acordos sobre a livre circulação das pessoas e - Enda
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acordos sobre a livre circulação das pessoas e - Enda
SITUAÇAO ACTUAL DA IMPLEMENTAÇAO DOS ACORDOS REGIONAIS DA CEDEAO E DA UEMOA SOBRE A LIVRE CIRCULAÇAO DE PESSOAS E BENS (Caso da GUINÉ-BISSAU) CONSULTOR: ETCHEN SAMBU TOPICOS . Introdução 1.1 Objectivo da consultoria 1.2 Metodologia 2. Resultados Obtidos 2.1 Principais actores da Livre Circulação de Pessoas e Bens 2.2 Direcção Geral de Emigração 2.3 Direcção Geral das Alfândegas 2.4 Direcção Geral da Floresta 2.5 Direcção Geral da Pecuária e Comité de Estado 3. Considerações Finais 4. Recomendações 4.1 Reforço de Capacidades 4.2 Reforço das capacidades 4.3 Sensibilização INTRODUÇAO • Objectivo da consultoria: • Conhecer para compreender melhor os acordos regionais ratificados pela Guiné-Bissau para ter uma ideia global do Estado das suas implementações e consequentemente contribuírem no desenvolvimento socioeconómico das zonas transfronteiriças • Metodologia: • A metodologia neste inquérito, foram os “djumbai” nas localidades que são zonas de: São Domingos no norte (nas localidades de Arame e na linha transfronteiriça em Djegui). • Em Bafata a equipa deslocou se até Cambadjo para se enterrar in loco da real situação dos simples viajantes como das bideiras na procura da melhoria dos seus dia-dia. RESULTADOS OBTIDOS • - Principais actores da aplicação dos acordos da Livre Circulação são: A Direcção Geral de Emigração é composta por dois serviços directamente ligados a livre circulação das pessoas: Serviços das Fronteiras e Serviços dos estrangeiros; Nesse serviço, o estudo permitiu constar o seguinte: Falta de controlo do registo diário dos utilizadores da fronteira; Passageiros guineenses pagam 5 mil Fcfa nos postos fronteiriços de Bissau à Dakar; Passageiros estrangeiros pagam no mínimo 3 mil de Fcfa de Mpack à Bissau; Em Cambadju cobra-se 1000 Fcfa aos Senegaleses, e em Salkenhé cobra –se 500 Fcfa; Desrespeito dos funcionários aos princípios da Livre Circulação de Pessoas; Divergências frequentes com os passageiros; Falta de colaboração com o consultor para o fornecimento de dados estatísticos diários dos utilizadores da fronteira; Guarda Fronteiras: excesso de buscas nas cargas dos passageiros; Agentes do Estado nessas localidades facilitam actos de corrupção Incentivam troca de favores e tornam-se mendigos perante alguns passageiros; RESULTADOS OBTIDOS • Direção Geral das Alfândegas • Estrutura estatal mais conhecida ao nível das fronteiras. Ocupa-se essencialmente da busca, controlo das mercadorias a fim de interceptar ou proibir a entrada de mercadorias ilícitas no território nacional. As receitas do orçamento geral do Estado provem de mais de 64% do trabalho das Alfândegas. Segundo as testemunhas recolhidas, os serviços das alfândegas são mal vistos pelos viajantes como dos comerciantes. • Busca abusiva nas mercadorias e cargas dos passageiros e comerciantes; • Controlo aos comerciantes que fogem do fisco na floresta, • Cobranças a certos produtos sem atribuição de facturas; • Disparidade nos critérios de buscas nas cargas em relação ao Senegal, chegando ao ponto de reter pessoas mais de 3 horas. RESULTADOS OBTIDOS • Direcção Geral da Floresta: • Apreensão ou cobrança de todos os produtos de domínio florestal que passam ao nível das fronteiras. Está representada em Bissau no Ministério da Agricultura e tem delegações nas regiões ; • Emissão de certificados sanitários mediante cobranças ilegais; • Inexistência de materiais para controlo de qualidade de produtos; • Apreensão de todos os produtos de origem florestal e marinho; • Cobrança de montantes elevados para certos produtos; • Direcção Geral da Pecuária e Comité do Estado: • Apreensão e cobranças nos produtos pecuários e silva terrestres que transitam ou entram no país. • Estrutura local de cada município, funciona em colaboração com a Direcção Geral da Pecuária mas conhecida pela Veterinária. Deve em princípio ter êxitos após a realização das autarquias. O nome vulgar do Comité de Estado é “Djuti” apelação mais conhecida pela bideiras. CONSIDERAÇOES FINAIS • A circulação de Pessoas e Bens é obstaculizada pelas autoridades. Para além das cobranças serem tantas, há uma disparidade em termos de critérios e falta de transparência em certas nos documentos oficiais emitidos pelo Estado, como é o caso do salvo Conduto ou laissezpassez; • Falta de formação adequada dos diferentes agentes do Estado nas fronteiras em matéria da legislação comunitária; • É notável a falta de coordenação dos diferentes serviços do Estado guineense nas fronteiras, enquanto que no Senegal todas as estruturas obedecem as orientações de um serviço; • Maior organização da parte das bideiras de Cambadju em relação as de São Domingos. • Castanha de caju, como produto estratégico da Guiné-Bissau é proibida o seu transporte em quantidade pelos passageiros; • Comercialização clandestina de castanha de caju causa enormes prejuízo ao Estado da Guiné-Bissau. RECOMENDAÇOES A problemática da livre circulação de pessoas e bens, sendo uma necessidade imperativa para a convivência harmoniosa entre as populações dos países vizinhos, precisa de ser tomar em conta os seguintes aspectos: - Reforço de capacidades • Noção global do número dos actores que vivem e trabalham ao nível das fronteiras da Guiné-Bissau; • Contactos como os actores do Senegal para facilitar a coordenação das acções; • Organizar sessões de formações com os actores recenseados • Formar comité de vigilância na Guiné-Bissau como no Senegal • Criar um quadro de concertação regular com o Senegal. RECOMENDAÇOES • Sensibilização das populações transfronteiriças • Organização de caravanas de sensibilização: São Domingos até Ziguinchor; de Cambadju até Salikenhe: • Incitação que a parte senegalesa faça a mesma sensibilização três meses depois; • Constituição de observatórios de vigilância; • Convite as autoridades para participarem nas caravanas; • Organização do 1º ano uma semana temática em São Domingos ou Cambadju com a participação efectiva do Senegal e a delegação da Gâmbia como observadora: • Organização de debates públicos entre todos actores; • Organização de actividades lúdicas, teatrais e desportivas entre as diferentes delegações nacionais e dos actores implicados