baixar revista - Conselho Regional de Psicologia do Paraná

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baixar revista - Conselho Regional de Psicologia do Paraná
ISSN 1808-2645
Ano 11 - Edição nº 64 - Jul/Ago/2009 - Publicação Bimestral - Conselho Regional de Psicologia do Paraná
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contatoeditorial
coforienta
acontecenoParaná
acontecenoBrasil
contatoplenária
pordentro
enquetecontato
políticaspúblicas
contatoartigo
Acidente de Trânsito
matériacapa
Os 30 anos do CRP-08
contatoentrevista
CRP x Sindicato
nascomissões
psicólogodasilva
contatoartigo
Sistema Conselhos
matériacontato
Serie Credenciamento
contatoindica
inscritos
contatoagenda
expedientecontato
Diretoria
- Presidente: João Baptista Fortes de Oliveira
- Vice-Presidente: Rosangela Lopes de Camargo Cardoso
- Secretária: Marilda Andreazza dos Anjos
- Tesoureiro: Celso Durat Junior
Conselheiros
Adriana Tié Maejima, Anaides Pimentel S. Orth, Beatriz Dorigo, Celso Durat Junior, Denise
Matoso, Dionice Uehara Cardoso, Eugenio Pereira Paula Junior, João Baptista Fortes de
Oliveira, Maria Elizabeth Haro, Maria Sezineide Cavalcante de Mélo, Márcia Regina Walter,
Mariana Patitucci Bacellar, Marilda Andreazza dos Anjos, Marina Pires Machado, Rosangela
Lopes de Camargo Cardoso, Rosângela Maria Martins e Rosemary Parras Menegatti.
Subsedes
- Londrina
Avenida Paraná, 297- 8° andar - sala 801 e 802 - Ed. Itaipu - CEP 86010-390
Fone: (43) 3026-5766/ (43) 8806-4740
Conselheira: Denise Matoso
Coordenador: José Antonio Baltazar
e-mail: [email protected]
- Maringá
Avenida Mauá, 2109 - sala 08 - CEP 87050-020
Fone: (44) 3031-5766/ (44) 8808-8545
Conselheira: Rosemary Parras Menegatti
e-mail: [email protected]
- Umuarama
Rua Rui Ferraz de Carvalho, 4212 - CEP 87501-250
Fone: (44) 3055-4119/ (44) 8808-8553
Conselheira: Adriana Tié Maejima
e-mail: [email protected]
- Cascavel
Rua Paraná, 3033 - sala 41 - CEP 85810-010
Fone: (45) 3038-5766/ (45) 8808-5660
Coordenador: Mariano Michels de Oliveira
e-mail: [email protected]
Representações Setoriais
- Campos Gerais
Representante efetivo: Marcos Aurélio Laidane - Fone: (42) 8802-0949
Representante suplente: Lúcia Wolf
- Campo Mourão
Representante Efetiva Maria Sezineide Cavalcante de Mélo – Fone: (44) 8828-2290
Representante suplente: Patrícia Roehrig Domingues dos Santos
- Guarapuava
Representante efetiva: Egleide Montarroyos de Mélo - Fone: (42) 8801-8948
Representante suplente: Tânia Mansano
- Foz do Iguaçu
Representante efetiva: Mara Julci K. Baran - Fone: (45) 8809-7555
Representantes suplentes: Gláucia E. W. de Souza e Dayse Mara Bortoli
- Sudoeste
Representante efetiva: Maria Cecília M. L. Fantin - Fone: (46) 8822-6897
Representante suplente: Geni Célia Ribeiro
- Norte Pioneiro
Representante efetiva: Sônia Maria Barone Lopes Fone: (43) 8813-3614
Representante suplente: Nucinéia Aparecida de Oliveira
- Litoral
Representante efetiva: Karin Bruckheimer - Fone: (41) 8848-1308
Representante suplente: Silmara de Souza Lima
- Paranavaí
Representante efetiva: Carla Christiane Amaral Barros Alécio – Fone: (44) 8836-7726
Representante suplente: Cláudia Lucio Chaves
- União da Vitória
Representante efetiva: Marly Perrelli - Fone: (42) 8836-7726
Representantes suplentes: Alexsandra Esteves e Marínea Maria Fediuk
Produção
Contato: informativo bimestral do Conselho Regional de Psicologia 8 - Região. (ISSN - 1808-2645)
Avenida São José, 699 - CEP 80050-350 - Cristo Rei - Curitiba - Paraná
Fone: (41) 3013-5766. Fax: (41) 3013-4119
Site: www.crppr.org.br / e-mail: [email protected]
Tiragem: 10.000 exemplares.
Impressão: Maxigráfica e Editora Ltda.
Jornalista Responsável: Licemar Vieira Melo (9635/SRTE-RS)
Colaboração: Viviane Martins de Souza
Comissão de Comunicação Social do CRP-08: Maria Elizabeth Nickel Haro, Mariana
Patitucci Bacellar, Maria Fernanda Mendes Petry e Mildred Marcon
Projeto Gráfico: RDO Brasil - (41) 3338-7054 - www.rdobrasil.com.br
Designer Responsável: Leandro Roth - Diagramação: Eduardo Rozende.
Ilustração (Psicólogo da Silva): Ademir Paixão
Preço da assinatura anual (6 edições): R$ 20,00
Os artigos são de responsabilidade de seus autores, não expressando,
necessariamente, a opinião do CRP-08.
contatoeditorial
coforienta
Uma edição realmente especial. É assim que a 64ª edição
da Revista Contato chega. São novas editorias, um suplemento
e muitas abordagens.
participaram. Já a editoria “Políticas Públicas” vai abordar, por meio
de artigos que podem ser enviados pelas comissões, a atuação dos
psicólogos na área de Políticas Públicas.
A matéria de capa, por exemplo, representa o resgate de
algumas informações para a categoria, no momento em que o
CRP-08 completa 30 anos de existência.
Na editoria Entrevista fizemos uma opção diferente. Ao
invés de um, temos dois entrevistados. O objetivo, a partir de
uma demanda percebida na reunião plenária de Maringá em 21
de março, é informar sobre a distinta atuação das duas instituições que trabalham com a categoria dos Psicólogos no Paraná: o
CRP-08 e o Sindypsi - Sindicato dos Psicólogos do Paraná. Por
isso os entrevistados são, respectivamente, os Presidentes das
duas instituições.
A segunda matéria da série Credenciamento de Clínicas
no DETRAN, que mostra como estão funcionando algumas clínicas do Paraná, encontra-se publicada nessa edição.
Nessa publicação há três novas editorias: “Nas comissões”,
“Acontece no Brasil” e “Políticas Públicas”.
Na editoria “Nas comissões”, que surge a partir de uma solicitação da plenária, em Curitiba, no dia 16 de maio, haverá informações sobre o que as comissões do CRP-08 estão discutindo. A
editoria “Acontece no Brasil” vai noticiar as discussões que ocorreram em eventos nacionais nos quais representantes do CRP-08
E a maior novidade de todas é o fato dessa edição vir
acompanhada de um suplemento, impresso separadamente, que
se refere à cobertura do XIII Encontro Paranaense de Psicologia - XIII EPP, que aconteceu de 10 a 13 de junho de 2009 em
Curitiba.3
Boa leitura!
contatocartas
“Parabéns a Revista Contato pela importante iniciativa de fazer-nos
refletir sobre as questões levantadas nas matérias sobre Avaliação Psicológica
X CNH. Infelizmente muitos psicólogos estão vendo esta nova oportunidade,
não como psicólogos de profissão e alma, mas sim como um grande negócio empresarial. Estamos esquecendo que a Avaliação Psicológica vai muito
além das exigências que o DETRAN/PR nos impôs, pois como psicóloga,
atuante há 11 anos, sei que o meu papel vai muito além do que “uma simples
testagem”. (...)”
Parte de um texto enviado por e-mail por
Claudia T. Friche Gonçalves – CRP-08/06443.
“A obrigatoriedade da entrevista individual a todos os candidatos à
CNH, a meu ver, é um dos aspectos mais importantes da implementação da
Resolução 267/2008 do CONTRAN em nosso estado, uma vez que, somente
a aplicação de testes psicológicos não é suficiente, interagir com o avaliando,
observar e investigar nos possibilita avaliar com mais qualidade”.
Texto enviado por e-mail pela Psicóloga
Marinês Mendes - CRP-08/09132.
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contato
Envio de laudos por e-mail
Parecer técnico da COF elaborado com a
colaboração da Cons. Mariana Patitucci Bacellar (CRP-08/10021)
A partir de uma demanda que surgiu na reunião plenária de
Umuarama, em abril, a Comissão de Orientação e Fiscalização do
CRP-08 emitiu um parecer técnico sobre o envio de laudos por e-mail.
A reprodução do parecer, na íntegra, você acompanha a seguir.
Em diversas áreas profissionais, a remessa e arquivamento
de documentos por meio eletrônico tem se mostrado um meio aceito
para o trabalho. No campo médico, o uso de sistemas informatizados para a guarda e manuseio de prontuários de pacientes e para a
troca de informação em saúde foi autorizado pelo Conselho Federal de Medicina através da resolução CFM n° 1.821/07. No campo
jurídico, avanços neste sentido também têm ocorrido, sendo que na
Justiça Federal todo o processo judicial corre virtualmente, desde o
envio da petição inicial com a juntada de documentos.
Cabe lembrar que a preocupação com o sigilo não é de
exclusividade do campo da psicologia, pois a área médica e do
Direito também lidam com informações sigilosas. Apesar do risco, também presente na comunicação direta ou por correio, a
guarda e remessa de documentos por meio eletrônico traz diversos benefícios, tais como rapidez e menor custo no envio e busca de informações, além de diminuir espaços de arquivo físico e
impressões em papel.
A legislação do Sistema Conselhos é omissa no que diz
respeito ao envio de documentos por meio eletrônico. Contudo, a resolução do Conselho Federal de Psicologia n° 012, de
2005, autoriza a prestação de serviços psicológicos mediados
pelo computador, tais como orientação psicológica, orientação
profissional, orientação de aprendizagem, consultorias a empresas, processos prévios de seleção de pessoal e utilização de testes psicológicos informatizados. Assim, compreendemos que há
aceitação, mesmo que parcial, da utilização dos meios eletrônicos nos processos de trabalho dos psicólogos.
A Comissão de Orientação e Fiscalização entende que
não há impedimento para que os documentos psicológicos sejam
enviados por meio eletrônico, desde que o profissional respeite
os critérios mínimos de segurança digital, com vistas a não haver
quebra de sigilo, conforme previsto no artigo 9º do Código de
Ética do Psicólogo. Várias medidas podem auxiliar neste sentido, tais
como colocar senha para a abertura de documentos, colocar o
documento no formato PDF visando a não alteração do mesmo,
especificar os e-mails da empresa para os quais serão enviados
os documentos, atualização constante de antivírus, confirmação
de recebimento do e-mail, entre outros. Os mesmos cuidados devem ser tomados no arquivamento digital dos documentos.
Outra medida importante é incluir no contrato que é feito
com o usuário a autorização para envio do documento, por e-mail,
para o solicitante. Lembramos que independente da forma de envio
do documento (em mãos, correio ou e-mail), é importante que fique
claro no contrato de prestação de serviço que será produzido um documento decorrente da avaliação, o qual será enviado a um terceiro.
Muitos profissionais esclarecem verbalmente tal condição ao usuário, mas nossa orientação é que esta informação seja documentada, garantindo clareza para ambas as partes, bem como proteção ao
profissional caso seja questionado futuramente. Outra sugestão, útil
em qualquer forma de envio de documento, é escrever no próprio
documento que as informações nele contidas são sigilosas e ficam
sob responsabilidade de quem as receber.
Esta comissão entende também que é importante haver
um contrato formal entre as partes, empresa e terceirizada, especificando esta forma de envio de documentos, bem como os
critérios que irão reger tal processo.
Retomando a legislação do Sistema Conselhos, consideramos que se há a possibilidade para realização de serviços psicológicos mediados por computador, sabendo dos riscos que tal
forma de comunicação implica, não haveria motivo que justificasse o impedimento para o envio de documentos virtualmente,
já que em todos os casos existe grande preocupação com o sigilo
das informações. Ressaltamos, ainda, que qualquer forma de envio de documentos apresenta algum grau de risco de extravio, ou
mesmo violação do documento, e que a formalização de contrato
entre as partes (profissional e empresa) pode proteger o psicólogo no caso de violação de documentos.
Por fim, lembramos que o profissional não está obrigado
a encaminhar laudos por meio eletrônico, ainda que tenha assegurados alguns parâmetros de segurança tanto para a guarda
quanto para a remessa de documentos por meio eletrônico. 3
contato
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acontecenoParaná
CREPOP
V Café da Manhã da Psicologia Hospitalar
O V Café da Manhã da Psicologia Hospitalar aconteceu
no dia 02 de abril na sede do CRP-08. O encontro reuniu cerca
de 50 psicólogos. No evento foram divulgados os resultados de
uma pesquisa, realizada no ano passado, sobre o perfil do psicólogo hospitalar da região metropolitana. Também foi discutida
a necessidade de integração entre os psicólogos do interior e de
Curitiba que atuam nessa área. Na oportunidade foi divulgado
o IX Fórum da Psicologia Hospitalar, que vai acontecer em outubro no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba.
Evento aconteceu no dia 02 de abril na sede do CRP-08, em Curitiba.
18 de Maio: Dia da Luta Antimanicomial
O CRP-08 participou do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, em 18 de maio. Em Curitiba houve panfletagem
na Praça Santos Andrade, um encontro de usuários de saúde
mental e um debate sobre os seguintes temas: os ideais da luta
e a construção do coletivo no Paraná, a Reforma Psiquiátrica
no município de Santo André e a Luta Antimanicomial.
Participaram da mobilização, em Curitiba, os psicólogos Bruno Madër (CRP-08/13323), Cláudia Cobalchini
(CRP-08/07915) e Dione Menz (CRP-08/05491), do Núcleo
de Articulação em Políticas Públicas do CRP-08, além da
socióloga Carmem Ribeiro, do CREPOP.
II Jornada sobre Violência em
Guarapuava
Aconteceu no dia 28 de maio na
Faculdade Campo Real, em Guarapuava,
a II Jornada Sobre Violência. O objetivo
do evento, promovido pela representação
setorial do CRP-08 naquela região,
foi discutir as questões relacionadas à
violência e suas implicações.
No dia 28 de maio, na sede do CRP-08 em Curitiba,
aconteceu a discussão sobre a prática profissional dos psicólogos em duas políticas públicas fundamentais relacionadas a
saúde mental: o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS)
e a prática na prevenção e atenção na área de álcool e outras
drogas. As discussões fazem parte da pesquisa sobre a prática
profissional do psicólogo em políticas públicas que vem sendo
desenvolvida pelo Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) do Conselho Federal de
Psicologia e Conselhos Regionais de Psicologia.
O grupo que discutiu sobre prevenção e atenção na
área de álcool e outras drogas contou com a presença de 22
pessoas, sendo nove na condição de gestores. No segundo
momento da reunião, 17 psicólogos aprofundaram os temas
próprios à prática profissional.
A discussão sobre o trabalho em CAPS envolveu 17
profissionais, sendo sete na condição de gestores.
Participaram profissionais de 11 municípios, a maioria da Região Metropolitana de Curitiba. Também, estiveram
presentes profissionais de Paranaguá e Palmeiras.
As discussões foram registradas e serão condensadas
em um relatório que será encaminhado para o CREPOP Nacional, que será agregado aos relatórios das demais regiões e
servirá de subsídio para a elaboração de referências técnicas
para a atuação dos profissionais da Psicologia nestas duas
áreas.
A II Jornada sobre a Violência
oportunizou o debate entre profissionais,
professores, acadêmicos e pessoas da
comunidade.
com a palavra quem educa. Participaram
Conforme a coordenadora do
A programação contou com cinco
mesas-redondas que discutiram os temas:
aspectos psicológicos; violência: um
debate para a sociedade contemporânea;
o direito e a violência; violência e suas
como palestrantes: a psicóloga Tânia Regina
evento, a psicóloga Egleide Montarroyos
dos Reis Mansano (CRP-08/07129), o mestre
de Mélo (CRP-08/06261), representante
em Educação Luigi Chiaro, o advogado Dr.
Setorial do CRP-08, a II Jornada sobre
Vergilio Dalla-Rosa, a assistente social Ane
Violência superou as expectativas em
repercussões na sociedade; e violência:
Barbara Voidelo e o mestre em Ciências
termos de número de participantes, e da
Aplicadas Dartagnan da Silva Zanella.
abordagem feita por vários profissionais.
CRP-08 reaIiza I Jornada de
Psicologia Ambiental
A I Jornada de Psicologia Ambiental
do CRP-08 ocoreu nos dias 08 e 09 de maio.
No evento, realizado no auditório Nélio Pereira
da Silva, em Curitiba, foram discutidos os seguintes temas: Psicologia ambiental: modismo ou
necessidade?; Psicologia das Emergências e Desastres; Campos de atuação da Psicologia Ambiental.
Para discutir o primeiro tema, houve
uma mesa-redonda com a participação dos
psicólogos: Cláudia Maria Sodré Vieira (CRP06/19214), Othon Vieira Neto (CRP-06/21297)
e Maria Otávia D´Almeida (CRP-08/04191).
Colóquio Direito, Medicina e Psicanálise
A psicóloga Dione Menz foi debatedora no evento
que aconteceu no Anfiteatro da UFPR.
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contato
06 e 07 de agosto - Colóquio Direito, Medicina e Psicanálise: “Desafios Contemporâneos:Infância, Família e Poder”.
Promoção: Programa de Pós-graduação do Curso de
Direito da UFPR e Programa Travessias.
Local: Salão Nobre da Pós-Graduação da Faculdade
de Direito da UFPR.
