Apresentação do PowerPoint - Colégio Energia Barreiros

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Apresentação do PowerPoint - Colégio Energia Barreiros
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Artes
Expressão através da cor
7°A - Volume 02
Professor: Alexandro Lima
Artes
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Professor: Alexandro Lima
Expressão através da cor
História da arte
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“Num estágio posterior da evolução, porém, tal efeito
elementar dá origem a outro, mais penetrante, que
provoca um abalo interior. Nesse caso, verifica-se o
segundo resultado básico da observação da cor, ou seja,
seu efeito psíquico. Aqui se revela a força psíquica da cor,
que provoca uma vibração espiritual, E a primeira força
psíquica elementar torna-se então um caminho através
do qual a cor chega à alma. (...)
(KANDINSKY O efeito da cor. In: CHIPP, Herschel B. Teorias da arte moderna. São Paulo: M. Fontes, 1996.)
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Expressão através da cor
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Figura 12 – Fontana de Trevi, Ato de vandalismo, 19 out. 2007.
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Expressão através da cor
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Você já pensou o quanto uma cor pode ser expressiva?
Em 19 de outubro de 2007 ocorreu um ataque de vandalismo em Roma, Itália, num dos cartões
postais mais famosos do mundo. A Fontana de Trevi (figura 12), feita por Leon Battista Alberti,
foi atacada por um grupo de ativistas que tingiram com algum tipo de corante toda a água do
exuberante monumento barroco.
Mas o que essa ação criminosa interessa para as nossas aulas de Artes?
Apesar dos possíveis danos causados nas esculturas, pois não sabemos ao certo até que ponto
o pigmento pode tingir a pedra da qual o monumento é feito, o lago vermelho-sangue criado
pelos vândalos traz consigo uma mensagem bastante forte.
01) Observe a figura 12 e anote, na sua apostila, qual a sua impressão acerca dessa fonte com
água vermelha.
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Figura 13 – Vermelho, branco e castanho (1957), Mark Rothko, 25,5 x 207,5 cm.
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A cor vermelha tem como características ativar os ânimos, deixar-nos alerta com alguma coisa,
além de nos lembrar sangue, violência e até mesmo morte.
As formas como os artistas se apropriam do elemento cor, tanto nas artes visuais quanto em
outras linguagens artísticas, tais como a música, são bastante diferentes.
Alguns artistas utilizam as propriedades emocionais e sensoriais da cor para criar suas obras,
construindo trabalhos que chamamos de Campo cromático ou Campo de cor; entre esses
artistas encontramos o pintor Mark Rothko.
Após transitar entre o surrealismo e o expressionismo abstrato, Rothko iniciou uma produção
de pinturas que consistem basicamente na elaboração de planos de cores distintas que se
sobrepõem. As áreas de cores não são determinadas a partir de um limite definido por uma
linha, mas, ao contrário, buscam misturar-se de maneira tênue, comportando-se como nuvens
que se sobrepõem ao céu.
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Essa pintura (figura 13), Como outras obras de Rothko, estão relacionadas a uma
experiência vivida por ele.
“De um ponto de observação elevado, Rothko olhou uma paisagem vazia coberta de
bruma branca. No véu leitoso que se espalhava pelo espaço, nesse vazio de terra e de
névoa, surgiu subitamente um pequeno ponto: um carro. Rothko foi subjugado pela
sensação da sua própria insignificância. Nunca esqueceu essa experiência nem essa
sensação. E, consequentemente, as suas obras representam infinitas variações do
tema.”
(WALTHER, F. Ingo; RUHRBERGER, Karl. Arte do século XX: pintura, escultura, novas
mídias, fotografia. Índia: Taschln, 2005. V. 1)
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Figura 14 – Desvio para o vermelho (1967-68), Cildo Meireles. Instalação.
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Outra forma de apropriação da cor que busca retirar desta valores expressivos, é a obra
Desvio para o vermelho (instalação), de Cildo Meireles (figura 14).
