Vibrio spp

Transcrição

Vibrio spp
Vibrio spp
Gram (-), anaeróbios facultativos,
Oxidase +
Vibrio sp
•  Bacilos curvados;
•  Móveis (único flagelo
polar);
•  Várias espécies de vida
livre. Algumas são
patogênicas;
•  Sensíveis a pH ácido,
tolerantes a pH alcalino;
•  34 espécies sendo 11
interesse médico.
Vibrio sp
V. cholerae
V. parahaemolyticus
V. vulnificus
V.metschnikovii
V. hollisae
V. alginolyticus
V. fluviales
V. dansela
V.furnissii
V. cincinnatiensis
V.carchariae
Gastroenterite
Gastroenterite
Bacteremia
Bacteremia
Gastroenterite
Infecção feridas
Gastroenterite
Infecção feridas
Gastroenterite
Meningite
Infecção feridas
Vibrio cholerae
•  Responsáveis pela cólera;
•  Bacilos gram-negativos,
curvados, móveis (único
flagelo polar), oxidase+;
•  Sensíveis a pH ácido,
tolerantes a pH alcalino;
•  139 sorotipos O;
•  O1 (biotipos Clássico e El
Tor) e O139;
Vibrio cholerae
•  Adquirido pela ingestão de alimentos ou água contaminados;
•  Período de incubação: 6 a 48 horas;
•  Colonização assintomática à diarréia intensa. Presença de flocos de
muco e células epiteliais (“rice-water”);
• Perda diária de 20 litros de água
(108 vibriões/ml);
• Diarréia geralmente acompanhada
de vômitos;
• 60% mortalidade em indivíduos
não tratados.
LEITO
Vibrio cholerae
FATORES DE PATOGENICIDADE
•  Motilidade: penetração da
camada de muco;
•  Enzimas mucinolíticas;
•  Neuraminidases;
•  Proteases;
•  Pilus TCP
V. c h o l e r a e . N o t a r a
presença de flagelo único.
Vibrio cholerae
FATORES DE PATOGENICIDADE
• 
• 
• 
• 
• 
Toxina colérica;
Subunidade A (28000D);
Subunidade B (11500D);
2 tipos antigênicos: CT1 e 2;
Exportada para o meio
extracelular.
•  Voluntários adultos: 5µg CT
c/ bicarbonato- 1 a 6 litros
diarréia; 25 µg CT- +20 litros
Tóxina Colérica:
mecanismo de ação
Enteric infection meets intestinal function: how
bacterial pathogens cause diarrhoea
V. K. Viswanathan, Kim Hodges & Gail Hecht
Nature Reviews Microbiology 7, 110-119 (February
2009)
CÓLERA: EPIDEMIOLOGIA
•  Homens são os únicos
reservatórios naturais;
•  Carreadores assintomáticos por
longos períodos são raros;
•  Resultados recentes sugerem que
V.cholerae pode persistir por
algum tempo em “frutos do
mar”, algas e plancton;
•  7 Pandemias. Última causada
pelo biotipo El Tor;
•  8° Pandemia: Bengal (O139).
•  9ª pandemia: Haiti
CÓLERA: DEFESA DO HOSPEDEIRO
•  Infecção assintomática à diarréia.
•  Área endêmica: resistência alta. Anticorpos
circulantes e IgA secretória anti-bactéria e antiCT;
•  A doença é imunizante.
DIAGNÓSTICO
•  Quadro clínico. Exame bacterioscópico em campo
escuro. Bacilos curvados móveis. Adição de
anticorpo anti-vibrião ou anticorpos marcados
com fluoreceína;
•  Cultura em meios seletivos (TCBS), identificação
e sorologia;
•  PCR.
CÓLERA: TRATAMENTO E
CONTROLE
•  Reposição de fluidos e eletrólitos. Geralmente via
intravenosa. Casos não tratados: 50 a 60% morte;
•  Reposição oral também possível (WHO e UNICEF) :
ORS (3,5g NaCl, 1,5g KCl, 2,5g NaHCO3, 20g glicose)
•  Terapia com antibióticos: Tetraciclina;
•  Inibição atividade de CT (ácido nicotínico)
•  Educação e melhoria das condições sócioeconômicas.
CÓLERA: VACINAS
Linhagem CVD103-HgR
•  Obtida por Engenharia
Genética;
•  Resistente ao mercúrio.
Genótipo ctxA-B+;
•  Não coloniza muito bem o
intestino. Necessária em
altas doses.
