ARTIGO COMPLETO aqui - Universidade, EAD e Software Livre

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ARTIGO COMPLETO aqui - Universidade, EAD e Software Livre
Universidade, EAD e Software Livre
LabSEMIOTEC/FALE/UFMG
As diferenças e semelhanças entre
Software Livre e Software Aberto
SILVA, Mayra Garcia1, SOUZA, Kelly Cristina2
RESUMO: Esse trabalho tem como finalidade enumerar as principais
diferenças e convergências entre Software Livre e Software Aberto e apontar
quais são seus principais usos e aplicações no Ensino a Distância. Serão
comparadas as licenças de dois softwares, um livre e um aberto, utilizados no
ambiente acadêmico. Dessa forma faremos a definição de cada termo para
posteriormente realizar uma discussão relacionando os itens pesquisados e
mostrar como estes se diferenciam e se assemelham para os usuários.
Palavras chave: Software livre, software aberto, educação à distância
1. INTRODUÇÃO
Esse trabalho é parte obrigatória da disciplina de Oficina de Língua
Portuguesa Oficina e Produção de texto, LET203 da turma TM5 do primeiro
semestre de 2015 e tem como finalidade realizar uma discussão sobre as
diferenças envolvendo Software Livre e Software Aberto e quais são seus
principais usos e aplicações no Ensino a Distância. Dessa forma faremos,
1
Graduanda . Letras/UFMG . [email protected]
2
Graduanada. Letras/UFMG. [email protected]
primeiramente, uma definição de cada termo para posteriormente realizar uma
discussão relacionando os itens pesquisados. Utilizaremos como exemplo de
software aberto o Google Scholar (Google acadêmico) e como exemplo de
software livre o Domínio Público que é um site utilizado para acesso às obras
de autores que após dez anos de sua morte são liberadas para acesso livre ou
que autorizadas pelos mesmos, podendo ser baixadas gratuitamente.
Buscaremos verificar as aplicações desses tipos de sites bem como suas
restrições referentes ao ambiente acadêmico.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Foi realizada uma vasta busca em sites onde havia a definição dos
termos pesquisados e também uma busca por artigos científicos, no site Scielo,
Google, Domínio Público, no portal do Software Livre do governo do Brasil,
dentre outros que já tratava do tema de nossa pesquisa.
2.1. DEFINIÇÃO DE SOFTWARE LIVRE E ABERTO
Iniciaremos nosso trabalho trazendo a definição do que é software livre,
software aberto e ensino à distancia (EAD), para posteriormente relacioná-los e
discuti-los. Segundo o site Software Livre do Governo Brasileiro, software livre
é um tipo de programa que pode ser modificado e redistribuído. No caso do
software livre, a licença só se faz necessária quando ocorre a distribuição do
mesmo, para que os aspectos livres do programa sejam mantidos quando este
é repassado.
Software livre, segundo a definição criada pela Free Software
Foundation é qualquer programa de computador que pode ser usado,
copiado, estudado, modificado e redistribuído com algumas
restrições. A liberdade de tais diretrizes é central ao conceito, o qual
se opõe ao conceito de software proprietário, mas não ao software
que é vendido almejando lucro (software comercial). A maneira usual
de distribuição de software livre é anexar a este uma licença de
software livre, e tornar o código fonte do programa disponível.
Brasil, disponível em: http://www.softwarelivre.gov.br/tire-suasduvidas/o-que-e-software-livre, 12 de abril de 2015, 12:05
É muito comum o uso de software livre e de código aberto como
sinônimos, especialmente porque para o usuário que não é programador, a
diferença técnica entre os dois não é evidente. Entretanto, isso pode fazer uma
grande alteração em relação ao seu uso, especialmente em termos de
pesquisa e ensino.
O programa em código aberto, ou open source (em inglês), é aquele
no qual o usuário pode modificar o código, de acordo com o que
deseja usar. Porém, o desenvolvedor original do programa determina
as condições de uso e de distribuição. Por exigir mais conhecimentos
técnicos, os códigos abertos são geralmente manipulados por
programadores.http://revistaescola.abril.com.br/blogs/tecnologiaeducacao/2014/06/17/voce-sabe-a-diferenca-entre-software-livre-ecodigo-aberto/ acesso em 13 de abril de 2015, 00:30
O Google Scholar é um software de tipo código aberto, pois ele permite
modificações, mas para que o usuário tenha acesso a ele é necessário que
uma licença para seu uso. No caso de software de código livre o usuário não
necessita de uma licença para seu uso, como, por exemplo, o site Domínio
Público pode-se acessar livros que “se encontram em domínio público ou obras
que contam com a devida licença por parte dos titulares dos direitos autorais
pendentes” (site Domínio Público: Acesso em: 29/03/15), nele o acesso é
irrestrito e não há necessidade de se ter uma licença para utilizá-lo. Já o
Google Scholar e seus componentes, ou seja, todos os serviços que a empresa
disponibiliza necessitam de uma licença e ela disponibiliza para seus usuários
quais critérios ela exige para seu uso:
O Google concede a você uma licença pessoal, mundial, não
exclusiva, intransferível e isenta de royalties para o uso do software
fornecido pelo Google como parte dos Serviços. Essa licença tem
como único objetivo permitir que você use e aproveite o benefício dos
Serviços, tal como fornecidos pelo Google, da forma permitida por
estes termos. Você não poderá copiar, modificar, distribuir, vender ou
alugar qualquer parte de nossos Serviços ou o software incluso, nem
poderá fazer engenharia reversa ou tentar extrair o código fonte
desse software, exceto nos casos em que a legislação proibir tais
restrições, ou quando você tiver nossa permissão por escrito.