Trata-se de uma obra diferenciada na sua forma, constituição física, apesar de conter pinturas,
esculturas e outros objetos. Essa obra é uma instalação, modalidade artística característica do
século XX, que propõem uma interação entre os objetos que a compõem, o espaço onde é
montada e os visitantes.
Essa obra foi montada apenas três vezes, apesar de possuir mais de 40 anos. Cildo Meireles
escolheu objetos, alimentos e animais vermelhos e os organizou como se organiza uma casa
comum. Mas, qual será a leitura que as pessoas fizeram desse trabalho em 1968? Seria a
mesma que fazemos em nossos dias?
Possivelmente não.
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Um dos alicerces dessa instalação foram os acontecimentos históricos, especialmente políticos,
do Brasil e de vários outros países da América Latina que sofreram a partir da década de 60,
do século passado, com governos ditatoriais.
A obra, formada por três partes, nos é apresentada pela crítica de arte Lisette Lagnado:
“O primeiro ambiente, chamado de Impregnação, acolhe-nos dentro de uma sala de estar
composta de toda sorte de objetos com várias tonalidades de vermelho; em seguida, vem o
Entorno, acidente que parece esclarecer a situação anterior, onde uma pequena garrafa caída
espargiu sobre o chão uma substância densa e vermelha, cuja mancha exibe a desproporção
(romântica) entre a capacidade do recipiente e o volume derramado; finalmente, após caminhar
dentro de uma escuridão, a operação do Desvio se explica, por meio de uma torneira aberta,
escorrendo uma água vermelha dentro de uma pia pontualmente iluminada. Toda a travessia
não é silenciosa; vem acompanhada de um som ambiente, ruídos e líquidos.”
(LAGNADO, Lisette. Cildo Meireles: desvio para a interpretação. In: XXIV Bienal de São Paulo,
1998.)
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É certo que, de maneira silenciosa, a obra Desvio, para o vermelho se relaciona
diretamente com o regime militar e com a perseguição desse regime aos rebeldes
revolucionários ou comunistas, que tinham como cor preponderante de sua
bandeira o vermelho; mas ao mesmo tempo faz com que todo o nosso corpo passe
pela experiência de submersão num ambiente impregnado pela cor vermelha,
induzindo-nos a refletir sobre temas como violência e tortura.
Você pode achar estranho que todos os trabalhos vistos até o momento tenham como
cor preponderante o vermelho, possivelmente por que esta seja uma cor quente,
carregada de energia e expressividade, mas há outros exemplos no extremo oposto.
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Figura 15 – ANT 63 (1961), Yves Klein. 153 x 209 cm. Antropometria.
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O artista Yves Klein, junto com um amigo químico, buscou criar uma tonalidade de azul que tornasse
visível as qualidades materiais e espirituais dessa cor. Esse tom de azul, como vimos, ficou conhecido e é
identificado com a sigla IKB (lnternational Klein Blue). Trata-se de uma tonalidade azul-ultramarino
profundo, fosco e luminoso que foi utilizado por Klein em quase todas as suas obras.
Na figura 15 podemos observar essa cor aliada a uma performance também programada pelo artista. O que
vemos é o resultado dessa ação. Nesse trabalho o artista colocou mulheres deitadas sobre uma tela e
jogou sobre elas o pigmento da cor IKB. O resultado é a presença desses corpos quase fantasmagóricos
envolvidos pelo pigmento azul.
É certo que os trabalhos de Yves Klein possuíam um caráter transcendente da existência humana,
viabilizado pelo uso da cor azul. As opiniões se dividem no universo da arte em relação aos seus trabalhos,
alguns o chamavam de gênio e outros de charlatão.
O que nos importa salientar é o uso que esse artista deu à cor em suas obras, buscando através do azul IKB a
expressividade de uma possível espiritualidade na arte.
