cassorla - Grupo Photon

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cassorla - Grupo Photon
Apoio
ANO 24 - # 232
Maio de 2014
Peça virtual
Internet no Brasil já soma mais
de 105 milhões de usuários e
metade deles afirma já
ter comprado algo na
rede, inclusive autopeças.
Será que essa onda
pega mesmo?
Entrevsta
CASSORLA
Dedicação que transformou a Pacaembu especialista
na linha de pesados
487050
LUIZ
0 0 2 3 2
Eliana Giannoccaro, presidente da
divisão de Aftermarket da Magneti
Marelli Cofap, fala sobre os atuais
desafios do setor
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
À
s vésperas da Copa do Mundo, o mercado começa a se preparar para
um período bem atípico. Fica a incógnita
de como os estabelecimentos funcionarão
durante o mundial de futebol. Algumas
cidades, como Rio de Janeiro, já anunciaram que será
feriado em dias de jogos do Brasil, outras não definiram ainda. Será uma época bem diferente para o Brasil.
Levando em consideração esse cenário, é preciso estar
mais cauteloso.
Buscando retratar as novidades e os novos nichos de
mercado, esta edição da revista aborda o comércio
eletrônico no setor de autopeças. Uma ampla reportagem traz as tendências e o que já é realidade nessa
área. Contamos também com a participação da ilustre
diretora presidente da Magneti Marelli Cofap, Eliana
Giannoccaro, em entrevista que destaca as ações
da empresa.
Renato Giannini, presidente da
Andap – Associação Nacional dos
Distribuidores de Autopeças
Também agradeço a colaboração de Luiz Cassorla, presidente da Pacaembu
Autopeças, que conta sua história de sucesso no setor de distribuição, que,
sem dúvida, também tem sua parcela de contribuição para o desenvolvimento
do segmento. A cada edição estamos destacando empresários da distribuição
para revelar fatos importantes de sua trajetória. Assim conseguimos retratar um
pouco de como foi a evolução do mercado.
Procuramos destacar tendências e assuntos relevantes para o setor de distribuição em várias áreas. Caso queira contribuir com sugestões de pautas, entre
em contato com a redação. A sua opinião é muito importante para que a revista
tenha cada vez mais o conteúdo de interesse do leitor.
Boa leitura!
4 Mercado Automotivo • maio • 2014
Divulgação
OS PREPAROS PARA A
COPA DO MUNDO
Índice w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
10
14
38
ENTREVISTA
ESPECIAL
EM DESTAQUE
Presidente da divisão de Aftermarket da
Magneti Marelli Cofap, Eliana Giannoccaro
discorre sobre as possibilidades do setor
para os próximos anos
Especial Pacaembu completa 51 anos e Luiz
Cassorla, fundador, revela como a empresa
se tornou referência e cresceu
Monroe completa 40 anos de atuação
no mercado brasileiro
18 CAPA
Empresas do setor de reposição de autopeças precisam se
preparar para transição entre mercados físico e virtual
Índice
24 ARTIGO – Raúl Candeloro
Maio de 2014
Os 14 maiores erros de treinamento em Vendas
28 ARTIGO – Leandro Martinho Leite
Obrigação de identificação e informações em produtos
expostos à venda – orientações práticas
32 GEOMARKETING AUTOMOTIVO
Goiás
34 ESTATÍSTICAS
Emplacamentos: melhores resultados só a partir de julho
40 TECNOLOGIA
O mercado de reposição de semieixos
42 GESTÃO E TENDÊNCIAS
Modernização da CLT volta a ser discutida no País
44 ANDAP NEWS
46 EVENTOS – FOTON
Foton caminhões inicia construção de fábrica no Brasil
48 FLASH
6 Mercado Automotivo • maio • 2014
Respeite a sinalização de trânsito.
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FINANCEIRO
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Possibilidade de
crescimento
Às vésperas de mais uma eleição,
o Brasil encara o desafio de
voltar a crescer em níveis como os
apresentados no início desta década,
que credenciaram o País como uma
das principais forças mundiais.
Nesse contexto, Eliana Giannoccaro,
presidente da divisão de Aftermarket
da Magneti Marelli Cofap e diretora
de Marketing & Relações Externas
do Grupo Magneti Marelli no
Mercosul, aposta na força da empresa
para superar os obstáculos que se
apresentam. “Estamos sempre atentos
aos sinais emitidos pelo mercado”,
afirma Eliana à revista Mercado
Automotivo. Confira a entrevista na
íntegra, a seguir:
Mercado Automotivo – Temos observado uma discussão no setor
que envolve o perfil do distribuidor brasileiro: há aqueles que
defendem o chamado generalista
e aqueles que entendem que o futuro do setor está no distribuidor
especialista. Qual sua visão sobre
esse tema?
Eliana Giannoccaro – Creio que
há espaço para os dois modelos
de negócios no mercado brasi-
10 Mercado Automotivo • maio • 2014
leiro de reposição. O Brasil é um
país de dimensões continentais
e a multiplicidade de peças e
tecnologias é enorme, além de ter
um mercado de reposição entre
os mais maduros e evoluídos
do mundo. Isto posto, podemos
dizer que o distribuidor generalista atende de maneira eficaz e
capilarizada aos reparadores e
consumidores que necessitam
de componentes de manutenção
Divulgação
Entrevista R edação
para seus veículos leves, pesados ou motos. Já os especialistas
atuam em nichos de mercado,
especializando-se em produtos e
serviços específicos, de valor agregado, mas nem sempre interessantes aos generalistas.
Parte do empresariado brasileiro
tem reclamado bastante da situação do País, alegando que diversos
setores têm sido influenciados
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
pela lentidão da economia brasileira e também pela falta de estrutura
de forma geral. A Magneti Marelli
também se vê impactada por esses
pontos?
Não há como ser diferente. Todos
os dias os jornais estampam em
suas páginas fatos e números claudicantes da economia brasileira.
Mas nós, da Magneti Marelli, somos
especialistas em mercado de reposição de autopeças e procuramos, a
despeito de qualquer circunstância,
encontrar os melhores caminhos
para alcançar os nossos resultados
com qualidade e satisfação para os
nossos clientes.
As montadoras no Brasil têm
diminuído os pedidos de diversos
produtos devido à lentidão das
vendas. Neste cenário, a senhora
considera que é preciso olhar com
mais atenção para as oportunidades que podem estar disponíveis
no aftermarket? A produção de
pneus, por exemplo, segue em alta
no Brasil devido aos pedidos do
mercado de reposição.
Sim, certamente. Como mencionado anteriormente, procuramos,
sempre, as melhores oportunidades em qualquer circunstância.
Estamos sempre atentos aos sinais
emitidos pelo mercado. Nossa rede
de distribuição é composta pelas
maiores e melhores empresas do
setor e a troca de informações é
constante, no sentido de estarmos
sempre atentos às oportunidades.
Muito se fala sobre o papel do
mecânico na cadeia de reposição.
Gostaria que falasse, no entanto,
sobre o papel e o peso do distribuidor nessa cadeia. A senhora considera que esse papel (distribuidor)
vem sofrendo alterações relevantes
nos últimos anos?
O mercado brasileiro está em
constante evolução, apesar de
ser maduro economicamente, e
os distribuidores souberam não
só acompanhar, como, muitas
vezes, serem os artífices dessas
mutações. Pelas dimensões desse
mercado, o papel dos distribuidores foi fundamental para criar
uma base sólida e capilarizada de
atendimento logístico ao mercado. Portanto, eles são peças-chave na estratégia das grandes empresas produtoras. Entendemos,
inclusive, que, mesmo se chegarem empresas multinacionais nesse setor, os grandes e estruturados distribuidores brasileiros têm
total condição de competição,
pois conhecem profundamente os
meandros do mercado brasileiro.
A Magneti Marelli, apesar de
vender exclusivamente para seus
distribuidores, tem contato promocional com todos os elos da cadeia de distribuição. Apenas para
se ter uma ideia, no ano passado
ela ofereceu um leque de 86 cursos e palestras para capacitar os
profissionais do setor, realizando
mais de 4.800 treinamentos técnicos e comerciais e aprimorando o
conhecimento de cerca de 75 mil
profissionais de diversos níveis
da cadeia de distribuição.
A senhora considera que os custos operacionais constituem hoje
um dos principais desafios para
empresas estrangeiras que atuam
no Brasil? Como superá-los?
O Brasil precisa se engajar num
projeto sério e decisivo para superar seus gargalos de infraestrutura, seus entraves burocráticos e
um sistema fiscal que está entre
os mais complexos do mundo.
Esses são os grandes desafios
que o próximo Governo deve en-
frentar, independentemente da sua
matriz ideológica.
Falando agora sobre sua empresa, qual é a porcentagem da frota
nacional que a linha de produtos
da Magneti Marelli cobre atualmente? Há um ano esse índice chegou
a 98%. É possível ampliá-lo ou a
senhora acredita que este já é um
número razoável diante da expansão da frota brasileira e também da
chegada de novos importados?
A Magneti Marelli Cofap Autopeças
oferece mais de 50 linhas de produtos ao mercado de reposição,
com destaque para os amortecedores Cofap e os componentes de
injeção eletrônica Magneti Marelli,
com market share de 65% e 48%,
respectivamente. Outras linhas
importantes, com market share significativo, são bandejas de
suspensão, juntas homocinéticas,
molas helicoidais, bieletas, linha de
suspensão para motos, com a marca
Cofap, e bobinas de ignição, iluminação, bombas de combustível,
cabos de vela, radiadores, condensadores, evaporadores e compressores, com a marca Magneti Marelli.
Essas linhas detêm de 30% a 40%
de participação de mercado. Esse
nível de participação requer incansável busca por elevados índices
de cobertura de frota, o que só se
consegue com o desenvolvimento e
lançamento de novos códigos, permanentemente. A nossa principal
linha são os amortecedores, líder
inconteste do mercado de reposição, com 98% de cobertura de frota.
