boletim nº 30 - Museu Histórico Nacional

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boletim nº 30 - Museu Histórico Nacional
Boletim Informativo
ASSOCIAÇÃO
DOS
AMIGOS
DO
MUSEU
HISTÓRICO
NACIONAL
Ano VI – nº 30 - Outubro 2008
MEDALHA HENRIQUE SÉRGIO GREGORI
Será realizada no dia 13 de novembro, às 18h30m, a solenidade de entrega da Medalha Henrique Sérgio Gregori aos
agraciados de 2008. Instituída em 1990 pela AAMHN, a Medalha é concedida anualmente a empresas, instituições e
pessoas que se distinguiram por sua relevante contribuição às atividades e projetos da própria Associação e do MHN.
Após a solenidade de entrega da Medalha Henrique Sérgio Gregori, será inaugurada a exposição “A Sedução do Oriente:
A arte asiática na coleção do MHN”, marcando a realização de uma grande mostra anual com acervo da própria instituição
e apoio da AAMHN, cujo objetivo é dinamizar as coleções em reserva técnica e propiciar ao público a oportunidade de
apreciar relevantes conjuntos de peças que servem de fonte de estudos e induzem à reflexão sobre a nossa história.
Os homenageados de 2008
representam exemplos de cidadania participativa:
- Armando Carvalho Pereira, pela sua dedicação ao MHN. Doador e freqüentador assíduo
do Museu, prestigia todas as suas atividades, participando dos seminários, palestras,
inaugurações e eventos da AAMHN, da qual tornou-se membro em 2004.
- Martha Luiza Vieira Lopes, pela sua relevante contribuição às atividades da AAMHN
enquanto membro do Conselho Fiscal e inestimável apoio à Oficina de Conservação e
Restauração de Papel como voluntária.
- Pedro Henrique Mariani Bittencourt, pelo envolvimento pessoal e empenho para
viabilizar a vinda ao Rio de Janeiro da monumental tela de Candido Portinari retratando a
chegada de D. João a Salvador, pertencente ao acervo do BBM, para integrar a exposição
“Um Novo Mundo, Um Novo Império - A Corte Portuguesa no Brasil”.
- Raymonde de Vasconcellos, pela importante e exemplar iniciativa de legar em vida,
através de testamento, ao MHN precioso conjunto de móveis em estilo Império francês,
numa homenagem à memória de sua mãe Maria Eugênia Auguy de Vasconcellos. Aos
104 anos, participa, com entusiasmo, das atividades do Museu.
E, como todos os anos, representantes do próprio MHN
também são homenageados com a Medalha Henrique
Sérgio Gregori. Esse ano, os agraciados serão:
- Cléia Gonçaves dos Santos, pelo empenho e dedicação às
atividades do MHN, onde atua junto à Assessoria de Comunicação há cerca de dez anos, atendendo ao público.
- Cesar do Nascimento Cunha, pelo apoio direto à Presidência e
à Direção da AAMHN, através da agilização e tramitação de
documentos, e às atividades do Museu, viabilizando a compra
de materiais essenciais aos projetos realizados pelas diversas
áreas com o apoio da Associação dos Amigos.
Oleo sobre tela “Chegada de D. João VI a Salvador”, de Cândido
Portinari, 1952, Coleção Banco BBM S / A e em exposição permanente
na Associação Comercial da Bahia. Pela primeira vez foi apresentada
no Rio de Janeiro graças ao apoio Pedro Henrique Mariani Bittencourt.
A SEDUÇÃO DO ORIENTE
A exposição “A Sedução do Oriente: A arte asiática na coleção do MHN”
reúne peças provenientes de diversas regiões – China, Japão, Coréia, Índia
e até mesmo da antiga Pérsia (atual Irã) – que, de inegável valor estético e
histórico, expressam o fascínio e a curiosidade que as civilizações do oriente
exercem sobre o Brasil desde o período colonial.
A exposição está dividida em módulos temáticos, a saber: arte (esculturas, pinturas e gravuras); religião (esculturas religiosas, vasos e incensários
de templos); indumentária e acessórios (trajes, jóias,leques, quimonos
etc); numismática; armaria e objetos de interiores (serviços de mesa,
peças decorativas).
