Edição nº 28

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Edição nº 28
Ano VIII
nº 28
Março/2012
Cancro-Bacteriano
do tomate:
ETIOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA E MEDIDAS DE MANEJO
Horge Hasegawa,
Responsável pelo Desenvolvimento Tecnológico de Tomates
O
cancro-bacteriano do tomate é causado pela bactéria Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis
(Smith) Davis et al. e causa perdas significativas em
condições de campo pelo seu caráter extremamente agressivo e
destrutivo. Na recente safra 2011/2012 de tomate, determinadas
regiões constataram altas perdas na produtividade e na qualidade
dos frutos devido à ocorrência generalizada da doença.
A importância do cancro-bacteriano, todavia, está em suas
características epidemiológicas, resultando em sérias implicações
à sustentabilidade da cadeia produtiva de tomate. O patógeno
pode sobreviver em hospedeiros alternativos e voluntários, nas
sementes, no solo, em restos de cultura, em tigüeras de tomate
e em estacas de bambu, arame e fitilhos. O inóculo pode sobreviver em estacas de bambu por até 100 dias, período em que pode
efetivamente inocular plantas sadias em caso de reutilização
(MIGUEL-WRUCK et al. , 2001). Fatmi e Schaad (2002) comprovaram que a sobrevivência do Clavibacter michiganensis subsp.
michiganensis em restos de cultura infectados poderia chegar a
314 dias em condições naturais.
O inóculo do agente causal pode ser disseminado pela água
de irrigação, quando não-localizada, por respingos de chuva e
práticas culturais, como desbrota, amarração e colheita. Biologicamente, a utilização de sementes de tomate contaminadas,
provenientes de origens duvidosas, é um importante meio de disseminação. Entretanto, com a adoção de sementes de elevado nível tecnológico, o risco de surtos de cancro-bacteriano originados
pela semente como inóculo primário é mínimo ou nulo, visto que a
ausência do agente etiológico nas sementes é condição sine qua
non para a indústria de sementes.
A infecção das plantas de tomate ocorre principalmente por
meio de feridas, e é seguida por uma invasão dos tecidos do xilema, que estabelece uma condição de doença vascular sistêmica,
causando sintomas de murcha. Os sintomas característicos na
planta são a queima de bordos dos folíolos, o escurecimento dos
vasos e um escurecimento em forma de ferradura na inserção do
pecíolo, quando seccionado transversalmente. Nos frutos, quando
a infecção é localizada, aparecem pintas escuras com halo esbranquiçado, configurando uma aparência de olho-de-perdiz. Em
estágios mais avançados da doença, há queda de frutos e morte
das plantas.
Começa o plantio da
safra de inverno
Medidas de manejo do cancro-bacteriano:
As principais medidas de manejo do cancro-bacteriano se
baseiam na exclusão e na redução do inóculo inicial e na evasão
de áreas com histórico da doença. São elas:
Utilização de sementes de origem conhecida e mudas provenientes de viveiristas fitossanitariamente responsáveis.
Fuga de plantio em locais com histórico da doença. Alguns
pesquisadores consideram que um pousio de 3 anos seria recomendado.
Restrição do trânsito de pessoas, animais, máquinas e automóveis de áreas afetadas para áreas sadias.
Isolamento de áreas com ocorrência da doença.
Substituição de estacas e arames provenientes de campos
infectados ou utilização de sistema de tutoramento com fitilhos
novos.
Controle químico: a utilização de produtos
fitossanitários pode reduzir a população
O semeio da safra de inverno começa em
março e os produtores precisam decidir em
quais cultivares irão investir. É uma decisão
estratégica, pois dela dependerá o resultado
final da safra. Com base nas variações
climáticas, as demandas de um mercado
cada vez mais exigente e os altos custos da
lavoura, o produtor profissional é obrigado,
a cada ano, a escolher com mais critério
qual a semente adequada para seu cultivo
de inverno. Selecionamos algumas opções
indicadas especificamente para esse período.
quando presente no filoplano, mas é ineficiente quando a colonização atinge o nível vascular. Para sistemas de tutoramento,
Miguel-Wruck et al. (2006) avaliaram diversas formas de tratamento de estacas de bambu, infestadas artificialmente com C.
michiganensis subsp. michiganensis, visando a sua erradicação,
de forma a propiciar a reutilização deste material em novos plantios. Os tratamentos das estacas com hipoclorito de sódio a 2%,
apesar de não erradicarem a bactéria, reduziram a sua população
a níveis muito baixos. Novos produtos à base de dióxido de cloro
também são indicados para essa finalidade.
