Laboratórios das escolas portuguesas longe de respeitarem
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Laboratórios das escolas portuguesas longe de respeitarem
Sindicato dos Professores da Região Centro www.sprc.pt CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO E QUALIDADE DO INVESTIMENTO DO GOVERNO EM LABORATÓRIOS ESCOLARES Laboratórios das escolas portuguesas longe de respeitarem todas as regras de segurança. Equipamento e materiais aquém das necessidades. A qualidade dos equipamentos, as deficiências na segurança e a adequação de mudanças às exigências curriculares dos laboratórios, particularmente de química, são algumas das preocupações que o SPRC coloca às escolas com ensino secundário, mas não só. Hoje, conhecido o Orçamento destinado ao Ministério da Educação, e as restrições que dele decorrem, de que se destaca a redução global da despesa de funcionamento em 5,5%, se já era difícil fazer com que as verbas existentes fossem suficientes, com o corte nos orçamentos das escolas, tudo será muito mais complicado. O Orçamento de Estado imposto aos portugueses, através do acordo entre PS e PSD, que leva à redução de cerca de 800 milhões de euros no orçamento do Ministério da Educação coloca uma nova preocupação: as medidas correctivas das anomalias detectadas, designadamente através deste estudo, estarão comprometidas, prolongando, assim, no tempo a falta de condições adequadas de segurança nos laboratórios das escolas portuguesas. A importância deste trabalho é relevada pelo elevado número de respostas obtidas, envolvendo cerca de 46% das escolas da região centro (EBI, EB23, EB23/Secundário, Secundárias/3.ºCEB e Secundárias) e pelo interesse que este estudo despertou entre os docentes quanto à necessidade de determinar as condições de funcionamento destes equipamentos e as formas de responder positivamente a exigências de segurança que lhes devem estar atribuídas. O facto de muitas escolas do ensino básico terem aderido está relacionado com a utilização de reagentes e a possibilidade de ocorrência de acidentes. Neste sentido, é geral a opinião de que a precocidade da adopção de regras de segurança é uma boa atitude para prevenir problemas no futuro. Para o efeito, foi feito um questionário utilizado pelo SPRC, para a região centro do país, e enviado aos órgãos de gestão e aos coordenadores dos departamentos curriculares das escolas com ensino secundário, com o objectivo de ter uma informação completa da actual situação, em todas as escolas. Este trabalho de recolha de informação decorreu durante o ano de 2010 e envolveu dirigentes e delegados sindicais que, para o efeito, apoiaram, sempre que necessário, as estruturas escolares de quem se obteve uma preciosa colaboração neste levantamento. Do levantamento realizado e que tem uma cobertura da generalidade das escolas da região, com ensino secundário, confirmaram-se as suspeitas relativamente a regras elementares de segurança que não são garantidas. As causas podem encontrar-se (1) em espaços a que falta afectar os recursos necessários, (2) nas novas condições que mantêm velhos problemas, mas também (3) na não verificação periódica ou na inexistência de medidas preventivas. No futuro, pretende-se que o Ministério da Educação prossiga a adopção de medidas de base para que os laboratórios das escolas sejam espaços seguros com as condições adequadas para a sua utilização, para os objectivos a que estão destinados, assumindo as suas responsabilidades, designadamente através da revisão do Manual de Manutenção, Utilização e Segurança nas Escolas Ministério da Educação, 2.