Anestesia em revista jan-fev.p65

Transcrição

Anestesia em revista jan-fev.p65
Nesta Edição
Editorial
• Presidência SBA _________________________________________________ 4
Notícias
Diretoria SBA Gestão 2009 ______________________________________ 6
Planejamento Estratégico - Ano 2009 ___________________________ 8
Comissões, Comitês, Conselhos e RBA 2009 ____________________ 13
Planejamento Estratégico até 2012 insere a
SARGS na Gestão Moderna ____________________________________ 14
• Louros ao Anestesista _________________________________________ 14
•
•
•
•
XXXIII JONNA __________________________________ 15
Artigos
• Valorização Profissional do Médico: uma questão de atitude ____ 17
• Quando somos pacientes ______________________________________ 18
Necrológio
• Necrológio do Dr. Carlos Pereira Parsloe ________________________ 19
Homenagem
• Parte um Homem e fica uma História ___________________________ 20
• Clício Costa, o colega inesquecível _____________________________ 22
Educação Continuada
• Curso de Capacitação em Anestesiologia
à Distância (CCAD) da SBA ____________________________________ 23
44a JOSULBRA _________________________________ 24
Entrevista
• Entrevista da Sociedade Brasileira de Anestesiologia
concedida à Agência Estado ___________________________________ 26
Calendário Científico Oficial ________________________ 28
Regionais _____________________________________ 29
Provas da SBA 2009 _____________________________ 31
Datas Associativas Importantes _____________________ 32
Notícias da Tesouraria ____________________________ 33
Responsabilidade Social
• O ciclo do papel ________________________________________________ 34
Relatório Gerencial Ano 2008 _______________________ 35
Expediente
Anestesia em revista é uma publicação da
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Departamento de Anestesiologia da Associação
Médica Brasileira
Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22.251-080 - Tel.: (21) 2537-8100 - Fax: (21) 2537-8188
Conselho Editorial: Luiz Antônio Vane, Carlos Eduardo Lopes Nunes, Márcio de
Pinho Martins, Henri Braunstein, Nádia Maria da Conceição
Duarte, José Mariano Soares de Moraes e Airton Bagatini
Diretor Responsável: Airton Bagatini
Foto da Capa: JONNA/JOSULBRA
Programação Visual: Ito Oliveira Lopes - 12516-DRT/RJ - Wellington L. R. Lopes
Equipe Editorial: José Bredariol Jr, Marcelo Marinho, Marcelo Sperle,
Mercedes Azevedo e Rodrigo Matos
Impressão e Acabamento: MasterGraph - Tiragem: 9.000 - Distribuição gratuita.
IMPORTANTE: Cadastre seu e-mail na SBA
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EDITORIAL
Presidência SBA
“Q
uando a sorte nos sorri e temos tudo o que desejamos,
então devemos nos defender, com mais cuidado, do
orgulho, do desprezo e da
arrogância. Não há maior mesquinhez
de espírito do que não saber carregar a
boa ou má fortuna; nada mais belo do
que conservar, em quaisquer situações,
uma alma igual, uma fronte serena...”
Estas palavras, escritas pelo grande orador Cícero em seu livro “Dos Deveres” (De officiis) e dedicadas ao filho Marco Cícero, são tomadas, neste
momento, como um conselho de sábio que me norteia, para avaliar com
serenidade esta condição de Presidente da Sociedade Brasileira de
Anestesiologia. De fato, receber este
importante cargo é tamanha fortuna
para mim que, entre a comoção e o
orgulho, temo deixar-me levar por
emoções que revelem mais que meus
reais merecimentos. As palavras do orador romano, no entanto, me ajudaram
a encontrar minha exata dimensão, que
é a dimensão de um homem da família e do trabalho.
Assumir este cargo é o primeiro
passo de uma longa, e ao mesmo tempo breve, trajetória de 12 meses, durante a qual procuraremos implantar
as propostas fundamentais de nosso
programa de planejamento estratégico que foi amplamente discutido com
a comunidade e democraticamente
sancionado pela maioria de seus membros.
Chegamos à solenidade de posse
após quase 30 anos de intensa ativida-
4 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
de associativa, em que tivemos a oportunidade de participar do crescimento
e desenvolvimento de nossa sociedade, de dirigi-la e de sofrer as inquietações impostas pelas agruras das decisões difíceis e da solidão da responsabilidade.
É um momento mágico em que a
alegria da vitória arduamente conquistada confunde-se com o senso de responsabilidade diante do cenário que
se descortina. Temos necessidade, urgentemente, de escolher o caminho a
ser seguido frente à visão dos obstáculos que se antepõem à nossa marcha para que atinjamos a plenitude de
uma Sociedade de qualidade e cientificamente atualizada. Esta Sociedade
precisa ser capaz de gerar novos conhecimentos e de estar intimamente
integrada com a comunidade que a
mantém, comprometendo-se, conscientemente, com o seu desenvolvimento autônomo na busca permanente da
solução dos problemas de nossos associados, de nossas regionais e dela
mesma como um todo.
Sempre fui e sempre continuarei
sendo um homem simples. Nasci em
Marília, e em 1970 mudei-me para
Botucatu. Lá, fiz meu curso de graduação em Medicina, a Residência Médica
em Anestesiologia e encetei a carreira
acadêmica, que me fez chegar a professor titular. Casei-me com Vilma em
1978 e tivemos nossos filhos Lucas e
Matheus. Ainda, naquele ano, fui aprovado nos exames para o Título Superior em Anestesiologia e, em seguida,
iniciei-me na atividade associativa como
membro da Comissão Científica da Sociedade de Anestesiologia do Estado
de São Paulo - SAESP - sob a batuta do
saudoso amigo Dr. Manoel Luis Moreira
de Souza.
Na Sociedade de Anestesiologia encontrei, desde o primeiro momento,
um grande, bom e acolhedor espírito
que me apontou caminhos e me deu
segurança para percorrê-los, quer nos
meus relacionamentos de amizade,
quer nos profissionais. A SAESP fez-me
sentir, ao longo do tempo, que fazia
parte não de um aglomerado de pessoas, mas de uma grande família, uma
grande e unida família, em nome da
qual fui seu Presidente, no período de
1991 a 1992, e membro da Diretoria
da SBA, como Diretor Administrativo,
de 1993 a 1994. Nos anos seguintes,
participei, por dois mandatos, da Co-
missão de Ensino e Treinamento da
SBA e sentindo-me, mais do que nunca, membro e representante dessa
grande família, participei, em 2002 e
2003, como Diretor Científico da SAESP
e, em 2005, novamente como Diretor
do Departamento Administrativo da
SBA. Em 2006 e 2007, fui Diretor do
Departamento Científico da SBA e, em
2008, Vice-Presidente da Sociedade.
Creio que não preciso dizer mais
sobre minha pessoa e formação. Não
vem ao caso ressaltar minha individualidade, mas, ao contrário, é preciso
destacar o coletivo de que faço parte,
ou seja, o papel que os anestesiologistas vêm exercendo em cada
Região do país. A contribuição de cada
um deles não se limita ao seu trabalho
profissional, mas, ao contrário, estende-se a todas as iniciativas que toma
em sua vida profissional, isoladamente ou em conjunto, pois todas elas representam causas de múltiplos e bons
efeitos: o que se pensa e o que se faz
têm sempre como foco dominante o
bem-estar da coletividade em que se
insere.
Toda essa vivência administrativa
contribuiu para a visão e o conceito
que hoje temos da sociedade. Nunca
fugimos das pesadas responsabilidades
dos cargos e sempre optamos pelo
ônus do cumprimento do dever ao invés do aplauso fácil da acomodação.
Recebi influências decisivas na minha formação: da minha família, que
deixou em mim o caminho reto, mas
áspero, da dignidade pessoal, a dedicação permanente na construção de
um ideal de vida, a capacidade de sacrifício na luta em prol de uma causa
justa e a abdicação de vantagens pessoais em favor de uma conquista coletiva com abrangência social; do Professor Pedro Thadeu Galvão Vianna,
da Professora Yara Marcondes Machado Castiglia e, principalmente, do meu
orientador, o Professor José Reinaldo
Cerqueira Braz, Professores Titulares
de Anestesiologia com os quais aprendi a arte da anestesia e a máxima de
que nada resiste ao trabalho e cujos
ensinamentos constituíram-se no impulso inicial de minha trajetória profissional; dos inúmeros pacientes que assisti e acompanhei em seus momentos de angústia e sofrimento, quando
aprendi as duras lições da humildade
e a prática da solidariedade humana;
dos amigos do Departamento de
Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Botucatu com os quais recebi
o melhor da minha experiência e
aprendi que só é realmente livre e independente quem não se ofende com
o sucesso alheio; dos meus alunos e
dos médicos em especialização com
os quais aprendi que para a transmissão de conhecimentos e lições de vida
o melhor conselho é o exemplo.
Vivi uma época de profundas transformações na área da Saúde em geral
e da Medicina em particular, como conseqüência do grande desenvolvimento científico e tecnológico.
Iniciei minha formação profissional
na era da moderna Anestesiologia que
alargou as fronteiras da técnica cirúrgica e ampliou o arsenal terapêutico da
arte médica. Vivenciei o início e a plenitude da era dos transplantes e
estamos na fase da biologia molecular
e da decifração do código genético humano.
Mais do que assistir e participar, tive
a oportunidade de refletir e meditar,
buscando sempre o conteúdo
humanista da ciência e entendendo
que o desenvolvimento só tem sentido se for para beneficiar pessoas. Do
contrário, certamente, o avanço científico sem ética conviverá com a decadência social e estimulará o predomínio dos mais fortes.
Mahatma Ghandi, líder político e
espiritual da Índia, cuja sabedoria e postura tornaram-no conhecido no mundo inteiro listava os sete pecados responsáveis pela degeneração dos costumes: riqueza sem trabalho; prazeres
sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política
sem idealismo; religião sem sacrifício
e ciência sem humanismo.
Hoje, decorridos mais de meio século dessa citação, esses princípios, infelizmente, não conseguiram se firmar
em nossa sociedade de consumo,
seduzida por outros valores, que degradam o meio ambiente, fragilizam as
relações humanas e promovem a violência, fruto da insatisfação coletiva e
irracional na busca egoística do supérfluo, esquecendo-se da solidariedade
e do bem-estar de todos.
Chego à condição de Presidente da
SBA no momento em que o mundo se
confronta com situação da maior complexidade, sendo feitas exigências cada
vez maiores pela Sociedade, ao mesmo tempo em que se tornam cada vez
mais restritas as políticas de financiamento das suas atividades associativas.
A SBA, no ano em que completou
60 anos de existência, atingiu a presti-
giosa situação de ser uma das maiores
sociedades de anestesiologia do mundo, não por acaso, mas a custa do trabalho de muitos.
Participaram significativamente dessa tarefa hercúlea todos os seus exdirigentes, que atuaram em circunstâncias históricas e econômicas diversas.
O resultado de seus trabalhos não pode
ser avaliado de forma simplista e, principalmente, quando contaminado por
forte componente emocional e sectarismos ideológicos que deformam a realidade e mascaram a objetividade científica da análise.
De todos eles, sem exceção, independentemente de eventuais divergências ou diferenças de concepção
na forma de conduzir as tarefas administrativas da SBA, reconheço publicamente os méritos pessoais e administrativos e o esforço honesto que desenvolveram e que resultou em contribuições efetivas para o crescimento
e a consolidação do prestígio de nossa
Sociedade.
Destaco a liderança, o espírito democrático e participativo de nosso Presidente cessante, o Dr. Jurandir Coan
Turazzi, com quem aprendi lições importantíssimas da difícil arte de presidir a SBA. Aprendi com ele que sem
ousadia criativa sempre estaremos no
escuro da noite juntos com aqueles que
não querem avançar. Dr. Jurandir, minha admiração e meu muito obrigado.
As instituições como as pessoas têm
o seu momento de verdade. O momento em que, afastadas as ilusões,
tem-se que reexaminar os seus propósitos e corrigir os seus métodos, a
fim de controlar o seu destino, ao invés de se escravizar às circunstâncias.
Nesse processo difícil, porém necessário, de reencontro com sua vocação histórica de uma das mais importantes sociedades de especialidade do Brasil, será preciso dar continuidade à sua modernização. Modernização pelo aprimoramento e valorização dos seus recursos humanos, seu
maior patrimônio e garantia de realização das tarefas de desenvolvimento estável e conseqüente, para que
não incorramos no erro da improvisação imediatista.
Há muito estamos afirmando que
não acreditamos em pessoas que salvam, mas em estruturas que funcionam. Aos nossos parceiros da indústria
de equipamentos e dos laboratórios de
produtos anestésicos, meus respeitos
e agradecimentos pela confiança depositada na SBA, através do inconteste
apoio aos nossos projetos.
Pretendemos, juntamente com o
Vice-Presidente e demais membros
desta Diretoria, e com toda a nossa
grande equipe de trabalho (Funcionários, Regionais, Comissões, Conselhos,
Comitês, RBA e CET), todos altamente qualificados, responder aos imensos desafios da realidade atual.
Neste contexto, o papel do Presidente da SBA será um misto de prudência e inconformismo. Prudência para
analisar novas propostas e enfrentar
situações inesperadas e inconformismo
para rejeitar as atitudes expectantes e
imobilistas.
As reivindicações legítimas dos associados e das regionais terão de ser
consideradas e avaliadas democraticamente pelas comissões legalmente
constituídas.
Nosso paradigma será a
criatividade, a produtividade e, sobretudo, a qualidade.
Por tudo isso, percebo que me enquadro, hoje, com surpreendente exatidão, nas palavras anteriormente citadas do grande orador e filósofo Marco
Túlio Cícero. A sorte hoje me sorri.
Tenho tudo o que desejo o amor de
minha família, a amizade de meus colegas, o respeito de meus alunos, a
admiração de meus superiores, o louvor de minha comunidade. Sou, realmente, um cidadão afortunado. Por isso
mesmo, devo me precaver contra as
armadilhas do orgulho e da arrogância.
Tenho de saber carregar esta boa fortuna com uma alma sempre igual e
uma fronte sempre serena.
É com este espírito, é com esta certeza que me apresento aqui, hoje, portanto, não como um indivíduo que disserta sobre aquilo que é ou vaidosamente imagina ser, mas como alguém
que se orgulha do que representa: a
coletividade anestesiológica brasileira
da qual faço parte e que é a grande e
verdadeira merecedora de todas as
homenagens.
É assim que me vejo. Sou professor, sou médico, sou um homem simples, que ama sua família, sua sociedade, seu país. E é como homem simples, unidade na pluralidade da Família, unidade na pluralidade da SBA,
unidade na pluralidade do Brasil, que
recebo o honroso cargo de Presidente da SBA, neste que é um dos mais
belos momentos de minha existência.
Muito obrigado!
