Convenção da Conib debate identidade judaica e pequenas
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Convenção da Conib debate identidade judaica e pequenas
Boletim Informativo da Confederação Israelita do Brasil | 27/11/2013 | Fale Conosco: [email protected] Conheça nosso site e mídias sociais Convenção anual da Conib debate identidade judaica, pequenas comunidades e notícias do Oriente Médio “O diálogo enfraquece o fanatismo”: rabino Schlesinger avalia encontros inter-religiosos em Viena Espanha apresenta em São Paulo a rota turística Caminhos de Sefarad Papa recebe líderes religiosos da América Latina e condena agressão aos judeus na catedral de Buenos Aires Morre Guiora Esrubilsky, dirigente do Movimento Macabi Mundial e do Congresso Judaico Mundial Judeus comemoram Chanucá na praia, na praça, no shopping, em diversas cidades no Brasil Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch – M’Boi Mirim promove Primeiro Encontro Científico, em São Paulo Presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém entrega Prêmio Scopus ao ativista Morris Dayan Entidade assistencial Ten Yad inaugura este domingo sua nova sede, em São Paulo Unibes e Casa Eurico fazem campanha de arrecadação de sapatos Hospital de Israel atende neta do líder supremo do Hamas Indicação de textos Convenção da Conib debate identidade judaica e pequenas comunidades Em sua 44ª convenção anual, realizada no último fim de semana em Belo Horizonte, a Conib, com representantes de federadas de 13 Estados e de entidades judaicas de âmbito nacional – Agência Judaica, B’nai B’rith, Na’amat Pioneiras e Wizo, além de jovens do Habonim Dror - o embaixador de Israel, Rafael Eldad, o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Yoel Barnea, e o cônsul-honorário de Israel em Belo Horizonte, Silvio Musman, abordou os caminhos da identidade judaica no Brasil, analisou formas de apoio às pequenas comunidades, discutiu a produção de notícias sobre o Oriente Médio e debateu a posição de integrantes do Congresso Nacional sobre questões ligadas ao Estado de Israel. Na capital mineira, o presidente da Conib, Claudio Lottenberg, se reuniu com o prefeito Marcio Lacerda. Mais tarde, os participantes da convenção foram recebidos no Palácio da Liberdade pela secretária de Estado do Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, representando o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia. Vilhena lembrou as missões oficiais a Israel, no governo de Aécio Neves, e ressaltou a forte parceria entre Minas e Israel, com destaque para as áreas de ciência, tecnologia e de incubadoras: “Israel é nossa inspiração”. Fernando Lottenberg, secretário-geral da Conib, observou o forte simbolismo de a recepção aos judeus brasileiros, “que o País acolheu de braços abertos”, ocorrer no Palácio da Liberdade, e lembrou de Tiradentes, Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves. A Agência Minas e a rádio CBN de Foz do Iguaçu destacaram a recepção. Na convenção, foram homenageados postumamente, por sua grande contribuição à causa judaica, Mauricio Corrêa, presidente do STF, Samuel Szerman, presidente da Associação Cultural Israelita de Brasilia; e Marx Golgher, ativista comunitário mineiro. Também recebeu homenagem João Leite, deputado estadual de Minas Gerais. Fernando Lottenberg destacou o grande papel desempenhado por Corrêa no caso Ellwanger, em 2003, em que o STF apreciou dois temas: 1) antissemitismo é racismo? 2) a liberdade de expressão abrange a divulgação de escritos de ódio a que se dedicava Ellwanger, editor e autor de livros antissemitas e de negação do Holocausto? Corrêa foi o relator do acórdão que concluiu que o antissemitismo é uma prática de racismo e que a liberdade de expressão não consagra o direito à incitação do racismo. Emocionadas, Alda e Cleo Corrêa, esposa e filha do ministro, agradeceram a homenagem. Henry Chmelnitsky, vice-presidente da Conib, lembrou o pioneirismo de Samuel Szerman em mostrar à liderança judaica a importância de uma representatividade forte em Brasília. Hermano Wrobel, da Associação Cultural Israelita