569B (Biotipo Clássico, sorotipo Inaba)
Campylobacter
Campylobacter
Campylobacter jejuni
•  Único flagelo polar;
•  47 sorotipos somáticos;
•  Outros antígenos: OMPs, flagelina e
adesinas (30kD);
•  Antígenos termo-lábeis-flagelo
(sorologia mais utilizada)
–  + 60 sorogrupos (25 mais predominantes).
•  Diarréia limitada à enterite
hemorrágica (virulência);
•  Bacteremia é rara em pessoas
imunocompetentes (menos 1%)
Campylobacter jejuni
•  Ingestão de alimentos (aves), leite ou água
contaminados;
•  DI provavelmente baixa: 800 bactérias;
•  Incubação: 1 a 7 dias (média 2-4 dias);
•  Adere, multiplica-se e “provavelmente” invade
células da mucosa intestinal;
•  Ulcerações e inflamação do íleo e cólon (sangue,
muco e leucócitos);
•  Paciente libera 106 a 109 bactérias/grama fezes.
Campylobacter sp
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
•  Gastroenterites, colites à septicemia;
•  Diarréia (presença de sangue e leucócitos é
comum), dor abdominal, febre, náusea e vômito;
•  Sintomas duram aproximadamente 1 semana.
Cura geralmente espontânea. 10 a 20% casos
sintomas persistem por mais tempo;
•  Eventualmente: hemorragia gastrintestinal;
•  Confusão com apendicites.
Campylobacter jejuni nos EUA
Campylobacter jejuni
FATORES DE PATOGENICIDADE
•  Virulência não totalmente elucidada:
* Adesão: células epiteliais e muco intestinal
–  Não possui fímbrias
–  Flagelo, OMPs (Adesina PB1), LPS.
* Invasão:
–  Fatores bacterianas e hospedeiro (actina e
microtúbulos)
* Enterotoxinas e citotoxinas: SLT, CT-like
(AMPc), CDT;
* Motilidade: saca-rolha.
Número Relativo de Casos
EPIDEMIOLOGIA DE H. pylori e C. jejuni
H.pylori
C.jejuni
Febr.
March
April
May
June
July
Aug.
Sept
Oct.
Nov.
Month
60
Dec.
90
H.pylori
60
30
30
C.jejuni
0-5
5-9
10-19
20-29
30-39
Age (years)
40-49
50-59
〈 60
Incidência Relativa
de C.jejuni
Prevalência de Infecções
por H. pylori
Jan.
Campylobacter sp: DIAGNÓSTICO
Microaerófilo
C.jejuni 42°C
C.coli e C.jejuni
-Sonda e PCR
Campylobacter sp
TRATAMENTO E CONTROLE
•  Interromper a transmissão;
•  Doença geralmente auto-limitada;
•  Antibióticos: eritromicina e
ciprofloxacin.
•  Não existem vacinas.
Helicobacter
Helicobacter pylori
DESCOBERTA 1983
•  Pesquisadores europeus
descreveram a presença de
bactérias no estômago no séc.
retrasado;
•  Feriado prolongado: biópsia
gastrite. culturas incubada por 4
dias: crescimento colônias;
•  Bastonetes gram-negativos;
•  Associação com gastrite e úlcera
péptica e duodenal.
Helicobacter pylori
“Campylobacter pyloridis”
Bacilos curvados gram (-)
Microaerófilos
3,5µm x 0,5 a 1,0 µm
Ágar sangue ou chocolate
Não cresce temperaturas
abaixo 30°C
Cultura de 72 horas.
Múltiplos flagelos polares (bainha)
Forma cocóide
Helicobacter pylori:
Flagelos
! 3 a 7 flagelos polares
! Mobilidade ambientes alta viscosidade
! Particularidades:
! Envolvidos por bainha (proteção
proteases)
! Presença de bulbo terminal
! Dois tipos de flagelina (FlaA e B)
! FlaA - σ28, FlaB - σ54 (estresse
nitrogênio)
! Mutantes são não virulentos
Helicobacter pylori
• 
• 
• 
• 
Sensível ao ácido clorídrico pH ‹ 4,0;
Adere e coloniza a mucosa gástrica;
inflamação intensa;
Úlcera e gastrite. Grande associação
com a infecção por H. pylori;
•  Cronicidade: adenocarcinoma e
carcinoma gástrico.
Número Relativo de Casos
EPIDEMIOLOGIA DE H. pylori e C. jejuni
H.pylori
C.jejuni
Febr.
March
April
May
June
July
Aug.
Sept
Oct.
Nov.
Month
60
Dec.
90
H.pylori
60
30
30
C.jejuni
0-5
5-9
10-19
20-29
30-39
Age (years)
40-49
50-59
〈 60
Incidência Relativa
de C.jejuni
Prevalência de Infecções
por H. pylori
Jan.