Págs. 4 e 5
08
Semente | Março/2012
Negócios:
O jornal Semente é uma publicação quadrimestral da Seminis - uma marca da Divisão
de Hortaliças da Monsanto. Tiragem de 5 mil exemplares e distribuição gratuita ao setor
de produção de hortaliças.©2012 Monsoy Ltda. Todos os direitos reservados. É permitida
a reprodução de textos, desde que citada a fonte, e de fotos somente com autorização da
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Produção: Comunicativa – Tel: (19) 3256 4863 www.clicknoticia.com.br
Jornalista responsável: Cibele Vieira (MTb 14.015/SP)
Reportagens: Amanda Oliveira (MTb 14.170/MG)
Diagramação: Cristiane Paganato - Impressão: Silvamarts
Fotos: Arquivo Monsanto Hortaliças
Tecnologia
Quando o assunto é tomate, a
solução está aqui. Opções para
diferentes mercados
Pág. 7
Sanidade
Cancro-bacteriano causa
perdas de tomate.
Saiba como prevenir
Pág. 8
Mudanças no visual
e nas estratégias
de negócios.
É o novo desafio
Seminis
Pág. 2
Presença
no Campo
E
sta primeira edição de 2012
revela algumas novidades
que evidenciam uma Seminis
renovada. Quando assumi o cargo de
gerente, em outubro do ano passado,
a empresa encerrava um balanço
positivo de trabalho e superação de
desafios. Vimos o resultado do estreitamento das relações com o mercado, por meio do fortalecimento do
sistema de distribuição e a entrega de
um pacote tecnológico com oportunidades aos clientes e benefícios aos
consumidores.
Boa parte do esforço da empresa estava voltado para identificar
novos produtos capazes de trazer
rentabilidade e segurança aos nossos
agricultores, e essa fase foi bastante
produtiva. Agora, o foco deste e dos
próximos anos será em fortalecer o
relacionamento com os agricultores,
oferecendo serviços diferenciados
que realmente atendam as suas necessidades. Estas duas ferramentas,
produtos e serviços, serão a base do
reconhecimento da marca SEMINIS.
Nessa linha, os produtores podem contar com uma equipe de atendimento no campo mais motivada e
comprometida com os resultados de
seus clientes, além de uma presença mais ativa no campo, por meio de
eventos regionais, visitas técnicas e
experimentações. Este é o novo desafio da Seminis, que começa o ano
com visual renovado e novas estratégias de negócios.
Conte com nossa parceria para
encontrar o melhor solução, o produto
mais adequado e a orientação técnica mais presente. Nossos agricultores alimentam o mundo e merecem
o melhor.
Eng. Agr. Fernando Aranda
Gerente de Marketing
da Seminis
02
Semente | Março/2012
Seminis reforça
estratégias de negócios
O
novo logotipo da marca Seminis, que a partir de março estará
estampado em todos os materiais da empresa, significa muito
mais que uma padronização visual. A mudança reflete uma nova
estratégia de negócios adotada mundialmente pela empresa, que quer
reforçar sua cadeia de valores com base nos conceitos de liberdade,
confiança, colaboração e renovação. O trabalho de uniformização visual
das publicações, banners, folhetos, site, apresentações, papelaria e embalagens será finalizado até junho.
O desenho de três folhas incluídas sobre o nome Seminis representa
os conceitos de liberdade, crescimento e confiança. As promessas da
marca são de parceria no sentido de escutar e entender seus clientes,
trabalhar para entregar soluções eficientes e aprimorar a confiança das
relações. Para isso, promoveu no início do ano uma série de treinamentos
internos e organizou uma agenda anual de eventos no campo, além de
afinar o foco em situações regionais que permitirão aos produtores produzir com menos riscos e ampliar os negócios.