Nosso desafio é manter esse alto
índice de cobertura, através de um
programa agressivo de lançamento
constante de novos itens, apesar da
enorme diversidade atual da frota
brasileira, com o ingresso de novas
montadoras, o crescimento dos
Mercado Automotivo • maio • 2014
11
Entrevista R edação
veículos importados e o lançamento contínuo de novos modelos.
Também há um ano o aftermarket
do Brasil respondia por 15% do
faturamento da Magneti Marelli no
País. Houve alteração nesse índice?
Gostaria que falasse sobre esse
percentual: é significativo?
Esse índice aumentou de 15% para
17% em 2013 e a tendência, em
2014, é manter-se ligeiramente
acima desse patamar. É um índice
muito significativo, ainda mais se
levarmos em conta que, em nível
mundial, o aftermarket representa
em torno de 6% do faturamento
total do Grupo Magneti Marelli.
A divisão de reposição da Magneti
Marelli apresentou crescimento de
8% em 2012 no Brasil. Foi possível
manter esse crescimento em 2013?
Por quê? E quais são as expectativas da empresa para 2014?
Em 2013, crescemos 13% graças ao
ritmo acelerado de lançamento de
produtos e novos códigos para os
produtos tradicionais, à ampliação
da nossa base de clientes, especialmente de especialistas, e à força da nossa promoção de vendas.
Pretendemos manter esse ritmo de
crescimento em 2014, não obstante
as dificuldades pelas quais está
passando a economia brasileira
neste ano.
Nos últimos anos a Magneti
Marelli investiu no lançamento
de equipamentos para diagnóstico de motores para automóveis,
motocicletas e caminhões. É o
chamado Magneti Marelli by Texa.
Qual é a importância deste tipo de
produto? Os reparadores conseguiram assimilar corretamente
a tecnologia empregada nestes
equipamentos?
Com o objetivo de buscar maior
competitividade, mantendo a
mesma qualidade, decidimos
12 Mercado Automotivo • maio • 2014
trocar a plataforma de nossa linha
de diagnose e passar a atuar com
marca própria: a Magneti Marelli
Extra. Nossos equipamentos de
diagnose se diferenciam no mercado pela flexibilidade, robustez
e facilidade de utilização. Além
disso, ao optarmos pelo desenvolvimento das plataformas de
diagnóstico localmente pudemos
oferecer uma cobertura de frota
muito maior do que a anterior.
Tudo isso se fez necessário porque precisávamos oferecer um
produto compatível com as necessidades e os recursos dos reparadores, que queriam se atualizar
para atender seus clientes com
qualidade e capacitação técnica.
A Magneti Marelli Cofap garante
aos usuários treinamento constante e adequado, além de uma
linha 0800 para esclarecimento
de dúvidas. Finalmente, nosso
software pode ser adquirido em
versão customizada, o que torna
o produto mais competitivo, sem
contar que as atuais combinações
de licenças disponíveis atendem
aos diferentes perfis
de reparadores.
No aspecto pessoal, gostaria que
me desse sua opinião a respeito
da formação de um bom executivo atualmente. Certa vez li uma
matéria na qual a senhora defendia a formação de um profissional
que tivesse vida dentro e fora da
empresa, que fosse “antenado”,
que tivesse o hábito de ler, ir ao
cinema e que soubesse conduzir
uma conversa. A senhora continua com essa opinião?
Acredito que a pessoa que amplia
seus horizontes culturais tem
muito mais chance de ser bem
sucedida, independentemente
do nível de educação formal que
tiver. Ou seja, não basta frequentar um curso superior. É preciso
ler, assistir a espetáculos, viajar.
Tudo isso ajuda na formação
dos relacionamentos, melhora a
autoestima e, por consequência,
colabora decisivamente para o sucesso profissional. Um executivo
deve levar isso em consideração
ao planejar sua carreira.
Na sua opinião, o mercado no
qual atua carece de profissionais
deste tipo?
O mercado ainda tem carência
desses profissionais de visão
mais alargada, até porque cultura
custa muito caro no Brasil e isso
é um importante fator limitante.
Entretanto, já evoluímos muito
e devemos evoluir ainda mais,
porque é inegável que o Brasil
se abriu para o mundo na última
década e assimilou milhões de
pessoas numa nova classe média,
que, entre muitos outros valores,
também têm a cultura como um
horizonte a ser perseguido.
Tem sido uma queixa frequente
dos empresários o fato de que
não conseguem reter seus talentos. Muitas vezes, chegam a investir no profissional, mas posteriormente acabam perdendo-os para
empresas concorrentes. O que a
senhora pensa sobre isso? Como
fazer para reter profissionais
com segurança?
Atualmente, os profissionais,
especialmente a chamada geração Y, estão sempre em busca de
valorização e crescimento profissional muito rápido. Ao mesmo
tempo, há certa escassez de bons
profissionais e de certa especialização no mercado.
Isto posto, temos uma sólida
política de retenção de talentos
no Grupo Magneti Marelli, que
investe no desenvolvimento de
seus profissionais, assim como
oferece amplas possibilidades
de mobilidade interna, inclusive
transversalmente.
Divulgação
Especial M ajô G onçalves
Como a Pacaembu desenvolveu
a vocação para a linha pesada
Com 51 anos de atuação, a empresa se tornou referência no
mercado de reposição de peças para veículos comerciais, e está
presente em todo o País
A
vida do fundador da
Pacaembu Autopeças, distribuidora especializada em
linha de produtos para veículos
comerciais, é totalmente dedicada a este segmento. Luiz Cassorla
inaugurou a empresa em 1963,
nas proximidades do Estádio do
Pacaembu, por isso, não teve dúvidas em colocar este nome.
14 Mercado Automotivo • maio • 2014
Ainda muito jovem, com 14
anos, foi trabalhar em uma concessionária de caminhões da marca
Desoto Chrysler, em Londrina, PR.
“Fazia de tudo, ajudava os balconistas, entregava faturas, guardava as
fichas de estoque”, conta o empresário. Foi assim que entrou para o
universo de peças para caminhões
e ônibus. Nessa mesma empresa,
que também revendia geladeiras,
aprendeu o ofício, mas, por sua dedicação e habilidade, logo foi para
o balcão vender peças de caminhões. Por causa do serviço militar
ficou um período trabalhando meio
turno três vezes por semana. Nessa
época sua família se mudou para
São Paulo e Cassorla veio para a capital paulista logo que encerrou o
serviço militar, recusando proposta
para ficar.
Em São Paulo, foi trabalhar na
empresa Cibrex que comercializava
peças para caminhões MercedesBenz. Quando seu chefe saiu para
trabalhar em uma empresa concorrente, não perdeu o contato.
Combinavam e se encontravam
para conversar sobre a possibilidade de abrirem o próprio negócio.
Foi assim que, em abril de 1963,
nasceu a Pacaembu Autopeças,
nua Rua Conselheiro Brotero. Com
22 anos, Cassorla e mais dois sócios iniciaram as atividades como
proprietários. Em pouco tempo,
um sócio saiu do negócio. Com
vasto conhecimento em peças
com a experiência que acumulou
quando trabalhava nas empresas,
Cassorla viajava para cidades como
Campinas e Sorocaba para vender.
Além de habilidade, entendia de
peça, sabia decor o número dos
códigos. Devido à dificuldade de
encontrar peças para caminhões,
levava amostras para torneiros desenvolverem alguns itens de miudezas. Chegou até a comprar peças
da extinta Borghoff, que, na época,
era um grande distribuidor.
Na década de 70, com a construção do Elevado, a rua da loja
ficou interditada com as obras e
isso prejudicou bastante o comércio. “Então, adquirimos uma loja de
borracha, na Rua Olavo Bilac, com a
intenção de transferir a Pacaembu,
mas, por questões financeiras, não
conseguimos fazer a mudança. Foi
uma época difícil”, lembra.
A empresa cresceu e os filhos
de Cassorla se juntaram ao negócio.
Primeiro foi o Luís Alexandre, em
1985, depois veio a Ana Paula em
1988. Em 2000, quando foi desfeita
a sociedade e Cassorla se tornou o
único proprietário, sua filha Sandra
Divulgação
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Luiz Cassorla (ao centro) com a equipe de diretores da Pacaembu: Luis Alexandre, Ana Paula,
Sandra Camargo e Eduardo Camargo
veio fazer parte da empresa, que
deslanchou ainda mais, tornando-se uma das principais distribuidoras de autopeças para veículos
comerciais. Hoje, conta com 900 colaboradores e 23 filiais, duas inauguradas há pouco tempo. Mais para
frente seu genro Eduardo também
passou a integrar a equipe.
Destaque internacional – Ao
completar 51 anos, a empresa
também comemora outra importante conquista: acaba de se tornar membro acionista da Temot
International, organização estratégica com políticas mundiais,
voltadas ao setor de reposição automotiva, presente nos principais
países da Europa, das Américas do
Norte, Central e Sul, da África do
Sul, Namíbia e região do Cáucaso.
Cassorla vibra com a presença
dos filhos diante dos negócios e
divide seu tempo entre a empresa, onde faz questão de falar com
os funcionários e rever amigos, e
a fazenda, em Cárceres, no Mato
Grosso, onde tem criação de gado
para corte e touros para reprodução. Lá, ele fica em média 10 dias
do mês junto com sua mulher,
Manoela, que o ajuda na administração. Entre os planos na agropecuária, pretende aumentar para 500
cabeças a criação de touros reprodutivos, além da atividade de gado
de corte, negócio pecuário já consolidado da família.
Desde 1981 a sede da empresa
em São Paulo se localiza próximo à
ponte do Limão, e Cassorla tem na
equipe de colaboradores funcionários com mais de 28 anos de casa.