Destaque para a coleção de vestimentas, entre as quais o traje formal de corte
(chaofu) do Imperador da China, além de acessórios curiosos, como o par
de sapatos em seda preta e branca, bordado a fios de ouro e prata, usado
pelas damas chinesas de alta classe social, que tinham os pés deformados
na infância, e exemplares do “Netsukê” em marfim, peça muito rara usada
para prender objetos ao cinto do quimono.
Interessante, ainda, o originalíssimo serviço de mesa que pertenceu ao Barão
de Massambará, Marcelino de Avelar e Almeida, composto de 154 peças,
cada uma com decoração própria ligada a temas da vida em ambientes de
jardins palacianos. Outro objeto de destaque é o tabuleiro de xadrez em
madeira laqueada que pertenceu ao Imperador D. Pedro I, cujas peças em
marfim natural têm características européias, enquanto as pintadas em
vermelho, orientais. Outras peças que merecem atenção são a ventarola de
chifre rendilhado, mostrando uma figura do teatro de marionetes javanês;
o panneau bordado em algodão e seda, representando Fênix - símbolo da
imperatriz chinesa - a máscara de personagem feminina do teatro NOH
(Japão feudal) - e o travesseiro-apoio em madeira laqueada e cetim, usado
pela gueixa japonesa, cuja cabeleira elaborada não podia desmanchar-se ao
dormir. Entre os objetos religiosos, uma escultura do Buda Amida, imerso
em profunda meditação.
Graças ao apoio de Carlos Lessa, especialista no tema, foi aprofundada a
pesquisa sobre uma rara escultura em forma de ave, que será apresentada
de maneira inédita ao público.
Agradecimentos, ainda, a Ricardo Jopper, autor do catálogo
“A Carreira das Índias e o Gosto do Oriente”, com base no
acervo do MHN.
Chaofu
Seda bordada em fios de ouro e fios de seda policrômica, China, séculos XVIII-XIX,
140 cm.
Traje formal de corte (chaofu), do Imperador da China. Dinastia dos Mandchu dos Qing
(séculos XVIII-XIX).
Segundo o pesquisador Ricardo Jopper, a decoração mostra um diagrama do universo,
dentro de um conceito de ordem universal, no qual se baseava todo o sentido do princípio
estatal chinês. O Imperador era considerado como o intermediário entre a Ordem Celeste
e a Ordem Terrestre, passando pela Ordem Humana: no traje, a parte inferior, de linhas
diagonais e formas circulares (nas quais a zona intermediária estiliza os “Cogumelos
da Longevidade: Lingzhi), representa o elemento “água” do mundo. Acima das águas,
representa-se o elemento “terra” pelas montanhas estilizadas que se projetam das ondas (são as ilhas dos imortais). Em seguida, vem o elemento “éter”, repleto de nuvens
estilizadas, entre as quais dragões em fio de ouro fazem as suas evoluções.
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Barco a remo
Estatueta em madeira, marfim e madrepérola, Japão, século XVIII.
Foto: Paulo Sheuenstuhl
Tabuleiro de Xadrez
Em madeira laqueada e marfim, China, século
XIX, 770 X 770 mm, pertenceu ao Imperador
D. Pedro I.
Foto: Romulo Fialdini/Livro MHN/Banco Safra
Durante o período colonial, e até
meados do século XX, foi grande
o fascínio que as civilizações
asiáticas exerceram no Brasil,
refletindo uma tendência que já
existia na Europa. A filosofia, as
artes, as religiões, enfim, toda a
vasta e milenar cultura oriental
sempre foi motivo de curiosidade
e de especulação, em que pesem
as diferenças abissais entre o
Ocidente moderno e o Oriente
tradicional. Seja o gosto pelo
inusitado e pelo surpreendente,
que está na origem da curiosidade
humana, seja pela inegável beleza
das peças orientais, o fato é que
a elite brasileira se mostrou
verdadeiramente deslumbrada pela
expressão oriental. E não só pelo
que procedia diretamente daqueles
países longínquos, mas também
pelos artigos oriundos da Europa,
e que se enquadravam na filiação
artística denominada chinoiserie
- interpretação ocidental dos
estilos chineses trazidos pelos
viajantes europeus. Se, por um
lado, deu-se, a partir do século
XIX, uma relativa ocidentalização
do Oriente, com o ônus da
invasão do consumo de massa, por
outro, abriu-se para o Ocidente,
um maior aprofundamento da
compreensão do pensamento
oriental. Acontecimento que
inf luenciou tanto a conduta
individual como a comunidade
acadêmica a aprofundar-se nos
estudos orientais. No Brasil
contemporâneo, esta influência
a i n d a é c o mp rov a d a m e n t e
significativa, sobretudo nos campos
da gastronomia, da arquitetura e
das artes plásticas.