Após a observação dessas obras, você é capaz de indicar alguma cor expressiva em nosso tempo e justificar
por que a considera assim?
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Figura 16 – Cabeça de uma criança (1618),
Peter Paul Ruben. 36,8 x 26,6 cm.
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O elemento cor para arte esta presente não apenas em um ou outro momento
histórico. Existe nos mais variados movimentos artísticos, com maior ou menor ênfase,
mas sempre se faz presente.
Um artista que soube fazer uso da cor como poucos foi Peter Paul Rubens. Alemão de
nascimento (1577), Rubens foi levado por sua mãe aos dez anos para a cidade de
Antuérpia, na atual Holanda, onde se tornou mestre da Associação de Pintores da
cidade. Quando teve a oportunidade de conhecer os trabalhos do mestre italiano
Ticiano e o uso que este fazia das cores (figuras extras), sua técnica se refinou.
Na figura 16, é possível percebermos o modo intenso como a cor era aplicada em suas
obras. Vamos nos lembrar que estamos lidando com um quadro do século XVII,
portanto, representante do chamado Barroco de Flandres. A cabeça da criança surge
envolvida por luz e sombra, tornando-se destaque na imagem as bochechas rosadas e
o tom saudável de sua pele.
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Figura Extra – Diana e Callisto, Ticiano.
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Figura Extra – Ritratto di giovane donna, (1536).
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No século XX, as vanguardas artísticas, que conhecemos com
nomes variados, tais como Impressionismo, Cubismo,
Fauvismo, Dadaísmo, Suprematismo, entre outros, usavam a
cor de maneira variada e exploraram diversas qualidades
estéticas desse elemento.
Nos trabalhos realizados pelos impressionistas, a cor era
vista como uma decomposição da luz natural, alterada em
diversos momentos do dia e segundo as condições da
atmosfera no momento observado pelo artista.
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Figura 17 – Nascer do sol (1872), Claude Monet. Impressão. 48 x 63 cm.
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Figura 18 – O Lago de Lucerna à tarde(1925), Lovis Corinth. 57,5 x 75,5 cm.
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Nas figuras 17 e 18, vemos duas paisagens impressionistas uma ao nascer e outra ao
pôr-do-sol. Podemos notar a chegada do astro rei pela madrugada na pintura de
Monet, a presença dos tons alaranjados vão tomando conta do céu azul acinzentado
e iluminando as águas do rio; temos a sensação gradativa de aquecimento para o dia
que se inicia. Em contrapartida, o final de tarde bastante luminoso de Corinth nos
impressiona pela tranquilidade. Toda a tela é feita basicamente em tons de azul,
proporcionando-nos essa sensação calma e fria de final de tarde.
Na Alemanha, em 1905, um pequeno grupo de quatro artistas se juntou em torno de
um ideal de pintura que no início se aproximava do Fauvismo. Mas, com o
desenvolvimento dos trabalhos artísticos, perceberam-se contradições, tensões e
expressividades diversas que os distanciavam desse movimento e os tornavam o
início do que viria a ser o Expressionismo alemão. Esse grupo ficou conhecido como
Die brücke (A ponte).
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Figura 19 – Quinta em Dangast (1910), Karl Schmidt-Rottluff. 85,5 x 94,5 cm.
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Figura 19 – Postdamer (1914),
Ernest Ludwig Kirchner. 120 x 90,5 cm.
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Nas figuras 19 e 20 observamos dois exemplos de pinturas produzidas por artistas que
participaram do Die brüke. No primeiro trabalho (figura 19), podemos perceber a
intensidade com que as cores são utilizadas, demarcando áreas nas pinturas que
fogem à representação fiel dos objetos. Na segunda obra (figura 20), Kirchner
distorce as figuras humanas e a paisagem, criando uma outra forma de
representação, possivelmente emocionai sobre o tema.