É comum ver a cena se repetir ao
longo do dia: Cassorla cumprimentando os profissionais e conversando. Parece que ele está em casa,
e, na verdade, está. A Pacaembu é
sua casa e ele se sente privilegiado
de poder estar ali perto dos filhos,
mantendo contato diário. “Teve um
amigo que me perguntou como eu
consegui trazer os meus filhos para
trabalhar comigo. Ele também queria fazer o mesmo, mas não conseguiu”, fala.
Expansão – Também foi em 1981
que a empresa deu um grande salto com a aquisição da distribuidora
Pimentel, garantindo assim a no-
Mercado Automotivo • maio • 2014
15
Divulgação
Especial M ajô G onçalves
meação de importantes fábricas.
Na ocasião, poderia ter começado
a trabalhar com itens para a linha
leve porque a Pimentel atuava nesse segmento, mas decidiu manter o
foco em pesados. Só de olhar para
a peça, Cassorla é capaz de identificar o material e a composição do
produto. “É uma vida inteira de trabalho na mesma área”, afirma. Ele
acha importante investir em treinamento da equipe de funcionários.
A empresa tem uma sala reservada
só para isso tanto na sede como nas
filiais. “Hoje, temos mais de 48 mil
itens no portfólio e esse número
está sempre aumentando. A cada
mudança no veículo, surgem novos
componentes”, conta.
Para Cassorla, o segredo do negócio está no atendimento de qualidade que sempre adotou. Ainda
16 Mercado Automotivo • maio • 2014
lá no início, ficava aberto até mais
tarde para atender os clientes e
ajudá-los da melhor forma possível.
Para dar comodidade ao cliente,
implantou sistema de entrega ainda quando não era comum oferecer
este diferencial. Com toda essa dedicação, mantém clientes ao longo
de décadas. Ainda com relação a
atendimento, faz questão de frisar
que o departamento dedicado à
garantia tem profissionais que são
constantemente treinados pelas
fábricas. Vendo toda a estrutura
atual, ele recorda da época difícil e
com poucas condições para investir. Chegou perto de desistir, mas
foi em frente com muita dedicação.
“É preciso gostar do que faz.”
Para Cassorla, o bom vendedor
precisa passar por outras áreas da
empresa para conhecer o produto.
Depois de ter essa vivência na expedição para conhecer as peças,
o profissional vai para a área de
vendas acompanhar a rotina para
adquirir experiência.
Satisfeito com o trabalho que
desenvolveu ao longo de sua trajetória, Cassorla está feliz ao lado
da família e orgulha-se de onde
conseguiu chegar.
Como empresário de destaque
no setor, Cassorla participou da
diretoria da Andap na década de
80 e depois suas filhas Ana Paula
e Sandra assumiram essa função.
Além de sua rotina na empresa e na fazenda, o empresário
gosta de caminhar no Estádio do
Pacaembu sempre que pode. Viajar
com a família, esposa, filhos e netos, também é uma das suas maiores satisfações.
Mercado em transição
Fotolia.com
Capa C léa M artins
As vendas on-line crescem no País em média 30% ao ano e fazem
o mercado de reposição de autopeças questionar se não é hora de
investir mais neste promissor canal de consumo
D
isponibilizada no final da
década de 90 aos brasileiros, a internet arrasta
hoje pelo menos 105 milhões de
pessoas no País para frente dos
computadores, segundo levantamento do Ibope Mídia. E o que
elas fazem na rede? De tudo,
encontram amigos, batem papo,
pesquisam e também compram.
Pesquisa do E-bit – empresa especializada em informações do
comércio eletrônico – mostra
que 51,3 milhões de pessoas aqui
no Brasil já utilizaram a internet
para adquirir algum produto. Só
18 Mercado Automotivo • maio • 2014
no ano passado, 9,1 milhões de
consumidores compraram on-line
pela primeira vez.
Ainda segundo o estudo da
E-bit, o e-commerce brasileiro
cresceu 28% em 2013, quando
faturou R$ 28,8 bilhões. O tíquete médio dessas compras
foi de R$ 327. Entre as categorias de produtos mais vendidos estão os itens de ‘Moda &
Acessórios’, que pelo segundo
ano liderou o ranking de vendas
on-line. Atrás dela, ‘Cosméticos
e Perfumaria’, ‘Eletrodomésticos’,
‘Livros e Assinaturas de Revis­
tas’, ‘Informática’ e ‘Telefonia’,
entre outros.
Embora ainda não lidere os
rankings de maior comercialização da internet, o setor automotivo tornou-se uma das principais
categorias, no varejo, de interesse dos consumidores. Segundo o
Ibope Mídia, os sites automotivos
estão entre os mais populares no
País, com o maior aumento no número de visitantes únicos. Ainda
segundo levantamento do instituto de pesquisa, parte dessa popularidade é reflexo do crescente
interesse dos consumidores em
adquirir veículos novos.
Embora em um ritmo menor do
que as vendas de produtos com
menor valor agregado, a comercialização on-line no setor automotivo também cresce. Pesquisa
da Online Retail Index, produzida pela E-Consulting, previa um
crescimento de 20,6% nas vendas
on-line de carros, motocicletas e
peças para o ano passado.
Mas mesmo que ainda falte
coragem para fechar o negócio
pela internet, todo o planejamento de compra já é feito com
base nas pesquisas da rede.
Levantamento feito pela Navegg,
empresa brasileira de análises
na web, aponta que mais de 60%
dos usuários de internet usam
este canal para planejar a compra
de veículos.
NA REPOSIÇÃO
No que se refere à pesquisa de
preços e outras condições de compra, no segmento de autopeças
não é diferente. Levantamento
realizado pelo Google em parceria com a Millward Brown Digital,
aponta que sete entre 10 proprietários de veículos analisam a compra na internet antes de adquirir
uma autopeça, seja no varejo off-line ou virtual. E mais, pelo menos um terço dos entrevistados
disse já ter comprado ou visitado
varejistas após ter assistido vídeos na web.
Essa mudança de hábito do
consumidor e o crescimento constante de 30% em média das vendas realizadas pela internet no
País têm sido acompanhados de
perto pelo Sincopeças – Sindicato
do Comércio Varejista de Peças
e Acessórios para Veículos no
Estado de São Paulo –, que,
junto com os Correios realizou,
no dia 4 de abril, durante a última edição da Automec Pesados
& Comerciais, no Pavilhão de
Exposições do Anhembi, em São
Paulo, o evento ‘V@rejo On-line’:
“O e-commerce é um importante
canal de vendas e não podemos
perder esta oportunidade de gerar negócios”, afirmou na ocasião
Francisco Wagner de La Tôrre,
presidente da entidade.
Para os mais céticos, dados do
E-bit específicos sobre o setor de
autopeças mostram que cerca de
700 mil pedidos de componentes
automotivos são feitos por mês na
internet. Além disso, em 2013, 52
milhões de pedidos de autopeças foram efetivados na rede, totalizando um montante de R$ 23
bilhões em vendas, com tíquete
médio de R$ 350.
Esse enorme potencial de
negócio atraiu gente nova para o
setor. Uma plataforma B2B (sigla
em inglês para relações comerciais entre empresas – de negócio
para negócio) e B2C (de empresa
para consumidor final) dedicada
apenas para autopeças foi lançada no País, no ano passado, a
Canal da Peça. O site é o primeiro
shopping on-line brasileiro dedicado ao varejo de autopeças.
“Estudamos vários setores para
construção de um marketplace e
encontramos na indústria automotiva uma grande oportunidade por conta de suas características peculiares”, assinala Vinicius
Dias, diretor executivo e cofundador do Canal da Peça.
Essas particularidades têm a
ver com o alto número de players,
Divulgação
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Francisco Wagner de La Tôrre, presidente
do Sincopeças
marcas e itens do setor, além do
tamanho do território nacional:
“Avaliamos ter uma oportunidade promissora de estruturar uma
plataforma web para transacionar
produtos entre todos os atores da
cadeia, do fabricante ao varejista,
o mecânico e o próprio consumidor, que hoje usa massivamente
a internet para pesquisar peças,
fornecedores e prestadores de
serviços”, explica o executivo
que, neste ano, planeja alcançar
um faturamento de R$ 15 milhões.
(Leia mais no box Canal da Peça.)
OUTRA REALIDADE
Longe ainda do mercado milionário e até do real entendimento do e-commerce, milhares de
varejistas de autopeças ainda
esperam seus clientes ligar ou
aparecer no balcão. Não são raras as lojas brasileiras que não
possuem site ou mesmo internet. Ciente desta realidade, o
presidente do Sincopeças admite que ainda é cedo para saber
como o e-commerce vai evoluir.
Mercado Automotivo • maio • 2014
19
Mas é importante que os lojistas
entendam que é preciso começar a investir nesse canal já. “É
preciso promover a conscientização sobre a importância dos
meios eletrônicos (sites, e-mails,
e-mails marketing e até e-commerce) como forma de otimizar as
vendas no varejo. Por isso, este
tem sido um assunto permanente
na pauta do Sincopeças-SP, com
realização de palestras, notícias,
artigos e entrevistas com especialistas sobre comércio eletrônico”,
diz La Tôrre.
Divulgação
INVESTIMENTO,
CONCORRÊNCIA E GESTÃO
O presidente do sindicato explica
que, para iniciar as operações na
rede não é preciso fazer grandes
investimentos. Se o lojista optar
por utilizar uma plataforma terceirizada, é necessário apenas
que conte com um computador
e serviço de banda larga. O que
não pode falhar, em hipótese alguma, diz La Tôrre, é a precisão
da informação passada ao cliente,
Vinicius Dias, diretor executivo e
cofundador do Canal da Peça
20 Mercado Automotivo • maio • 2014
como disponibilidade do produto
e prazo de entrega, entre outras.
Para Jairo Lobo Migues, consultor do Sebrae-SP, que ministrou
uma das palestras no encontro do
Sincopeças-SP, na Automec, o planejamento, ferramenta vital para
a saúde e o crescimento da empresa no mundo físico, também
é primordial no negócio digital.