Jorge Cordeiro – curador da
exposição
AAMHN ADQUIRE OBRAS
Obras de Vergara
A AAMHN acaba de adquirir três
importantes obras do artista plástico
gaúcho Carlos Vergara, radicado há
muitos anos no Rio de Janeiro, onde
mantém o seu ateliê, para serem
incorporadas ao acervo do MHN.
São quadros montados a partir de
fotografias, com efeito 3D, que
fazem uma releitura contemporânea
das Missões Jesuíticas de São Miguel
das Missões/RS. Ao lado de objetos de época, também
pertencentes ao acervo
do Museu (fragmentos
de construções, espada
jesuítica, frontão do colégio jesuítico, etc), as obras
integração o novo circuito de exposição, em
fase de desenvolvimento
por meio de uma equipe
multidisciplinar, composta por profissionais do
próprio MHN e especialistas convidados.
Presidente da AAMHN, Diretora do MHN e
equipe visitam o ateliê de Carlos Vergara.
Foto: João Vergara
Caricatura de Rian
Com recursos da AAMHN foi arrematada no
leilão de Valdir Teixeira de 16 de abril, uma
caricatura de Nair de Teffé, cujo pseudônimo
era Rian, para ser incorporada à coleção de
caricaturas da artista sob a guarda do Arquivo
Histórico.
Trata-se de uma aquarela sobre papel, 50 X
40 cm, trazendo no verso a inscrição “fiz um
Procópio mais bonito, sem narigão”. Acreditando tratar-se de Procópio Ferreira, a equipe do MHN apresentou a
caricatura à Bibi Ferreira, que, no entanto, não reconheceu o pai nos traços
de Rian. Ainda está em andamento a pesquisa para a identificação do caricaturado. As imagens de todas as aquarelas de Rian – grande caricaturista
brasileira, esposa do Presidente Hermes da Fonseca - pertencentes ao acervo
do MHN podem ser vistas na “galeria virtual” do site do MHN.
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DOAÇÕES
PROTOS COMEMORA CEM ANOS
De janeiro a agosto de 2008, foram incorporadas ao acervo
555 novas peças, graças à generosa doação das seguintes
pessoas e instituições: Ângela Cardoso Guedes, Associação
dos Amigos do MHN, Carlos Affonso Nunes Ribeiro, Célia
Corsino, Daniel C. Vilela, Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos, Érika I. Hadju, Ernestina Mack Filgueiras, Felipe
Carvalho, Fernanda B. Portugal, FUNARTE, Jorge Cordeiro
de Melo, Leonardo Thiré Pereira Lima, Ligia P. Vassalo, Lívia
Cardoso Guedes, Luiz Assumpção Paranhos Velloso(família
de), Mª das Graças da Silva Meireles, Mario Aizen, Norma
Portugal, OSKLEN, Ricardo M. de Barros, Rosa Magalhães,
Ruth Beatriz Caldeira de Andrada, Tufi Duek, Valentina
Godoy Fonseca e Vera Lúcia Bottrel Tostes.
Documentos, peças numismáticas, bibliografia e inúmeros
objetos, entre os quais artigos de higiene pessoal, brinquedos, aparelhos celulares e indumentária, foram integrados às
coleções do Museu. Destaque ainda para as peças comemorativas dos 200 anos da chegada da família real portuguesa ao
Brasil, compreendendo selos, moeda, medalha e louças diversas, além de convites, cardápios, DVDs e edições especiais.
A todos os doadores, os nossos agradecimentos.
O automóvel da marca alemã PROTOS, um dos dois únicos do gênero existentes no mundo, está completando em
2008 cem anos da sua fabricação. Integrado à exposição
“Do Móvel ao Automóvel – Transitando pela História”,
está ao lado de inúmeras berlindas, coches e carruagens,
com os quais ainda conviveu nas ruas do Rio de Janeiro da
época do Barão do Rio Branco, seu primeiro usuário.
