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ISSN 1808-2645 Ano 11 - Edição nº 64 - Jul/Ago/2009 - Publicação Bimestral - Conselho Regional de Psicologia do Paraná sumário 4 5 6 8 10 12 13 15 16 18 24 26 27 28 30 31 32 34 contatoeditorial coforienta acontecenoParaná acontecenoBrasil contatoplenária pordentro enquetecontato políticaspúblicas contatoartigo Acidente de Trânsito matériacapa Os 30 anos do CRP-08 contatoentrevista CRP x Sindicato nascomissões psicólogodasilva contatoartigo Sistema Conselhos matériacontato Serie Credenciamento contatoindica inscritos contatoagenda expedientecontato Diretoria - Presidente: João Baptista Fortes de Oliveira - Vice-Presidente: Rosangela Lopes de Camargo Cardoso - Secretária: Marilda Andreazza dos Anjos - Tesoureiro: Celso Durat Junior Conselheiros Adriana Tié Maejima, Anaides Pimentel S. Orth, Beatriz Dorigo, Celso Durat Junior, Denise Matoso, Dionice Uehara Cardoso, Eugenio Pereira Paula Junior, João Baptista Fortes de Oliveira, Maria Elizabeth Haro, Maria Sezineide Cavalcante de Mélo, Márcia Regina Walter, Mariana Patitucci Bacellar, Marilda Andreazza dos Anjos, Marina Pires Machado, Rosangela Lopes de Camargo Cardoso, Rosângela Maria Martins e Rosemary Parras Menegatti. Subsedes - Londrina Avenida Paraná, 297- 8° andar - sala 801 e 802 - Ed. Itaipu - CEP 86010-390 Fone: (43) 3026-5766/ (43) 8806-4740 Conselheira: Denise Matoso Coordenador: José Antonio Baltazar e-mail: [email protected] - Maringá Avenida Mauá, 2109 - sala 08 - CEP 87050-020 Fone: (44) 3031-5766/ (44) 8808-8545 Conselheira: Rosemary Parras Menegatti e-mail: [email protected] - Umuarama Rua Rui Ferraz de Carvalho, 4212 - CEP 87501-250 Fone: (44) 3055-4119/ (44) 8808-8553 Conselheira: Adriana Tié Maejima e-mail: [email protected] - Cascavel Rua Paraná, 3033 - sala 41 - CEP 85810-010 Fone: (45) 3038-5766/ (45) 8808-5660 Coordenador: Mariano Michels de Oliveira e-mail: [email protected] Representações Setoriais - Campos Gerais Representante efetivo: Marcos Aurélio Laidane - Fone: (42) 8802-0949 Representante suplente: Lúcia Wolf - Campo Mourão Representante Efetiva Maria Sezineide Cavalcante de Mélo – Fone: (44) 8828-2290 Representante suplente: Patrícia Roehrig Domingues dos Santos - Guarapuava Representante efetiva: Egleide Montarroyos de Mélo - Fone: (42) 8801-8948 Representante suplente: Tânia Mansano - Foz do Iguaçu Representante efetiva: Mara Julci K. Baran - Fone: (45) 8809-7555 Representantes suplentes: Gláucia E. W. de Souza e Dayse Mara Bortoli - Sudoeste Representante efetiva: Maria Cecília M. L. Fantin - Fone: (46) 8822-6897 Representante suplente: Geni Célia Ribeiro - Norte Pioneiro Representante efetiva: Sônia Maria Barone Lopes Fone: (43) 8813-3614 Representante suplente: Nucinéia Aparecida de Oliveira - Litoral Representante efetiva: Karin Bruckheimer - Fone: (41) 8848-1308 Representante suplente: Silmara de Souza Lima - Paranavaí Representante efetiva: Carla Christiane Amaral Barros Alécio – Fone: (44) 8836-7726 Representante suplente: Cláudia Lucio Chaves - União da Vitória Representante efetiva: Marly Perrelli - Fone: (42) 8836-7726 Representantes suplentes: Alexsandra Esteves e Marínea Maria Fediuk Produção Contato: informativo bimestral do Conselho Regional de Psicologia 8 - Região. (ISSN - 1808-2645) Avenida São José, 699 - CEP 80050-350 - Cristo Rei - Curitiba - Paraná Fone: (41) 3013-5766. Fax: (41) 3013-4119 Site: www.crppr.org.br / e-mail: [email protected] Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão: Maxigráfica e Editora Ltda. Jornalista Responsável: Licemar Vieira Melo (9635/SRTE-RS) Colaboração: Viviane Martins de Souza Comissão de Comunicação Social do CRP-08: Maria Elizabeth Nickel Haro, Mariana Patitucci Bacellar, Maria Fernanda Mendes Petry e Mildred Marcon Projeto Gráfico: RDO Brasil - (41) 3338-7054 - www.rdobrasil.com.br Designer Responsável: Leandro Roth - Diagramação: Eduardo Rozende. Ilustração (Psicólogo da Silva): Ademir Paixão Preço da assinatura anual (6 edições): R$ 20,00 Os artigos são de responsabilidade de seus autores, não expressando, necessariamente, a opinião do CRP-08. contatoeditorial coforienta Uma edição realmente especial. É assim que a 64ª edição da Revista Contato chega. São novas editorias, um suplemento e muitas abordagens. participaram. Já a editoria “Políticas Públicas” vai abordar, por meio de artigos que podem ser enviados pelas comissões, a atuação dos psicólogos na área de Políticas Públicas. A matéria de capa, por exemplo, representa o resgate de algumas informações para a categoria, no momento em que o CRP-08 completa 30 anos de existência. Na editoria Entrevista fizemos uma opção diferente. Ao invés de um, temos dois entrevistados. O objetivo, a partir de uma demanda percebida na reunião plenária de Maringá em 21 de março, é informar sobre a distinta atuação das duas instituições que trabalham com a categoria dos Psicólogos no Paraná: o CRP-08 e o Sindypsi - Sindicato dos Psicólogos do Paraná. Por isso os entrevistados são, respectivamente, os Presidentes das duas instituições. A segunda matéria da série Credenciamento de Clínicas no DETRAN, que mostra como estão funcionando algumas clínicas do Paraná, encontra-se publicada nessa edição. Nessa publicação há três novas editorias: “Nas comissões”, “Acontece no Brasil” e “Políticas Públicas”. Na editoria “Nas comissões”, que surge a partir de uma solicitação da plenária, em Curitiba, no dia 16 de maio, haverá informações sobre o que as comissões do CRP-08 estão discutindo. A editoria “Acontece no Brasil” vai noticiar as discussões que ocorreram em eventos nacionais nos quais representantes do CRP-08 E a maior novidade de todas é o fato dessa edição vir acompanhada de um suplemento, impresso separadamente, que se refere à cobertura do XIII Encontro Paranaense de Psicologia - XIII EPP, que aconteceu de 10 a 13 de junho de 2009 em Curitiba.3 Boa leitura! contatocartas “Parabéns a Revista Contato pela importante iniciativa de fazer-nos refletir sobre as questões levantadas nas matérias sobre Avaliação Psicológica X CNH. Infelizmente muitos psicólogos estão vendo esta nova oportunidade, não como psicólogos de profissão e alma, mas sim como um grande negócio empresarial. Estamos esquecendo que a Avaliação Psicológica vai muito além das exigências que o DETRAN/PR nos impôs, pois como psicóloga, atuante há 11 anos, sei que o meu papel vai muito além do que “uma simples testagem”. (...)” Parte de um texto enviado por e-mail por Claudia T. Friche Gonçalves – CRP-08/06443. “A obrigatoriedade da entrevista individual a todos os candidatos à CNH, a meu ver, é um dos aspectos mais importantes da implementação da Resolução 267/2008 do CONTRAN em nosso estado, uma vez que, somente a aplicação de testes psicológicos não é suficiente, interagir com o avaliando, observar e investigar nos possibilita avaliar com mais qualidade”. Texto enviado por e-mail pela Psicóloga Marinês Mendes - CRP-08/09132. 4 contato Envio de laudos por e-mail Parecer técnico da COF elaborado com a colaboração da Cons. Mariana Patitucci Bacellar (CRP-08/10021) A partir de uma demanda que surgiu na reunião plenária de Umuarama, em abril, a Comissão de Orientação e Fiscalização do CRP-08 emitiu um parecer técnico sobre o envio de laudos por e-mail. A reprodução do parecer, na íntegra, você acompanha a seguir. Em diversas áreas profissionais, a remessa e arquivamento de documentos por meio eletrônico tem se mostrado um meio aceito para o trabalho. No campo médico, o uso de sistemas informatizados para a guarda e manuseio de prontuários de pacientes e para a troca de informação em saúde foi autorizado pelo Conselho Federal de Medicina através da resolução CFM n° 1.821/07. No campo jurídico, avanços neste sentido também têm ocorrido, sendo que na Justiça Federal todo o processo judicial corre virtualmente, desde o envio da petição inicial com a juntada de documentos. Cabe lembrar que a preocupação com o sigilo não é de exclusividade do campo da psicologia, pois a área médica e do Direito também lidam com informações sigilosas. Apesar do risco, também presente na comunicação direta ou por correio, a guarda e remessa de documentos por meio eletrônico traz diversos benefícios, tais como rapidez e menor custo no envio e busca de informações, além de diminuir espaços de arquivo físico e impressões em papel. A legislação do Sistema Conselhos é omissa no que diz respeito ao envio de documentos por meio eletrônico. Contudo, a resolução do Conselho Federal de Psicologia n° 012, de 2005, autoriza a prestação de serviços psicológicos mediados pelo computador, tais como orientação psicológica, orientação profissional, orientação de aprendizagem, consultorias a empresas, processos prévios de seleção de pessoal e utilização de testes psicológicos informatizados. Assim, compreendemos que há aceitação, mesmo que parcial, da utilização dos meios eletrônicos nos processos de trabalho dos psicólogos. A Comissão de Orientação e Fiscalização entende que não há impedimento para que os documentos psicológicos sejam enviados por meio eletrônico, desde que o profissional respeite os critérios mínimos de segurança digital, com vistas a não haver quebra de sigilo, conforme previsto no artigo 9º do Código de Ética do Psicólogo. Várias medidas podem auxiliar neste sentido, tais como colocar senha para a abertura de documentos, colocar o documento no formato PDF visando a não alteração do mesmo, especificar os e-mails da empresa para os quais serão enviados os documentos, atualização constante de antivírus, confirmação de recebimento do e-mail, entre outros. Os mesmos cuidados devem ser tomados no arquivamento digital dos documentos. Outra medida importante é incluir no contrato que é feito com o usuário a autorização para envio do documento, por e-mail, para o solicitante. Lembramos que independente da forma de envio do documento (em mãos, correio ou e-mail), é importante que fique claro no contrato de prestação de serviço que será produzido um documento decorrente da avaliação, o qual será enviado a um terceiro. Muitos profissionais esclarecem verbalmente tal condição ao usuário, mas nossa orientação é que esta informação seja documentada, garantindo clareza para ambas as partes, bem como proteção ao profissional caso seja questionado futuramente. Outra sugestão, útil em qualquer forma de envio de documento, é escrever no próprio documento que as informações nele contidas são sigilosas e ficam sob responsabilidade de quem as receber. Esta comissão entende também que é importante haver um contrato formal entre as partes, empresa e terceirizada, especificando esta forma de envio de documentos, bem como os critérios que irão reger tal processo. Retomando a legislação do Sistema Conselhos, consideramos que se há a possibilidade para realização de serviços psicológicos mediados por computador, sabendo dos riscos que tal forma de comunicação implica, não haveria motivo que justificasse o impedimento para o envio de documentos virtualmente, já que em todos os casos existe grande preocupação com o sigilo das informações. Ressaltamos, ainda, que qualquer forma de envio de documentos apresenta algum grau de risco de extravio, ou mesmo violação do documento, e que a formalização de contrato entre as partes (profissional e empresa) pode proteger o psicólogo no caso de violação de documentos. Por fim, lembramos que o profissional não está obrigado a encaminhar laudos por meio eletrônico, ainda que tenha assegurados alguns parâmetros de segurança tanto para a guarda quanto para a remessa de documentos por meio eletrônico. 3 contato 5 acontecenoParaná CREPOP V Café da Manhã da Psicologia Hospitalar O V Café da Manhã da Psicologia Hospitalar aconteceu no dia 02 de abril na sede do CRP-08. O encontro reuniu cerca de 50 psicólogos. No evento foram divulgados os resultados de uma pesquisa, realizada no ano passado, sobre o perfil do psicólogo hospitalar da região metropolitana. Também foi discutida a necessidade de integração entre os psicólogos do interior e de Curitiba que atuam nessa área. Na oportunidade foi divulgado o IX Fórum da Psicologia Hospitalar, que vai acontecer em outubro no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Evento aconteceu no dia 02 de abril na sede do CRP-08, em Curitiba. 18 de Maio: Dia da Luta Antimanicomial O CRP-08 participou do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, em 18 de maio. Em Curitiba houve panfletagem na Praça Santos Andrade, um encontro de usuários de saúde mental e um debate sobre os seguintes temas: os ideais da luta e a construção do coletivo no Paraná, a Reforma Psiquiátrica no município de Santo André e a Luta Antimanicomial. Participaram da mobilização, em Curitiba, os psicólogos Bruno Madër (CRP-08/13323), Cláudia Cobalchini (CRP-08/07915) e Dione Menz (CRP-08/05491), do Núcleo de Articulação em Políticas Públicas do CRP-08, além da socióloga Carmem Ribeiro, do CREPOP. II Jornada sobre Violência em Guarapuava Aconteceu no dia 28 de maio na Faculdade Campo Real, em Guarapuava, a II Jornada Sobre Violência. O objetivo do evento, promovido pela representação setorial do CRP-08 naquela região, foi discutir as questões relacionadas à violência e suas implicações. No dia 28 de maio, na sede do CRP-08 em Curitiba, aconteceu a discussão sobre a prática profissional dos psicólogos em duas políticas públicas fundamentais relacionadas a saúde mental: o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) e a prática na prevenção e atenção na área de álcool e outras drogas. As discussões fazem parte da pesquisa sobre a prática profissional do psicólogo em políticas públicas que vem sendo desenvolvida pelo Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) do Conselho Federal de Psicologia e Conselhos Regionais de Psicologia. O grupo que discutiu sobre prevenção e atenção na área de álcool e outras drogas contou com a presença de 22 pessoas, sendo nove na condição de gestores. No segundo momento da reunião, 17 psicólogos aprofundaram os temas próprios à prática profissional. A discussão sobre o trabalho em CAPS envolveu 17 profissionais, sendo sete na condição de gestores. Participaram profissionais de 11 municípios, a maioria da Região Metropolitana de Curitiba. Também, estiveram presentes profissionais de Paranaguá e Palmeiras. As discussões foram registradas e serão condensadas em um relatório que será encaminhado para o CREPOP Nacional, que será agregado aos relatórios das demais regiões e servirá de subsídio para a elaboração de referências técnicas para a atuação dos profissionais da Psicologia nestas duas áreas. A II Jornada sobre a Violência oportunizou o debate entre profissionais, professores, acadêmicos e pessoas da comunidade. com a palavra quem educa. Participaram Conforme a coordenadora do A programação contou com cinco mesas-redondas que discutiram os temas: aspectos psicológicos; violência: um debate para a sociedade contemporânea; o direito e a violência; violência e suas como palestrantes: a psicóloga Tânia Regina evento, a psicóloga Egleide Montarroyos dos Reis Mansano (CRP-08/07129), o mestre de Mélo (CRP-08/06261), representante em Educação Luigi Chiaro, o advogado Dr. Setorial do CRP-08, a II Jornada sobre Vergilio Dalla-Rosa, a assistente social Ane Violência superou as expectativas em repercussões na sociedade; e violência: Barbara Voidelo e o mestre em Ciências termos de número de participantes, e da Aplicadas Dartagnan da Silva Zanella. abordagem feita por vários profissionais. CRP-08 reaIiza I Jornada de Psicologia Ambiental A I Jornada de Psicologia Ambiental do CRP-08 ocoreu nos dias 08 e 09 de maio. No evento, realizado no auditório Nélio Pereira da Silva, em Curitiba, foram discutidos os seguintes temas: Psicologia ambiental: modismo ou necessidade?; Psicologia das Emergências e Desastres; Campos de atuação da Psicologia Ambiental. Para discutir o primeiro tema, houve uma mesa-redonda com a participação dos psicólogos: Cláudia Maria Sodré Vieira (CRP06/19214), Othon Vieira Neto (CRP-06/21297) e Maria Otávia D´Almeida (CRP-08/04191). Colóquio Direito, Medicina e Psicanálise A psicóloga Dione Menz foi debatedora no evento que aconteceu no Anfiteatro da UFPR. 6 contato 06 e 07 de agosto - Colóquio Direito, Medicina e Psicanálise: “Desafios Contemporâneos:Infância, Família e Poder”. Promoção: Programa de Pós-graduação do Curso de Direito da UFPR e Programa Travessias. Local: Salão Nobre da Pós-Graduação da Faculdade de Direito da UFPR. Mais informações: PPG da Faculdade de Direito da UFPR Evento aconteceu no CRP-08 no início de maio. acontecenoBrasil APAF *Texto enviado