E esse planejamento passa pela
previsão da criação do site da
empresa, desde o registro do domínio e contratação do provedor
de hospedagem até a adoção de
parcerias que permitam disponibilizar ferramentas que caracterizam o e-commerce, como as de
pagamento e logística.
E para quem pensa que essa
parte de implantação do sistema é a mais complicada ou cara,
Migues explica que existem plataformas gratuitas na internet
que podem ajudar os varejistas.
Neste caso, o pagamento do serviço prestado é feito com repasse
de porcentagem da venda efetivada para o site. Quem preferir, ainda há a possibilidade de
criar o próprio site. “Os valores
podem variar bastante, principalmente quando você contrata
uma equipe para fazer o serviço
ou disponibiliza ferramentas ou
funcionalidades mais modernas
ao canal”, explica.
Site no ar, agora é só esperar
o pedido, certo? Errado. Para
Migues o segredo da internet está
na divulgação. “Para isso o lojista tem que contar com verba de
marketing”, afirma o consultor,
que acrescenta a relevância de estar nas primeiras páginas de procura de sites de pesquisa, como
o Google: “A principal dificuldade
Divulgação
Capa C léa M artins
Jairo Lobo Migues, consultor do Sebrae-SP
não é efetivamente vender, mas
se estruturar para entrosar política de troca, política reversa, vendas, programa de manutenção
do cliente e acima de tudo isso
a propaganda”.
Já para aqueles que ainda não
se sentem prontos para o e-commerce, o consultor do Sebrae dá
uma dica: “Comece por marcar
presença na internet, disponibilizar um e-mail para o seu cliente, abrir uma página em comunidades virtuais. É importante
marcar presença”.
O setor de moda é bom exemplo de sucesso do e-commerce e
mostra que um bom trabalho na
internet pode render resultados
positivos bem antes do esperado.
Essa categoria, que não aparecia
no Top 5 do ranking de vendas do
E-bit, terminou 2012 e 2013 como
líder de vendas. Para Migues, reflexo do entendimento do setor
de como funciona o e-commerce
e, sobretudo, da sua reestruturação. “O comércio eletrônico é
relativamente novo e as empresas estão todas em processo de
Cinto de segurança salva vidas.
aprendizagem, adaptando e se
readaptando todo o tempo. Tudo
pode ser vendido na internet
hoje, por que não? Mas é preciso
planejamento”, explica.
Se a internet ajuda a promover as vendas, também aproxima
mercados. E a concorrência na
rede é ainda mais acirrada que no
mundo físico. “O investimento em
publicidade é fundamental, pois
existe algo próximo de 3 bilhões
de sites na internet e você tem de
se destacar nesse imenso universo”, explica La Tôrre, que completa: “Se o reparador não encontra
a peça que procura no canal em
que está acostumado a usar, no
caso o varejo, ele precisa encontrar esse produto de alguma maneira, nem que seja recorrendo a
sites internacionais. O carro está
parado e precisa ser reparado.
Também precisamos considerar
que, nos últimos anos, houve uma
grande diversificação de modelos
e marcas de veículos. Em certos
casos de modelos importados
de baixa saída é difícil achar a
peça de reposição no Brasil até
via montadora”.
ESTRUTURA E LOGÍSTICA
Além do investimento em marketing, o e-commerce também
demanda uma estrutura física
eficiente por trás do computador. E isso tem custo, explica o
consultor do Sebrae, por isso
ele reforça a necessidade de
planejamento, não apenas para
promover uma boa experiência de compra ao consumidor,
mas o encantamento.
A seleção de parceiros pode
ajudar a resolver parte destes
problemas, pelo menos no que
22 Mercado Automotivo • maio • 2014
diz respeito à logística, explica Michel Herrera, gerente de
Atividades de Vendas em São
Paulo, Região Metropolitana do
Sebrae: “O comércio eletrônico
é muito promissor, no entanto,
o empresário que não estiver
preparado pode não obter os
resultados esperados. Uma dica,
além de buscar ajuda do Sebrae,
é recorrer a programas de capacitação, como os do Ciclo MPE-net
da Câmara e-Net”.
Em relação aos Correios, que
só no ano passado entregaram
mais de 56 milhões de encomendas, sendo 61,5% na modalidade
expressa (Sedex), Herrera diz que
os serviços de entrega disponíveis são: Sedex, para todas as cidades brasileiras, E-Sedex, para
205 cidades, e PAC, para todos
os municípios.
O SIGEPWEB – Sistema de
Gerenciamento de Postagem via
internet – é outra ferramenta dos
Correios que pode ajudar os varejistas a alçarem voo na internet,
aponta o executivo: “Ele permite
ao empresário um gerenciamento
de todas as suas postagens emitindo os documentos e as etiquetas necessários, além de auxiliar
no traking da mercadoria. Não há
custo para a utilização do sistema,
basta que o cliente possua um
contrato para postagens com os
Correios e os requisitos básicos
são apenas um computador com
impressora e acesso à internet”.
O serviço de logística reversa também é oferecido pelos
Correios, além de preparação
de lista de encomendas e emissão de relatórios de informações
por período e gerenciamento
de encomendas.
Divulgação
Capa C léa M artins
Michel Herrera, gerente de Atividades
de Vendas em São Paulo, Região
Metropolitana do Sebrae
Os problemas mais comuns
hoje relacionados à entrega de
produtos, diz Herrera, estão relacionados à falta de informação
ao cliente do valor do frete e das
opções de entrega e prazos. Além
disso, tem muita empresa que
ainda preenche erroneamente o
endereço do destinatário.
Com planejamento, bons parceiros e vontade é sim possível
que os varejistas não apenas comecem a marcar presença na internet, mas a tornem parte importante de seu negócio, pois com
crescimento consolidado já há
alguns anos na casa dos dois dígitos, acreditam os especialistas,
o e-commerce não é uma onda
passageira: “A internet é definitivamente um caminho sem volta,
como foi para todos os mercados
que entraram no mundo digital.
As vantagens, a economia e velocidade que a internet promove
vão, aos poucos, tomando conta
dos modelos de negócio”, diz
Vinicius Dias.
Raúl Candeloro w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
C
onvidei líderes e gestores de vendas a participar de uma
pesquisa sobre Treinamento em Vendas.
Tivemos mais de 500 respostas e lançamos uma série de
e-books sobre o assunto. Chegamos à conclusão que existem 14
grandes erros de treinamento em Vendas.
1.Treinar sem saber o que está fazendo (treinar por treinar, sem
ter alguém especializado nisso liderando o processo).
2.Realizar treinamentos genéricos (ou seja, não adaptados especificamente para a situação da empresa).
3.Muita teoria e pouca prática.
4.Muita motivação (oba-oba) e pouca ação.
5.Treinamento conduzido por pessoas que não conhecem o dia
a dia de vendas.
6.Treinar todos os vendedores do mesmo jeito, como se fossem
todos iguais.
7.Colocar, sem orientação, campeões de vendas para treinar.
8.Organizar apenas treinamentos conduzidos/oferecidos
por fornecedores.
9.Treinamentos excessivamente repetitivos.
10.Não criar padrões para os treinamentos.
11.Não considerar o mercado e os clientes.
12.Treinar com pouca frequência.
13.Não treinar os vendedores a trabalhar mix de produtos/serviços.
14.Não mensurar resultados de treinamentos.
Quando entrevistei Dave Stein (edição de abril da Venda Mais),
maior autoridade no mundo em como medir a efetividade de
treinamentos de vendas, ele disse que incluiria apenas um item
nesta lista:
Não considerar o processo de COMPRA dos clientes. (Basicamente,
um aprofundamento do item 11, mas tão sério e importante que
Stein considera fundamental separar e analisar separadamente.)
Vale a reflexão: seus treinamentos de vendas sofrem de algum
destes 15 erros?
www.vendamais.com.br
24 Mercado Automotivo • maio • 2014
Roberta Prado
Os 14 maiores erros de
treinamento em Vendas
Raúl Candeloro é fundador e diretor
da Editora Quantum
Cinto de segurança salva vidas.
Leandro M. Leite e Diengles A. Zambianco m
a.co
li
Foto
Obrigação de identificação e
informações em produtos expostos
à venda – orientações práticas
A
lém de obrigações de natureza tributária, a legislação brasileira prevê diversos deveres instrumentais complementares aos contribuintes
que comercializam mercadorias e serviços.
Dentre tais deveres encontram-se os contribuintes obrigados à veiculação de diversas informações
nos produtos expostos à venda ao consumidor, como
origem, aplicação, validade, dados do importador ou
fabricante, entre outros dados.
As informações a serem inseridas em tais produtos
não se encontram listadas em um manual ou guia único, mas sim inseridas em diversas normas esparsas,
previstas em diferentes leis e regulamentos.
Com o crescimento do comércio de produtos importados, até mesmo com o objetivo de proporcionar
melhor controle da qualidade de produtos fabricados
fora do território nacional e colocados à venda no País,
a legislação e a fiscalização passaram a ser mais rigorosas com a exigência de certificações e detalhamento
de informações nas mercadorias de origem estrangeira.
A não observância dessas exigências traz grande
insegurança aos contribuintes, que ficam sujeitos, além
da imposição de penalidades, à necessidade de prestação de informações às autoridades fiscalizadoras.
Recentemente, fabricantes e comerciantes de
autopeças demonstraram grande preocupação com
relação à qualidade das informações contidas nas
etiquetas dos produtos expostos à venda, em razão
28 Mercado Automotivo • maio • 2014
da intensificação de visitas promovidas por policiais
civis aos estabelecimentos varejistas, sob a justificativa de necessidade de verificação das informações
constantes em etiquetas, e correspondente observância às exigências trazidas pelo Código de Defesa
do Consumidor.