DR. LUIZ ANTÔNIO VANE
Presidente da SBA
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 5
Diretoria SBA Gestão 2009
Da esquerda para a direita: José Mariano Soares de Moraes - Dir. do Depto de Def. Profissional, Henri Braunstein - Tesoureiro,
Márcio de Pinho Martins - Secretário Geral, Luiz Antônio Vane - Presidente, Airton Bagatini - Dir. Depto Administrativo,
Nádia Maria da Conceição Duarte - Dir. Depto Científico e Carlos Eduardo Lopes Nunes - Vice-Presidente
N
um ambiente de muita alegria e descontração, foi realizada no salão Capitânia do
Clube Naval Piraquê, no Rio de
Janeiro, a cerimônia de posse da
Diretoria da SBA eleita para a ges-
Dr. Luiz Antônio Vane
Presidente SBA 2009
6 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
tão 2009. A cerimônia contou com
a presença de associados de vários
estados brasileiros, assim como
Membros de Comissões, Comitês,
Conselhos, Regionais, Cooperativas,
Indústrias e Laboratórios e representantes de várias instituições médicas. Destacamos a presença dos
seguintes doutores: José Luiz Gomes do Amaral - Presidente AMB,
Gastão Fernandes Duval Neto Membro do Comitê Executivo da
WFSA e Presidente da Comissão de
Saúde Ocupacional da SBA, Maria
Célia Ferreira da Costa - Vice-Presidente da FEBRACAN, Eduardo
Alves do Amorim - Médico Anestesiologia e Deputado Federal e Sérgio Swain Müller - Diretor da Faculdade de Medicina da UNESP.
Dr. Jurandir Coan Turazzi
Presidente do Conselho Superior e
Presidente SBA 2008
Dr. José Luiz Gomes do Amaral
Presidente da AMB
nal de nossa especialidade. Comunicado o
empenho da Diretoria
em
conseguir
a
Certificação da SBA na
ISO e criação de um
Sêlo de Qualidade SBA.
Para a realização
desta cerimônia, contamos com o apoio
das empresas Cristália
Da esquerda para a direita: Luiz Vane, Vilma Vane,
Produtos Químicos
Ivone Turazzi e Jurandir Turazzi
Farmacêuticos Ltda e
K. Takaoka Indústria
Presentes também representantes
e
Comércio
Ltda, nossos parceido Conselho Regional de Mediciros de anos, aos quais registrana e Sindicato dos Médicos do
mos os nossos sinceros agradeEstado do Rio de Janeiro.
cimento.
A cerimônia teve como pontos
altos os discursos proferidos pelos Drs. José Luiz Amaral, Jurandir
Turazzi e Luiz Vane que versaram
sobre assuntos voltados para a situação da saúde no Brasil, focando
a luta da SBA e AMB por melhoria
da remuneração, aposentadoria
especial, segurança da prática
anestésica e qualidade de vida do
médico anestesiologista. Ênfase na
administração da SBA através do
Planejamento Estratégico, visando
o aprimoramento dos serviços
prestados aos associados, aumento do quadro associativo e
consequentemente um maior fortalecimento nacional e internacio-
Da esquerda para a direita:
José Luiz Amaral, Luiz Vane e
Sérgio Swain Müller
Da esquerda para a direita:
Luiz Vane, Vilma Vane e Helton Setta
Da esquerda para a direita: Luiz Vane,
Adhemar Valverde e Jedson Nascimento
Da esquerda para a direita:
Gualter Ramalho e Luciana Lima
Eduardo Amorim e Luiz Vane
De forma muito especial e carinhosa, agradecemos ao nosso
colega associado e Vice Almirante, Helton José Bastos Setta, a
possibilidade de utilização das dependências do Clube Militar.
Registramos o propósito da
Diretoria 2009 de continuidade dos
Projetos iniciados por diretorias
anteriores, assim como ampliação
de nossos horizontes através de
um trabalho intenso, mas com
certeza prazeiroso.
Participe e colabore.
“A SBA somos todos nós”.
Da esquerda para a direita:
Gualter Ramalho e Aurílio Estrela
Funcionários SBA
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 7
A Diretoria da SBA no cumprimento de suas atribuições estatutárias, reuniu-se no dia 10/01/2009,
no Rio de Janeiro, com os Presidentes de Comissões Permanentes e Editora Chefe da RBA,
quando foi apresentado o Planejamento Estratégico da SBA para o ano de 2009.
Planejamento Estratégico
Ano 2009
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
• Obtenção de receita compatível com financiamento dos
projetos
• Crescimento de parcerias
• Incremento da fidelização, reinserção e captação de novos associados
• Otimização do ensino e atualização científica da
anestesiologia, medicina perioperatória e tratamento da dor
• Promoção e desenvolvimento da defesa profissional de
seus associados
• Busca da excelência na gestão administrativa
FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO
•
•
•
•
Composição da receita e custo operacional
Conhecimento das necessidades dos clientes
Recursos didáticos e campo de atuação
Qualidade da remuneração do SUS e implementação da
CBHPM
• Condições de segurança profissional
• Planejamento Estratégico
• Programa de Gestão de Qualidade
VALORES
• Qualidade
- Programas de ensino, atualização científica e segurança profissional de qualidade, atendendo e superando as expectativas de seus associados.
• História e Tradição
- Armazenamento, catalogação e divulgação da história da SBA, gerando reconhecimento e identificação
das suas tradições.
• Empreendedorismo
- Busca continuada de melhorias dos processos, com
implementação de novas práticas e projetos, visando ganhos para seus associados.
• Imagem
- Informações que divulgam o nome e as ações da
Anestesiologia junto à Sociedade médica e leiga.
• União
- Ações de melhorias organizacionais que buscam o
comprometimento, a satisfação e a valorização de
todos os seus associados e colaboradores.
• Ética
- Valores da organização, dos indivíduos e da sociedade.
• Relacionamento
- Desenvolvimento, com seus pares, fornecedores e
clientes, de parcerias baseadas na confiança mútua,
ganhos compartilhados, e visão de longo prazo.
• Organização
- Investimento contínuo em práticas de gestão, e
melhorias organizacionais, visando geração de ganhos para seus associados.
Bagatini apresenta o Planejamento
Estratégico da SBA 2009
8 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 9
Melhoria Continua na Gestão Administrativa
Q Programas de Gestão de Qualidade
• Descrição: Obter a Certificação ISO 9001 até julho/2009
o Meta: 100%
• Descrição: Criar pelo menos um Procedimento
Operacional Padrão(POP) para cada setor da sede e departamentos.
o Meta: 5 POP
• Descrição: Reduzir o número de indicadores em situação de risco
o Meta: 30%
• Descrição: Instituir o Planejamento Estratégico em todas
as Regionais
o Meta: 15%
• Descrição: Criar uma Comissão Temporária para estudar
o tema: segurança e qualidade em anestesia
o Meta: 100%
• Descrição: Implementar e divulgar o compromisso da
SBA com Responsabilidade Social – divulgação em todos os números do AR.
o Meta: 5 divulgações
Q Gestão da Informação
• Descrição: Reduzir os assuntos pautados para a Reunião
de Diretoria utilizando sua ferramenta eletrônica
o Meta: 30%
Q Treinamentos
• Descrição: Capacitar os funcionários da SBA com a promoção de dois cursos de aprimoramento
o Meta: 100%
Otimização do Ensino e Atualização Científica da Anestesiologia
Q Criação, manutenção e adesão aos recursos
oferecidos
• Descrição: Elaborar cursos para capacitação dos sócios
em ensino e pesquisa
o Meta: 2 cursos
• Descrição: Aumentar o número participantes/mês nas
videoaulas.
o Meta: 15%
• Descrição: Aumentar o número instrutores de CET/mês
nas videoaulas.
o Meta: 15%
• Descrição: Aumentar o número ME/mês nas videoaulas
o Meta: 40%.
• Descrição: Aumentar o número de instrutores de CET
o Meta: 50%.
• Descrição: Aumentar o índice de conformidade com a
carga horária didática anual de 240 horas por CET
o Meta: 70%.
• Descrição: Aumentar o número de CET com pontuação
acima de 36 no relatório anual
o Meta: 50%.
• Descrição: Aumentar o número de ME com média igual ou
superior a sete na prova nacional de especialização
o Meta: 50%.
• Descrição: Aumentar a percentagem de sócios portadores do TSA
o Meta: 20%.
• Descrição: Aumentar o número acessos dos sócios não
ME nos livros e cursos do portal por mês
o Meta: 25%.
• Descrição: Aumentar o número acessos dos sócios ME
nos livros e cursos do portal por mês
o Meta: 96%.
• Descrição: Aumentar o número de atividades/ano por
Comissão ou Comitê
o Meta: 5 atividades.
Vane presta esclarecimentos ao plenário
Capacitação para Novos Campos de Atuação
Q Detecção e treinamento para novos campos de
atuação
• Descrição: Criar projetos para novos campos de atuação
o Meta: 4 projetos
10 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
• Descrição: Aumentar o número de sócios com Certificado de Atuação na Área de Dor
o Meta: 6,5%.
• Descrição: Aumentar o número de CET com Centros de
Atuação na Área de Dor
o Meta: 34%.
Incremento na Visibilidade Científica Internacional da SBA
Q Determinação do impacto da participação dos
sócios na comunidade científica internacional
• Descrição: Aumentar o índice de participação como conferencistas em eventos internacionais de Diretores da
SBA; Membros de Comissões e Comitês; Corpo Editorial
da RBA; Instrutores, Co-Responsáveis e Responsáveis
de CET e Diretores de Regionais
o Meta: 10%.
• Descrição: Aumentar o impacto internacional da RBA no
SCiELO
o Meta: 0,13 pontos
• Descrição: Aumentar o número de participação da SBA
em projetos científicos internacionais
o Meta: 5 participações
Nádia explana sobre o Planejamento do Depto Científico
Promoção e Desenvolvimento da Defesa Profissional de seus Associados
Q Qualidade, Remuneração SUS e Implantação da CBHPM
• Descrição: Criar um projeto de melhoria da remuneração da Saúde Complementar
o Meta: 100%
• Descrição: Obter linhas de financiamento, junto ao Ministério da Saúde, para que hospitais SUS e Filantrópicos
se adéqüem a Resolução CFM 1.802/2006
o Meta: 100%
• Descrição: Obter junto ao Ministério da Saúde um projeto de aposentadoria especial para o anestesiologista
o Meta: 100%
Q Condições de Segurança Profissional
• Descrição: Pleitear junto ao Ministério da Saúde – ANVISAregulamentação das condições mínimas de segurança
para o procedimento anestésico
o Meta: 100%
Q Política de Saúde Ocupacional
• Descrição: Desenvolver uma política de Saúde
Ocupacional na SBA
o Meta: 100%
Desenvolvimento de Projetos em Parcerias
Q Conhecimento das necessidades dos clientes
• Descrição: Aumentar o número de projetos em parcerias com outras instituições
o Meta: 3 projetos
• Descrição: Descrever os clientes da SBA até março
o Meta: 100%
• Descrição: Buscar as reais necessidades dos nossos clientes até julho de 2009
o Meta: 100%
• Descrição: Descrever o índice de satisfação dos clientes
com a SBA
o Meta: 100%
Incremento na Fidelização, Reinserção e Captação dos Associados
Q Conhecimento das necessidades dos clientes
• Descrição: Manter a fidelização dos sócios
o Meta: 100%
• Descrição: Aumentar a reinserção dos sócios
o Meta: 1%
• Descrição: Aumentar a captação de novos sócios
o Meta: 5%
Composição da Receita e Custo operacional
Q Obtenção da receita compatível com o
financiamento dos projetos
• Descrição: Realizar parcerias com instituições
acreditadoras hospitalares
o Meta: 1 parceria
• Descrição: Intensificar os estudos junto aos associados
com vistas à redução de custos da RBA
o Meta: 100%
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 11
ADMINISTRAÇÃO
• Presidente: Luiz Antônio Vane
• Vice Presidente: Carlos Eduardo Lopes Nunes
• Secretário Geral: Márcio de Pinho Martins
• Tesoureiro: Henri Braunstein
• Diretor do Departamento Administrativo: Airton Bagatini
• Diretora do Departamento Cientifico: Nádia Maria da
Conceição Duarte
• Diretor do Departamento de Defesa Profissional: José
Mariano Soares de Moraes
QUADRO DE PESSOAL
• Gerente Administrativa Financeira:
Maria de Las Mercedes Gregoria Martin de Azevedo
• Auxiliar Administrativo Júnior:
Carla Palmieri
• Assistente Administrativa Júnior:
Lúcia Morais Lacerda Basílio
• Auxiliar Administrativa Pleno:
Adelaide Rodrigues
• Analista de Sistemas Júnior:
Rodrigo Ribeiro Matos
• Assistente Administrativo Sênior:
Marcelo de Azevedo Marinho
• Auxiliar de Serviços Gerais:
Alcinete Oliveira de Souza
• Auxiliar de Expedição Júnior:
Hosenclever Torres Louzada
• Assistente de Tesouraria Sênior:
Regina Lúcia Rogério Miguel
• Assistente de Tesouraria Júnior:
Deize Lúcia da Silva
• Bibliotecária Pleno:
Teresa Maria Maia Libório
• Auxiliar Administrativo Pleno:
Marcelo de Carvalho
• Assessor de Informática:
José Bredariol Junior
Diretoria e FEBRACAN representada
pela Dra. Maria Celia Costa
Diretoria SBA com Presidentes de Comissões
Permanentes e Editora Chefe da RBA
NOVOS MEMBROS
Aspirante-Adjunto
Marcos Lúcio Milanez Filho
Ativo
Alexandre Mendes de Melo
Almiro Francisco de Castro Junior
Ana Virgínia Tomaz Portella
Anna Carolina M. de Moraes Amora
Antônio Rubens Cordeiro Filho
Bernardo Rafael Skorek
Bruno Lucena de Souza Pires
Camila Alves de Andrade
Camila de Carvalho Teixeira
Carlos Renê de Lima Luz
Carolina Bandeira de Mello Lefevre
César de Araújo Miranda
Cláudia Daniela Santos Amoedo
Cristian Sbardelotto
Daniele Sampedro Ramos
David Luiz Ramos Brandão
Débora Assis Melo
Déborah Marussi Morsoletto
Diogo Pinheiro Sampaio
Fabiano Tadashi Shiohara
Fábio de Sousa Carvalho
Felipe Cavalcante Sampaio
Fernanda dos Reis Meireles
12 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
Fernanda Fonseca Rodrigues
Fernando Ferraz Aguiar
Fernando Rocha Miranda de Oliveira
Francisco Sidney Lopes Correia
Gabriela Calado Xavier
Germano Barros Chagas de Oliveira
Guilherme Barros da Silva Santos
Guilherme de Souza Stefli
Guilherme Nogueira de Almeida
Guilherme Zemi
Gustavo Rech dos Santos
Gustavo Rodrigues Bonheur
Haline Laíse da Silva Teixeira Duarte
Hélder Gil de Abreu Lacerda
Helena Soares Hein
Idelberto do Val Ribeiro Junior
Igor Kubiak
Igor Lopes da Silva
José Cristóvão Ferreira
Karina Rodrigues Romanini Subi
Leandro Jorge Cleto G. da Cunha Jr.