Nas duas pinturas, a cor assume um caráter muito mais simbólico e emocional do
que propriamente representativo da realidade à qual se refere. Há intensidade e
contraste na figura 18, manifestados pela grande quantidade de cores quentes
(vermelho, amarelo e laranja) e frias (azuis e verdes).
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Na figura 20, existe uma elegância desconcertante e sombria, representada pelas
cores frias e pela falta de vida nos olhos dos personagens. A torre vermelha é o
elemento que se destaca na composição, pois é o maior volume numa cor quente
(vermelho).
No Brasil, ao final da década de 50 do século passado, os trabalhos de Hélio Oiticica
tornaram-se elementos livres de uma categoria única de representação em arte, tal
como pintura e escultura, e passaram a ser identificados diretamente com os nomes
dados pelo artista, por exemplo: Relevo espacial e Grande núcleo.
Essa série de trabalhos solicita do espectador uma participação ativa, permitindo
que a interação apenas aconteça quando o observador investiga visualmente todas
as pegas, encontrando as nuances da cor na presença e na ausência de luz.
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Figura 21 – Relevo espacial (1959), Hélio Oiticica. Detalhe.
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Figura 22 – Grande núcleo (1960), Hélio Oiticica.
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A série Relevos espaciais (Figura 21) são placas coloridas, normalmente de cores
quentes, dobradas sobre si mesmas, ocultando partes abertas e fechadas das pegas
que são descobertas durante o movimento de investigação do observador no
entorno da peça.
A obra Grande núcleo (figura 22) possui o mesmo principio dos relevos (figure 21),
mas é formado por uma sequência de placas dispostas como um labirinto,
penduradas pelo teto.
O que nos importa perceber nesses trabalhos é a forma como diferentes artistas
utilizaram o elemento cor para compor suas obras; ora compreendendo a cor como
carregada de sentimentos e emoções, ora dotada de seus significados simbólicos. A
cor é, assim como os outros elementos da linguagem visual, um elemento
extremamente versátil quando usado em processos criativos e artísticos.
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Figura Extra - Album The dark side of the Moon, Pink Floyd. 1973.
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Síntese
Expressão através da cor
A cor é um elemento sempre utilizado nas artes desde a PréHistória. As atribuições simbólicas e a importância de cada
cor se modificam com o tempo, dependendo das intenções
plásticas da época e de cada artista.
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Texto complementar
Se passarmos os olhos sobre uma paleta repleta de cores, experimentaremos duas sensações
básicas. Verifica-se um efeito puramente físico, isto é, os olhos se encontram com a beleza e
outras características das cores. O observador experimenta uma sensação de satisfação, de
deleite, como o gastrônomo que degusta uma iguaria. Ou os olhos são estimulados como o
paladar o é por um prato picante. Em seguida, porém, os olhos voltam a se acalmar, a se esfriar
como ocorre com os dedos quando tocam o gelo. De qualquer forma, todas essas sensações são
físicas; como tais, só podem ser de curta duração. Acresce que são superficiais e não deixam
impressão duradoura se a alma permanecer fechada. Assim como só podemos experimentar a
sensação física de frio quando tocamos o gelo, e nos esquecemos dela depois de nossos dedos
terem se reaquecido, também nos esquecemos do efeito físico da cor quando nossos olhos dela
se afastam. E, da mesma forma que a sensação física do frio do gelo, se penetrar mais
profundamente, desperta outras sensações mais profundas, podendo estabelecer toda uma
cadeia de vivências psíquicas, também a impressão superficial da cor pode se transformar em
uma vivência.
