vídeo e fotos para eventos
corporativos e sociais. “Em três meses, conseguimos
uma redução de 15% no número de horas passadas
em reuniões, e sabemos que dá para avançar mais”,
diz. Já em relação ao tempo gasto pelos funcionários
com redes sociais, o executivo afirma que a redução
foi de 69%.
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Para Rugna, recursos dessa natureza se tornaram
essenciais em um mercado em que é preciso fazer
entregas de alta qualidade a preços competitivos. Ao
instalar a ferramenta nos computadores de 20
profissionais estratégicos da produtora, ele deixou
claro quais eram os objetivos, estabeleceu metas em
conjunto com a equipe e definiu bonificações para
quem alcançá-las.
“A chave do sucesso de todo esse processo é ajudar
cada profissional a ampliar o autoconhecimento de
como ele usa seu tempo. Todo mundo tem o interesse
de ser mais produtivo e, se a empresa consegue ajudar
o funcionário a alcançar isso, trata-se de uma relação
ganha-ganha”, diz..
Fonte: Valor Econômico, por Maurício Oliveira, 17.09.2015
.
IFRS e emissão de nota fiscal
Por Edison Carlos Fernandes
Tenho dito e escrito insistentemente que a adoção
do padrão internacional de contabilidade (IFRS)
como marco regulatório do direito contábil no Brasil
não transformou apenas a contabilidade, mas também
a cultura jurídica brasileira.
O conflito entre a tradição do "common law", onde
são forjadas as normas jurídico-contábeis, e a tradição
do "civil law", ainda prevalecente na prática do
direito no Brasil, não deve provocar a supremacia de
uma dessas tradições; ao contrário, esse conflito tende
a gerar um "tertium genus". Sendo assim, os
profissionais que atuam em algum dos ramos do
direito ligados à empresa e à prática empresarial
deverão se adaptar a essa nova realidade jurídica.
No que diz respeito ao direito tributário (um desses
ramos do direito ligado à atividade empresarial), sua
aplicação deverá sofrer um movimento de 180 graus.
A forte influência da legislação tributária sobre a
prática contábil, que durou mais de 30 anos, não só
arrefeceu como inverteu o sentido do vetor. Ou seja, a
legislação comercial, no âmbito do atual marco
regulatório contábil (IFRS), passa, efetivamente, a
delimitar os conceitos jurídicos que serão utilizados
pela legislação tributária.
Esse movimento confirma a natureza da norma
tributária como de superposição. Nesse sentido, o
direito tributário não estabelece condutas - o que é
permitido, obrigatório ou proibido -, no que concerne
à atividade econômica empresarial, limitando-se a
autorizar a transferência de parte da riqueza gerada
nas transações de direito privado aos cofres públicos.
Exemplo marcante desse quadro encontra-se no
controle fiscal eletrônico, especialmente, com a
Escrituração Contábil Digital - ECD e com a
Escrituração Contábil Fiscal – ECF.
A nota fiscal, posto que mantenha importância para
o direito tributário, ficou relegada a um segundo
plano pelo direito contábil Na ECD são registradas as
operações desenvolvidas pela empresa, tal como
determinado pelas normas jurídico-contábeis, quer no
âmbito legal (Código Civil e Lei das Sociedades por
Ações) quer no âmbito infralegal (manifestações do
Comitê de Pronunciamentos Contábeis). As
informações da ECD são, então, resgatadas pela ECF,
integralmente e sem qualquer mutação, com a
finalidade de se proceder à apuração dos tributos
sobre a receita (Pis/Cofins) e sobre o lucro
(IRPJ/CSLL).
Nas situações em que a legislação tributária não
atribui expressamente um efeito específico à operação
considerada, prevalece o lançamento contábil para
demonstrar a natureza jurídica dessa mesma
operação, de forma a submetê-la à incidência de
tributos.