Leonardo Brandão
Lúcio Fiuza Gouthier Junior
Luis Fernando Gomes Querino
Marcela Alves Lima Abrantes
Marcelo Cristiano Bezerra e Silva
Marcelo Grisólia Gonçalo
Marcia Fernandes Ferreira
Márcio Pereira Lopes
Marcio Cardoso Pires
Marcus de Paula Thurler Mendonça
Marcus Vinicius A. de Arruda Meyer
Mário Sampaio Jales
Max Gonçalves Xerez
Nara Olívia Lima Reinoso
Osvaldo Macedo Junior
Otávio Estevam Ferreira
Patrícia Teixeira da Silva Marçal
Priscilla De Carli dos Santos
Rafael Nogueira Figueiredo
Raquel Morihisa
Renata Carvalho Porto
Renata Neri da Silva
Ricardo Gorgulho Paulino
Rodrigo Couto Gabas
Selma Westphal Rodrigues
Sheyla Roncato França
Silvio Antonio Fernandes Filho
Tiago Vieira Rodrigues
Víctor Rocha da Silva Araújo
Vinícius Lobo Rocha
Vitor Borges Palau
Wilson Mares Lacerda
Comissões, Comitês, Conselhos e RBA 2009
A Diretoria da SBA 2009, para o desenvolvimento de suas atividades,
contará especialmente com os apoio das seguintes pessoas:
COMISSÃO DE ENSINO E
TREINAMENTO
Edno Magalhães - Presidente
Ana Maria Meneses Caetano
Ana Maria Vilela Bastos Ferreira
Getúlio Rodrigues de Oliveira Filho
Mary Neide Romero
Oscar César Pires
COMISSÃO EXAMINADORA DO
TÍTULO SUPERIOR EM
ANESTESIOLOGIA
Marcos G. Cunha Cruvinel - Presidente
Antônio Fernando Carneiro
Glória Maria Braga Potério
Ligia Andrade da Silva Telles Mathias
Marcos Antônio Costa de Albuquerque
Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre
COMISSÃO DE ESTATUTO,
REGULAMENTOS E REGIMENTOS
José Mauro Mendes Gifoni - Presidente
Haroldo de Oliveira Torres
Maria Lúcia Bonfim Arbex
COMISSÃO DE NORMAS TÉCNICAS
E SEGURANÇA EM ANESTESIA
Neuber Martins Fonseca - Presidente
Carlos Rogério Degrandi Oliveira
Edisio Pereira
COMISSÃO DE HONORÁRIOS
MÉDICOS
Francisco José A. de Brito - Presidente
Eduardo Oliveira Filho
Wagner Ricardo Soares de Sá
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA DE
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Henrique César F. Pereira - Presidente
Desire Carlos Callegari
Glauco Kleming Florêncio da Cunha
Maria Jucinalva Lima Costa
Mozart Ribeiro
Ronaldo Fixina Barreto
COMISSÃO DE SAÚDE OCUPACIONAL
Gastão F. Duval Neto - Presidente
André Luiz Braga das Dores
Railton César G. de Abrantes
LOCO-REGIONAL
Adilson Hamaji – Presidente
João Aurílio Rodrigues Estrela
Luís Cláudio de Araújo Ladeira
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO
CONTINUADA
Pedro Thadeu G. Vianna - Presidente
Alexandra Resende Assad
Antonio Roberto Carraretto
ANESTESIA EM OBSTETRÍCIA
Carlos Othon Bastos - Presidente
Rômulo Frota Lobo
Vinicius Pereira de Souza
CONSELHO FISCAL - MEMBROS
EFETIVOS
Ronaldo Queiroz Gurgel - Presidente
José Gualberto de Oliveira Filho
José Maria Corrêa da Silva
CONSELHO FISCAL - MEMBROS
SUPLENTES
Dário Humber to de Paiva
Luiz Fernando Saubermann
Roberto Henique Benedetti
PRESIDENTE DO CONSELHO
SUPERIOR
Jurandir Coan Turazzi
SECRETÁRIO DO CONSELHO DE
DEFESA PROFISSIONAL
Sebastião Monte Neto
REVISTA BRASILEIRA DE
ANESTESIOLOGIA
Judymara Lauzi Gozzani – Editor Chefe
Gastão F. Duval Neto - Co-Editor
COMITÊS ANESTESIA AMBULATORIAL
Renato Santiago - Presidente
Deoclécio Tonelli
Eduardo Tadeu Moraes Santos
ANESTESIA CARDIOVASCULAR E
TORÁCICA
Alexandre Slullitel – Presidente
José Fernando Bastos Folgosi
Ricardo Lopes da Silva
ANESTESIA EM PEDIATRIA
Emilia Aparecida Valinetti – Presidente
Daniela Bianchi Garcia Gomes
Danielle Maia Holanda Dumaresq
REANIMAÇÃO E ATENDIMENTO AO
POLITRAUMATIZADO
Antônio Carlos A. Brandão - Presidente
Marcio Augusto Lacerda
Rafael Vilela Silva Derré Torres
ANESTESIA VENOSA
Ricardo Francisco Simoni - Presidente
Marcelino Jager Fernandes
Ranger Cavalcanti da Silva
DOR
Durval Campos Kraychete - Presidente
Irimar de Paula Posso
Gualter Lisbos Ramalho
HIPERTERMIA MALÍGNA
Daniel Carlos Cagnolati - Presidente
Claudia Márquez Simões
Luiz Bomfim Pereira da Cunha
VIA AÉREA DIFÍCIL
Cláudia Lutke - Presidente
Marcio de Pinho Martins
Waston Vieira Silva
MEDICINA PERIOPERATÓRIA
Antonio Vanderlei Ortenzi
Claudia Regina Fernandes
Florentino Fernandes Mendes
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 13
Planejamento Estratégico até 2012
insere a SARGS na Gestão Moderna
“Definir a Missão de uma empresa é
difícil, doloroso e arriscado”, segundo
Peter Drucker, considerado o pai da Gestão Moderna. “Mas é só assim que se consegue estabelecer políticas, desenvolver
estratégias, concentrar recursos e começar a trabalhar. É só assim que uma empresa pode ser administrada, visando a
um desempenho ótimo”, explica o próprio Drucker. E o conceito vem sendo
aplicado com sucesso em entidades de
diferentes portes e áreas. A Sociedade de
Anestesiologia do Rio Grande do Sul
(SARGS), por exemplo, inovou quando
foi a primeira regional a consolidar o Planejamento Estratégico 2008-2012,
espelhada na Sociedade Brasileira de
Anestesiologia (SBA), que publicou suas
metas 2007/2008 também no ano anterior.
“A atitude da SARGS é inovadora e
realça sua posição de vanguarda”, avalia
o atual presidente da SARGS, Dr. Daniel
Volquind, que assumiu o cargo em dezembro passado. De acordo com ele, que
era vice-presidente da entidade em 2008,
a Sociedade está passando por processos de modernização, pois além do planejamento estratégico, válido para os pró-
ximos 3 anos, ainda fez o recadastramento
dos sócios e ampliou em 20% o número
de associados. “O planejamento é fundamental para que a SARGS consiga desenvolver estratégias e direcionar seus
objetivos, que prevêem a ampliação do
número de sócios e de eventos científicos e, por sua vez, o aumento da arrecadação financeira da entidade”, enfatiza.
Eventos Científicos no interior do RS
E uma das formas encontradas pelos
membros da diretoria que estará à frente
da SARGS nessa nova gestão é a de programar eventos científicos presenciais em
cidades do interior do Rio Grande do Sul,
consideradas pólos importantes da área.
“Pretendemos realizar cursos itinerantes
em Pelotas, Santa Maria, Passo Fundo,
Ijuí e Caxias do Sul para que possamos
reunir os sócios na sua região, escutá-los
e contribuir positivamente para sua atualização científica e também estimular a
participação associativa”, adianta Dr.
Daniel Volquind. Essa programação, descentralizada e igualmente inovadora, resulta do que foi definido para a missão
Transcrição de texto publicado pelo Jornal
O Estado de São Paulo, em seu “Foro Eletrônico”
Louros ao Anestesista
Antes de mais nada, devo dar os merecidos parabéns aos distintos colegas que intervieram na cirurgia do nosso vice-presidente, uma das mais longas de que tive notícia, prolongando-se por mais de 17 horas.
Os professores drs. Roberto Kalil (cardiologista), Paulo Hoff (oncologista) e Ademar
Lopes (cirurgião) fizeram um trabalho exemplar, provando que a nossa Medicina está
entre as primeiras do mundo, assim como o excepcional nível de excelência do Sírio
Libanês, um hospital que, para mim, que o conheço de perto, pois também fui operado lá, não fica nada a dever à tão famosa Mayo Clinic, nos Estados Unidos.
As notícias, contudo, omitiram outro membro da equipe, cujo papel foi
fundamental para manter o paciente vivo durante todo esse tempo, permitindo
uma cirurgia deste porte num homem com 77 anos.
Trata-se do médico anestesiologista. Ele faz parte de um grupo, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia, que engloba mais de 8.500 integrantes
em todo o País, com 85 Centros de Ensino da Especialidade espalhados
por todo o nosso território. Este profissional também merece compartilhar
os louros desta vitória. Seria importante para nós que o hospital completasse a notícia dizendo o nome deste colega, que teve um papel fundamental
neste resultado, a sobrevida em condições estáveis após um procedimento
tão difícil quanto o que foi realizado no nosso vice-presidente.
É bom sabermos que podemos contar com equipes desta qualidade, mostrando
que ninguém necessita sair do País para procurar atendimentos médicos de ponta.
ARMANDO FORTUNA
armando.for [email protected]
Prof. Dr., anestesiologista, TSA (Brasil), DA (Dinamarca),
DA (Inglaterra), FACA (USA), Aposentado Santos
14 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
Dr. Daniel Volquind
e visão da instituição, estipuladas no Planejamento Estratégico 2008-2012, e condiz com os valores da SARGS, que são
o pioneirismo, a liderança, a ética, a proficiência e a cooperação (coleguismo).
Vale ressaltar que a Sociedade estabeleceu que sua missão é buscar o aprimoramento técnico-científico na área
da anestesiologia e da dor, promover a
defesa profissional e da imagem e fortalecer as relações entre os anestesiologistas
e destes com a sociedade. Por sua vez, a
visão da SARGS é ser vista, em cinco
anos, como uma sociedade atuante na
defesa do Médico Anestesiologista e no
desenvolvimento de um projeto técnicocientífico de vanguarda, com ênfase em
medicina perioperatória e sendo o principal elo de união entre os anestesiologistas.
DR. DANIEL VOLQUIND
NOTA DE CORREÇÃO
DE MATÉRIA NÃO
ELABORADA PELA SBA
Informamos que no Anestesia
em Revista 05/2008 - out/nov/
dez, foi publicada uma matéria
de autoria de Chico Damaso - Assessor de Imprensa do 55º CBA.
Na pág. 13 - coluna do meio Prêmios e Destaques, ao relatar
os vencedores do Prêmio Dr.
Affonso Fortis foi omitido o nome
do Dr. Fernando Nardy Bellicieri,
do CET do Departamento de
Anestesiologia da Faculdade de
Medicina de Botucatu - UNESP,
como um dos premiados.
Face ao exposto, informamos ter
havido empate na maior nota da
prova nacional de ME2/2007,
assim sendo, os ganhadores do
Prêmio Dr. Affonso Fortis em
2008 foram os Drs. Marcela
Alves Lima Abrantes e Fernando
Nardy Bellicieri.
ARTIGOS
VALORIZAÇÃO
Profissional do Médico:
UMA QUESTÃO DE ATITUDE
O
que fazer para obter sucesso na
valorização profissional do médico? Esta pergunta passa pela cabeça de todos nós médicos. Algumas
pessoas diriam que a resposta é atualização. Outras apostariam que o caminho
é a especialização. Na minha opinião, o
segredo está em sabermos exatamente
em que lugar nós queremos chegar na
nossa profissão, porque como ela está
indo e já chegou em algumas regiões
do País, seremos os profissionais mais desvalorizados da classe médica.
Um bom caminho para nós é um
plano de carreira, onde podemos traçar
metas objetivas e claras, com este plano podemos traçar o melhor caminho
e as ferramentas mais adequadas para
atingir as metas. Outro elemento importante é sabermos que nível de
envolvimento nós queremos ter (exemplos: cargo de diretor significa maior salário e o reconhecimento de sua competência profissional, porém, isso também significa trabalho dobrado, pouco
tempo com sua família, mudar as vezes de cidade, etc) se a pessoa não quer
ficar longe de sua família teremos opções de ocupar cargos operacionais.
Uma carreira valorizada necessita de
pessoas que tenham a clareza do que
querem e que gostem do que fazem.
Saber escolher é o aspecto mais importante da valorização profissional.
Nós não podemos mais viver sem
planejamento, seja em casa ou na vida
profissional, é preciso planejar nos mínimos detalhes e vencidas com louvor
todas as suas etapas. Para que isso aconteça, há a necessidade do comprometimento com a missão e o objetivo
(vencer todas as dificuldades da profissão e reduzir os nossos riscos maternos e fetais). Hoje não basta ter o curso universitário é preciso avançar na
formação profissional (pós, mestrado
e idiomas).
Sejamos os melhores profissionais
na área médica, mudemos nossos há-
bitos, mudemos nossos comportamentos. Não devemos esperar acontecer,
devemos fazer acontecer.
Para as federadas e entidades médicas (FEBRASGO, FENAME, CFM, CRM,
Sindicatos, etc) é necessário conhecer
quais são as motivações pelas quais os
médicos trabalham e procurar dentro do
possível satisfazê-las é fundamental para
as organizações. A satisfação e o prazer
no trabalho estão ligados tanto a aspectos tangíveis, como a remuneração,
quanto os fatores mais subjetivos, como
respeito e confiança, ambiente de trabalho, orgulho de fazer algo importante para si e a sociedade enfrentar e
vencer desafios.
Que dinheiro não é tudo, já o diz
a sabedoria popular. Mas cuidar bem
de um profissional e reconhecer o seu
trabalho passa sim, por uma remuneração justa e atraente. As perspectivas de crescimento que o médico percebe dentro da organização são forte
fator motivacional. Ascensão tanto em
termos hierárquicos, que resulta em
uma melhor remuneração quanto em
termos de absorção de conhecimento, por meio de programas de desenvolvimentos, que o levem a desempenhar melhor seu papel na organização-saúde e também melhorem seu
status profissional.
Desafio é outro conceito importante e caminha lado a lado com a competência dos profissionais. Um prazer
especial por situações ou tarefas que
coloquem à prova sua capacidade de
criação e de realização, permitindolhes expor todo o seu talento. Unir
para valorizar e fortalecer é a essência desta proposta que objetiva mais
alcance e comprometimento de todas
as esferas públicas e privadas no sentido de colocar a profissão de médico
no seu lugar de direito: entre as principais na área social, zelar pela qualidade dos serviços oferecidos à sociedade, orientar, supervisionar, fiscalizar,
N
legalizar, técnica e eticamente o exercício da profissão. Promover o aperfeiçoamento e atualização dos profissionais, é a missão não apenas dos
CRM, que visam buscar soluções para
promover melhorias capazes de qualificar ainda mais a atividade da instituição, mas também buscar e serem
objetivos em resultados concretos, que
tragam verdadeiros benefícios para os
profissionais médicos. Que essa proposta humanizadora, participativa e
tecnicamente qualificada, seja 90% trabalho de transpiração e apenas 10%
de trabalho de inspiração.
Avancemos sempre na vida, as
coisas às vezes andam muito devagar,
mas é importante não parar. Mesmo
um pequeno avanço na direção certa
já é um progresso, e qualquer um
pode fazer um pequeno progresso. Se
você não conseguir fazer uma coisa
grandiosa hoje, faça alguma coisa pequena, pequenos riachos acabam convertendo-se em grandes rios. Continue andando e fazendo. O que parecia fora de alcance esta manhã, vai
parecer um pouco mais próximo amanhã ao anoitecer, se você continuar
movendo-se para frente. A cada momento intenso e apaixonado que você
dedica a seu objetivo, um pouquinho
mais você se aproxima dele. Se você
pára completamente é muito mais difícil começar tudo de novo, então continue andando e fazendo. Não desperdice a base que você já construiu. Existe alguma coisa que você pode fazer
agora mesmo, hoje, neste exato instante. Pode não ser muito, mas vai
mantê-lo no jogo. Vá rápido quando
puder, vá devagar quando for obrigado, mas, seja lá o que for, continue.