ª edição, Julho de 2003 http://www.sg.min-edu.pt/docs/seg_esc_manual_util.pdf o qual, constituindo uma evolução significativa em matéria de orientação para as escolas, é claramente insuficiente, designadamente em matéria de laboratórios escolares, espaços desportivos e oficinas, onde existe, potencialmente, uma perigosidade especial. Escolas da Parque Escolar não escapam aos problemas Segundo o SPRC apurou junto de docentes que acompanharam de perto o processo de implementação dos novos laboratórios das Escolas construídas ou intervencionadas pela Parque Escolar, os laboratórios destas escolas secundárias estão desajustados quanto à realidade actual e desqualificam e menorizam este nível de ensino, particularmente as ciências experimentais. De entre os problemas detectados salienta-se o facto de não se tratarem de laboratórios em que se realizam actividades lectivas, mas sim, indevidamente, salas de aula em que se realiza actividade laboratorial. Assim: • as infra-estruturas de água e electricidade estão encostadas à parede, sem espaço para os equipamentos laboratoriais; • não possuem equipamentos activos de segurança; • no caso em que os equipamentos de segurança existem, ao serem instalados em anexos impedem a sua utilização em aula, retirando-lhes toda a utilidade que poderiam ter. Mas as críticas não param por aqui e dirigem-se, também, ao design dos equipamentos (salas e edifícios) que é apresentado como contra-producente. A própria adopção do modelo é feita a partir de utilizações importadas de autênticas salas de ciências naturais para o ensino básico e não de espaços laboratoriais. A zona central das salas está totalmente desprovida de infra-estruturas laboratoriais e os equipamentos que garantem a manipulação segura dos reagentes ou não existem ou foram relegados para anexos (chuveiro de emergência, lava-olhos, equipamento de exaustão localizada – hotes). Uma solução que é apresentada como forma de garantir maior flexibilidade (mesas e cadeiras móveis), permitindo configurações diferentes para cada tipo de aula, no fundo, apenas criará mais dificuldades ao/à professor/a, cuja força física será determinante para garantir a arrumação da sala em cada aula, ao mesmo tempo que agrava a perigosidade: os fios eléctricos passam a ficar estendidos pelo chão e o facto de não haver, na zona central, bancadas fixas ao chão retira segurança á utilização do material. Ainda em relação a mobiliário os “novos” laboratórios não terão espaços reservados para guardar equipamentos básicos como balanças, estufas ou destiladores, entre outros. Como refere um depoimento que nos chegou de um professor do ensino secundário, “é difícil esconder o desajuste das propostas da parque Escolar à realidade do nosso ensino secundário, aos seus programas e à sua estrutura curricular.” É NECESSÁRIO CORRIGIR ANOMALIAS. OS PROFESSORES DEVEM SER OUVIDOS. Perante um retrato tão negro quanto foi possível apurar, fosse no contacto directo com docentes das áreas disciplinares indicadas, fosse através do questionário distribuído, importa um outro olhar mais responsável em relação a equipamentos cuja perigosidade deve estar na mira de todas as medidas possíveis para salvaguardar a integridade física de professores, alunos e restantes funcionários das escolas. Na verdade isso não aconteceu num número estabelecimentos de ensino. Por isso, o SPRC defende: excessivamente elevado de A verificação no terreno das anomalias detectadas e a tomada de decisões que visem a sua correcção; A actualização de manuais de instruções e das regras indispensáveis de segurança; A entrega a cada escola de um kit de aviso e segurança, de acordo como o que se encontra estipulado nos programas de ensino dos ensinos básico e secundário; O