pela Conselheira Mariana Patitucci Bacellar (CRP-08/10021). Nos dias 23 e 24 de maio de 2009, aconteceu a APAF em Brasília, na qual o Conselho Regional de Psicologia do Paraná foi representado pelos conselheiros João Baptista Fortes de Oliveira (CRP08/00173), Celso Durat Junior (CRP-08/04537), Eugênio Pereira Paula Junior (CRP-08/06099) e Mariana Patitucci Bacellar (CRP-08/10021). A APAF é a Assembléia das Políticas, das Administrações e das Finanças, na qual são tratados assuntos referentes à Psicologia no âmbito nacional, tais como: regimento interno do CFP, propostas de diretrizes do orçamento do CFP, deliberação sobre questões de interesse da Entidade (administrativas e financeiras), acompanhamento as deliberações de políticas do CNP, acompanhamento da execução regional das políticas aprovadas nos Congressos Regionais de Psicologia, entre outros temas de interesse coletivo da profissão. A assembléia é realizada no mínimo duas vezes ao ano, podendo ter assembléias extraordinárias caso se faça necessário. A APAF é composta por três membros do CFP e membros de todos os Conselhos Regionais de Psicologia, podendo variar de um a três o número de representantes por regional de acordo com a quantidade de profissionais inscritos. Os membros presentes são chamados de delegados. Nesta APAF, o regional do Paraná pode contar com dois delegados com direito a voz e voto. Seguindo o procedimento comum, a pauta da assembléia foi encaminhada previamente com 16 assuntos, sendo que surgiram outros dois, a partir da reunião de presidentes que ocorreu no dia 22 de maio. Nesta mesma data, os tesoureiros dos CRPs e CFP se reuniram para discussões sobre questões financeiras. Alguns dos pontos discutidos, mesmo que tenham recebido encaminhamentos, devem manter-se em pauta das próximas plenárias, portanto é importante que a categoria tenha conhecimento e que traga suas vivências e opiniões sobre os temas. Alguns pontos debatidos: 4 Política Nacional de Trânsito - para a discussão desse tema, foi convidado Fabián Javier Marin Rueda, especialista no tema e integrante de uma comissão à parte do Sistema Conselhos. Foram definidos pontos em relação a alteração da resolução 012/2000 e dois pontos importantes a respeito das avaliações psicológicas realizadas para a aprovação do sujeito a receber a CNH: o primeiro é o direito de devolutiva dos sujeitos que passam pelas avaliações psicológicas e o segundo é que cabe ao Psicólogo a observar se os testes usados são originais e aplicar avaliações somente se esse item estiver garantido. A obrigatoriedade do Título de Especialista em trânsito, que os profissionais que aplicam as avaliações devem ter, foi outro ponto da pauta que deve manter-se em discussão. 8 contato 4Ano da Educação - as ações em função do Ano de Educação tiveram um resultado positivo. Ficou determinado que um grupo com integrantes de quatro CRs sistematizará um documento com os resultados. A partir de agora, os regionais devem dar continuidade ao desenvolvimento do tema. 4Álcool e outras drogas - na APAF de dezembro de 2008, essa questão já havia sido abordada. Por fazer interface com varias áreas (direitos humanos, segurança, justiça, saúde, etc), deve manter-se a discussão para posicionamento e ações da Psicologia. Foi formado um grupo de trabalho para apresentação de propostas de ações até julho desse ano em relação a questões da fragilidade do tema nas Políticas Públicas e do direito de ação dos usuários. 4Assistente Técnico na Perícia Psicológica - questiona-se qual a necessidade de ter a função do Assistente Técnico durante Perícias psicológicas e quanto essa função protege ou invade o trabalho do perito. Concluiu-se que necessita mais esclarecimentos e discussões sobre o tema, então será retomado na APAF de dezembro. Os regionais devem reforçar as discussões sobre o assunto. 4VII Congresso Nacional de Psicologia - o temário do próximo CNP ficou definido como “Psicologia e compromisso com a promoção de direitos: um projeto ético e político para a profissão.” No congresso, serão trabalhados três eixos principais: 1) Construção de referências e estratégias de qualificação para o exercício profissional; 2) Diálogo com a sociedade e com o Estado; 3) Aperfeiçoamento democrático dos Sistemas Conselhos. 4 Conferência Nacional de Comunicação - O CFP foi indicado a participar da Conferência Nacional da Comunicação. O Sistema Conselhos quer, além de contribuir com a formação, investir em conteúdos que sejam relevantes para a Psicologia e sociedade. Para tal, sugeriu critérios para a elaboração das teses. A necessidade da ampla mobilização da categoria é fundamental para a boa atuação e força da Psicologia. 4 Lei 5.766/71 - Foi acordado que o debate sobre as minutas da resolução serão retomadas para quando da aprovação do Projeto de Lei. Os regionais devem mobilizar com todos os esforços o legislativo para garantir a agilidade das ações. 4 Credenciamento de sites – será necessário determinar exatamente o que se quer, pois ao falar de atendimento mediado por computador, é preciso se levar em conta todas as formas de comunicação virtual como, comunicator, e-mail, MSN, etc. A importância de maiores debates é o receio de que a resolução esteja tratando de um tema já ultrapassado pela tecnologia. Seminário Nacional de Educação CONPSI O presidente e a vice-presidente do CRP-08, conselheiros João Baptista Fortes de Oliveira e Rosangela Lopes de Camargo Cardoso, estiveram em Belém (PA), de 06 a 09 de maio, participando do 6º Congresso Norte Nordeste de Psicologia – CONPSI 2009. O evento, promovido pelo Conselho Regional de Psicologia – 10ª Região, em parceria com a Universidade Federal do Pará, abordou a temática Psicologia e Compromisso Social: Unidade na Diversidade. A conselheira Rosangela Cardoso informou que “o interesse do CRP-08 em participar do CONPSI 2009 foi no sentido de acompanhar, através da participação nas mesas-redondas e conferências que discutiram assuntos relacionados a Psicologia e Políticas Públicas e também Direitos Humanos, já que essas são áreas que queremos enfatizar, aqui no Paraná”. Conforme a vice-presidente do CRP-08, todos os Conselhos Regionais enviaram representantes para o evento que contou com cerca de 4.500 participantes. Rosangela Cardoso afirma que “ter participado do CONPSI foi muito importante, pelo contato com representantes do Conselho Federal de Psicologia e com os outros Conselhos Regionais”. Além dos dois membros da diretoria do CRP-08, o Psicólogo Tônio Luna (CRP-08/07258), de Curitiba, também foi ao CONPSI para apresentar a peça teatral Psicólogo da Silva. No final do mês de abril aconteceu, em Brasília, o Seminário Nacional do Ano da Educação. O evento sintetizou as discussões realizadas, previamente, em todos os Conselhos Regionais de Psicologia, sobre os seguintes temas: Psicologia, Políticas Públicas Intersetoriais e Educação Inclusiva; Políticas Educacionais: legislação, formação profissional e participação democrática; Psicologia e Instituições Escolares e Educacionais; e Psicologia no Ensino Médio. Os representantes do CRP-08 no Seminário Nacional do Ano da Educação - que levaram a síntese das discussões que aconteceram no Seminário Regional, no dia 27 de fevereiro - foram os psicólogos: Silmara de Souza Lima (CRP-08/03772); Mara Julci K. Baran (CRP-08/02832); Karin Bruckhmer (CRP-08/03984); Eugênio Pereira de Paula Junior (CRP-08/06099) e Maria Elizabeth Nickel Haro (CRP-08/00211). Os representantes do CRP-08 no Seminário Nacional do Ano da Educação. Agenda 21 e 23/06 Seminário Nacional de Psicologia e Direitos Humanos O Conselho Federal de Psicologia promove em Brasília, o VI Seminário Nacional de Psicologia e Direitos Humanos, com o tema: “Nenhuma forma de violência vale a pena”. Edgar Morin fará a conferência de abertura do Seminário a partir das 19h30. O evento será realizado no Hotel Kubitschek Plaza. Para inscrições, acesse o site: www.pol.org.br. 07 e 08/08 Seminário Nacional “Escuta de Crianças e Adolescentes Envolvidos em Situação de Violência e a Rede de Proteção” O Psicólogo Tonio Luna foi a Belém apresentar o Psicólogo da Silva. Conselheiros Presidentes do CRP-12 (SC), CRP-07 (RS) e CRP-8 (PR). O Seminário será realizado no Rio de Janeiro – RJ. contato 9 contatoplenária Deliberações das Plenárias de abril e maio Abril Na plenária do dia 03 de abril, na sede do CRP-08, em Curitiba, entre outros assuntos foram abordados os seguintes: 4 Reunião Nacional de Comissões de Orientação Ética (COE) - Os Conselheiros: João Baptista Fortes de Oliveira (CRP08/000173) e Márcia Regina Walter (CRP-08/02054) estiveram em Brasília, nos dias 27 e 28 de março, representando o CRP08 na Reunião Nacional das Comissões de Ética. Entre os assuntos debatidos na reunião, houve a orientação de que informações referentes a existência ou não de Processos Disciplinares Éticos (PDE) contra algum psicólogo, podem ser fornecidas, desde que solicitadas formalmente, sem que se especifique a que se referem os Processos. A reivindicação do CRP-08 é de que as reuniões nacionais da COE deveriam acontecer junto com a COF. 4 Comissão de Psicologia Hospitalar - A comissão de Psicologia Hospitalar está solicitando informações sobre Psicólogos que atuam na área hospitalar no interior do Paraná. 4 Uso da logomarca do CRP-08 - É importante que as comissões ajudem a fortalecer a marca do CRP-08 através do uso da logomarca do Conselho, e não criar novas logomarcas para as comissões, já que essas integram o CRP-08. 10 contato 4 Conferência de Comunicação - A Comissão organizadora Próconferência Nacional de Comunicação do Paraná fez evento de capacitação no dia 26 de abril, em Curitiba. No dia 27 abril realizou audiência pública na Assembléia Legislativa do Paraná sobre Controle da Internet e a Democratização dos Meios de Comunicação. 4 Comissão de Psicologia do Trânsito - a última reunião do GT de Trânsito, que trata do credenciamento de Clínicas pelo DETRAN/PR, aconteceu no dia 25 de março. O encontro contou com a participação de 20 profissionais, ente eles psicólogos de duas Clínicas já credenciadas de Curitiba e Pitanga, Professores da UFPR – Núcleo de Estudos do Trânsito, professores da UFSC e membros das Comissões de Avaliação Psicológica, Trânsito e Organizacional do Conselho. A Plenária que aconteceu no dia 25 de abril, em Umuarama, abordou, entre outros assuntos, sobre: 4 NAPP-08 - Foi apresentada, pelo coordenador do Núcleo de Articulação em Políticas Públicas do CRP-08 (NAPP), a avaliação do II Encontro de Psicologia e Políticas Públicas, realizado nos dia 3 e 4 de abril de 2009, em Curitiba. 4 CREPOP - Houve demonstração de modelos de relatórios para os representantes do CRP em Conselhos de Controle Social (CCS). Foram apresentados os temas e prazos de pesquisas a serem realizadas para o cumprimento do plano de ação para 2009. As pesquisas são: Educação Básica - realizada junto ao Seminário Regional de Educação; Álcool e Drogas - no período entre abril e junho, em Curitiba, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel e Paranavaí. De junho a setembro será a vez da área de Trânsito e Mobilidade Urbana. 4 Psicoterapia - Para discutir a Psicoterapia, tema do ano de 2009 proposto pelo CFP, aconteceram encontros em Campo Mourão (27/04), Ponta Grossa (15/05) e na região da subsede de Umuarama (29/04 e 15/05). Também foi organizada discussão sobre Psicoterapia na região de União da Vitória, sendo convidados para o evento representantes do CRP-12 e CRP-08. As subsedes de Cascavel e Maringá, além da representação setorial do Sudoeste, já realizaram debates sobre o tema. Na sede, a Psicoterapia foi discutida durante o mês de abril, nas “Quartas-feiras no CRP”. Houve solicitação de que os relatórios, relacionados aos debates sobre Psicoterapia, sejam feitos de acordo com os eixos definidos em APAF. 4 Terapia Comunitária – O tema trazido pela representação setorial de Foz do Iguaçu foi discutido. Foi enfatizado na Plenária que o trabalho do terapeuta comunitário não pode substituir o trabalho e serviços de saúde mental. 4 Combate ao Abuso e Exploração Sexual – A representação setorial do Sudoeste organizou, em parceria com a UFTPR, o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, que aconteceu em 18 de maio. 4 Psicologia do Trabalho e Organizacional - Vai ser formada na subsede de Maringá a Comissão de Psicologia do Trabalho e Organizacional, com dez colaboradores. 4 Conferência Municipal da Comunicação - A Conferência Municipal da Comunicação de Maringá será no Campus do Centro Universitário de Maringá - CESUMAR, durante a Semana Acadêmica de Jornalismo. 4 Campanha do Dia do Psicólogo 2009 - Foi aprovado o tema: “Psicologia para Todos”. 4 Democratização da Comunicação - Foi informado que todos os CRPs estão nas comissões estaduais de organização das Conferências Estaduais e Nacional da Comunicação. 4 Laudos encaminhados por e-mail - Foi solicitado parecer das Comissões de Orientação Ética e de Orientação e Fiscalização, além da Assessoria Jurídica, sobre o encaminhamento de laudos por e-mail. 4 Acupuntura - A Comissão de Orientação e Fiscalização do CRP-08 está realizando encontros para discutir sobre a Acupuntura, mas, até o momento, há pouca participação da categoria. Maio A plenária do dia 08 de maio aconteceu na sede do CRP-08, em Curitiba, e discutiu sobre: 4 Democratização da Comunicação – Foi informado que haverá reunião nacional em Brasília para organização da Conferência Na- cional da Comunicação. A Conferência Estadual da Comunicação deverá ser realizada até junho de 2009. A Conferência Nacional da Comunicação será em Brasília, de 1 a 3 de dezembro de 2009. 4 Comissão de Orientação e Fiscalização – Foi informado que a Reunião Nacional de Comissões de Orientação e Fiscalização vai acontecer nos dias 3 e 4 de julho de 2009 em Brasília. 4 NAPP-08 – Foi sugerida a organização de grupo virtual para debater Políticas Públicas. No novo site deste CRP haverá um espaço chamado “Fórum”, onde os grupos de debate serão organizados. 4 GT da Psicoterapia – A equipe organizadora está sistematizando os materiais e relatórios dos eventos, por eixo. Solicita o reenvio das informações dos critérios de participação no Seminário Regional da Psicoterapia para todos. 4 Comissão de Psicologia Hospitalar - Novos colaboradores. Os psicólogos que trabalham no Hospital Regional de Paranaguá participarão da Comissão de Psicologia Hospitalar, por revezamento (a cada reunião virá um membro da equipe da Psicologia daquela instituição hospitalar). As “Quartas-feiras no CRP” do mês de junho são de responsabilidade da Comissão. 4 Comissão de Avaliação Psicológica - Há dois projetos em andamento: “Quartas-feiras no CRP” do mês de julho e organização de palestras nas Universidades. 4 Comissão de Psicologia Ambiental – Houve convite para a Jornada de Psicologia Ambiental que foi realizada nos dia 8 e 9 de maio na sede do CRP-08. 4 Comissão de Tanatologia - A Comissão de Tanatologia está realizando uma reunião por mês, na segunda terça-feira, devido aos compromissos profissionais de seus membros. Na plenária do dia 16 de maio, na sede do CRP-08, em Curitiba, foram abordados, entre outros, os seguintes assuntos: 4 Revista Contato - Houve a sugestão de criação de nova editoria para abordar as discussões que ocorrem nas comissões da sede e subsedes do CRP-08. 4 APAF - Foram apresentados os pontos de pauta da Assembléia de Políticas Administrativas e Financeiras (APAF), que aconteceu em Brasília, e as contribuições do CRP-08 para a discussão na Assembléia. Nesse evento o CRP-08 foi representado pelos conselheiros Mariana P. Bacellar (CRP-08/10021) e Eugênio Pereira de Paula Jr (CRP-08/06099). 