de Brasília, destacou o último feito de Szerman: conseguir em pouco mais de um mês angariar doações para a compra de um livro da Torá, no início deste ano. O deputado estadual João Leite agradeceu muitas vezes pela homenagem e disse que os brasileiros têm muito a aprender com os judeus. Marcos Brafman, presidente da Federação Israelita do Estado de Minas Gerais, ressaltou a atuação do deputado em defesa da comunidade judaica e de Israel e seu trabalho na Comissão de Segurança Pública, em que denunciou grupos neonazistas no Estado. Na presença de sua esposa Myra e de seu filho Gerson, o ativista comunitário mineiro Marx Golgher foi homenageado por Mauro Terepins, vice-presidente da Conib, que se disse impressionado com a longa lista de realizações de Golgher, entre elas a doação do terreno para a construção da Escola Municipal Anne Frank, também representada na cerimônia. Lívia Mendes, aluna da escola e vencedora do Concurso de Redações Anne Frank, promovido este ano pela Conib, em parceria com a Fisesp e o Arquivo Judaico, ouviu de seu professor Eduardo Ezequiel que o prazer do mestre está nas conquistas de seus alunos. Sandra Mara de Oliveira, coordenadora da escola, foi uma das convidadas. Um dos temas de discussão mais calorosa na convenção foi a identidade judaica no Brasil. O debate teve Maria Luiza Tucci Carneiro, professora de História, da USP; Jorge Zaverucha, cientista político, da UFPE; Jacques Levy, presidente do Instituto Histórico Israelita Mineiro, e Daniel Douek, cientista social e membro do grupo de jovens Fórum 18. Tucci Carneiro apresentou sua obra “Brasil Judaico, Mosaico de Nacionalidades” (Editora Maayanot), que lhe tomou 10 anos de trabalho. O livro trata da identidade judaica no Brasil, com recorte a partir de 1808, ano da chegada de D. João VI. A professora apontou uma postura comum entre os judeus brasileiros: “o ideal de justiça, o respeito à diversidade”. Ela ressaltou a importância de as famílias conservarem e doarem fotos e documentos (contato: [email protected]). Douek notou que o contexto do século 21, “com um Brasil democrático e um Estado de Israel consolidado”, muda a relação do jovem com o judaísmo, em comparação com o século pasado, e disse que foi o contato com outras minorias no Brasil que fortaleceu sua identidade como judeu. Levy mostrou preocupação com a continuidade da liderança comunitária. Marcos Brafman, presidente da Fisemg, observou que os programas Taglit e Marcha da Vida realizam um ótimo trabalho com os jovens judeus e merecem aplausos, com o que concordou Claudio Lottenberg. Zaverucha elogiou todos os presentes, afirmando que são “teimosos” em manter seu judaísmo, diante de todas as opções que poderiam afastá-los. O coordenador de Relações Institucionais da Conib, Jaime Spitzcovsky, acrescentou que hoje temos um ambiente democrático, revolução tecnológica e mudança no tecido social, o que cria a situação de um “judaísmo por opção”. Claudio Lottenberg lembrou que uma das conquistas da atual gestão da Conib é a aproximação de intelectuais judeus à comunidade. A relação dos judeus brasileiros com Israel foi também discutida. Herry Rosenberg, diretor de Planejamento Estratégico da Fierj, elogiou a “aproximação de Israel com a diáspora nos últimos dois anos”, e o cônsul Yoel Barnea confirmou que a nova geração de israelenses têm mais interesses em comum com os judeus ao redor do mundo. Revital Poleg, da Agência Judaica, que tem como função principal fomentar a continuidade da vida judaica, afirmou que tem viajado pelo Brasil para o trabalho com jovens de até 30 anos. O embaixador Rafael Eldad disse que há hoje um diálogo fluente com o governo brasileiro, e Jaime Spitzcovsky acrescentou que houve uma mudança de percepção em Israel sobre o Brasil, como mostra a realização do primeiro seminário acadêmico sobre o Brasil, na Universidade Hebraica de Jerusalém, em 2011. No âmbito interno, as entidades federadas divulgaram suas principais ações no ano e suas demandas. Elas debateram formas de aprimorar sua cooperação para a resolução de problemas comuns. Em 2012, a Conib criou