O pecador aos raios x da Bíblia

IGREJA EPISCOPAL CARISMÁTICA DO BRASIL
PARÓQUIA DA VITÓRIA
O PECADOR AOS RAIOS X DA BÍBLIA – Cabeça
Texto básico: Provérbios 15.28.
INTRODUÇÃO: A cabeça é a parte superior do corpo em que se acham a boca, a língua, os lábios,
os olhos, os ouvidos, o cérebro e, como complemento, a garganta. Hoje estudaremos a garganta e a
boca, realizando um raio X completo de seus comportamentos, segundo as Sagradas Escrituras.
I – A GARGANTA – A garganta é o conjunto de órgãos localizados no pescoço, adiante da coluna
vertebral. As partes que a compõem são importantes para as funções da respiração e deglutição. Na
garganta se incluem a faringe, a laringe, parte do esôfago e da traqueia. Quando qualquer dessas
partes inflama, o indivíduo sente dor de garganta. Diversas doenças acometem a garganta, sendo
as mais conhecidas: faringite, amigdalite, laringite, nódulos e paralisia nas cordas vocais.
Quando se quer falar do volume da voz de uma pessoa, não se diz que ela tem uma boa
laringe, mas uma boa garganta. De grande serventia, este órgão não só dá comunicação, mas o dom
de cantar, para quem o recebeu. No entanto, a mesma garganta que se usa para o louvor de Deus,
também pode constituir, na pessoa não regenerada, um foco irradiador do pecado em suas piores
formas.
Aos raios X das Sagradas Escrituras, a garganta de uma pessoa não regenerada é
apresentada como um “sepulcro aberto” (Sl 5.9). Essa é uma figura bem pesada e forte, para mostrar
até que ponto a garganta do pecador pode servir como veículo de propagação do pecado. Da
mesma forma que o fedor da matéria putrefata, existente no interior de um túmulo aberto, constitui
uma cruel agressão contra o olfato de quem estiver perto, assim as palavras impudicas e torpes,
procedentes do fundo de uma garganta pecaminosa também ferem os ouvidos de quem as ouve.
II – A BOCA – Antes de a boca ser usada para emissão de qualquer tipo de som significativo, é
utilizada para ingestão de alimentos; pois é pela boca que se inicia o processo de alimentação e
nutrição do corpo todo. E por isso mesmo, segundo a Bíblia, já foi com a boca que o primeiro ser
humano praticou seu primeiro pecado, ao comer do fruto proibido por Deus. Também pela boca são
cometidos os pecados de bebedices e glutonarias – obras carnais que impedem até mesmo a
herança do reino de Deus (Gl 5.1921).
Mas a boca não serve apenas para ingerir alimentos necessários à vida do corpo; ainda ela
faz parte do aparelho fonador; é a caixa de ressonância das vibrações das cordas vocais, para
formação e articulação das palavras. Mas quando é dominada pelo pecado, também pode ser o
principal instrumento do mal.
Veja-se, pois, aos raios X da Bíblia, como aparece a boca dos chamados insensatos, ímpios e
perversos. A boca depravadamente pecadora se apresenta na Bíblia como:
a) Devorante: Devorante de quê? Da iniquidade. Salomão, ao falar da testemunha de Belial e
da boca dos perversos. Diz: “O ímpio escarnece do juízo, e a boca dos perversos devora
a iniquidade” (Pv 19:28);
b) Morada da violência: Após haver devorado a iniquidade, a boca depravada dos ímpios
contém todas as espécies de males, sendo mesmo a morada do mal e principalmente da
violência. Salomão, que sempre faz contrastes vivos entre o justo e o ímpio, somente no
capítulo dez de seu livro de Provérbios, afirma duas vezes que “na boca dos perversos mora
a violência” (Pv 10.6, 11);
c) Cheia de maldição: Se a boca do ímpio é aquela que, além de devorar a iniquidade, ainda
fica sendo a morada permanente da violência, não poderá estar cheia da própria iniquidade,
bem como de toda sorte de mal. Diz um Salmo de Davi que o ímpio tem a boca “cheia de
maldição, enganos e opressão” (Sl 10.7). O apóstolo Paulo diz a mesma coisa, quase que
com as mesmas palavras (Rm 3.12-14).
d) Transbordante de maldade: Qualquer recipiente cheio, além de seus limites, naturalmente
transborda. E a boca dos insensatos e perversos está de tal maneira cheia de maldade ou
estultícia, que não pode deixar de transbordar. Salomão, em outro de seus notáveis
contrastes feitos entre o perverso e o justo, sentencia também que “a boca dos perversos
transborda maldades” (Pv 15.28).
e) Destruidora do próximo: O mal que a boca do ímpio transborda não é, porém, um mal
derramado para o nada; é, quase sempre, um mal que se derrama contra o próximo, como já
declarava Salomão (Pv 11.9).
f) Autodestruidora: Antes de um mal qualquer chegar à pessoa visada, ele atingiu já o próprio
malfeitor, sujeito praticante desse mal. O mal que pode chegar a quem o recebe, já está
naquele que o pratica. Nesse sentido, a boca de um ímpio, que sempre fala insensatamente,
também pode ser usada contra si mesmo. Eis as palavras encontradas em Provérbios: “A
boca do insensato é a sua própria destruição” (Pv 18.7).
Para se comprovar essa grande verdade, basta lembrar o drama desenvolvido entre a rainha
Ester, Hamã e Mardoqueu: Hamã, inimigo e traidor do povo judeu, certamente usou sua boca para
pedir ao rei Assuero a destruição dos judeus (Et 3.8) e a morte de Mardoqueu, “na forca que ele,
Hamã, tinha preparado” (Et 6.4). Hamã, em sua insensatez, nunca perceberia que, usando sua boca
para falar contra Mardoqueu e todos os judeus, estava preparando a sua própria destruição (Et 7.9 10). Na forca que, com sua boca, pediu para Mardoqueu, ele próprio morreu.
CONCLUSÃO – A nossa boca não pode ser como sepulcro caiado, pois esta comparação é como se
a nossa boca fosse como um corpo chagado por feridas. A pessoa fala do que o seu coração está
cheio. Não use a sua boca como espada para ferir, para difamar e para levar tristezas aos corações.
Não podemos deixar que o inimigo use os nossos lábios para satisfazer as suas vontades. A
nossa voz deve ser ouvida como uma voz abençoadora. O nosso órgão fonador não pode ser uma
arma; ele é um bem que Deus nos concedeu, pois, graças ao Senhor, não nascemos mudos.
Devemos deixar sempre Deus com o controle de nossos lábios, para que ele seja usado apenas para
louvor e glória de seu santo nome.
PARA REFLEXÃO:
1. Alguma vez você sentiu que usou a sua boca para produzir pecados? Faça uma lista desses
desafios e, depois, anote como você conseguiu enfrentá-los e detê-los.
2. A sua consciência alguma vez já lhe incomodou por causa de palavras usadas de modo
inconsequente, entristecendo o corpo de Cristo?
3. Você já pensou em clamar ao Senhor para guardar a porta de seus lábios, quando a sua
mente manda que use a arma mais venenosa que você tem?
4. A sua voz tem sido usada para abençoar e louvar ao Rei da Glória ou, às vezes, é usada
para proferir palavras obscenas ou conversas sujas?
ORAÇÃO:
Oremos pela restauração da saúde de Marcos (secretário da Paróquia); por um Novo Ano cheio de
paz e de provisão, na Paróquia da Vitória e no mundo; por nosso arcebisbo Dom Paulo Garcia e seu
ministério, bem como pelos Ministros da Paróquia da Vitória.