4 COF - A partir de uma discussão realizada na plenária de Umuarama, em 25 de abril, foi apresentado o parecer técnico da Comissão de Orientação e Fiscalização do CRP-08 sobre o envio de laudo por e-mail. A COF também divulgou o debate sobre Acupuntura, que aconteceu na sede do CRP-08, no dia 26 de maio. 4 CES/PR - A Psicóloga Karin Bruckheimer (CRP-08/03984) está na Comissão de Organização do Seminário de Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Drogas. O Seminário será realizado nos dias 21 e 22 de julho de 2009, no Centro de Convenções de Curitiba – PR.3 contato 11 pordentro Psicoterapia é discutida na Região de Campos Gerais contatoenquete O assunto é... Psicologia para todos Representantes da setorial de Campos Gerais coordenaram o evento. No dia 15 de maio, aconteceu um encontro em Ponta Grossa para discutir a Psicoterapia. O evento, realizado no auditório da Unimed, contou com 126 participantes, entre psicólogos, alunos e professores do curso de Psicologia da Faculdade Sant´Ana. No encontro, coordenado pelos representantes da setorial de Campos Gerais, Marcos Aurélio Laidane (CRP08/00314) e Lúcia Wolf (CRP-08/00337) houve um debate sobre a formação do psicólogo e a necessidade de aperfeiçoamento para se trabalhar com a Psicoterapia. Nessa edição a revista Contato publica a opinião de alguns psicólogos que responderam a pergunta: Psicologia é para todos? Essa enquete foi feita durante a reunião plenária do dia 16 de maio e quer divulgar a opinião de alguns profissionais sobre aquele que será o tema da campanha do Dia do Psicólogo de 2009. Confira as opiniões: “Psicologia sim deve ser para todos, independente de idade, sexo, credo ou raça. Ainda seriam necessários mecanismos públicos para possibilitar o acesso para todas as classes sociais, independente de patologia ou comorbidade, de forma a atingir toda a população interessada e também sensibilizar possíveis protagonistas.” Márcia Regina da Silva Santos - CRP-08/3336 - Curitiba “A Psicologia é para todos, mas não são todos que têm acesso. Embora a Psicologia seja de aplicabilidade ampla e esteja sendo bem difundida, ainda existe uma falta de entendimento do que seja ou faz, sem contar com a resistência de algumas pessoas quanto a procura de seu atendimento.” Egleide M. de Mélo - CRP-08/06261 - Guarapuava Projeto na área de Psicologia Jurídica é divulgado em Porto Alegre “Acredito que sim, que a Psicologia é para todos à medida que hoje o Psicólogo está inserido em diversas áreas de atuação, tais como hospitais, órgãos jurídicos, postos e centros de saúde, escolas, áreas do esporte, trânsito, organizações, entre outros, além da tradicional clínica, tendo uma grande área de abrangência para intervir.” Marina Pires Alves Machado - CRP-08/10216 - Curitiba A Psicóloga Rogéria Sinimbu Aguiar apresentou trabalho em Porto Alegre. A psicóloga Rogéria Sinimbu Aguiar (CRP-08/05128), membro da Comissão de Psicologia Jurídica do CRP-08, participou do I Simpósio Sul Brasileiro de Psicologia Jurídica que aconteceu em Porto Alegre (RS), nos dias 17 e 18 de abril. Na oportunidade, a psicóloga apresentou o trabalho: “Grupo de Reflexão e Orientação de Adolescentes Envolvidos em Abuso Sexual Infantil”, relatando um projeto implantado na Delegacia do Adolescente de Curitiba em 2008. 12 contato “Psicologia está no controle social, na responsabilidade de cada um de nós participar da formulação de políticas públicas intra e extra setoriais, na rede de proteção de crianças e adolescentes abusados e explorados. Está na luta incansável do resgate do desejo de meninos e meninas em ter um projeto de vida e do querer simplesmente ser um ‘digno cidadão’.” Karin Bruckheimer - CRP-08/03984 - Matinhos “Sim, a Psicologia como Ciência e como Profissão deve existir para a melhoria da qualidade de vida dos que dela necessitem, independente da situação econômica e social. O sofrimento mental não escolhe classe social, credo e independe do gênero”. Maria Sezineide Cavalcante de Melo - CRP-08/03183 - Campo Mourão contato 13 As Políticas Públicas e o Controle Social políticaspúblicas Bruno Jardini Mäder – (CRP-08/13323) - Coordenador do NAPP-08 A discussão sobre a inserção dos psicólogos em políticas públicas aumenta a cada nova oportunidade de trabalho criada. Os limites e possibilidades da Psicologia são colocados à prova desde equipamentos de atenção básica aos de atenção especializada; a necessidade de trabalhos interdisciplinares coloca questões também nos atendimentos clínicos e de psicoterapia. Dentre todas as abordagens e linhas teóricas possíveis, o conceito de cidadania, fundamental para discutir e entender qualquer política pública, não recebe a atenção que merece. Cidadania pressupõe o direito à vida, à dignidade, à liberdade, à igualdade, aos direitos humanos; no Brasil o artigo 6º da Constituição Federal de 88 garante os direitos sociais. A garantia destes direitos é o caminho para a conquista da cidadania. Este caminho é traçado pela implementação de políticas públicas. “Por meio delas, os bens e serviços sociais são distribuídos e redistribuídos, de maneira a garantir o direito coletivo e atender às demandas da sociedade” (Silveira [et al], 2007). Uma definição bastante conhecida de política pública é “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público que visa dar conta de determinada demanda, em diversas áreas. Expressa a transformação daquilo que é do âmbito privado em ações coletivas no espaço público” (Nardini, Guareschi, Comunello, & Hoenisch, 2004). As políticas públicas demonstram a relação fundamental entre o Estado e as demandas sociais. O maior exemplo de política pública é o SUS, que foi constituído por intensa movimentação social, e assegura o acesso universal e igualitário aos serviços e ações e prevê que a saúde é dever do Estado. A execução e formulação de políticas públicas são, portanto, dever do Estado. A gestão e fiscalização, por outro lado, necessitam da participação ativa da sociedade civil. Esta forma de participação nas decisões de políticas públicas é chamada Controle Social. O nome Controle Social pode dar a idéia de uma dominação da sociedade pelo o Estado, e segundo Raicheles (2000), esta é a origem histórica do termo. Na já citada Constituição de 88, ocorre uma inversão desta concepção, e se propõe o controle da sociedade civil sobre o Estado. Isso representa um marco político, a descentralização das decisões constrói o interesse público, um dos eixos da luta contra o Estado autoritário. Além do Controle Social, a CF/1988 prevê outras formas da democracia participativa como o plebiscito, o referendo popular, audiências públicas, e iniciativa popular de lei. Cada política pública tem a sua instância de Controle Social chamada Conselho. Assim como a gestão das políticas públicas é descentralizada, também são os Conselhos. Ou seja, são feitos nos níveis federal, estadual e municipal. O estado do Paraná possui 399 municípios, e cada um deve realizar seus Conselhos. Os conselhos legalmente estabelecidos são os de políticas mais estruturadas ou centralizadas em sistemas nacionais (como o a Saúde, a educação, a Assistência Social), mas podem ser realizados conselhos de programas (como o Programa Leite das Crianças ou os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural) e conselhos temáticos, de políticas criadas por iniciativa municipal ou estadual (Conselhos de Transportes, de Direito da Mulher, etc.). A legislação prevê que estes sejam paritários, ou seja, com a participação popular e de representantes do Estado. Os Conselhos de Saúde prevêem a participação de gestores (25%), trabalhadores (25%) e usuários (50%). A representação popular é feita por entidades e organizações, assim podem representar os usuários associações de moradores, associações de usuários, entre outros; os representantes dos trabalhadores podem ser representados por sindicatos, conselhos de classe (inclusive este CRP-08), entre outros; a representação do gestor é feita pelo governo corrente. Estes representantes são escolhidos nas Conferências, que são realizadas periodicamente, e também servem para propor as diretrizes para a formulação das políticas. A criação destes dispositivos democráticos foi conquistada por movimentações e organização da sociedade civil. A participação no controle social deve proceder da mesma forma, afinal, a lei garante o direito, mas o acesso a este direito deve ser garantido na gestão e execução das políticas públicas. As políticas públicas representam a forma de garantir os direitos fundamentais da pessoa humana, e são construídas pelos atores da sociedade. Trabalhar numa política pública é ser agente da cidadania, e o profissional psicólogo é um destes agentes. O debate sobre os limites da atuação, a organização dos profissionais em torno dos temas de relevância, para a participação da gestão de políticas públicas são formas de conquistar a cidadania e inseri-la nas atuações e discussões de Psicologia.3 REFERÊNCIAS RAICHELES, R. Desafios da gestão democrática das políticas sociais. Brasília: Cead, 2000 (PERIÓDICO). COMUNELLO, L. N. ; GUARESCHI, N. M. F. ; NARDINI, M. ; HOENISCH, J. C. . Problematizando as práticas psicológicas no modo de entender a violência. In: STREY, Marlene; RUWER, Mariana; JAEGER, Fernanda. (Org.). Violência, Gênero e Políticas Públicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004, v. 3, p. 177-194. SILVEIRA, A. F. [et al] Caderno de psicologia e políticas públicas. Curitiba: Grá- fica e Editora Unificado, 2007. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nº. 1/92 a 56/2007 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nº. 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2008. contato 15 contatoartigo Acidente de Trânsito: luto coletivo e criação social* **Vânia Regina Mercer – Psicóloga (CRP 08/00508) O acidente de trânsito ocorrido em Curitiba, nos últimos dias, que envolveu um deputado estadual e provocou a morte de dois jovens, faz com que a comunidade curitibana sinta-se enlutada e viva, neste momento, um sentimento de dor e mal-estar não só pelas famílias enlutadas com as quais, nós pais, nos identificamos, mas traz uma desesperança imensa para todos nós. Nós que somos cidadãos da famosa Curitiba, ou daquela nomeada por Rita Lee¹, em sua canção “...ser normal em Curitiba Ser normal no Paraná, ser normal no Brasil, ser normal no mundo”. Normal ou anormal, ou patológico não são bons adjetivos para que este acidente reviva na memória da população, a adulteração de fatos. Ou alerte para a morte silenciada, de jovens das classes menos favorecidas, por exemplo, quando atendo em meu consultório uma Carrinheira² cujo filho de oito anos aproximadamente morreu trucidado pelo cão de uma família, ao entrar em uma propriedade particular e eu jamais vira uma nota na imprensa sobre o trágico episódio. Podemos nos referir a certas situações cotidianas, mais como comuns do que normais, anormais, patológicas. Trocar pelo termo comum não representa para mim, mulher, mãe, psicanalista e cidadã, que comum e banal sejam sinônimos. Nomear como acidente o que ocorreu é banalizar a imoralidade e justificá-la. Freud³ colocou o psicanalisar, o educar e o ser político como as três profissões impossíveis. Educar é difícil. Nenhum de nós está isento de falhar na formação dos filhos. Mas somos obrigados a nos esforçar para essa tarefa, a nos preparar para ela. Só amar não é suficiente e há tantos enganos sobre o que seja amar. A confusão entre amar e comprar, presentear... se avoluma a cada dia. Alguns filhos se identificam com os pais e querem seguir suas profissões. Outros querem ser amados e respeitados ou, ao menos, olhados por seus pais, supondo que seguindo o mesmo caminho estarão conquistando o coração de um de seus pais ou de ambos. Nossos políticos não têm contribuído para que os jovens se identifiquem com lideres de bons valores. A transmissão da banalização e do descaso com a saúde e a educação não contribui para que nossos jovens queiram ser gente e se sintam motivados a lutar para isso. Ao contrário, muitas vezes invejam os que vivem das vantagens. Quando se ouve dizer que um valor grande, médio ou exorbitante foi desviado por nossos governantes, considero que sempre deveria ser seguido de tabelas comparativas; X crianças foram roubadas no seu direito a escola, no seu direito a saúde; X pessoas foram roubadas no seu direito à velhice digna; X famílias foram roubadas no seu direito à moradia. Nossa comunidade é lesada nos seu direito de confiar, de respeitar, de ser respeitado, de ser amigo, de ser solidário, de ter um sonho, uma esperança. A educação como profissão é a responsabilidade dos que trabalham na tarefa da formação de seus cidadãos. O educar, função parental, é um exercício trabalhoso e árduo, sem férias, feriados ou finais de semana. Somos pais para sempre e na dor do luto ainda continuamos pais de nossos filhos. Porém, dar a luz não nos faz pais. Fiquei chocada e enraivecida ao ver que o deputado paranaense e sua senhora, ambos de família abastada desde sempre, para visitar ao filho que faz doutorado na Europa, precisam usar o dinheiro público. Como é esse amor de pai, que não pode dispor de seu próprio patrimônio para visitar ao filho? Que exemplo esse pai dá para esse filho? Como se mede esse amor? Esse amor que despe aos cidadãos de educação, saúde e trabalho? Se consultarmos os índices da Vigilância Sanitária de nossa cidade veremos a elevada taxa de morte entre crianças e adolescentes por causas externas. Aí muitos suicídios mascarados estão encobertos, por exemplo, nas mortes decorrentes de acidentes de trânsito, pois há muitos modos indiretos de suicidar-se. Além disso, existe a subnotificação de dados para preservar as famílias de sua dor, de suas culpas, de seus fracassos e a interrupção de seus sonhos. Será que o deputado envolvido no acidente, por acidente parental, tornou-se herdeiro de uma vocação política, ou será que o investimento do pai em tal filho exigia que ele tivesse a política como profissão para auxiliálo a realizar seus projetos pessoais e não projetos políticos para o bem da comunidade? Ignoro quem sejam os envolvidos, nunca ouvi ou li o nome dessas pessoas antes do acidente. Talvez, neste caso, o dinheiro do pai possa ter sido gasto na campanha do filho e o filho usado pelo pai. A nova lei controlando o uso do álcool associado ao ato de conduzir foi um passo importante ocorrido recentemente. Por outro lado as multas, a indústria das multas como às vezes nos questionamos, não é por si só educativa. Talvez! Tem sido tão comum... tão banal.. o discurso dos políticos sobre seus filhos. Outros dois de nossos políticos pagaram passagens para as filhas, porque como as vezes gastam de seu próprio dinheiro para trabalhar, porque não se ressarcirem pagando com dinheiro o público as passagens das família? Quando um cidadão é multado tantas vezes, como a mídia anuncia, tendo pontuação elevada, a carteira de motorista cassada, como no caso do deputado acidentado, além de pagar as multas e perder o direito de dirigir, um oficial de justiça deveria ir ao encontro dessa pessoa e propor um acompanhamento, um monitoramento de suas ações. Para alguns, tendo dinheiro ou não, é possível só pagar multas e continuar agindo no trânsito como sempre. Aqui me pergunto: um pai político consegue ser um pai presente? Ou precisa indenizar os filhos por ausências? Não com seu dinheiro, mas com o dinheiro público, culpado pela privação que lhes provoca de terem o pai por perto? Por que elas sofrem com essa ausência merecem que o povo pague pela escolha profissional de seus pais? Para nós eleitores, mudaria alguma coisa termos as informações do currículo de vida, não só o acadêmico, de um candidato a cargo público? Quem conduz sua vida assim como conduzirá nossa cidade, nossos projetos para uma infância e juventude sadias, para a maturidade da nação? O assunto é uma tragédia que deixou duas famílias sem filhos! Mas a reação da comunidade é de um luto coletivo, de indignação e exigência de ética e transparência. Convido a todos a considerar que grande parte das empregadas domésticas não são ressarcidas das horas extras nos 16 contato sábados e nos domingos. Talvez o motorista que aguardava nosso antigo prefeito, recentemente, na saída de uma festa particular até altas horas da madrugada fosse pago, pois seria com o dinheiro público. não precisamos deixar de viver cada fase para usufruirmos da medicina (uns poucos podem fazê-lo) e sermos idosos longevos, sem viver. Porém, é preciso cuidar da vida, não aceitar ser cidadãos de Cidades Ecocidas4...,as cidades suicidas5. Em contraposição a estas, lembro a possibilidade das Città Slow6. Já os professores não recebem auxílio para comprar livros e se manterem atualizados, alguns nem sempre tem hora atividade paga. As horas que passam avaliando trabalhos escolares, preparando aulas e corrigindo provas de seus alunos em casa, no horário que deveriam ser pais; essas horas roubadas de seus filhos, não são ressarcidas aos seus filhos com privilégios. Há tantos outros exemplos que cada um de nós poderá listar. Observar em silêncio esse episódio, ou melhor, mais este episódio é a morte em si. A morte das próximas gerações, do sonho do novo, do que o jovem traz em si e pode criar. Fazer o luto antecipado7 de nossos jovens e crianças é covardia, é omissão, não é possível acobertar que o futuro deles vem sendo roubado pela falta de ética e decoro Político. Muito grave pensar em quantas famílias não tem auxilio e direito à saúde e medicamentos básicos ou caros. Mas esse senhor viajou como paciente para São Paulo. A família angustiada pode e deve oferecer o que pode e até o que não pode ao seu filho, mas por que nosso governo desmerece os profissionais da saúde do nosso Estado e nossos hospitais e com o dinheiro público paga os custos da viagem do deputado, em avião do Governo, e leva o paciente para o Estado vizinho? A parte da doença ou da saúde mental, esta é para ser acompanhada, atendida e tratada e não criminalizada. Não existe vacina para proteger o humano da loucura e a loucura, às vezes, muitas vezes, é uma saída criativa, mas nem sempre... Existe a violência inerente ao humano. Existe também a violência criativa e construtiva nas situações limites, pulsão de vida. Banalizar a violência é falta de ética, banalizar este momento é instalar o desgorverno de nossa juventude..uma comunidade sem lei! Portanto, pergunto aqui: porque um pai prefeito auxilia o filho jovem a ser candidato a deputado estadual? Não conheço nem pai nem filho. O que a comunidade SOLIDÁRIA às famílias enlutadas divulga por emails e o que a mídia publica não mostra qualidades especiais nesse jovem deputado para que tão precocemente fosse eleito e se tornasse um HOMEM PÚBLICO, NO SENTIDO PLENO DA EXPRESSÃO. Agora ele, através do seu feito, tornou-se uma notícia pública! Uma triste noticia nacional. * MÉTRAUX, Jean-Claude . Deuils collectives et création sociale. Paris. La dispute, 2004. Brincava de super homem com carro blindado? Deputado! Para se proteger de quem? Uma intuição de que viria a precisar se proteger do povo? Será mais importante a população toda se blindar para se proteger de políticos como os que temos eleitos. Importante será blindar o acesso de pessoas sem preparo ou liderança construtiva própria nas próximas eleições. 