reequipamento adequado dos espaços laboratoriais, com a integração do equipamento de segurança cujas escolas reivindicam; A constituição de um Observatório para as Condições de Funcionamento das Escolas, com particular incidência naqueles espaços cuja perigosidade é elevada, tais como oficinas, ginásios e pavilhões gimno-desportivos, laboratórios… O SPRC considera que todas as medidas para garantir a funcionalidade e segurança dos laboratórios são poucas, quando se trata de escolas, constituindo tal opção parte integrante de uma estratégia educativa e formativa muito relevante. SEGUE-SE O ESTUDO>>>>> B. FICHA TÉCNICA DO ESTUDO Número total Escolas (EB2/3, EB2/3+S, Sec e Sec c/3.ºCEB): 277. N.º Escolas que constituíram a amostra: 127 (46%) Distribuição Regional: Inquéritos recolhidos em escolas dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu Recolha de dados: Através de questionário que foi respondido pelas direcções dos agrupamentos de escolas e/ou por coordenador de departamento curricular de ciências da terra e da vida ou com identificação similar. Trabalho de campo: Realizado no 1.º semestre de 2010 Trabalho de tratamento e análise: Realizado em Setembro e Outubro de 2010. Responsabilidade pelo trabalho de análise e tratamento técnico: Direcção do SPRC Divulgação: Comunicado de imprensa; Edição online em http://www.sprc.pt; Entrega no Ministério da Educação/Direcção Regional de Educação do Centro; Envio para grupos parlamentares e para a Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República; Inspecção-Geral de Educação; DECO, CONFAP, CNIPE, CGTP-IN, FNSTFP; Internacionais (Internacional de Educação, ONU e UNESCO). Suporte técnico do estudo: O estudo que agora se apresenta foi suportado em questionário distribuído em escolas secundárias e escolas com ensino secundário. Os dados do questionário foram lançados e tratados em base de dados suportada pelo programa informático “FileMaker Pro 9.0”. Aspectos considerados: a) Existência de mobiliário apropriado e a sua colocação e localização correctas b) Existência de equipamento de segurança para a realização das actividades c) Existência de equipamento de segurança de emergência. d) Condições físicas dos laboratórios para as actividades e) Condições físicas dos laboratórios de emergência f) Recomendações C. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA Quadro 1 Questionários recolhidos por tipologia de escola (totais) ESCOLAS Distrito EB 2/3 + EBI EB 2/3 + SEC SEC C/ 3.º CEB SECUNDÁRIAS N.º % N.º % N.º % N.º % TOTAL % Aveiro 12 34,29% 0 0,00% 21 60,00% 2 5,71% 35 100% Castelo Branco 17 51,52% 6 18,18% 10 30,30% 0 0,00% 33 100% Coimbra 18 31,03% 7 12,07% 12 20,69% 21 36,21% 58 100% Guarda 4 36,36% 4 36,36% 1 9,09% 2 18,18% 11 100% Leiria 16 33,33% 11 22,92% 15 31,25% 6 12,50% 48 100% Viseu 34 55,74% 12 19,67% 15 24,59% 0 0,00% 61 100% TOTAL 101 41,06% 40 16,26% 74 30,08% 31 12,60% 246 100% Quadro 2 Questionários recolhidos em escolas com ensino secundário Distrito EB 2/3 + SEC SEC C/ 3.º CEB SECUNDÁRIAS N.º % N.º % N.º % TOTAL % Aveiro 0 0,00% 21 91,30% 2 8,70% 23 100% Castelo Branco 6 37,50% 10 62,50% 0 0,00% 16 100% Coimbra 7 17,50% 12 30,00% 21 52,50% 40 100% Guarda 4 57,14% 1 14,29% 2 28,57% 7 100% Leiria 11 34,38% 15 46,88% 6 18,75% 32 100% Viseu 12 44,44% 15 55,56% 0 0,00% 27 100% TOTAL 40 27,59% 74 51,03% 31 21,38% 145 100% Quadro 3 Escolas (totais) ESCOLAS Distrito EB 2/3 + EBI EB 2/3 + SEC SEC C/ 3.º CEB SECUNDÁRIAS N.º % N.º % N.º % N.