Mais informações: PPG da Faculdade de Direito da UFPR
Evento aconteceu no CRP-08 no início de maio.
acontecenoBrasil
APAF
*Texto enviado pela Conselheira Mariana Patitucci Bacellar (CRP-08/10021).
Nos dias 23 e 24 de maio de 2009, aconteceu a APAF em
Brasília, na qual o Conselho Regional de Psicologia do Paraná foi representado pelos conselheiros João Baptista Fortes de Oliveira (CRP08/00173), Celso Durat Junior (CRP-08/04537), Eugênio Pereira Paula
Junior (CRP-08/06099) e Mariana Patitucci Bacellar (CRP-08/10021).
A APAF é a Assembléia das Políticas, das Administrações e das Finanças, na qual são tratados assuntos referentes à Psicologia no âmbito nacional, tais como: regimento interno do CFP, propostas de diretrizes do orçamento do CFP, deliberação sobre questões de interesse
da Entidade (administrativas e financeiras), acompanhamento as deliberações de políticas do CNP, acompanhamento da execução regional
das políticas aprovadas nos Congressos Regionais de Psicologia, entre
outros temas de interesse coletivo da profissão.
A assembléia é realizada no mínimo duas vezes ao ano, podendo ter assembléias extraordinárias caso se faça necessário.
A APAF é composta por três membros do CFP e membros
de todos os Conselhos Regionais de Psicologia, podendo variar de
um a três o número de representantes por regional de acordo com a
quantidade de profissionais inscritos. Os membros presentes são chamados de delegados. Nesta APAF, o regional do Paraná pode contar
com dois delegados com direito a voz e voto.
Seguindo o procedimento comum, a pauta da assembléia foi
encaminhada previamente com 16 assuntos, sendo que surgiram outros dois, a partir da reunião de presidentes que ocorreu no dia 22 de
maio. Nesta mesma data, os tesoureiros dos CRPs e CFP se reuniram
para discussões sobre questões financeiras.
Alguns dos pontos discutidos, mesmo que tenham recebido
encaminhamentos, devem manter-se em pauta das próximas plenárias, portanto é importante que a categoria tenha conhecimento e que
traga suas vivências e opiniões sobre os temas.
Alguns pontos debatidos:
4 Política Nacional de Trânsito - para a discussão desse tema, foi convidado Fabián Javier Marin Rueda, especialista no tema e integrante de
uma comissão à parte do Sistema Conselhos. Foram definidos pontos em
relação a alteração da resolução 012/2000 e dois pontos importantes a respeito das avaliações psicológicas realizadas para a aprovação do sujeito a
receber a CNH: o primeiro é o direito de devolutiva dos sujeitos que passam pelas avaliações psicológicas e o segundo é que cabe ao Psicólogo a
observar se os testes usados são originais e aplicar avaliações somente se
esse item estiver garantido. A obrigatoriedade do Título de Especialista
em trânsito, que os profissionais que aplicam as avaliações devem ter, foi
outro ponto da pauta que deve manter-se em discussão.
8
contato
4Ano da Educação - as ações em função do Ano de Educação tiveram um resultado positivo. Ficou determinado que um grupo com
integrantes de quatro CRs sistematizará um documento com os resultados. A partir de agora, os regionais devem dar continuidade ao
desenvolvimento do tema.
4Álcool e outras drogas - na APAF de dezembro de 2008, essa questão já havia sido abordada. Por fazer interface com varias áreas (direitos humanos, segurança, justiça, saúde, etc), deve manter-se a discussão para posicionamento e ações da Psicologia. Foi formado um
grupo de trabalho para apresentação de propostas de ações até julho
desse ano em relação a questões da fragilidade do tema nas Políticas
Públicas e do direito de ação dos usuários.
4Assistente Técnico na Perícia Psicológica - questiona-se qual a necessidade de ter a função do Assistente Técnico durante Perícias psicológicas e quanto essa função protege ou invade o trabalho do perito. Concluiu-se que necessita mais esclarecimentos e discussões
sobre o tema, então será retomado na APAF de dezembro. Os regionais devem reforçar as discussões sobre o assunto.
4VII Congresso Nacional de Psicologia - o temário do próximo CNP
ficou definido como “Psicologia e compromisso com a promoção de
direitos: um projeto ético e político para a profissão.” No congresso,
serão trabalhados três eixos principais: 1) Construção de referências
e estratégias de qualificação para o exercício profissional; 2) Diálogo
com a sociedade e com o Estado; 3) Aperfeiçoamento democrático
dos Sistemas Conselhos.
4 Conferência Nacional de Comunicação - O CFP foi indicado a participar da Conferência Nacional da Comunicação. O Sistema Conselhos
quer, além de contribuir com a formação, investir em conteúdos que
sejam relevantes para a Psicologia e sociedade. Para tal, sugeriu critérios para a elaboração das teses. A necessidade da ampla mobilização
da categoria é fundamental para a boa atuação e força da Psicologia.
4 Lei 5.766/71 - Foi acordado que o debate sobre as minutas da
resolução serão retomadas para quando da aprovação do Projeto de
Lei. Os regionais devem mobilizar com todos os esforços o legislativo para garantir a agilidade das ações.
4 Credenciamento de sites – será necessário determinar exatamente
o que se quer, pois ao falar de atendimento mediado por computador,
é preciso se levar em conta todas as formas de comunicação virtual como, comunicator, e-mail, MSN, etc. A importância de maiores
debates é o receio de que a resolução esteja tratando de um tema já
ultrapassado pela tecnologia.
Seminário Nacional de Educação
CONPSI
O presidente e a vice-presidente do CRP-08,
conselheiros João Baptista Fortes de Oliveira e Rosangela Lopes de Camargo Cardoso, estiveram em Belém
(PA), de 06 a 09 de maio, participando do 6º Congresso
Norte Nordeste de Psicologia – CONPSI 2009.
O evento, promovido pelo Conselho Regional de
Psicologia – 10ª Região, em parceria com a Universidade Federal do Pará, abordou a temática Psicologia e
Compromisso Social: Unidade na Diversidade.
A conselheira Rosangela Cardoso informou que
“o interesse do CRP-08 em participar do CONPSI 2009
foi no sentido de acompanhar, através da participação
nas mesas-redondas e conferências que discutiram assuntos relacionados a Psicologia e Políticas Públicas e
também Direitos Humanos, já que essas são áreas que
queremos enfatizar, aqui no Paraná”.
Conforme a vice-presidente do CRP-08, todos
os Conselhos Regionais enviaram representantes para
o evento que contou com cerca de 4.500 participantes. Rosangela Cardoso afirma que “ter participado do
CONPSI foi muito importante, pelo contato com representantes do Conselho Federal de Psicologia e com os
outros Conselhos Regionais”.
Além dos dois membros da diretoria do CRP-08,
o Psicólogo Tônio Luna (CRP-08/07258), de Curitiba,
também foi ao CONPSI para apresentar a peça teatral
Psicólogo da Silva.
No final do mês de abril aconteceu, em Brasília, o
Seminário Nacional do Ano da Educação. O evento sintetizou as discussões realizadas, previamente, em todos os
Conselhos Regionais de Psicologia, sobre os seguintes temas: Psicologia, Políticas Públicas Intersetoriais e Educação Inclusiva; Políticas Educacionais: legislação, formação
profissional e participação democrática; Psicologia e Instituições Escolares e Educacionais; e Psicologia no Ensino
Médio. Os representantes do CRP-08 no Seminário Nacional do Ano da Educação - que levaram a síntese das discussões que aconteceram no Seminário Regional, no dia 27
de fevereiro - foram os psicólogos: Silmara de Souza Lima
(CRP-08/03772); Mara Julci K. Baran (CRP-08/02832); Karin Bruckhmer (CRP-08/03984); Eugênio Pereira de Paula Junior (CRP-08/06099) e Maria Elizabeth Nickel Haro
(CRP-08/00211).
Os representantes do CRP-08 no Seminário Nacional do Ano
da Educação.
Agenda
21 e 23/06
Seminário Nacional de Psicologia e Direitos Humanos
O Conselho Federal de Psicologia promove em
Brasília, o VI Seminário Nacional de Psicologia e Direitos Humanos, com o tema: “Nenhuma forma de violência
vale a pena”. Edgar Morin fará a conferência de abertura
do Seminário a partir das 19h30. O evento será realizado
no Hotel Kubitschek Plaza. Para inscrições, acesse o site:
www.pol.org.br.
07 e 08/08
Seminário Nacional “Escuta de Crianças e Adolescentes Envolvidos em Situação de Violência e a Rede de
Proteção”
O Psicólogo Tonio Luna foi a Belém apresentar o Psicólogo da Silva.
Conselheiros Presidentes do CRP-12 (SC), CRP-07 (RS) e CRP-8 (PR).
O Seminário será realizado no Rio de Janeiro – RJ.
contato
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contatoplenária
Deliberações das Plenárias
de abril e maio
Abril
Na plenária do dia 03 de abril, na sede do CRP-08, em
Curitiba, entre outros assuntos foram abordados os seguintes:
4 Reunião Nacional de Comissões de Orientação Ética (COE)
- Os Conselheiros: João Baptista Fortes de Oliveira (CRP08/000173) e Márcia Regina Walter (CRP-08/02054) estiveram
em Brasília, nos dias 27 e 28 de março, representando o CRP08 na Reunião Nacional das Comissões de Ética. Entre os assuntos debatidos na reunião, houve a orientação de que informações
referentes a existência ou não de Processos Disciplinares Éticos
(PDE) contra algum psicólogo, podem ser fornecidas, desde que
solicitadas formalmente, sem que se especifique a que se referem
os Processos. A reivindicação do CRP-08 é de que as reuniões nacionais da COE deveriam acontecer junto com a COF.
4 Comissão de Psicologia Hospitalar - A comissão de Psicologia Hospitalar está solicitando informações sobre Psicólogos que
atuam na área hospitalar no interior do Paraná.
4 Uso da logomarca do CRP-08 - É importante que as comissões
ajudem a fortalecer a marca do CRP-08 através do uso da logomarca do Conselho, e não criar novas logomarcas para as comissões, já que essas integram o CRP-08.
10
contato
4 Conferência de Comunicação - A Comissão organizadora Próconferência Nacional de Comunicação do Paraná fez evento de capacitação no dia 26 de abril, em Curitiba. No dia 27 abril realizou
audiência pública na Assembléia Legislativa do Paraná sobre Controle da Internet e a Democratização dos Meios de Comunicação.
4 Comissão de Psicologia do Trânsito - a última reunião do GT de
Trânsito, que trata do credenciamento de Clínicas pelo DETRAN/PR,
aconteceu no dia 25 de março. O encontro contou com a participação
de 20 profissionais, ente eles psicólogos de duas Clínicas já credenciadas de Curitiba e Pitanga, Professores da UFPR – Núcleo de Estudos do Trânsito, professores da UFSC e membros das Comissões de
Avaliação Psicológica, Trânsito e Organizacional do Conselho.
A Plenária que aconteceu no dia 25 de abril, em Umuarama, abordou, entre outros assuntos, sobre:
4 NAPP-08 - Foi apresentada, pelo coordenador do Núcleo de
Articulação em Políticas Públicas do CRP-08 (NAPP), a avaliação
do II Encontro de Psicologia e Políticas Públicas, realizado nos
dia 3 e 4 de abril de 2009, em Curitiba.
4 CREPOP - Houve demonstração de modelos de relatórios
para os representantes do CRP em Conselhos de Controle Social
(CCS). Foram apresentados os temas e prazos de pesquisas a serem realizadas para o cumprimento do plano de ação para 2009.
As pesquisas são: Educação Básica - realizada junto ao Seminário Regional de Educação; Álcool e Drogas - no período entre
abril e junho, em Curitiba, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel e
Paranavaí. De junho a setembro será a vez da área de Trânsito e
Mobilidade Urbana.
4 Psicoterapia - Para discutir a Psicoterapia, tema do ano de 2009
proposto pelo CFP, aconteceram encontros em Campo Mourão
(27/04), Ponta Grossa (15/05) e na região da subsede de Umuarama
(29/04 e 15/05). Também foi organizada discussão sobre Psicoterapia na região de União da Vitória, sendo convidados para o evento
representantes do CRP-12 e CRP-08. As subsedes de Cascavel e
Maringá, além da representação setorial do Sudoeste, já realizaram
debates sobre o tema. Na sede, a Psicoterapia foi discutida durante
o mês de abril, nas “Quartas-feiras no CRP”. Houve solicitação de
que os relatórios, relacionados aos debates sobre Psicoterapia, sejam
feitos de acordo com os eixos definidos em APAF.
4 Terapia Comunitária – O tema trazido pela representação setorial de Foz do Iguaçu foi discutido. Foi enfatizado na Plenária que
o trabalho do terapeuta comunitário não pode substituir o trabalho
e serviços de saúde mental.
4 Combate ao Abuso e Exploração Sexual – A representação setorial do Sudoeste organizou, em parceria com a UFTPR, o “Dia
Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças
e Adolescentes”, que aconteceu em 18 de maio.
4 Psicologia do Trabalho e Organizacional - Vai ser formada na
subsede de Maringá a Comissão de Psicologia do Trabalho e Organizacional, com dez colaboradores.
4 Conferência Municipal da Comunicação - A Conferência Municipal da Comunicação de Maringá será no Campus do Centro
Universitário de Maringá - CESUMAR, durante a Semana Acadêmica de Jornalismo.
4 Campanha do Dia do Psicólogo 2009 - Foi aprovado o tema:
“Psicologia para Todos”.
4 Democratização da Comunicação - Foi informado que todos
os CRPs estão nas comissões estaduais de organização das Conferências Estaduais e Nacional da Comunicação.
4 Laudos encaminhados por e-mail - Foi solicitado parecer das
Comissões de Orientação Ética e de Orientação e Fiscalização,
além da Assessoria Jurídica, sobre o encaminhamento de laudos
por e-mail.
4 Acupuntura - A Comissão de Orientação e Fiscalização do
CRP-08 está realizando encontros para discutir sobre a Acupuntura, mas, até o momento, há pouca participação da categoria.
Maio
A plenária do dia 08 de maio aconteceu na sede do CRP-08,
em Curitiba, e discutiu sobre:
4 Democratização da Comunicação – Foi informado que haverá
reunião nacional em Brasília para organização da Conferência Na-
cional da Comunicação. A Conferência Estadual da Comunicação
deverá ser realizada até junho de 2009. A Conferência Nacional da
Comunicação será em Brasília, de 1 a 3 de dezembro de 2009.
4 Comissão de Orientação e Fiscalização – Foi informado que a
Reunião Nacional de Comissões de Orientação e Fiscalização vai
acontecer nos dias 3 e 4 de julho de 2009 em Brasília.
4 NAPP-08 – Foi sugerida a organização de grupo virtual para debater Políticas Públicas. No novo site deste CRP haverá um espaço
chamado “Fórum”, onde os grupos de debate serão organizados.
4 GT da Psicoterapia – A equipe organizadora está sistematizando os materiais e relatórios dos eventos, por eixo. Solicita o reenvio das informações dos critérios de participação no Seminário
Regional da Psicoterapia para todos.
4 Comissão de Psicologia Hospitalar - Novos colaboradores. Os
psicólogos que trabalham no Hospital Regional de Paranaguá participarão da Comissão de Psicologia Hospitalar, por revezamento
(a cada reunião virá um membro da equipe da Psicologia daquela
instituição hospitalar). As “Quartas-feiras no CRP” do mês de junho são de responsabilidade da Comissão.
4 Comissão de Avaliação Psicológica - Há dois projetos em andamento: “Quartas-feiras no CRP” do mês de julho e organização
de palestras nas Universidades.
4 Comissão de Psicologia Ambiental – Houve convite para a
Jornada de Psicologia Ambiental que foi realizada nos dia 8 e 9
de maio na sede do CRP-08.
4 Comissão de Tanatologia - A Comissão de Tanatologia está
realizando uma reunião por mês, na segunda terça-feira, devido
aos compromissos profissionais de seus membros.
Na plenária do dia 16 de maio, na sede do CRP-08, em Curitiba, foram abordados, entre outros, os seguintes assuntos:
4 Revista Contato - Houve a sugestão de criação de nova editoria para abordar as discussões que ocorrem nas comissões da sede
e subsedes do CRP-08.
4 APAF - Foram apresentados os pontos de pauta da Assembléia
de Políticas Administrativas e Financeiras (APAF), que aconteceu
em Brasília, e as contribuições do CRP-08 para a discussão na
Assembléia. Nesse evento o CRP-08 foi representado pelos conselheiros Mariana P. Bacellar (CRP-08/10021) e Eugênio Pereira
de Paula Jr (CRP-08/06099).
4 COF - A partir de uma discussão realizada na plenária de
Umuarama, em 25 de abril, foi apresentado o parecer técnico da
Comissão de Orientação e Fiscalização do CRP-08 sobre o envio
de laudo por e-mail. A COF também divulgou o debate sobre Acupuntura, que aconteceu na sede do CRP-08, no dia 26 de maio.
4 CES/PR - A Psicóloga Karin Bruckheimer (CRP-08/03984)
está na Comissão de Organização do Seminário de Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Drogas. O Seminário será realizado
nos dias 21 e 22 de julho de 2009, no Centro de Convenções de
Curitiba – PR.3
contato
11
pordentro
Psicoterapia é discutida na Região de
Campos Gerais
contatoenquete
O assunto é...
Psicologia para todos
Representantes da setorial de Campos
Gerais coordenaram o evento.
No dia 15 de maio, aconteceu um
encontro em Ponta Grossa para discutir a
Psicoterapia. O evento, realizado no auditório da Unimed, contou com 126 participantes, entre psicólogos, alunos e professores do curso de Psicologia da Faculdade
Sant´Ana. No encontro, coordenado pelos representantes da setorial de Campos
Gerais, Marcos Aurélio Laidane (CRP08/00314) e Lúcia Wolf (CRP-08/00337)
houve um debate sobre a formação do psicólogo e a necessidade de aperfeiçoamento
para se trabalhar com a Psicoterapia.