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Texto complementar
Somente os objetos familiares produzem um efeito totalmente superficial sobre o indivíduo de
sensibilidade mediana. Contudo, os objetos com os quais deparamos pela primeira vez exercem
imediatamente sobre nós uma impressão que nos toca a alma. É assim que a criança, para
quem todos os objetos são novidade, descobre e sente o mundo. A criança vê a chama, é
estimulada por ela, quer pegá-la, queima os dedos e passa a temer e a respeitar o fogo. Mais
tarde ela aprende que a chama, à parte suas características hostis, também possui aspectos
benéficos: afugenta a escuridão, prolonga o dia, serve para aquecer e para cozinhar, e pode
oferecer um espetáculo divertido. Do acúmulo dessas experiências nasce o conhecimento, que
é armazenado no cérebro. Desaparece então o interesse altamente intenso, e a possibilidade de
o fogo oferecer um espetáculo divertido luta com a total indiferença do individuo. Desse modo,
aos poucos o mundo vai perdendo seu encanto. Sabemos que as árvores dão sombra, que os
cavalos podem correr velozmente, que os automóveis o fazem ainda mais rapidamente, que os
cachorros mordem, que a lua está distante e que a figura vista no espelho não é real.
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Texto complementar
Só num estagio mais avançado da evolução do homem é que se amplia o círculo das
características que incluem diferentes objetos e seres. Nesse estágio mais avançado de
evolução, tais objetos e seres adquirem um valor interno e, finalmente, uma ressonância interna.
O mesmo ocorre com a cor que, num estagio mais rudimentar da alma, só é capaz de produzir
um efeito superficial, que desaparece apenas terminado o estímulo. Mesmo nessas
circunstâncias, porém, esse efeito mais simples é de natureza diferente. Os olhos passam a ser
estimulados mais intensamente pelas cores mais claras, e ainda mais intensamente pelas cores
mais claras e mais quentes: o vermelho-escarlate o atrai e estimula como o fogo, que sempre
fascinou o homem. O amarelo-limão vivo fere os olhos, depois de observado por algum tempo,
assim como fere os ouvidos o som agudo e prolongado de um trompete. Os olhos se inquietam,
não conseguem mais fixar-se ali e buscam repouso no azul ou no verde.
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Texto complementar
Num estágio posterior da evolução, porém, tal efeito elementar dá origem a outro, mais
penetrante, que provoca um abalo interior. Nesse caso, verifica-se o segundo resultado básico
da observação da cor, ou seja, seu efeito psíquico. Aqui se revela a força psíquica da cor, que
provoca uma vibração espiritual. E a primeira força psíquica elementar torna-se então um
caminho através do qual a cor chega à alma. (...)
(KANDINSKY O efeito da cor. In: CHIPP, Herschel B. Teorias da arte moderna. São Paulo: M.
Fontes, 1996.)
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Atividades
04) O espaço-cor
• Tomando Mark Rothko como motivação, pinte criando espaços de cor. As obras do pintor
Rothko mostram a ausência de qualquer elemento figurativa. Percebe-se nelas a presença
de tonalidades de cores que para ele não eram pura abstração, mas sim expressão de
sentimentos ou de emoções.
• Observe algumas pinturas de Rothko e note as possibilidades de combinação de cores e a
relação delas com o espaço. Escolha algumas cores de tinta guache ou tinta acrílica e
misture-as com agua na proporção de meia medida de tinta para meia medida de água.
• Em uma folha de papel canson, aplique a tinta com uma esponja ou com um pincel de
aproximadamente cinco centímetros, criando as formas diretamente com a tinta sem um
desenho prévio.
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Atividades
• Espere essa primeira experiência secar, veja o resultado e, se desejar, aplique mais tinta,
criando novas manchas de cor e sugestões de transparências, isso acontece quando uma
tinta se sobrepõe a outra, mas não a encobre totalmente.
• Mostre em sala de aula o espaço-cor que você criou e veja os trabalhos de seus colegas.
Analise como foram feitas as investigações de cor, em que áreas criaram-se contrastes e de
que forma a sobreposição de cores criou novas tonalidades.