1 RITA LEE, ROBERTO DE CARVALHO: Normal em Curitiba. “Saudades da terra/Daquela vidinha boa/Entre um milagre uma guerra/Quando deus era brasileiro e ria-se à toa/Lá no sul do cruzeiro/ Destino desejo/Santo pandemônio/saudades do ozônio/Da minha infância querida/ QUERO O ESSENCIAL DAVIDA/QUERO SER NORMAL EM CURITIBA/Saudades da terra,daquele planeta azulzinho/ Entre Vênus e marte/Quando arte era puro dinheiro/E o estranho no ninho vinha lá do estrangeiro/New York ou Paris/É impossível ser feliz/saudades da Elis/Da minha infância querida/Quero o essencial da vida/Quero ser normal em Curitiba/ renascer de parto natural/Mamar numa doce muxiba/Crescer num país tropical/Supermercado em carapicuíba/Manter o ciclo menstrual/Noivar,casar com o Giba, viver de aumento salarial/Campeã de buraco e biriba/QUERO O ESSENCIAL DA VIDA/QUERO SER NORMAL EM CURITIBA. 2 Catadora de lixo. 3 FREUD, S. Análise terminada e interminável. 1. ed. Rio de Janeiro : Imago, 1987, Cap. 7,V.XXIII, Ed. Standard Brasileira das Obras Psicológicas de Sigmund Freud, p 265. 4 MERCER, Vânia. GLOBALIZAÇÃO E PERDAS DE IDENTIDADE/ E OU NOVAS CONSTRUÇÕES DA IDENTIDADE, Programa de Travessias. In: Travesseiro de Pedra. A formação para a escuta de doentes. Curitiba, no prelo, previsão 2009. 5 BOFF,L. - Entrevista de Leonardo Boff ao Caderno JB Ecológico do Jornal do Brasil - 28/04/2002) .’’Somos Deus e o Satã da Terra’’ in: REVIVERDE.Instituto Ambientalista da Cidade do Rio de Janeiro.(...) ECOLÓGICO - Estamos sendo, então, o satã da Terra? BOFF - Mais do que isso. Mostramos que somos homicidas. Somos, também, etnocidas, matando etnias, nações indígenas. E ecocidas, por acabarmos também com ecossistemas naturais...(...) O cientista Carl Sagan nos deixou um testamento trágico, uma grande advertência. Ele dizia: “O ser humano, nos últimos três séculos, fundamentalmente nas últimas décadas, inventou o princípio da autodestruição. 6 O que são as (Cidades Slow)? O Slow Food encoraja o crescimento do movimento das Città Slow, um grupo autônomo de vilas e cidades determinadas a melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, particularmente no que diz respeito à alimentação. As Cidades Slow aderem a uma série de diretrizes para torná-las mais agradáveis para viver, como fechar o centro da cidade ao trânsito um dia por semana ou adotar políticas estruturais para conservar as características da cidade. As Cidades Slow procuram preservar o patrimônio gastronômico, criando espaços e ocasiões para o contato direto entre consumidores e produtores de qualidade. 7 Expressão emprestada da reflexão de Daniele Brun, em seu livro “ A criança dada por morta”. Uso o tempo no passado como referência ao ato de brincar. Os esforços todos devem ser oferecidos para a recuperação clínica, de um acidentado, como diz o juramento médico, de Hipocrátes. Posteriormente, a cada um, a responsabilidade por seus atos e suas conseqüências. Curitiba do encontro dos neonazistas e seus crimes e tantas outras barbaridades que a cada dia nos espantam! Vamos homenagear os jovens que vem perdendo suas vidas em acidentes, com uso de drogas e crimes, neste momento nas pessoas de Carlos Murilo de Almeida e Rafael Souza Yared. Homenagear, educando-nos para votarmos melhor nas próximas eleições; educando nossos filhos para a seriedade do ato de votar, Observando os atos e omissões de todos OS políticos antes dessas tragédias e revelações de falcatruas. A juventude é uma fase de riscos e aventuras, em todos os tempos foi assim. Os jovens se consideram imortais. A AIDS quebrou essa máxima e a violência urbana também não os ilude mais. Diferente dos anos 70, quando fui jovem, houve muitas quebras de paradigmas, muitas conquistas e uma liberdade que se constituiu como um marco para o amor, sobretudo para a relação das mulheres com o amor e procriação. Pós ditadura novas construções sociais. Nem meus filhos, nem os de vocês vão deixar de viver como jovens. Ninguém deve deixar de viver a sua vida para não incomodar os pais, para protegê-los de suas perdas. Não é possível descobrir a vida sem o risco de se machucar, mas há uma lei que deve ser transmitida e trabalhada. Quero dizer, Termo emprestado do livro de Jean-Claude Métraux. Tradução livre . ** Psicóloga,Psicanalista, Mestre em Educação–UFPR; Responsável pelo Programa de Travessias. Organizadoras do livro Violência, Paixão e Discursos. O avesso dos Silêncios, 2008, juntamente com Professor Doutor José Antonio Peres Gediel.3 NOTAS: contato 17 O início A primeira presidenta do CRP-08, Maria Júlia Trevizan, conta que, a fase inicial do Conselho Regional de Psicologia do Paraná, representou “um grande desafio e um grande aprendizado. Foi uma experiência maravilhosa. Foi o momento de ver a legislação, conhecer as normas a cumprir, estabelecer reivindicações a fazer e a atender. Nessa fase aprendi que tinha que ter penetração política para conquistar algo para os psicólogos”. Maria Júlia relata que, naquela época, “a profissão não era reconhecida pela sociedade, que não sabia das atividades dos Psicólogos. Mas, com um grupo forte de conselheiros e suplentes foi possível o trabalho. Com o tempo fomos ganhando credibilidade: na primeira gestão foi preciso organizar, fiscalizar e esclarecer. Eu percebo que as outras gestões, além de fiscalizar, orientar e esclarecer a categoria, tem conseguido levantar algumas bandeiras sociais”. cologia do Paraná “vem desde a criação Desafios atuais Saúde, de todas as áreas. Enfim, o nosso Segundo o presidente do CRP-08, João Baptista Fortes de Oliveira, o principal desafio do Conselho Regional de Psi- gia em todos os lugares. Que justamente Em quantos somos? do I Encontro Paranaense de Psicologia, que procurava tirar o profissional do seu consultório, para levá-lo aos hospitais, as comunidades terapêuticas, Hospital Dia. Hoje há, também, o desafio de tornar a nossa profissão mais ao alcance da população que não tem o acesso a esses trabalhos que são oferecidos. Não só na área clínica, mas na Escolar, Organizacional, principal desafio é de colocar a Psicoloé o tema da campanha do Dia do Psicólogo esse ano”. Registro profissional: o mais antigo x o mais recente Quem são e o que pensam os psicólogos com o registro profissional mais antigo e mais recente (na época de fechamento dessa matéria) do Paraná? Para responder essas perguntas foram entrevistadas as psicólogas com registros número CRP-08/00001 e CRP-08/14727. Em comum entre as duas: o fato de serem mulheres e morarem em Curitiba. Em agosto de 2009 o Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-08) completa 30 anos. Nessa reportagem especial, há informações sobre a trajetória do órgão de orientação e fiscalização dos Psicólogos do Paraná, as mudanças e, principalmente, avanços obtidos nesse período no que se refere aos campos de atuação do Psicólogo. Nessa matéria há um pouco de: história, dados sobre a categoria no Paraná, relatos de experiências profissionais de Psicólogos paranaenses e informações sobre os novos paradigmas que passam a nortear a formação acadêmica dos futuros Psicólogos. Histórico Com o surgimento dos Conselhos Regionais, após a criação do Conselho Federal de Psicologia pela Lei 5766/71, o Paraná passou a pertencer ao CRP-07, que abrangia os três estados do sul: PR, SC e RS. Na época o Paraná tinha, como representante no CRP07, a conselheira Psicóloga Pórcia Guimarães Alves (CRP-08/00019). Em 1979, com 495 profissionais atuantes na Paraná, o CFP criou o Conselho Regional de Psicologia – 8ª Região (CRP08), com jurisdição no Paraná. A instalação do CRP-08 aconteceu em 27 de agosto de 1979, numa solenidade realizada na Assembléia Legislativa do Estado. Enfim, é uma matéria comemorativa, com dois olhares simultâneos: para dentro e para fora do CRP-08. Afinal, só existe o Conselho, porque existem Psicólogos atuantes na sociedade paranaense. 18 contato A partir de então o CRP-08 é responsável pelo acompanhamento da Psicologia no Paraná e acolhe as demandas específicas decorrentes dos Psicólogos e sociedade paranaenses. CRP 08/00001 - O primeiro registro profissional de psicólogo pertence à Maria Júlia Trevizan. Formada em Psicologia pela PUCPR, em 1973, ela foi a primeira Presidenta do CRP-08. Gestões do CRP-08 Até o momento dez gestões estiveram à frente do CRP-08. A primeira, de 1979-1982, foi presidida por Maria Júlia Trevisan (CRP-08/00001). A segunda gestão, de 1982-1985, presidida por Nélio Pereira da Silva (CRP-08/00016). A gestão, de 1985-1988, teve como presidente João Baptista Fortes de Oliveira (CRP08/00173). A quarta gestão, de 1988-1992, foi presidida por Eduíno Sbaerdelini Filho (CRP-08/01418). Na sequência vieram as gestões “Ágora” que significa: “espaço de reunião democrática”, que, de 1992-1995 e 1995-1998, foram presididas pelo Psicólogo João Baptista Fortes de Oliveira (CRP08/00173), e de 1998-2001, pelo Psicólogo Vinício Oscar Kirchner (CRP-08/00751). As gestões ConexãoPsi foram presididas por Dionísio Banaszewski (CRP-08/4735), 2001-2004, e Raphael H. Castanho Di Lascio (CRP 08/00967), de 2004-2007. A atual gestão, 2007-2010, é presidida por João Baptista Fortes de Oliveira. Maria Júlia integrou, junto com outros 200 psicólogos paranaenses, o movimento nacional que reivindicou a criação do Conselho Regional de Psicologia do Paraná pois, até 1979, o Paraná, junto com Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fazia parte do CRP-07. Conforme dados da secretaria, o CRP-08 chega aos seus 30 anos com 9.391 psicólogos com o registro profissional ativo. A maioria são mulheres (89,53%, que corresponde a 8.408 profissionais) e atuam em Curitiba e região metropolitana (52,79%). Abaixo estão descritos o número de psicólogos registrados no Paraná, por região (sede, subsedes e setoriais): Curitiba (e região metropolitana) - 4.958; Londrina – 1.237; Maringá – 973; Umuarama – 307; Cascavel – 604; Campos Gerais – 217; Campo Mourão – 151; Guarapuava – 93; Foz do Iguaçu – 270; Sudoeste – 181; Norte Pioneiro – 100; Litoral – 63; Paranavaí – 123; e União da Vitória – 114. “Como fui empossada Presidente do CRP-08, foi me concedido o primeiro registro profissional de psicólogo do Paraná, para que eu tivesse autoridade legal para conceder os registros aos outros profissionais”, explicou Maria Júlia. A psicóloga trabalha na área organizacional, e desde 1975 ela tem uma empresa – Racional Recursos Humanos – em Curitiba, que atua com: Gestão de Pessoas; Gestão Organizacional; Educação Corporativa e Desenvolvimento Organizacional e Humano. “Eu trabalho com treinamentos comportamentais, fazendo avaliação de competências nas empresas, para isso eu busquei me aprimorar e fazer o meu diferencial na área organizacional. Por isso meu Mestrado foi em Gestão de Negócios e o Doutorado em Engenharia da Produção”, afirma a psicóloga. Por 32 anos ela foi professora da PUCPR, onde, por um período, assumiu a diretoria de Recursos Humanos, “numa organização contato 19 com cinco mil funcionários”, destaca. Em 2003 Maria Júlia assumiu o cargo de Diretora Geral do Hospital Universitário da PUC, uma experiência que lhe mostrou “que o Psicólogo pode chegar lá, pode assumir cargos de gestão. Hoje temos psicólogos diretores de RH, de grandes empresas, conquistando espaço junto aos administradores”. Atuando na área de negócios, ela admite que “a percepção, a leitura das pessoas, é a Psicologia que possibilita”. CRP 08/14747 - O mais novo registro do CRP-08, na época do fechamento dessa edição, era o de número 14747. O registro pertence à psicóloga Bruna Caroline Alves Wolf, de Curitiba. . Formação Acadêmica A Psicologia vem consistentemente se expandindo, nas ações de intervenção profissional. As Instituições de Ensino Superior, que trabalham na formação acadêmica dos futuros psicólogos, têm assumido o desafio de acompanhar as mudanças da área em função das mudanças da sociedade. Nesse sentido, vislumbrar a formação acadêmica atual é perceber o quanto ela mudou em relação àquela proporcionada há três décadas. Quem pode falar dessas mudanças é a psicóloga Roseli Deolinda Hauer (CRP-08/00134), de Curitiba, que acompanhou de perto várias alterações curriculares nos cursos de Psicologia, já que trabalha como docente no ensino superior há 32 anos. Nesse tempo Roseli atuou em três Instituições de Ensino Superior de Curitiba, na formação de profissionais psicólogos. Na PUCPR, de 1977 a 1983, ela assumiu a Direção Clínica e a coordenação de estágio; na Universidade Tuiuti, de 1979 a 2000, além da Direção Clínica e coordenação de estágio, ela foi a Coordenadora do curso e, posteriormente, do Departamento do curso de Psicologia. E, em 2000, assumiu a coordenação do curso de Psicologia da Faculdade Evangélica, cargo que exerce até hoje. A psicóloga analisa as mudanças curriculares, nos cursos de Psicologia, da seguinte forma: “no início, há 30 anos, as áreas priorizadas eram três: Psicologia Clínica, Organizacional e Escolar. No caso da Psicologia Clínica a abordagem era na terapia individual, dentro de um modelo elitizado, o atendimento de crianças, adolescentes, adultos privilegiando o consultório 20 contato Bruna, de 23 anos, formou-se em janeiro, pela Universidade Positivo. Ela pretende se especializar nas áreas clínica ou educacional, que são as que mais gosta e se sente segura. Bruna admite que o começo profissional não é fácil, “até começar a ter pacientes, a ser reconhecida na área em que eu vou me especializar, sei que vai ser difícil”. Mas a psicóloga demonstra estar bem determinada ao afirmar que: “eu sei que vou trabalhar numa das duas áreas, de minha preferência, e vou fazer o que posso para conquistar o meu espaço e ser reconhecida profissionalmente”. Ela, que desde maio desenvolve trabalho voluntário na Clínica de Psicologia da UNICENP, em Curitiba, recebeu a carteira de identidade profissional no dia 22 de maio, na sede do CRP-08. . como arte. Na área organizacional os psicólogos atuavam nas empresas no processo de recrutamento, seleção e gestão de pessoas. Já na área escolar, o interesse era muito voltado para a aplicação de testes, análise de interesses vocacionais, déficits de aprendizagem, atenção, percepção e memória (inteligência)”. Roseli comenta: “naquela época o Psicólogo era visto como um bom aplicador de teste, e o teste passou a representar poder para o psicólogo, pois era muito utilizado tanto na área organizacional quanto escolar. Mas, entre as três áreas priorizadas na formação, a clínica (nas abordagens: sistêmica, psicodrama e Gestalt Terapia), sem dúvida, era privilegiada no currículo”. de professores, através do qual foi avaliado o perfil que a comunidade esperava do Psicólogo. A partir desse estudo foram implantadas novas disciplinas como: Psicologia Escolar, Psicologia do Excepcional (hoje Portadores de Necessidades Especiais), Dinâmica de Grupo”. A psicóloga enfatiza que “na realidade atual nos deparamos