Nessa edição a revista Contato publica a opinião de alguns psicólogos que responderam a pergunta: Psicologia é para todos? Essa enquete foi
feita durante a reunião plenária do dia 16 de maio e quer divulgar a opinião de
alguns profissionais sobre aquele que será o tema da campanha do Dia do Psicólogo de 2009. Confira as opiniões:
“Psicologia sim deve ser para todos, independente de idade, sexo, credo ou raça.
Ainda seriam necessários mecanismos públicos para possibilitar o acesso para todas as
classes sociais, independente de patologia ou comorbidade, de forma a atingir toda a
população interessada e também sensibilizar possíveis protagonistas.”
Márcia Regina da Silva Santos - CRP-08/3336 - Curitiba
“A Psicologia é para todos, mas não são todos que têm acesso. Embora a Psicologia seja de aplicabilidade ampla e esteja sendo bem difundida, ainda existe uma falta
de entendimento do que seja ou faz, sem contar com a resistência de algumas pessoas
quanto a procura de seu atendimento.”
Egleide M. de Mélo - CRP-08/06261 - Guarapuava
Projeto na área de Psicologia Jurídica é
divulgado em Porto Alegre
“Acredito que sim, que a Psicologia é para todos à medida que hoje o Psicólogo
está inserido em diversas áreas de atuação, tais como hospitais, órgãos jurídicos, postos
e centros de saúde, escolas, áreas do esporte, trânsito, organizações, entre outros, além
da tradicional clínica, tendo uma grande área de abrangência para intervir.”
Marina Pires Alves Machado - CRP-08/10216 - Curitiba
A Psicóloga Rogéria Sinimbu Aguiar
apresentou trabalho em Porto Alegre.
A psicóloga Rogéria Sinimbu Aguiar
(CRP-08/05128), membro da Comissão de
Psicologia Jurídica do CRP-08, participou do
I Simpósio Sul Brasileiro de Psicologia Jurídica que aconteceu em Porto Alegre (RS),
nos dias 17 e 18 de abril. Na oportunidade,
a psicóloga apresentou o trabalho: “Grupo
de Reflexão e Orientação de Adolescentes
Envolvidos em Abuso Sexual Infantil”, relatando um projeto implantado na Delegacia
do Adolescente de Curitiba em 2008.
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contato
“Psicologia está no controle social, na responsabilidade de cada um de nós participar da formulação de políticas públicas intra e extra setoriais, na rede de proteção
de crianças e adolescentes abusados e explorados. Está na luta incansável do resgate
do desejo de meninos e meninas em ter um projeto de vida e do querer simplesmente ser
um ‘digno cidadão’.”
Karin Bruckheimer - CRP-08/03984 - Matinhos
“Sim, a Psicologia como Ciência e como Profissão deve existir para a melhoria
da qualidade de vida dos que dela necessitem, independente da situação econômica e
social. O sofrimento mental não escolhe classe social, credo e independe do gênero”.
Maria Sezineide Cavalcante de Melo - CRP-08/03183 - Campo Mourão
contato
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As Políticas Públicas e o Controle Social
políticaspúblicas
Bruno Jardini Mäder – (CRP-08/13323) - Coordenador do NAPP-08
A discussão sobre a inserção dos psicólogos em políticas públicas aumenta a cada nova oportunidade de trabalho criada. Os limites e possibilidades da Psicologia são colocados à prova desde equipamentos de atenção básica aos de atenção especializada; a necessidade
de trabalhos interdisciplinares coloca questões também nos atendimentos clínicos e de psicoterapia.
Dentre todas as abordagens e linhas teóricas possíveis, o conceito de cidadania, fundamental para discutir e entender qualquer política pública, não recebe a atenção que merece. Cidadania pressupõe
o direito à vida, à dignidade, à liberdade, à igualdade, aos direitos
humanos; no Brasil o artigo 6º da Constituição Federal de 88 garante
os direitos sociais. A garantia destes direitos é o caminho para a conquista da cidadania.
Este caminho é traçado pela implementação de políticas públicas.
“Por meio delas, os bens e serviços sociais são distribuídos e redistribuídos, de maneira a garantir o direito coletivo e atender às demandas da sociedade” (Silveira [et al], 2007). Uma definição bastante conhecida de política pública é “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos
direitos sociais, configurando um compromisso público que visa dar conta
de determinada demanda, em diversas áreas. Expressa a transformação
daquilo que é do âmbito privado em ações coletivas no espaço público”
(Nardini, Guareschi, Comunello, & Hoenisch, 2004).
As políticas públicas demonstram a relação fundamental entre
o Estado e as demandas sociais. O maior exemplo de política pública
é o SUS, que foi constituído por intensa movimentação social, e assegura o acesso universal e igualitário aos serviços e ações e prevê que
a saúde é dever do Estado.
A execução e formulação de políticas públicas são, portanto,
dever do Estado. A gestão e fiscalização, por outro lado, necessitam da
participação ativa da sociedade civil. Esta forma de participação nas
decisões de políticas públicas é chamada Controle Social.
O nome Controle Social pode dar a idéia de uma dominação
da sociedade pelo o Estado, e segundo Raicheles (2000), esta é a origem histórica do termo. Na já citada Constituição de 88, ocorre uma
inversão desta concepção, e se propõe o controle da sociedade civil
sobre o Estado. Isso representa um marco político, a descentralização
das decisões constrói o interesse público, um dos eixos da luta contra
o Estado autoritário. Além do Controle Social, a CF/1988 prevê outras
formas da democracia participativa como o plebiscito, o referendo popular, audiências públicas, e iniciativa popular de lei.
Cada política pública tem a sua instância de Controle Social
chamada Conselho. Assim como a gestão das políticas públicas é descentralizada, também são os Conselhos. Ou seja, são feitos nos níveis
federal, estadual e municipal. O estado do Paraná possui 399 municípios, e cada um deve realizar seus Conselhos.
Os conselhos legalmente estabelecidos são os de políticas mais
estruturadas ou centralizadas em sistemas nacionais (como o a Saúde, a
educação, a Assistência Social), mas podem ser realizados conselhos de
programas (como o Programa Leite das Crianças ou os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural) e conselhos temáticos, de políticas
criadas por iniciativa municipal ou estadual (Conselhos de Transportes,
de Direito da Mulher, etc.). A legislação prevê que estes sejam paritários,
ou seja, com a participação popular e de representantes do Estado. Os
Conselhos de Saúde prevêem a participação de gestores (25%), trabalhadores (25%) e usuários (50%). A representação popular é feita por entidades e organizações, assim podem representar os usuários associações
de moradores, associações de usuários, entre outros; os representantes
dos trabalhadores podem ser representados por sindicatos, conselhos
de classe (inclusive este CRP-08), entre outros; a representação do gestor é feita pelo governo corrente. Estes representantes são escolhidos
nas Conferências, que são realizadas periodicamente, e também servem
para propor as diretrizes para a formulação das políticas.
A criação destes dispositivos democráticos foi conquistada
por movimentações e organização da sociedade civil. A participação
no controle social deve proceder da mesma forma, afinal, a lei garante o direito, mas o acesso a este direito deve ser garantido na gestão e
execução das políticas públicas.
As políticas públicas representam a forma de garantir os direitos
fundamentais da pessoa humana, e são construídas pelos atores da sociedade. Trabalhar numa política pública é ser agente da cidadania, e o profissional psicólogo é um destes agentes. O debate sobre os limites da atuação,
a organização dos profissionais em torno dos temas de relevância, para a
participação da gestão de políticas públicas são formas de conquistar a cidadania e inseri-la nas atuações e discussões de Psicologia.3
REFERÊNCIAS
RAICHELES, R. Desafios da gestão democrática das políticas sociais. Brasília:
Cead, 2000 (PERIÓDICO).
COMUNELLO, L. N. ; GUARESCHI, N. M. F. ; NARDINI, M. ; HOENISCH, J. C. .
Problematizando as práticas psicológicas no modo de entender a violência. In:
STREY, Marlene; RUWER, Mariana; JAEGER, Fernanda. (Org.). Violência, Gênero
e Políticas Públicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004, v. 3, p. 177-194.
SILVEIRA, A. F. [et al] Caderno de psicologia e políticas públicas. Curitiba: Grá-
fica e Editora Unificado, 2007.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nº. 1/92 a 56/2007 e pelas Emendas
Constitucionais de Revisão nº. 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2008.
contato
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contatoartigo
Acidente de Trânsito:
luto coletivo e criação social*
**Vânia Regina Mercer – Psicóloga (CRP 08/00508)
O acidente de trânsito ocorrido em Curitiba, nos últimos dias, que envolveu um deputado estadual e provocou a morte de dois jovens, faz com que a
comunidade curitibana sinta-se enlutada e viva, neste momento, um sentimento
de dor e mal-estar não só pelas famílias enlutadas com as quais, nós pais, nos
identificamos, mas traz uma desesperança imensa para todos nós.
Nós que somos cidadãos da famosa Curitiba, ou daquela nomeada
por Rita Lee¹, em sua canção “...ser normal em Curitiba Ser normal no Paraná,
ser normal no Brasil, ser normal no mundo”. Normal ou anormal, ou patológico não são bons adjetivos para que este acidente reviva na memória da população, a adulteração de fatos. Ou alerte para a morte silenciada, de jovens das
classes menos favorecidas, por exemplo, quando atendo em meu consultório
uma Carrinheira² cujo filho de oito anos aproximadamente morreu trucidado
pelo cão de uma família, ao entrar em uma propriedade particular e eu jamais
vira uma nota na imprensa sobre o trágico episódio. Podemos nos referir a
certas situações cotidianas, mais como comuns do que normais, anormais, patológicas. Trocar pelo termo comum não representa para mim, mulher, mãe,
psicanalista e cidadã, que comum e banal sejam sinônimos.
Nomear como acidente o que ocorreu é banalizar a imoralidade e
justificá-la. Freud³ colocou o psicanalisar, o educar e o ser político como as
três profissões impossíveis.
Educar é difícil. Nenhum de nós está isento de falhar na formação
dos filhos. Mas somos obrigados a nos esforçar para essa tarefa, a nos preparar para ela. Só amar não é suficiente e há tantos enganos sobre o que seja
amar. A confusão entre amar e comprar, presentear... se avoluma a cada
dia. Alguns filhos se identificam com os pais e querem seguir suas profissões. Outros querem ser amados e respeitados ou, ao menos, olhados por
seus pais, supondo que seguindo o mesmo caminho estarão conquistando o
coração de um de seus pais ou de ambos.
Nossos políticos não têm contribuído para que os jovens se identifiquem com lideres de bons valores. A transmissão da banalização e do
descaso com a saúde e a educação não contribui para que nossos jovens
queiram ser gente e se sintam motivados a lutar para isso. Ao contrário,
muitas vezes invejam os que vivem das vantagens. Quando se ouve dizer
que um valor grande, médio ou exorbitante foi desviado por nossos governantes, considero que sempre deveria ser seguido de tabelas comparativas;
X crianças foram roubadas no seu direito a escola, no seu direito a saúde;
X pessoas foram roubadas no seu direito à velhice digna; X famílias foram
roubadas no seu direito à moradia. Nossa comunidade é lesada nos seu direito de confiar, de respeitar, de ser respeitado, de ser amigo, de ser solidário, de ter um sonho, uma esperança.
A educação como profissão é a responsabilidade dos que trabalham na tarefa da formação de seus cidadãos. O educar, função parental, é
um exercício trabalhoso e árduo, sem férias, feriados ou finais de semana.
Somos pais para sempre e na dor do luto ainda continuamos pais de nossos
filhos. Porém, dar a luz não nos faz pais.
Fiquei chocada e enraivecida ao ver que o deputado paranaense e
sua senhora, ambos de família abastada desde sempre, para visitar ao filho
que faz doutorado na Europa, precisam usar o dinheiro público. Como é
esse amor de pai, que não pode dispor de seu próprio patrimônio para visitar ao filho? Que exemplo esse pai dá para esse filho? Como se mede esse
amor? Esse amor que despe aos cidadãos de educação, saúde e trabalho?
Se consultarmos os índices da Vigilância Sanitária de nossa cidade
veremos a elevada taxa de morte entre crianças e adolescentes por causas
externas. Aí muitos suicídios mascarados estão encobertos, por exemplo,
nas mortes decorrentes de acidentes de trânsito, pois há muitos modos indiretos de suicidar-se. Além disso, existe a subnotificação de dados para
preservar as famílias de sua dor, de suas culpas, de seus fracassos e a interrupção de seus sonhos.
Será que o deputado envolvido no acidente, por acidente parental,
tornou-se herdeiro de uma vocação política, ou será que o investimento do
pai em tal filho exigia que ele tivesse a política como profissão para auxiliálo a realizar seus projetos pessoais e não projetos políticos para o bem da
comunidade? Ignoro quem sejam os envolvidos, nunca ouvi ou li o nome
dessas pessoas antes do acidente. Talvez, neste caso, o dinheiro do pai possa
ter sido gasto na campanha do filho e o filho usado pelo pai.
A nova lei controlando o uso do álcool associado ao ato de conduzir foi
um passo importante ocorrido recentemente. Por outro lado as multas, a indústria das multas como às vezes nos questionamos, não é por si só educativa.
Talvez! Tem sido tão comum... tão banal.. o discurso dos políticos sobre
seus filhos. Outros dois de nossos políticos pagaram passagens para as filhas,
porque como as vezes gastam de seu próprio dinheiro para trabalhar, porque não
se ressarcirem pagando com dinheiro o público as passagens das família?
Quando um cidadão é multado tantas vezes, como a mídia anuncia,
tendo pontuação elevada, a carteira de motorista cassada, como no caso do
deputado acidentado, além de pagar as multas e perder o direito de dirigir, um
oficial de justiça deveria ir ao encontro dessa pessoa e propor um acompanhamento, um monitoramento de suas ações. Para alguns, tendo dinheiro ou não,
é possível só pagar multas e continuar agindo no trânsito como sempre.
Aqui me pergunto: um pai político consegue ser um pai presente?
Ou precisa indenizar os filhos por ausências? Não com seu dinheiro, mas
com o dinheiro público, culpado pela privação que lhes provoca de terem o
pai por perto? Por que elas sofrem com essa ausência merecem que o povo
pague pela escolha profissional de seus pais?
Para nós eleitores, mudaria alguma coisa termos as informações do
currículo de vida, não só o acadêmico, de um candidato a cargo público?
Quem conduz sua vida assim como conduzirá nossa cidade, nossos projetos
para uma infância e juventude sadias, para a maturidade da nação?
O assunto é uma tragédia que deixou duas famílias sem filhos!
Mas a reação da comunidade é de um luto coletivo, de indignação e exigência de ética e transparência. Convido a todos a considerar que grande
parte das empregadas domésticas não são ressarcidas das horas extras nos
16
contato
sábados e nos domingos. Talvez o motorista que aguardava nosso antigo
prefeito, recentemente, na saída de uma festa particular até altas horas da
madrugada fosse pago, pois seria com o dinheiro público.
não precisamos deixar de viver cada fase para usufruirmos da medicina (uns
poucos podem fazê-lo) e sermos idosos longevos, sem viver. Porém, é preciso
cuidar da vida, não aceitar ser cidadãos de Cidades Ecocidas4...,as cidades suicidas5. Em contraposição a estas, lembro a possibilidade das Città Slow6.
Já os professores não recebem auxílio para comprar livros e se
manterem atualizados, alguns nem sempre tem hora atividade paga. As horas que passam avaliando trabalhos escolares, preparando aulas e corrigindo
provas de seus alunos em casa, no horário que deveriam ser pais; essas horas
roubadas de seus filhos, não são ressarcidas aos seus filhos com privilégios.
Há tantos outros exemplos que cada um de nós poderá listar.
Observar em silêncio esse episódio, ou melhor, mais este episódio
é a morte em si. A morte das próximas gerações, do sonho do novo, do que
o jovem traz em si e pode criar. Fazer o luto antecipado7 de nossos jovens e
crianças é covardia, é omissão, não é possível acobertar que o futuro deles
vem sendo roubado pela falta de ética e decoro Político.
Muito grave pensar em quantas famílias não tem auxilio e direito
à saúde e medicamentos básicos ou caros. Mas esse senhor viajou como paciente para São Paulo. A família angustiada pode e deve oferecer o que pode
e até o que não pode ao seu filho, mas por que nosso governo desmerece os
profissionais da saúde do nosso Estado e nossos hospitais e com o dinheiro
público paga os custos da viagem do deputado, em avião do Governo, e leva
o paciente para o Estado vizinho?
A parte da doença ou da saúde mental, esta é para ser acompanhada, atendida e tratada e não criminalizada. Não existe vacina para proteger
o humano da loucura e a loucura, às vezes, muitas vezes, é uma saída criativa, mas nem sempre... Existe a violência inerente ao humano. Existe também a violência criativa e construtiva nas situações limites, pulsão de vida.
Banalizar a violência é falta de ética, banalizar este momento é instalar o
desgorverno de nossa juventude..uma comunidade sem lei!
Portanto, pergunto aqui: porque um pai prefeito auxilia o filho jovem a ser candidato a deputado estadual? Não conheço nem pai nem filho.
O que a comunidade SOLIDÁRIA às famílias enlutadas divulga por emails
e o que a mídia publica não mostra qualidades especiais nesse jovem deputado para que tão precocemente fosse eleito e se tornasse um HOMEM PÚBLICO, NO SENTIDO PLENO DA EXPRESSÃO. Agora ele, através do
seu feito, tornou-se uma notícia pública! Uma triste noticia nacional.