Incorporado ao acervo do MHN em 1925, o PROTOS
passou entre 1986 e 1996 por um longo processo de restauração, tanto de carroceria quanto de motor, viabilizado
graças à ação da AAMHN, que captalizou o apoio de
voluntários, consulados, instituições culturais e empresas
públicas e privadas.
Por ocasião de seu centenário, a AAMHN agradece a
A coleção de brinquedos do MHN foi incrementada em
2008 com a incorporação de novos itens, como esse
fogão e carrinho de chá com xícaras em alumínio),
doados por Ricardo Monteiro de Barros.
Foto: Daniella Clark/G1
Bonecas dos anos
1945 e 1946, que
foram presentedas
a então menina
Solange de Sampaio
Godoy. As mesmas
foram guardadas
para a sua primeira
neta, Valentina, e,
em nome dela, foram
doadas ao MHN.
Foto: Denize P ereira
EM CARTAZ O Corpo Humano: Real e Fascinante
Depois de ser vista por mais
de 450 mil pessoas em São Paulo
em 2007 e passar por 33 cidades
em todo o mundo, a exposição
“Corpo Humano - Real e
Fascinante” chegou ao Rio de Janeiro
em 27 de setembro.
Tratados com um processo de
conservação a base de silicone, que
lhes faz parecer de borracha, corpos
são expostos de maneira a permitir
ao público a compreensão do
funcionamento do corpo humano:
sistema ósseo, sistema muscular,
sistema nervoso, sistema digestivo,
sistema respiratório, sistema
reprodutivo, sistema urinário e
sistema circulatório.
Didática e disponibilizando
monitores para o acompanhamento
de estudantes, a exposição pretende,
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ainda, esclarecer o visitante sobre os
cuidados necessários para se manter
o corpo saudável e se prevenir
doenças, apresentando, entre outros,
os efeitos da obesidade e os danos
causados pelo cigarro.
Mais informações sobre a exposição em
www.corpohumanorio.com.br
Fotos: Roberto Alves
todos os que tornaram possível a sua restauração, em
especial ao associado Guilherme Pfisterer, que não
mediu esforços para tornar possível o sonho de ver
o PROTOS recuperado, às empresas Bosch, Ceras
Johnson, Cofap, Curtume Carioca, Fabrini, Lufthansa,
Mercedes Benz, Metal Leve, Michelin, Petrobrás,
R&E Restaurações, Renner, Dupont e Siemens e
aos museus Deutsches Museum, Amsterdam Sauer e
Siemens Museum.
A restauração do PROTOS é uma prova do sucesso
da parceria entre voluntários, empresas privadas, instituições públicas e o Ministério da Cultura, através de
Lei Federal de Incentivo à Cultura, para a preservação
do patrimônio nacional
PROTOS É 100 !!!
Poucos veículos resistiram tantos anos como o
nosso PROTOS – que sorte tem esse carro!
A maioria dos seus contemporâneos foi destruído
pela inexorável ação do tempo ou pelo avassalador
desenvolvimento tecnológico da sua época.
Que sorte tem o PROTOS de ter sido encomendado
pelo próprio Barão do Rio Branco. O Barão
confiou na então nova marca pelo destaque
alcançado na mais longa prova automobilística
até hoje realizada - a corrida New York- Paris de
1908, com um percurso de mais de 30.000 km.
Que sorte tem o PROTOS de ter vindo para
o Brasil, a serviço do Ministério das Relações
Exteriores, e de ter participado das comemorações
do Centenário da Abertura dos Portos, realizada
junto à Exposição Nacional de 1908, tendo transportado
os ilustres convidados pelas bucólicas ruas do
Rio de Janeiro, em um tempo em que os automóveis
eram raridade.
Que sorte tem o PROTOS, de após ter recebido baixa
no serviço público, numa época em que a obsolescência
dos carros era muito rápida e já estando a ponto de virar
sucata, ter sido encontrado, reconhecido e salvo por
Gustavo Barroso, fundador do MHN , que o incorporou
ao acervo do Museu em 1925.
Que sorte tem o PROTOS , de ter sido exposto ao
público e mantido no Museu por mais de 60 anos até
que a sua diretoria iniciasse a restauração, processo no
qual o Museu permitiu a participação de voluntários
que, unindo suas experiências, trouxeram de volta o
brilho à sua estampa em 1997.
Que sorte tem o PROTOS, de hoje ser um dos destaques
do circuito da exposição permanente do Museu ,
sendo admirado por milhares de visitantes e sob a
coordenação da AAMHN, poder fazer parte dos eventos
comemorativos junto aos principais patrocinadores da
sua restauração.