Importante esclarecer que a abrangência da atividade das autoridades policiais está relacionada à
apuração de “crimes” que, nas relações de consumo,
são caracterizados por situações em que as omissões de informações possam, de alguma forma, trazer dano, prejuízo ou tenham como objetivo enganar
o consumidor.
Nas demais situações, em que as informações apenas infrinjam regulamentos e não tenham potencial de
causar dano ou induzir a erro, completamente ausente
qualquer prática criminosa que implique na atuação de
autoridades policiais.
De qualquer maneira, como forma de evitar o desconforto e problemas com a fiscalização ou com autoridades policiais, é importante que os integrantes de
todas as etapas de circulação de mercadorias e serviços
atentem para a qualidade das informações inseridas
nos produtos expostos à venda.
Enumeramos abaixo as principais informações exigidas pelas normas brasileiras para a comercialização
de produtos e serviços.
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
NORMAS RELACIONADAS À ATIVIDADE DE
INDUSTRIALIZAÇÃO OU IMPORTAÇÃO:
O Regulamento do IPI (Decreto nº 7.212/10) exige em
seu artigo 273 que os fabricantes e os estabelecimentos que realizam industrialização por encomenda são
obrigados a rotular, marcar ou numerar seus produtos
e os volumes que os acondicionarem em lugar visível,
antes de sua saída do estabelecimento, indicando:
I− a firma;
II− o número de inscrição do estabelecimento
no CNPJ;
III− a situação do estabelecimento (localidade, rua
e número);
IV− a expressão “Indústria Brasileira”; e
V− outros elementos que, de acordo com as normas deste Regulamento e das instruções complementares expedidas pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil, forem considerados
necessários à perfeita classificação e controle
dos produtos.
No caso de produto importado, deverá ser mencionado, ainda, o nome do país de origem.
Cinto de segurança salva vidas.
NORMAS RELACIONADAS AO CUMPRIMENTO DAS
LEIS QUE REGULAM AS RELAÇÕES DE CONSUMO, CUJA
EXIGÊNCIA SE APLICA A TODOS OS COMERCIANTES
QUE REALIZEM VENDAS A CONSUMIDORES FINAIS:
O Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90)
estabelece como direito do consumidor que todos os
produtos contenham rótulo ou etiqueta com informações
sobre os produtos colocados à venda.
Referida norma prevê a obrigatoriedade que os produtos contenham dados relativos a quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre
eventuais aplicações e riscos que os mesmos apresentem.
Recentemente, com o advento da Lei nº 12.741/12 (Lei
da Transparência), foi inserida também a necessidade
de informação sobre os tributos incidentes no preço
das mercadorias.
Todas as informações acima, na medida em que aplicáveis, devem ser inseridas nas embalagens dos produtos
e nos documentos fiscais que documentem a respectiva
venda, a fim de que a informação ao consumidor possa
ser transmitida com a devida clareza que a lei determina.
Mercado Automotivo • maio • 2014
29
NORMAS RELACIONADAS A INFORMAÇÕES
SOBRE A CODIFICAÇÃO, CARGA TRIBUTÁRIA E
CLASSIFICAÇÃO:
Conforme acima já referenciado, a chamada Lei da
Transparência (Lei nº 12.741/12) previu que todo documento fiscal que for emitido por ocasião da venda ao
consumidor de mercadorias e serviços, deverá constar
a informação do valor aproximado da totalidade dos
tributos federais, estaduais e municipais que influenciaram na formação do respectivo preço de venda.
Essa previsão pode ser substituída pela criação de
um painel afixado no estabelecimento vendedor, de
forma a propiciar com clareza o fornecimento de informações sobre a carga tributária incidente nos produtos
colocados à revenda.
Também prevê a legislação diversas outras informações a serem inseridas nos produtos comercializados,
de forma a possibilitar aos contribuintes das etapas
subsequentes de comercialização o adequado tratamento tributário a ser atribuído a cada produto.
Cite-se como exemplo a recente alteração trazida
pela legislação que regulamenta a tributação pelo
ICMS nas operações interestaduais com produtos importados, que prevê a inserção de Códigos de Situação
Fiscal (CST) e dados relativos ao conteúdo de importação, como forma de possibilitar ao comprador o adequado tratamento tributário às mercadorias adquiridas.
Após a utilização do sistema de controle das mercadorias por código de barras (que indica o código
comercial do produto e o registro da empresa perante a entidade regulamentadora – GS1 Brasil – Antiga
EAN Brasil), também passou a ser obrigatório que as
empresas, quando existente o respectivo código para
o produto, insiram tal informação nos respectivos documentos fiscais.
30 Mercado Automotivo • maio • 2014
Leandro Martinho Leite é
advogado do escritório Leite,
Martinho Advogados-LMA,
especializado em tributação,
planejamento societário e
estruturação de logística fiscal
Divulgação
Em que pese a legislação aduaneira não prever regras expressas sobre rotulagem, marcação ou etiquetagem de produtos importados, além do nome do país
de origem, os importadores devem atentar para que as
informações contidas nos produtos tenham a clareza
necessária para atender as disposições contidas nas
mesmas normas.
Isso porque, tratando-se a importação de uma atividade equiparada à industrialização, a interpretação
legal nos leva à conclusão de que tais informações também devam ser inseridas nos produtos importados.
Divulgação
Leandro M. Leite e Diengles A. Zambianco Diengles Antonio
Zambianco é consultor e
advogado do escritório Leite,
Martinho Advogados-LMA,
especializado em legislação
fiscal, contabilidade e
recuperação de créditos
tributários.
CONCLUSÃO
Além do cuidado com as informações acima elencadas, é extremamente importante que as empresas
mantenham registros de controle adequados que
permitam identificar e apresentar às autoridades
fiscalizadoras e policiais, sempre que solicitado, informações sobre o documento fiscal de origem das
mercadorias adquiridas.
É primordial que todos os integrantes da cadeia de
fornecimento colaborem no cumprimento das normas
legais, possibilitando que o sistema de identificação
de produtos funcione de forma harmônica.
Adotando-se as orientações acima, e inserindo-se nas embalagens, etiquetas e rótulos as informações legalmente exigidas, ficam afastados os riscos
de questionamentos e imposição de penalidades
aos contribuintes.
Respeite a sinalização de trânsito.
Cinto de segurança salva vidas.
SEMINÁRIO
DA REPOSIÇÃO
AUTOMOTIVA
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Geomarketing S érgio D uque
Goiás
O
Estado de Goiás possui extensão territorial de
340.086,7 km2, com população residente estimada em 6,3 milhões de pessoas em 246 municípios, onde circulam aproximadamente 1,6 milhão
de veículos e que resulta em índice de 4,0 habitantes
por veículo.
O PIB estimado para 2014 do Estado é de US$ 51,2
bilhões, apresentando perspectivas de crescimento
apenas moderado, pouco acima da média nacional,
previsto para 2,3% neste ano. No Estado predomina a
atividade agropecuária, embora o setor industrial e de
serviços, juntos, respondam por importante participação na composição da renda estadual.
São 5 mesorregiões, com seus respectivos municípios de referência: (1) Centro Goiano (região de
Anápolis); (2) Leste Goiano (Luziânia); (3) Noroeste
Goiano (Aragarças); (4) Norte Goiano (Porangatu); e (5)
Sul Goiano (Rio Verde e Itumbiara).
No Estado de Goiás a malha rodoviária é de 94,0
mil km de extensão, sendo 11,1 mil km de estradas
pavimentadas, o equivalente a apenas 11,8% do total,
e 75,0 mil km de estradas não pavimentadas, mais 7,9
mil km de estradas planejadas, segundo dados de 2012
do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes).
32 Mercado Automotivo • maio • 2014
Já os estudos da CNT (Confederação Nacional de
Transportes) apontam que, das estradas pavimentadas existentes no Estado, apenas 1,8% delas estão
em ótimo estado de conservação, sendo que 33,3%
encontram-se em bom estado, 32,4% em estado regular,
19,7% em estado ruim e os restantes 12,8% em péssimo
estado de conservação.
A Audamec Marketing e Pesquisas Automotivas está
comercializando desde o mês de abril uma ferramenta
de geomarketing on-line, que contempla estudos sobre todos os Estados brasileiros, podendo ainda ser
acessados dados individuais de cada um dos 5.565
municípios, ou para cada uma das 563 microrregiões
fundamentadas na divisão proposta pelo IBGE. O
acesso se dá através de login e senha, e as consultas
podem ser customizadas com o programa adaptado
para atender necessidades específicas dos usuários
assinantes, sejam eles fabricantes, distribuidores ou
representantes comerciais.
Para conhecer e navegar em demo, acesse: www.
audamec.com.br/geomarketing. Lá você encontra todas
as informações para contratar o serviço.
Se preferir, ligue para (11) 2281-1840 e peça informações mais detalhadas.
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
GEOMARKETING AUTOMOTIVO – GOIÁS
Estado em referência
Goiás
Índice Potencial Demanda Regional em Relação ao Brasil (%)
População
6,3 milhões
Anápolis
0,39
Porangatu
0,32
PIB Estimado 2014
US$ 35,9 bi
Goiânia
1,49
Posse
0,14
Itumbiara
0,44
Rio Verde
0,50
Nº Veículos
1.569.242
Automóveis
704.540
Comerciais Leves
188.254
Caminhões
84.436
Potencial Demanda Estado
Ônibus
19.445
Nº ESTIMADO DE PONTOS DE VENDA E CONSUMO DE AUTOPEÇAS
Tratores
26.154
Lojas de Varejo
Motos
Habitantes por Veículo
546.413
4,0
Centros Automotivos
Retíficas
3,28
1.052
458
83
Postos de Combustíveis
Concessionárias
Frotistas
1.248
215
2.254
Fontes: Denatram para dados sobre frota e Audamec Marketing para dados sobre potencial regional e pontos de venda (www.audamec.com.br)
Mercado Automotivo • maio • 2014
33
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Elvis P. Santos
Estatísticas S érgio D uque
O emplacamento de
veículos até abril de 2014
Até o final do primeiro semestre não se espera recuperação em
números de vendas e emplacamento
O
emplacamento acumulado até abril de 2014 atingiu
Já os números de motocicletas tiveram um pequeno
1,6 milhão de novos veículos no País, mais 40 mil
esboço de que partiriam para uma ano de recuperação,
máquinas agrícolas e implementos rodoviários, númas voltaram a esbarrar no mercado inibidor por conta
meros que não revertem a curva de tendência decrescente
do crédito, limitado em razão da incapacidade de soljá estimada pela Anfavea e pela Fenabrave para o período.
vência dos interessados. A maior fatia dos consumidores
O segmento de automóveis está negativo em quase 8%
depende então de pagamento à vista e/ou consórcio para
no acumulado até aqui em relação ao mesmo período de
obter o veículo.