Essa relação entre legislação contábil e legislação
tributária também ocorre no caso da emissão de nota
fiscal, especialmente para desvincular esse
documento "fiscal" do reconhecimento da operação
nas demonstrações financeiras, como a receita, por
exemplo. Isso implica, a uma, que a emissão da nota
fiscal de venda, exigência legal para o
acompanhamento da mercadoria no transporte desde a
origem até o destino, não representa o momento do
registro da respectiva receita; a duas, que a emissão
da nota fiscal do serviço deve acontecer somente
depois do serviço efetivamente prestado. Com isso,
vemos que a nota fiscal, posto que mantenha alguma
importância para o direito tributário, ficou relegada a
um segundo plano pelo direito contábil, interferindo
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na apuração dos tributos cuja legislação prevê a
dependência da natureza comercial-contábil da
operação realizada - o que ocorre com PIS, Cofins,
IRPJ e CSLL.
Utilizando as referências anteriores, a emissão da
nota fiscal de venda não terá importância para PIS e
Cofins, pois essas contribuições incidem sobre a
receita, e a receita correspondente somente ocorrerá
quando a mercadoria for efetivamente entregue e
aceita pelo adquirente; quanto à prestação de serviço,
a respectiva nota fiscal não depende do pagamento,
mas da efetiva prestação do serviço.
Assim, no atual ambiente de negócios no Brasil, os
termos contratuais têm mais relevância do que a
formalização das operações para fins meramente
tributários. Espero, então, que as empresas fornecedores e adquirentes - voltem a privilegiar o
contrato, no sentido de que os fluxos de recursos
financeiros (pagamentos e recebimentos) possam ser
realizados por seus fundamentos e instrumentos
jurídicos, não pela exigência da emissão de nota fiscal
- e, naquilo que o controle fiscal eletrônico ainda não
se adaptou (por exemplo: Sped Contribuições), que o
faça, espontaneamente ou por força de ordem judicial.
Fonte: http://alfonsin.com.br/ifrs-e-emisso-de-nota-fiscal/
7 comportamentos dos pais que impedirão
seus filhos de se tornarem líderes
Kathy Caprino, que escreve para a Forbes,
costumava trabalhar como terapeuta familiar, antes de
se tornar coach de carreira e liderança. Nesse longo
tempo, em contato com casais, famílias e crianças,
Caprino diz ter testemunhado uma variedade de
comportamentos
funcionais,
mas
também
disfuncionais, por parte dos pais que conheceu.
Impedir os filhos de ganhar independência,
perseverança e se tornarem os líderes em potencial
que são eram práticas frequentes, ainda que
inconscientes.
Buscando informações sobre o assunto, Kathy se
deparou com os livros do Dr. Tim Elmore, escritor e
fundador de uma organização que busca empoderar
jovens através de um trabalho de mentoria. O
especialista confirmou suas constatações: muitos pais
têm tratado suas crianças e adolescentes com mimos e
comportamentos super-protetores, impedindo seu
crescimento pessoal e podando suas capacidades de
liderança - de si mesmos e de empreendimentos ao
redor do mundo.
Aqui estão 7 desses comportamentos, identificados
por Elmore, e que devem ser evitados se você quer
que seu filho se torne um líder capaz:
1. Não deixar as crianças se arriscarem
O medo de perdê-las nos leva a fazer tudo o que
podemos para protegê-las. Isso é correto e de fato
uma responsabilidade dos pais, mas há riscos
saudáveis e que precisam ser permitidos. Psicólogos
europeus descobriram que crianças que não podem
brincar fora de casa e que nunca chegam a se
machucar de leve (sofrer uma queda, por exemplo)
frequentemente desenvolvem fobias na idade adulta.
Não permitir que adolescentes sofram o fim de um
relacionamento amoroso ou que crianças caiam
algumas vezes, aprendendo que é normal,
provavelmente gerará adultos arrogantes (que não
sabem lidar com as falhas) e com baixa autoestima.
2. Correr ao seu socorro muito rápido
Quando cuidamos de todos os problemas e
enchemos as crianças de excessivos cuidados,
deixamos de ensiná-las a tomar iniciativa e enfrentar
suas dificuldades. É necessário que elas aprendam a
caminhar sozinhas, para que se tornem líderes. Do
contrário,
serão
adultos
acomodados
e
inconsequentes.