* MÉTRAUX, Jean-Claude . Deuils collectives et création sociale. Paris. La dispute, 2004.
Brincava de super homem com carro blindado? Deputado! Para se
proteger de quem? Uma intuição de que viria a precisar se proteger do povo?
Será mais importante a população toda se blindar para se proteger de políticos como os que temos eleitos. Importante será blindar o acesso de pessoas
sem preparo ou liderança construtiva própria nas próximas eleições.
1 RITA LEE, ROBERTO DE CARVALHO: Normal em Curitiba. “Saudades da terra/Daquela vidinha boa/Entre um milagre uma guerra/Quando deus era brasileiro
e ria-se à toa/Lá no sul do cruzeiro/ Destino desejo/Santo pandemônio/saudades do
ozônio/Da minha infância querida/ QUERO O ESSENCIAL DAVIDA/QUERO SER
NORMAL EM CURITIBA/Saudades da terra,daquele planeta azulzinho/ Entre Vênus e marte/Quando arte era puro dinheiro/E o estranho no ninho vinha lá do estrangeiro/New York ou Paris/É impossível ser feliz/saudades da Elis/Da minha infância
querida/Quero o essencial da vida/Quero ser normal em Curitiba/ renascer de parto
natural/Mamar numa doce muxiba/Crescer num país tropical/Supermercado em carapicuíba/Manter o ciclo menstrual/Noivar,casar com o Giba, viver de aumento salarial/Campeã de buraco e biriba/QUERO O ESSENCIAL DA VIDA/QUERO SER
NORMAL EM CURITIBA.
2 Catadora de lixo.
3 FREUD, S. Análise terminada e interminável. 1. ed. Rio de Janeiro : Imago,
1987, Cap. 7,V.XXIII, Ed. Standard Brasileira das Obras Psicológicas de Sigmund
Freud, p 265.
4 MERCER, Vânia. GLOBALIZAÇÃO E PERDAS DE IDENTIDADE/ E OU NOVAS CONSTRUÇÕES DA IDENTIDADE, Programa de Travessias. In: Travesseiro
de Pedra. A formação para a escuta de doentes. Curitiba, no prelo, previsão 2009.
5 BOFF,L. - Entrevista de Leonardo Boff ao Caderno JB Ecológico do Jornal do
Brasil - 28/04/2002) .’’Somos Deus e o Satã da Terra’’ in: REVIVERDE.Instituto
Ambientalista da Cidade do Rio de
Janeiro.(...) ECOLÓGICO - Estamos sendo, então, o satã da Terra? BOFF - Mais
do que isso. Mostramos que somos homicidas. Somos, também, etnocidas, matando etnias, nações indígenas. E ecocidas, por acabarmos também com ecossistemas
naturais...(...) O cientista Carl Sagan nos deixou um testamento trágico, uma grande
advertência. Ele dizia: “O ser humano, nos últimos três séculos, fundamentalmente
nas últimas décadas, inventou o princípio da autodestruição.
6 O que são as (Cidades Slow)? O Slow Food encoraja o crescimento do movimento
das Città Slow, um grupo autônomo de vilas e cidades determinadas a melhorar a
qualidade de vida dos seus habitantes, particularmente no que diz respeito à alimentação. As Cidades Slow aderem a uma série de diretrizes para torná-las mais agradáveis para viver, como fechar o centro da cidade ao trânsito um dia por semana ou
adotar políticas estruturais para conservar as características da cidade. As Cidades
Slow procuram preservar o patrimônio gastronômico, criando espaços e ocasiões para
o contato direto entre consumidores e produtores de qualidade.
7 Expressão emprestada da reflexão de Daniele Brun, em seu livro “ A criança dada
por morta”.
Uso o tempo no passado como referência ao ato de brincar. Os esforços todos devem ser oferecidos para a recuperação clínica, de um acidentado, como diz o juramento médico, de Hipocrátes. Posteriormente, a cada
um, a responsabilidade por seus atos e suas conseqüências.
Curitiba do encontro dos neonazistas e seus crimes e tantas outras
barbaridades que a cada dia nos espantam! Vamos homenagear os jovens que
vem perdendo suas vidas em acidentes, com uso de drogas e crimes, neste
momento nas pessoas de Carlos Murilo de Almeida e Rafael Souza Yared.
Homenagear, educando-nos para votarmos melhor nas próximas eleições; educando nossos filhos para a seriedade do ato de votar, Observando os
atos e omissões de todos OS políticos antes dessas tragédias e revelações de
falcatruas.
A juventude é uma fase de riscos e aventuras, em todos os tempos
foi assim. Os jovens se consideram imortais. A AIDS quebrou essa máxima e a violência urbana também não os ilude mais. Diferente dos anos 70,
quando fui jovem, houve muitas quebras de paradigmas, muitas conquistas
e uma liberdade que se constituiu como um marco para o amor, sobretudo
para a relação das mulheres com o amor e procriação. Pós ditadura novas
construções sociais.
Nem meus filhos, nem os de vocês vão deixar de viver como jovens.
Ninguém deve deixar de viver a sua vida para não incomodar os pais, para
protegê-los de suas perdas. Não é possível descobrir a vida sem o risco de se
machucar, mas há uma lei que deve ser transmitida e trabalhada. Quero dizer,
Termo emprestado do livro de Jean-Claude Métraux. Tradução livre .
** Psicóloga,Psicanalista, Mestre em Educação–UFPR; Responsável pelo Programa de
Travessias. Organizadoras do livro Violência, Paixão e Discursos. O avesso dos Silêncios,
2008, juntamente com Professor Doutor José Antonio Peres Gediel.3
NOTAS:
contato
17
O início
A primeira presidenta do CRP-08,
Maria Júlia Trevizan, conta que, a fase inicial do Conselho Regional de Psicologia
do Paraná, representou “um grande desafio e um grande aprendizado. Foi uma
experiência maravilhosa. Foi o momento
de ver a legislação, conhecer as normas a
cumprir, estabelecer reivindicações a fazer
e a atender. Nessa fase aprendi que tinha
que ter penetração política para conquistar
algo para os psicólogos”.
Maria Júlia relata que, naquela
época, “a profissão não era reconhecida
pela sociedade, que não sabia das atividades dos Psicólogos. Mas, com um grupo
forte de conselheiros e suplentes foi possível o trabalho. Com o tempo fomos ganhando credibilidade: na primeira gestão
foi preciso organizar, fiscalizar e esclarecer. Eu percebo que as outras gestões,
além de fiscalizar, orientar e esclarecer a
categoria, tem conseguido levantar algumas bandeiras sociais”.
cologia do Paraná “vem desde a criação
Desafios atuais
Saúde, de todas as áreas. Enfim, o nosso
Segundo o presidente do CRP-08,
João Baptista Fortes de Oliveira, o principal desafio do Conselho Regional de Psi-
gia em todos os lugares. Que justamente
Em quantos somos?
do I Encontro Paranaense de Psicologia,
que procurava tirar o profissional do seu
consultório, para levá-lo aos hospitais, as
comunidades terapêuticas, Hospital Dia.
Hoje há, também, o desafio de tornar a
nossa profissão mais ao alcance da população que não tem o acesso a esses trabalhos que são oferecidos. Não só na área
clínica, mas na Escolar, Organizacional,
principal desafio é de colocar a Psicoloé o tema da campanha do Dia do Psicólogo esse ano”.
Registro profissional: o mais antigo x o mais recente
Quem são e o que pensam os psicólogos com o registro profissional
mais antigo e mais recente (na época de fechamento dessa matéria) do Paraná?
Para responder essas perguntas foram entrevistadas as psicólogas com registros número CRP-08/00001 e CRP-08/14727. Em comum
entre as duas: o fato de serem mulheres e morarem em Curitiba.
Em agosto de 2009 o Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-08) completa 30 anos.
Nessa reportagem especial, há informações sobre a trajetória do órgão de orientação e fiscalização dos
Psicólogos do Paraná, as mudanças
e, principalmente, avanços obtidos
nesse período no que se refere aos
campos de atuação do Psicólogo.
Nessa matéria há um pouco de:
história, dados sobre a categoria
no Paraná, relatos de experiências
profissionais de Psicólogos paranaenses e informações sobre os novos
paradigmas que passam a nortear
a formação acadêmica dos futuros
Psicólogos.
Histórico
Com o surgimento dos Conselhos
Regionais, após a criação do Conselho Federal de Psicologia pela Lei 5766/71, o Paraná
passou a pertencer ao CRP-07, que abrangia
os três estados do sul: PR, SC e RS. Na época
o Paraná tinha, como representante no CRP07, a conselheira Psicóloga Pórcia Guimarães
Alves (CRP-08/00019).
Em 1979, com 495 profissionais
atuantes na Paraná, o CFP criou o Conselho
Regional de Psicologia – 8ª Região (CRP08), com jurisdição no Paraná. A instalação
do CRP-08 aconteceu em 27 de agosto de
1979, numa solenidade realizada na Assembléia Legislativa do Estado.
Enfim, é uma matéria comemorativa, com dois olhares simultâneos: para dentro e para fora do
CRP-08. Afinal, só existe o Conselho,
porque existem Psicólogos atuantes
na sociedade paranaense.
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A partir de então o CRP-08 é responsável pelo acompanhamento da Psicologia no Paraná e acolhe as demandas
específicas decorrentes dos Psicólogos e
sociedade paranaenses.
CRP 08/00001 - O primeiro registro profissional de psicólogo
pertence à Maria Júlia Trevizan. Formada em Psicologia pela PUCPR,
em 1973, ela foi a primeira Presidenta do CRP-08.
Gestões do CRP-08
Até o momento dez gestões estiveram à frente do CRP-08. A primeira,
de 1979-1982, foi presidida por Maria Júlia Trevisan (CRP-08/00001). A segunda
gestão, de 1982-1985, presidida por Nélio
Pereira da Silva (CRP-08/00016). A gestão, de 1985-1988, teve como presidente
João Baptista Fortes de Oliveira (CRP08/00173). A quarta gestão, de 1988-1992,
foi presidida por Eduíno Sbaerdelini Filho
(CRP-08/01418). Na sequência vieram as
gestões “Ágora” que significa: “espaço de
reunião democrática”, que, de 1992-1995 e
1995-1998, foram presididas pelo Psicólogo João Baptista Fortes de Oliveira (CRP08/00173), e de 1998-2001, pelo Psicólogo
Vinício Oscar Kirchner (CRP-08/00751).
As gestões ConexãoPsi foram presididas
por Dionísio Banaszewski (CRP-08/4735),
2001-2004, e Raphael H. Castanho Di
Lascio (CRP 08/00967), de 2004-2007. A
atual gestão, 2007-2010, é presidida por
João Baptista Fortes de Oliveira.
Maria Júlia integrou, junto com outros 200 psicólogos paranaenses, o movimento nacional que reivindicou a criação do Conselho
Regional de Psicologia do Paraná pois, até 1979, o Paraná, junto com
Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fazia parte do CRP-07.
Conforme dados da secretaria, o CRP-08
chega aos seus 30 anos com 9.391 psicólogos com
o registro profissional ativo. A maioria são mulheres (89,53%, que corresponde a 8.408 profissionais) e atuam em Curitiba e região metropolitana (52,79%). Abaixo estão descritos o número de
psicólogos registrados no Paraná, por região (sede,
subsedes e setoriais): Curitiba (e região metropolitana) - 4.958; Londrina – 1.237; Maringá – 973;
Umuarama – 307; Cascavel – 604; Campos Gerais
– 217; Campo Mourão – 151; Guarapuava – 93; Foz
do Iguaçu – 270; Sudoeste – 181; Norte Pioneiro
– 100; Litoral – 63; Paranavaí – 123; e União da
Vitória – 114.
“Como fui empossada Presidente do CRP-08, foi me concedido o primeiro registro profissional de psicólogo do Paraná, para que
eu tivesse autoridade legal para conceder os registros aos outros profissionais”, explicou Maria Júlia.
A psicóloga trabalha na área organizacional, e desde 1975 ela
tem uma empresa – Racional Recursos Humanos – em Curitiba, que
atua com: Gestão de Pessoas; Gestão Organizacional; Educação Corporativa e Desenvolvimento Organizacional e Humano. “Eu trabalho com
treinamentos comportamentais, fazendo avaliação de competências nas
empresas, para isso eu busquei me aprimorar e fazer o meu diferencial
na área organizacional. Por isso meu Mestrado foi em Gestão de Negócios e o Doutorado em Engenharia da Produção”, afirma a psicóloga.
Por 32 anos ela foi professora da PUCPR, onde, por um período, assumiu a diretoria de Recursos Humanos, “numa organização
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com cinco mil funcionários”, destaca. Em 2003 Maria Júlia assumiu o cargo de Diretora Geral do Hospital Universitário da
PUC, uma experiência que lhe mostrou “que o Psicólogo pode
chegar lá, pode assumir cargos de gestão. Hoje temos psicólogos diretores de RH, de grandes empresas, conquistando espaço
junto aos administradores”. Atuando na área de negócios, ela
admite que “a percepção, a leitura das pessoas, é a Psicologia
que possibilita”.
CRP 08/14747 - O mais novo registro do CRP-08, na
época do fechamento dessa edição, era o de número 14747. O
registro pertence à psicóloga Bruna Caroline Alves Wolf, de
Curitiba.
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Formação Acadêmica
A Psicologia vem consistentemente se expandindo, nas
ações de intervenção profissional. As Instituições de Ensino Superior, que trabalham na formação acadêmica dos futuros psicólogos, têm assumido o desafio de acompanhar as mudanças
da área em função das mudanças da sociedade. Nesse sentido,
vislumbrar a formação acadêmica atual é perceber o quanto ela
mudou em relação àquela proporcionada há três décadas.
Quem pode falar dessas mudanças é a psicóloga Roseli
Deolinda Hauer (CRP-08/00134), de Curitiba, que acompanhou
de perto várias alterações curriculares nos cursos de Psicologia,
já que trabalha como docente no ensino superior há 32 anos.
Nesse tempo Roseli atuou em três Instituições de Ensino
Superior de Curitiba, na formação de profissionais psicólogos.
Na PUCPR, de 1977 a 1983, ela assumiu a Direção Clínica e a
coordenação de estágio; na Universidade Tuiuti, de 1979 a 2000,
além da Direção Clínica e coordenação de estágio, ela foi a Coordenadora do curso e, posteriormente, do Departamento do curso
de Psicologia. E, em 2000, assumiu a coordenação do curso de
Psicologia da Faculdade Evangélica, cargo que exerce até hoje.
A psicóloga analisa as mudanças curriculares, nos cursos de Psicologia, da seguinte forma: “no início, há 30 anos, as
áreas priorizadas eram três: Psicologia Clínica, Organizacional
e Escolar. No caso da Psicologia Clínica a abordagem era na terapia individual, dentro de um modelo elitizado, o atendimento
de crianças, adolescentes, adultos privilegiando o consultório
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Bruna, de 23 anos, formou-se em janeiro, pela Universidade Positivo. Ela pretende se especializar nas áreas clínica ou
educacional, que são as que mais gosta e se sente segura. Bruna
admite que o começo profissional não é fácil, “até começar a ter
pacientes, a ser reconhecida na área em que eu vou me especializar, sei que vai ser difícil”. Mas a psicóloga demonstra estar bem
determinada ao afirmar que: “eu sei que vou trabalhar numa das
duas áreas, de minha preferência, e vou fazer o que posso para
conquistar o meu espaço e ser reconhecida profissionalmente”.
Ela, que desde maio desenvolve trabalho voluntário na Clínica de Psicologia da UNICENP, em Curitiba, recebeu a carteira de
identidade profissional no dia 22 de maio, na sede do CRP-08.
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como arte. Na área organizacional os psicólogos atuavam nas
empresas no processo de recrutamento, seleção e gestão de pessoas. Já na área escolar, o interesse era muito voltado para a
aplicação de testes, análise de interesses vocacionais, déficits de
aprendizagem, atenção, percepção e memória (inteligência)”.
Roseli comenta: “naquela época o Psicólogo era visto
como um bom aplicador de teste, e o teste passou a representar
poder para o psicólogo, pois era muito utilizado tanto na área organizacional quanto escolar. Mas, entre as três áreas priorizadas
na formação, a clínica (nas abordagens: sistêmica, psicodrama e
Gestalt Terapia), sem dúvida, era privilegiada no currículo”.
de professores, através do qual foi avaliado o perfil que a comunidade esperava do Psicólogo. A partir desse estudo foram
implantadas novas disciplinas como: Psicologia Escolar, Psicologia do Excepcional (hoje Portadores de Necessidades Especiais), Dinâmica de Grupo”.
A psicóloga enfatiza que “na realidade atual nos deparamos com outros focos de atuação do Psicólogo: a violência
física, psicológica, o abuso sexual, a negligência, o comportamento antissocial, o estresse, e todas as consequências que
resultam deste processo. Por isso, na grade curricular de hoje,
contemplamos também a Psicologia Judiciária, a Mediação de
Conflitos, Abuso Sexual e Psicológico, Terapia Sexual e ainda
Psicologia do Consumidor”.
Roseli Hauer conclui afirmando que “hoje a formação contempla: a prevenção e promoção da Saúde; a interdisciplinaridade;
a formação generalista; capacitação para o trabalho interdisciplinar; capacitação para coordenar grupos, para lidar com situações
emergenciais e frente às catástrofes. E essa visão, da formação
integral do aluno, deve ser o foco da capacitação na formação
acadêmica”.
Experiências Profissionais
Hoje o psicólogo tem possibilidade de atuação em várias
áreas. Nessa matéria quatro profissionais, dois de Curitiba, uma
de Cascavel e outro de Londrina, que atuam em áreas distintas
foram entrevistados e relataram suas experiências profissionais.