2013 e as chances de que se consiga uma recuperação para
Para maio não se espera melhor desempenho de venos próximos meses são pequenas, dadas as avaliações que
das e emplacamento, o que só deve acontecer após períose prestam no cenário atual.
do de férias de meio do ano, ainda assim, sem expectativa
As montadoras voltaram a conversar com o governo na
favorável. Por conta desse cenário reverso, os institutos de
tentativa de encontrar alguma solução para evitar queda
estudos e pesquisas do setor automotivo já reduziram em
ainda maior, lembrando que em junho o IPI voltará a subir
quase 700 mil veículos a previsão de venda para 2014.
para veículos novos, em todos os segmentos, exceto para caminhões.
LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
O segmento de comerciais leves é o único que continua com bom desempenho geAcumulado jan-abr
Previsão
ral e deve fechar o ano com volume superior,
Segmento
% Var.
2014
2014
2013
aproximadamente 5% maior que em 2013,
que já fora maior em 2012.
2.420.000
Automóveis
792.095
857.219
-7,59 ▼
A venda de comerciais pesados, na contramão do esperado, deverá registrar recuo
Comerciais Leves
261.933
247.094
6,00 ▲
760.000
no acumulado de 10% em relação ao ano anCaminhões
41.653
48.571
-14,24 ▼
135.000
terior, péssimos números para o segmento.
O País necessita de renovação e investimenÔnibus
10.178
11.277
-9,74 ▼
32.000
tos no segmento de caminhões para atenImplementos
18.956
20.824
-10,70 ▼
58.000
der a demanda de transporte da safra, mais
uma vez prevista de recordes para o ano. E
Máquinas Agrícolas
20.957
31.527
-33,53 ▼
65.000
ônibus, para atender a demanda de mobiliMotos
487.114
493.071
-1,21 ▼
1.400.000
dade urbana, tão necessária e amplamente
divulgada que ocorreria, especialmente em
Total
1.632.886 1.709.583
-4,49 ▼
4.870.000
corredores de ônibus por conta da copa e
Fonte: Licenciamento acumulado Fenabrave. Máquinas agrícolas, números apenas para referência, uma
vez que não há emplacamento para este segmento. Previsão 2014, estudos Audamec Marketing.
do ano eleitoral.
34 Mercado Automotivo • maio • 2014
Respeite a sinalização de trânsito.
SEMINÁRIO
DA REPOSIÇÃO
AUTOMOTIVA
Respeite a sinalização de trânsito.
O Seminário da Reposição Automotiva é uma realização do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva),
que integra as principais entidades representativas do setor:
• Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores),
• Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças),
• Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista de Peças e Acessórios para Veículos de São Paulo),
• Sincopeças (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado
de São Paulo),
• Sindirepa (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo),
e organizado pelo Grupo Photon.
E N D E R E ÇO
Avenida Paulista, 1313 - São Paulo
R E A L I Z AÇ ÃO :
Abrapneus
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
APOIO 2013
O R G A N I Z AÇ ÃO
GRUPO PHOTON
[email protected]
11 - 2281.1840
DOS REVENDEDORES DE PNEUS
14 DE
OUTUBRO
DE 2014
TEATRO
RUTH CARDOSO FIESP
WWW.SEMINARIOAUTOMOTIVO.COM.BR
PAT R O C Í N I O 2013
Divulgação
Em Destaque R edação
Referência nacional e mundial
Monroe completa 40 anos de atuação no Brasil e comemora
espaço conquistado no País
O
ano de 2014 representa
uma importante marca alcançada pela Monroe no
Brasil. A multinacional, fundada nos
Estados Unidos em 1916, completa
quatro décadas de atuação no País
e pode ser considerada referência
não somente nacional mas mundial
no desenvolvimento de amortecedores automotivos.
Atualmente, a Monroe responde por aproximadamente 30% de
participação no aftermarket brasileiro no segmento em que atua.
Além dos amortecedores, a unidade nacional produz também
componentes para suspensão e
38 Mercado Automotivo • maio • 2014
sistemas de exaustão. A própria
empresa gosta de destacar que,
assim como faz nos outros países
em que atua, entrega ao setor de
reposição brasileiro rigorosamente
o mesmo produto que fornece ao
mercado original.
“Com essa prática, tanto o dono
do carro como o reparador automotivo encontram no produto da
Monroe toda a expertise de quem
desenvolve amortecedores com a
chancela da montadora”, destaca
a companhia, em comunicado distribuído à imprensa.
Além disso, a Monroe ressalta
sua especial atenção ao mercado
brasileiro, no qual acredita haver
boa capacidade de negócios. Em
2012, por exemplo, a empresa lançou o Monroe OEspectrum, o primeiro amortecedor do mercado
com três anos de garantia ou 60
mil quilômetros. “O produto de
linha premium oferece maior estabilidade, segurança e conforto,
melhorando o controle direcional
do veículo e é aplicável em veículos das principais montadoras,
respeitando suas características
específicas”, completa a empresa
no comunicado.
Nesses 40 anos em que atua
no Brasil, a Monroe esteve sempre
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
INVESTIMENTOS SOCIAIS
Como diversas empresas do setor
automotivo, a Monroe também dedica parte de seus investimentos
às políticas sociais. Isso ocorre até
mesmo pelo fato de a empresa já fazer parte da cidade de Mogi Mirim,
pois está no município há quatro
décadas. Dessa forma, foi mais fácil
observar os nichos nos quais poderia atuar de modo a promover
o desenvolvimento econômico e
também socioeducacional tanto de
seus colaboradores quanto das comunidades que permeiam sua uni-
dade de produção. Para isso,
a empresa tem atuado em
parceria com o governo local
e também com ONGs (organizações não governamentais)
que atendem a região.
“A Monroe faz parte da
história de Mogi Mirim, e contribuímos constantemente
para o seu desenvolvimento
socioeconômico e educacional. Continuaremos apoiando ações assertivas, sempre
reforçando nosso compromisso com a comunidade”,
relata Marli Manara, diretora de Recursos Humanos
da Tenneco.
Um dos projetos apoiados
pela Monroe é o Carpe Diem,
Guillermo Minuzzi, presidente da Tenneco
que trabalha com crianças
na América do Sul, detentora da marca
e adolescentes assistidos
Monroe Amortecedores
pelo Incentivo à Criança e ao
Adolescente de Mogi Mirim
uma empresa, de maneira susten(ICA). De acordo com a comtável e segura.
panhia, o Carpe Diem foi reconheDe acordo com a empresa, o
cido na categoria “Best Practice” na
programa atende diferentes púedição de 2012 da premiação local
blicos-alvo, que incluem desde
promovida pela Associação dos
gerentes e proprietários até apliProfissionais de Recursos Humanos
cadores de centros automotivos e
da Região de Campinas (Deasa).
autopeças. O projeto foi premiado
“Atuamos com responsabilidaem 2007 com o TOP de Marketing,
de social e investimos em ações
um dos principais reconhecimentos
socioeducativas que ajudam a amda área, graças à sua capacidade de
pliar a cultura e a cidadania entre
fidelização pelos clientes.
os jovens mais carentes. Esse rePor todos essas conquistas, a
conhecimento é um dos atestados
Monroe comemora a importante
de que estamos no caminho certo”,
marca alcançada no Brasil. Mais do
completa Manara.
que isso, a empresa entende que,
Outra iniciativa já premiada da
assim como ocorre nos outros paíMonroe diz respeito à capacitação
ses em que atua, pode ser consideprofissional. Desde 1999 a empresa
rada referência em vendas, produoferece, a partir do Monroe Club,
ção e desenvolvimento nos setores
diversos programas de treinamenque atende no País. Sustentada por
to e assistência direcionados a emesses fatores, a companhia já pode
preendedores com o objetivo de
começar a pensar nos próximos aniversários em solo nacional.
auxiliá-los na correta condução de
Divulgação
localizada em Mogi Mirim, interior
de São Paulo. A planta tem atualmente capacidade para produzir 6
milhões de amortecedores anualmente, incluindo os pedidos feitos
por montadoras. Já a linha de borrachas gera 50 milhões de unidades
que atendem tanto às montadoras
quando o mercado de reposição.
Guillermo Minuzzi, presidente
da Tenneco (grupo que detém a
marca Monroe) na América do Sul,
elogia o mercado brasileiro e destaca que a Monroe seguirá investindo em produtos específicos para
o atendimento local. “Estamos em
14 países, com 22 unidades industriais, e é com muito orgulho que
comemoramos 40 anos de Monroe
no Brasil. Acreditamos no mercado
nacional e continuaremos investindo no desenvolvimento de novas
tecnologias e em produtos de alta
qualidade, para o crescimento permanente”, explicou Minuzzi.
Outro fator de importância
apontada pela Monroe é a certificação que recebeu do Inmetro,
qualificando-a como a primeira fabricante a possuir toda sua linha de
amortecedores em conformidade
com as diretrizes de segurança do
órgão de controle brasileiro.