O importante é não parar!!!!
“O conhecimento torna
a alma jovem e diminui
a amargura da velhice.
Colhe, pois a sabedoria.
Armazena suavidade
para o amanhã.
(Leonardo da Vinci)
DR. TADEU SAMPAIO
CRM 2747-PA
Ginecologista - obstetra-mastologista Ultra-sonografista
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 17
Quando somos pacientes
As coisas não têm explicações; têm existência.
S
ão pequenos os gestos que nos
trazem alegrias ou tristezas. Em
2000 fui submetido à herniorrafia
inguinal sob raquianestesia com
bupivacaína 0,5% isobárica e posteriormente descrevi todos os comemorativos da instalação e regressão do bloqueio em carta publicada na RBA1, terminei dizendo que do outro lado da
agulha não é uma situação desagradável. Naquela época omiti um dado fundamental para a compreensão da
raquianestesia e para mudança no tratamento de meus pacientes. Desde
que não prejudique ninguém, mude
de opinião de vez em quando, e caia
em contradição sem se envergonhar
disso. Nós temos esse direito; não importa o que os outros vão pensar –
porque eles vão pensar de qualquer
maneira. Se eu errei, sei que foi apenas como parte do percurso para acertar.
Com o aparecimento da
bupivacaína isobárica após editorial de
Gouveia2 publicado em 1984, passei
a usar esta solução com objetivo de se
obter qualidade na raquianestesia.
Durante mais de 16 anos defendi o
uso de soluções isobáricas para
raquianestesia, com a procura sistemática da estabilidade cardiocirculatória,
através de diversos trabalhos publicados3-5. Porém, ao permanecer seis longas horas sem sentir minhas pernas,
refleti exaustivamente sob a qualidade da anestesia que praticava nos seres viventes. Refiz meus conceitos e
hoje procuro muito mais a satisfação
do paciente, realizando raquianestesia
sem bloqueio motor (menor grau ou
menor tempo)6-9, do que a estabilidade cardiocirculatória antes tão procurada. Toda profissão deve ser exercida
com arte, pois a arte salva.
Recentemente fui submetido à
artrodese do 5º artelho do pé direito,
anestesiado com penta bloqueio com
ropivacaína e anestesia venosa com
propofol. No final da cirurgia realizado bloqueio do fibular comum com
ropivacaína, permanecendo durante
12 horas com total analgesia da área
cirúrgica e completa incapacidade de
18 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
Fernando Pessoa
mover o pé. A sensação que tive de
não sentir as pernas durante seis horas
com a raquianestesia foi a mesma que
senti com a impossibilidade de mover
o pé, levando-me a nova reflexão sobre os bloqueios periféricos que tanto
defendo. Será que não seria possível
realizar bloqueios periféricos com o
mínimo de bloqueio motor? O cavaleiro andante de Cervantes já dizia: E que
aventura mais palpitante do que conhecer novas terras.
As mudanças sempre acontecem.
Ennio Flaiano dizia: estamos numa fase
de transição. Como sempre. Será isto
uma verdade? É preciso muitas vezes
mudar de lado. Muitas vezes nós achamos que estamos fazendo o melhor
para nossos pacientes, porém ao nos
tornarmos pacientes percebemos que
nem sempre o que defendemos é o
melhor que estamos oferecendo. Na
maioria das vezes nós temos a serenidade de ser um ignorante. Quando decidimos agir, alguns excessos acontecem. Também é natural que surjam
conflitos inesperados. O bloqueio motor é um conflito para quem o sente. É
natural também que surjam feridas no
decorrer desses conflitos. As feridas passam: permanecem apenas as cicatrizes.
Isto é uma benção. Estas cicatrizes ficam conosco o resto da vida, e vão
nos ajudar muito, principalmente numa
tomada de posição para se mudar. Se
em algum momento – por comodismo ou qualquer outra razão – a vontade de voltar ao passado for grande, basta olhar para o que aconteceu. Relaxe.
Deixe o universo se movimentar à sua
volta, e descubra a alegria de ser uma
surpresa para você mesmo.
No meu entender devemos buscar
a excelência na analgesia pós-operatória, mas tenho certeza, por experiência própria, que o bloqueio motor
dos membros inferiores é uma das piores sensações que se pode ter, e deve
ser a mesma sensação que os paraplégicos sentem. No momento em
que o mundo tanto fala em humanismo, devemos antes de tudo buscar o melhor para o paciente como ser
humano e não como um simples paci-
ente operado. Desta forma, hoje em
dia é preciso buscar a excelência da
analgesia, porém não permanecer ignorante em relação ao bloqueio motor
proporcionado pela nossa anestesia. O
que realmente o paciente precisa, é
de analgesia. Daí, prefiro buscar a simplicidade da analgesia à complexidade do bloqueio motor.
DR. LUIZ EDUARDO IMBELLONI
TSA/SBA
Referências
1. Imbelloni LE. Do outro lado da agulha.
Rev
Bras
Anestesiol
2001;51:181-2
2. Gouveia MA. Bupivacaína na raque:
Há vantagens? (Editorial). Rev Bras
Anestesiol 1984;34:1-3
3. Imbelloni LE, Carneiro ANG. Efeito
da postura nas características do bloqueio subaracnóideo com bupivacaína
0,5% isobárica. Rev Bras Anestesiol
1994;44:227-230
4. Imbelloni LE, Sobral MGC, Carneiro ANG. Efeito da postura nas características
do
bloqueio
subaracnóideo com bupivacaína
0,75% pura. Rev Bras Anestesiol
1996;46:409-414
5. Imbelloni LE, Carneiro ANG. Efeito
da postura nas características do
bloqueio subaracnóideo com
lidocaína 2% pura. Rev Bras
Anestesiol 1998;48:1-6
6. Imbelloni LE, Vieira EM, Gouveia MA,
Netinho JG, Cordeiro JÁ. Bupivacaína
a 0,15% hipobárica para procedimentos cirúrgicos anorretais em regime
ambulatorial. Rev Bras Anestesiol
2006;56:571-582
7. Imbelloni LE, Beato L, Gouveia MA,
Cordeiro JÁ. Baixa dose de
bupivacaína isobárica, hiperbárica
ou hipobárica para raquianestesia
unilateral. Rev Bras Anestesiol
2007;57:261-271
8. Imbelloni LE, Gouveia MA, Cordeiro
JA. Low dose of lidocaine:
comparison of 15 with 20 mg/ml with
dextrose for spinal anesthesia in
lithotomy position and ambulator y
surger y. Acta Anaesthesiol Scand
2008;52:856-61
9. Imbelloni LE, Gouveia MA, Cordeiro JA.
Selective sensory spinal anaesthesia
with hypobaric lidocaine for anorectal
surger y. Acta Anaesthesiol Scand.
2008;52:1327-30.
NECROLÓGIO
Necrológio do
Dr. Carlos Pereira Parsloe
Da esquerda para a direita: Dr. Carlos Pereira
Parsloe e Dr. José Roberto Nociti
É com pesar que escrevo o necrológio de Carlos Pereira Parsloe,
o mais ilustre aneste-siologista brasileiro de sua geração.
Nascido em Santos, Estado de
São Paulo, em 1919, Carlos Parsloe
concluiu o curso colegial em sua
cidade natal e formou-se médico
pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil
(antiga Praia Vermelha) no Rio de
Janeiro, em 1943.
Fez seu internato no Masonic
Hospital em Chicago em 1943 e a
seguir sua Residência em Anestesia
com o Prof. Ralph Waters no State
of Wisconsin General Hospital, da
Universidade de Wisconsin, em
Madison, em 1946-1948.
Retornando ao Brasil, desenvolveu prática clínica na Santa
Casa de Misericórdia de Santos
entre 1948 e 1952.
Voltou aos Estados Unidos em
1952 como Pesquisador Associado no Departamento de Anestesiologia da University of Wisconsin
Medical School em Madison, então sob a chefia do Prof. Sidney
Orth, ali permanecendo até 1954.
De 1955 até o término das atividades profissionais, exerceu a
prática clínica da anestesia em São
Paulo, nomeadamente no Hospital Samaritano. Ao mesmo tempo, manteve suas ligações com a
anestesia norte-americana, como
atestam suas atividades como Pesquisador Associado do Departamento de Anestesiologia da
University of Wisconsin Medical
School em 1963 e como Professor
Visitante do Departamento de
Anestesiologia do Toledo Medical
College em 1974.
Carlos Parsloe sempre foi ativo em inúmeras organizações tanto no Brasil como no exterior. Foi
Presidente da Sociedade de
Anestesiologia do Estado São Paulo (SAESP) em 1973; Membro e
Presidente da Comissão de Assuntos Internacionais (CAI) da Sociedade Brasileira de Aneste-siologia
(SBA) durante muitos anos; Membro da Comissão do Título de Especialista em Aneste-siologia da
SBA; Membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de
Anestesiologia e do Conselho Editorial do periódico internacional
Survey of Anesthe-siology.
Seu trabalho e influência na
World Federation of Societies of
Anaes-thesiologists (WFSA) foram
notáveis: Presidente do Comitê
Cientifico do Terceiro Congresso
Mundial de Anestesiologistas em
São Paulo, 1964; Membro do Comité Educacional e de Assuntos
Cientificos, 1964-1972; Membro do
Comité Executivo, 1972-1980; VicePresidente, 1980-1984; e finalmente Presidente da WFSA,
1984 – 1988. Como Presidente da
WFSA, visitou quase todas as Sociedades-membro e fez contribuições a inúmeros Congressos ao
redor do mundo.
Carlos Parsloe recebeu muitas
honrarias em reconhecimento pelo
seu trabalho na propagação de padrões científicos, educacio-nais e de
segurança da nossa especialidade
tanto em seu país como em todo o
mundo: Membro Benemérito da
SAESP; Membro Honorário da SBA
e das Socie-dades Regionais de
Paraná, Rio Grande do Sul,
Pernambuco, Minas Gerais; Membro Honorário do Australian and
New Zealand College of
Anaesthetists (FANZCA), 1986;
Membro Honorário do Royal
College of Anaesthetists (FRCA),
1989; Membro Honorário da
Association of Anaesthetists of Great
Britain and Ireland (AAGBI), 1989.
Sua personalidade afável e sua
enorme capacidade de trabalho em
prol do aperfeiçoamento da
Anestesiologia fizeram de Carlos
Parsloe um dos pilares da WFSA ao
longo da sua fascinante história.
A Edith, esposa e companheira leal de Parsloe ao longo de
toda sua vida, nossas condolências; aos filhos, nossa reverência
pelo sentimento de orgulho que
certamente devem nutrir pela figura paterna; à Anestesiologia
brasileira, a expressão de luto
associada ao reconhecimento da
felicidade por ter contado durante
tantos anos entre seus membros
com a figura marcante de Carlos
Pereira Parsloe.
JOSÉ ROBERTO NOCITI
Ex-Membro do Comitê Executivo e
Vice-Presidente da WFSA
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 19
HOMENAGEM
Parte um Homem e fica uma História
estávamos vivendo, da sua idade, agradeceu e finalizou deixando uma mensagem de despedida: “cultivem a amizade”.
A amizade é o maior e talvez o
único patrimônio que o homem
leva ao deixar essa vida.
Realmente o Dr. Parsloe deixou
tudo o que fez e o que tinha, porém
levou consigo a sua amizade. Perdemos sim um grande amigo.
Da esquerda para a direita:
Dr. Carlos Pereira Parsloe e
Dr. Irimar de Paula Posso
LUIZ M. CANGIANI
“Cultivem a Amizade”
Tive a honra de fazer parte da mesa
da sessão solene de abertura do 55º
Congresso Brasileiro de Anestesiologia
(05/11/2008) em São Paulo, juntamente com o Dr. Carlos Pereira Parsloe,
Presidente de Honra do mesmo. Na
oportunidade ele foi homenageado
pela Sociedade de Anestesiologia do
Estado de São Paulo, regional sede do
congresso.
Após ouvir a leitura de alguns tópicos do seu vasto currículo e o texto da
homenagem, o Dr. Parsloe fez uso da
palavra. Esperávamos, mais uma vez,
ouvir e aprender mais sobre a nossa
atividade associativa, sobre os fatos
históricos comparados com a evolução
da Anestesiologia e finalmente uma
conclusão de destaque sempre recheada de fé e esperança, ressaltando o
trabalho a ser realizado com altruísmo
e competência.
Era muito agradável ouvi-lo. O Dr.
Parsloe esbanjava conhecimentos aliados a experiência e com o fácil domínio da palavra conseguia prender a
atenção de todos. Era uma pessoa
muito gentil que exercitava seus conhecimentos acumulados durante sua
longa vida com espontaneidade e respeito. Propunha-se a colaborar com
tudo aquilo que estivesse a seu alcance. Era uma espécie de evangelizador.
Era firme, claro e objetivo. Fazia-nos
pensar.
Diferentemente das vezes anteriores o seu breve discurso foi envolvido
por emoção. Falou do momento que
20 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
Dr. Carlos Pereira Parsloe
Aqueles que passam por nós
não vão só.
Deixam um pouco de si, levam
um pouco de nós.
ANTOINE DE SAINT-EXUPERY
Sociedade Brasileira
de Anestesiologia
O Adeus a um Mestre
Querido.
Dr. Carlos, meu amigo.
Ele acreditava no progresso da ciência, na genômica, o “boom”, dos dias
atuais. E saia por ai, difundindo sua
crença: anestesia calcada nos mistérios
dos genes.
Foi um arauto divulgando as últimas
novidades que os grandes centros desenvolviam: e sintetizava tudo que acontecia cientificamente; muito oportuno
para a aculturação dos da linha de frente
que militam no dia a dia na arte de fazer
dormir e principalmente fazer acordar.
Seguramente o mais aclamado e
premiado em toda a História da Anestesiologia Brasileira, com humildade e
desprendimento ajudou muitos dos
que o procuravam, posto que acreditava nas pessoas.
Foi assim, nos idos do final da década de 60, quando representava a
ASTRA no Brasil, e acreditou no meu
projeto de pesquisa sobre a toxicidade
dos anestésicos locais; confiou-me o sal
da recém lançada etidocaína
(Duranest®), que de duradoura só
teve o nome de fantasia. Mas foi com
ela e outros sais de compostos já utilizados na Clínica que resultou uma tese
de mestrado; esses agentes foram estudados quanto aos efeitos cardiotóxico
no coração de cobaia.
Através dele, conheci o livro do Professor Covino, a bíblia da farmacologia
dos anestésicos locais, que ele presenteou-me, e naquela ocasião não existindo a informática, me atualizava com
as novidades vindas da Suécia e Alhures,
que ele me fornecia. Concluído o trabalho, comuniquei-lhe o dia e hora da defesa de tese. Surpreendentemente muito cedo ainda, lá estava ele na Cidade
Universitária de porte esguio, vestido
todo de branco mais parecendo uma figura santa, um pastor de almas, pois que
envolto na simplicidade que o particularizava. Rendi-lhe minha homenagem numa página especial do meu
artigo agradecendo-lhe o estímulo que
deu frutos, por causa dele.
Depois de sorver o livro do Professor Covino, fiquei empolgada e pretendi me especializar na Meca dos anes-
tésicos locais (a Harvard University,
em Boston) e ele promoveu a aproximação; viajei para San Antonio, Texas,
e numa coincidência memorável o Professor iria proferir o Labat Lecture, a
mais alta láurea para aqueles que notabilizam-se na Anestesia Regional, naquele meeting da ASRA.
