CYL!l(T9L !JV{~9{SYLL - Colégio Brasileiro de Genealogia

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CYL!l(T9L !JV{~9{SYLL - Colégio Brasileiro de Genealogia
CYL!l(T9L !JV{~9{SYLL
COLÉGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA
ANO XV - N° 66 - SET/OUT
Coordenador:
2002
Nelson V. Pamplona
JESUS VINHA CONCILIAR O TERRÍVEL GÊNERO HUMANO CONSIGO MESMO •..
Carlos Drlllnmond de Andrade
Há várias explicações para a presença de um
boi e de um burro no ato do nascimento de
Jesus. A mais sofisticada é que eles são
simbólicos: o boi representa o povo judeu
acorrentado pela lei; o burro, o mundo pagão.
Outros interpretam as figuras animais como
antecipações das figuras humanas que cercaram
Jesus nos últimos instantes de sua vida: o bom
e o mau ladrão, crucificados juntamente
ele. Há quem, realisticamente,
prefira admitir que São José levara
consigo o burro e o boi, para que o
primeiro servisse de montaria à
Virgem, e o segundo, vendido,
fornecesse o dinheiro necessário ao
com
produção natural deles. E o primeiro ato
reverencial, o primeiro signo de adoração,
implicando o reconhecimento da divindade
infusa no bebê, não foram os anjos nem os
pastores nem os Reis Magos que o praticaram;
foram dois bichinhos
que não tinham
informação das Escrituras e se prosternaram:
agnovit bos et asinus quod puer era Dominus.
Era meia-noite, hora em que até hoje, na
pagamento do imposto, pois sempre,
e não apenas naquele tempo, o fisco
é inexorável. Ainda mais cotidiana é
a versão segundo a qual São José,
proprietário dos dois quadrúpedes,
procurava
subtraí-Ios
ao
recenseamento
determinado
por
César Augusto, Imperador romano,
e que incluía não só as pessoas como
os animais, sabe-se lá com que
intenção.
Nada disso. É muito mais simples
e admirável considerar que o boi e o
burro estavam ali, e nem podiam
deixar de estar, porque Jesus vinha
conciliar o terrível gênero humano
consigo mesmo e com a criação em
todas as suas partículas, inclusive as
supostamente desprovidas de razão
(como se não houvesse uma razão
geral e universal, unindo todos os
elementos
do grande teatro do
mundo ).
O boi em sua placidez, o burro,
em sua grave simplicidade,
não
foram ao estábulo para homenagear
o Deus que nascia; moravam lá, eles é que
receberam a visita do casal e prestaram as
humildes honras da casa ao Menino. Eles é que
providenciaram
a calefação reclamada em
ambiente gélido, para que o Menino não
morresse de frio. E o fizeram da maneira mais
encantadora:
exalando sobre o corpinho
indefeso o seu bafo de tépida benevolência.
O primeiro calor que cercou Jesus foi
tradição popular, eles continuam litúrgicamente
a se ajoelhar, no campo ou onde quer que
estejam, lembrando o acontecimento de que
participaram,
menos como privilegiados do
que como representantes de toda matéria viva,
atenta à chegada de seu Criador sob a forma
de matéria viva também, e vulnerável como
qualquer outra.
A mais antiga iconografia do Natal assim
os mostra, assumindo posição de realce na
cena: estão em pé de igualdade com a Virgem,
na posição junto à cama de palha, como
familiares e guardas de absoluta confiança.
Mais modernamente, Jerônimo Bosch dá ao
boi estrutura e importância monumentais, aos
a
pés de Jesus. É visível o respeito,
compenetrada
afeição com que os artistas
consignavam
o papel desempenhado
pelo
irmão burro e pelo irmão boi, na
excepcionalidade do episódio. Não os
viam como testemunhas, mas como
agentes de uma situação.
Ora, dirão, tudo não passa de
invencionices de um falso evangelho
de São Mateus, datado do século VI,
que também introduzira no episódio
nada menos que duas parteiras, uma
cética e outra cheia de fé. O Concílio
de Trento fulminou tais fábulas. Mas
se é exato que a Virgem não dispôs de
parteira para dar à luz um Deus, e
mesmo o teve suavemente, não é menos
certo que ninguém consegue desligar
do Natal a companhia do boi e do
burro, incorporados para sempre à
visão que temos da manjedoura de
Belém. E bendito que seja esse pseudo
Mateus com sua imageria apócrifa.