um grupo de apoio às pequenas comunidades, com mais de 10 projetos concluídos ou em execução, entre eles a construção de sinagogas e a criação de escolas de ensino complementar judaico. As federações de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, com a gestão da Conib, estudarão maneiras de contribuir, com sua expertise, para atender as demandas das demais federadas. Com dois especialistas, Carlos de Lannoy, ex-correspondente da Globo em Jerusalém, e Sergio Malbergier, ex-editor de Mundo da Folha de S. Paulo, os participantes debateram a produção de notícias sobre o Oriente Médio. Lannoy, contente com o convite feito pela Conib, foi muito claro e objetivo em suas intervenções. “Foi a experiência mais fascinante que tive como repórter”, afirmou. Elogiou a “máquina de notícias” israelense, capaz de informar em poucos minutos sobre ações do Exército de Israel. E acrescentou que nunca ouviu falar de uma “guerra de propaganda entre israelenses e palestinos”. Para concluir: “Se vocês acreditam, Israel é uma boa causa, mas com as imagens reais e não as ideais. Os jornalistas não acreditam em lado bom”. Para Malbergier, o noticiário internacional é “padronizado, porque há poucos correspondentes brasileiros no exterior”. Além disso, eles não têm acesso primário às fontes. “Há desinformação sobre o conflito no Oriente Médio, mesmo entre jornalistas, e nesse aspecto há um papel importante para a comunidade judaica: levar jornalistas a Israel”. Ele elogiou a postura da Embaixada de Israel, que tem procurado destacar os sucessos de Israel em áreas como a de tecnologia, mas acrescentou que isso atrai menos atenção das pessoas. Assim, Israel deve sempre estar preparado para divulgar sua atividade política. Henry Chmelnitsky e Jaime Benchimol, representante do Amazonas, salientaram a importância de enviar ao Estado judeu também jornalistas das mídias regionais e locais. Spitzcovsky ponderou que há de fato uma guerra midiática, e os dois lados do conflito usam a mídia conforme suas estratégias. Os palestinos, incapazes de vencer no campo militar, optam pelo combate no campo político. Claudio Lottenberg afirmou que o debate cumpriu seu propósito de suscitar a reflexão dos líderes comunitários para que tenham uma postura crítica e equilibrada com relação ao noticiário sobre Israel. Em um ano de grandes acontecimentos políticos no Brasil, a Conib trouxe à convenção Leonardo Barreto, diretor de Pesquisas Políticas do Instituto FSB. Ele analisou as manifestações recentes no País e as estratégias do governo para enfrentar a crise. Veja galeria com 48 fotos da convenção. Participantes da convenção da Conib, em Belo Horizonte. Foto: Elias Henrique. Marcos Brafman, Claudio Lottenberg, embaixador Rafael Eldad e o cônsul-honorário em Minas Gerais, Silvio Musman. Foto: Elias Henrique. Renata Vilhena, secretária do Planejamento de Minas Gerais, e Fernando Lottenberg. Foto: Elias Henrique. Embaixatriz Batia Eldad e o cônsul-geral em São Paulo, Yoel Barnea. Foto: Elias Henrique. Diretores da Conib na Convenção. Foto: Elias Henrique. Alda e Clea Corrêa e Fernando Lottenberg. Foto: Elias Henrique. Marcos Brafman, Claudio Lottenberg, deputado João Leite, o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga e Mario Cardoni, presidente da FIRS. Foto: Elias Henrique. Renata Vilhena e Marcos Brafman. Foto: Elias Henrique. Marcos Brafman e Claudio Lottenberg. Foto: Elias Henrique. Voltar ao topo Rabino Schlesinger avalia encontros inter-religiosos em Viena O rabino Michel Schlesinger representou a Conib em dois encontros inter-religiosos realizados recentemente em Viena: a 9ª Assembleia Mundial de Religiões para a Paz, promovida pela rede Religions for Peace [Religiões para a Paz], e o Fórum Global Sobre a Imagem do Outro: Educação Inter-Religiosa e Intercultural, promovido pelo Centro Internacional para o Diálogo Inter-Religioso e Intercultural Rei Abdullah Bin Abdulaziz (KAIICID). Leia abaixo o depoimento de Schlesinger, que é rabino da Congregação Israelita Paulista, sobre o diálogo entre judeus e muçulmanos: “Na narrativa da Torá, os