º % TOTAL % Aveiro 9 50,00% 0 0,00% 8 44,44% 1 5,56% 18 100% Castelo Branco 11 61,11% 3 16,67% 4 22,22% 0 0,00% 18 100% Coimbra 12 42,86% 3 10,71% 6 21,43% 7 25,00% 28 100% Guarda 3 37,50% 3 37,50% 1 12,50% 1 12,50% 8 100% Leiria 11 42,31% 6 23,08% 6 23,08% 3 11,54% 26 100% Viseu 16 55,17% 6 20,69% 7 24,14% 0 0,00% 29 100% TOTAL 62 48,82% 21 16,54% 32 25,20% 12 9,45% 127 100% C. AVALIAÇÃO DA AMOSTRA A amostra é representativa das escolas da região centro, já que cobre, percentualmente uma parte significativa do parque escolar: 41% dos estabelecimentos de ensino do distrito de Aveiro; 55% dos estabelecimentos do distrito de Castelo Branco; 44% do distrito de Coimbra; 27% do distrito da Guarda; 59% do distrito da Leiria e 45% de Viseu. Todas as respostas foram dadas com recurso aos docentes das escolas, dos respectivos departamentos, delegados sindicais ou directores destes estabelecimentos de ensino, portanto, com conhecimento da realidade particular de cada um, no terreno. A amostra em relação ao ensino secundário é muito significativa e representa cerca de 56% do total de escolas com ensino secundário da região, atingindo, por isso, largamente, um número de questionários que confere credibilidade aos resultados que apresentamos. D. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS CARACTERIZAÇÃO GERAL DA SITUAÇÃO Quadro 3 - Chuveiro de emergência NO LABORATÓRIO Tip. Escolas EB 2/3 + EBI Secundári a c/Ens. Sec. Totais Total Sim (%) Não (%) 101 8 7,90% 91 90,10% 145 24 16,60% 246 32 13,00% NO ANEXO Não Resp. Sim (%) Não (%) 2 2 1,98% 114 78,62% 7 205 83,33% 9 N/ FUNCIONA Não Resp. Não Existe Lab. Anexo 81 80,20% 9 9 3 1 6 4,14% 103 71,03% 10 26 2 1 8 3,25% 184 74,80% 19 35 5 2 Quadro 4 - Lava-olhos (de água corrente e com torneira de accionamento rápido) NO LABORATÓRIO Tip. Escolas EB 2/3 + EBI Secundári a c/Ens. Sec. Totais Total Sim (%) Não (%) 101 34 33,70% 64 63,37% 145 53 36,60% 246 87 35,40% NO ANEXO Não Resp. Sim (%) Não (%) 3 17 16,83% 88 60,69% 4 152 61,79% 7 N/ FUNCIONA Não Resp. Não Existe Lab. Anexo 61 60,40% 14 9 8 3 19 13,10% 94 64,83% 6 26 6 3 36 14,36% 155 63,01% 20 35 14 6 Quadro 5 - Caixa/armário de primeiros-socorros NO LABORATÓRIO Tip. Escolas EB 2/3 + EBI Secundári a c/Ens. Sec. Totais Total Sim (%) Não (%) 101 30 29,70% 56 55,45% 145 72 49,70% 246 102 41,50% NO ANEXO Não Resp. Sim (%) Não (%) 15 33 32,67% 64 44,14% 9 120 48,78% 24 N/ FUNCIONA Não Resp. Não Existe Lab. Anexo 40 39,60% 19 9 2 4 48 33,10% 56 38,62% 15 26 5 5 81 32,93% 96 39,02% 34 35 7 9 Quadro 6 - Hotes c/ ventilação forçada para o exterior NO LABORATÓRIO Tip. Escolas Total Sim (%) Não (%) EB 2/3 + EBI 101 Secundária c/Ens. Sec. 145 Totais 246 NO ANEXO Não Resp. 29 71 28,70% 70,30% 62 80 42,80% 55,17% 91 151 37,00% 61,38% 1 3 4 Sim (%) Não (%) 2 1,98% 12 8,28% 14 5,69% 82 81,19% 101 69,66% 183 74,39% N/ FUNCIONA Não Resp. Não Existe Lab. Anexo 8 9 3 0 6 26 9 2 14 35 12 2 Quadro 7 - Hotes fixas com filtro ou portáteis com filtro ou c/ ventilação forçada para o exterior NO LABORATÓRIO Tip. Escolas EB 2/3 + EBI Secundári a c/Ens. Sec. Totais Total Sim (%) Não (%) 101 10 9,90% 88 87,13% 145 25 17,20% 246 35 1420% NO ANEXO Não Resp. Sim (%) Não (%) 3 0 0,00% 113 77,93% 7 201 81,71% 10 N/ FUNCIONA Não Resp. Não Existe Lab. Anexo 83 82,18% 9 9 0 0 5 3,45% 110 75,86% 4 26 1 0 5 2,03% 193 78,46% 13 35 1 0 Quadro 8 - Laboratório com ventilação adequada NO LABORATÓRIO Tip. Escolas EB 2/3 + EBI Secundári a c/Ens. Sec. Total Sim (%) Não (%) 101 63 62,40% 31 30,69% 145 113 77,90% Totais 246 176 71,50% NO ANEXO Não Resp. Sim (%) Não (%) Não Resp. Não Existe Forçada 7 31 30,69% 54 53,47% 7 9 9 30 20,69% 2 70 48,28% 44 30,34% 5 26 68 61 24,80% 9 101 41,06% 98 39,84% 12 35 77 “Em laboratórios de química, oficinas, etc., onde produtos de grande toxicidade ou explosividade são utilizados, devem ser tomadas medidas específicas de ventilação para além das habituais. Sempre que a ventilação natural não assegure suficiente renovação de ar, os espaços destinados a cozinha, bufete, despensas interiores, reprografias, arquivos interiores, auditório, laboratórios, oficinas, balneários e instalações sanitárias interiores devem ser dotados de ventilação forçada.” Manual de Manutenção, Utilização e Segurança nas Escolas Ministério da Educação, 2.