Manejo diferenciado de condução
aumenta produtividade no Paraná
P
ara garantir a sustentabilidade dos produtores da região
de Reserva (PR), cinco diferentes técnicas de tutoramento do tomate Compack têm sido testadas. A ação
faz parte do projeto Tomate +, desenvolvido pela Tecseed - distribuidora dos produtos Seminis na região - que tem como desafio
aumentar a produtividade local.
Os tipos de tutoramento usados no manejo do tomate Compack são: estaca única sem arame (2,10m de altura), capela (2,30
de altura), capela com estaca desencontrada (2,30m de altura),
tutoramento com fitilho (2,10m de altura) e mexicano (sistema
check utilizado na região, com 1,80m de altura e espaçamentos
de 50cm e 70cm entre plantas). Eles tem o objetivo de explorar o
máximo potencial genético da cultivar.
Segundo Juliano Grossi, Coordenador
da equipe de Desenvolvimento Tecnológico da Tecseed, “como o tomate
Compack é uma cultivar de ponteiro, estamos aumentando a altura
da condução passando de 10 pencas
- comum na região - para 14 a 15 pencas, com ganho aproximado de 40% a 50% na produção”. Grossi destaca que além
de aumentar a altura de condução das plantas, e explorar
uma das boas características da cultivar, que é o ponteiro,
também está sendo realizada uma nutrição balanceada para
amenizar os problemas decorrentes das variações climáticas
da região.
LIBERDADE
CONFIANÇA
CRESCIMENTO
COLABORAÇÃO
Sistema de capela
Sistema de estaca única sem arame
Sistema de fitilho
Fertirrigação ajuda no resultado
O conceito de confiança na marca também será reforçado por meio de
oportunidades de experiências junto aos produtores, ou seja, as visitas
técnicas, os materiais de apoio, as trocas de informações e os testes
de campo serão potencializados. “Nossos agricultores assumem riscos,
enfrentam desafios e se deparam com o inesperado, por isso precisam
de uma marca forte, que ofereça serviços e produtos de confiança e seja
comprometida com o sucesso de seu cliente”, ressalta Juliana Manco,
analista de Desenvolvimento de Negócios da Seminis no Brasil.
A mudança de logotipos abrangeu também a marca De Ruiter, do
mesmo Grupo, mas voltada para os cultivos protegidos de ambiente controlado. No Brasil os agricultores terão contato com esta marca apenas
com os porta-enxertos, uma vez que suas atividades são mais fortes no
mercado Europeu. Em relação aos produtos, a principal mudança é que
os tomates indeterminados voltam a ser comercializados pela Seminis.
LIBERDADE
OS NOSSOS AGRICULTORES
ALIMENTAM O MUNDO
CONFIANÇA
E MERECEM O MELHOR
RENOVAÇÃO
C
om destaque para a qualidade dos frutos, o tomate Compack tem sido uma opção rentável para os produtores dos estados do Paraná e Santa Catarina (região de Caçador), pois
a cultivar oferece melhor resistência a doenças, maior produtividade
com percentual de classificação do tipo 2ª, além de uniformidade e
frutos mais pesados.
José Bonamigo, consultor técnico da distribuidora Tecseed que
atende a região, diz que “uma característica ressaltada pelos produtores é a quantidade de frutos para encher uma caixa: são 95 frutos
para uma caixa de 24Kg, um detalhe que traz números surpreendentes”.
Para auxiliar no manejo, Bonamigo explica que está sendo desenvolvido um trabalho de assessoria técnica na região. “Estamos
orientado alguns complementos de fertirrigação, para melhorar a
absorção das adubações tradicionalmente utilizadas aqui na região
e isso é importante porque adequamos com a fisiologia da planta,
proporcionando melhor absorção dos macro e micro nutrientes conforme a necessidade de cada fase de desenvolvimento”, afirma.
A sugestão básica é aplicar, via gotejamento, Supra NK + Supra Solo feito após transplante das mudas. São três aplicações: a
primeira 50 dias pós transplante, a segunda aos 65 e a terceira 80
dias, nas doses de 1g de Supra NK + 3ml de Supra Solo por planta.