Dois deles atuam em áreas tradicionais da Psicologia: Clínica
e Organizacional e outros dois atuam em áreas que tem, entre
outras, apresentado-se como novos campos de atuação para os
psicólogos: Esporte e Social.
Com o passar do tempo foram surgindo novas demandas
sociais e a Psicologia foi tentando dar conta delas. A psicóloga
comenta que “nos estágios os alunos começaram a demonstrar
novas áreas de interesse. Por isso, no final dos anos 70, início
dos anos 80, aconteceram os primeiros estágios na área de Psicologia Hospitalar, no Hospital Cajuru, em Curitiba; nessa mesma época passamos a desenvolver trabalhos na área de Psicologia Jurídica, seja intermediando conflitos, na Vara de Família,
seja dando acompanhamento a pessoas que estavam em liberdade assistida. Nesse período também passamos a atuar, acompanhando nossos alunos, nos hospitais psiquiátricos, num contexto
em que o psicólogo era visto como terapeuta ocupacional”.
Psicólogo clínico: atendimentos de segunda a sexta-feira e envolvimento com grupos de vivência aos sábados. Há 36 anos
essa tem sido a rotina do psicólogo Clínico Durval Lomba (CRP08/0004), de Curitiba. Ele fez parte da primeira turma de Psicologia do Paraná, que se formou em 73 pela Universidade Católica, hoje PUCPR. Atuante, aos 85 anos de idade, ele se autodefine
como um “psicólogo conservador atualizado” e justifica: “eu
sou conservador porque sigo os princípios básicos propostos por
Freud e Jung, que atuavam a relação paciente num clima emocional rígido; e atualizado porque, profissionalmente, com o tempo,
revi algumas posturas e busquei conhecimento em outras áreas.
Eu passei a não ficar afunilado só numa direção, procurei adquirir
um conhecimento vasto’’.
Segundo Roseli Hauer, várias mudanças curriculares
passaram a acontecer no final dos anos 80. “Nessa época, na
Universidade Tuiuti, que era onde eu estava, houve mudanças
a partir de um estudo, que durou dois anos, feito por um grupo
Entre as mudanças na forma de trabalhar, como psicólogo clínico, Lomba destaca as seguintes: “antigamente havia uma
superficialidade, se tinha pressa em dar um diagnóstico, de preferência na primeira sessão. Hoje a busca do diagnóstico já é o tra-
tamento. No começo, o tratamento era restrito ao paciente,
hoje, conforme a necessidade,
as pessoas envolvidas com o
paciente também se envolvem
no tratamento”.
Atendendo todos os
dias, Lomba faz questão de
ver o mesmo paciente duas
vezes por semana, pois, segundo ele “uma vez por semana é conselho; muito superficial. Nosso papel não é
esse. Duas vezes por semana,
no mínimo, permite que o paciente traga um clima emocional
de angústia. Abaixar a angústia é não trazer o emocional”.
No tratamento de seus pacientes, Lomba enfatiza que procura dar condições do paciente, perceber o real. O doente é aquele
que não percebe o real, vive num mundo subjetivo, de fantasias. Se
você não percebe o real, como é que você vai viver ?”.
Lomba critica a onda contemporânea que considera “a
doença uma moda, como a do pânico, do bipolar, do depressivo,
enfim todo mundo se autodefine dessa maneira, mesmo não sendo. Há uma influência da sociedade nesse diagnóstico”.
O psicólogo clínico se diz realizado profissionalmente e declara “eu amo o que faço, a Psicologia é a minha vida, é o que eu sei
fazer. E se você vier me perguntar se eu, com a minha idade, penso
em parar de trabalhar, eu vou te responder: Eu? Nem pensar!”.
Atendendo numa clínica, no Bairro São Lourenço, em
Curitiba, Lomba destaca o fato de ter tratado gerações. “Hoje
atendo netos dos meus primeiros pacientes. Sou indicado pelos
ex ou atuais pacientes; e só atendo quatro pessoas por dia, todos
os dias da semana”, conta.
Lomba, que também foi professor na Universidade Federal do Paraná, na PUCPR e na Faculdade Tuiuti, dá um conselho aos novos psicólogos: “atualizem-se, estudem, aprendam
a desenvolver nas pessoas o desejo, e conheçam outras áreas,
Filosofia, Sociologia, e por que não.... poesia?”.
Psicólogo Organizacional: formado pela PUCPR, Dante Ricardo Quadros (CRP-08/00038) atua na área de Psicologia Organizacional há 36 anos. Como optou por atuar nessa área, num
tempo em que a formação acadêmica era bem mais focada na
área clínica, Quadros buscou conhecimento para entender o
ambiente empresarial, fez Mestrado em Administração de Empresas e Doutorado em Engenharia da Produção.
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Ele explica que, atualmente, o psicólogo na área organizacional tem quatro possibilidades de atuação: pesquisador
(estuda o comportamento no ambiente de trabalho); desenvolvimento de programas de RH (recrutamento e seleção, desempenho, treinamento, etc.); direção de Recursos Humanos (estratégias de gestão de pessoas); e consultor (interno ou externo a
empresa; aquele que faz diagnóstico, trabalha com a inteligência organizacional, atuando em nível estratégico com dirigentes
e gestores da entidade).
Foi justamente no trabalho de consultoria que Quadros
direcionou a sua atuação profissional. Hoje ele presta consultoria
a grandes empresas, fazendo intervenção na organização e com
os indivíduos, por meio de coach. “Eu gosto de atuar nas empresas, onde existe um ambiente dinâmico, desafiador, e, nesse ambiente, de acordo com o problema, vou ter um foco de atuação e
uma metodologia específica de intervenção”, explica.
O psicólogo lembra que, nos anos 70 e 80, “o que se tinha era uma Psicologia de testes, de psicotécnicos, em que, na
então ‘área industrial’, o psicólogo atuava como um aplicador
de testes. Só depois dos anos 90 é que se consolidou, no Brasil,
o termo ‘organizacional’. Hoje o desafio é descobrir como podemos trabalhar melhor com as pessoas, de maneira saudável e
com resultados para as organizações”.
Quadros destaca que no início da carreira também fazia
recrutamento e seleção. “Naquela época eu apenas fazia o processo seletivo, enquanto que hoje eu trabalho processos grupais
e de liderança, coach, e portanto com os diversos níveis executivos das organizações”.
Entre as mudanças de enfoque, na área de Psicologia
Organizacional, o psicólogo avalia que, há pouco tempo, a preocupação era trabalhar com motivação do empregado, depois
passou-se a falar em comprometimento e, agora, a tendência é
que se trabalhe com as múltiplas dimensões do “engajamento”
do quadro funcional.
O psicólogo organizacional defende que, hoje, as empresas precisam trabalhar com o conceito de autogerenciamento
“que favorece a autorealização do indivíduo”. “As pessoas necessariamente não precisam de chefes, elas podem e sabem o
que tem que fazer. E, mais ainda, as organizações contemporâneas deveriam adotar o princípio da valorização da competência, e não de cargos. É preciso investir no desenvolvimento das
pessoas e no bem-estar delas para que, por meio do trabalho,
elas também se realizem”.
Quadros afirma que o trabalho do Psicólogo Organizacional “tem um cunho social muito forte. É uma visão transfor-
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madora da realidade, afinal, como psicólogo, sempre voltado
para as questões do ser humano”.
Ao final da entrevista o psicólogo, que também atua
como docente em cursos de pós-graduação e MBA, na FAE,
em Curitiba, e outras instituições no Paraná, falou: “no começo
de carreira eu não me sentia tão energizado. Hoje, com todas
as possibilidades que a área organizacional oferece e com as
constantes mudanças que o mundo empresarial apresenta, esse
desafio me fascina e, por poder trabalhar com as pessoas, me
sinto privilegiado. Como psicólogo organizacional sou realizado
profissionalmente”.
Dante R. Quadros:
“Como psicólogo organizacional
sou realizado profissionalmente”.
Psicólogo do Esporte: formado pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina (Cesulon), hoje Universidade Filadélfia
(Unifil), em 1992, especialista em Psicologia Clínica e Psicanálise e Mestre em Educação, Fernando Barroso Zanluchi (CRP08/05039) optou em trabalhar na área de Psicologia do Esporte, que prefere chamar de “Psicologia no Esporte”. Ele explica:
“não penso que exista uma Psicologia do esporte, outra do trabalho, outra da família, etc., acredito existir a Psicologia do
ser humano e das relações que estabelece em sua vida, pois a
maneira como se comporta em cada situação de sua vida segue
leis básicas”.
O psicólogo, de Londrina, começou a trabalhar na área
do esporte em 2000, quando foi convidado a realizar um acompanhamento psicológico junto às atletas da Equipe Brasileira
de Ginástica Rítmica, que treinavam nas dependências da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR). Ele explica que “o convite ocorreu devido ao fato de após a conquista da medalha de
Ouro nos jogos Pan-Americanos de Winnipeg no Canadá em
1999, as atletas estavam apresentando um rendimento muito
abaixo do esperado em outras competições. Aconteciam erros
nas competições que não ocorriam nos treinos, o que caracterizava problemas de origem emocional”. Esse trabalho foi realizado até 2005.
Paralelo a isso, durante o ano de 2002, Zanluchi foi convidado a integrar a equipe de trabalho da seleção Brasileira de
Tae-kwon-do. O trabalho foi desenvolvido de outra maneira, já
que o Tae-kwon-do é um esporte individual. O psicólogo explica
que “devido a isso, ocorrem trabalhos em grupo e trabalhos individualizados, que se dão na Academia onde os atletas treinam e
em meu consultório. Há ainda palestras junto a treinadores sobre
os aspectos emocionais presentes em atletas, crianças, adolescentes e adultos, e o efeito do vínculo emocional com os treinadores
no desempenho”. Este trabalho continua sendo desenvolvido pelo
psicólogo, em Londrina.
Entre os desafios, para os psicólogos que atuam na área do
esporte, Zanluchi destaca os seguintes: “a ausência de referencial
teórico, de base psicanalítica; conseguir que entendam o mundo da
Psicologia, ou seja, o mundo da subjetividade, num local onde reina
a objetividade, o concreto, os números e os resultados visíveis e totalmente mensuráveis; trazer a atenção de atletas e treinadores para
os aspectos mentais, pois por motivos lógicos, todas as atenções estão centradas no corpo, em sua resistência, agilidade, saúde, peso,
aptidão, etc; e a urgência dos resultados do trabalho psicológico.
Geralmente, quando me procuram, é porque existe uma demanda
com um prazo muito curto para ser resolvida, por exemplo: ‘tal
seletiva é daqui a duas semanas e eu não consigo perder peso; ou a
semifinal é em um mês e eu estou me machucando constantemente
nos treinos...’, esta é uma desvantagem para a Psicologia, que não
funciona muito bem em urgências”, exemplifica.
Ao ser questionado se, como psicólogo que atua na área
do esporte, ele se sente realizado profissionalmente, Zanluchi respondeu: “não posso dizer que me sinto realizado, sendo que ainda há muito o que fazer. Certamente gosto muito do que faço.
Sinto-me, isso sim, realizando-me, descobrindo coisas novas a
cada dia, vendo que posso corrigir erros e melhorar a cada nova
descoberta, a cada novo resultado alcançado. É difícil sentir-me
realizado, no sentido pleno do termo, trabalhando nesta profissão
que, diariamente, depara-se com algo novo; afinal lido com gente
e não há nada mais intrigante, imprevisível e instigante do que a
mente humana”.
Psicóloga Social: formada pela Universidade Católica de Pelotas,
no Rio Grande do Sul, em 1993, a psicóloga Siderea Daunis Ferreira (CRP-08/05659), de Cascavel, teve, entre os anos de 1998 e
2002, uma experiência profissional marcante na área de Psicologia
Social. Ela atuou no Projeto de Reassentamento, trabalhando junto às famílias que foram desapropriadas e reassentadas em outra
localidade, pois tiveram suas terras alagadas em decorrência da
construção da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias, no Rio Iguaçú,
região sudoeste do Estado.
Siderea relata que com
a barragem, 1.443 famílias foram atingidas, destas 600 foram
para os reassentamentos localizados na região oeste e sudoeste do Paraná. Ela trabalhou diretamente com os agricultores
reassentados, integrando uma
equipe interdisciplinar, da qual
faziam parte: duas assistentes
sociais, uma enfermeira, uma
pedagoga, dois veterinários,
agrônomos e técnicos agrícolas.
Siderea Ferreira: “o trabalho
junto às famílias reassentadas,
foi uma experiência profissional
marcante na minha vida”.
No período de 1998 a 2002, em que foi contratada pela
Comissão Regional dos Atingidos pela Barragem de Salto Caxias
(Crabi) para realizar o trabalho, a psicóloga realizou as seguintes
atividades: formação da equipe técnica para desenvolver trabalhos
de grupos com os agricultores; formação de lideranças (jovens/mulheres/homens); formação dos grupos de produção; visitas domiciliares; discussões junto ao poder público, de projetos de educação
e saúde para os reassentamentos; e apoio psicossocial às famílias
antes, durante e após reassentamento.
A psicóloga relata que essa foi uma experiência marcante, na sua vida profissional, e justifica: “eu tive a oportunidade de
acompanhar as famílias ainda na beira do rio e perceber que as
mesmas viviam de maneira simples, sendo que a relação com a terra estava associada às suas raízes”. Ela complementa: “essa ligação
com o passado não muito distante fez com que várias pessoas apresentassem dificuldades de enfrentarem as transformações decorrentes da construção de barragem, mesmo sabendo que as mudanças
poderiam representar uma melhora nas condições financeiras”.
Expansão
Fernando Zanlucchi: “não posso
dizer que me sinto realizado, sendo que há muito o que fazer”.
O desafio do CRP-08 nesses trinta anos e que segue, daqui para
frente, é o de acompanhar, ao mesmo tempo, a expansão da Psicologia e as novas demandas sociais.3
contato
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contatoentrevista
CRP x Sindicato: Distintas Atribuições
Uma dúvida comum, entre estudantes e alguns profissionais de Psicologia, é saber diferenciar as atribuições do Conselho Regional de Psicologia e do Sindicato dos Psicólogos. A sugestão de que a Revista
Contato contemplasse o assunto no intuito de esclarecer a diferença das duas instituições surgiu na
reunião Plenária em Maringá (dia 21 de março). Nessa edição foram entrevistados o Presidente do
Conselho Regional de Psicologia da Paraná (CRP-08), João Baptista Fortes de Oliveira, e o Presidente
do Sindicato dos Psicólogos do Paraná, Rubens Marcondes Weber (CRP-08/04009). As entrevistas
abordam as dúvidas mais freqüentes em relação as funções do CRP e do Sindicato dos Psicólogos.
Entrevistado CRP- 08: João Baptista Fortes de Oliveira - Presidente do Conselho Regional de Psicologia do Paraná
Contato: Qual é a função do Conselho Regional de Psicologia?
João Baptista: A função principal do CRP é
de regulamentar o exercício profissional, então ele organiza e regulamenta o exercício.
Contato: Como o Conselho faz esse trabalho de regulamentação?
J. B.: Essa regulamentação, na realidade,
vem fundamentada em duas leis: a 4.119,
que trata da formação acadêmica, e a 5.766
que cria o Conselho Federal e os conselhos
regionais e estabelece como eles se compõem e como devem atuar.
Além dessas leis, às vezes, sente-se a necessidade de regulamentar questões que não estão
previstas na lei, então são baixadas resoluções, pelo Conselho Federal - quando é uma
questão que afeta a toda a categoria no Brasil,
e pelos regionais - para regulamentar alguma
dificuldade regional. As resoluções nacionais
são discutidas na APAF- que é a Assembléia
de Políticas Administrativas e Financeiras,
e as resoluções regionais são discutidas nas
plenárias, que representam a instância máxima de cada conselho regional.
Contato: Além de zelar pelo cumprimento
das legislações que se referem ao exercício profissional, o CRP-08 também mantém outras iniciativas que têm o intuito de
orientar a categoria?
J. B.: Nós optamos por realizar encontros,
como o I Encontro Paranaense de Psicolo-
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contato
contato
João Baptista Fortes de Oliveira
Presidente do CRP-08
gia, para falar das questões técnicas, pois
pensamos que isso era uma forma de estar
orientando, tecnicamente, também os profissionais. No começo, tivemos algumas
resistência, porque alguns entendiam que
não era função do conselho essa orientação
técnica. E o CRP-08 foi meio que o pioneiro nisso, porque fazia essa leitura ampla,
no sentido de orientação, não só orientação
das leis, mas também do exercício profissional. E hoje, essa orientação técnica já é
uma prática do próprio Conselho Federal e
dos conselhos regionais.
entendem até como uma contribuição tri-
Contato: O Conselho também tem optado
por incentivar o debate e a qualificação dos
psicólogos, seja promovendo ou apoiando
eventos que tenham esses propósitos?
de do Conselho?
butária, que é a anuidade para manutenção
do sistema do Conselho. Esse Conselho recebe a delegação do Estado para fiscalizar
o exercício do profissional, porque todo o
profissional que tenha a sua profissão regulamentada, depois de ter terminado a faculdade, está apto a exercer uma profissão,
mas ele só pode exercê-la depois de registrar-se no seu conselho profissional.
Contato: E é justamente o pagamento dessa anuidade que possibilita toda a ativida-
J. B.: Isso, o Conselho, não recebe verba
governamental. O que sustenta o Conselho,
realmente, são, principalmente, as anuida-
J. B.: Entendemos que o Conselho podendo
atuar livre, incentivando, participando, fazendo as grandes parcerias, seja lá de que
forma for, está ajudando a qualificar o profissional. Com isso, serão menos processos
éticos, os atendimentos dos profissionais serão melhores e o Conselho estará cumprindo
melhor a sua função. É preciso entender que
o Conselho não é um órgão representativo
da categoria, como é o sindicato, ele é um
órgão que fica entre a categoria e o usuário,
então ele não é para defender o psicólogo, ele
é para defender o exercício profissional.
des e, depois, a cobrança de outras taxas
Contato: O CRP cobra alguma taxa dos
Psicólogos? Elas são obrigatórias?
basta entrar em contato com os coordena-
para emissão de alguns documentos.