• Dê nome ao trabalho seguindo a motivação de Rothko, que deu aos seus trabalhos títulos
como Violeta, preto e alaranjado e amarelo sobre branco e vermelho, ambos de 1949.
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Atividades
05) Instalação com cor
• Vamos criar um espaço na sala de aula, ou na sala de Artes, em que a cor será o elemento
de maior importância, ou seja, a cor deve ajudar a dar significado para a leitura que as
pessoas farão sobre o lugar.
• Pense numa temática e em uma única cor para remeter a ela.
• Selecione objetos referentes ao tema, que deverão ter a cor escolhida, por exemplo: o tema
paz, comumente está associado a cor branca. Nesse caso poderiam ser apresentados em
uma instalação pássaros feitos de dobradura com papel na cor branca ou bandeiras brancas.
• Apresente os objetos em um espaço limpo, para que não sofram interferência de outros
elementos.
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Atividades
06) A cor como elemento de significado
•
Em grupo de quatro pessoas, montem um painel com várias palavras relacionadas a um mesmo
assunto. Por exemplo: sobre o tema ecologia, pode-se usar palavras como natureza, preservação, vida,
vegetação, planeta etc.
•
Depois de selecionarem o seu assunto e as palavras que se referem a ele, desenhem cada palavra em
uma folha de papel A4, escolham uma cor que também tenha relação com o tema e pintem com lápis
de cor todas as palavras, sempre usando a mesma cor.
•
Extraiam do lápis de cor o maior número possível de tonalidade. Percebam que, alterando a pressão que
vocês aplicam no lápis, a cor se altera, criando diferentes profundidades do desenho.
•
Recortem as palavras coloridas e colem em uma folha de papel-cartão. Pensem que a cor do papelcartão também irá interferir. Verifiquem se está de acordo com o seu tema e a cor que escolheram para
trabalhar.
•
Apresentem seu painel aos colegas de sala de aula e veja se eles concordam com a relação que vocês
fizeram entre o assunto abordado, as palavras e a cor utilizada.
REFERÊNCIAS
COLÉGIO ENERGIA. Atitudes elementares. 7° ano – volume 02. Florianópolis:
gráfica ed. Energia., 2015.
GOMBRICH, Ernest H. A História da Arte. LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora
S.A. Rio de Janeiro, 2008.
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Obrigado!!!
Alessandro Lima
[email protected]
http://bonecosdasvirtudes.pancakeapps.com
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Você já se sentiu azul de fome, verde de inveja, roxo de raiva, ou viu o mundo rosa por
estar apaixonado? Já dissipou uma nuvem negra quando finalmente teve uma
oportunidade de ouro?
Em todo o mundo, a maneira com que as diferentes culturas vêem e descrevem as
cores varia de forma dramática. Por exemplo, o povo Basa da Libéria possui apenas
duas palavras para classificar as cores (ziza para vermelho/laranja/amarelo e hui para
verde/azul/roxo), enquanto que os Inuítes são mencionados por terem 17 palavras
diferentes só para descrever a cor branca (que se modifica de acordo com o clima e as
condições diferentes de neve).
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Em geral, o azul é considerado como a escolha mais segura de cor em todo o mundo,
já que ela possui muitas associações positivas. Na América do Norte e Europa, o azul
representa confiança, segurança, e autoridade, e é considerada uma cor que acalma e
traz paz. Porém, ela também pode representar depressão, solidão, e tristeza (daí vem
a expressão em inglês, “to have the blues” ou “feeling blue”). E você sabia
que ninguém enxergava a cor azul até os tempos modernos? Não da maneira que
vemos hoje.
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Em alguns países, o azul simboliza cura e o afastamento do mal. Amuletos em formato
de olhos azuis, que alguns acreditam afastar o mal olhado, são visões comuns na
Turquia, Grécia, Irã, Afeganistão, e Albânia. Nas culturas orientais, o azul simboliza
imortalidade, enquanto que na Ucrânia, o mesmo denota boa saúde. No hinduísmo, o
azul é associado fortemente com Krishna, que encarna o amor e alegria divinos.