A função é promover rápido desenvolvimento do sistema de raízes e
radicelas, otimizando e equilibrando a absorção de nutrientes do solo
pela planta.
07
Semente | Março/2012
Cebola Shinju é destque no NE
A
cebola Shinju tem superado as expectativas dos
produtores e compradores na região Nordeste principalmente pela produtividade, rusticidade qualidade e pós-colheita (boa retenção de casca e mantêm a qualidade mesmo
após o transporte).
Em comparação com os principais concorrentes, sob as mesmas condições de cultivo, a Shinju apresentou maior uniformidade e classificação em caixas 2 e 3 , a lucratividade no final do ciclo
chegou a ser 38% maior para o produtor.
Na região de Irecê (BA) o produtor Lenivalton
Alves Paiva plantou uma área no ano passado
e gostou tanto do material que se prepara
para plantar novamente neste ano. Ele
afirma que uma das principais vantagens
da Shinju ‘é a precocidade principalmente nos primeiros 60 dias após o plantio,
quanto à parte aérea, cresce rápido as
folhas, bem eretas e consome menos Nitrogênio que as demais’. Ele acrescenta que os
bulbos são uniformes, pesados, bem redondos e com
casca de coloração escura, características que esteticamente
agradam os compradores e consumidores. Ele considera
a produtividade muito boa, com média de um saco de
20kg/m2 (110 a 120 plantas), sendo 20% caixa 2 e
80% caixa 3.
Para o produtor Humberto Dourado, também de
Irecê (BA), o destaque principal é para a produção “A
Shinju tem uma produtividade muito boa, alta qualidade
dos bulbos e é competitiva.” Por sua experiência na região,
ele alerta que para garantir as vantagens da Shinju “é preciso
evitar colher nas épocas de chuvas”.
Brócolis Steel:
Abobrinha PX 7051:
bom rendimento no RS
P
or possuir uma arquitetura de planta ereta, que
favorece o adensamento e cabeças mais compactas o brócolis Steel tem merecido a confiança dos produtores de Lagoa Vermelha (RS).
Os bons resultados tem sido verificados tanto para o
mercado fresco quanto para o mercado de processamento: “na indústria temos maior rendimento devido
às cabeças mais compactas e floretes firmes, enquanto no mercado fresco as cabeças menores formato e
mais pesadas favorecem a colocação nas bandejas”,
destaca Dimas Ritzel, responsável pelo atendimento
de campo da Agrosafra, distribuidora da Seminis na
região.
06
Semente | Março/2012
Cupido orgânico rende bem
no PR, com técnica e manejo
No campo de produção
orgânica de Cupido em
Tijucas do Sul (PR), equipes
técnicas acompanham e
orientam o produtor.
A
região de Tijucas do Sul (PR) é bem desfavorável para a
produção de tomates, devido ao clima com alta concentração de umidade e dias de baixa luminosidade devido
à neblina e garoa do mar. Mas foi nessas condições que o produtor
de orgânicos Cristiano Juliato decidiu plantar o tomate Cupido. Em
área de 4 mil m2 ele está conseguindo bons resultados, ampliando sua renda e gerando empregos para o município. O resultado
foi possível graças à rusticidade e alta produtividade da cultivar.
Ele cultiva 4.500 pés e comercializa toda a produção por meio
de uma empresa distribuidora que abastece os mercados de SP,
PR, SC e RS. Atendendo a um mercado
diferenciado, Juliato comercializa
o Cupido embalado
em bandejas e com a identificação de produto orgânico.
Além das orientações técnicas recebidas da equipe da TecSeed, que atende a região, o produtor faz o plantio com composto
orgânico, tratamento fitossanitário biológico e caldas liberadas
pelo órgão certificador.
nutrição faz produzir bem e
por mais tempo
A
concorrência não
consegue acompanhar a produtividade da abobrinha
híbrida PX 7051 no Rio
de Janeiro. Produtividade
elevada, alta resistência a
viroses e frutos de qualidade tanto em formato como
em coloração, são algumas das características ressaltadas pelos produtores. Com média de dois frutos no “ponto de colheita” e mais dois frutos para
serem colhidos no dia seguinte, a cultivar produz
mais e por mais tempo.