ª edição, Julho de 2003 Quadro 9 - Bancadas centrais NO LABORATÓRIO SIM (%) NÃO (%) Tip. Escolas Total EB 2/3 + EBI Secundári a c/Ens. Sec. Totais NO ANEXO Não resp . SIM (%) Ag/Esg 16 94,12% Electr. 10 58,82% Gás 3 17,65% 82 81,19% 2 10 87 66 75,86% 65 74,71% 33 37,93% 56 38,62% 2 104 82 78,85% 75 72,12% 36 64,62% 138 56,10% 4 17 Total NÃO (%) Não resp . Não existe Ag/Esg 8 80,00% Electr. 2 20,00% Gás 0 0,00% 76 75,25% 6 9 13 8 61,54% 5 38,46% 0 0,00% 106 73,10% 0 26 23 16 69,57% 7 30,43% 0 0,00% 182 73,98% 6 35 Quadro 10 - Bancadas laterais Tip. Escolas EB 2/3 + EBI Secundári a c/Ens. Sec. Totais Total NO LABORATÓRIO SIM (%) NÃO (%) Ag/Esg Electr. Gás NO ANEXO Não resp . Total SIM (%) Ag/Esg Electr. Gás NÃO (%) Não resp . Não existe 75 88,24% 54 63,53% 0 0,00% 11 10,89% 5 62 55 88,71% 31 50,00% 1 1,61% 25 24,75% 5 9 127 99 77,95% 78 61,42% 7 5,51% 16 11,03% 2 86 73 84,88% 49 56,98% 7 8,14% 33 22,76% 0 26 212 174 82,08% 132 62,26% 7 3,30% 27 10,98% 7 148 128 86,49% 80 54,05% 8 5,41% 58 23,58% 5 35 Não resp . Não existe 85 Quadro 11 - Mantas anti-incêndio/ignifuga Tip. Escolas Total NO ANEXO Não resp . SIM (%) Fibra Lã Total Outro NÃO (%) 42 10 23,81% 12 28,57% 11 26,19% 56 55,45% 3 24 5 20,83% 7 4 29,17% 16,67% 61 60,40% 7 9 76 21 27,63% 34 44,74% 10 13,16% 66 45,52% 3 25 4 16,00% 9 5 36,00% 20,00% 90 62,07% 4 26 118 31 26,27% 46 38,98% 21 17,80% 122 49,59% 6 49 9 18,37% 16 9 32,65% 18,37% 151 61,38% 11 35 EB 2/3 + EBI Secundári a c/Ens. Sec. Totais NO LABORATÓRIO SIM (%) NÃO (%) Fibra Lã Outro Quadro 12 - Acessos/Saídas de emergência NO LABORATÓRIO Tip. Escolas Total EB 2/3 + EBI 101 Secundária c/Ens. Sec. 145 Totais 246 Sim (%) Não (%) 30 29,70% 89 61,38% 119 48,37% 66 65,35% 53 36,55% 119 48,37% NO ANEXO Não Resp. 5 3 8 Sim (%) Não (%) 29 28,71% 63 43,45% 92 37,40% 57 26,44% 56 38,62% 113 45,93% Não Resp. Não existe Difícil acesso 6 9 11 0 26 22 6 35 33 “Os caminhos de evacuação (corredores, portas e escadas) devem possuir características tais que permitam uma evacuação rápida e segura dos ocupantes para o exterior do edifício, através de percursos claramente definidos e tão curtos quanto possível. Devem, ainda, estar providos de sinais de segurança normalizados e visíveis, tanto de dia como de noite, de modo a orientarem os ocupantes no sentido da saída do edifício, em caso de sinistro. Todas as portas dispostas ao longo dos caminhos de evacuação devem estar desimpedidas, permitindo a sua fácil e rápida manobra. Nenhuma porta disposta ao longo dos caminhos de evacuação deve ser mantida fechada com chave, durante os períodos de ocupação dos edifícios, e deve poder abrir-se facilmente pelo lado interior.” Manual de Manutenção, Utilização e Segurança nas Escolas Ministério da Educação, 2.