irmãos Isaac e Ismael são separados desde o nascimento do primeiro e, portanto, não têm a oportunidade de conviver ao longo de suas vidas. Os patriarcas do judaísmo e do islamismo vão se reencontrar apenas no episódio do enterro de Abraão, o pai de ambos. Na Idade Média, a relação entre judeus e muçulmanos foi marcada por momentos de respeito e colaboração. No século 20, em função da disputa entre palestinos e israelenses, a relação sofreu um abalo importante. Em 2013, tive a oportunidade de participar de dois encontros de diálogo inter-religioso organizados por muçulmanos. O primeiro deles em Doha, no Qatar e o segundo, na semana passada, em Viena. Os dois encontros foram convocados por personalidades do mundo muçulmano que conseguiram a adesão de um número importante de participantes daquela religião, além dos seguidores de diversas outras religiões e filosofias. O primeiro, pelo Doha International Center for Interfaith Dialogue (DICID), e o segundo, pelo KAICIID. Na Áustria, o tema foi “o encontro com o outro”. O rabino israelense David Rosen enfatizou a importância de se enxergar o próximo como um anjo, independentemente de quem seja, baseado na passagem bíblica em que Abrahão e Sara recepcionam com dedicação visitantes, sem saber que se tratam de enviados de Deus. Do Brasil, participaram o cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno, e o Sheikh Jihad Hassan. Da Argentina, o diretor executivo do Congresso Judaico LatinoAmericano, Claudio Epelman, e o rabino Marcelo Polakoff, presidente da Assembleia Rabínica Latino Americana do Movimento Massorti/Conservador. Alimentação adaptada para as diferentes culturas estava à disposição durante todo o encontro: Kasher, Halal, vegetariana, entre outras. Assim como, com a comunidade católica, temos que comemorar 50 anos de conquistas graças ao trabalho do diálogo, também com a comunidade muçulmana encontros desta natureza trazem o potencial de fortalecer as bases de um diálogo, que superará nossas diferenças político-territoriais. Estou ainda mais convencido de que o vácuo beneficia os fanáticos e que os religiosos moderados têm a missão sagrada de se encontrar e pavimentar um caminho de diálogo e paz”. A luta contra o fanatismo também marcou a Assembleia Mundial de Religiões para a Paz, que publicou a declaração "Acolhendo o Outro - Uma Visão Multirreligiosa da Paz", que diz: "A crescente hostilidade, na sociedade e dentro e entre as comunidades religiosas, assume a forma de intolerância, e muitas vezes violência (...). Vítimas de hostilidade são muitas vezes as populações vulneráveis, incluindo os membros das minorias étnicas, religiosas e linguísticas, migrantes, refugiados, requerentes de asilo, pessoas deslocadas e apátridas (...). Um número crescente de governos está impondo restrições sobre crenças e práticas religiosas (...). Violência sectária e comunitária está dividindo as sociedades, alimentando o conflito, e destruindo vidas inocentes." Participantes da 9ª Assembleia para a Paz, em Viena. Foto: Divulgação. Rabino Michel Schlesinger (esq.), com o cardeal dom Raymundo Damasceno, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB ) e o sheik Jihad Hassan, vice-presidente da Assembleia Mundial da Juventude Islâmica da América Latina. Foto: Divulgação. Marcelo Polakoff, Claudio Epelman e Michel Schlesinger, em Viena. Foto: Divulgação. Museu Judaico de Viena. Foto: Michel Schlesinger. Voltar ao top Espanha apresenta em São Paulo a rota turística Caminhos de Sefarad Uma grande comitiva espanhola, que incluiu o embaixador no Brasil, Manuel de la Cámara, apresentou na noite de segunda-feira, 25 de novembro, no Centro da Cultura Judaica, em São Paulo, a rota turística "Caminhos de Sefarad" , um conjunto de 24 cidades que integram a “Red de Juderías”, criada em 1995, com o objetivo de recuperar a herança judaica na Espanha. O Príncipe de Astúrias cancelou sua participação no evento, pois uma falha mecânica em seu avião o impediu de sair de Madri. O príncipe enviou sua mensagem em vídeo. ASSISTA. "Não podemos saber quem somos se não conhecemos nossas raízes