Software de código aberto é importante para nós. Acesso em:
29/03/15
2.1.1. EXPOSIÇÃO DO PROBLEMA
O acesso à Internet é crescente no Brasil, assim como as possibilidades
que ela oferece. Isso faz com que haja certo otimismo em relação às suas
aplicações na área da educação. A Internet ajuda a promover a modalidade de
Ensino à Distância (EaD) que por sua vez atende a demanda crescente por
educação que ocorre tanto pelo aumento populacional como por uma demanda
histórica das classes trabalhadoras por um direito que não lhes era
assegurado. Assim, através do uso de mídias virtuais como, por exemplo,
software livre e software aberto, discutidas nesse trabalho, ocorre uma maior
mediação no processo pedagógico, possibilitando que um maior número de
pessoas tenham acesso à educação. (Alves, 2011).
3. METODOLOGIA
Nas aplicações referentes à modalidade EAD pode ser utilizado tanto um
software livre quanto um software aberto lembrando que esse último solicita
uma licença de uso, porém em ambos os casos não sendo o acesso pago
facilita a propagação do acesso à educação visto que, por mais que seja
exigida uma licença esse software não é pago.
O curso pode tornar-se dependente da licença emitida pela empresa.
Para esclarecer, um software livre não pode exigir que o usuário utilize todas
as atualizações, ficando a critério dele qual versão e qual atende melhor suas
necessidades de uso e de preservação de sua privacidade. Entretanto, no caso
de um software de código aberto, as atualizações e a preservação das
informações que transitam pelo mesmo não dependem do usuário, mas podem
ser determinadas pela empresa que o produziu. Assim, por mais que o
software seja útil para o desenvolvimento de uma determinada pesquisa e para
a construção de conhecimentos as informações dos usuários não estão
necessariamente seguras e isso pode gerar diversos problemas como, por
exemplo, no caso de uma mudança de licença, desde plágio a espionagem
intelectual entre Universidades.
Fica
claro
que
ao
usar
os
serviços
oferecidos
pelo
Google
Scholar/Acadêmico, como no caso de nossa pesquisa, o usuário se vê ligado
aos termos implementado pela companhia. Muitas vezes não é perceptível
para o usuário que ao acessar os serviços prestados por essa empresa
estamos ligados à uma licença automática e essa adesão não é indicada de
maneira explícita dando ao usuário a falsa sensação de que ele pode usar os
serviços oferecidos de maneira irrestrita. Não podemos, entretanto, termos a
ilusão de uma proteção ao o software livre, pois por ser seu uso feito de forma
irrestrita pelos usuários é sempre possível que ocorra violações, porque, na
maioria das vezes, seus usuários não têm o conhecimento necessário para
proteger completamente suas informações.
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
A discussão sobre o uso de software livre e software de código aberto
passa antes pela capacidade da população em entender seus mecanismos e a
forma de utilização, pois na maioria dos casos os usuários não são bem
informados sobre suas fragilidades acreditando que estão em um ambiente
seguro onde eles podem armazenar informações dos mais vários tipos sem se
preocupar com a política de uso do provedor.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existe uma diferença técnica entre os softwares e uma vez que a
população esteja informada quantos ao manuseio e às formas de proteção
disponíveis, essas informações têm implicações na utilização nos ambientes de
aprendizagem, por exemplo, um usuário que esteja ciente dos processos
envolvidos na utilização desses softwares para o desenvolvimento de
pesquisas não terá a preocupação de ser plagiado. Por outro lado, como
poucos usuários buscam estes conhecimentos eles podem vir a sofrer abusos
por parte de outros usuários que tenham mais informações técnicas. Dessa
forma em ambos os casos quem utiliza essas ferramentas estão sempre
suscetíveis aos problemas que podem ser gerados pelo seu uso.
O ensino EAD é uma grande revolução para a divulgação do
conhecimento, mas mesmo com tantas facilidades que esse sistema oferece
há ainda uma longa busca no que diz respeito ao seu uso no ambiente
acadêmico. Não se trata somente uma questão de utilização, mas de
conhecimento das ferramentas para que estas facilitem a aprendizagem e a
construção de conhecimento de uma maneira segura e consciente para que os
trabalhos científicos sejam protegidos.
5. Referências
1 - Site Domínio Público:
<http://www.dominiopublico.gov.br/PoliticaDoAcervo/PoliticaDoAcervo.jsp>
Disponível em: 29/03/15
2 - Google Scholar <http://www.google.com.br/intl/ptBR/policies/terms/regional.html>. Disponível em: 29/03/15
3 - BUZATO, Marcelo El Khouri. Será que ler um robô desrobotiza um leitor?. Trab.
linguist. apl., Campinas , v. 49, n. 2, p. 359-372, Dec. 2010 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010318132010000200004&lng=en&nrm=iso>. access on 03 June 2015.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-18132010000200004.
5 - Site Software Livre <http://www.softwarelivre.gov.br/tire-suas-duvidas/o-que-esoftware-livre Disponível em 11 de abril de 2015, 15:30
6- Alves, L. RBAAD – Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo,
Vol. 10, Associação Brasileira de Ensino à Distância
7 - Rodrigues, Alexandre Afinal, por que estão espionando o Brasil?
<http://super.abril.com.br/alimentacao/afinal-estao-espionando-brasil-774560.shtml>
Disponível em 12 de abril de 2015, 14:16