ª edição, Julho de 2003 Quadro 13 - Extintores NO LABORATÓRIO Tip. Escolas Total EB 2/3 + EBI 101 Secundária c/Ens. Sec. 145 Totais 245 Sim (%) Não (%) 76 75,25% 118 81,38% 194 78,86% 16 15,84% 24 16,55% 40 16,26% NO ANEXO Não Resp. 9 3 12 Sim (%) 31 30,69% 53 36,55% 84 34,15% Não (%) 47 46,53% 60 41,38% 107 43,50% Não Resp. Não existe 14 9 6 26 20 35 “Os edifícios devem, em regra, ser equipados com extintores da classe de eficácia 8 A, adequadamente distribuídos, à razão de 18 litros de agente extintor padrão por 500 m de área de pavimento do piso em que se situem, com um mínimo de dois, e por forma que a distância a percorrer de qualquer ponto susceptível de ocupação até ao extintor mais próximo não exceda 15 m. Os extintores devem, sempre que possível, ser instalados nas comunicações horizontais, junto às saídas dos pisos, em locais bem visíveis e de acesso fácil, convenientemente sinalizados e colocados de modo a que o seu manípulo fique a cerca de 1,2 m do pavimento. É importante conhecer a localização dos extintores, saber utilizá-los, verificar se o agente de cada extintor é o adequado para o tipo de fogo que é provável ocorrer no local e verificar se estão completamente cheios e com a pressão adequada. Os laboratórios e oficinas devem estar equipados com extintores de incêndio portáteis adequados, prevendo-se outros meios de primeira intervenção, como recipientes com areia e mantas de material incombustível. Os extintores devem ser periodicamente vistoriados e terem aposto o respectivo selo de vistoria” Manual de Manutenção, Utilização e Segurança nas Escolas Ministério da Educação, 2.ª edição, Julho de 2003 Quadro 14 - Armazéns de reagentes NO LABORATÓRIO Tip. Escolas Total EB 2/3 + EBI 101 Secundária c/Ens. Sec. 145 Totais 246 Sim (%) Não (%) 8 7,92% 30 20,69% 38 15,45% 86 85,15% 101 69,66% 187 76,02% NO ANEXO Não Resp. Sim (%) Não (%) 28 27,72% 57 39,31% 85 34,55% 7 14 21 56 55,45% 58 40,00% 114 46,34% Não Resp. Não existe Ventilação Forçada 8 9 2 4 26 0 12 35 2 Quadro 15 - Armários com reagentes NO LABORATÓRIO SIM (%) NÃO (%) Não Total Total Vent. S/vent. Própio Indif. Vent. Tip. resp. forçad forçad s forçad Escolas a a a 1 10 4 15 67 0 EB 2/3 + 28 6 69 EBI 3,57% 35,71% 14,29% 53,57% 66,34% 0,00% Secundári 12 24 9 23 82 16 a c/Ens. 54 9 80 22,22% 44,44% 16,67% 42,59% 56,55% 20,00% Sec. 13 34 13 38 149 16 Totais 82 15 149 15,85% 41,46% 15,85% 46,34% 60,57% 10,74% NO ANEXO SIM (%) S/vent. Própio Indif. forçada s NÃO (%) Não resp . Não existe 34 5 53 0 49,28% 7,25% 76,81% 0,00% 23 9 35 9 49 39 43,75% 11,25% 61,25% 26,90% 0 26 69 14 102 39 46,31% 9,40% 68,46% 15,85% 23 35 Quadro 16 - Recipientes próprios para recolha de resíduos laboratoriais Tip. Escolas EB 2/3 + EBI Secundári a c/Ens. Sec. Totais Total NO LABORATÓRIO SIM (%) NÃO (%) Perig. Vidro Biológ. NO ANEXO Não resp . Total SIM (%) Perig. Vidro 4 100% Biológ. NÃO (%) Não resp . Não existe 3 75,00% 82 81,19% 6 9 9 2 22,22% 7 77,78% 3 33,33% 89 88,12% 3 4 1 25.00% 35 8 22,86% 25 71,43% 7 20,00% 109 75,17% 1 28 4 14,29% 26 4 92,86% 14,29% 91 62,76% 0 26 44 10 22,73% 32 72,73% 10 22,73% 198 80,49% 4 32 5 15,63% 30 7 93.75% 21,88% 173 70,33% 6 35 “A utilização de substâncias inflamáveis, explosivas, corrosivas ou tóxicas, em actividades de ensino ou de investigação, só é permitida em salas de trabalhos práticos, laboratórios, oficinas e respectivas salas de preparação, devendo estar arrumadas em locais a que só os professores tenham acesso. As quantidades de substâncias perigosas existentes naqueles locais não devem exceder as estritamente necessárias para dois dias de funcionamento, não podendo, além disso, a quantidade de líquidos inflamáveis com ponto de inflamação inferior a 55º ultrapassar 10 litros e a de líquidos inflamáveis com ponto de inflamação igual ou superior a 55º ultrapassar 150 litros. Excedendo aquelas quantidades, as substâncias perigosas devem ser depositadas em locais próprios. A eliminação de reagentes perigosos e não degradáveis, por processos naturais ou outros, deve ser feita de acordo com as instruções fornecidas pelas entidades competentes na área da protecção do ambiente. Não é permitida a existência, mesmo que temporária, de garrafas de gases de petróleo liquefeito no interior de locais destinados aos alunos” Manual de Manutenção, Utilização e Segurança nas Escolas Ministério da Educação, 2.