E, finalmente, que sorte tem o Protos de estar atingindo
seu primeiro centenário, e a julgar pela forma que vem
sendo cuidado pelo Museu, há de ainda comemorar
muitos outros que virão!
Vida longa ao nosso Protos!
Guilherme Pfisterer
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EXPOSIÇÕES REALIZADAS
2009 - ANO DA FRANÇA NO BRASIL
Saúde e Medicina no Brasil e
Portugal – 200 Anos
Em 2009, no âmbito do Ano da França no Brasil, o MHN abrigará duas importantes
e inéditas exposições. Já em abril, inaugura uma dedicada ao renomado escultor
Houdon, cujas obras pertencentes ao Museu do Louvre, retratam personagens
do século XVIII que marcaram a história do ocidente, entre os quais Rousseau,
Voltaire, Diderot, Benjamin Franklin e George Washington. Em setembro, chegam
diretamente de Paris, tapeçarias tradicionais e contemporâneas, pertencentes às
Coleções do Mobiliário Nacional, além de duas pinturas de Eckout, que deram
origem a tapeçarias Gobelin.
No âmbito das comemorações
dos 200 anos da chegada da corte
portuguesa ao Brasil, foi inaugurada
em 8 de julho pelo Ministro da
Saúde José Gomes Temporão a
exposição “Saúde e Medicina no
Brasil e Portugal – 200 Anos”.
Com curadoria de Helena Severo
e realização da Cultura & Arte, a
exposição, aberta ao público até
28 de setembro, marcou, ainda,
a realização do Simpósio “Brasil/
Portugal- 200 Anos”, iniciativa dos
Ministérios da Saúde do Brasil e
de Portugal, da Fundação Oswaldo
Cruz, do Alto Comissariado de
Ministro da Saúde inaugura exposição no MHN.
Foto: Roberto Alves
Botica portátil, em madeira, final do século XIX, produzida no Brasil. Construída segundo indicações do Dr.
Chernoviz. Acervo do Museu Histórico Nacional.
Foto: Divulgação
Saúde de Portugal e das Academias de
Medicina do Brasil e de Portugal.
De caráter cronológico, a exposição
abordou desde as antigas práticas
de cura no Brasil Colônia, passando
pela introdução de novas técnicas
medicinais e normativas com o advento
da chegada da corte portuguesa ao
Brasil, até a questão da saúde pública
e a sua institucionalização com o
crescimento demográfico, a partir
daquela época.
Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça
O MHN abrigou, de 03 de julho a
10 de agosto, as obras dos artistas
contemplados na edição 2006/2008
do Prêmio CNI SESI Marcantonio
Vilaça para as Artes Plásticas.
Participaram quatro artistas de
carreira individuais - o pernambucano
Carlos Mélo, a mineira Laura Lima, a
carioca Lúcia Laguna e a espanhola,
residente em Belo Horizonte, Sara
Ramo - e a dupla paulistana Leandro
Lima e Gisela Motta. Foram 36
trabalhos em diferentes meios e
formatos entre pinturas, desenhos,
vídeos, videoinstalações, fotografias
e objetos.
Lançado em 2004 pela Confederação
Nacional das Indústrias e pelo
Serviço Social da Indústria, o Prêmio
CNI SESI Marcantonio Vilaça para
as Artes Plásticas contempla, a
cada edição, artistas com bolsas de
trabalho, cujo desenvolvimento é
acompanhado por um crítico ou
curador de arte.
O Prêmio homenageia o colecionador
e galerista pernambucano
Marcantonio Vilaça, grande
incentivador da arte contemporânea
brasileira, falecido precocemente
aos 37 anos, em 2000.
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O Ministro Marcos Vinicius Vilaça visita a exposição em homenagem ao filho, que acreditava
na arte como força transformadora da sociedade,
como manifestação livre e democrática da pluralidade de opiniões.
Foto: Roberto Alves
La Muerte Ilustrada
“La Catrina”
Zincografia de José Guadalupe Posada
Acervo: Conselho Nacional para a Cultura
e as Artes/CONACULTA
Tapeçaria Miro 1992 do artista islandês
Gudmundur Gudmundson, conhecido
como Erro, para a manufatura Gobelin,
empreendendo uma releitura da obra de
Miro. Obra pertencente as Collections du
Mobilier National, que estará exposta no
MHN em 2009.