Com índices de produção média de 300 caixas
por mil plantas, a cultivar chega a atingir até 426
cx/mil plantas. Mas para alcançar esses índices é
importante ficar atento à adubação, explica Leandro Pacheco, responsável pela orientação técnica
da Casa Bugre Rio. Ele alerta aos produtores não
se descuidarem da nutrição das plantas, para que
a cultivar corresponda em produtividade.
Em MG o híbrido Cienaga conquista
pela resistência e produtividade
A
incidência de geminivírus, transmitido pela Mosca
Branca - uma das principais pragas da lavoura de tomate - limitou a produção em várias regiões do país.
Em Minas Gerais, o município de Pimenta viu sua produtividade
reduzida a 200 caixas por 1000 plantas, gerando grande insatisfação por parte dos produtores. A partir de 2007, com o início da introdução do tomate híbrido Cienaga (tipo Santa Cruz), a realidade
regional começou a mudar e as lavouras deste material passaram
a alcançar a produtividade média de 300 cx/ha.
O eng. agrônomo Cláudio Silveira, representante técnico de
vendas da Seminis em Minas Gerais, conta que a recuperação
da cultura foi muito importante pois cerca de 80% da produção
regional se destina ao comércio no estado de SP. “O híbrido Cienaga se adaptou muito bem desde o início dos testes realizados
em 2007/08, quando o material ainda era codificado como
1182, e até hoje se mostra com resistência superior aos demais
materiais do mercado”, afirma.
Além do formato e coloração do fruto que agradam os
produtores, a planta é muito tolerante a doenças foliares. Nesse
aspecto, além do pacote básico de resistências comuns a outras
cultivares, o Cienaga agrega também Va/Vd (Verticilium albo
atrum v. dahliae), Fol raças 1 e 2 (Fusarium oxysporum f.sp.
lycopersici), Aal (Alternaria Alternata f. sp. licopersici),
a bacteriose Pst (Pseudomonas syrungae pv. Tomato) e
duas das mais importantes viroses do tomateiro
que são Vira-cabeça (TSWV - Tomato spotted
wilt virus) e Geminivirus (TYLCV -Tomato
Yellow Leaf Curl virus).
03
Semente | Março/2012
Escolha correta garante produtividade no inverno
A partir de março tem início os semeios de inverno e para conseguir uma boa safra é preciso escolher as
cultivares mais adequadas à estação e às codições específicas da região de plantio. Para atender a essa
demanda com alta produtividade e lucratividade, a Seminis selecionou alguns produtos indicados para a época.
Cenouras
Orello
Excelente padrão de qualidade de cabeças, com cor branca intenso, alta compacidade e peso. Pode ser comercializada
tanto em mercado fresco ou para processamento. Indicada
preferencialmente para regiões de inverno historicamente
seco, sem altos índices de precipitação e de baixa umidade
relativa do ar. Tem sistema radicular agressivo e ótimo desempenho sob adubações equilibradas em N/K.
Arezzo
Variedade de genética tipicamente tropical, muito bem
adaptada aos vários tipos de inverno brasileiro. É opção de
alta segurança de colheita em qualquer clima e ambiente,
principalmente os mais úmidos e com constantes precipitações. Seu padrão de cabeças atende muito bem às demandas
do mercado fresco brasileiro.
Brócolis
Carrazzo
Com excelente qualidade de raiz, a cenoura híbrida
Carrazzo é ideal para cultivos
de outono/inverno, oferecendo
alta produtividade de raízes
uniformes em formato e tamanho (de 18 a 21 cm de comprimento e de 2,5 a 3,5 cm de diâmetro), com coração pequeno e pele lisa. A planta compacta
e com folhas eretas tem boa adaptação à colheita mecânica.
Esperanza
A alta produtividade, a excelente qualidade de raiz e a rusticidade tornam a híbrida Esperanza
ideal para cultivos de outono e
inverno. Raízes com formato cilíndrico e ponta arredondada, ótima
coloração alaranjada.