Graças às cartas de apresentação do
“meu guru”, e do respeitável mestre
Armando Fortuna, tudo foi arranjado e
cheguei ao Brigham and Women Hospital, Research Laboratories, em 1980.
Mas não ficaram aí as gentilezas
daquele que aprendi a venerar. Convivemos por este mundo afora, me jactando de compartilhar da amizade de
um dos mais respeitáveis brasileiros e
queria que o mundo todo soubesse da
tamanha honra de poder estar perto
do casal Carlos/Edith. Assim acontecia
no hemisfério Norte, Ásia, Oceania etc,
onde ele era conhecido e representava gloriosamente nosso País.
Uma característica que lhe era peculiar e que se materializava na vontade
de ajudar foram suas críticas construtivas. Não esqueço sua contribuição por
um grave erro que eu havia cometido.
Numa palestra, ao projetar um slide confrontando isômeros: “o bom versus o
mal”, ele me admoestou particularmente, corrigindo a palavra mal por “mau” que é de fato, a antítese do bom.
Recebi outras críticas com humildade e mais que tudo com vaidade, pois
me orgulhava de saber de sua presença nas minhas falas e na leitura dos meus
escritos, interessando-se por eles.
Por esse Brasil afora, pregava a ética quanto à conduta dos anestesiologistas, na lida com os pacientes, enfatizando o respeito; com senso crítico comentava favorável ou desfavoravelmente as novidades na anestesia, o
que nos enriquecia e nos fazia absorver
mais seus ensinamentos, pois que sempre ilustrados com artifícios visuais: figuras e símbolos inteligentes, e por
vezes, hilários. Algumas vezes, tive a
honra de ser solicitada por ele para que
procurasse livros e ou papers antigos.
Pronta-mente, lá estava eu nos acervos
da biblioteca do meu Instituto procurando os títulos que digitalizava e os
enviava via mensagens eletrônicas.
Com a bagagem de toda uma vida
profissional, não esquecia os erros do
passado para não repeti-los no presente, e nos alertava. Era um comunicador
eloqüente e por vezes, mordaz, mas
que superlotava os auditórios... sempre
aplaudido com reverência. Ele era muito honesto com o que o que nos transmitia. Tendo sido agraciado com a Conferência Roberto Simão Mathias, falou
dos progressos no desenvolvimento dos
anestésicos locais. E para citar o novo
composto, a Simocaína, foi procurar
antes, o colega para certificar-se da veracidade de sua autoria da famosa frase:
“o anestésico local para ser bom, precisa ser tóxico”.
Então, terminou sua magistral oração enfatizando a perspectiva desse
composto vir a se enquadrar no arsenal terapêutico da Anestesia Regional.
Sempre era aplaudido de pé, pelo
mérito das verdades e pelo entusiasmo com os quais nos contagiava, e
muitos de nós subíamos ao palco para
aquele beijo respeitoso.
Em agosto fomos homenageados
pela LASRA, ele, outros colegas e eu.
O mais emocionante fato em toda minha vida foi estar ao lado daquele grande homem, cientista, sem títulos universitários, mas uma das mais expressivas culturas hodiernas. E, receber o
troféu junto com ele, naquela noite
memorável, foi a maior compensação
pela minha atividade na pesquisa. Ele
deveria chegar atrasado à cerimônia de
entrega e ficamos esperando por ele,
que vencendo o trânsito nos honrou
com sua figura: elegante, magra, de
cabelos brancos e ralos que mais pareciam aos dos santos dos altares.
No CBA de 2008 em São Paulo ele
apareceu em público pela última vez.
Foi merecidamente homenageado, o
homem que mais troféus recebeu em
toda a história da anestesiologia brasi-leira;
aceitou a láurea como se fora a primeira,
pois podia-se captar emoção e agradecimento estampados no seu semblante.
Certa vez quando por ocasião da
festa promovida pela nossa Sociedade
em regozijo à vitória que o fez Presidente da World Federation Society
of Anaesthesiologists nos revelou o
sacrifício a ser enfrentado para esse
mister. Fiel a hábitos imutáveis ressaltou que toda a vida morou na mesma
casa e com a mesma mulher... o que
arrancou aplausos de todos os presentes, numa aprovação á sua vida de homem realizado e verdadeiro.
Ele pouco se importava com as coisas matérias: seu carro um modelo
antiqüíssimo, não era tratado com o devido esmero. E nos idos de 70 quando
fazíamos o curso preparatório para o TEA
(como se chamava na época) na sede
da SAESP, acompanhei alguns colegas
parta surrupiar a chave da “charanga”
antes de sua aula, para ser levado para
um banho no Posto... Ele divertiu-se
muito com a brincadeira afetiva e respeitosa e até gostou!. Naquela ocasião já
era o nosso ídolo, pois não sobrepunha
o bem-quer ao ferro, em detrimento ao
bem-querer às pessoas.
Providencialmente muitos fatos
aproximaram nossas almas: eu tive a
subida honra de votar nele naquela
tumultuada e histórica eleição onde
uma plêiade de anestesiologistas de
todos os confins do mundo se fazia
presente na úmida e nevoenta capital
das Filipinas. O tumulto aconteceu nos
bastidores, pois os americanos queriam açambarcar a presidência... Mas a
América Latina estava irmanada.
Ao me identificar como brasileira no
Exterior sempre vinha a pergunta se
eu conhecia o Dr. Parsloe. Assim fizeram: Winner, Moore, Gorth, Bromage,
Bonica e etc (para citar alguns veteranos), e eu me jactava de ser do Brasil
e de privar de sua amizade, embora
não privasse de sua intimidade.
Quando ele esteve doente, as visitas foram proibidas e eu me fiz presente com chocolates de kiwi depositados na caixa do correio. Naquela ocasião esta fruta só existia na Nova
Zelândia, de onde eu havia trazido. Ele
ficou feliz ou teria eu o curado!?
Muitos lances honrosos me fazem
ter saudade redobrada: Dr. Carlos e D.
Edith (aquela respeitável senhora, amparada por uma bengala e pelo marido frágil, porém firme) compareceram
à minha festa de 70 anos. Poderia haver honraria maior?
Nada mais poso dizer desta figura
humana que só nos enriqueceu trazendo respeitabilidade para a anestesiologia brasileira posto que conhecido no mundo inteiro, se constitui no
ícone maior da nossa pátria.
Sentia que ele gostava de mim, por
tudo que fez para que eu crescesse.
Felizes os da minha geração que o conheceram e com ele conviveram.
Sob minha ótica são essas as lembranças que ficam, porém pela ótica divina,
seguramente, Dr. Carlos já está sentado
entre os justos, ao lado do Pai Eterno...
Venero-o, Dr. Carlos, meu amigo.
MARIA P. B. SIMONETTI
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 21
CLÍCIO COSTA,
o colega inesquecível
F
aleceu, em 04 de janeiro deste ano (2009), o colega, amigo e companheiro Clício de
Oliveira Costa. Estamos nos referindo a uma das mais emblemáticas
figuras da anestesiologia baiana.
Clício não desejou ocupar o
proscênio da anestesiologia brasileira, mas a sua atuação discreta e
silenciosa, resultante da grande
modéstia que tinha, não conseguiu
fazer esquecido o seu papel relevante em momentos importantes
do movimento associativo da
anestesiologia brasileira. Clício, por
seu temperamento sério e
agregador, ocupou, por duas vezes, a presidência da Sociedade de
Anestesiologia do Estado da Bahia
(SAEB), em dois mandatos distintos, estando à frente da entidade
durante quatro anos. Em 1975 e
1985, época de realização, na
Bahia, de bem sucedidos Congressos Brasileiros, ele encontrava-se
na presidência da nossa Regional.
E por que Clício? Porque ele, desprovido de ambição, conseguia ser
unanimidade na preferência dos colegas que iam envolver-se nas atividades preparatórias e executivas
dos eventos, possibilitando a harmonia e solidariedade necessárias
nessas ocasiões
tão propícias ao
surgimento de divergências.
Com ele, os
entendimentos se
tornav a m
possí-
22 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
veis, e o trabalho de realização daqueles eventos foi, em nossa apreciação e no depoimento dos que
aqui vieram, plenos de êxitos.
Clício veio do Piauí, formou-se
na Bahia, aqui se tornou profissional da anestesiologia, constituiu família e fez um nome respeitado.
Como médico, era um exemplo; na
conduta, um paradigma de ética; no
trabalho, um espelho em que todos
podiam mirar-se, notadamente os
mais jovens, que, buscando ícones,
viam na sua serenidade e dedicação
o que havia de melhor como modelo profissional a ser seguido.
Acredito que fomos, Altamirando
Santana e eu, os seus maiores amigos, porque havia, a identificar-nos,
o barro de nossas origens. Mas eu e
Clício éramos iguais, nas fantasias e
nos prazeres. Amávamos o sertão,
as caatingas, a vida simples das aldeias do interior. Gostávamos de viajar olhando umburanas, favelas,
unhas-de-gato, essas coisas que fazem parte das tristes paisagens cinzentas do nossos matos nas prolongadas estiagens das secas. Gostávamos dos “restaurantes” de estrada e
suportávamos até mesmo as dormidas nas pousadas desconfortáveis
dos lugarejos em que a noite nos
alcançava. Tivemos a sorte de ter
esposas solidárias que nos acompanhavam, demonstrando alegria e
entusiasmo (?), e o apoio delas permitiu-nos visitar os mais simbólicos
lugares do sertão baiano, onde misticismo, lendas e história misturamse no imaginário da cultura popular: Bom Jesus da Lapa, Monte Santo, Canudos, Raso da Catarina,
Angicos e outros mais. Por isso, as
nossas férias aconteciam no mesmo
mês, prevendo esse tipo de viagens
que outros não teriam interesse em
fazer.
Clício foi a melhor imagem do
anestesiologista perfeito, do companheiro de trabalho que todos gostariam de ter. Não transferia aos jovens os encargos pesados que teriam de ser realizados por alguém,
e, muitas vezes, ele próprio os assumia. Trabalhou, até o seu limite de
aposentadoria compulsória, no Pronto Socorro da Bahia, enfrentando a
grande luta das emergências, solícito a todos os chamados, no seu tempo integral de trabalho. Faltava a
Clício o espírito de chefe, mas não
lhe faltavam atributos de liderança
como: solidariedade para com os
colegas; coragem de enfrentar desafios; alegria pelo trabalho e identificação com o que estava a fazer.
Foi, essencialmente, um indivíduo
bom, de uma bondade poucas vezes
encontrada em outros e nunca superada por ninguém. E, além disso, era
de uma perfeição absoluta.
Nos últimos 30 anos, pela forte
influência da esposa, Ianê, Clício
dedicou-se aos movimentos cristãos,
participando ativamente de encontros de casais, ministrando cursos
para noivos ou levando para outras cidades a sua experiência e
conhecimento religiosos, num trabalho bem reconhecido pela Paróquia da Vitória, a que era ligado.
Clício foi um homem sem defeitos e um mestre, que não ensinou por palavras, ensinou por
exemplos.
Ao partir, deixou saudades nos
colegas de sua geração, mas foi nos
mais jovens que se viu o sentimento
da perda de um exemplo, de uma
referência moral, de um paradigma
dos melhores valores humanos.
OLIVEIROS GUANAIS
Salvador, 04 de janeiro de 2009
EDUCAÇÃO CONTINUADA
Curso de Capacitação em Anestesiologia
à Distância (CCAD) da SBA
A
SBA, por meio da Comissão de Educação Continuada, tem a satisfação de
informar que, neste ano (2009),
encontra-se a disposição dos
seus membros, no portal da SBA
(www.sba.com.br) o Curso de
Capacitação à Distância em
Anestesiologia (CCAD) da SBA.
Este curso foi adaptado segundo as normas da lei No. 1.191/2005
do Governo Federal – Ministério da
Educação (MEC)..
Os anestesiologistas que tenham cargos públicos neste Ministério podem, com este curso, ter
progressão funcional e melhora na
sua remuneração.
Para que isto aconteça, basta
acessar o portal da SBA e realizar
as aulas de Ensino à Distância.
Cada aula corresponde a 2 (duas)
horas de curso.
O Certificado será obtido em três
níveis: Nível I - com 60 aulas ou 120
horas de estudo. Nível II - com 75
aulas perfazendo 150 horas de estudo. O Nível III será obtido quem
realizar 90 aulas ou 180 horas de
estudo durante o ano. É necessário ser feito avaliação em cada aula
realizada e será aprovado quem obtiver a nota mínima de 7 (sete).
A partir de 01/01/2009, todos os que
realizaram as aulas já estão automaticamente cadastrados e registrados no
banco de horas da SBA.
Ao completar o número de aulas no período de 01/01/2009 a 31/
12/2009, o anestesiologista deverá
solicitar junto a Secretaria da SBA
a emissão do seu certificado que
terá com anexo o conteúdo
programático de cada aula.
Poderá ser acessada qualquer
aula, inclusive a dos anos anteriores, ficando a critério de cada um a
escolha do assunto para completar a carga horária do curso. Cada
anestesiologista só terá direito a
um certificado anual.
Além do Certificado no Curso
de Capacitação à Distância em
Anestesiologia (CCDA) da SBA, os
anestesiologistas também estarão,
simultaneamente, sendo pontuados pela CNA (Comissão Nacional
de Acreditação) nas aulas acreditadas por essa Comissão e em vigor para este ano (2009).
Como informa a Coordenadora
da Comissão de Desenvolvimento
Pessoal da UFRJ, Rita dos Anjos,
muitos profissionais desconhecem
que além dos cursos de especialização, Mestrado e Doutorado, outros
cursos podem gerar aumento na remuneração dos funcionários do
MEC.
A SBA tem o prazer de ajudar o seu
membro na atualização científica, e,
também, na sua ascensão funcional.
PEDRO THADEU GALVÃO VIANNA
ANTÔNIO ROBERTO CARRARETTO
ALEXANDRA REZENDE ASSAD
Comissão de Educação Continuada
Pedro Thadeu
Galvão Vianna
Antônio Roberto
Carraretto
Alexandra
Rezende Assad
Obituário
NOME
Arildo Benedito dos S. Abreu
Carlos Pereira Parsloe
Clício de Oliveira Costa
Elizabeth Pellegrini Superti
Francisco Xavier dos Santos Rodrigues
João Rodrigues de Paula Neto
Renato Riciardi del Nero
Roberto Reis e Senna
Tatyanne Frique Ferreira
MATR.
00953
00083
01719
5937
00364
12486
00268
01277
16108
REGIONAL
SAES
SAESP
SAEB
SPA
SAERJ
SAEGO
SAESP
SAERJ
SAERJ
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 23
ENTREVISTA
Entrevista da Sociedade Brasileira de
Anestesiologia concedida à Agência Estado
Dr. Luiz Antônio Vane - Presidente / Dr. Carlos Eduardo Nunes - Vice Presidente
CRÉDITO: Carolina Freitas
Repórter Agência Estado
1 - O senhor percebe um déficit de
anestesiologistas no País?
Na realidade não há déficit. Pode
estar havendo uma distribuição geográfica não uniforme. A Sociedade
Brasileira de Anestesiologia – (SBA)
conta atualmente com um pouco
mais de 8.000 associados. Há ainda
um contingente, que é difícil
quantificar, de anestesiologistas que
não fazem parte da SBA, uns 2.000,
talvez. Ainda, a SBA conta hoje no
país, com 84 Centros de Ensino e
Treinamento em Anestesiologia
(CET), credenciados para a formação
de novos especialistas em anestesiologia, tendo cerca de 1200 médicos em especialização. É a terceira maior Sociedade de Anestesiologia
do mundo e a maior da América Latina.