com outros focos de atuação do Psicólogo: a violência física, psicológica, o abuso sexual, a negligência, o comportamento antissocial, o estresse, e todas as consequências que resultam deste processo. Por isso, na grade curricular de hoje, contemplamos também a Psicologia Judiciária, a Mediação de Conflitos, Abuso Sexual e Psicológico, Terapia Sexual e ainda Psicologia do Consumidor”. Roseli Hauer conclui afirmando que “hoje a formação contempla: a prevenção e promoção da Saúde; a interdisciplinaridade; a formação generalista; capacitação para o trabalho interdisciplinar; capacitação para coordenar grupos, para lidar com situações emergenciais e frente às catástrofes. E essa visão, da formação integral do aluno, deve ser o foco da capacitação na formação acadêmica”. Experiências Profissionais Hoje o psicólogo tem possibilidade de atuação em várias áreas. Nessa matéria quatro profissionais, dois de Curitiba, uma de Cascavel e outro de Londrina, que atuam em áreas distintas foram entrevistados e relataram suas experiências profissionais. Dois deles atuam em áreas tradicionais da Psicologia: Clínica e Organizacional e outros dois atuam em áreas que tem, entre outras, apresentado-se como novos campos de atuação para os psicólogos: Esporte e Social. Com o passar do tempo foram surgindo novas demandas sociais e a Psicologia foi tentando dar conta delas. A psicóloga comenta que “nos estágios os alunos começaram a demonstrar novas áreas de interesse. Por isso, no final dos anos 70, início dos anos 80, aconteceram os primeiros estágios na área de Psicologia Hospitalar, no Hospital Cajuru, em Curitiba; nessa mesma época passamos a desenvolver trabalhos na área de Psicologia Jurídica, seja intermediando conflitos, na Vara de Família, seja dando acompanhamento a pessoas que estavam em liberdade assistida. Nesse período também passamos a atuar, acompanhando nossos alunos, nos hospitais psiquiátricos, num contexto em que o psicólogo era visto como terapeuta ocupacional”. Psicólogo clínico: atendimentos de segunda a sexta-feira e envolvimento com grupos de vivência aos sábados. Há 36 anos essa tem sido a rotina do psicólogo Clínico Durval Lomba (CRP08/0004), de Curitiba. Ele fez parte da primeira turma de Psicologia do Paraná, que se formou em 73 pela Universidade Católica, hoje PUCPR. Atuante, aos 85 anos de idade, ele se autodefine como um “psicólogo conservador atualizado” e justifica: “eu sou conservador porque sigo os princípios básicos propostos por Freud e Jung, que atuavam a relação paciente num clima emocional rígido; e atualizado porque, profissionalmente, com o tempo, revi algumas posturas e busquei conhecimento em outras áreas. Eu passei a não ficar afunilado só numa direção, procurei adquirir um conhecimento vasto’’. Segundo Roseli Hauer, várias mudanças curriculares passaram a acontecer no final dos anos 80. “Nessa época, na Universidade Tuiuti, que era onde eu estava, houve mudanças a partir de um estudo, que durou dois anos, feito por um grupo Entre as mudanças na forma de trabalhar, como psicólogo clínico, Lomba destaca as seguintes: “antigamente havia uma superficialidade, se tinha pressa em dar um diagnóstico, de preferência na primeira sessão. Hoje a busca do diagnóstico já é o tra- tamento. No começo, o tratamento era restrito ao paciente, hoje, conforme a necessidade, as pessoas envolvidas com o paciente também se envolvem no tratamento”. Atendendo todos os dias, Lomba faz questão de ver o mesmo paciente duas vezes por semana, pois, segundo ele “uma vez por semana é conselho; muito superficial. Nosso papel não é esse. Duas vezes por semana, no mínimo, permite que o paciente traga um clima emocional de angústia. Abaixar a angústia é não trazer o emocional”. No tratamento de seus pacientes, Lomba enfatiza que procura dar condições do paciente, perceber o real. O doente é aquele que não percebe o real, vive num mundo subjetivo, de fantasias. Se você não percebe o real, como é que você vai viver ?”. Lomba critica a onda contemporânea que considera “a doença uma moda, como a do pânico, do bipolar, do depressivo, enfim todo mundo se autodefine dessa maneira, mesmo não sendo. Há uma influência da sociedade nesse diagnóstico”. O psicólogo clínico se diz realizado profissionalmente e declara “eu amo o que faço, a Psicologia é a minha vida, é o que eu sei fazer. E se você vier me perguntar se eu, com a minha idade, penso em parar de trabalhar, eu vou te responder: Eu? Nem pensar!”. Atendendo numa clínica, no Bairro São Lourenço, em Curitiba, Lomba destaca o fato de ter tratado gerações. “Hoje atendo netos dos meus primeiros pacientes. Sou indicado pelos ex ou atuais pacientes; e só atendo quatro pessoas por dia, todos os dias da semana”, conta. Lomba, que também foi professor na Universidade Federal do Paraná, na PUCPR e na Faculdade Tuiuti, dá um conselho aos novos psicólogos: “atualizem-se, estudem, aprendam a desenvolver nas pessoas o desejo, e conheçam outras áreas, Filosofia, Sociologia, e por que não.... poesia?”. Psicólogo Organizacional: formado pela PUCPR, Dante Ricardo Quadros (CRP-08/00038) atua na área de Psicologia Organizacional há 36 anos. Como optou por atuar nessa área, num tempo em que a formação acadêmica era bem mais focada na área clínica, Quadros buscou conhecimento para entender o ambiente empresarial, fez Mestrado em Administração de Empresas e Doutorado em Engenharia da Produção. contato 21 Ele explica que, atualmente, o psicólogo na área organizacional tem quatro possibilidades de atuação: pesquisador (estuda o comportamento no ambiente de trabalho); desenvolvimento de programas de RH (recrutamento e seleção, desempenho, treinamento, etc.); direção de Recursos Humanos (estratégias de gestão de pessoas); e consultor (interno ou externo a empresa; aquele que faz diagnóstico, trabalha com a inteligência organizacional, atuando em nível estratégico com dirigentes e gestores da entidade). Foi justamente no trabalho de consultoria que Quadros direcionou a sua atuação profissional. Hoje ele presta consultoria a grandes empresas, fazendo intervenção na organização e com os indivíduos, por meio de coach. “Eu gosto de atuar nas empresas, onde existe um ambiente dinâmico, desafiador, e, nesse ambiente, de acordo com o problema, vou ter um foco de atuação e uma metodologia específica de intervenção”, explica. O psicólogo lembra que, nos anos 70 e 80, “o que se tinha era uma Psicologia de testes, de psicotécnicos, em que, na então ‘área industrial’, o psicólogo atuava como um aplicador de testes. Só depois dos anos 90 é que se consolidou, no Brasil, o termo ‘organizacional’. Hoje o desafio é descobrir como podemos trabalhar melhor com as pessoas, de maneira saudável e com resultados para as organizações”. Quadros destaca que no início da carreira também fazia recrutamento e seleção. “Naquela época eu apenas fazia o processo seletivo, enquanto que hoje eu trabalho processos grupais e de liderança, coach, e portanto com os diversos níveis executivos das organizações”. Entre as mudanças de enfoque, na área de Psicologia Organizacional, o psicólogo avalia que, há pouco tempo, a preocupação era trabalhar com motivação do empregado, depois passou-se a falar em comprometimento e, agora, a tendência é que se trabalhe com as múltiplas dimensões do “engajamento” do quadro funcional. O psicólogo organizacional defende que, hoje, as empresas precisam trabalhar com o conceito de autogerenciamento “que favorece a autorealização do indivíduo”. “As pessoas necessariamente não precisam de chefes, elas podem e sabem o que tem que fazer. E, mais ainda, as organizações contemporâneas deveriam adotar o princípio da valorização da competência, e não de cargos. É preciso investir no desenvolvimento das pessoas e no bem-estar delas para que, por meio do trabalho, elas também se realizem”. Quadros afirma que o trabalho do Psicólogo Organizacional “tem um cunho social muito forte. É uma visão transfor- 22 contato madora da realidade, afinal, como psicólogo, sempre voltado para as questões do ser humano”. Ao final da entrevista o psicólogo, que também atua como docente em cursos de pós-graduação e MBA, na FAE, em Curitiba, e outras instituições no Paraná, falou: “no começo de carreira eu não me sentia tão energizado. Hoje, com todas as possibilidades que a área organizacional oferece e com as constantes mudanças que o mundo empresarial apresenta, esse desafio me fascina e, por poder trabalhar com as pessoas, me sinto privilegiado. Como psicólogo organizacional sou realizado profissionalmente”. Dante R. Quadros: “Como psicólogo organizacional sou realizado profissionalmente”. Psicólogo do Esporte: formado pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina (Cesulon), hoje Universidade Filadélfia (Unifil), em 1992, especialista em Psicologia Clínica e Psicanálise e Mestre em Educação, Fernando Barroso Zanluchi (CRP08/05039) optou em trabalhar na área de Psicologia do Esporte, que prefere chamar de “Psicologia no Esporte”. Ele explica: “não penso que exista uma Psicologia do esporte, outra do trabalho, outra da família, etc., acredito existir a Psicologia do ser humano e das relações que estabelece em sua vida, pois a maneira como se comporta em cada situação de sua vida segue leis básicas”. O psicólogo, de Londrina, começou a trabalhar na área do esporte em 2000, quando foi convidado a realizar um acompanhamento psicológico junto às atletas da Equipe Brasileira de Ginástica Rítmica, que treinavam nas dependências da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR). Ele explica que “o convite ocorreu devido ao fato de após a conquista da medalha de Ouro nos jogos Pan-Americanos de Winnipeg no Canadá em 1999, as atletas estavam apresentando um rendimento muito abaixo do esperado em outras competições. Aconteciam erros nas competições que não ocorriam nos treinos, o que caracterizava problemas de origem emocional”. Esse trabalho foi realizado até 2005. Paralelo a isso, durante o ano de 2002, Zanluchi foi convidado a integrar a equipe de trabalho da seleção Brasileira de Tae-kwon-do. O trabalho foi desenvolvido de outra maneira, já que o Tae-kwon-do é um esporte individual. O psicólogo explica que “devido a isso, ocorrem trabalhos em grupo e trabalhos individualizados, que se dão na Academia onde os atletas treinam e em meu consultório. Há ainda palestras junto a treinadores sobre os aspectos emocionais presentes em atletas, crianças, adolescentes e adultos, e o efeito do vínculo emocional com os treinadores no desempenho”. Este trabalho continua sendo desenvolvido pelo psicólogo, em Londrina. Entre os desafios, para os psicólogos que atuam na área do esporte, Zanluchi destaca os seguintes: “a ausência de referencial teórico, de base psicanalítica; conseguir que entendam o mundo da Psicologia, ou seja, o mundo da subjetividade, num local onde reina a objetividade, o concreto, os números e os resultados visíveis e totalmente mensuráveis; trazer a atenção de atletas e treinadores para os aspectos mentais, pois por motivos lógicos, todas as atenções estão centradas no corpo, em sua resistência, agilidade, saúde, peso, aptidão, etc; e a urgência dos resultados do trabalho psicológico. Geralmente, quando me procuram, é porque existe uma demanda com um prazo muito curto para ser resolvida, por exemplo: ‘tal seletiva é daqui a duas semanas e eu não consigo perder peso; ou a semifinal é em um mês e eu estou me machucando constantemente nos treinos...’, esta é uma desvantagem para a Psicologia, que não funciona muito bem em urgências”, exemplifica. Ao ser questionado se, como psicólogo que atua na área do esporte, ele se sente realizado profissionalmente, Zanluchi respondeu: “não posso dizer que me sinto realizado, sendo que ainda há muito o que fazer. Certamente gosto muito do que faço. Sinto-me, isso sim, realizando-me, descobrindo coisas novas a cada dia, vendo que posso corrigir erros e melhorar a cada nova descoberta, a cada novo resultado alcançado. É difícil sentir-me realizado, no sentido pleno do termo, trabalhando nesta profissão que, diariamente, depara-se com algo novo; afinal lido com gente e não há nada mais intrigante, imprevisível e instigante do que a mente humana”. Psicóloga Social: formada pela Universidade Católica de Pelotas, no Rio Grande do Sul, em 1993, a psicóloga Siderea Daunis Ferreira (CRP-08/05659), de Cascavel, teve, entre os anos de 1998 e 2002, uma experiência profissional marcante na área de Psicologia Social. Ela atuou no Projeto de Reassentamento, trabalhando junto às famílias que foram desapropriadas e reassentadas em outra localidade, pois tiveram suas terras alagadas em decorrência da construção da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias, no Rio Iguaçú, região sudoeste do Estado. Siderea relata que com a barragem, 1.443 famílias foram atingidas, destas 600 foram para os reassentamentos localizados na região oeste e sudoeste do Paraná. Ela trabalhou diretamente com os agricultores reassentados, integrando uma equipe interdisciplinar, da qual faziam parte: duas assistentes sociais, uma enfermeira, uma pedagoga, dois veterinários, agrônomos e técnicos agrícolas. Siderea Ferreira: “o trabalho junto às famílias reassentadas, foi uma experiência profissional marcante na minha vida”. No período de 1998 a 2002, em que foi contratada pela Comissão Regional dos Atingidos pela Barragem de Salto Caxias (Crabi) para realizar o trabalho, a psicóloga realizou as seguintes atividades: formação da equipe técnica para desenvolver trabalhos de grupos com os agricultores; formação de lideranças (jovens/mulheres/homens); formação dos grupos de produção; visitas domiciliares; discussões junto ao poder público, de projetos de educação e saúde para os reassentamentos; e apoio psicossocial às famílias antes, durante e após reassentamento. A psicóloga relata que essa foi uma experiência marcante, na sua vida profissional, e justifica: “eu tive a oportunidade de acompanhar as famílias ainda na beira do rio e perceber que as mesmas viviam de maneira simples, sendo que a relação com a terra estava associada às suas raízes”. Ela complementa: “essa ligação com o passado não muito distante fez com que várias pessoas apresentassem dificuldades de enfrentarem as transformações decorrentes da construção de barragem, mesmo sabendo que as mudanças poderiam representar uma melhora nas condições financeiras”. Expansão Fernando Zanlucchi: “não posso dizer que me sinto realizado, sendo que há muito o que fazer”. O desafio do CRP-08 nesses trinta anos e que segue, daqui para frente, é o de acompanhar, ao mesmo tempo, a expansão da Psicologia e as novas demandas sociais.3 contato 23 contatoentrevista CRP x Sindicato: Distintas Atribuições Uma dúvida comum, entre estudantes e alguns profissionais de Psicologia, é saber diferenciar as atribuições do Conselho Regional de Psicologia e do Sindicato dos Psicólogos. A sugestão de que a Revista Contato contemplasse o assunto no intuito de esclarecer a diferença das duas instituições surgiu na reunião Plenária em Maringá (dia 21 de março). Nessa edição foram entrevistados o Presidente do Conselho Regional de Psicologia da Paraná (CRP-08), João Baptista Fortes de Oliveira, e o Presidente do Sindicato dos Psicólogos do Paraná, Rubens Marcondes Weber (CRP-08/04009). As entrevistas abordam as dúvidas mais freqüentes em relação as funções do CRP e do Sindicato dos Psicólogos. Entrevistado CRP- 08: João Baptista Fortes de Oliveira - Presidente do Conselho Regional de Psicologia do Paraná Contato: Qual é a função do Conselho Regional de Psicologia? João Baptista: A função principal do CRP é de regulamentar o exercício profissional, então ele organiza e regulamenta o exercício. Contato: Como o Conselho faz esse trabalho de regulamentação? J. B.: Essa regulamentação, na realidade, vem fundamentada em duas leis: a 4.119, que trata da formação acadêmica, e a 5.766 que cria o Conselho Federal e os conselhos regionais e estabelece como eles se compõem e como devem atuar. Além dessas leis, às vezes, sente-se a necessidade de regulamentar questões que não estão previstas na lei, então são baixadas resoluções, pelo Conselho Federal - quando é uma questão que afeta a toda a categoria no Brasil, e pelos regionais - para regulamentar alguma dificuldade regional. As resoluções nacionais são discutidas na APAF- que é a Assembléia de Políticas Administrativas e Financeiras, e as resoluções regionais são discutidas nas plenárias, que representam a instância máxima de cada conselho regional. Contato: Além de zelar pelo cumprimento das legislações que se referem ao exercício profissional, o