Nem era preciso citar, em interpretação
forçada, Isaías, I, 3: " O boi conhece o
seu possuidor, e o burro o presépio do
seu dono ". Burro e boi explicam-se
por si mesmos, na hora e vez.
Jesus não podia ter outros
companheiros mais comezinhos, ao
encarnar se entre pobreza, humildade
e trabalho, Se os russos colocam no
lugar desse burro, que eles não
conhecem, esbelta silhueta do cavalo,
se outros povos substituem o boi pelo
búfalo, que lhes é mais familiar, se qualquer
bicho da terra pode com dignidade assumir a
responsabilidade sacra daqueles dois no quadro
bíblico, o pensamento divino se manifesta de
igual modo: Jesus veio dar o recado de que a
vida é um todo, e que nem indivíduos nem
povos nem nações devem tentar dissocia-Io.
Em outros termos: vale a pena tentar a
experiência do amor.
f'ELIZ NAT'AL
PRÓSPERO ANO NOVO
CBG - Carta Mensa{ 66
OS PRIMEIROS IMIGRANTES ALEMÃES NO BRASIL
PARTE 2 / 3
Isto parece ter sido idéia do major Schaeffer.
Idéia surgi da na Rússia por onde Schaffer tinha
andado. Além de poder pegar em armas,
produziriam alimentos, etc. para suprir as tropas
_ Os Colonos de Schaeffer para Nova
Friburgo, Rev IHGB vI 310, pág. 29).
A mesma opinião é repetida. um pouco mais
tarde:
em guerra.
Os soldados
mercenários,
contratados pelo imperador, deveriam ser uma
retaguarda para a monarquia e a independência
há pouco proclamada. A intenção era fortalecer
o trono com os soldados estrangeiros, para criar
uma nação unida com as províncias todas. Por
outro lado, todas as forças capazes e produtivas
eram importantes para o erguimento da nação.
D. Pedro I tentara criar uma tropa com soldados
lusos, mas encontrou muita aversão ao serviço
militar e, assim, ele queria livrá-Ios deste
compromisso. E constatou-se que a monarquia
era a forma ideal de unir as províncias numa
só nação.
O major Schaeffer foi encarregado pelo
ministro José Bonifácio de Andrade e Silva de
trazer soldados para o Brasil. Ao mesmo tempo
o agente Caldeira Brant arrebanhava
em
"Eram soldados que se buscaram e
não colonos. ESTesvieram para jusTificar
a vinda daqueles" (Soares de Sou:;,a,
idem, pág. 71).
E mais uma vez:
"Os colonos, rec/1/tados enTão, vieram
graças ao major Schaeffer que os anvlou,
mais para dirimir as despesas de freTes
//Os navios e jusTificar o embarque dos
soldados. do que para cumprir as suas
eSTrambóTicas insTruções" (Soares de
Sousa, idem. pág. 88).
Em junho de 1824 a imperatriz
Dona
Leopoldina
escreve ao major Schaeffer
pedindo que ele mande mais soldados. Em
maio do ano seguinte pede: "mande livros e
muitos. muitos soldados. pois eles se tornam
cada vez mais necessários". Ela via nisto a
Londres veleiros e vapores e contratava oficiais
e marujos
para a frota. Logo após a
proclamação da independência foi elaborado
maneira de fortalecer o trono que estava sendo
solapado pelo ministério.
Em maio de 1826 ela escreve sobre as
um decreto,
criando
um regimento
de
estrangeiros.
Muitos oficiais, a maioria
frances~s, foram contratadºs,-EspJ;:~va:§e_
também
contar com a colônia
suíça,
estabelecida em Nova Friburgo. Havia
na época um batalhão
composto
principalmente
de suíços de fala
francesa, que haviam sido aliciados ou
obrigados. Este deveria ser o ceme de
uma guarda para a segurança pessoal do
imperador.
Um autor da época escreve:
" o senhor Schiiffe/; médico, maj01;
agenciado/;
eTc. foi enviado à
Alemanha para convencer pessoas a
virem ao Brasil como soldados. Ele
dificuldades que o ministério estava criando
para angariar soldados e colonos estrangeiros.