e não podemos entender a civilização sem conhecer o povo judeu", declarou o embaixador da Espanha. Ele ressaltou que a rota turística é só uma parte do que a Espanha tem a oferecer para "se aproximar dos irmãos sefaraditas". No 9º Congresso Sefaradita (Confarad) realizado em abril deste ano no Rio de Janeiro, Cámara justificou as políticas ativas de aproximação com as comunidades judaicas: elas buscam "reparar no que for possível a injustiça" da expulsão dos sefaraditas em 1492, que tantos "efeitos negativos" deixou na Espanha. Para o embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, "apesar dos altos e baixos, os laços com a Espanha continuam fortes". Raul Meyer, conselheiro do Centro, saudou os espanhóis, e foi acompanhado pela cantora Fortuna, que contou como se deu sua descoberta do cancioneiro ladino. Ela cantou com o público “Buena Semana”. Estiveram presentes no evento os cônsules de Israel e Espanha em São Paulo, Yoel Barnea e Ricardo Vásquez, e o vice-presidente executivo da Federação Israelita, Ricardo Berkiensztat. O portal Caminhos de Sefarad apresenta o legado histórico e patrimonial que constitui as raízes dos judeus sefaraditas. A partir da esquerda: Fortuna; Assumpció Hosta, secretária-geral da Red de Juderías; Raul Meyer; Montserrat Martín, diretora de Relacões Institucionais da Prefeitura de Barcelona; Rafael Eldad; Manuel de la Cámara; Lluís Guinó, prefeito de Besalu; Elvira Marcos, Conselheira de Turismo da Espanha em São Paulo; Héctor Palencia, conselheiro da Prefeitura de Ávila; Ricardo Vázquez e Yoel Barnea. Foto: Divulgação. Voltar ao topo Papa recebe religiosos e condena agressão aos judeus na catedral portenha “A agressão não pode ser um ato de fé. A prédica da intolerância é uma forma de militância que deve ser superada”, disse em 19 de novembro o papa Francisco sobre o recente incidente na Catedral de Buenos Aires, em que membros de um grupo ultracatólico interromperam uma cerimônia em memória às vítimas da Noite dos Cristais - violento ataque organizado pelos nazistas contra a comunidade judaica na Alemanha e na Áustria, em novembro de 1938, considerado por vários historiadores como o prenúncio do Holocausto. O papa externou sua opinião durante audiência privada no Vaticano com seis líderes religiosos latinoamericanos, entre eles o diretor executivo do Congresso Judaico Latino-Americano (CJL) Claudio Epelman, responsável pelas relações com o Vaticano junto ao Congresso Judaico Mundial. Também participaram o cardeal Dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB; Mohamad Hallar, da Organização Islâmica para América Latina; Samuel Olson, Aliança Evangélica Latino-Americana; Felipe Adolf, presidente da Conferência Latino-Americana de Igrejas Protestantes; Elias Szczytnicki, secretário das Religiões pela Paz. "Com este encontro, o papa manifestou, mais uma vez, seu firme compromisso pessoal para a construção de pontes entre as religiões e para o trabalho conjunto pela paz”, disse Epelman, que estabeleceu uma estreita relação de trabalho com o então cardeal Bergoglio. Ele também elogiou o papa por sua mensagem de 10 de novembro, quando, ao finalizar o ‘Angelus’, recordou o 75° aniversário da Noite dos Cristais e a perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, e reiterou sua clara e inequívoca condenação do antissemitismo. A liturgia em Buenos Aires, organizada pela Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da B'nai B'rith Argentina, teve falas do arcebispo de Buenos Aires, Mario Poli, e do rabino Abraham Skorka, reitor do Seminário Rabínico da América Latina. Também participaram o sacerdote Alejandro Llorente, o rabino Shalom Jonah (Bet Am Marc Chagall), os pastores David Calvo (Igreja Luterana Unida), Ester Igrejas ( Igreja dos Discípulos de Cristo), Sergio Lopez (Igreja dinamarquesa) e Mariel Pons (Igreja Evangélica Metodista). Claudio Epelman e o papa Francisco. Foto: CJL. Mulher discute com jovem católico durante cerimônia na catedral de Buenos Aires, em memória às vítimas da Noite dos Cristais. Reprodução/Fede Runsffeld. Voltar ao topo Morre Guiora