CRP-08 também mantém outras iniciativas que têm o intuito de orientar a categoria? J. B.: Nós optamos por realizar encontros, como o I Encontro Paranaense de Psicolo- 24 24 contato contato João Baptista Fortes de Oliveira Presidente do CRP-08 gia, para falar das questões técnicas, pois pensamos que isso era uma forma de estar orientando, tecnicamente, também os profissionais. No começo, tivemos algumas resistência, porque alguns entendiam que não era função do conselho essa orientação técnica. E o CRP-08 foi meio que o pioneiro nisso, porque fazia essa leitura ampla, no sentido de orientação, não só orientação das leis, mas também do exercício profissional. E hoje, essa orientação técnica já é uma prática do próprio Conselho Federal e dos conselhos regionais. entendem até como uma contribuição tri- Contato: O Conselho também tem optado por incentivar o debate e a qualificação dos psicólogos, seja promovendo ou apoiando eventos que tenham esses propósitos? de do Conselho? butária, que é a anuidade para manutenção do sistema do Conselho. Esse Conselho recebe a delegação do Estado para fiscalizar o exercício do profissional, porque todo o profissional que tenha a sua profissão regulamentada, depois de ter terminado a faculdade, está apto a exercer uma profissão, mas ele só pode exercê-la depois de registrar-se no seu conselho profissional. Contato: E é justamente o pagamento dessa anuidade que possibilita toda a ativida- J. B.: Isso, o Conselho, não recebe verba governamental. O que sustenta o Conselho, realmente, são, principalmente, as anuida- J. B.: Entendemos que o Conselho podendo atuar livre, incentivando, participando, fazendo as grandes parcerias, seja lá de que forma for, está ajudando a qualificar o profissional. Com isso, serão menos processos éticos, os atendimentos dos profissionais serão melhores e o Conselho estará cumprindo melhor a sua função. É preciso entender que o Conselho não é um órgão representativo da categoria, como é o sindicato, ele é um órgão que fica entre a categoria e o usuário, então ele não é para defender o psicólogo, ele é para defender o exercício profissional. des e, depois, a cobrança de outras taxas Contato: O CRP cobra alguma taxa dos Psicólogos? Elas são obrigatórias? basta entrar em contato com os coordena- para emissão de alguns documentos. Contato: Como o psicólogo faz para participar do Conselho? J. B.: Nós mantemos várias comissões temáticas, como: Hospitalar, Trânsito, Ambiental, de Direitos Humanos, Jurídica, Tanatologia, Gerontologia, Organizacional, Avaliação Psicológica, Científica, Escolar/ Educacional, Esporte e Dependência Química. Para participar dessas comissões, dores, que apresentam o nome dos interessados na reunião plenária, para fins de co- J. B.: Sim. Na verdade, a cobrança não é uma taxa, é uma contribuição que alguns nhecimento. O interessado tem que estar com o registro ativo no CRP-08 Rubens Marcondes Weber Presidente do Sindypsi. Entrevistado SINDYPSI: Rubens Marcondes Weber - Presidente do Sindicato dos Psicólogos do Estado do Paraná Contato: Qual é a função do Sindicato dos Psicólogos? Rubens Weber: Conforme estabelece nosso estatuto, a função precípua do Sindicato é a representação legal da categoria dos Psicólogos, quer perante às autoridades administrativas e judiciárias, quer perante às empresas celebrando, elegendo ou designando representantes, fixando contribuições, promovendo atividades técnicas e colaborando com o Estado, como o órgão técnico e consultivo no estudo e solução de problemas que se relacionem com a categoria. O Sindypsi existe para organizar e defender os interesses da categoria nos assuntos trabalhistas. Contato: Quais são as principais questões trabalhistas nas quais o Sindypsi tem lutado por avanços? R.W.: Questões salariais; jornada reduzida; insalubridade; lutas permanentes de manutenção e ampliação de mercado de trabalho para os psicólogos; acompanhamento com outras entidades de trabalhadores junto ao congresso; assembléias quanto aos projetos que retiram os direitos dos profissionais, a exemplo do veto atual que permite a contratação de PJ, e não mais a carteira assinada; e outras lutas junto com a entidade de categoria predominante em que os psicólogos são minoritários, etc. Contato: Existe alguma determinação, atualizada (2009), no que se refere ao piso da categoria no Paraná? R.W.: Não. Os pisos oriundos das convenções coletivas em 2009 ainda não foram fixados. Contudo, sempre que possível, garantindo-se a flexibilidade necessária, regula-se pelo mercado de trabalho, assim como os anos anteriores, firmamos acordos coletivos e convenções garantindo os mesmos direitos aos psicólogos nos locais onde estes atuam com vínculo. O que nós divulgamos, inclusive no site do Sindypsi, e que usamos como valor de referência, é um Projeto de Lei (1858/91), que, portanto, não tem peso de lei, que, naquela época, propôs o piso de R$ 1.100,00 (mil e cem reais) para 30 horas semanais de jornada de trabalho. Contato: Existe alguma cobrança de taxa, por parte do Sindypsi? O pagamento dela é obrigatório? R.W.: Sim, existem. Porém, estas não devem ser confundidas com a taxa paga ao CRP, que é paga para que o Psicólogo esteja habilitado ao exercício da profissão. Ao passo que as contribuições sindicais decorrem do efetivo exercício da profissão. A Contribuição Sindical, estabelecida pelos artigos 149 da Constituição Federal e 579 da Consolidação das Leis do Trabalho, é de caráter obrigatório, cobrada anualmente de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não. Contato: Interessados podem participar do Sindicato? Se sim, de que forma? R.W.: Os psicólogos podem e devem participar, pois o Sindicato é a casa do Psicólogo. A forma de participar é interagir com o Sindicato, através do Site, mantendo sugestões, dando opiniões, participando das reuniões. Para isso não existe nenhuma taxa extra.3 psicólogodasilva nascomissões Essa nova editoria da Revista Contato vai trazer informações sobre o que as comissões do CRP-08 estão discutindo. Nessa edição estão sendo divulgadas atividades de cinco comissões, que atuam na sede do CRP-08, e uma comissão por subsede. Nas próximas edições outras comissões serão contempladas. SEDE Gerontologia Com o propósito de trabalhar os desafios da Psicologia em relação ao envelhecimento e pensar na inserção do CRP-08, nas discussões referentes às Políticas Públicas voltadas para a população idosa, foi criada, no CRP-08 a Comissão de Gerontologia. A primeira reunião da mais nova comissão do CRP-08 aconteceu no dia 15 de abril. Calendário de reuniões em estruturação. Escolar/Educacional Reuniões semanais, 5ª-feira às 19h. Organização de Jornadas de Psicologia Escolar/Educacional previstas para acontecer nas setoriais de Foz do Iguaçu, Norte Pioneiro, Campos Gerais, Litoral e Sudoeste; e nas subsedes de Umuarama e Londrina. A comissão também está realizando encontros com subsedes e setoriais para discussão da Lei 15075, que obriga as escolas da rede pública do estado a ter um psicólogo; e trabalha na revisão do caderno de Psicologia Escolar/ Educacional – fechamento do ano da educação - encaminhamentos, etc... A coordenadora participou de uma mesa-redonda para os alunos da Universidade Tuiuti, em Curitiba, versando sobre suicídio e de outra mesa em Maringá, no Congresso Internacional de Psicologia, com o tema “Morte, Espiritualidade, Saúde Mental e Psicologia: relações pertinentes”. Uma das colaboradoras também participou de um evento na Universidade Tuiuti, fazendo um trabalho de acolhimento junto a uma turma específica de Psicologia, que sofreu a perda de dois alunos em um único mês. Vários dos colaboradores desenvolvem trabalhos pessoais, acadêmicos ou não, na área de Tanatologia. Tais trabalhos também fomentam a discussão do tema nas reuniões da comissão. SUBSEDES Comissão de Estudantes - Londrina (PR) Reuniões acontecem quinzenalmente. A Comissão está participando dos eventos oferecidos pelas demais comissões e discutindo temas relacionados à formação do psicólogo. Ambiental Reuniões quinzenais, 2ª-feira às 19h. A Comissão de Psicologia Ambiental fez uma avaliação da Jornada de Psicologia Ambiental, realizada nos dias 8 e 9 de maio. A Comissão também está construindo o Plano Contingencial de atendimento às Emergências e Desastres e realizando a coleta de informações preliminares para a elaboração do Caderno de Psicologia Ambiental para o CRP-08. A Comissão recebeu visita de alunos da PUCPR e passou a contar com uma nova colaboradora que trabalha naquela Instituição de Ensino Superior. Comissão de Psicologia Hospitalar - Maringá (PR) Reuniões mensais, na última 5ª-feira do mês às 18h30. A Comissão está discutindo como a Psicologia Hospitalar pode desenvolver programas para cuidar de equipes profissionais de saúde nos hospitais; Hospitalar Reuniões mensais, primeira 5ª-feira do mês às 9h. A Comissão está discutindo sobre a necessidade de maior integração dos psicólogos hospitalares do interior, sobre as condições de trabalho do psicólogo hospitalar e a importância da participação dos psicólogos hospitalares de Curitiba. A Comissão também está trabalhando na organização do IX Fórum de Psicologia Hospitalar que vai acontecer no dia 14 de novembro, no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Comissão Organizacional - Umuarama (PR) Reuniões quinzenais, nas 4ªs feiras, às 19h A Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho de Umuarama quer fazer um levantamento de quantos profissionais atuam nessa área, na região da subsede. A comissão também está se programando para, no segundo semestre realizar parcerias com instituições como Associação Comercial, Sebrae, etc; além de fazer contato contato com os empresários que conheçam o trabalho do psicólogo da POT para que possam realizar um relato do trabalho do psicólogo na sua empresa. Tanatologia Reunião mensal, na segunda terça-feira do mês, às 19h30. A Comissão produziu a resenha do filme “Quem quer ser um milionário?”, ganhador do Oscar, mostrando os lutos nele envolvidos. DEMAIS COMISSÕES Comissão Organizacional - Cascavel (PR) Reuniões quinzenais, nas 5ªs feiras, às 19h30. O assunto no grupo de estudos da Comissão de Organizacional de Cascavel é a inclusão de pessoas com deficiência nas organizações. As informações sobre as outras comissões que funcionam na sede e nas subsedes estão disponíveis no site do CRP-08. 3 A Psicologia que nos fez Por Tonio Luna (CRP-08/07258) Em 1939 minha vó, grávida de minha mãe, cruzava o Atlântico a bordo do navio Lloyd Santarém. Vinham, ambas em águas tranquilas, da Alemanha para o Brasil. Meu avô ficaria por mais um mês para vender a casa e viria no navio seguinte. Neste mês que se seguiu a guerra foi deflagrada e ele nunca mais veio. Foi convocado e morreu no quarto ano de guerra. A casa foi bombardeada e pouco sobrou. Minha mãe nasceu em Joinville e viveu lá até os 15 anos. Nesta idade, já morando e se sustentando sozinha, entrou em um ônibus e foi para São Paulo em busca de sua mãe que a deixara para buscar um emprego melhor. Lá as duas se encontraram definitivamente e se mudaram para o Rio de Janeiro. Nas horas de folga ela colocava suas calças e andava de lambreta (conta a lenda que foi uma das primeiras mulheres a fazer isto no Rio), escalava as montanha como o Pão de Açúcar e o Dedo de Deus e frequentava os bailes. Em um destes conheceu um bahiano que se tornaria pouco depois meu pai. Há poucos dias atrás ela escalou seu pico mais alto, já resolvida a não mais voltar. Por conta desta história e seus recheios minha irmã e eu chegamos à psicologia, profissão esta que por vezes de alpargatas roda, como fazia minha mãe, sobe novas e íngremes montanhas. 3 Dedicada a Traudl Dorrenbach Luna que, dentre tantas coisas era nossa mãe. 26 contato contato 27 contatoartigo Trajetória da Psicologia e do Sistema Conselhos de Psicologia: Breves considerações Adriana Tie Maejima (CRP-08/07885) Psicóloga pela UFPR, atuação em Psicologia Social. 27 de agosto de 1962: marco histórico que regulamenta a profissão do psicólogo. Em 2009, a Psicologia fará 47 anos de regulamentação no Brasil, mas sua origem remonta há mais de um século considerando o período denominado “científico”. No entanto, se o estudo da “alma” refere-se às indagações do ser humano sobre a sua existência e o mundo, a Psicologia iniciou-se com o pensamento grego há seis séculos a.C. que originou a filosofia1 (CHAUÍ, 2000), mãe de todas as ciências. Retomando a Psicologia no Brasil, na década de 60, seu nascimento não ameaçou o regime autoritário, pois a concepção de ciência adotada assumiu o modelo biológico, cujo objeto de estudo – o homem - deveria ajustar-se da melhor maneira possível enquanto indivíduo na sociedade (CAMBAÚVA, SILVA & FERREIRA, 1998). Para elucidar esse período histórico, segue o entendimento das autoras citadas acima: a Psicologia então, surge das elites acadêmicas intelectuais e vem atender aos imperativos do mercado de trabalho pautados na racionalidade e produtividade, sustentando o modo de produção capitalista, contribuindo para adaptar o homem ao sistema dominante vigente. A formação do psicólogo estava comprometida também com uma política educacional brasileira que atendia o plano econômico nacional e sofria efeitos repressores no período do governo militar. O estudante de Psicologia que poderia estar atuando como agente de transformação social no momento histórico mais crítico do país, era reduzido a um sujeito passivo, alheio ao momento histórico e dependente de saberes envolvidos na manutenção do status quo. Naquela época, a Psicologia clínica ganhou status pelo fato de aceitar que as perturbações mentais eram de responsabilidade apenas do indivíduo e que a ele caberia procurar ajustar-se à normatização social, desconsiderando sua relação com o meio. Reproduzia-se então, uma prática da Psicologia a-crítica, a-histórica, despolitizada, extremamente elitizada e alienada ao crescimento econômico favorecedor de pequenos grupos vinculados ao poder dominante e à lógica do capital (PEREIRA apud CAMBAÚVA, SILVA & FERREIRA, 1998, p.212). Sem desconsiderar sua origem, a Psicologia foi sendo construída à medida que os homens foram construindo a si (subjetividade) e o “mundo”. Em sua dimensão histórico-social, a Psicologia pode ser considerada uma criação humana que segue a evolução de concepções de ser humano e de mundo dialeticamente com outras ciências dentro de determinados contextos: histórico, social, cultural, ideológico, econômico e político. 