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Nas culturas ocidentais o verde representa sorte, a natureza, frescor, primavera,
consciência ecológica, riqueza, inexperiência e ciúme (o monstro de olhos verdes). E
claro, verde é a cor emblemática da Irlanda, que recebeu seu apelido de “Ilha
Esmeralda” por conta de suas lindas paisagens verdes.
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Na Indonésia, o verde foi tradicionalmente proibido, enquanto que no México é a cor
nacional que significa a independência. No oriente médio, o verde representa
fertilidade, sorte e riqueza, e é considerada a cor tradicional do Islã. Em culturas
orientais o verde simboliza juventude, fertilidade, e vida nova, mas também pode
significar infidelidade. Na verdade, na China, chapéus verdes para homens são tabu
porque eles significam que suas esposas cometeram adultério!
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O vermelho simboliza animação, energia, paixão, ação, amor, e perigo nas culturas
ocidentais. Ele é também associado com comunismo e revolução em países como a
Rússia. Nas culturas asiáticas, o vermelho é uma cor muito importante – ela traz boa
sorte, alegria, prosperidade, celebração, felicidade, e vida longa.
Como é uma cor tão cheia de superstições, as noivas chinesas muitas vezes se vestem
de vermelho no dia de seus casamentos, e envelopes vermelhos com dinheiro são
oferecidos durante datas comemorativas e ocasiões especiais.
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Na Índia, o vermelho é associado com pureza, sensualidade, e espiritualidade. Por
outro lado, em alguns países da África associa-se vermelho com a morte, e na Nigéria,
a cor representa agressão e vitalidade. O vermelho é ainda considerado como um
amuleto de sorte no Egito, e simboliza boa sorte e coragem no Irã.
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Na cultura ocidental, o amarelo é associado com felicidade, jovialidade, otimismo,
calor (sendo a cor da luz do sol), alegria, e esperança, assim como com cuidado e
covardia. Na Alemanha, o amarelo representa inveja, mas no Egito significa felicidade
e boa sorte, além de ser a cor associada ao luto.
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O laranja representa o outono, colheita, calor, e visibilidade nas culturas ocidentais.
No hinduísmo, açafrão (um tom de laranja claro) é considerado próspero e sagrado. Na
Holanda, laranja é a cor da família real, enquanto a mesma cor representa sexualidade
e fertilidade na Colômbia.
Em culturas orientais, laranja simboliza amor, felicidade, humildade, e boa saúde. É
comum que as roupas dos monges budistas sejam de cor laranja, já que ela significa
coragem, espírito de sacrifício e transformação, além de ser a cor do budismo.
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Roxo é muitas vezes associado com realeza, riqueza, espiritualidade, e nobreza em
todo o mundo. Historicamente no Japão, apenas os monges budistas da mais alta
hierarquia vestiam roupas roxas. O roxo é também associado com piedade e fé, e no
catolicismo, com penitência.
Porém, no Brasil e na Tailândia, o roxo é uma cor de luto. É também a cor da honra – o
Coração Roxo é a condecoração militar mais antiga ainda oferecida para membros do
exército americano.
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Em muitas culturas, preto simboliza sofisticação e formalidade, mas também
representa morte, o mal, luto, mágica, ferocidade, doença, má sorte, e mistério. No
Oriente Médio, preto representa tanto renascimento quanto luto.
Na África, ele simboliza idade, maturidade, e masculinidade.
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Na cultura ocidental, o branco simboliza pureza, elegância, paz, e limpeza; noivas
tradicionalmente vestem branco em seus casamentos. Mas na China, Coréia, e alguns
outros países da Ásia, o branco representa a morte, luto, e má sorte, e é
tradicionalmente usado em funerais.
No Peru, o branco é associado com anjos, boa saúde, e tempo.
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