Mercado Automotivo • maio • 2014
39
Tecnologia S érgio D uque
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A demanda de semieixos
no segmento da reposição
Estima-se que serão consumidos 5,6 milhões de
unidade neste ano de 2014
O
eixo diferencial dos veículos constitui-se por
quilômetros, enquanto em caminhões e ônibus esse
um conjunto de engrenagens que tem por
tempo de troca varia muito, podendo ocorrer a cada
missão transmitir potência do motor para as
3 ou 4 meses, ou até anos.
rodas que tracionam nele.
A Audamec Marketing, que estuda linhas de proQuando o veículo encontra-se em movimento, os
dutos e possui um sistema que permite ajustar estes
componentes do eixo sofrem vários esforços distinfatores, calcula o tamanho do mercado demandante
tos. Se o veículo está em linha reta, há um esforço
de semieixos com base na frota circulante atual, de
igual sobre os componentes do eixo, o que não ocoracordo com a tabela abaixo:
re quando o mesmo entra em uma curva. Aí a roda
Pelo sistema de cálculo da Audamec Marketing
do lado de dentro da curva roda menos que a roda
é possível conhecer volumes da demanda de grando lado de fora da curva, exigindo um
esforço maior desta segunda para gaDEMANDA DE SEMIEIXOS (EM UNIDADES)
rantir o equilíbrio e a segurança duSEGMENTO
2014
2015
2016
rante este deslocamento.
Automóveis
2.150.000
2.285.000
2.400.000
Entre os componentes do eixo diferencial está o semieixo, importante
Comerciais leves
1.450.000
1.535.000
1.630.000
elemento com duas extremidades
Caminhões
1.200.000
1.275.000
1.350.000
que liga o diferencial com a roda.
Ônibus
235.000
250.000
270.000
Tanto em automóveis como em veMáquinas agrícolas
220.000
230.000
240.000
ículos comerciais pesados, seu prinPlataformas e chassis
15.000
16.000
17.000
cípio de funcionamento é o mesmo,
Total da demanda
5.270.000
5.591.000
5.907.000
embora possuam formas construtivas
diferentes. Normalmente, nos autoBase a.a. %
+ 5,9
+ 6,1
+ 5,6
móveis os semieixos possuem rolamentos e juntas homocinéticas nas
de amplitude de linhas de autopeças, por modelos
extremidades, enquanto nos comerciais pesados
de veículos leves e comerciais pesados, por Estado
a junção se dá através de caixas satélites, coroa
da federação, separados em 137 mesorregiões
e pinhão.
de vendas.
A forma de condução e uso dos veículos, tipos de
Consulte pelo telefone (11) 2281-1840 ou mande
terrenos, peso com que trafegam, critérios de manuum e-mail para [email protected] e conhetenção e lubrificação dos eixos são fatores determiça condições de preços para fornecimento de um
nantes para explicar a vida útil destes componentes.
exemplar do mesmo.
Em automóveis podem durar mais de 70 ou 80 mil
40 Mercado Automotivo • maio • 2014
Respeite a sinalização de trânsito.
Interesse nacional
Modernização das leis trabalhistas volta à agenda do País
ainda cercada de polêmica
E
m outubro deste ano, o Brasil terá de tomar uma
importante decisão nas urnas. Além das disputas em âmbito estadual, os brasileiros terão de
escolher – caso se confirmem as expectativas atuais
– entre três candidatos à presidência da República.
No caso de Dilma Rousseff, atual presidente, a vitória
significaria a consolidação do projeto de governo do
PT, já há 12 anos no cargo mais importante do País.
Aécio Neves (PSDB) busca levar o principal partido
de oposição de volta ao Palácio do Planalto, ocupado
pelos tucanos na retomada da democracia, na década
de 1990. Já a vitória de Eduardo Campos (PSB) é apontada por muitos como uma incógnita, já que o próprio
governador de Pernambuco ora se aproxima da oposição, ora promete seguir as diretrizes do governo atual.
Independentemente da ideologia e das propostas
de quem assumir o cargo de presidente no dia 1º de
janeiro de 2015, um assunto deverá seguir na agenda
42 Mercado Automotivo • maio • 2014
do País. Trata-se da chamada Flexibilização da CLT
(Consolidação das Leis Trabalhistas), defendida por
grande parte do empresariado e rejeitada pelos principais sindicatos de trabalhadores brasileiros.
O assunto voltou a ganhar as páginas dos jornais
devido à atual situação da indústria automobilística
brasileira. Altamente impactadas pelo desaquecimento
da economia, as montadoras têm optado por reduzir
a jornada de trabalho de turnos inteiro ou até mesmo
por antecipar as férias de parte dos funcionários. O
objetivo é diminuir a produção, dando espaço e tempo
para que as vendas possam voltar a reduzir o número
de veículos novos em seus pátios.
Diante da situação negativa, uma das opções defendida por parte do empresariado nacional é a demissão
de parte da força de trabalho. O impacto da medida
em um ano eleitoral seria, no entanto, catastrófica para
os planos de reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Fotolia.com
Gestão e Tendências R edação
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Além disso, poderia esfriar ainda mais a economia do
País, argumento que ajudou a frear o ímpeto dos que
defendiam alternativas deste tipo.
É necessário levar em consideração ainda que, ao
demitir parte de seus trabalhadores, as empresas correriam o alto risco de ter de arcar com os custos trabalhistas referentes ao desligamento dos profissionais e,
posteriormente, com os encargos relativos à contratação de novos funcionários, caso a situação melhorasse.
Ou seja, o horizonte só trazia expectativas de gastos.
Manter intacta a força de trabalho, entretanto, também gera custos aos empresários. Ao reduzir a jornada
de trabalho ou antecipar férias, as empresas precisam
lidar novamente com os tão criticados encargos trabalhistas. Ora, então por que não se flexibiliza a CLT,
criada no longínquo ano de 1943, quando o Brasil vivia
ainda o regime do Estado Novo sob a presidência de
Getúlio Vargas? É nesse ponto que as (intermináveis)
discussões têm início.
SINDICATOS X EMPRESÁRIOS
Um dos principais embates que ocorre no que diz respeito à modernização da CLT envolve sindicalistas e
empresários, de diversos setores. Enquanto o empresariado clama por mudanças urgentes na legislação trabalhista, os sindicatos recusam qualquer alteração, temendo pela perda de direitos considerados essenciais.
Os sindicalistas de uma forma geral entendem que
qualquer tipo de mudança proposta pelos empresários
pode enfraquecer a classe. Além disso, exigem pontos
como a redução da jornada semanal de trabalho e recusam sentar à mesa de negociações sem que estas
questões sejam incluídas na pauta de conversas.
Para a indústria, no entanto, algumas mudanças são
consideradas urgentes. A legislação trabalhista é considerada rígida demais pelos empresários, o que impede
acordos diretos entre as empresas e seus funcionários, intermediados pelos sindicatos. Alegam ainda
que cada setor (comercial, turismo, indústria pesada,
metalurgia) tem seus interesses, que deveriam ser levados em consideração para a confecção de acordos
considerados mais específicos.
A CLT é tida ainda como desatualizada em diversos
pontos. Não considera, por exemplo, o trabalho que
muitos executivos têm desempenhado fora das empresas, com o uso de smarthphones e tablets. Além
disso, impede que profissionais de altos cargos dividam suas férias em dois períodos, por exemplo, de 15
dias cada. Ainda que o executivo tenha dificuldade em
se distanciar por um mês corrido de seu trabalho, ou
por questões pessoais prefira dividir seu período de
descanso, legalmente será obrigado a ficar fora por 30
dias seguidos. Muitas empresas, é claro, “dão um jeito”
de atender esse pedido de funcionários em cargos mais
altos, mas correm o risco de terem de lidar futuramente
com algum processo trabalhista.
Para conciliar os mais diversos pedidos feitos por
seus funcionários, as companhias têm desconsiderado importantes determinações da CLT brasileira. São
questões que envolvem vale-transporte, vale-alimentação, férias, décimo terceiro salário, participação nos
lucros, abonos, entre outros, mas a partir de considerações tão equivocadas e “velhas”, que são simplesmente “descartadas” pelos departamentos responsáveis
de cada empresa.
No entanto, enquanto a CLT não for modernizada
considerando aspectos trabalhistas mais atuais, as
empresas conviverão com o iminente perigo de receberem autuações trabalhistas, que podem render
pesadas multas.
A questão é delicada. Nas comemorações do último
Dia do Trabalho, por exemplo, os ministros Manoel
Dias, do Trabalho, Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, e Ricardo Berzoini, de Relações
Institucionais, foram interpelados pela imprensa
a respeito de uma medida provisória que estaria
sendo desenvolvida pelo governo federal para evitar demissões em massa, como poderá ocorrer no
setor automobilístico.
A proposta prevê uma modernização de parte das
leis trabalhistas de modo a reduzir a jornada de trabalho e também os salários. Os ministros negaram veementemente que se trata de uma flexibilização dos
direitos trabalhistas, como temem os sindicalistas.
“Não há flexibilização”, avalia Dias, em entrevista
ao jornal O Globo. “A flexibilização vem para subtrair
direitos do trabalhador. Nós temos que modernizar,
evidentemente. A CLT está uma senhora de 70 anos.
Quando ela foi feita se escrevia a lápis. Estamos fazendo (a modernização) permanentemente na medida em
que surjam as necessidades”, completou, ainda em
entrevista ao periódico carioca.
O debate terá sequência, isto é certo. Mas o que os
empresários esperam é que, independentemente de
quem assumir a Presidência do país em 2015, medidas
sejam implementadas na prática de modo a trazer benefícios não apenas à indústria ou aos trabalhadores,
mas ao Brasil como um todo.
Mercado Automotivo • maio • 2014
43
ANDAP NEWS
AUTOPAR
epresentantes da Andap estarão presentes na Autopar – 7ª Feira de Fornecedores da Indústria Automotiva –, que
acontecerá de 4 a 7 de junho em Pinhais/Curitiba-PR. O evento, que reúne o aftermarket da região, tem ganhado
força e garantido número expressivo de visitantes. Segundo a empresa que organiza o evento, 500 marcas expositoras
estão confirmadas e a estimativa de público é de 30 mil pessoas.