28 contato A Psicologia através de novas descobertas, especialmente nos anos 90, avançou na quebra de paradigmas juntamente com outros campos da ciência2 (inclusive, das ciências ditas “puras”: a física, a química, a biologia), revolucionando a maneira de entender as epistemologias (MORIN, 1991). A Psicologia ampliou sua concepção de homem e de mundo, contribuindo mais e melhor nas suas áreas de atuação (nas instituições jurídicas, de saúde, de ensino etc.). Entender o que abrange a Psicologia supera o estudo de teorias, técnicas e procedimentos nas áreas em que o psicólogo é solicitado. Atuar profissionalmente em Psicologia exige posicionamentos do profissional enquanto pessoa/cidadão perante o mundo, inserido na história; envolvido na produção do conhecimento e constantemente na avaliação e ampliação deste, buscando parâmetros científicos e sistematização de práticas a partir de uma ética reflexiva constante sobre a atuação profissional e implicação com as mudanças necessárias através de ações políticas para e com a categoria e outros profissionais, democratizando serviços de qualidade. Atualmente, a contribuição da Psicologia é inexorável à formulação e execução das políticas públicas, já que não se encontra mais alheia ao processo histórico, social e político do país e do mundo. Dessa forma, sua atuação possui um diferencial nas instituições atuais: ela oferece um olhar e uma escuta qualificada das demandas sociais cuja concepção de ser humano supera as dicotomias - mente/ corpo, indivíduo/coletivo, racional/emocional que considera: 4 A complexidade do ser humano e sua vida em sociedade (MORIN, 1991), que influi e é influenciada por ela, inserido em uma determinada cultura, na qual transforma e é transformado por ela, dentro de determinada organização política, na qual participa ou é mero observador e sofre os efeitos de sua omissão, alheio ou não às determinações macroeconômicas; E concomitantemente, considera: 4A singularidade de cada ser humano e sua subjetividade (que constrói o mundo material e social e é construída a partir destes) no encontro com a alteridade. Por isso, a Psicologia com mais de um século de aprimoramento de teorias científicas à luz da complexidade do ser humano, se prepara e assume o desafio de contribuir nas diferentes áreas de atuação, mesmo sabendo que essa complexidade confirma a incerteza da ciência3 (MORIN, 1991). A Psicologia passa, então, a apostar no investimento da busca da transdisciplinaridade (MORIN, 2000), pois seguindo a coerência de novos paradigmas, o psicólogo não ousa praticar seu conhecimento de forma isolada, mas trabalha interdisciplinarmente na construção de novos saberes não-hierarquizados, mais capazes de atender os problemas humanos contemporâneos. A Carta da Transdisciplinaridade4 (1995), em seu artigo 5º declara que “a visão transdisciplinar é deliberadamente aberta na medida em que ela ultrapassa o domínio das ciências exatas pelo seu diálogo e a sua reconciliação não somente com as ciências humanas mas também com a arte, a literatura, a poesia e a experiência interior”. Em seu artigo 13 º, afirma que “a ética transdisciplinar recusa toda a atitude que rejeita o diálogo e a discussão, de qualquer origem - de ordem ideológica, científica, religiosa, econômica, política, filosófica. O saber partilhado deve conduzir a uma compreensão partilhada, fundada sobre o respeito absoluto das alteridades unidas por uma vida comum numa única e mesma Terra”. deral de Psicologia (CFP), na formação de um projeto social, buscando superar seus interesses corporativos (WAENY & AZEVEDO, 2003). Os psicólogos do Paraná que no início eram ligados ao CRP07 – Região Sul (PR, SC e RS), em 1979, com 495 psicólogos, formaram o CRP-086, com jurisdição no Paraná (WAENY & AZEVEDO, 2003). Desde então, orienta, disciplina e fiscaliza a profissão do psicólogo em consonância com um projeto de sociedade mais justa e igualitária por meio de ações políticas que visam legitimar o Estado Democrático de Direito. Abaixo, alguns exemplos da atuação do Sistema Conselhos de Psicologia7: Num exemplo comparativo, há pouco tempo atrás, o psicólogo possuía a tarefa de “decifrar” a mente humana - o fenômeno psicológico e resolver conflitos existenciais individuais ou dar conta do que se denominou “loucura”, muitas vezes relacionada ao processo de exclusão familiar e social daquele que se mostrava “diferente” ou fora dos padrões de comportamentos aceitos pela maioria. Hoje, a Psicologia promove campanhas contra qualquer forma de exclusão social, entendendo que o ser humano precisa e deve ser cuidado de forma devida e é sujeito de direito. 4Está presente na luta anti-manicomial que completará 21 anos (em 18 de maio/09); 4Tem buscado a legitimação do Estatuto da Criança e Adolescente que comemora 19 anos (em 13 de julho/09); 4Manifesta-se contra a redução da maioridade penal, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente e à Carta Política de 1988; 4Apóia e está junto dos movimentos sociais pela Democratização da Comunicação; 4Realiza moções, campanhas, notas de repúdio em prol da defesa dos Direitos Humanos; 4Participa efetivamente dos conselhos de direitos e de controle social nas instâncias municipais e estadual; 4Acompanha, avalia e posiciona-se em relação às proposições de leis em trâmite no Congresso Nacional de repercussão em suas áreas de atuação e afins. Com a criação do Sistema Conselhos de Psicologia em 1971 (Lei n.º 5766/71) e a 1ª eleição em 1973, os profissionais psicólogos passaram a se fortalecer enquanto categoria. A partir da primeira Constituição Cidadã5 (MARCHI, 2008), que inaugurou o processo de redemocratização do país e a inclusão do dispositivo congressual, a participação democrática culminou na deliberação do compromisso do Conselho Fe- Ao se considerar a história da Psicologia e do Sistema Conselhos de Psicologia, é perceptível que muito já foi e está sendo feito. No entanto, ainda falta muito a fazer. A luta é diária e exige continuidade de empenho e variadas formas de participação dos psicólogos, dos colaboradores do Sistema Conselhos de Psicologia e dos novos colaboradores8 que estão ainda por vir e fazer história.3 NOTAS BIBLIOGRAFIA 1 Filosofia ocidental – 1º filósofo conhecido: Tales de Mileto (nasc. em CAMBAÚVA, Lenita Gama; SILVA, Lúcia Cecília da. Ferreira, Waterlice. Reflexões sobre o estudo da História da Psicologia. Estudos de Psicologia, 3 (2), pp 207-227, 1998. Disponível em: <http:// www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X1998000200003>. Acesso em 29 de julho de 2008. CARTA DA TRANSDISCIPLINARIDADE. MORIN, Edgar; FREITAS, Lima de; NICOLESCU, Basarab. Portugal: Convento da Arrábida, 6 de Novembro de 1994. Disponível em: <http://www.redebrasileiradetransdisciplinaridade.net/file.php/1/Documentos_da_Transdisciplinaridade/Carta_da_ Transdisciplinaridade_1994_-_I_Congresso_Mundial_da_TransD.doc>. Acesso em 20 de julho de 2008. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 7. ed. 2. reimp. São Paulo: Ática, 2000. MARCHI, Carlos. A Carta que blindou a democracia brasileira. Disponível em: http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac251796,0.htm. São Paulo: Estado de São Paulo, 02 out. 2008. Nacional. Acesso em: 07 out. 2008. MORIN, Edgar. Introdução ao Pensamento Complexo. Lisboa, Instituto Piaget, 1991. ____________. A Cabeça Bem-Feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2000. WAENY, Maria Fernanda Costa; AZEVEDO, Mônica Leopardi Bosco de. Sistema Conselhos de Psicologia: 30 Anos de História. In: FURTADO, Odair (org.). Edição comemorativa, CFP, 2003. 624/625 a.C.). 2 Firmadas em determinações positivistas a partir de um pensamento linear e reducionista que conferiam conhecimento absoluto (de realidades parciais) em relação ao fenômeno observado. 3 A própria ciência revela que há fenômenos que não consegue explicar. 4 Carta da Transdisciplinaridade de autoria de Edgar Morin, Basarab Nicolescu e Lima de Freitas redigida no 1º Congresso Mundial sobre a Transdisciplinaridade (Portugal, 1994). 5 Considerada cidadã por ser a única vez que começou a ser feita coletivamente a partir do zero - todas as outras nasceram de propostas construídas por juristas notáveis. 6 Resolução Nº 12/79 do CFP – a instalação do CRP 08 ocorreu em 27 de agosto de 1979. 7 Que comemorou efetivamente 35 anos em 20 de dezembro de 2008, considerando o 1º Plenário eleito do CFP, por 20 associações de Psicologia, convocadas pelo Ministério do Trabalho em 1973. O CRP-08 Paraná faz parte do Sistema Conselhos de Psicologia que abrange o Conselho Federal de Psicologia e outros 17 Conselhos Regionais distribuídos por Estados e/ou regiões que possuem funções primordiais de orientar e fiscalizar o exercício e as atividades da profissão de psicólogo, zelando pela fiel observância dos princípios éticos e disciplinares da classe. 8 Entre em contato com o CRP-08 e saiba como participar. http://www.crppr.org.br / Sede Central Curitiba: (41) 3013-5766 contato 29 matériacontato Clínicas credenciadas no DETRAN: como estão funcionando? A segunda reportagem da série Credenciamento de Clínicas no DETRAN, mostra como algumas clínicas credenciadas, no Paraná, estão funcionando. Para a realização dessa matéria foram entrevistadas as psicólogas responsáveis por quatro clínicas: uma de Curitiba e outras três do interior do Estado. Elas responderam questões relacionadas ao número de atendimentos/dia, por profissional de Psicologia e a qualidade das avaliações psicológicas. Pelo que se percebeu, nas clínicas contatadas, estão ocorrendo mais atendimentos/dia, por profissional, do que o estabelecido pelo CFP. Algumas psicólogas questionam, inclusive, os testes utilizados nessas avaliações. A psicóloga Elaine Celeira Lima (CRP-08/12566), que é perita em trânsito, e integra o GT de Trânsito do CRP08, comentou os dados levantados junto as clínicas. Atendimentos/dia por profissional Segundo as informações repassadas, por três das clínicas contatadas, entre atendimentos coletivos, e individuais, os psicólogos estão realizando 10 perícias por dia. Ou seja, um profissional está realizando, diariamente, até 34 aplicações de testes, sendo 25 na avaliação coletiva e 9 atendimentos individuais. A principal preocupação que essa situação provoca se refere à qualidade das avaliações já que o número de atendimentos diários é bastante elevado, e o profissional tem que corrigir esses testes e ana- contatoindica Série Credenciamento de Clínicas no DETRAN lisar os resultados, para somente então emitir um parecer final. Resolução 267 x CFP No que se refere ao número de atendimentos/dia, parecem existir diferentes orientações para os psicólogos: a Resolução 267/08 do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN e a Resolução 003/2007 do Conselho Federal de Psicologia - CFP. A Resolução 267 do CONTRAN, que dispõe sobre o credenciamento de clínicas médicas e psicológicas para a realização de exames de aptidão física, mental e avaliação psicológica aos candidatos a obtenção e renovação da CNH estabelece que “os psicólogos credenciados deverão atender, no máximo, ao número de perícias/dia por profissional em conformidade com as determinações vigentes do CFP” (art. 19). O problema, que tem se verificado na prática, é que um atendimento coletivo, com até 25 candidatos, tem sido considerado uma perícia. Essa forma de atendimento contraria a Resolução 003/2007 do CFP, que no art. 85 estabelece que “cada psicólogo só poderá efetuar atendimento de, no máximo, 10 (dez) candidatos por jornada diária de 8 horas de trabalho”. Falta consenso Segundo a psicóloga Elaine Celeira Lima “é preciso haver um consenso, em termos do que é exigido pelo CONTRAN, o que é determinado pelo CFP e o trabalho que realmente é realizado no atendimento das clínicas. Parecem existir equívocos na compreensão do que é uma perícia, bem como dúvidas sobre se um exame coletivo pode ser considerado uma perícia ou não. Tais respostas talvez possam ser obtidas através do que estabelece, aos CRPs, o Art. 87 da Resolução 003/2007. É importante que se procure dirimir as ambiguidades para realizar um trabalho dentro dos padrões técnicos e éticos”. O artigo, da Resolução referida por Elaine, determina que os CRPs estabelecerão ações integradas com os órgãos de trânsito de sua jurisdição, visando o cumprimento da legislação vigente. No CRP-08 um GT de Trânsito está discutindo o assunto. Qualidades nas avaliações As quatro psicólogas entrevistadas reconhecem que a exigência da avaliação individual e coletiva torna a avaliação psicológica para candidatos a CNH, mais eficaz. Há, no entanto, quem sugira mudanças, como é o caso de uma das psicólogas entrevistadas: “há que se melhorar, principalmente no que se refere à formação e validação de testes que auxiliem no processo avaliativo”. Nesse sentido Elaine C. Lima pondera que “há falta de pesquisa quanto ao perfil do motorista, e de testes atualizados. Mas, outros fatores também precisam ser considerados nesse debate como, por exemplo, o tempo determinado para a entrevista e a falta de experiência de muitos profissionais diante da necessidade de aplicar testes mais complexos como o caso do PMK”. 3 Quem quer ser um milionário? Resenha elaborada pela Comissão de Tanatologia Jamil e Salim Malik são dois irmãos que vivem em uma imensa favela em Mumbai, na Índia: Jamil mais dócil e Salim pronto a descumprir as regras se necessário. São ainda crianças e brincam sempre juntos, acompanhados de outras tantas crianças do local. o número de telefone do irmão e o paradeiro de Latika, agora a preferida do gangster da região, para quem o irmão trabalha. A moça não o quer por perto, pois teme pela vida dele e ele promete esperá-la todos os dias em uma estação de trem. Quando os dois vêem a mãe ser assassinada, passam a viver nas ruas até serem resgatados por um grupo que lhes dá abrigo e alimento. Esse grupo é, na verdade, uma gangue que explora a mendicância até pontos impensados como o de mutilar as crianças para aumentar seu faturamento. Ao perceber isso, Salim foge com o irmão e os dois descobrem, após algumas aventuras, a indústria do turismo. Enquanto Jamil tenta mostrar a Índia aos turistas, Salim e outros companheiros furtam o que lhes é possível. Mas Jamil sabe que Latika gosta de assistir a um programa de perguntas e respostas da TV, de nome “Quem quer ser um milionário?” e decide participar dele, na esperança de que possa ser visto por ela. Inadvertidamente, apesar de sua origem humilde e de sua pouca cultura, a vida lhe pôs nas mãos as respostas de que precisava e ele vai avançando em direção ao prêmio máximo, previsto para a sua segunda aparição no programa. Mas durante todo o tempo, Jamil tem em mente um só objetivo: resgatar uma menina, companheira das ruas e dos tempos da mendicância – Latika – que ficou para trás na fuga. De informação em informação, ele a encontra, transformada em uma bonita moça e envolvida com a mesma gangue, que agora a explora em sua sensualidade. Sua intenção é fugir com ela simplesmente, mas seu irmão, a essa altura, já envolvido com o mundo do crime e faz uso de uma arma para consumar a fuga. Os três se instalam em um hotel, mas Jamil acaba tendo que ir-se embora, passando a viver um bom tempo por sua própria conta. Em uma oportunidade ímpar, ele obtém Mas eis que, ao término do primeiro dia, ele é capturado e torturado pela policia por suspeita de fraude. E é através de sua narrativa ao policial que temos ciência de sua historia. O mundo está repleto de Salins e Jamils, aos quais são negadas condições dignas de vida e tudo se resume a sobreviver, ter algo para comer e, se possível, um pouco de aventura. As incontáveis perdas, desde a mais tenra infância, mostraram-lhes apenas o lado putrefacto da vida, no qual o poder e o dinheiro reinam absolutos. Nossos Jamil e Salim perdem a mãe, o lugarejo onde vivem, a liberdade das ruas, os amigos de infortúnio. Jamil conserva a esperança; Salim perde escrúpulos, mas recusa- 4Aluguel de salas- Locação de salas para psicoterapia: grupos de horário meio-período e período integral, em clínica, com salão de cursos (80 metros quadrados), no bairro Ahú. Rua São Sebastião, 420. Fone: (41) 3019-9553. Curitiba-PR. 4Sublocam-se salas para profissionais de saúde em clínica com ótima localização e estrutura. Dispomos de sala para grupos, palestras e cursos. Informações: (41) 3233-7364 ou na Rua Visconde do Rio Branco, 449 – Curitiba-PR. 4Sala para locação em Clínica de excelente localização e infraestrutura completa. Próximo ao Hospital São Lucas. Telefone: (41) 3253-5913. Curitiba-PR. se ao longo de todo o filme a perder o irmão, único resquício de uma família e um passado que um dia teve. Jamil é torturado para “falar a verdade” sobre o seu conhecimento, aquele que justificaria as respostas certas no prêmio milionário. “Afinal, como pode um favelado saber tantas respostas?”, interrogava-se o entrevistador do programa. E sabiamente Jamil afirmava apenas o seu “saber ler”, do qual grande parte se situava em outro sistema que não o do conhecimento formal. Para provar isso ele fala, sob tortura, da sua história de vida. Essa é a sua verdade: um saber experimentado, vivenciado, encarnado. Um saber que só é roubado pela morte. O filme mostra uma história que não é só dos dois indianos, mas de tantas crianças pelo mundo: o poder se sobrepondo à compaixão, à ética e à alteridade. A violência como pano de fundo, dita o compasso, ecoando por todas as classes sociais. Além disso, o filme nos remete a muitas questões importantes para reflexão, tanto como sujeitos como enquanto Sociedade. Podemos ver que perdas brutais e um enorme sofrimento na infância, momento da constituição do sujeito, influenciam e delineiam o futuro. No entanto, ainda que passando pelas mesmas perdas e pela mesma infância sofrida, cada um elabora e processa estas vivências com seus recursos internos, podendo ser o resultado final diferente para cada um. Merecidos oito Oscars. Vale a pena conferir! 