Reis e rainhas de verdade

Transcrição

Reis e rainhas de verdade
PÁGINA 12
MAIO / 2014
A RAZÃO CRIANÇA
Espaço infantil
Reis e rainhas de verdade
THARSILA PRATES
Jornalista, frequentadora da Filial
São Paulo (SP)
ocê pensa que reis,
rai nhas, príncipes e
princesas são figuras
que aparecem apenas em
contos de fada, em livros de
histórias? Não, eles existem
mesmo e usam coroas cravejadas de pedras preciosas e
outras joias reais, inclusive
um bastão chamado de cetro, igualmente rico, símbolo
de poder. Esses sobe ranos
são reverenciados por onde
passam e estão sempre sorrindo (e se envolvendo em
escândalos também).
Reis e rainhas nos reportam à monarquia, uma forma
de governo em que o chefe
de Estado se mantém no cargo até à sua morte ou à sua
abdicação, sendo normalmente um regime hereditário. O chefe de Estado na
monarquia recebe o nome de
monarca (geralmente com o
título de rei ou rainha).
As monarquias constitucionais modernas obedecem
frequentemente a um sistema de separação de po deres, em que o monarca é
o chefe (simbólico) do
poder executivo e a chefia
de governo é exercida por
um primeiro-ministro ou o
presidente do Conselho de
Ministros, a ele cabendo o
V
verdadeiro encargo do Poder Executivo, o que implica a direção das políticas
interna e externa do país,
além da administração civil
e militar, de acordo com as
leis e as respectivas constituições nacionais.
Na Inglaterra, país que
fica na Europa, vivem os
membros da monarquia mais
famosa do mundo: a rainha
Elizabeth II; seu marido, o
príncipe Philip; o filho mais
velho do casal, o príncipe
Charles; e os filhos do príncipe Charles e da princesa
Diana, Wil liam e Harry,
também príncipes.
William casou-se com a
plebeia Kate, e os dois têm o
principezinho George, de oito
meses, rostinho rechonchudo
e bochechas rosadas. O
príncipe Harry continua
solteiro, mas há boatos de
que planeja casar-se com a
namorada, que é modelo.
Na Espanha, outro país
europeu, vive o rei Juan
Carlos com a mulher, a rainha Sofia. Eles são pais do
príncipe Felipe de Bourbon,
casado com a jornalista
Letizia, também plebeia. A
diferença entre as monarquias espanhola e inglesa é
que a primeira perdeu muito
prestígio. A coisa não está
fácil para o lado espanhol,
que enfrenta desemprego
crescente e economia estag-
Príncipe George brinca com os cabelos da mãe, Kate
nada. Ninguém quer saber
de reis e príncipes vivendo
na mordomia enquanto grande parte da população está
em dificuldades financeiras.
Quando guri, eu tinha de me calar, à mesa: só as pessoas grandes falavam. Agora, depois de adulto, tenho de
ficar calado para as crianças falarem.
Em Mônaco, o príncipe
Albert II é o soberano. Ele é
filho do príncipe Rainier III
e da atriz norte-americana
Grace Kelly, diva do cinema.
Albert II tem duas irmãs,
Caroline e Stéphanie. Essa
última foi por muito tempo
um prato cheio para a imprensa, com os seus escândalos amorosos. Além disso, foi
bastante perseguida por, supostamente, estar dirigindo o
carro quando houve o acidente que matou sua mãe.
Há reis e rainhas ainda
em outras partes do mundo,
como na Arábia Saudita, no
Japão e no Canadá (onde a
chefe de Estado é também a
rainha inglesa Elizabeth II).
Apesar de toda pompa,
essas pessoas “reais” (pa lavra que vem de realeza)
devem enfrentar também
muitas responsabilidades,
com compromissos oficiais a
cumprir, tendo que saber
comportar-se elegantemente
para não decepcionar os súditos, como são chamadas as
pessoas “normais” do reino.
Como celebridades, elas
ainda devem preocupar-se
com o assédio dos paparazzi
– fotógrafos que vivem atrás
dos artistas, incansavelmente, para colher imagens deles comendo, andando, fazendo supermercado, saindo
do salão de beleza, do hospital... Numa fuga de um
desses paparazzi, o carro
onde estava a princesa Diana, mãe dos príncipes ingleses William e Harry, se
envolveu no acidente que
causou sua morte.
Você sabia que o Brasil
já teve soberanos que ti nham direito a coroa e cetro? Primeiro foi uma rainha, D. Maria que passou à
História como Maria Louca,
depois um rei, Dom João
VI, que veio para o Brasil
com toda a corte, fugindo
de Portugal com medo de
Napoleão Bonaparte, imperador fran cês que queria
expandir os limites geográficos de seu país e frear
igual intenção dos ingleses.
A viagem de Dom João
para o Brasil foi protegida
pela monarquia inglesa.
Em vida de D. Maria,
Dom João era príncipe regente em Portugal. Com a
criação do Reino Unido
Brasil, Portugal e Algarves,
o Brasil foi elevado a reino,
deixando de ser colônia.
Depois de Dom João, foram
imperadores do Brasil seu
filho Pedro de Alcântara,
Pedro I no Brasil e Pedro IV
em Portugal, e o filho deste,
D. Pedro II, até a pro cla mação da República. A coroa imperial está no Museu
Imperial de Petrópolis.