R
SERVIÇOS
Andap oferece uma série de serviços que visam dar suporte às empresas associadas, levando informações de
mercado e assessoria jurídica, fiscal e tributária. Também dispõe de programas de treinamento, entre outras ações.
A
MERCADO
frota circulante de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) no Brasil ultrapassou 40 milhões
de unidades em 2013, segundo levantamento do Sindipeças. O aumento em relação ao ano anterior foi de 5,7%,
menor que o crescimento de 2012 sobre 2011, da ordem de quase 9%.
Dos 40 milhões de veículos, 43% da frota tem até 5 anos de idade, 39%, entre 6 e 15 anos, e 4%, mais de 20 anos.
A
Geomarketing Automotivo
w w w . a u d a m e c . c o m . b r / g e o m a r k e t i n g
Informações on line sobre a demanda de autopeças em 5565 municípios brasileiros.
Cinto de segurança salva vidas.
Visite o site www.audamec.com.br/geomarketing e entenda como esta ferramenta
pode ajudar no desempenho de vendas da sua empresa.
Planos especiais para fábricas, distribuidores, lojas de autopeças, centros
automotivos e representantes comerciais.
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Respeite a sinalização de trânsito.
Divulgação
Eventos – Foton J arbas Á vila
Foton caminhões inicia
construção de fábrica no Brasil
Localizada em Guaíba, RS, em terreno de 1,5 milhão de m²,
a planta terá 200 mil m² de área construída.
O investimento total previsto será de R$ 320 milhões
A
Foton Aumark do Brasil, representante exclusiva no País para os caminhões da Beiqi Foton
Motors Co., marca de veículos comerciais leves e pesados do Grupo Baic na China, um dos mais
importantes conglomerados industriais daquele país,
começa oficialmente em abril a construção de sua unidade industrial para caminhões no Brasil.
As obras terão início imediatamente em terreno de
1,5 milhão de metros quadrados que fica no município
de Guaíba, RS. Com investimento inicial no complexo
industrial de R$ 250 milhões, sendo 50% de recursos
próprios, o empreendimento terá 200 mil metros quadrados de área construída. Aproximadamente R$ 70
milhões adicionais serão destinados a operações de
logística, distribuição de peças e desenvolvimento da
rede de concessionárias.
Segundo estimativas da empresa, o complexo industrial estará inteiramente pronto no final de 2015.
A previsão é começar a produzir os caminhões no
primeiro semestre de 2016. Na linha de montagem,
a Foton Caminhões produzirá seus veículos leves e
46 Mercado Automotivo • maio • 2014
médios: 3,5 toneladas, 6,5 toneladas, 8,5 toneladas e
10 toneladas. As primeiras unidades sairão da linha de
montagem com um índice de 60% de nacionalização.
“Nosso plano é elevar este índice sistematicamente”,
destaca Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente da
Foton Aumark do Brasil. Em 2017 está previsto o início
da produção dos caminhões médios e semipesados de
13, 15 e 17 toneladas.
A fábrica terá capacidade para produzir 21.000 caminhões por ano em um turno de produção e está dimensionada para atender ao mercado local e de exportação
para a América do Sul e África.
A nova fábrica gerará 150 empregos diretos e 900
indiretos em sua primeira fase na região de Guaíba,
podendo vir a dobrar numa segunda fase.
Os caminhões da Foton estão divididos em duas
famílias consideradas como linha “premium”: a família
Aumark e a família Auman, esta última referente aos
caminhões pesados.
Por ora, a Foton Caminhões concentrará sua produção nos veículos da família Aumark, durante a fase de
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
caminhões a ser comercializado no Brasil até o final
desta década possa alcançar 240 mil unidades por ano,
considerando-se todos os segmentos a partir de 2,8
toneladas. “Avaliando este cenário, mesmo com uma
projeção conservadora, e levando-se em conta a qualidade técnica de nossos produtos, podemos vislumbrar
um volume de aproximadamente 90 mil caminhões da
marca no País em um ciclo de 12 anos”, finaliza.
SOBRE A FOTON CAMINHÕES
A Foton Caminhões é responsável pela importação e
distribuição dos caminhões da marca Foton no País.
Além disso, responde também pelo fornecimento das
autopeças e por todos os serviços de pós-venda, incluindo as revisões e manutenções.
Na China, a Foton Motor Group, fundada em 1996,
no distrito de Changping, Pequim, conta com mais de
100 mil funcionários e possui joint ventures firmadas
com companhias importantes, como a Cummins e a
Daimler, sendo apontada como a maior e uma das mais
valiosas companhias chinesas.
Respeite a sinalização de trânsito.
consolidação da marca, para depois iniciar a produção
dos caminhões pesados da família Auman.
Rede de concessionárias – A Foton Caminhões
prossegue com o plano de estruturar sua rede de concessionárias para que, ao iniciar a produção em 2016,
o território brasileiro esteja adequadamente coberto
em vendas e pós-venda. O objetivo é chegar a 90 concessionárias da marca até o final de 2016.
Durante esse período, para criar o parque circulante
inicial da marca no País e sustentar as concessionárias
que chegam, a Foton Caminhões continuará importando os veículos de 3,5 toneladas até 10 toneladas através da cota de importação já definida pelo Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, seguindo
as regras do Inovar-Auto e alinhada com o projeto da
fábrica e os compromissos assumidos pela empresa
com o Governo Federal.
De acordo com o engenheiro e economista Luiz
Carlos Mendonça de Barros, o Brasil vai passar por um
período de acentuado crescimento econômico e como
grande parte de tudo o que se produz no País é escoado por caminhões, a Foton estima que o volume de
Caminhos, tendências e
reflexões para o aftermarket
55 11 2281-1840
WWW. REVISTAMERCADOAUTOMOTIVO .COM.BR
Mercado Automotivo • maio • 2014
47
Flash J arbas Á vila
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
SABÓ ANUNCIA ACORDO COM GRANDE GRUPO CHINÊS EM SUA
OPERAÇÃO NA EUROPA
o dia 24 de abril, o Grupo Sabó assinou um compromisso de venda de participação majoritária em sua subsidiária na Alemanha, a Kaco, ao grupo chinês
Zhongding – Sealing Business Unit.
Nessa transação, assim como a já existente operação da Sabó na China, a unidade EUA também será incorporada ao
Grupo Kaco, formando um novo grande grupo na área de vedação, tornando-se um dos maiores players mundiais, da qual
a Sabó deterá 20%.
A conclusão do acordo ainda depende da aprovação das autoridades antitruste nas regiões mencionadas, assim como
da implementação de algumas ações já estabelecidas no compromisso firmado entre as partes.
A Sabó continuará sendo uma empresa 100% de capital brasileiro, detendo a totalidade de suas atividades na América
do Sul, na produção e comercialização de retentores e juntas para os mercados OEM e reposição.
Todo o processo permitirá um novo momento de investimento e crescimento dos negócios da Sabó na América do Sul,
assim como do recém-formado Grupo Kaco.
N
REDE PITSTOP PREMIA MEMBROS COM VIAGEM AO ESTADOS UNIDOS
Rede PitStop, com o patrocínio dos principais fabricantes do mercado e o apoio da
Distribuidora Automotiva, responsável pelo gerenciamento de todas as operações das marcas Sama, Laguna e Matrix, realizou com sucesso em 2013 a campanha “Bagagem de Negócios”.
A campanha consistia em premiar os dez associados que obtivessem mais pontos ao final
do período do programa.
Para tanto, os membros deveriam utilizar a maior quantidade de benefícios proporcionados
pela Rede PitStop, como, por exemplo, participar de todos os cursos de capacitação profissional
e aderir aos pacotes comerciais e financeiros oferecidos.
O prêmio consistiu em uma viagem a Miami, Estados Unidos, onde, de 13 a 18 de abril, os premiados puderam visitar
as principais redes do setor de autopeças norte-americano, como Autozone, Napa, Pep Boys, Advance e Carquest, além de
grandes empresas do varejo, como Target, CVS Pharmacy e The Home Depot.
“Com o objetivo de proporcionar oportunidades a seus associados para a troca de experiências e informações, os premiados
puderam acompanhar o trabalho de importantes empresas do mercado norte-americano, ampliando seus conhecimentos
sobre ponto de venda, padronização de lojas, disposição e escolha de portfólio, entre outros assuntos”, afirma Paulo Fabiano
Navi, diretor adjunto da Rede PitStop.
A
RETROSPECTIVA DO GRUPO MAHLE – 2013
etrospectiva do Grupo Mahle de 2013, veiculada em abril de 2014, informa que,
devido ao contínuo desenvolvimento estratégico do portfólio do Grupo, as vendas
totais aumentaram 12,7% em comparação ao ano anterior, chegando à casa dos € 6,94
bilhões, apesar da volatilidade das moedas ocorridas no período.
Como dado relevante, em setembro de 2013 foi concluída a aquisição da maioria das participações da companhia do
antigo Grupo Behr, passando agora a operar sob o nome de Mahle Behr.
O Grupo Mahale consiste agora de cinco unidades de negócio e sete centros de lucro: Sistemas e Componentes para
Motores; Filtração e Periférico para Motores; Gerenciamento Térmico; Aftermarket e Industrial.
R
Perspectivas para o ano de 2014
Para 2014, a Mahle espera vendas de cerca de 10 bilhões de euros, dependendo do desenvolvimento dos
mercados automotivos e das taxas de câmbio, que impactaram negativamente no ano passado em alguns dos
resultados. Como meta a ser seguida, a ampliação pretendida do portfólio de produtos será um dos desafios a
ser alcançado.
48 Mercado Automotivo • maio • 2014
Cinto de segurança salva vidas.

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