Foto: Divulgação
Em comemoração à data nacional
do México, foi inaugurada no dia
15 de setembro pelo Consulado
Geral do México a exposição “La
Muerte Ilustrada”, reunindo cerca
de 50 zincografias, pertencentes ao
Conselho Nacional para a Cultura e
as Artes/CONACULTA, do artista
José Guadalupe Posada (1852-1913),
criador das inesquecíveis caveiras
festivas e de outros personagens e
publicações que registraram o cotidiano do povo mexicano.
Posada é considerado o fundador
da ilustração mexicana e grande influenciador da arte contemporânea
naquele país.
Mobiliário Nacional
Ligado ao Ministério da Cultura
e da Comunicação da França, o
Mobiliário Nacional é um serviço
de abrangência nacional, que
tem como objetivo primeiro
mobiliar os palácios oficiais do
governo, sobretudo as residências
presidenciais. Conservar, estocar
em reserva técnica e restaurar
são conseqüências naturais dessa
missão. Sob a sua guarda, coleções
que remontam aos grandes reis de
França, entre as quais mobiliário e
tapeçarias Gobelin e outras. Cabe
ao Mobiliário Nacional controlar
todo esse importante patrimônio,
atendendo ao mesmo tempo às
necessidades do Estado francês:
mobiliar os gabinetes dos Ministros,
encomendar novas peças, conservar
e restaurar as antigas e em uso.
É just amente do Mobiliário
Nacional que estão vindo as peças
que integrarão a exposição a ser
realizada no MHN, reunindo duas
pinturas de Eckout para a Gobelin,
que estão sendo especialmente
restauradas para virem ao Brasil, sete
tapeçarias antigas e onze tapeçarias
contemporâneas.
Da Coleção Houdon do Museu do Louvre, estão vindo
obras primas do iluminismo,
entre as quais a escultura de
Jean-Jacques Rousseau à la
française.
Foto: Divulgação
Tesouros de Louvre: Retratos esculpidos por Houdon
Séculos XVIII e XIX
Composta de vinte obras de arte
de grande sensibilidade e beleza, a
exposição levará o público brasileiro
a conhecer a vida e a obra de JeanAntoine Houdon (1741-1828) e o
mundo de sua época.
Numa tela de aproximadamente quinze
metros serão projetadas imagens que
abordarão o contexto histórico da
França no século XVIII, seus principais
e mais importantes personagens e
fatos, bem como a realidade brasileira
nesse mesmo período.
Entre as obras de Houdon a serem
expostas estão a obra prima em
mármore “Morphée”, os bustos
de Diderot, Franklin (com quem
Houdon viajou da França para os
Estados Unidos), Washington,
Rousseau, Voltaire, Mirabeau e
Condorcet, além de esculturas que
retratam a própria família do artista
e outras personalidades.
Uma instalação em tamanho real,
produzida a partir da imagem do
quadro “L’Atelier de Houdon”, de
Louis-Leolpold Boilly, reconstituirá
o ambiente no qual o artista
elaborava suas obras.
Tela de Louis-Léopold Boilly, pertencente ao Musée des
Arts Décoratifs de Paris e exposta no Salão de 1804,
inspira ambientação do ateliê de Houdon.
Foto: Divulgação
Réplicas das esculturas de Houdon
integrarão um espaço anexo à
exposição e poderão ser tocadas
pelo público: legendas em braile
permitirão que portadores de
deficiências visuais complementem
as informações sobre o artista.
Terminais digitais interativos
possibilitarão ao público aprofundarse no universo abrangido pela
exposição, nos assuntos que
forem de seu maior interesse.
Ações educativas voltadas para
alunos e professores e conferências
com especialistas também estão
previst as para o período de
realização da exposição.
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SEMINÁRIO INTERNACIONAL
Anualmente o MHN com o apoio do Departamento
de Museus e Centros Culturais do IPHAN e parceria
com universidades, instituições culturais e de pesquisa,
do Brasil e do exterior, realiza em outubro, mês de sua
criação, um seminário internacional abordando temas
das áreas das ciências humanas e sociais.
Esse 2008, em estreita parceria com o DEMU/IPHAN,
o seminário teve como objetivo propiciar condições para
o debate sobre questões relativas à representatividade e
à preservação de heranças culturais em museus e para
uma reflexão sobre os conflitos oriundos do desejo de
democratização de memórias como um direito de todos.