Contato: Como o psicólogo faz para participar do Conselho?
J. B.: Nós mantemos várias comissões temáticas, como: Hospitalar, Trânsito, Ambiental, de Direitos Humanos, Jurídica, Tanatologia, Gerontologia, Organizacional,
Avaliação Psicológica, Científica, Escolar/
Educacional, Esporte e Dependência Química. Para participar dessas comissões,
dores, que apresentam o nome dos interessados na reunião plenária, para fins de co-
J. B.: Sim. Na verdade, a cobrança não é
uma taxa, é uma contribuição que alguns
nhecimento. O interessado tem que estar
com o registro ativo no CRP-08
Rubens Marcondes Weber
Presidente do Sindypsi.
Entrevistado SINDYPSI: Rubens Marcondes Weber - Presidente do Sindicato dos Psicólogos do Estado do Paraná
Contato: Qual é a função do Sindicato
dos Psicólogos?
Rubens Weber: Conforme estabelece nosso estatuto, a função precípua do Sindicato é a representação legal da categoria dos
Psicólogos, quer perante às autoridades
administrativas e judiciárias, quer perante às empresas celebrando, elegendo ou
designando representantes, fixando contribuições, promovendo atividades técnicas e colaborando com o Estado, como
o órgão técnico e consultivo no estudo e
solução de problemas que se relacionem
com a categoria. O Sindypsi existe para
organizar e defender os interesses da categoria nos assuntos trabalhistas.
Contato: Quais são as principais questões trabalhistas nas quais o Sindypsi
tem lutado por avanços?
R.W.: Questões salariais; jornada reduzida; insalubridade; lutas permanentes de
manutenção e ampliação de mercado de
trabalho para os psicólogos; acompanhamento com outras entidades de trabalhadores junto ao congresso; assembléias
quanto aos projetos que retiram os direitos dos profissionais, a exemplo do veto
atual que permite a contratação de PJ,
e não mais a carteira assinada; e outras
lutas junto com a entidade de categoria
predominante em que os psicólogos são
minoritários, etc.
Contato: Existe alguma determinação,
atualizada (2009), no que se refere ao
piso da categoria no Paraná?
R.W.: Não. Os pisos oriundos das convenções coletivas em 2009 ainda não foram
fixados. Contudo, sempre que possível,
garantindo-se a flexibilidade necessária,
regula-se pelo mercado de trabalho, assim
como os anos anteriores, firmamos acordos coletivos e convenções garantindo os
mesmos direitos aos psicólogos nos locais
onde estes atuam com vínculo. O que nós
divulgamos, inclusive no site do Sindypsi, e
que usamos como valor de referência, é um
Projeto de Lei (1858/91), que, portanto, não
tem peso de lei, que, naquela época, propôs
o piso de R$ 1.100,00 (mil e cem reais) para
30 horas semanais de jornada de trabalho.
Contato: Existe alguma cobrança de
taxa, por parte do Sindypsi? O pagamento dela é obrigatório?
R.W.: Sim, existem. Porém, estas não devem ser confundidas com a taxa paga ao
CRP, que é paga para que o Psicólogo esteja habilitado ao exercício da profissão.
Ao passo que as contribuições sindicais
decorrem do efetivo exercício da profissão. A Contribuição Sindical, estabelecida pelos artigos 149 da Constituição Federal e 579 da Consolidação das Leis do
Trabalho, é de caráter obrigatório, cobrada
anualmente de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não.
Contato: Interessados podem participar
do Sindicato? Se sim, de que forma?
R.W.: Os psicólogos podem e devem participar, pois o Sindicato é a casa do Psicólogo. A forma de participar é interagir com
o Sindicato, através do Site, mantendo sugestões, dando opiniões, participando das
reuniões. Para isso não existe nenhuma
taxa extra.3
psicólogodasilva
nascomissões
Essa nova editoria da Revista Contato vai trazer informações sobre o que as comissões do CRP-08 estão discutindo. Nessa edição
estão sendo divulgadas atividades de cinco comissões, que atuam na sede do CRP-08, e uma comissão por subsede. Nas próximas
edições outras comissões serão contempladas.
SEDE
Gerontologia
Com o propósito de trabalhar os desafios da Psicologia em relação
ao envelhecimento e pensar na inserção do CRP-08, nas discussões
referentes às Políticas Públicas voltadas para a população idosa, foi
criada, no CRP-08 a Comissão de Gerontologia. A primeira reunião
da mais nova comissão do CRP-08 aconteceu no dia 15 de abril.
Calendário de reuniões em estruturação.
Escolar/Educacional
Reuniões semanais, 5ª-feira às 19h.
Organização de Jornadas de Psicologia Escolar/Educacional previstas para acontecer nas setoriais de Foz do Iguaçu, Norte Pioneiro,
Campos Gerais, Litoral e Sudoeste; e nas subsedes de Umuarama e
Londrina. A comissão também está realizando encontros com subsedes e setoriais para discussão da Lei 15075, que obriga as escolas
da rede pública do estado a ter um psicólogo; e trabalha na revisão
do caderno de Psicologia Escolar/ Educacional – fechamento do ano
da educação - encaminhamentos, etc...
A coordenadora participou de uma mesa-redonda para os alunos da Universidade Tuiuti, em Curitiba, versando sobre suicídio e de outra mesa em
Maringá, no Congresso Internacional de Psicologia, com o tema “Morte,
Espiritualidade, Saúde Mental e Psicologia: relações pertinentes”.
Uma das colaboradoras também participou de um evento na Universidade Tuiuti, fazendo um trabalho de acolhimento junto a uma
turma específica de Psicologia, que sofreu a perda de dois alunos
em um único mês.
Vários dos colaboradores desenvolvem trabalhos pessoais, acadêmicos ou não, na área de Tanatologia. Tais trabalhos também fomentam
a discussão do tema nas reuniões da comissão.
SUBSEDES
Comissão de Estudantes - Londrina (PR)
Reuniões acontecem quinzenalmente.
A Comissão está participando dos eventos oferecidos pelas demais comissões e discutindo temas relacionados à formação do psicólogo.
Ambiental
Reuniões quinzenais, 2ª-feira às 19h.
A Comissão de Psicologia Ambiental fez uma avaliação da Jornada
de Psicologia Ambiental, realizada nos dias 8 e 9 de maio. A Comissão também está construindo o Plano Contingencial de atendimento
às Emergências e Desastres e realizando a coleta de informações
preliminares para a elaboração do Caderno de Psicologia Ambiental
para o CRP-08. A Comissão recebeu visita de alunos da PUCPR e
passou a contar com uma nova colaboradora que trabalha naquela
Instituição de Ensino Superior.
Comissão de Psicologia Hospitalar - Maringá (PR)
Reuniões mensais, na última 5ª-feira do mês às 18h30.
A Comissão está discutindo como a Psicologia Hospitalar pode desenvolver programas para cuidar de equipes profissionais de saúde
nos hospitais;
Hospitalar
Reuniões mensais, primeira 5ª-feira do mês às 9h.
A Comissão está discutindo sobre a necessidade de maior integração dos psicólogos hospitalares do interior, sobre as condições de
trabalho do psicólogo hospitalar e a importância da participação dos
psicólogos hospitalares de Curitiba. A Comissão também está trabalhando na organização do IX Fórum de Psicologia Hospitalar que
vai acontecer no dia 14 de novembro, no Hospital Pequeno Príncipe,
em Curitiba.
Comissão Organizacional - Umuarama (PR)
Reuniões quinzenais, nas 4ªs feiras, às 19h
A Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho de Umuarama
quer fazer um levantamento de quantos profissionais atuam nessa área,
na região da subsede. A comissão também está se programando para, no
segundo semestre realizar parcerias com instituições como Associação
Comercial, Sebrae, etc; além de fazer contato contato com os empresários que conheçam o trabalho do psicólogo da POT para que possam
realizar um relato do trabalho do psicólogo na sua empresa.
Tanatologia
Reunião mensal, na segunda terça-feira do mês, às 19h30.
A Comissão produziu a resenha do filme “Quem quer ser um milionário?”, ganhador do Oscar, mostrando os lutos nele envolvidos.
DEMAIS COMISSÕES
Comissão Organizacional - Cascavel (PR)
Reuniões quinzenais, nas 5ªs feiras, às 19h30.
O assunto no grupo de estudos da Comissão de Organizacional de
Cascavel é a inclusão de pessoas com deficiência nas organizações.
As informações sobre as outras comissões que funcionam na sede e
nas subsedes estão disponíveis no site do CRP-08. 3
A Psicologia
que nos fez
Por Tonio Luna (CRP-08/07258)
Em 1939 minha vó, grávida de minha mãe, cruzava o Atlântico a bordo do navio Lloyd Santarém. Vinham, ambas em águas
tranquilas, da Alemanha para o Brasil. Meu avô ficaria por mais um mês para vender a casa e viria no navio seguinte. Neste mês
que se seguiu a guerra foi deflagrada e ele nunca mais veio. Foi convocado e morreu no quarto ano de guerra. A casa foi bombardeada e pouco sobrou. Minha mãe nasceu em Joinville e viveu lá até os 15 anos. Nesta idade, já morando e se sustentando sozinha,
entrou em um ônibus e foi para São Paulo em busca de sua mãe que a deixara para buscar um emprego melhor. Lá as duas se encontraram definitivamente e se mudaram para o Rio de Janeiro. Nas horas de folga ela colocava suas calças e andava de lambreta
(conta a lenda que foi uma das primeiras mulheres a fazer isto no Rio), escalava as montanha como o Pão de Açúcar e o Dedo de
Deus e frequentava os bailes. Em um destes conheceu um bahiano que se tornaria pouco depois meu pai. Há poucos dias atrás ela
escalou seu pico mais alto, já resolvida a não mais voltar.
Por conta desta história e seus recheios minha irmã e eu chegamos à psicologia, profissão esta que por vezes de alpargatas
roda, como fazia minha mãe, sobe novas e íngremes montanhas. 3
Dedicada a Traudl Dorrenbach Luna que, dentre tantas coisas era nossa mãe.
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contato
contato
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contatoartigo
Trajetória da Psicologia e do
Sistema Conselhos de Psicologia:
Breves considerações
Adriana Tie Maejima (CRP-08/07885)
Psicóloga pela UFPR, atuação em Psicologia Social.
27 de agosto de 1962: marco histórico que regulamenta a
profissão do psicólogo. Em 2009, a Psicologia fará 47 anos de regulamentação no Brasil, mas sua origem remonta há mais de um século considerando o período denominado “científico”. No entanto, se
o estudo da “alma” refere-se às indagações do ser humano sobre a
sua existência e o mundo, a Psicologia iniciou-se com o pensamento
grego há seis séculos a.C. que originou a filosofia1 (CHAUÍ, 2000),
mãe de todas as ciências.
Retomando a Psicologia no Brasil, na década de 60, seu nascimento não ameaçou o regime autoritário, pois a concepção de ciência adotada assumiu o modelo biológico, cujo objeto de estudo – o
homem - deveria ajustar-se da melhor maneira possível enquanto indivíduo na sociedade (CAMBAÚVA, SILVA & FERREIRA, 1998).
Para elucidar esse período histórico, segue o entendimento das
autoras citadas acima: a Psicologia então, surge das elites acadêmicas intelectuais e vem atender aos imperativos do mercado de trabalho pautados
na racionalidade e produtividade, sustentando o modo de produção capitalista, contribuindo para adaptar o homem ao sistema dominante vigente.
A formação do psicólogo estava comprometida também com
uma política educacional brasileira que atendia o plano econômico
nacional e sofria efeitos repressores no período do governo militar.
O estudante de Psicologia que poderia estar atuando como agente de
transformação social no momento histórico mais crítico do país, era
reduzido a um sujeito passivo, alheio ao momento histórico e dependente de saberes envolvidos na manutenção do status quo.
Naquela época, a Psicologia clínica ganhou status pelo fato de
aceitar que as perturbações mentais eram de responsabilidade apenas
do indivíduo e que a ele caberia procurar ajustar-se à normatização
social, desconsiderando sua relação com o meio. Reproduzia-se então,
uma prática da Psicologia a-crítica, a-histórica, despolitizada, extremamente elitizada e alienada ao crescimento econômico favorecedor de
pequenos grupos vinculados ao poder dominante e à lógica do capital
(PEREIRA apud CAMBAÚVA, SILVA & FERREIRA, 1998, p.212).
Sem desconsiderar sua origem, a Psicologia foi sendo construída à medida que os homens foram construindo a si (subjetividade) e o “mundo”. Em sua dimensão histórico-social, a Psicologia
pode ser considerada uma criação humana que segue a evolução de
concepções de ser humano e de mundo dialeticamente com outras
ciências dentro de determinados contextos: histórico, social, cultural, ideológico, econômico e político.
28
contato
A Psicologia através de novas descobertas, especialmente nos
anos 90, avançou na quebra de paradigmas juntamente com outros
campos da ciência2 (inclusive, das ciências ditas “puras”: a física, a química, a biologia), revolucionando a maneira de entender as epistemologias (MORIN, 1991). A Psicologia ampliou sua concepção de homem
e de mundo, contribuindo mais e melhor nas suas áreas de atuação (nas
instituições jurídicas, de saúde, de ensino etc.).
Entender o que abrange a Psicologia supera o estudo de teorias, técnicas e procedimentos nas áreas em que o psicólogo é solicitado. Atuar profissionalmente em Psicologia exige posicionamentos
do profissional enquanto pessoa/cidadão perante o mundo, inserido na
história; envolvido na produção do conhecimento e constantemente na
avaliação e ampliação deste, buscando parâmetros científicos e sistematização de práticas a partir de uma ética reflexiva constante sobre a
atuação profissional e implicação com as mudanças necessárias através de ações políticas para e com a categoria e outros profissionais,
democratizando serviços de qualidade.
Atualmente, a contribuição da Psicologia é inexorável à formulação e execução das políticas públicas, já que não se encontra
mais alheia ao processo histórico, social e político do país e do mundo. Dessa forma, sua atuação possui um diferencial nas instituições
atuais: ela oferece um olhar e uma escuta qualificada das demandas
sociais cuja concepção de ser humano supera as dicotomias - mente/
corpo, indivíduo/coletivo, racional/emocional que considera:
4 A complexidade do ser humano e sua vida em sociedade
(MORIN, 1991), que influi e é influenciada por ela, inserido em uma
determinada cultura, na qual transforma e é transformado por ela,
dentro de determinada organização política, na qual participa ou é
mero observador e sofre os efeitos de sua omissão, alheio ou não às
determinações macroeconômicas;
E concomitantemente, considera:
4A singularidade de cada ser humano e sua subjetividade
(que constrói o mundo material e social e é construída a partir destes) no encontro com a alteridade.
Por isso, a Psicologia com mais de um século de aprimoramento de teorias científicas à luz da complexidade do ser humano,
se prepara e assume o desafio de contribuir nas diferentes áreas de
atuação, mesmo sabendo que essa complexidade confirma a incerteza da ciência3 (MORIN, 1991). A Psicologia passa, então, a apostar
no investimento da busca da transdisciplinaridade (MORIN, 2000),
pois seguindo a coerência de novos paradigmas, o psicólogo não ousa
praticar seu conhecimento de forma isolada, mas trabalha interdisciplinarmente na construção de novos saberes não-hierarquizados, mais
capazes de atender os problemas humanos contemporâneos.
A Carta da Transdisciplinaridade4 (1995), em seu artigo 5º
declara que “a visão transdisciplinar é deliberadamente aberta na
medida em que ela ultrapassa o domínio das ciências exatas pelo seu
diálogo e a sua reconciliação não somente com as ciências humanas
mas também com a arte, a literatura, a poesia e a experiência interior”. Em seu artigo 13 º, afirma que “a ética transdisciplinar recusa
toda a atitude que rejeita o diálogo e a discussão, de qualquer origem - de ordem ideológica, científica, religiosa, econômica, política, filosófica. O saber partilhado deve conduzir a uma compreensão
partilhada, fundada sobre o respeito absoluto das alteridades unidas
por uma vida comum numa única e mesma Terra”.
deral de Psicologia (CFP), na formação de um projeto social, buscando
superar seus interesses corporativos (WAENY & AZEVEDO, 2003).
Os psicólogos do Paraná que no início eram ligados ao CRP07 – Região Sul (PR, SC e RS), em 1979, com 495 psicólogos, formaram o CRP-086, com jurisdição no Paraná (WAENY & AZEVEDO, 2003). Desde então, orienta, disciplina e fiscaliza a profissão do
psicólogo em consonância com um projeto de sociedade mais justa e
igualitária por meio de ações políticas que visam legitimar o Estado
Democrático de Direito.
Abaixo, alguns exemplos da atuação do Sistema Conselhos de
Psicologia7:
Num exemplo comparativo, há pouco tempo atrás, o psicólogo possuía a tarefa de “decifrar” a mente humana - o fenômeno
psicológico e resolver conflitos existenciais individuais ou dar conta
do que se denominou “loucura”, muitas vezes relacionada ao processo de exclusão familiar e social daquele que se mostrava “diferente”
ou fora dos padrões de comportamentos aceitos pela maioria. Hoje,
a Psicologia promove campanhas contra qualquer forma de exclusão
social, entendendo que o ser humano precisa e deve ser cuidado de
forma devida e é sujeito de direito.