Grande parte de seus CET é regida
tanto pela SBA como pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC),
através da Comissão Nacional de
Residência Médica (CNRM). Têm,
porém, alguns centros que são regidos somente pelo MEC e, alguns
poucos são credenciados somente
pela SBA. A associação da CNRM
com as sociedades de especialidade é altamente salutar, pois enquanto a CNRM cuida, e cuida bem, da
parte administrativa e legal, as Sociedades de Especialidades cuidam
muito bem da qualidade e, numa
atuação conjunta, poderá ser mais
bem definida a quantidade de
especializandos que um CET pode
formar, sem faltar profissionais no
mercado, mas, sem comprometer a
qualidade do profissional a ser formado. A SBA, após algumas reuniões com a CNRM, se dispôs a ser
uma sociedade de especialidade pi26 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
loto nesta interessante parceria.
Para isso, a SBA conta com estrutura muito bem consolidada para fiscalizar e corrigir os centros formadores, primando pela qualidade. Esse
trabalho deve estar a cargo das Sociedades de Especialidade. No momento, estamos aguardamos a decisão da CNRM para que os centros
formadores no Brasil, todos eles, sejam regidos tanto pelo MEC quanto
pela Sociedade de Especialidade
(SE), nunca somente por um desses
órgãos. Nossa expectativa é grande para que isso possa ser acordado e regulamentado o quanto antes.
2 - Em que Estados há menos
profissionais do que o necessário?
A rigor, em nenhum. Os problemas
são basicamente de dois tipos: primeiro, é difícil fixar o profissional em
pequenas cidades do interior. Segundo, no setor público, os salários estão em geral muito defasados, principalmente em algumas redes estaduais e municipais, que arcam com
grande parte do atendimento. O resultado é que o profissional acaba por
desistir do cargo e o déficit aparece.
Na realidade a maioria dos
anestesiologistas está nas regiões
sudeste e sul do Brasil. Isto tem a
ver com o desenvolvimento
tecnológico destas regiões, com a
formação de equipes médicas com
outras especialidades cirúrgicas e,
também, com a possibilidade de ganho melhor. Mas, não é só isso. Algumas cidades do interior não têm nenhum médico. Soma-se a isso o fato
de também, não terem hospitais
equipados. Agora, do que adianta um
anestesiologista numa cidade sem
outros médicos? Ele passará a ser um
despreparado “resolve tudo”, ou seja,
será ginecologista, obstetra,
ortopedista, cirurgião, clínico etc.
Logicamente não fará bem nenhuma
dessas atividades. Por outro lado, colocar uma equipe médica de 5 – 7
especialistas numa cidade de 3.000
habitantes é lógico? O problema não
é o número de anestesiologistas,
mas, das condições que ele terá para
trabalhar.
3 - O problema é a falta de
anestesiologistas ou a má
distribuição deles pelo País?
Na nossa opinião há uma má distribuição, motivada pelas condições de trabalho oferecidas. Não
é possível hoje, se bem que legal,
um médico fazer tanto uma hérnia
como uma cesariana, tratar um
enfarto e cuidar de um recém-nascido, de uma fratura e tratar um
glaucoma. Apesar de legal, não é
ético.
4 - Como estimular uma melhor
distribuição desses profissionais
nos Estados?
Este é um trabalho de longo prazo e
necessita de vontade política. Quando tivermos cidades com hospitais
bem equipados e em conformidades
com as Resoluções do Conselho Federal de Medicina, com condições
de trabalho e salários razoáveis, médicos não faltarão, mas, não é com
o simples aumento do número de
egressos que vamos ter a ilusão de
que povoaremos todas as cidades de
médicos. Em síntese, podemos dizer
resumidamente que para estimular
uma melhor distribuição desses profissionais nos estados, devemos: 1Aumentar a remuneração prevista
na Tabela do SUS, para os
prestadores de Serviço àquele Sistema; 2- Equipar a rede hospitalar
nos Estados, principalmente no interior, para que o anestesista trabalhe com mais recursos e possa
prover maior segurança ao pacien-
te anestesiado; 3 - Nas cidades onde
a assistência de saúde baseia-se
principalmente em hospitais públicos
próprios, não se podem esperar que
o médico se fixe ali e viva dos salários pagos atualmente.
5 - Quais os maiores desafios e
dificuldades enfrentados pela
categoria e em que Estados os
problemas são mais críticos?
O maior desafio hoje é o de preparar
para o mercado, profissionais bem
formados tanto na graduação como
na especialização. Para isso, a SBA
conta com os trabalhos de uma Comissão que cuida da formação do especialista em anestesiologia, fiscalizando os CET, aplicando provas e,
aprovando ou não tanto o CET quanto o médico em especialização. Para
este árduo trabalho, nossa proposta
é contarmos com o apoio da CNRM.
Por outro lado, nem todos os problemas surgidos chegam a SBA. Pode
haver, nesse exato momento, um
grande hospital de urgência de uma
Capital, sem anestesista. Nem sempre as unidades informam as ocorrências à SBA.
6 - A escassez de anestesistas
acontece só na rede pública ou
também nos hospitais privados?
Não há escassez. Há falta de condições de trabalho em alguns locais.
Alguns serviços públicos oferecem
salários irrisórios por um médico em
24 horas de trabalho semanal. Ainda, ter que trabalhar em hospitais
sucateados, que falta quase tudo
e, o paciente, no seu direito, reclama com o médico, o qual não tem
a menor culpa. A rede privada está
bem servida, exceto aqueles hospitais que tenham convênios exclusivamente com a assistência de
saúde oficial, ou seja, o SUS. Nestes, como os valores previstos na
Tabela SUS são baixos, há uma tendência de evasão do profissional.
Esta situação, entretanto, é rara,
porque, em geral, o mesmo hospital que tem convênio com o SUS
atende também outros planos de
saúde.
7 - Como são as condições
trabalhistas dos anestesistas de uma
forma geral?
De forma geral, as condições sob o
ponto de vista de capacidade do profissional, geralmente é boa. Já, quanto
às condições de trabalho, um número
razoável de hospitais deixa a desejar.
Temos em vigor, a Resolução 1802/
2006 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estipula as condições
mínimas para a prática da anestesia no
Brasil. Estamos sensibilizando o Ministério da Saúde, a ANVISA e os Diretores de hospitais a se adequarem a ela.
Temos tentado junto ao Ministério da
Saúde, a disponibilização de condições
especiais de financiamento para aquisição de equipamentos para os hospitais beneficentes, como as Santas Casas de Misericórdia, que ainda são responsáveis por boa parcela do atendimento de saúde no país.
8 - Como são as condições
trabalhistas dos anestesistas na rede
pública?
O anestesiologista é um profissional que
vive dentro de um ambiente insalubre,
pois, está diuturnamente respirando sub
doses de vapores anestésicos com comprometimento de sua saúde e, até, de
sua capacidade de vigilância. Tem, desta maneira, aumentada a incidência de
tumores malignos, alterações
enzimáticas, infecções, radiações,
abortamentos, infertilidade, insuficiência renal e hepática entre outras, quando comparados com a incidência destas doenças em outros médicos de outras especialidades. Quanto à radiação
ionizantes a que estamos expostos, ainda não há para o anestesiologista
dosímetros sobre a quantidade de radiações que ele já recebeu num intervalo
de tempo.
9 - Como a falta de anestesiologistas
impacta o funcionamento da
emergência e de outros setores de
um hospital?
Na realidade não há falta, mas se
houver, certamente impactará o atendimento de emergência e urgência,
bem como das cirurgias de rotina de
um hospital. Por ser uma especialidade que provê meios para que outros
especialistas atuem, a Anestesiologia
é sempre um ponto essencial em hospitais que prestam atendimento
terciário, isto é, que fazem cirurgias,
procedimentos terapêuticos complexos, investigações diagnósticas, exames radiológicos invasivos, clínicas de
dor, etc. Se esta mesma unidade hospitalar possuir também um setor de
emergência de grande porte, a falta
de anestesistas implicará em grave
risco para a população.
10 - O senhor acredita que a falta
de mão de obra é um problema
exclusivo da anestesiologia ou
acontece também em outras
especialidades médicas? Em quais?
Não acredito que haja falta de mão
de obra. Acredito haver muito mais
uma distribuição geográfica não uniforme do que uma escassez de
anestesiologistas. A irregularidade
na distribuição dos profissionais, conforme exposto anteriormente, ocorre também em outras especialidades, principalmente aquelas em que,
por existirem menos especialistas ainda que o número seja adequado , propiciam que o médico jovem se
estabeleça mais precocemente na
rede privada. Talvez a dramaticidade
da falta de anestesistas num hospital seja mais visível que a de outros
especialistas porque a Anestesiologia
é imprescindível para o funcionamento de todas as especialidades cirúrgicas, além de alguns procedimentos
cardiológicos, radiológicos e
endoscópicos.
Ainda, o anestesiologista precisa de
um local de trabalho minimamente
equipado, de acordo com a Resolução 1802/2006 do CFM e, isso, nem
sempre é encontrado. Precisa também, contar com equipe de trabalho
para que os pacientes tenham atendimento de forma digna. Finalmente, remuneração que possa dar ao
profissional condições razoáveis de
vida. Na prática, todos esses itens
em conjunto, dificilmente são encontrados. Quando satisfeitas estas condições, sem dúvida, o número de profissionais poderá estar adequado.
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 27
CALENDÁRIO CIENTÍFICO OFICIAL
2009
MARÇO
26 a 28 de março - XXXIII
JONNA – Jornada Norte-Nordeste
de Anestesiologia, V Jornada
Norte-Nordeste de Dor e II e Fórum
de Cooperativismo
Belém – PA
ABRIL
18 A 20 – 44ª JORNADA
SULBRASILEIRA DE
ANESTESIOLOGIA - JOSULBRA
Florianópolis - SC
JUNHO
AGOSTO
13 a 15 – 40ª Jornada de
Anestesiologia do Brasil Central –
Xl Curso Fundamentos Científicos
em Anestesiologia
Goiânia / GO
OUTUBRO
17 A 21 – ASA Annual Meeting
New Orleans – Los Angeles - USA
SETEMBRO
10 a 12 XVII JAEPE - Jornada de
Anestesiologia do Estado de
Pernambuco
Summerville Beach Resort na Praia
de Muro Alto - Porto de Galinhas / PE
06 a 09 – Euroanesthesia 2009
MILÃO - ITÁLIA
NOVEMBRO
25 a 27 – 42ª JASB – Jornada de
Anestesiologia do Sudeste Brasileiro
– Rio de Janeiro – RJ
Hotel Intercontinental
14 a 18 - 56º Congresso Brasileiro
de Anestesiologia
Centro de Convenções da Bahia Salvador / BA
cursos pré-congresso estão previsto para dias 13 e 14/11 de (09h17h) - depender da demanda.
2010
OUTUBRO
16 a 20 – ASA Annual Meeting
San Diego – California - USA
NOVEMBRO
57º Congresso Brasileiro de
Anestesiologia
Porto Alegre / RS
2011
OUTUBRO
15 a 19 – ASA Annual Meeting
Chicago – Illinois - USA
NOVEMBRO
58º Congresso Brasileiro de
Anestesiologia
Fortaleza / CE
Não percam em 2009!
28 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
REGIONAIS
Eleições
N
SARGS elege nova diretoria
a noite de quarta-feira (03/12),
foi realizada a Assembléia Geral Ordinária da Sociedade de
Anestesiologia do Rio Grande do
Sul (SARGS) que elegeu a nova Diretoria para a gestão 2009, presidida pelo
Dr. Daniel Volquind, de Caxias do Sul.
No total, foram 110 votos válidos, dos
quais apenas dois foram brancos e nenhum nulo. A maioria das células veio
do interior gaúcho, por carta. Na ocasião, também foram eleitos os Membros da Assembléia de Representantes
da SARGS - gestão 2009/2010.
Em seu discurso de posse, o Dr.
Daniel Volquind agradeceu a confiança e observou que a Chapa Única
teve aprovação, uma vez que o número de votos brancos foi desprezível e não houve voto nulo. Agradecemos aos colegas que nos deram
credibilidade e nos elegeram por meio
de seu voto, nos dando coragem
para os novos desafios que, certamente, teremos no decorrer desta
gestão que se inicia, enfatizou.
Por sua vez, antes de passar o
comando da Sociedade, o então presidente da SARGS, Dr. Florentino Mendes, se disse grato por ter finalizado
sua terceira gestão com sucesso. A
cada nova oportunidade, aprendemos
a errar menos, disse Dr. Mendes. E
essa nova diretoria comprova o sucesso de nosso trabalho, uma vez que
muitos membros pertenciam a nossa
gestão que, acima de tudo, buscou unir
a categoria de anestesiologistas, salientou o ex-presidente, argumentando
que o número de associados ampliou
em quase 20% nesse ano.
Durante o ano, ainda foi elaborado o Planejamento Estratégico da
SARGS 2008-2012, quando foi definida a missão da SARGS: buscar o
aprimoramento técnico-científico na
área da anestesiologia e da dor, promover a defesa profissional e da imagem e fortalecer as relações entre
os anestesiologistas e destes com a
sociedade.
O presidente eleito salientou que
a diretoria da SARGS foi parcialmente renovada e seguirá atuante e
interagindo com seus associados. Nosso maior objetivo será o de levar cur-
Da esquerda para a direita: Drs. Vasco Miranda Júnior - Diretor Financeiro, Danilo
Rangel Menezes - Diretor Social e de Marketing, Daniel Volquind - Presidente, Fábio
Amaral Ribas - Vice-Presidente, Regis Borges Aquino - Diretor Científico e André
Prato Schmidt - 1º Vice-diretor Científico
sos itinerantes ao interior do Estado,
de março a agosto, privilegiando cinco pólos do Estado: Pelotas, Santa
Maria, Passo Fundo, Ijuí e Caxias do
Sul, adiantou Dr. Volquind. Nos anos
anteriores, ele foi vice-presidente da
SARGS e diretor científico.
Entre outros eventos para
2009, está confirmada a 20ª edição da Jornada de Anestestesiologia do Rio Grande do Sul
(JARGS) e a 3ª Jornada de Dor, em
Canela, nos dias 5 e 7 de setembro
de 2009. A Comissão Organizadora
já está empenhada em proporcionar uma Jornada de nível científico-associativo elevado e oferecer
descontos aos sócios que anteciparem sua inscrição.
A diretoria da SARGS gestão 2009
tem a seguinte composição:
Presidente:
Dr. Daniel Volquind
Vice-presidente:
Dr. Fábio Amaral Ribas
Diretor Social e de Marketing:
Dr. Danilo Rangel Menezes
Diretor Científico:
Dr. Regis Borges Aquino
1º Vice-diretor Científico:
Dr. André Prato Schmidt
2º Vice-diretor Científico:
Dr. Gustavo Ayala de Sá
Diretor Financeiro:
Dr. Vasco Miranda Junior
Homenagem
Dra. Maria Simonetti recebe homenagem
durante Jornada em
Mossoró/RN.