EPIDEMIOLOGIA DE H. pylori
•  Homem é o hospedeiro primário;
•  Possível transmissão pessoa a pessoa
através da rota oral-fecal;
•  Endoscópio: desinfecção ou
esterilização;
•  Infecção assintomática;
•  Outras espécies de Helicobacter isoladas
de diferentes mamíferos.
O modo de transmissão é ainda
especulativo. Três possíveis rotas:
- via endoscópica
- via oral-oral
- via fecal-oral
Sabe-se que a contaminação ocorre dentro da mesma família, dos pais
para os filhos que a adquirem na infância, provavelmente antes dos dez
anos de idade.
O fato da longa permanência de H. pylori dentro de um mesmo
indivíduo, a ligação da transmissão com a família, e a distribuição das
diferentes cepas pelo mundo (sendo que essas diferenças são tão
grandes, a ponto de alguns autores considerarem H. pylori como uma
quase-espécie), sugerem uma co-evolução do homem com essa bactéria.
DOENÇAS
Infecção por H. pylori
Semanas - meses
Gastrite superficial
crônica
Anos - décadas
Ulcera péptica
Gastrite
Superficial
crônica
Doença
linfoproliferativa
Gastrite
atrofica
crônica
Adenocarcinoma
Carcinoma
gástrico
DOENÇAS
•  Gastrite
•  Úlcera gástrica e duodenal
•  Cronicidade: Adenocarcinoma
e carcinoma gástrico
•  Doenças cardiovasculares
•  Doenças hepáticas
DIAGNÓSTICO DE H.pylori
DIAGNÓSTICO DE H.pylori
TRATAMENTO DE H.
pylori
•  Erradicação H. pylori: Terapêutica ainda em
estudo;
•  Combinação de antibióticos;
•  Omeprazol (inibidor transportador de
prótons), claritromicina, amoxicilina e
metronidazol;
•  Constantes falhas: amostras multiresistentes
H. pylori: Fatores de Patogenicidade
•  Urease: neutraliza pH acido;
•  Proteína inibidora acido: Induz
hipocloridria;
•  Flagelo: penetração muco gástrico;
•  Adesinas: adesão células hospedeiro;
•  Mucinase: degradação muco gástrico;
•  Superoxido-dismutase: neutraliza
metabólicos do oxigênio;
•  Catalase: neutralização peróxido
hidrogênio.
H. pylori: Fatores de Patogenicidade
•  Toxina vacuolizante (VacA)
–  Vacuolização em células epiteliais
–  Citoesqueleto e destacamento cels.
–  Formação de poros nas células.
–  Comprometimento tight junctions
–  Supressão resposta imune: bloqueio
maturação fagossomos, da
proliferação cels. T, inibição
apresentação antígenos e sinais Th1
–  Migracão de neutrofilos
Hexâmeros ou pentâmeros
–  Lesão tecidual.
H. pylori: Fatores de Patogenicidade
•  Ilha de Patogenicidade cag
•  Sistema de secreção tipo IV
•  Interação vários sistemas
transdução da células
epiteliais
•  Proliferação
•  Diminuição turnover celular
•  Apoptose – antiapoptose
•  Polimerização de actina
•  Indução IL8 (inflamação)
•  Ativação fatores crescimento.
Nature Immunology 5, 1166 - 1174 (2004)
Published online: 17 October 2004; | doi:10.1038/ni1131
Nod1 responds to peptidoglycan delivered
by the Helicobacter pylori cag
pathogenicity island
Jérôme Viala1, Catherine Chaput2, Ivo G Boneca2, Ana Cardona3,
Stephen E Girardin4, Anthony P Moran5, Rafika Athman1, Sylvie
Mémet6, Michel R Huerre3, Anthony J Coyle7, Peter S DiStefano7,
Philippe J Sansonetti4, Agnès Labigne2, John Bertin7, Dana J
Philpott1, 6 & Richard L Ferrero2, 8
Nature Immunology (2004) 5, 1166 - 74
Peptidoglicana bacteriana é
acidentalmente injetada
NOD1
Poucos indivíduos apresentam
Manifestações clínicas;
Erradicação: doença do refluxo
esofágico.
H. pylori é comensal?????
Helicobacter pylori
DESCOBERTA 1983
Barry Marshall:
Nobel Prize in Medicine - 2005
Patogenicidade de Helicobacter pylori
“to be continued...”
Poucos indivíduos apresentam
Manifestações clínicas;
Erradicação: doença do refluxo
esofágico.
H. pylori é comensal?????

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