4Está presente na luta anti-manicomial que completará 21 anos (em
18 de maio/09);
4Tem buscado a legitimação do Estatuto da Criança e Adolescente que
comemora 19 anos (em 13 de julho/09);
4Manifesta-se contra a redução da maioridade penal, em respeito ao
Estatuto da Criança e do Adolescente e à Carta Política de 1988;
4Apóia e está junto dos movimentos sociais pela Democratização da
Comunicação;
4Realiza moções, campanhas, notas de repúdio em prol da defesa dos
Direitos Humanos;
4Participa efetivamente dos conselhos de direitos e de controle social
nas instâncias municipais e estadual;
4Acompanha, avalia e posiciona-se em relação às proposições de leis em trâmite no Congresso Nacional de repercussão em suas áreas de atuação e afins.
Com a criação do Sistema Conselhos de Psicologia em 1971
(Lei n.º 5766/71) e a 1ª eleição em 1973, os profissionais psicólogos
passaram a se fortalecer enquanto categoria. A partir da primeira Constituição Cidadã5 (MARCHI, 2008), que inaugurou o processo de redemocratização do país e a inclusão do dispositivo congressual, a participação
democrática culminou na deliberação do compromisso do Conselho Fe-
Ao se considerar a história da Psicologia e do Sistema Conselhos de Psicologia, é perceptível que muito já foi e está sendo feito.
No entanto, ainda falta muito a fazer. A luta é diária e exige continuidade de empenho e variadas formas de participação dos psicólogos,
dos colaboradores do Sistema Conselhos de Psicologia e dos novos
colaboradores8 que estão ainda por vir e fazer história.3
NOTAS
BIBLIOGRAFIA
1 Filosofia ocidental – 1º filósofo conhecido: Tales de Mileto (nasc. em
CAMBAÚVA, Lenita Gama; SILVA, Lúcia Cecília da. Ferreira, Waterlice. Reflexões sobre o estudo
da História da Psicologia. Estudos de Psicologia, 3 (2), pp 207-227, 1998. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X1998000200003>. Acesso em 29 de
julho de 2008.
CARTA DA TRANSDISCIPLINARIDADE. MORIN, Edgar; FREITAS, Lima de; NICOLESCU, Basarab.
Portugal: Convento da Arrábida, 6 de Novembro de 1994. Disponível em: <http://www.redebrasileiradetransdisciplinaridade.net/file.php/1/Documentos_da_Transdisciplinaridade/Carta_da_
Transdisciplinaridade_1994_-_I_Congresso_Mundial_da_TransD.doc>. Acesso em 20 de julho de 2008.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 7. ed. 2. reimp. São Paulo: Ática, 2000.
MARCHI, Carlos. A Carta que blindou a democracia brasileira. Disponível em: http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac251796,0.htm. São Paulo: Estado de São Paulo, 02 out. 2008. Nacional. Acesso em: 07 out. 2008.
MORIN, Edgar. Introdução ao Pensamento Complexo. Lisboa, Instituto Piaget, 1991.
____________. A Cabeça Bem-Feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2000.
WAENY, Maria Fernanda Costa; AZEVEDO, Mônica Leopardi Bosco de. Sistema Conselhos de Psicologia: 30 Anos de História. In: FURTADO, Odair (org.). Edição comemorativa, CFP, 2003.
624/625 a.C.). 2 Firmadas em determinações positivistas a partir de
um pensamento linear e reducionista que conferiam conhecimento
absoluto (de realidades parciais) em relação ao fenômeno observado. 3 A própria ciência revela que há fenômenos que não consegue
explicar. 4 Carta da Transdisciplinaridade de autoria de Edgar Morin,
Basarab Nicolescu e Lima de Freitas redigida no 1º Congresso Mundial
sobre a Transdisciplinaridade (Portugal, 1994). 5 Considerada cidadã
por ser a única vez que começou a ser feita coletivamente a partir do
zero - todas as outras nasceram de propostas construídas por juristas
notáveis. 6 Resolução Nº 12/79 do CFP – a instalação do CRP 08 ocorreu em 27 de agosto de 1979. 7 Que comemorou efetivamente 35
anos em 20 de dezembro de 2008, considerando o 1º Plenário eleito
do CFP, por 20 associações de Psicologia, convocadas pelo Ministério
do Trabalho em 1973. O CRP-08 Paraná faz parte do Sistema Conselhos de Psicologia que abrange o Conselho Federal de Psicologia e
outros 17 Conselhos Regionais distribuídos por Estados e/ou regiões
que possuem funções primordiais de orientar e fiscalizar o exercício e
as atividades da profissão de psicólogo, zelando pela fiel observância
dos princípios éticos e disciplinares da classe. 8 Entre em contato com
o CRP-08 e saiba como participar. http://www.crppr.org.br / Sede
Central Curitiba: (41) 3013-5766
contato
29
matériacontato
Clínicas credenciadas no DETRAN:
como estão funcionando?
A segunda reportagem da série Credenciamento de Clínicas no DETRAN, mostra como algumas clínicas
credenciadas, no Paraná, estão funcionando. Para a realização dessa matéria
foram entrevistadas as psicólogas responsáveis por quatro clínicas: uma de Curitiba e outras três do interior do Estado.
Elas responderam questões relacionadas
ao número de atendimentos/dia, por profissional de Psicologia e a qualidade das
avaliações psicológicas.
Pelo que se percebeu, nas clínicas
contatadas, estão ocorrendo mais atendimentos/dia, por profissional, do que o
estabelecido pelo CFP. Algumas psicólogas questionam, inclusive, os testes utilizados nessas avaliações.
A psicóloga Elaine Celeira Lima
(CRP-08/12566), que é perita em trânsito, e integra o GT de Trânsito do CRP08, comentou os dados levantados junto
as clínicas.
Atendimentos/dia por profissional
Segundo as informações repassadas, por três das clínicas contatadas, entre atendimentos coletivos, e individuais,
os psicólogos estão realizando 10 perícias
por dia. Ou seja, um profissional está realizando, diariamente, até 34 aplicações de
testes, sendo 25 na avaliação coletiva e
9 atendimentos individuais. A principal
preocupação que essa situação provoca
se refere à qualidade das avaliações
já que o número de atendimentos
diários é bastante elevado, e o
profissional tem que corrigir esses testes e ana-
contatoindica
Série Credenciamento de Clínicas no DETRAN
lisar os resultados, para somente então
emitir um parecer final.
Resolução 267 x CFP
No que se refere ao número de atendimentos/dia, parecem existir diferentes
orientações para os psicólogos: a Resolução 267/08 do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN e a Resolução 003/2007
do Conselho Federal de Psicologia - CFP.
A Resolução 267 do CONTRAN,
que dispõe sobre o credenciamento de
clínicas médicas e psicológicas para a
realização de exames de aptidão física,
mental e avaliação psicológica aos candidatos a obtenção e renovação da CNH
estabelece que “os psicólogos credenciados deverão atender, no máximo, ao número de perícias/dia por profissional em
conformidade com as determinações vigentes do CFP” (art. 19).
O problema, que tem se verificado
na prática, é que um atendimento coletivo,
com até 25 candidatos, tem sido considerado uma perícia. Essa forma de atendimento contraria a Resolução 003/2007 do
CFP, que no art. 85 estabelece que “cada
psicólogo só poderá efetuar atendimento
de, no máximo, 10 (dez) candidatos por
jornada diária de 8 horas de trabalho”.
Falta consenso
Segundo a psicóloga Elaine Celeira Lima “é preciso haver um consenso, em
termos do que é exigido pelo CONTRAN,
o que é determinado pelo CFP e o trabalho
que realmente é realizado no atendimento
das clínicas. Parecem existir equívocos na
compreensão do que é uma perícia, bem
como dúvidas sobre se um exame coletivo pode ser considerado uma perícia ou
não. Tais respostas talvez possam ser obtidas através do que estabelece, aos CRPs,
o Art. 87 da Resolução 003/2007. É importante que se procure dirimir as ambiguidades para realizar um trabalho dentro
dos padrões técnicos e éticos”.
O artigo, da Resolução referida
por Elaine, determina que os CRPs estabelecerão ações integradas com os órgãos de trânsito de sua jurisdição, visando o cumprimento da legislação vigente.
No CRP-08 um GT de Trânsito está discutindo o assunto.
Qualidades nas avaliações
As quatro psicólogas entrevistadas reconhecem que a exigência da
avaliação individual e coletiva torna a
avaliação psicológica para candidatos a
CNH, mais eficaz. Há, no entanto, quem
sugira mudanças, como é o caso de uma
das psicólogas entrevistadas: “há que se
melhorar, principalmente no que se refere
à formação e validação de testes que auxiliem no processo avaliativo”.
Nesse sentido Elaine C. Lima pondera que “há falta de pesquisa quanto ao perfil do motorista, e de testes atualizados. Mas,
outros fatores também precisam ser considerados nesse debate como, por exemplo, o
tempo determinado para a entrevista e
a falta de experiência de muitos profissionais diante da necessidade
de aplicar testes mais complexos como o caso do
PMK”. 3
Quem quer ser um milionário?
Resenha elaborada pela Comissão de Tanatologia
Jamil e Salim Malik são dois irmãos
que vivem em uma imensa favela em Mumbai, na Índia: Jamil mais dócil e Salim pronto a
descumprir as regras se necessário. São ainda
crianças e brincam sempre juntos, acompanhados de outras tantas crianças do local.
o número de telefone do irmão e o paradeiro
de Latika, agora a preferida do gangster da
região, para quem o irmão trabalha. A moça
não o quer por perto, pois teme pela vida dele
e ele promete esperá-la todos os dias em uma
estação de trem.
Quando os dois vêem a mãe ser assassinada, passam a viver nas ruas até serem
resgatados por um grupo que lhes dá abrigo e
alimento. Esse grupo é, na verdade, uma gangue que explora a mendicância até pontos impensados como o de mutilar as crianças para
aumentar seu faturamento. Ao perceber isso,
Salim foge com o irmão e os dois descobrem,
após algumas aventuras, a indústria do turismo. Enquanto Jamil tenta mostrar a Índia aos
turistas, Salim e outros companheiros furtam
o que lhes é possível.
Mas Jamil sabe que Latika gosta de
assistir a um programa de perguntas e respostas da TV, de nome “Quem quer ser um
milionário?” e decide participar dele, na esperança de que possa ser visto por ela. Inadvertidamente, apesar de sua origem humilde e de
sua pouca cultura, a vida lhe pôs nas mãos as
respostas de que precisava e ele vai avançando em direção ao prêmio máximo, previsto
para a sua segunda aparição no programa.
Mas durante todo o tempo, Jamil tem
em mente um só objetivo: resgatar uma menina, companheira das ruas e dos tempos da
mendicância – Latika – que ficou para trás na
fuga. De informação em informação, ele a encontra, transformada em uma bonita moça e
envolvida com a mesma gangue, que agora a
explora em sua sensualidade. Sua intenção é
fugir com ela simplesmente, mas seu irmão,
a essa altura, já envolvido com o mundo do
crime e faz uso de uma arma para consumar
a fuga. Os três se instalam em um hotel, mas
Jamil acaba tendo que ir-se embora, passando
a viver um bom tempo por sua própria conta. Em uma oportunidade ímpar, ele obtém
Mas eis que, ao término do primeiro
dia, ele é capturado e torturado pela policia por
suspeita de fraude. E é através de sua narrativa
ao policial que temos ciência de sua historia.
O mundo está repleto de Salins e Jamils,
aos quais são negadas condições dignas de vida e
tudo se resume a sobreviver, ter algo para comer
e, se possível, um pouco de aventura. As incontáveis perdas, desde a mais tenra infância, mostraram-lhes apenas o lado putrefacto da vida, no qual
o poder e o dinheiro reinam absolutos.
Nossos Jamil e Salim perdem a mãe,
o lugarejo onde vivem, a liberdade das ruas,
os amigos de infortúnio. Jamil conserva a esperança; Salim perde escrúpulos, mas recusa-
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se ao longo de todo o filme a perder o irmão,
único resquício de uma família e um passado
que um dia teve.
Jamil é torturado para “falar a verdade”
sobre o seu conhecimento, aquele que justificaria
as respostas certas no prêmio milionário. “Afinal, como pode um favelado saber tantas respostas?”, interrogava-se o entrevistador do programa. E sabiamente Jamil afirmava apenas o seu
“saber ler”, do qual grande parte se situava em
outro sistema que não o do conhecimento formal. Para provar isso ele fala, sob tortura, da sua
história de vida. Essa é a sua verdade: um saber
experimentado, vivenciado, encarnado. Um saber que só é roubado pela morte.
O filme mostra uma história que não
é só dos dois indianos, mas de tantas crianças
pelo mundo: o poder se sobrepondo à compaixão, à ética e à alteridade. A violência como
pano de fundo, dita o compasso, ecoando por
todas as classes sociais. Além disso, o filme
nos remete a muitas questões importantes para
reflexão, tanto como sujeitos como enquanto
Sociedade. Podemos ver que perdas brutais e
um enorme sofrimento na infância, momento
da constituição do sujeito, influenciam e delineiam o futuro. No entanto, ainda que passando
pelas mesmas perdas e pela mesma infância sofrida, cada um elabora e processa estas vivências com seus recursos internos, podendo ser o
resultado final diferente para cada um.