Esrubilsky, presidente do Movimento Macabi Mundial Leia abaixo comunicado do Congresso Judaico Latino-Americano a respeito do falecimento do líder comunitário argentino Guiora Esrubilsky, aos 66 anos, em Miami: É com profundo pesar que o Congresso Judaico Latino-Americano, através de seu presidente Jack Terpins e todo o corpo diretivo, vem comunicar o falecimento de Guiora Esrubilsky z’l, e manifestar sua solidariedade à família. Brilhante ativista e líder comunitário, Esrubilsky soube cultivar amigos, e se dedicou de corpo e alma à vida judaica. Ocupava o posto de presidente do Movimento Macabi Mundial, vice-presidente do Congresso Judaico Mundial e secretário do Congresso Judaico Latino-Americano. Que seu exemplo inspire os mais jovens e àqueles que almejam uma trajetória voltada para o bem e integração em geral. Jack Presidente do Congresso Judaico Latino-Americano Terpins Guiora Esrubilsky. Foto: Movimento Macabi Mundial. Voltar ao topo Judeus comemoram Chanucá na praia, na praça, no shopping, pelo Brasil Chanucá, a Festa das Luzes, será comemorada publicamente em grande estilo em diversas capitais brasileiras. Em 1º de dezembro, às 17h30, na praia de Copacabana, no Rio, em frente ao Hotel Marriot, haverá shows de Misha e banda SP3. Em São Paulo, no dia 3 de dezembro, às 15h, a festa será no Shopping Eldorado, na Playland, com atrações voltadas ao público infantil. Em Porto Alegre, no dia 2, às 20h, na Praça Silvio Ughini. Em Belo Horizonte, dia 3, às 20h, no Ponteio Lar Shopping. Em Salvador, o palco será o Shopping Iguatemi, dia 1º, às 19h. Voltar ao topo Hospital Moysés Deutsch – M’Boi Mirim promove Primeiro Encontro Científico O Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch é uma das parcerias feitas com o poder público pelo Hospital Israelita Albert Einstein em áreas carentes da capital paulista, como M’Boi Mirim. O hospital promoverá em 29 e 30 de novembro um encontro científico para discussão e trocas de experiências entre os profissionais de saúde, gestores e comunidade sobre os desafios do SUS, principalmente no contexto da periferia da cidade de São Paulo. Veja a programação completa. Voltar ao topo Ativista comunitário Morris Dayan recebe o Prêmio Scopus A Sociedade Brasileira de Amigos da Universidade Hebraica de Jerusalém agraciou em 21 de novembro o ativista comunitário brasileiro Morris Dayan com o Prêmio Scopus 2013. A entrega foi feita pelo presidente da Universidade Hebraica, Menahem Ben-Sasson. Morris Dayan estudou filosofia e economia na Universidade de Jerusalém, onde permaneceu de 1987 a 1991. Foi presidente do Grupo de Amigos da Universidade Hebraica de Jerusalém no Brasil, de 1999 a 2010. Também foi o responsável pela entrega do prêmio de Doutor Honoris Causa ao então presidente Fernando Henrique Cardoso. “Agradeço à Universidade o reconhecimento ao meu trabalho. Não deixa de ser estranho receber o Prêmio, em vez de entregá-lo. Sei o que ele representa e me sinto muito honrado por esta homenagem”, declarou Dayan. O presidente da Universidade Hebraica falou da importância que o povo judeu dá para a educação, que é “tão grande, que a Universidade foi criada antes mesmo do Estado de Israel. Com cerca de 23 mil estudantes, está entre as 100 melhores universidades do mundo e é considerada a melhor do país, acumulando oito Prêmios Nobel apenas na última década”. Sobre o premiado, afirmou: “Dayan foi o mais jovem presidente a assumir o Grupo de Amigos e desempenhou um excelente trabalho”. “O Prêmio Scopus é a expressão da importância que o Estado de Israel e a comunidade judaica atribuem à educação, a pesquisa e ao saber, atividades que considero da maior relevância”, destacou Celso Lafer, exministro das Relações Exteriores e presidente da Fapesp. “Morris é um profissional de sucesso, um importante líder comunitário e uma pessoa de valores universais e humanísticos. Fruto de uma família bastante envolvida com as entidades judaicas, ele ampliou significativamente a visibilidade da Universidade Hebraica no mundo acadêmico, trazendo seus valores universais para a comunidade brasileira. Seu