PARABÉNS
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 29
Novas diretorias de Regionais
Gestão 2009/2010
SAEPI
SAEPA
Presidente:
Lindolfo Galvão
Diretor Financeiro:
Ursulino Martins Neiva
Diretor Administrativo:
Antônio de Pádua de Sousa Ramos
Diretor Científico:
Ézio Ricardo de Brito Amorim
Presidente:
Mário de Nazareth Chaves Fáscio
Vice-Presidente:
Bruno Mendes Carmona
Secretário Geral:
Antônio Jorge Ferreira da Silva Júnior
Tesoureira:
Heloisa Chaves Arêas
Diretor Científico:
Luís Paulo Araújo Mesquita
Diretor de Defesa Profissional:
Jalvo Hermínio Chucair Granhen
Presidente:
João Maximiano Pierin Barros
Vice-Presidente:
Kleber Machareth de Souza
Diretor Científico:
Fábio Vinicius Benevenuto Feltrim
Primeiro Secretário:
Adriana Marques da Costa
Segundo Secretário:
Ester Stangarlin Fernandes Rocha
Primeiro Tesoureiro:
Édina Rodrigues Teruya
Segundo Tesoureiro:
Sérgio Augusto Rodrigues
Presidente:
Francisco José Antunes de Brito
Secretário Geral:
Maria do Socorro Almeida Barbosa
1º Tesoureiro:
Airton Ayres Bezerra da Costa
2º Tesoureiro:
Cristovam Alves de Lira Terceiro
Diretor Administrativo:
Maria Ester Correia Troncoso
Diretor de Defesa Profissional:
Ana Cecília Melo da Silva Sarubbi
Diretor Científico:
Ana Cintia Carneiro Leão
30 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
Presidente:
Sérgio Luiz do Logar Mattos
Vice-Presidente:
Luiz Bomfim Pereira da Cunha
Primeiro Secretário:
Maria Aparecida Barreto de Oliveira
Segundo Secretário:
Sylvio Valença Lemos Neto
Primeiro Tesoureiro:
Samuel Felipe da Fonseca Gelli
Segundo Tesoureiro:
Helton José bastos Setta
Diretor Científico:
Ana Cristina Pinho Mendes Pereira
Diretor de Eventos e Publicações Periódicas
Edmar Alves dos Santos
Presidente:
José Nilson Fortaleza de Araújo
Vice-Presidente:
Rômulo Frota Lôbo
Tesoureiro:
Sérgio Mota Rôla
Secretário Geral:
Cícero Péricles de Lucena Feitosa
Diretora Científica:
Danielle Maia Holanda Dumaresq
Diretora Defesa Profissional:
Shirley Ulisses Paiva
Provas da SBA 2009
Como efetuar a inscrição:
- Efetuar depósito bancário correspondente ao valor da inscrição, cujo comprovante deverá ser encaminhado à Secretaria da
SBA, pelo correio, com aviso de recebimento, juntamente com o requerimento de inscrição que deve identificar qual a prova
desejada. (vide modelo portal da SBA)
Endereço para envio da inscrição: Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo - 22251-080 Rio de Janeiro RJ
-Datas limite para inscrições nas provas:
TSA oral primeiro semestre
TEA
Dor, TSA escrita e TSA oral segundo semestre
23/03/2009
11/05/2009
17/08/2009
- Dados do Depósito:
Valor único para inscrição nas provas: R$ 428,00 (quatrocentos e vinte oito reais)
Favorecido: Sociedade Brasileira de Anestesiologia CNPJ: 33.748.831/0001-03
Banco Real: Agência: 0826 Conta-Corrente: 7805109-6
- Informações importantes:
1-
Não serão efetuadas inscrições com pendências de documentos ou necessidade de alteração de categoria.
2-
Antes de solicitar sua inscrição, confirme no portal da SBA os documentos necessários para efetivação de sua inscrição.
3-
Não serão aceitas inscrições via fax ou e-mail.
4-
Caso até 30 dias após o encerramento das inscrições não receba nenhuma comunicação da SBA, favor encaminhar
solicitação de revisão de sua inscrição, acompanhada do aviso de recebimento comprovando a entrega da inscrição pelo
correio.
5-
No dia da prova, será exigida como identificação do candidato, a carta de confirmação da inscrição e documento de
identidade com foto atualizada. O candidato deverá estar munido de caneta preta ou azul.
6-
Caso necessite de maiores esclarecimentos sobre o assunto, favor contatar a SBA - (21) 2537-8100, anotando o nome do
funcionário atendente
7-
Não haverá prorrogação de prazo para inscrição. Não serão aceitas inscrições fora do prazo.
8-
Provas Escritas:
Prova TEA - será realizada na regional de origem do candidato inscrito - dia 08/08/2009
Prova de Dor - dia 13/11/2009
Prova TSA - dia 14/11/2009
9- Provas Orais:
A distribuição dos dias de realização das provas orais, será efetuada pela ordem de inscrição, assim sendo, antecipe
sua inscrição.
Prova Nacional para Médicos em Especialização em Centros de Ensino e Treinamento
12 de dezembro de 2009 – sábado
ME1 – 10:00 / 12:00 h
•
•
•
•
ME2 – 14:00 / 16:00 h
ME3 – 17:00 / 19:00 h
(Horário de Brasília)
Todos os médicos em especialização, cadastrados como membros aspirantes da SBA, automaticamente encontram-se inscritos para a realização destas provas.
Os médicos em especialização deverão quitar sua anuidade até a data de vencimento (30/04/2009).
Os médicos em especialização que não estiverem regularizados não poderão realizar a prova nacional.
Solicitações de realização de prova fora da Regional onde o ME encontra-se cadastrado e horário especial
por motivos religiosos, deverão ser encaminhados para a secretaria da SBA, por escrito, pelo(a) Responsável
pelo CET até 01/10/2009.
Mais informações, acesse o site da SBA: www.sba.com.br/home/provassba.asp
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 31
Datas Associativas Importantes
DATA
DESCRIÇÃO
ELEIÇÕES DIRETORIA E CONSELHO FISCAL - SBA
16/8/2009 a 16/9/2009
16/8/2009
Período de inscrição de chapas para eleições da Diretoria e Conselho Fiscal.
Limite para regularização SBA e Regional para os associados interessados em participarem das
eleições.
13/11/2009
Limite para recebimento de votos postais para as eleições da Diretoria e Conselho Fiscal.
ASSEMBLÉIA GERAL
16/8/2009
15/11/2009 - 12:00 h
Convocação para a Assembléia Geral.
Assembléia Geral para eleição da Diretoria e Conselho Fiscal, aprovação das contas e alterações Estatutárias.
15/11/2009
Limite para regularização com a SBA e Regional dos membros ATIVOS que queiram participar
da Assembléia.
ASSEMBLÉIA DE REPRESENTANTES
16/9/2009
16/9/2009
Convocação para a Assembléia de Representantes.
Limite para regularização com a SBA e Regional dos associados que serão indicados por suas
Regionais como representantes e/ou suplentes.
17/8/2009
Limite para envio pelas Regionais, à secretaria da SBA, listagem de membros quites com a
Regional, para cálculo do número de Representantes da AR.
16/9/2009
Limite de envio dos relatórios para o Boletim Agenda (Diretoria, Comissões, Comitês, Conselhos
e RBA).
Até 16/9/2009
Divulgação do número de Representantes de cada Regional para a Assembléia de Representantes.
14/11/2009 - Até 13:00 h
Entrega à secretaria da SBA, no CBA, pelos Presidentes das Regionais, da lista de Representantes e Suplentes de suas Regionais.
15/11/2009 - Até 11:00 h
15/11/2009 - 13:00 h
15/11/2009 - Até 13:00 h
17/11/2009 - Até 17:00 h
Disponibilização das credenciais de representantes e suplentes para os presidentes de Regionais.
Sessão de Instalação.
Devolução da lista de Representantes e Suplentes, devidamente assinada para liberação da bancada.
Disponibilização do material da AR para os Presidentes, na secretaria da SBA, no CBA.
18/11/2009 - 13:00 h
Sessão de Ordem do Dia.
18/11/2009 - 13:00 h
Até o início da Sessão de Ordem do Dia poderão ser substituídas credenciais Representes por
Suplentes.
REUNIÕES DA DIRETORIA DA SBA DURANTE JORNADAS REGIONAIS
28/3/2009 - JONNA
09:00 h - com Presidentes de Regionais / 11:00 h - com Presidentes de Cooperativas e FEBRACAN
19/4/2009 - JOSULBRA
09:00 h - com Presidentes de Regionais / 14:00 h - com Presidentes de Cooperativas e FEBRACAN
27/6/2009 - JASB
09:00 h - com Presidentes de Regionais / 14:00 h - com Presidentes de Cooperativas e FEBRACAN
15/8/2009 - JABC
09:00 h - com Presidentes de Regionais / 14:00 h - com Presidentes de Cooperativas e FEBRACAN
REUNIÕES DA CET DURANTE JORNADAS REGIONAIS
28/3/2009 - JONNA
19/4/2009 - JOSULBRA
08:00 h - com Responsáveis Região Norte-Nordeste / 11:00 h - com ME Região Norte-Nordeste
08:00 h - com Responsáveis Região Sul / 11:00 h - com ME Região Sul
27/6/2009 - JASB
08:00 h - com Responsáveis Região Sudeste / 11:00 h - com ME Região Sudeste
15/8/2009 - JABC
08:00 h - com Responsáveis Região Centro Oeste / 11:00 h - com ME Região Centro Oeste
DIVERSOS
30/6/2009
Limite para envio do relatório anual dos CET
30/6/2009
Limite para inscrição de trabalhos concorrentes a Prêmios / SBA (vide por tal)
32 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
Notícias da Tesouraria
Senhores Associados,
A Diretoria da SBA elaborou a Proposta Orçamentária a ser executada durante o ano de 2009, tendo o cuidado
de manter todos os benefícios concedidos anteriormente e ainda considerando novas aquisições para o ano em
curso.
Conscientes da situação político-financeira em vigência em nosso País e no mundo, propusemos que a anuidade
se mantivesse congelada pelo terceiro ano consecutivo.
Face ao exposto, informamos que os valores praticados para o ano de 2009 não sofreram nenhum reajuste.
Informamos que a cobrança da anuidade 2009 já foi encaminhada pelo correio.
O vencimento da anuidade com desconto será em 31/03/2009; o pagamento da primeira parcela para os que optarem
pelo pagamento parcelado será em 28/02/2009 e o vencimento da anuidade com valor integral será em 30/04/2009.
Caso não receba o boleto até a semana do seu vencimento, poderá solicitar uma segunda via, por e-mail, que
encaminharemos em seguida (também por e-mail).
1- VALORES DAS ANUIDADES 2009
ATIVOS E ADJUNTOS - R$ 428,00 (quatrocentos e vinte e oito reais)
a. Pagamento até: 31/03/2009: R$ 408,00 (quatrocentos e oito reais) – com desconto.
b. Pagamento até: 30/04/2009: R$ 428,00 (quatrocentos e vinte e oito reais) – integral.
ASPIRANTES
ME1 (ADMISSÃO) - R$ 214,00 (duzentos e quatorze reais).
Na admissão de novos membros, a anuidade não poderá ser parcelada.
ME2 E ME3 - R$ 214,00 (duzentos e quatorze reais)
a. Pagamento até 31/03/2009: R$ 204,00 (duzentos e quatro reais) – com desconto.
b. Pagamento até 30/04/2009: R$ 214,00 (duzentos e quatorze reais).
ASPIRANTES-ADJUNTO (Ingresso e Renovação)
R$ 214,00 (duzentos e quatorze reais).
Na admissão de novos membros, a anuidade não poderá ser parcelada.
ESTRANGEIRO
US$ 240,00 (duzentos e quarenta dólares americanos)
No caso de admissões de novos membros, não serão aplicados os descontos.
2- TAXA DE READMISSÃO
ASPIRANTES/ASPIRANTES-ADJUNTOS - R$ 10,00 (dez reais)
A partir de 01/05/2009: R$ 214,00 (duzentos e quatorze reais)+ taxa de readmissão vigente R$ 10,00 (dez reais) para pagamento
à vista – totalizando o valor de R$ 224,00.
ATIVOS/ADJUNTOS - R$ 20,00 (vinte reais)
A partir de 01/05/2009: R$ 428,00 (quatrocentos e vinte e oito reais) + taxa de readmissão vigente R$ 20,00 (vinte reais) para
pagamento à vista - – totalizando o valor de R$ 448,00.
3- PARCELAMENTO ANUIDADES
- Até o prazo do vencimento, poderá ocorrer parcelamento em até 3 vezes, devendo o vencimento da última
parcela coincidir com o da anuidade da SBA - 30/04/2009.
1º Vencimento 28/02/2009
2º Vencimento 31/03/2009
3º Vencimento 30/04/2009
-
No caso de parcelamento será acrescido um valor de: Aspirantes, Aspirantes-Adjuntos R$ 10,00; Ativos e Adjuntos R$ 20,00.
A taxa de readmissão e parcelamento serão acrescidas, integralmente, na primeira parcela da anuidade.
O valor com desconto, não poderá ser pago de forma parcelada.
Na admissão de novos membros, a anuidade não poderá ser parcelada.
4- ASSINATURA DA REVISTA BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA:
Nacional R$ 428,00
Internacional U$ 240,00 (dólares americanos)
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 33
RESPONSABILIDADE SOCIAL
O Ciclo do Papel
O
ciclo de vida do papel tem
início muito antes de adquirir o seu aspecto final - o de
papel pronto a utilizar. Na verdade, o seu ciclo de vida tem início
na matéria prima que lhe dá origem: a árvore. E, ao contrário do
que muitos pensam, a vida do papel não termina depois
de ser utilizado: o papel é um produto que
pode ser reciclado várias vezes, sendo os
papéis usados uma importante fonte de matérias primas.
O papel é um
produto natural obtido a partir de recursos renováveis. O seu
ciclo de vida tem início quando se plantam árvores destinadas a serem utilizadas
pela
indústria
papeleira, de acordo
com uma política de
Gestão Florestal sustentada. Estas árvores, depois de colhidas e cortadas, são
descascadas
e
estilhaçadas para serem cozidas, dando
assim forma à pasta
de papel.
Tem então lugar o fabrico do
papel propriamente dito. A pasta
é introduzida no pulper, juntamente com outros elementos, formando a folha de papel em
bobine. É nesta fase do processo
que podem ser introduzidos os
papéis usados que, depois de
seleccionados e triados, são adi-
34 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
cionados à pasta de papel. Assim
nasce o papel que, consoante a
quantidade de fibras recuperadas
e fibras virgens presentes na sua
composição, apresenta características distintas. Na verdade, existem 57 categorias de papel diferentes.
Depois de fabricado, o papel
é transformado de acordo com as
utilizações que vai conhecer: desde simples folhas de papel até
envelopes, caixas e sacos, o papel conhece múltiplas funções. O
papel assim transformado é depois utilizado pelo consumidor
final, que o introduz de forma
quase maquínica e inconsciente
no seu dia-a-dia. As revistas e livros que lemos, os bilhetes de cinema, as embalagens de leite e
sumo, as caixas de sapatos e as
embalagens de produtos alimentares são apenas alguns dos produtos que consumimos diariamente e nos quais o papel
está presente.
A vida do papel não
termina com a sua utilização, uma vez que o
papel usado pode ser
reciclado até 5 vezes. As
fibras de papel recuperadas são reutilizadas no
fabrico de novos produtos de papel, conferindo assim ao papel usado uma nova vida.
Contudo, e para que
a reciclagem seja uma
realidade, a colaboração
dos consumidores é fundamental - na prática, a
reciclagem tem início na
separação doméstica
das embalagens usadas.