3 Classificados 4 Locação de sala para Psicólogos, em Clínica Multidisciplinar, alto padrão, Batel/Bigorrilho. Sala decorada, com computador, wireless, agenda informatizada, secretárias, estacionamento próprio. Falar com Ana Lúcia Tuma. www.clinicacontato.com.br 4 Locação de sala ampla para profissionais da área de saúde. Locação mensal, por período, semanal ou por hora. Sala semi-mobiliada na região do Bom Retiro. Rua Albano Reis, 666, próximo do Bosque do Papa. Telefones para contato (41) 3254-6988 (recados) 9994-7522 (Jaíra). Curitiba-PR. contato 31 inscrição CRP-08 inscriçãoportransferência O CRP-08 dá as boas-vindas aos novos inscritos de maio e Junho de 2009 Marcia Ferreira Lopes CRP-08/14656 Angelo Bonateli Neto CRP-08/14657 Camila Lohmann CRP-08/14658 Renata dos Anjos CRP-08/14659 Andréa Bueno Vicente Jorge - CRP-08/14660 Natalia Tavares de Mello CRP-08/14705 Cristiane Sperling Elesbão CRP-08/14706 Karin Kopper Delgado CRP-08/14707 Flavia Regina Fernandes da Silva CRP-08/14708 Mariana Richartz CRP-08/14725 Milene Christianne Rampim da Rosa CRP-08/14726 Dulce Zara Gentil do Nascimento CRP-08/14727 Marcia Coscrato Morganti CRP-08/14748 Heloisa Helena Monteiro Vargas CRP-08/14749 Marcos Rogerio Ortolano CRP-08/14750 novosinscritos reativaçãoportransferência Marília Gonçalves Wolff - CRP-08/14611 Rosileia Maria Silva de Matos - CRP-08/14612 Marcos Cabral Nietsche - CRP-08/14613 Juliane Gonçalves Ulbrich - CRP-08/14614 Patricia Cordova - CRP-08/14615 Angelica Wille - CRP-08/14616 Zilda Zimmermann Motti - CRP-08/14617 Fabielli Granemann - CRP-08/14618 Daiani Martinho de Oliveira - CRP-08/14619 Ana Flavia B. de Araujo Winter - CRP-08/14620 Marieli Cavalheiro de Meira - CRP-08/14621 Deborah Forghieri Rosa - CRP-08/14622 Gil Vicente Moraes - CRP-08/14623 Fabiana Cristine Grotmann Hey - CRP-08/14624 Cassieli Coelho - CRP-08/14625 Dilvana Zbonik Fantin - CRP-08/14626 Aline Muniz Garcia - CRP-08/14627 André Lopes Aricó - CRP-08/14628 Eduardo de Souza Hashimoto - CRP-08/13629 Kathia Regina Galdino de Godoy - CRP-08/12630 Laura Ferreira Lago - CRP-08/11631 Rafaela Boiczuk de Toledo - CRP-08/14632 Amanda Magalhães - CRP-08/14633 Viviane Venâncio S. dos Santos - CRP-08/14634 Sesenice da Silva Cassemiro - CRP-08/14635 Rafaela Rosa de Oliveira Andrade - CRP-08/14636 Fabio Witsmiszin Barbosa - CRP-08/14637 Juliana Ribeiro Jacovozzi - CRP-08/14638 Francielle Alarcon Guglielmi - CRP-08/14639 Greice Cristina Scatambulo - CRP-08/14640 Mariana Lobo Alexandre - CRP-08/14641 Juliana Feltrin de Souza - CRP-08/14642 Sheila Tatiane Covatti - CRP-08/14643 Flavia Paula Manzano Brenzan - CRP-08/14644 Luciana Soares S. Trindade - CRP-08/14645 Katia Regina Wutzke - CRP-08/14646 Marcia A. de Sousa Guimarães - CRP-08/14647 Ana Caroline Varaschin - CRP-08/14648 Vanessa Fellini - CRP-08/14649 Aline Carla Rebouças - CRP-08/14650 Aline Mesquita Cancian - CRP-08/14651 Manuel A. Fernandes da Costa - CRP-08/14652 Gisele Rocha Amici - CRP-08/14653 Zelayde Figueiredo Gomes - CRP-08/14654 Kelly Kusnik - CRP-08/14655 Renato Moretto Maccarini - CRP-08/14661 Silmara Porfirio - CRP-08/14662 Lisie da Silva Boelter - CRP-08/14663 Tiago Sudol - CRP-08/14664 Ana Paula Prestes Daneles - CRP-08/14665 Ariadne Vasconcellos Bauer Farias - CRP-08/14666 Pablo Potrich Corazza - CRP-08/14667 Paulo José Costa - CRP-08/14668 Anna Carolina Batista de Moura - CRP-08/14669 Flavia Maria Radunz Gosch - CRP-08/14670 Nadia Maria Novak de Freitas - CRP-08/14671 Nazarete Agustinho da Silva - CRP-08/14672 Carolina Xavier de Souza - CRP-08/14673 Thalita de Paula Ferreira do Prado - CRP-08/14674 Joel Claudino Junior - CRP-08/14675 Paula Krempel Marques - CRP-08/14676 Patricia Eliane Rossi - CRP-08/14677 Bruna de Souza Silveira - CRP-08/14678 Roberta Ekuni de Souza - CRP-08/14679 Jovani Antonio Secchi - CRP-08/14680 Juliana Marques Pinc da Silva - CRP-08/14681 Iracema Ayalla dos Santos - CRP-08/14682 Andreia Fulgencio da Silva Batista - CRP-08/14683 Karen Roberta Coradi Okamoto - CRP-08/14684 Alana Keila Cardoso - CRP-08/14685 Ane Natieli Parisotto - CRP-08/14686 Gisele Chinowski Bernardi - CRP-08/14687 Francieli T. Prosanti Sanches - CRP-08/14688 Jane de Siqueira - CRP-08/14689 Kiara de Moraes Heck - CRP-08/14690 Geni Dias Lourenço - CRP-08/14691 Rosenei Aparecida dos Santos - CRP-08/14692 Simone Salete Longo - CRP-08/14693 Bruna Yumi Ogata - CRP-08/14694 Mariana Romano de Pauli - CRP-08/14695 Gabriela Sacchelli - CRP-08/14696 Vladimir Felicio - CRP-08/14697 Marcelo Ubiali Ferracioli - CRP-08/14698 Lidiane Bach - CRP-08/14699 Silvina Isabel Don - CRP-08/14700 Camila Bressan - CRP-08/14701 Daniela Zeponi Garcia Reis - CRP-08/14702 Manoel Ferreira Filho - CRP-08/14703 Ana Paula Pereira - CRP-08/14704 Elaine Camargo Ianze - CRP-08/14709 Danielle Fernandes - CRP-08/14710 Jessica Helena dos Santos - CRP-08/14711 Maria Ottilia Norcio Duarte - CRP-08/14712 Adriana Paula Felix da Cruz - CRP-08/14713 Kamilla Kisvardai Ribeiro - CRP-08/14714 Rosani Marlene K. Schumacher - CRP-08/14715 Deyse Bissani - CRP-08/14716 Elisana Veroneze da Silva - CRP-08/14717 Yuri Carminatti - CRP-08/14718 Vania Maria Ferreira - CRP-08/14719 Marcelo Paulino da Cruz - CRP-08/14720 Marcia Maria de Lima - CRP-08/14721 Josiane Fernandes Caper Claro - CRP-08/14722 Rosa Maria Rodrigues Junqueira - CRP-08/14723 Thereza Cristina de Oliveira e Silva - CRP-08/14724 Patricia Melo da Silva - CRP-08/14728 Kaiten Girardi - CRP-08/14729 Grazieli Gonçalves Vilarinho - CRP-08/14730 Christiano Nogueira dos Santos - CRP-08/14731 Rita de Cassia Varoni Palma - CRP-08/14732 Francielly Peron - CRP-08/14733 Fabyo Alexandher W. Miranda - CRP-08/14734 Natalia Pivaro de Souza - CRP-08/14735 Regina da Graça C. Cordeiro - CRP-08/14736 Lucemar Ronzani Bussolo Girardi - CRP-08/14737 Marialba Gomez - CRP-08/14738 Roberta Rezek de Oliveira - CRP-08/14739 Josiane Cristina Machado e Silva - CRP-08/14740 Tania Massaro Faustino Carneiro - CRP-08/14741 Cassieli Ritter Moura - CRP-08/14742 Catiana Suenga dos Santos - CRP-08/14743 Cibeli Silva Broto - CRP-08/14744 Erika Emiko Izaki - CRP-08/14745 Camila Tassiana Rech - CRP-08/14746 Bruna Carolina Alves Wolf - CRP-08/14747 Miriam Roselle Terra Palhares CRP-08/10565 Welington Hayashi CRP-08/09738 Sheila Marcklaine Favoreto Zanin CRP-08/07172 KarlaThomaz Pereira CRP-08/12206 Rosemari Galvão de Oliveira CRP-08/04194 Margaly Hermenegildo Barros CRP-08/06893 Izabele Roderjan Kutz Ferreira CRP-08/07545 Olga Maria S. do Amaral e Castro CRP-08/09104 Álvaro de Oliveira CRP-08/09895 Andrea Rejane da Costa Macagnani CRP-08/09949 Fernanda de Paula Xavier Dias CRP-08/10237 Mariana Zanona CRP-08/10482 Fernanda Mancebo Esteves CRP-08/10991 Priscila de Mattos CRP-08/12208 Janaina Cardoso Penteado CRP-08/12927 Jacqueline Sanção Darin CRP-08/03911 Fabiana Malucelli S. Gonçalves CRP-08/05073 Anita Leocadia da Costa Mendes CRP-08/07711 Flavio Bernardino Lesch CRP-08/10048 Katia Roberta dos Santos Ferreira CRP-08/11565 Ruviane Dalazen CRP-08/11796 Dariacy Helena Oliveira Moreira CRP-08/04378 Daniele Cristine Nickel CRP-08/06077 Silvana de Lima Vaini CRP-08/08006 Neide Carolina Marques CRP-08/08399 Michelly Adelaide Thiesen Pereira CRP-08/09162 Bruna Bressanelli Pramiu CRP-08/12544 Karla Cristina Pintro CRP-08/IS-171 Alessandra Helena Monteiro CRP-08/IS-172 Aparecida Yoshiko H. Fujihura CRP-08/IS-173 Luciana Barbosa Novais CRP-08/IS-174 Anne Midori Abe de Lima CRP-08/IS-175 Deize Regina dos Santos CRP-08/IS-176 reativação Anne Lore Rohsig CRP-08/02557 Lias Ergas Aguilera CRP-08/04690 Achilles Delari Junior CRP-08/05508 Juçara Amaral Sprenger CRP-08/05842 Edna Zanella da Silva Prenholato CRP-08/09021 Luciana Milano Cezak Ribas CRP-08/09591 Elaine Cristina de Melo CRP-08/09976 Alessandra Kopczynski Furlan CRP-08/10894 Larissa Baldi CRP-08/11175 Mary Neide Damico Figueiro CRP-08/01210 Daniella Marcondes Abrão da Costa CRP-08/03861 Romilda Nabuko A. Y. P. Baptista CRP-08/03960 inscriçãosecundária Laurene Agnes Meyer CRP-08/IS-168 Ana Paula Kolling Belmonte CRP-08/IS-169 Annie Kelly Midori Tamashiro CRP-08/IS-170 pessoajurídica(registro) SG Medicina e Psicologia de Trafego Ltda CRP-08/PJ-00379 F1 Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva Ltda CRP-08/PJ-00432 Psicoach Treinamento Profissional S/S Ltda CRP-08/PJ-00433 GSS Medicina e Psicologia de Tráfego Ltda CRP-08/PJ-00434 Gisele Maraschin & Cia Ltda PJ-00442 Clínica de Avaliação Médica e Psicológica do Trânsito Ltda PJ-00443 CEBI - Centro de Especialidades Bio Integradas Ltda PJ-00444 Pizzeghello Consultoria em TI e Psicologia Ltda PJ-00445 S.R.P. de Carvalho & Cia Ltda PJ-00446 S.R.P. de Carvalho & Cia Ltda PJ-00446-F1 Centro de Avaliação de Condutores Aptus S/S Ltda PJ-00447 Fadoni & Feracin Ltda CRP-08/PJ-00449 D.M. Corpo e Arte Medicina Ltda - ME CRP-08/PJ-00413-F1 Ianze e Schadler Ltda CRP-08/PJ-00450 Psicoclin - Clínica de Psicologia Ltda CRP-08/PJ-00451 ADA - Avaliações Psicotecnicas Ltda CRP-08/PJ-00452. pessoajurídica(cadastro) Correa & Martinelli - Clínica Medica e Psicologia Ltda - ME CRP-08/PJ-00435 Silvana Choptian - CAC CRP-08/PJ-00436 Fundação da Universidade Federal do Paraná para o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e da Cultura CRP-08/PJ-00437 Valdecir Eifler CRP-08/PJ-00438 Organização Médica Clinihauer Ltda CRP-08/PJ-00439 Associação Cristã Evangélica Sul Americana – ACESA PJ-00440 Intersaúde Ondontologia & Psicologia Ltda PJ-00441 Fatima Sueli Baroni Tonezer CRP-08/PJ-00448 Clinica Psicofono Oeste Ltda CRP-08/PJ-00453 Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Estadual do Centro-Oeste - FAU CRP-08/ CRP-08/PJ-00454 contatoagenda No ano passado não houve a divulgação, na Revista Contato, dos novos inscritos do mês de outubro. A divulgação, dos novos inscritos em outubro de 2008, acontece agora: novosinscritos Fernanda Rafaela Garcia CRP-08/13921 Vanessa Brugnari Ferreira CRP-08/13922 Fernanda Barbosa Livão CRP-08/13936 Izabel Cristiana Teixeira Ferreira CRP-08/13937 Anderson Luis Pereira Soares CRP-08/13938 Juliana de Araújo Lopes CRP-08/13923 Giovani Righeto CRP-08/13935 Sonia Regina dos Santos CRP-08/13924 Debora Beatriz Cano Guillen CRP-08/13925 Keity Christiane Pereira de Oliveira CRP-08/13926 Paulo Guerra Soares CRP-08/13927 Beloni Panizzon CRP-08/13928 Josy de Souza Moriyama CRP-08/13929 Grasielle Zilneyk CRP-08/13930 Flaviana Nunes da Silva Zanoni CRP-08/13931 Jorge Luiz da Silva S. Gonçalves CRP-08/13932 Debora Salomão CRP-08/13933 Rosane Viñas Vieira CRP-08/13939 Flavia de Castro CRP-08/13940 Izabel Freitas de Borba CRP-08/13941 Margarete Wissmann CRP-08/13943 Gisele Salles Rufino CRP-08/13944 Simone Müller Goin CRP-08/13946 Roe Ling Antonia Song da Costa CRP-08/13942 Vanessa Feres CRP-08/13947 Ana Paula da Silva CRP-08/13948 Denise Negrão de Castro CRP-08/13949 Gessiele Costa Sobanski CRP-08/13950 Fernanda de Britez Costa Pinto CRP-08/13951 Rodrigo Sielski CRP-08/13952 Noazir Ferraro Junior CRP-08/13953 Didimo Lindugero Bandeira CRP-08/13954 inscriçãoportransferência Estefani Costa CRP-08/13934 Rafael Bianchi Silva CRP-08/13945 Marcia Cristina G. de O.Frassão CRP-08/13955 Larissa Correa Portezan CRP-08/13956 Alessandra Fachinelli Nishi de Souza CRP-08/13957. Thais Ghisi Mehl CRP-08/09904 Cyntia Dalazen Winiarski CRP-08/10202 Janaina Fuentes Cuenca Lonardoni CRP-08/10351 Elaine Cristina Pires CRP-08/11639 Leticia Mezzomo CRP-08/09273 Larissa Maria Garib do Amaral CRP-08/11073 reativação Rosi Nodari Bandeira CRP-08/02661 Sandra Mara Roesler CRP-08/05315 João Heitor Martins Franco CRP-08/02750 reativaçãoportransferência Claudia Pinoti Barbosa CRP-08/05426 inscriçãosecundária Gisele Rodrigues de Oliveira CRP-08/IS-144 Marina Particheli CRP-08/IS-145 Pamela Souza CRP-08/IS-146 pessoajurídica(registro) Clinica Médica Darido Abdalla S/C Ltda CRP-08/PJ-08/00399. pessoajurídica(cadastro) Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo CRP-08/PJ-00396 UNIMED Regional Maringá Cooperativa de Trabalho Médico CRP-08/PJ-00397 Carpanezzi Medicina e Psicologia S/S CRP-08/PJ-08/00398 Raquel Mandredini CRP-08/IS-147 Janaina Casaes Lamenha Lins CRP-08/IS-148 Sergio Luiz Beletti CRP-08/IS-149 Carolina Miranda do Amaral e Silva CRP-08/IS-150 Adriana Roberto de Freitas CRP-08/IS-151 Shirley Mariah Ranckel Rosenscheg CRP-08/IS-152 O GRUPO PSICOSAÚDE OFERECE: Curso de Psicologia Hospitalar e curso de Psicologia Hospitalar com Ênfase em UTI-módulo II. Hospitais: Vita Curitiba e Vita Batel Início: Agosto /2009 Informações: (41) 9971-4408 / E-mail: [email protected] site: www.psicosaude.com.br CURSO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA CANDIDATOS A CIRURGIA BARIÁTRICA O curso vai acontecer de 28 a 30 de agosto de 2009, em Guarapuava. Ministrantes: Psicólogas Marlene Monteiro da Silva (CRP – 06/15150) de São Paulo e Rosângela T. Cristani Arruda (CRP-08/02170), de Curitiba. Informações e Inscrições: (42) 3035-6831 – 9977-6831 ou (41) 3042-7754 – 9985-2350/ e-mail: [email protected] ou [email protected]/ www.inbio.org.br INSTITUTO DA FAMÍLIA - FTSA – OFERECE: Cursos de Pós-Graduação lato sensu nas áreas de: Formação em Terapia de Casal e Família, Aconselhamento Familiar e cursos de extensão: Dinâmica de Grupo e Mediação de Conflitos. Estes cursos eram ministrados anteriormente pelo ISBL (1996 a 2008). Mais informações: (43) 3371-0200/ [email protected]/ www.ftsa.edu.br. AMANAPAZ OFERECE: Curso de Mediação Sistêmico- Intergrativa Carga horária: 60 horas/aula Início: Agosto 2009 Coordenação: Rosemary D. Padilha (CRP-08/02126) Informações/Inscrições: (41) 3018-2877 [email protected] www.amanapaz.com.br Rua Atílio Bório, 456- Alto da Rua XV – Curitiba-PR. V WORKSHOP DE PSICOLOGIA SOMÁTICA E DE PSICODRAMA – EMOÇÕES EM AÇÃO Data: 10 a 12 de outubro Local: Pousada Chalés do Laurindo na praia das Encantadas na Ilha do Mel. Coordenação: Psicóloga Elizabeth Maio de Siqueira (CRP08/1886) Mais Informações pelos telefones (44)3224-4632 /9961-8153, [email protected] ou www.clinicacomtato.com.br. CURSOS COM FOCO EM AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS Coordenação- PAULO VAZ - CRP 08/03118 Curso de Formação Contínua em Avaliações Psicológicas. Início: Agosto Cursos de testes psicológicos: Palográfico básico dia 01/08; PMK básico dias 15 e 16 /08; PMK avançado dias 29 e 30/08, H-T-P de John Buck dia 12/09; As Pirâmides Coloridas de PFISTER dia 19/09; Z-Teste - Técnica de Zulliger -dias 3,4 e 17,18/10. Rua Nunes Machado, 472, 7º andar - sala 702- Edifício Milano Trade Center - Centro – Curitiba-PR. Fone: (41) 3323-5344/ (41) 9112-8187/ e-mail: [email protected] CURSO DE HIPNOSE CLÍNICA Com Aplicações da Hipnose na Medicina, Odontologia e Psicologia - Teórico e Prático com o Médico Psiquiatra e Psicólogo Dr. Rui Fernando Cruz Sampaio (CRM 14918 e CRP-08/2752). Data: 7, 8 e 9 de Agosto Destinado a Profissionais dessas áreas. Coord.: Dr. Rui Fernando Cruz Sampaio. Mais informações pelo e-mail: ruifcsampaio@ hotmail.com ou pelo site: www.cruzsampaio.com e pelo telefone: (41) 3222-3294. A SOCIEDADE BRASILEIRA DE SEXUALIDADE HUMANA PROMOVE: O XII Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana com o seguinte tema: “INTERDISCIPLINARIDADE & SAÚDE SEXUAL”. No Rafain Palace Hotel, em Foz do Iguaçu. Data: 4 a 7 de outubro Coordenação: Psicóloga Raquel Varaschin (CRP-08/02043) Informações pelo e-mail: raquel@ axmail.com.br ou no site: www.sbrash.org.br INSTITUTO PARANAENSE DE GESTALT CLAUDETE CARBONI Curso de Formação em Gestalt-terapia Início: Teórico I - Agosto de 2009 Encontros quinzenais de 8h, nos segundos e quartos sábados do mês. Informações: (41) 3244-9993 e 3244-3451. Coordenação: Valquiria A.A.M.Pereira (CRP-08/02057) Site: www.gestaltpr.com.br *confirmar a coordenação. CURSO DE FORMAÇÃO RELACIONAL SISTÊMICA Coordenação: Psic. Rafaela Senff Ribeiro (CRP-08/08713) Professores Convidados: Solange Rosset (CRP-08/0204) e Marta Henning (CRP-08/08231) Encontros mensais no segundo sábado do mês com enfoque na área clínica (individual, família e casal) e a atuação nas organizações. Início: 1 de agosto. Horário: 8h30 às 17h30. Duração: 24 encontros Inscrições: até 29/07 Local: Av. 7 de setembro 4881, conj. 145 – Batel Curitiba-PR Telefone: (41) 3342-8621 ou 9996-1278/ E-mail: [email protected] CURSO DE FORMAÇÃO RELACIONAL SISTÊMICA Coordenação: Psic. Rafaela Senff Ribeiro (CRP-08/08713) Professores Convidados: Solange Rosset (CRP-08/0204) e Marta Henning (CRP-08/08231) Encontros mensais no segundo sábado do mês com enfoque na área clínica (individual, família e casal) e a atuação nas organizações. Início: 1 de agosto. Horário: 8h30 às 17h30. Duração: 24 encontros Inscrições: até 29/07 Local: Av. 7 de setembro 4881, conj. 145 – Batel Curitiba-PR Telefone: (41) 3342-8621 ou 9996-1278/ E-mail: [email protected] INSTITUTO DE GESTALT DE CURITIBA OFERECE: Curso de formação em Gestalt Terapia (Intervenção clínica para adultos) Teórico, vivencial e prático Início: 20 de Agosto. Quintas-feiras das 19h às 22h. Custo: 12 parcelas de R$ 180,00 Inscrições: (41) 8416-4234/ [email protected]/ www.institutodegestaltdecuritiba.com.br Trav. Rafael Francisco Greca, 50 salas 71 e 76 Os dados financeiros do exercício 2008 do CRP-08 estão disponíveis no site: www.crppr.org.br O CRP-08 vai realizar pesquisa sobre “As condições de Trabalho dos Psicólogos do PR”. Mais informações na próxima edição da Revista Contato. Aguarde!
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