Merecidos oito Oscars. Vale a pena conferir! 3
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contato
31
inscrição CRP-08
inscriçãoportransferência
O CRP-08 dá as boas-vindas
aos novos inscritos de maio e Junho de 2009
Marcia Ferreira Lopes CRP-08/14656
Angelo Bonateli Neto CRP-08/14657
Camila Lohmann CRP-08/14658
Renata dos Anjos CRP-08/14659
Andréa Bueno Vicente Jorge - CRP-08/14660
Natalia Tavares de Mello CRP-08/14705
Cristiane Sperling Elesbão CRP-08/14706
Karin Kopper Delgado CRP-08/14707
Flavia Regina Fernandes da Silva CRP-08/14708
Mariana Richartz CRP-08/14725
Milene Christianne Rampim da Rosa CRP-08/14726
Dulce Zara Gentil do Nascimento CRP-08/14727
Marcia Coscrato Morganti CRP-08/14748
Heloisa Helena Monteiro Vargas CRP-08/14749
Marcos Rogerio Ortolano CRP-08/14750
novosinscritos
reativaçãoportransferência
Marília Gonçalves Wolff - CRP-08/14611
Rosileia Maria Silva de Matos - CRP-08/14612
Marcos Cabral Nietsche - CRP-08/14613
Juliane Gonçalves Ulbrich - CRP-08/14614
Patricia Cordova - CRP-08/14615
Angelica Wille - CRP-08/14616
Zilda Zimmermann Motti - CRP-08/14617
Fabielli Granemann - CRP-08/14618
Daiani Martinho de Oliveira - CRP-08/14619
Ana Flavia B. de Araujo Winter - CRP-08/14620
Marieli Cavalheiro de Meira - CRP-08/14621
Deborah Forghieri Rosa - CRP-08/14622
Gil Vicente Moraes - CRP-08/14623
Fabiana Cristine Grotmann Hey - CRP-08/14624
Cassieli Coelho - CRP-08/14625
Dilvana Zbonik Fantin - CRP-08/14626
Aline Muniz Garcia - CRP-08/14627
André Lopes Aricó - CRP-08/14628
Eduardo de Souza Hashimoto - CRP-08/13629
Kathia Regina Galdino de Godoy - CRP-08/12630
Laura Ferreira Lago - CRP-08/11631
Rafaela Boiczuk de Toledo - CRP-08/14632
Amanda Magalhães - CRP-08/14633
Viviane Venâncio S. dos Santos - CRP-08/14634
Sesenice da Silva Cassemiro - CRP-08/14635
Rafaela Rosa de Oliveira Andrade - CRP-08/14636
Fabio Witsmiszin Barbosa - CRP-08/14637
Juliana Ribeiro Jacovozzi - CRP-08/14638
Francielle Alarcon Guglielmi - CRP-08/14639
Greice Cristina Scatambulo - CRP-08/14640
Mariana Lobo Alexandre - CRP-08/14641
Juliana Feltrin de Souza - CRP-08/14642
Sheila Tatiane Covatti - CRP-08/14643
Flavia Paula Manzano Brenzan - CRP-08/14644
Luciana Soares S. Trindade - CRP-08/14645
Katia Regina Wutzke - CRP-08/14646
Marcia A. de Sousa Guimarães - CRP-08/14647
Ana Caroline Varaschin - CRP-08/14648
Vanessa Fellini - CRP-08/14649
Aline Carla Rebouças - CRP-08/14650
Aline Mesquita Cancian - CRP-08/14651
Manuel A. Fernandes da Costa - CRP-08/14652
Gisele Rocha Amici - CRP-08/14653
Zelayde Figueiredo Gomes - CRP-08/14654
Kelly Kusnik - CRP-08/14655
Renato Moretto Maccarini - CRP-08/14661
Silmara Porfirio - CRP-08/14662
Lisie da Silva Boelter - CRP-08/14663
Tiago Sudol - CRP-08/14664
Ana Paula Prestes Daneles - CRP-08/14665
Ariadne Vasconcellos Bauer Farias - CRP-08/14666
Pablo Potrich Corazza - CRP-08/14667
Paulo José Costa - CRP-08/14668
Anna Carolina Batista de Moura - CRP-08/14669
Flavia Maria Radunz Gosch - CRP-08/14670
Nadia Maria Novak de Freitas - CRP-08/14671
Nazarete Agustinho da Silva - CRP-08/14672
Carolina Xavier de Souza - CRP-08/14673
Thalita de Paula Ferreira do Prado - CRP-08/14674
Joel Claudino Junior - CRP-08/14675
Paula Krempel Marques - CRP-08/14676
Patricia Eliane Rossi - CRP-08/14677
Bruna de Souza Silveira - CRP-08/14678
Roberta Ekuni de Souza - CRP-08/14679
Jovani Antonio Secchi - CRP-08/14680
Juliana Marques Pinc da Silva - CRP-08/14681
Iracema Ayalla dos Santos - CRP-08/14682
Andreia Fulgencio da Silva Batista - CRP-08/14683
Karen Roberta Coradi Okamoto - CRP-08/14684
Alana Keila Cardoso - CRP-08/14685
Ane Natieli Parisotto - CRP-08/14686
Gisele Chinowski Bernardi - CRP-08/14687
Francieli T. Prosanti Sanches - CRP-08/14688
Jane de Siqueira - CRP-08/14689
Kiara de Moraes Heck - CRP-08/14690
Geni Dias Lourenço - CRP-08/14691
Rosenei Aparecida dos Santos - CRP-08/14692
Simone Salete Longo - CRP-08/14693
Bruna Yumi Ogata - CRP-08/14694
Mariana Romano de Pauli - CRP-08/14695
Gabriela Sacchelli - CRP-08/14696
Vladimir Felicio - CRP-08/14697
Marcelo Ubiali Ferracioli - CRP-08/14698
Lidiane Bach - CRP-08/14699
Silvina Isabel Don - CRP-08/14700
Camila Bressan - CRP-08/14701
Daniela Zeponi Garcia Reis - CRP-08/14702
Manoel Ferreira Filho - CRP-08/14703
Ana Paula Pereira - CRP-08/14704
Elaine Camargo Ianze - CRP-08/14709
Danielle Fernandes - CRP-08/14710
Jessica Helena dos Santos - CRP-08/14711
Maria Ottilia Norcio Duarte - CRP-08/14712
Adriana Paula Felix da Cruz - CRP-08/14713
Kamilla Kisvardai Ribeiro - CRP-08/14714
Rosani Marlene K. Schumacher - CRP-08/14715
Deyse Bissani - CRP-08/14716
Elisana Veroneze da Silva - CRP-08/14717
Yuri Carminatti - CRP-08/14718
Vania Maria Ferreira - CRP-08/14719
Marcelo Paulino da Cruz - CRP-08/14720
Marcia Maria de Lima - CRP-08/14721
Josiane Fernandes Caper Claro - CRP-08/14722
Rosa Maria Rodrigues Junqueira - CRP-08/14723
Thereza Cristina de Oliveira e Silva - CRP-08/14724
Patricia Melo da Silva - CRP-08/14728
Kaiten Girardi - CRP-08/14729
Grazieli Gonçalves Vilarinho - CRP-08/14730
Christiano Nogueira dos Santos - CRP-08/14731
Rita de Cassia Varoni Palma - CRP-08/14732
Francielly Peron - CRP-08/14733
Fabyo Alexandher W. Miranda - CRP-08/14734
Natalia Pivaro de Souza - CRP-08/14735
Regina da Graça C. Cordeiro - CRP-08/14736
Lucemar Ronzani Bussolo Girardi - CRP-08/14737
Marialba Gomez - CRP-08/14738
Roberta Rezek de Oliveira - CRP-08/14739
Josiane Cristina Machado e Silva - CRP-08/14740
Tania Massaro Faustino Carneiro - CRP-08/14741
Cassieli Ritter Moura - CRP-08/14742
Catiana Suenga dos Santos - CRP-08/14743
Cibeli Silva Broto - CRP-08/14744
Erika Emiko Izaki - CRP-08/14745
Camila Tassiana Rech - CRP-08/14746
Bruna Carolina Alves Wolf - CRP-08/14747
Miriam Roselle Terra Palhares CRP-08/10565
Welington Hayashi CRP-08/09738
Sheila Marcklaine Favoreto Zanin CRP-08/07172
KarlaThomaz Pereira CRP-08/12206
Rosemari Galvão de Oliveira CRP-08/04194
Margaly Hermenegildo Barros CRP-08/06893
Izabele Roderjan Kutz Ferreira CRP-08/07545
Olga Maria S. do Amaral e Castro CRP-08/09104
Álvaro de Oliveira CRP-08/09895
Andrea Rejane da Costa Macagnani CRP-08/09949
Fernanda de Paula Xavier Dias CRP-08/10237
Mariana Zanona CRP-08/10482
Fernanda Mancebo Esteves CRP-08/10991
Priscila de Mattos CRP-08/12208
Janaina Cardoso Penteado CRP-08/12927
Jacqueline Sanção Darin CRP-08/03911
Fabiana Malucelli S. Gonçalves CRP-08/05073
Anita Leocadia da Costa Mendes CRP-08/07711
Flavio Bernardino Lesch CRP-08/10048
Katia Roberta dos Santos Ferreira CRP-08/11565
Ruviane Dalazen CRP-08/11796
Dariacy Helena Oliveira Moreira CRP-08/04378
Daniele Cristine Nickel CRP-08/06077
Silvana de Lima Vaini CRP-08/08006
Neide Carolina Marques CRP-08/08399
Michelly Adelaide Thiesen Pereira CRP-08/09162
Bruna Bressanelli Pramiu CRP-08/12544
Karla Cristina Pintro CRP-08/IS-171
Alessandra Helena Monteiro CRP-08/IS-172
Aparecida Yoshiko H. Fujihura CRP-08/IS-173
Luciana Barbosa Novais CRP-08/IS-174
Anne Midori Abe de Lima CRP-08/IS-175
Deize Regina dos Santos CRP-08/IS-176
reativação
Anne Lore Rohsig CRP-08/02557
Lias Ergas Aguilera CRP-08/04690
Achilles Delari Junior CRP-08/05508
Juçara Amaral Sprenger CRP-08/05842
Edna Zanella da Silva Prenholato CRP-08/09021
Luciana Milano Cezak Ribas CRP-08/09591
Elaine Cristina de Melo CRP-08/09976
Alessandra Kopczynski Furlan CRP-08/10894
Larissa Baldi CRP-08/11175
Mary Neide Damico Figueiro CRP-08/01210
Daniella Marcondes Abrão da Costa CRP-08/03861
Romilda Nabuko A. Y. P. Baptista CRP-08/03960
inscriçãosecundária
Laurene Agnes Meyer CRP-08/IS-168
Ana Paula Kolling Belmonte CRP-08/IS-169
Annie Kelly Midori Tamashiro CRP-08/IS-170
pessoajurídica(registro)
SG Medicina e Psicologia de Trafego Ltda CRP-08/PJ-00379 F1
Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva Ltda CRP-08/PJ-00432
Psicoach Treinamento Profissional S/S Ltda CRP-08/PJ-00433
GSS Medicina e Psicologia de Tráfego Ltda CRP-08/PJ-00434
Gisele Maraschin & Cia Ltda PJ-00442
Clínica de Avaliação Médica e Psicológica do Trânsito Ltda PJ-00443
CEBI - Centro de Especialidades Bio Integradas Ltda PJ-00444
Pizzeghello Consultoria em TI e Psicologia Ltda PJ-00445
S.R.P. de Carvalho & Cia Ltda PJ-00446
S.R.P. de Carvalho & Cia Ltda PJ-00446-F1
Centro de Avaliação de Condutores Aptus S/S Ltda PJ-00447
Fadoni & Feracin Ltda CRP-08/PJ-00449
D.M. Corpo e Arte Medicina Ltda - ME CRP-08/PJ-00413-F1
Ianze e Schadler Ltda CRP-08/PJ-00450
Psicoclin - Clínica de Psicologia Ltda CRP-08/PJ-00451
ADA - Avaliações Psicotecnicas Ltda CRP-08/PJ-00452.
pessoajurídica(cadastro)
Correa & Martinelli - Clínica Medica e Psicologia Ltda - ME CRP-08/PJ-00435
Silvana Choptian - CAC CRP-08/PJ-00436
Fundação da Universidade Federal do Paraná para o Desenvolvimento da Ciência,
Tecnologia e da Cultura CRP-08/PJ-00437
Valdecir Eifler CRP-08/PJ-00438
Organização Médica Clinihauer Ltda CRP-08/PJ-00439
Associação Cristã Evangélica Sul Americana – ACESA PJ-00440
Intersaúde Ondontologia & Psicologia Ltda PJ-00441
Fatima Sueli Baroni Tonezer CRP-08/PJ-00448
Clinica Psicofono Oeste Ltda CRP-08/PJ-00453
Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Estadual do Centro-Oeste
- FAU CRP-08/ CRP-08/PJ-00454
contatoagenda
No ano passado não houve a divulgação, na Revista Contato, dos novos inscritos do mês de outubro. A divulgação, dos novos
inscritos em outubro de 2008, acontece agora:
novosinscritos
Fernanda Rafaela Garcia CRP-08/13921
Vanessa Brugnari Ferreira CRP-08/13922
Fernanda Barbosa Livão CRP-08/13936
Izabel Cristiana Teixeira Ferreira CRP-08/13937
Anderson Luis Pereira Soares CRP-08/13938
Juliana de Araújo Lopes CRP-08/13923
Giovani Righeto CRP-08/13935
Sonia Regina dos Santos CRP-08/13924
Debora Beatriz Cano Guillen CRP-08/13925
Keity Christiane Pereira de Oliveira CRP-08/13926
Paulo Guerra Soares CRP-08/13927
Beloni Panizzon CRP-08/13928
Josy de Souza Moriyama CRP-08/13929
Grasielle Zilneyk CRP-08/13930
Flaviana Nunes da Silva Zanoni CRP-08/13931
Jorge Luiz da Silva S. Gonçalves CRP-08/13932
Debora Salomão CRP-08/13933
Rosane Viñas Vieira CRP-08/13939
Flavia de Castro CRP-08/13940
Izabel Freitas de Borba CRP-08/13941
Margarete Wissmann CRP-08/13943
Gisele Salles Rufino CRP-08/13944
Simone Müller Goin CRP-08/13946
Roe Ling Antonia Song da Costa CRP-08/13942
Vanessa Feres CRP-08/13947
Ana Paula da Silva CRP-08/13948
Denise Negrão de Castro CRP-08/13949
Gessiele Costa Sobanski CRP-08/13950
Fernanda de Britez Costa Pinto CRP-08/13951
Rodrigo Sielski CRP-08/13952
Noazir Ferraro Junior CRP-08/13953
Didimo Lindugero Bandeira CRP-08/13954
inscriçãoportransferência
Estefani Costa CRP-08/13934
Rafael Bianchi Silva CRP-08/13945
Marcia Cristina G. de O.Frassão CRP-08/13955
Larissa Correa Portezan CRP-08/13956
Alessandra Fachinelli Nishi de Souza CRP-08/13957.
Thais Ghisi Mehl CRP-08/09904
Cyntia Dalazen Winiarski CRP-08/10202
Janaina Fuentes Cuenca Lonardoni CRP-08/10351
Elaine Cristina Pires CRP-08/11639
Leticia Mezzomo CRP-08/09273
Larissa Maria Garib do Amaral CRP-08/11073
reativação
Rosi Nodari Bandeira CRP-08/02661
Sandra Mara Roesler CRP-08/05315
João Heitor Martins Franco CRP-08/02750
reativaçãoportransferência
Claudia Pinoti Barbosa CRP-08/05426
inscriçãosecundária
Gisele Rodrigues de Oliveira CRP-08/IS-144
Marina Particheli CRP-08/IS-145
Pamela Souza CRP-08/IS-146
pessoajurídica(registro)
Clinica Médica Darido Abdalla S/C Ltda
CRP-08/PJ-08/00399.
pessoajurídica(cadastro)
Associação Paranaense dos Portadores de
Parkinsonismo CRP-08/PJ-00396
UNIMED Regional Maringá Cooperativa de
Trabalho Médico CRP-08/PJ-00397
Carpanezzi Medicina e Psicologia
S/S CRP-08/PJ-08/00398
Raquel Mandredini CRP-08/IS-147
Janaina Casaes Lamenha Lins CRP-08/IS-148
Sergio Luiz Beletti CRP-08/IS-149
Carolina Miranda do Amaral e Silva CRP-08/IS-150
Adriana Roberto de Freitas CRP-08/IS-151
Shirley Mariah Ranckel Rosenscheg CRP-08/IS-152
O GRUPO PSICOSAÚDE OFERECE:
Curso de Psicologia Hospitalar e curso de Psicologia Hospitalar
com Ênfase em UTI-módulo II.
Hospitais: Vita Curitiba e Vita Batel
Início: Agosto /2009
Informações: (41) 9971-4408 /
E-mail: [email protected]
site: www.psicosaude.com.br
CURSO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA CANDIDATOS A
CIRURGIA BARIÁTRICA
O curso vai acontecer de 28 a 30 de agosto de 2009, em Guarapuava.
Ministrantes: Psicólogas Marlene Monteiro da Silva (CRP – 06/15150) de São
Paulo e Rosângela T. Cristani Arruda (CRP-08/02170), de Curitiba.
Informações e Inscrições: (42) 3035-6831 – 9977-6831 ou (41) 3042-7754 –
9985-2350/ e-mail: [email protected] ou [email protected]/ www.inbio.org.br
INSTITUTO DA FAMÍLIA - FTSA – OFERECE:
Cursos de Pós-Graduação lato sensu nas áreas de: Formação em Terapia
de Casal e Família, Aconselhamento Familiar e cursos de extensão: Dinâmica de Grupo e Mediação de Conflitos. Estes cursos eram ministrados
anteriormente pelo ISBL (1996 a 2008). Mais informações:
(43) 3371-0200/ [email protected]/ www.ftsa.edu.br.
AMANAPAZ OFERECE:
Curso de Mediação Sistêmico- Intergrativa
Carga horária: 60 horas/aula
Início: Agosto 2009
Coordenação: Rosemary D. Padilha (CRP-08/02126)
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[email protected]
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V WORKSHOP DE PSICOLOGIA SOMÁTICA E DE PSICODRAMA –
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(CRP08/1886) Mais Informações pelos telefones (44)3224-4632
/9961-8153, [email protected] ou
www.clinicacomtato.com.br.
CURSOS COM FOCO EM AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS
Coordenação- PAULO VAZ - CRP 08/03118
Curso de Formação Contínua em Avaliações Psicológicas. Início: Agosto Cursos de testes psicológicos: Palográfico básico dia 01/08; PMK básico dias 15
e 16 /08; PMK avançado dias 29 e 30/08, H-T-P de John Buck dia 12/09; As
Pirâmides Coloridas de PFISTER dia 19/09; Z-Teste - Técnica de Zulliger -dias
3,4 e 17,18/10. Rua Nunes Machado, 472, 7º andar - sala 702- Edifício Milano
Trade Center - Centro – Curitiba-PR. Fone: (41) 3323-5344/ (41) 9112-8187/
e-mail: [email protected]
CURSO DE HIPNOSE CLÍNICA
Com Aplicações da Hipnose na Medicina, Odontologia e Psicologia
- Teórico e Prático com o Médico Psiquiatra e Psicólogo Dr. Rui Fernando Cruz Sampaio (CRM 14918 e CRP-08/2752). Data: 7, 8 e 9 de
Agosto Destinado a Profissionais dessas áreas. Coord.: Dr. Rui Fernando Cruz Sampaio. Mais informações pelo e-mail: ruifcsampaio@
hotmail.com ou pelo site: www.cruzsampaio.com e pelo telefone:
(41) 3222-3294.
A SOCIEDADE BRASILEIRA DE SEXUALIDADE HUMANA PROMOVE:
O XII Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana com o seguinte
tema: “INTERDISCIPLINARIDADE & SAÚDE SEXUAL”. No Rafain Palace
Hotel, em Foz do Iguaçu. Data: 4 a 7 de outubro Coordenação: Psicóloga Raquel Varaschin (CRP-08/02043) Informações pelo e-mail: raquel@
axmail.com.br ou no site: www.sbrash.org.br
INSTITUTO PARANAENSE DE GESTALT CLAUDETE CARBONI
Curso de Formação em Gestalt-terapia
Início: Teórico I - Agosto de 2009
Encontros quinzenais de 8h, nos segundos e quartos sábados do mês.
Informações: (41) 3244-9993 e 3244-3451.
Coordenação: Valquiria A.A.M.Pereira (CRP-08/02057)
Site: www.gestaltpr.com.br *confirmar a coordenação.
CURSO DE FORMAÇÃO RELACIONAL SISTÊMICA
Coordenação: Psic. Rafaela Senff Ribeiro (CRP-08/08713)
Professores Convidados: Solange Rosset (CRP-08/0204) e Marta Henning
(CRP-08/08231) Encontros mensais no segundo sábado do mês com enfoque na área clínica (individual, família e casal) e a atuação nas organizações. Início: 1 de agosto. Horário: 8h30 às 17h30. Duração: 24 encontros
Inscrições: até 29/07 Local: Av. 7 de setembro 4881, conj. 145 – Batel Curitiba-PR Telefone: (41) 3342-8621 ou 9996-1278/
E-mail: [email protected]
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Coordenação: Psic. Rafaela Senff Ribeiro (CRP-08/08713)
Professores Convidados: Solange Rosset (CRP-08/0204) e Marta Henning
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Inscrições: até 29/07 Local: Av. 7 de setembro 4881, conj. 145 – Batel Curitiba-PR Telefone: (41) 3342-8621 ou 9996-1278/
E-mail: [email protected]
INSTITUTO DE GESTALT DE CURITIBA OFERECE:
Curso de formação em Gestalt Terapia (Intervenção clínica para adultos)
Teórico, vivencial e prático
Início: 20 de Agosto. Quintas-feiras das 19h às 22h.
Custo: 12 parcelas de R$ 180,00
Inscrições: (41) 8416-4234/ [email protected]/
www.institutodegestaltdecuritiba.com.br
Trav. Rafael Francisco Greca, 50 salas 71 e 76
Os dados financeiros do exercício 2008
do CRP-08 estão disponíveis no site:
www.crppr.org.br
O CRP-08 vai realizar pesquisa sobre
“As condições de Trabalho dos Psicólogos do PR”.
Mais informações na próxima edição
da Revista Contato. Aguarde!

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