A reciclagem de papel
usado poupa recursos
naturais e contribui para
a defesa do meio ambiente. Papel reciclado
não é sinönimo de papel sem qualidade - é
antes um sinal de qualidade de
vida. Recicle: o seu papel é essencial!
Fontes:
1- http://www.recipac.pt
2 - http://filmescomenergia.blogspot.com
3 - http://br.answers.yahoo.com
4- http://www.furg.br/
portaldeembalagens/tres/reciclag.html
Sociedade Brasileira
de Anestesiologia
Relatório Gerencial
SBA 2008
MISSÃO
Congregar os anestesiologistas brasileiros,
promovendo a formação e a atualização
técnico-científica, associada à implementação
de ações de defesa profissional, visando
for talecer a especialidade junto à comunidade
médica e leiga.
VISÃO
Significar, para a comunidade de profissionais
envolvidos na prática da Anestesiologia,
Tratamento da Dor e Medicina Perioperatória, uma
entidade exemplar no campo do ensino,
atualização científica e defesa profissional, com
reconhecimento da comunidade científica mundial.
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 35
Planejamento Estratégico da
Sociedade Brasileira de
Anestesiologia
“Num mundo como este, a única
certeza estável é a de que os ventos
da mudança virão...
... mas se não posso controlar
os ventos, devo comandar as velas”
AC Kronemberger
A era do conhecimento que estamos vivenciando,
sinaliza e orienta as organizações a quebrar tradicionais paradigmas e atuar de forma diversa de como
vinham atuando no passado.
Quando se quebram antigos paradigmas ocorre a
necessidade de se buscar os novos, de forma consciente e planejada. Idéias inovadoras devem ser estudadas e esforços devem ser dirigidos à sua implantação.
Os responsáveis diretos pela condução dos destinos da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA),
além do desenvolvimento das questões puramente
científicas, econômicas e administrativas, estão agindo
nas rupturas políticas e culturais atuais, no sentido
de inserir a organização neste ambiente de constantes mudanças. Para tanto, cuidados especiais e uma
revisão profunda na análise do cenário onde a Sociedade está inserida estão sendo realizados nos últimos anos.
O Planejamento Estratégico foi criado como uma
forma de identificar objetivos que a nossa Sociedade
pretende alcançar, definindo e executando as ações
necessárias.
Há três anos a SBA vem desenvolvendo a identificação de objetivos e o diagnóstico de fatores críticos, utilizando para tal, uma metodologia definida
como Planejamento Estratégico Organizacional. Neste modelo, os caminhos a serem perseguidos para
atingir os objetivos estabelecidos deverão ser ponderados sob a ótica de fatores que influenciarão de
forma positiva ou negativa o alcance dos mesmos.
Torna-se importante que a busca destes objetivos estratégicos considerem o contexto no qual a
36 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
sociedade está inserida, e para tanto, a identificação dos pontos fortes e fracos da organização e as
oportunidades e ameaças (análise SWOT) que o
cenário externo contextualiza farão com que a adoção desta metodologia permita o desenvolvimento
de um elenco de ações que deverão ser adotados
de forma estruturada e acompanhada de forma
matricial.
Como pode ser observado no Mapa Estratégico
Organizacional de 2008, nossos Objetivos Estratégicos (retângulos) e os correspondentes Fatores Críticos de Sucesso (elipses), estão agrupados sob quatro perspectivas, listadas na coluna da esquerda,
denominadas “Pessoas/Conhecimento”, “Processos
Internos”, “Clientes/Sociedade” e “Financeira”, numa
sequência que deve ser lida de baixo para cima, já
que cada perspectiva serve de apoio para as que
estão acima (tabela 1).
Neste contexto, de forma objetiva, relatamos a
performance de cada departamento, que será detalhada com a utilização da metodologia acima descrita.
Departamento Administrativo
Neste ano, foi realizado um conjunto de decisões
e ações estratégicas para determinar o desempenho
da SBA a longo prazo (figura 1).
No mundo plano em que vivemos, o planejamento é a principal ferramenta que nos diferencia dos
comuns. Após a implantação, nosso desafio foi o
aprimoramento e a manutenção deste conjunto de
ações que nortearão nosso futuro.
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 37
Trabalhamos também para
aproximar os anestesiologistas
em não-conformidade com a Diretoria, a desmistificação da
anestesiologia junto ao público
leigo e a modernização do portal da SBA.
Outro pilar importante da
diretoria administrativa foi a
editoração do “Anestesia em
Revista”, que consiste num veículo de comunicação direta com
os sócios, disponibilizando ma- Fig. 1 – índice de indicadores em situação crítica
térias referentes às ações da
Diretoria, divulgação de evenEste projeto visa o estabelecimento de convênios
tos científicos, notícias das comissões e comitês,
de cooperação entre instituição hospitalar, gestor de
pareceres técnicos e informações diversas sobre a
saúde do município sede do hospital e Ministério da
anestesiologia brasileira e mundial.
Saúde que disponibilizará recursos para as instituiTambém é importante que se divulgue o acervo
ções hospitalares se adequar aos requisitos exigidos
científico disponibilizado como: inúmeros livros e
na resolução.
periódicos científicos que compõem a biblioteca siEste programa visa contemplar primariamente
tuada na sede e a biblioteca virtual, que disponibiliza
adequação dos Hospitais do SUS, Hospitais Filanem nosso portal virtual 16 periódicos full-text e dois
trópicos, Santas Casas e Hospitais Universitários.
livros.
A SBA tem mantido contato freqüente com o
Ministério da Saúde através do Departamento de
Departamento de Defesa Profissional
Regulação Avaliação e Controle de sistemas buscando melhorias na remuneração dos atos anestéEm 2008 foi concluída a pesquisa para avaliar o
sicos praticados em pacientes do SUS. Esta prática
cumprimento da resolução CFM 1.802/2006 no que
tem refletido em melhorias pecuniárias e na prótange as adequações estruturais e tecnológicas nos
pria estruturação da tabela, contemplando procehospitais brasileiros (figuras: 2, 3 e 4).
dimentos que não eram previstos e inclusão da
Dos 4.775 hospitais cadastrados na Federação
remuneração do anestesista para procedimentos de
Brasileira de Hospitais, 785 (16,5%) responderam ao
questionário evidenciando que
um número significativo de instituições não cumprem os quesitos considerados como condições mínimas de segurança para
a prática do ato anestésico enumerados na referida resolução.
Diante desta realidade a SBA
estabeleceu junto ao Ministério
da
Saúde
através
da
Coordenadoria Geral de Alta
Complexidade Ambulatorial, um
projeto de adequação das instituições às recomendações da
Fig. 2 – distribuição geográfica dos hospitais que
Resolução CFM 1.802/06.
responderam ao questionário
38 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
Fig. 3 – percentual de hospitais
que disponibilizam uma unidade por
local onde há prática do Ato
Anestésico
diagnóstico e terapêutico que não eram contemplados anteriormente.
Este trabalho continuará no ano que se inicia buscando sempre alcançar um nível digno de remuneração dos serviços prestados na assistência do cidadão amparado pelo poder público.
Na saúde suplementar a SBA e a FEBRACAN
vem procurando estreitar uma relação entre estas instituições, buscando inicialmente o desenvolvimento
de um banco de dados que permita mapear nos diferentes estados da federação as práticas comerciais e
organizacionais, para que possamos desenvolver ações
estratégicas que tragam melhorias das condições de
trabalho, ganhos compartilhados e visão de longo
prazo, tanto para os anestesiologistas quanto para
todos os “players” envolvidos no processo assistencial.
A diretoria da SBA em conjunto com o departamento jurídico elaborou um projeto de solicitação
de reconhecimento por parte da previdência social
do caráter de aposentadoria especial para o profissional anestesiologista. Para tanto foi realizado o
perfil profissiográfico da atividade do anestesista, e elaborada a sustentação jurídica do caráter especial da profissão. Este
projeto foi encaminhado ao Congresso Nacional e encontra-se
em tramitação na Câmara dos
Deputados.
ensino e treinamento trabalhou com afinco para permitir aos Centros de Ensino e Treinamento (CET)
condições adequadas para o ensino da anestesiologia.
Diversas vistorias foram realizadas e infelizmente,
porém necessário, sugeriu a suspensão de vagas para
o próximo ano em algumas delas, até que graves
problemas encontrados venham a ser corrigidos.
Temos insistido com a Comissão Nacional de Residência Médica que adote o sistema de controle utilizado pela SBA em seus centros, nas residências médicas que não são credenciadas pela SBA visando a
uniformização do padrão na formação de novos especialistas em anestesiologia.
Destacou-se o desenvolvimento de um novo projeto, as vídeoaulas para médicos em especialização
que permitiram a democratização do ensino para
todos os oitenta e quatro centros, através de aulas
ao vivo, via internet, permitindo inclusive
interatividade entre o especializando e os renomados
palestrantes convidados para ministrarem as aulas
do programa. Esperamos ao longo de três anos ofe-
Departamento Científico
Neste ano procuramos não
descuidar da formação e aperfeiçoamento do anestesiologista
brasileiro. A nossa comissão de
Fig. 4 - percentual de hospitais que disponibilizam
uma unidade no Centro Cirúrgico
Anestesia em revista - jan/fev, 2009 - 39
Fig. 5 - nº de acessos a vídeoaulas / mês
cia, no portal da SBA, os ME superaram a nossa meta de de seiscentos
acessos/mês (figura 6).
Outro destaque foi a publicação do livro de Metodologia Científica, que contribuirá para o desenvolvimento de pesquisas e publicações de trabalho científico no
bojo da nossa sociedade.
A comissão de normas técnicas
e segurança em anestesia tem procurado manter vigilância constante
quanto as normativas relacionadas
aos equipamentos e instrumentos
utilizados em anestesia. Ao longo
do ano participou de diversas reuniões na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), bem
recer um percentual significativo do programa científico do curso de especialização (figura 5).
Devido ao alto custo deste programa e a problemas de incompatibilidade do horário para assistir a
apresentação on-line para os oitenta e quatro CET, novas alternativas
também foram estudadas para garantir a qualidade no ensino da
anestesiologia. A comissão de educação continuada tem procurado
oferecer aos anestesiologistas instrumentos eficazes para o constante
aprimoramento de nossos sócios.
Através de cursos on-line, videoconFig. 6 - nº de acessos de ME aos livros de educação continuada
ferências e publicação de livros com
temas específicos. Tem cuidado com
como esta desenvolvendo um trabalho de revisão
os erros das questões ligadas a resertificação do Título
em todas as normas vigentes, que dizem respeito à
de Especialista em Anestesiologia. Nos livros a distânanestesia, procurando a sua modernização e aperfeiçoamento.
A Comissão Examinadora do Título Superior em Anestesiologia,
além do eficiente trabalho na elaboração das provas, desenvolveu uma
série de ações com o objetivo de
tornar os testes cada vez mais adequados
à
realidade
do
anestesiologista brasileiro tentando
diminuir ao máximo a chance de
serem cometidas injustiças com aqueles que procuram ter uma titulação
diferenciada (figuras 7 e 8).
Fig. 7 - índice de aprovação na prova do TSA - escrito
40 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
Em especial, queremos destacar que, finalmente, tivemos
confirmada a indexação da Revista Brasileira de Anestesiologia (RBA) no Medline. Isto
permitirá que a partir de agora
nossos autores tenham seus trabalhos visíveis perante a comunidade científica internacional.
É o processo final de reconhecimento por anos de trabalho
árduo de tantos diretores, ediFig. 8 - índice de aprovação na prova do TSA - oral
tores, revisores, autores e funcionários da nossa sociedade,
tão Administrativa” e “Incremento na
na busca e manutenção da excelência da nossa
Fidelização, Reinserção e Captação de Associarevista.
dos” (figuras 9, 10 e 11). O primeiro insere-se na perspectiva
“Pessoas/Conhecimento”, que
apóia as ações vinculadas ao
Departamento Científico e ao
de Defesa Profissional, ambas
enquadradas em “Processos Internos”. Já o segundo, enquadra-se sob a perspectiva “Clientes/Sociedade”, que atua em
sinergismo com a Tesouraria,
que, por sua vez, se alinha na
perspectiva “Financeira”.
Entre as ações que visam o
Fig 9 - nº de fidelização de sócios
objetivo “Busca da Excelência na
Gestão Administrativa”, encontraSecretaria Geral
se a elaboração de Procedimentos Operacionais
Padrão, ou simplesmente POP, que são sistematiÀ semelhança da própria
Anestesiologia, que é uma atividade de meios e não de fim,
a Secretaria da SBA provê suporte para o desenvolvimento
de praticamente todas as ações
descritas no planejamento estratégico da entidade.
A Secretaria da SBA, além
de apoiar os demais setores em
suas ações, tem sob sua responsabilidade específica ações
relacionadas aos objetivos
Fig 10 - nº de reinserção de sócios
“Busca da Excelência na GesAnestesia em revista - jan/fev, 2009 - 41
Tesouraria
Fig 11 - nº de captação de novos sócios
zações de processos internos, almejando uniformizar e racionalizar o trâmite de documentos. Em
2008, nossa meta constava da elaboração e descrição de nove POP e foi alcançada. Para 2009,
estamos com mais 13 (treze) POP elaborados e
em fase final de descrição.
ADMINISTRAÇÃO
•
•
•
•
•
Presidente: Jurandir Coan Turazzi
Vice Presidente: Luiz Antônio Vane
Secretário Geral: Carlos Eduardo Lopes Nunes
Tesoureiro: Henri Braunstein
Diretor do Departamento Administrativo: Airton
Bagatini
• Diretora do Departamento Científico: Nádia Maria da Conceição Duarte
• Diretor do Departamento de Defesa Profissional:
José Mariano Soares de Moraes
QUADRO DE PESSOAL
• Gerente Administrativa Financeira:
Maria de Las Mercedes Gregoria Martin de Azevedo
• Auxiliar Administrativo Júnior:
Carla Palmieri
• Assistente Administrativa Pleno:
Valeria de Souza Teixeira
42 - jan/fev, 2009 - Anestesia em revista
O Planejamento estratégico, que a
SBA implantou para o ano de 2008,
propiciou a criação de metas que motivaram a obtenção de recursos para
torná-las exeqüíveis.
A busca pelo crescimento das parcerias com empresas farmacêuticas e
com outras entidades médicas
nortearam o nosso gerenciamento financeiro, bem como, contribuíram para
a fidelização, reinserção e captação de
sócios.
Em suma, a obtenção de receita compatível com financiamento de projetos, o aumento
da receita bruta da SBA, a intensificação da busca
de anunciantes nas publicações e na parceria dos
novos projetos, foram as metas atingidas do departamento financeiro.
• Auxiliar Administrativa Pleno:
Adelaide de Souza Rodrigues
• Analista de Sistemas Júnior:
Rodrigo Ribeiro Matos
• Assistente Administrativo Sênior:
Marcelo de Azevedo Marinho
• Auxiliar de Serviços Gerais:
Alcinete Oliveira de Souza
• Auxiliar de Expedição Júnior:
Hosenclever Torres Louzada
• Assistente de Tesouraria Sênior:
Regina Lúcia Rogério Miguel
• Assistente de Tesouraria Júnior:
Deize Lúcia da Silva
• Bibliotecária Pleno:
Teresa Maria Maia Libório
• Auxiliar Administrativo Pleno:
Marcelo de Carvalho Sperle
• Assessor de Informática:
José Bredariol Junior

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