3. Elogiar com facilidade
Não há problemas em elogiar os filhos quando eles
merecem, mas a política de que "todos são
vencedores" pode ser prejudicial, em longo prazo. É
importante fazer com que seu filho se sinta especial,
mas elogiá-lo sem critério, deixando de lado
comportamentos errados, lhe ensinará a mentir,
exagerar e trair, por medo de enfrentar a realidade
como ela é e de causar decepção ao admití-la.
4. Deixar a culpa ser um obstáculo para a boa
liderança
Seus filhos não precisam amar você todos os
minutos de suas vidas. Eles conseguirão lidar com
decepções, mas não com o fato de serem mimados.
Por isso diga "não" ou "agora não" e deixe que eles
lutem por aquilo que realmente valorizam e precisam.
5. Não compartilhar nossos erros
Adolescentes saudáveis desejarão fazer as coisas
do seu jeito, e nós como adultos temos que permitir
isso, o que não significa que não possamos ajudá-los.
Compartilhar erros do passado pode gerar um
sentimento de identificação e orientar seus filhos a
escolherem melhor. Você não é o único a influenciar
seu filho, então busque ser a melhor influência.
6. Confundir inteligência, talento e influência com
maturidade
A inteligência é muitas vezes usada como uma
medida da maturidade de uma criança, e, como
resultado, pais costumam deduzir que uma criança
inteligente está pronta para o mundo, o que não é
necessariamente verdade. Para decidir quando soltar
mais seus filhos e dar-lhes mais independência,
observe outras crianças da idade deles, e veja como
responde às pequenas responsabilidades que lhes
Jornal da FACCACI
8
______________________________________________________________________________________________________________________
forem dadas. Não apresse nem atrase esta
Data: De 09 a 11 de novembro de 2016
independência!
Local: Bauru - SP
Site: http://www.simpep.feb.unesp.br/
7. Não fazer o que dizemos
Como pais, é nossa responsabilidade dar o exemplo
XXVII ENANGRAD
de vida que queremos que nossos filhos vivam,
Data: De 19 a 21 de outubro de 2016
ajudando-lhes a construir um bom caráter e a serem
Local: Campinas - SP
responsáveis em todos os aspectos. Como líderes de
Site:http://www.angrad.org.br/novidades/enangradnossas casas, podemos começar por falar apenas com
honestidade, sem hipocrisia ou mentiras (nem mesmo 2016-sera-em-campinas/4225/
aquelas mais simples). Observe suas ações e escolhas
éticas; seu filho, com certeza, as observará ..
Fonte:
http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/7comportamentos-dos-pais-que-impedirao-seus-filhos-de-se-tornaremlideres/83838/
Oportunidades
Eventos
Em parceria com FDCI, CECAPEB, IFES e
Prefeitura Municipal de Cachoeiro de
Itapemirim, os alunos da FACCACI
realizaram, no dia 12 de março de 2016, um
"Faxinaço" na luta contra Dengue, Zica Vírus
e Chikungunya. O "Faxinaço" ocorreu na sede
da FACCACI e na localidade de São Joaquim
e entorno. Nós temos orgulho dos nossos
alunos por terem consciência das demandas
sociais da nossa região. Parabéns a todos que
participaram.
Expediente
Agenda
XIII Congresso Online - Administração
Data: De 29/novembro a 03/dezembro de 2016
Site:http://www.convibra.org/inicio.asp?
ev=109&lang=pt
XXIII SIMPEP - Simpósio de Engenharia de
Produção
Diretor: Elizeu Crisostomo de Vargas
Vice-Diretor: Jorge Elias Piazzarolo
Coordenador do Jornal: Marcelo Tadeu Monteiro Freitas
Revisor: Jeferson Diório do Rozário
Comissão de Avaliação: Jurandir Scandian Junior, Leandro
Viana, Marcelo Domingos Dalfior e Renan Ferreira da Silva