ª edição, Julho de 2003 E. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA SITUAÇÃO NAS EB 2/3 E EBI Laboratórios de Biologia, Geologia e Ciências Naturais É entendimento da FENPROF que devem ser garantidas as seguintes condições nos laboratórios para o ensino nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico: - Bancadas laterais com água, esgoto e electricidade; - Extintores de incêndio no interior dos laboratórios; - Caixa ou armário de primeiros socorros completos e nas adequadas condições de validade; - Ventilação adequada forçada ou não; - Saídas de emergência devidamente sinalizadas; - Mantas anti-incêndio; - Armários de reagentes específicos para essa utilização e devidamente ventilados; - Os reagentes devem ser devidamente etiquetados com a sinalização adequada de “corrosivo”, “tóxico”, “nocivo” e “comburente”, com os respectivos pictogramas, conforme exemplo de Pictograma e indicações de perigo de substâncias químicas; - No armário de reagentes ou noutro armário ou estante do laboratório deve constar um dossier, devidamente identificado, contendo uma ficha de segurança de cada um dos reagentes existentes no armário respectivo; - Para além das condições acima referenciadas, é aconselhável a existência de caixas de areia junto às bancadas bem como recipientes próprios para recolha de resíduos laboratoriais, designadamente para vidro partido e resíduos biológicos Devem ser aprovados, mediante proposta do departamento curricular respectivo e do conselho pedagógico um regulamento de utilização dos laboratórios que contenha: - Regras de utilização do laboratório, dos equipamentos, instrumentos e manipulação de reagentes e resíduos laboratoriais, incluindo, Regras Básicas de Segurança no Laboratório; - Medidas de emergência, em situação de acidente que ponha em risco a integridade física de indivíduos e em situação de acidente em risco a integridade física do edifício ou das pessoas que estiverem no local, incluindo uma lista de contactos em situação de urgência - Plano de evacuação e esquema colocado estrategicamente em local visível por todos, dentro e fora da instalação laboratorial “Os responsáveis pela segurança contra incêndio dos estabelecimentos de educação e de ensino devem promover e coordenar a elaboração dos planos de prevenção e de emergência, em colaboração com o Serviço Municipal de Protecção Civil e os Bombeiros da área em que se situam os edifícios que lhes estão afectos. Todo o pessoal do estabelecimento de educação ou de ensino deve estar em condições de utilizar correctamente os meios de primeira intervenção e os seus sistemas de alarme e de alerta. Para o efeito, a direcção do estabelecimento deve promover, pelo menos duas vezes por ano, a participação do pessoal em acções de instrução e treino, destinadas a habilitá-lo quanto à forma de actuação em caso de sinistro e ao adequado manuseamento dos meios de intervenção, alarme e alerta, bem como nos exercícios de evacuação do edifício coordenados pelos Serviços Municipais de Protecção Civil” Manual de Manutenção, Utilização e Segurança nas Escolas Ministério da Educação, 2.ª edição, Julho de 2003 F. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA SITUAÇÃO NAS ESCOLAS COM ENSINO SECUNDÁRIO Laboratórios de Física, Química, Biologia e Geologia F1. CONDIÇÕES BÁSICAS DE FUNCIONAMENTO Nos laboratórios das escolas com ensino secundário deverá ter-se presente a existência das seguintes condições básicas de funcionamento: Laboratório de Química - Chuveiro de emergência no espaço destinado à realização de actividades - Lava-olhos de emergência (de água corrente e com torneira de accionamento rápido) - Caixa ou armário de primeiros socorros completos e nas adequadas condições de validade; - Hotes com ventilação forçada para o exterior - Hotes fixas com filtro ou portáteis (com filtro ou com ventilação forçada para o exterior) - Ventilação adequada forçada ou não; - Bancadas centrais (com água, esgoto, electricidade e gás) - Bancadas laterais (com água, esgoto, electricidade e gás); - Extintores de incêndio no interior dos laboratórios; - Mantas anti-incêndio/ignifuga; - Acessos/Saídas de emergência devidamente sinalizadas; - Extintores; - Armazém de reagentes, devidamente ventilado; - Armários de reagentes específicos para essa utilização e adequadamente ventilados; - Para além das condições acima referenciadas, é aconselhável a existência de caixas de areia junto às bancadas bem como recipientes próprios para recolha de resíduos laboratoriais, designadamente para vidro partido e resíduos biológicos; - Os reagentes devem ser devidamente etiquetados com a sinalização adequada de “corrosivo”, “tóxico”, “nocivo” e “comburente”, com os respectivos pictogramas, conforme exemplo de Pictograma e indicações de perigo de substâncias químicas; - No armário de reagentes ou noutro armário ou estante do laboratório deve constar um dossier, devidamente identificado, contendo uma ficha de segurança de cada um dos reagentes existentes no armário respectivo; Laboratório de Física - Caixa ou armário de primeiros socorros completos e nas adequadas condições de validade; - Bancadas centrais (com água, esgoto, electricidade e gás) - Bancadas laterais (com água, esgoto, electricidade e gás); - Extintores de incêndio no interior dos laboratórios; - Mantas anti-incêndio/ignifuga; - Acessos/Saídas de emergência devidamente sinalizadas; - Extintores; Laboratório de Biologia/Geologia - Chuveiro de emergência no espaço destinado à realização de actividades - Lava-olhos de emergência (de água corrente e com torneira de accionamento rápido) - Caixa ou armário de primeiros socorros completos e nas adequadas condições de validade; - Ventilação adequada forçada ou não; - Bancadas centrais (com água, esgoto, electricidade e gás) - Bancadas laterais (com água, esgoto, electricidade e gás); - Extintores de incêndio no interior dos laboratórios; - Mantas anti-incêndio/ignifuga; - Acessos/Saídas de emergência devidamente sinalizadas; - Extintores; - Armazém de reagentes, devidamente ventilado; - Para além das condições acima referenciadas, é aconselhável a existência de caixas de areia junto às bancadas bem como recipientes próprios para recolha de resíduos laboratoriais, designadamente para vidro partido e resíduos biológicos - Os reagentes eventualmente utilizados devem ser devidamente etiquetados com a sinalização adequada de “corrosivo”, “tóxico”, “nocivo” e “comburente”, com os respectivos pictogramas, conforme exemplo de Pictograma e indicações de perigo de substâncias químicas; - No armário de reagentes ou noutro armário ou estante do laboratório deve constar um dossier, devidamente identificado, contendo uma ficha de segurança de cada um dos reagentes existentes no armário respectivo. BIBLIOGRAFIA: Guia de Segurança no Laboratório de Química, Mariette M. Pereira, Teresa M. Roseiro Estronca, Rui Miguel D. R. Nunes, Departamento de Química da FCTUC, 2006 https://woc.uc.pt/quimica/genericpagefiles/GUIA_Seguranca.pdf Manual de Manutenção, Utilização e Segurança nas Escolas, Ministério da Educação, 2.ª edição, Julho de 2003 http://www.sg.min-edu.pt/docs/seg_esc_manual_util.pdf