trabalho incansável contribuiu para que a gestão atual conseguisse fechar recentemente um acordo histórico entre a Fundação Getúlio Vargas e a Universidade Hebraica para levar alunos brasileiros em uma missão empreendedora a Israel”, declarou o presidente da Sociedade Brasileira de Amigos da Universidade Hebraica de Jerusalém, Jayme Blay. A solenidade foi realizada na residência de Daniel Borger, diretor da Conib. Morris Dayan Ben Sasson, Jayme Blay e Celso Lafer. Foto: Eliana Assumpção. Anfitriões da noite, Daniel Borger e Marcia Feldon Borger, com Jayme Blay. Foto: Eliana Assumpção. Voltar ao topo Entidade assistencial Ten Yad inaugura este domingo sua nova sede, em SP A entidade assistencial Ten Yad inaugurará este domingo, 1º de dezembro, sua nova sede, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. O local, que foi sede de uma das mais importantes sinagogas paulistanas, foi reformado e adequado às ações sociais desenvolvidas. A cerimônia terá início às 11h e culminará com a entrega de um livro da Torá. Fachada da nova sede do Ten Yad. Foto: Divulgação. Voltar ao topo Unibes e Casa Eurico fazem campanha de arrecadação de sapatos A entidade assistencial Unibes e a Casa Eurico – loja especializada em sapatos de numerações grandes – promovem a 9ª edição da campanha “Faça do Seu Passado um Grande Presente”. As lojas da Casa Eurico receberão até o dia 22 de dezembro doações de sapatos de todos os números e em bom estado de conservação. Dos calçados angariados, uma parte será doada aos usuários da Unibes, enquanto o restante será colocado à venda no Bazar Unibes - responsável por 30% da fonte de recursos da instituição. A ação, realizada anualmente desde 2005, já reverteu mais de 5 mil pares de calçados para a instituição. Os interessados em doar devem procurar as lojas da Casa Eurico, Avenida Jandira, 49, e Rua Oscar Freire, 550, em São Paulo. A partir da esq.: Claudia, Nidia e Vera Rosenthal, e Germana Crosta. Foto: Unibes. Voltar ao topo Hospital de Israel atende neta do líder supremo do Hamas Aamal Haniyeh, menina palestina de um ano de idade, sofre de grave inflamação gastrointestinal que afeta seu sistema nervoso. Ela foi levada, na semana passada, ao Hospital Infantil Schneider, em Israel. De acordo com o jornalista Clóvis Rossi, em sua coluna de 24 de novembro, na Folha de S. Paulo, Aamal é uma das cerca de 200 crianças palestinas que são atendidas a cada ano só no Schneider, para não falar dos 593 palestinos que, de janeiro a setembro, foram encaminhados a hospitais de Israel. Há, no entanto, algo excepcional nesta história: Aamal é neta de Ismail Haniyeh, líder supremo do Hamas, grupo terrorista que prega a destruição de Israel. Segundo Rossi, ele mandou ligar para o escritório do coordenador israelense de Atividades Governamentais nos Territórios, para solicitar que fosse atendida em Israel uma criancinha palestina – era Aamal. Infelizmente, a doença dela é incurável e ela voltou a Gaza. A história – se não a de Aamal, a de todas as outras crianças israelenses e palestinas -, pode continuar de outra forma. Como escreve Rossi: se as fronteiras entre judeus e palestinos puderem ser “definitivamente borradas a partir da gratidão de um avô que suplante o ódio de um guerreiro”. Leia o texto de Clóvis Rossi na Folha de S. Paulo. Aamal com seu avô Ismail Haniyeh, em Gaza, antes da ida dela a Israel. Foto: Divulgação. Voltar ao topo Indicação de textos “Um cheiro de Munique em Genebra”, por Elio Gaspari, na Folha de S. Paulo. “Livro destaca visão positiva de Kennedy sobre os judeus”, no blog da Conib. “Argentina presents AMIA proposal to Iran”, no Buenos Aires Herald. “Paraguay Jews open new museum”, no JTA. “Anti-Semitism in Australia at high levels, report reveals”, no WJC. “French Jewish Immigration to Israel Up 49 Percent“, no Jewish Press. “Cantor israelense Arik Einstein falleció a los 74 años”, no Aurora. Voltar ao topo A Conib não necessariamente endossa as opiniões externadas nos textos e vídeos indicados. CONIB - Confederação Israelita do Brasil - Visite o nosso site - Fale Conosco: [email protected]