04
Semente | Março/2012
Rubens Mothé,
Responsável pelo Desenvolvimento Tecnológico de Brássicas
Couves-flores
Tomate PaTY
Com o final do ciclo das chuvas, principalmente na região do
Cerrado, a utilização de cultivares
com resistência genética a geminiviroses é uma estratégia fundamental para evitar surtos epidêmicos, principalmente sob condições
de histórico da doença e altas
populações de mosca-branca. O
tomate híbrido Paty é resistente ao
TYLCV (segurança em áreas de risco de geminiviroses), a Va/Vd e ToMV. Com excelente enfolhamento das plantas e paredes grossas dos frutos, tem frutos
saborosos e uniformes com peso médio de 250g.
Couve-flor e brócolis:
dicas para uma escolha segura
Grandisimo
Atende muito bem ao mercado fresco de volume ou caixaria, porque oferece cabeças grandes e pesadas. O formato de
cabeças e a boa “vida de prateleira” favorece também a venda
em bandejas. É o produto de colheita mais rápida e concentrada entre as opções Seminis para inverno.
Steel
Atende com máxima excelência a comercialização para o
mercado de processamento (indústria de congelados), porque
possui o melhor formato, uniformidade e rendimento de floretes dentre todos os produtos do mercado brasileiro. Bem aceito
também em mercado fresco. É o produto de colheita mais escalonada entre as opções Seminis.
A
culturas de couve- flor e brócolis são muito influenciadas pelo clima.
A safra de inverno, iniciada em março, é caracterizada pelas temperaturas mais amenas e, em muitas regiões, é a época mais seca do
ano. Por isso, antes de escolher a variedade para plantar, o produtor profissional deve conhecer o clima de sua região, principalmente ,a média histórica de chuvas, as médias de temperatura e umidade relativa e a frequência
de entradas de frente fria. Nas regiões de inverno normalmente úmido (maior
altitude ou próximas ao litoral), os produtores precisam dar mais atenção ao
pacote de resistência da cultivar às principais doenças (como Pseudomonas e Xanthomonas), que provocam perdas significativas na produtividade,
além da arquitetura da planta, que pode facilitar ou dificultar o controle de
doenças e pragas.
No caso de couve flor, outra questão essencial é a demanda de mercado.
O consumidor brasileiro está acostumado ao padrão de cabeças disponível
na maior parte do ano: peso e compacidade média, de cor branca ou creme.
Mas no período entre julho e outubro, ele tem a chance de consumir cabeças: de melhor qualidade, mais compactas, pesadas e mais brancas. Estas
variedades, entretanto, não tem muita resistência para desempenho seguro
em regiões úmidas e mesmo em regiões secas em anos chuvosos. Por isso, o
produtor deve avaliar, com cautela, a demanda específica de seus mercados
antes de escolher.
O aspecto nutricional também é muito importante, pois no inverno continua sendo alta a correlação entre adubações, principlamente as de cobertura e a resistência natural a doenças. Além do equilibrado desenvolvimento
da planta e da cabeça. Muitas vezes, há maior infecção por uma determinada doença devido à exageros na adubação nitrogenada e/ou desequilíbrio
nas adubações contendo nitrogênio e potássio. Para o cultivo de inverno, a
Seminis oferece duas opções de couve flores híbridas tecnicamente adequadas para ambientes diferentes, com foco na maior rentabilidade com a maior
segurança de colheita: Orello e Arezzo.
Em relação aos brócolis, o semeio de inverno é o que rende as maiores
produtividades e o melhor padrão de produto. Mas é, também, quando há a
maior oferta de produto no mercado com consequente queda de preços. É
recomendável que o produtor escolha bem a variedade, planeje seu semeio e
o transplante, para potencializar a colheita e otimizar custos. A Seminis tem
três opções de brócolis híbridos para o inverno: Grandisimo, Steel e Legacy.
Legacy
Atende com ótimo desempenho a todas as destinações de
mercado, porque além da ótima e granulometria, formato, cor
de cabeça e durabilidade pós colheita, tem ainda uma ampla
resistência às principais doenças da cultura. Seu respeitável
histórico de vendas no mercado brasileiro nos últimos 10 anos
o torna um produto de alta confiabilidade.
05
Semente | Março/2012

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