Foram realizadas mesas redondas e conferências com os seguintes temas:
“Museu, memórias, história e nação”, “Museus e representações da Nação
no pós-colonialismo”, “Batalhas no campo da memória e dos museus”,
“Democratização do museu: memória e movimentos sociais”, “A nação
imaginada e representada nos museus”, “Memória política e política da
memória”, “O sentido das belas artes e a democratização dos museus” e “Desejos
de memória e desejos de poder”.
Em 2009, será lançado o Livro do Seminário reunindo artigos referentes ao
debate realizado.
Mesa Redonda e Lançamento dos Anais
Dia 27 de novembro, às 14h, será realizada a Mesa Redonda “Imigrações recentes:
panorama de uma sociedade em construção”, marcando o encerramento as
atividades de 2008 do Seminário Permanente organizado pelo Centro de
Referência Luso-Brasileira. Participam da mesa os professores Neiva Vieira da
Cunha e Marco Antônio Xavier.
Após a realização da mesa redonda, será lançado o volume nº 40 dos Anais
do MHN. Alusiva aos 200 anos da Chegada da Corte Portuguesa ao Brasil
(1808-2008), essa edição compreenderá os seguintes temas: “Comemorações”,
“Representação de Negros em museus”, “Patrimônio Lusófono: ações educativas
de valorização”, “Conservação e Restauro: uma abordagem metodológica e
conceitual “ e “Acervos”.
RECADASTRAMENTO
Lembramos aos associados que ainda não efetuaram o recadastramento
junto a AAMHN, para fazê-lo com urgência, através do fax 21-22206290
ou do e-mail [email protected]
Esse recadastramento é importante para que possamos emitir a nova
carteira de associado!
PREZADOS ASSOCIADOS
Presidente
Roberto Paulo Cezar de Andrade
Vice-Presidente
João Sérgio Marinho Nunes
Diretor Adjunto
Samuel Kauffmann
Diretora Executiva
Heleny Pires de Castro
Conselheiros
Afonso Romano de Sant’ana
Agenor Pinheiro Rodrigues Vale
Alice Cezar de Andrade Vianna
Antônio Gomes da Costa
Antônio Luiz Porto e Albuquerque
Antonio Fantinato Neto
Carlos Botelho Martins Filho
Dora Alcântara
Ecyla Castanheira Brandão
Elysio Medeiros Pires Filho
Flavio Martins Rodrigues
Iara Valdetaro Madeira
João Hermes Pereira de Araújo
Joaquim de Arruda Falcão Neto
José Carlos Barbosa de Oliveira
Jorge de Souza Hue
Luis Eduardo Costa Carvalho
Luís Roberto Nascimento Silva
Magali de Oliveira Cabral dos Santos
Márcio Fortes
Márcio Moreira Alves
Maria Elisabeth Banchi Alves
Mauro Salles
Salvador Monteiro
Sonia Maria Tavares Ferreira
Vera Alencar
Vera Lucia Bottrel Tostes
Solange Sampaio Godoy
Roberto Lima Neto
Conselho Fiscal
José Antonio Ferreira
Maria Linhares Pinto
Martha Luiza Vieira Lopes
Olavo Cabral Ramos Filho
Síglia Mattos dos Reis
Boletim Informativo
Responsável:
Heleny Pires de Castro
Redação:
Angela Cardoso Guedes
Coordenação Gráfica:
ASIL-Rio
Tel/Fax:(21) 2278-3796
Diagramação:
Helcio Peynado
helciopeynado.carbonmade.com
Impressão:
Zit Gráfica e Editora
Tel. (21) 2136-6969
Associação dos Amigos do
Museu Histórico Nacional
CNPJ: 3 2 .268.617/0001-89
Aguardamos sua visita.
Venha e traga um novo amigo para participar da nossa AAMHN.
E não se esqueça: sua anuidade é importante. Esteja em dia!
Praça Marechal Âncora, s/nº
CEP: 20021-200 - Centro - RJ
Tel.: (21) 2550-9234
www.museuhistoriconacional.com.br
[email protected]
Site do Museu Histórico
Nacional na Internet:
www.museuhistoriconacional.com.br
@
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CONSELHO DELIBERATIVO
Boletim Informativo

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