O Brasil teve até um
homem que, aclamado rei,
recusou a elevada honraria
e anunciou fidelidade à
Coroa portuguesa – Amador
Bueno da Ribeira.
Gostaram da aula?
Piadas
Choradeira
Mario Quintana
Por que...
... crianças gostam de pombos?
ver animaizinhos com asas
andando por aí, pelo
chão. Vamos combinar que você
não vê pássaros andando pelo chão
a todo momento,
não
é?
Mas
o s
Não há nada de científico nesse gostar. Deve
ser apenas curiosidade de
pombos and a m
quase sempre em busca
de comida.
Os pombos brancos são considerados símbolos da
paz. Por isso,
quando se quer
transmitir uma
mensagem de paz,
eles são soltos. Há
também
pombos
marrons e acinzentados.
Apesar do carinho das crianças
com os pombos,
não se pode chegar
muito perto. Quando
doentes, eles são
transmissores de alguns
parasitas através das fezes.
Melhor tomar cuidado
e admirar só de
longe, os bichinhos...
Adivinhas
1. O que é um pontinho branco correndo na
mata?
6. O que é que vai até
a porta de entrada, mas
não entra?
2. O que um elevador
disse para o outro?
7. O que é que quando
vai para o aumentativo fica menor?
3. O que quanto mais
se perde mais se tem?
4. O que é que anda
sempre de cabeça para
baixo?
5. O que é que anda
com os pés na cabeça?
Pré-adulto
A mãe encontra o fi lho engatinhando pela casa, revirando as almofadas
do sofá, mexendo nos bolsos de calças e camisas,
abrindo e fechando gavetas, como se estivesse procurando por algo.
– O que você está fazendo, filho?
– Jogando um jogo,
respondeu o garoto.
– Que jogo é esse? –
quis saber a mãe.
– Chama-se: “Onde foi
que eu joguei a porcaria
da chave do carro”!
quando é posto na rua?
11. O que pode ser
grande ou pequeno, mas
tem sempre o tamanho de
um pé?
8. O que todo mundo
teme vive debaixo do céu?
12. O que a coruja
tem e nenhuma outra ave
pode ter?
9. O que é que cai em
pé e corre deitado?
13. O que tem pé e
corre sem pé?
10. Qual o empregado
que só começa a trabalhar
14. O que o pinto faz
para a gente lavar as mãos?
Respostas
1. Uma formiga
vestida de noiva, atrasada para o casamento;
2. Pense em quantas
pessoas já fizemos
subir na vida; 3. Sono;
4. Prego de sapato; 5.
Pi olho; 6. Calça da; 7.
Calça (Calção); 8. A
língua; 9. Chuva; 10. O
guarda de trânsito; 11.
Sapato; 12. Corujinha;
13. O vento; 14. Pia
De propósito, fizemos
essa pergunta para a qual
nem deve haver resposta!
Mas é impressionante como toda criança gosta de
pombos. Quem já não viu
aquela cena dos pequenos
correndo e espantando
esses bichinhos por aí?
Esses dias, ouvi uma
menininha dizendo: “Mãe,
olha a pomba!”. A pomba,
no caso, é a “mulher” do
pombo.
Um garotinho deixou a
sua bicicleta na calçada
enquanto ia ao mercado
comprar biscoitos. Nisso,
passa o enterro de uma
velhinha.
O garoto sai do mercado e, não encontrando
mais a sua bicicleta, co meça a chorar.
– Não chore, criança.
Afinal, ela já era bem velhinha – diz um senhor
que ia passando.
– É, mas as rodinhas
de trás eram novinhas...
Tecnologia dosada
Andou circulando no
Facebook o texto de uma
especialista com dez motivos para não se deixar
que crianças menores de
12 anos utilizem os cha mados mobiles. São apa relhos eletrônicos móveis,
como telefones celulares,
tablets e jogos eletrônicos.
De acordo com o texto, a Academia de Pedi atria e a Sociedade Canadense de Pediatria reco mendam que crianças de
até dois anos não devem
ter qualquer exposição à
tecnologia; crianças de
três a cinco anos devem
ser limitadas a uma hora
de exposição por dia; crianças e adolescentes de
seis a 18 anos devem ficar
restritas à duas horas
diárias.
Crianças e jovens,
porém, usam de quatro a
cinco vezes mais a quantidade de tecnologia recomendada. O perigo disso, segundo o texto, é a
falta de atividade física
com o consequente risco
da obesidade, já que gastam muito tempo na frente do videogame e do com-
putador. São consequências, também, o risco de
atraso no desenvolvimento
e no aprendizado; a agressividade; a privação do
sono, principalmente se a
criança é autorizada a usar
esses aparelhos no quarto
de dormir; e a criação de
dependência – vício.
Duas observações sobre o assunto:
Primeiro, parece-nos
meio estranho calcular o
mesmo tempo de expo sição à tecnologia entre
crianças com idades tão
diferentes como seis e 18
anos. Temos um “pé
atrás” também quando a
palavra é “proibir”. Desde
os tempos da ditadura militar no país, há 50 anos,
a maioria dos brasileiros
cantava com Caetano Veloso “É proibido proibir”.
Fica a reflexão sobre o
abuso da tecnologia que,
realmente, pode ser pr e judicial.
De qualquer forma,
crianças, lembrem-se: nenhum excesso é bom. Melhor é ser moderado. (T.P)
Fonte: www.brasilost.com.br