-Leopo!dina parece ter sido a porta-voz destes
pedidos, pois ela o faz em nome do imperador.
anos o seulllímero cresceu Tanto que
foi possível formar dois batalhões.
Em cada rua ouvia-se falar alemão.
viam-se homens embriagados
e
conTavam-se
as hisTórias mais
impossíveis sobre o comportamellTo
dos oficiais. de fO/7na tal que não era
agradável ser chamãdo de alemão"
(F. von Weech, citado cf. "Deutsche
und deutscher Handel in Rio de
"O objeTivo principal da missão de
Schaeffer era, na realidade, o de angariar
soldados, ainda que disfarçados
de
colonos" (José Antônio Soares de Souza
••
para serem soldados. O MiniSTro do
ESTrangeiro deu ordens para não enviálos. mas eu quero que os mande. ".
Também se dirige a Caldeira Brant com o
mesmo pedido, porque a situação interna do
país e o perigo de invasões inimigas era muito
grande. Por isto ele agiu contra a constituição
que não permitia contratar
soldados. O
imperador pediu então que enviassem colonos
e civis que após o desembarque, muitas vêzes,
eram engajados como soldados ou até forçados
para tal.
Alguns historiadores alegam que vieram
estrangeiros para branqueamento da raça, pois
a metade da população brasileira da época
descendia de escravos. Os imigrantes seriam
uma espécie de escravos brancos. E que se
queria criar uma classe média com certos
recursos. Leopoldina. porém, escreve que os
colonos que vieram para Friburgo tinham
posses. Mas se as tinham, então eram muito
reduzidas, pois ela mesma teve que socorrer
muitos deles, em situações de extrema penúria
e necessidade. É interessante, porém, ler o
seguinte:
"Os imigranTes não foram subSTiwTOS
dos escravos. mas são adversários da
escravidão. A presença deles deveria ser
o apelo mais forTe para acabar com esTa
práTica" (Hartmut Frõschle - Die
Deutschen in Lateinamerika,
pág.
186:
Presume-se que até 1829 Schaeffer
tenha trazido cerca de 10 mil soldados,
colonos e operários alemães para o
Brasil. Mas os lavradores e operários
parecem ter sido um disfarce, pois o
Brasil queria soldados. Um relatório de
um assessor de um general argentino o
confirma:
"As
Tropas
argenTinas.
perseguindo
os
brasileiros
denvTados na batalha de 1Tu:;,aingó.
enconTraram grande nlÍmero de
alemães que não mais desejavam
parTicipar da guerra. Eles vieram ao
nosso encollTro e nos dissseram que
foram Trazidos para cá. sem saber
exatamellTe para que finalidade"
(Frõschle, idem, pág. 73)
.0 primeiro navio foi o "Argus", cuja
viagem foi uma verdadeira peripécia.
Levou nada menos do que seis meses
para fazer o percurso até o Rio de
Janeiro. Os migrantes partiram em maio
de 1823 de Frankfurt
rumo a
enviou ao imperador voll1llTários das
casas de correção e pessoas que
perambulavam pelas ruas. Vieram as
pessoas
mais
eXTravaganTes,
chamadas escravos brancos. Em dois
Janeiro - pág. 28).
Assim fica cada vez mais clara a verdadeira
tarefa de Schaeffer:
A/7nindo L. Miieller
Em junho de 1824 D. Pedroescreveu ao major
Schaeffer que sua esposa já havia escrito em
seu nome para enviar mais 800 soldados e
complementa:
"Agora ordeno que envie em vez de
colonos casados Trêsmil homens solteÍlvs
Amsterdam. Dali saíram a 24 de julho. Ficaram
3 semanas no Mar do Norte, tendo o navio
perdido o mastro. Retomaram ao porto de
origem, de onde partiram novamente a 10 de
setembro. Levaram 2 meses até Tenerife,
chegando ao Rio a 13 de janeiro de 1824.
CBG - Carta !Mensa{ 66
• ALBUQUERQUE,
Pedro Carrano - Encontro
com os Ancestrais
R$ 35,00
• BIBLIOGRAFIA
preliminar sobre
Genealogia no Brasil (Projeto Memória
Genealógica)
40,00
• BRASILGenealógico
Tomo IV n. 2
Tomo I n. I, II n. I a 7, III n. I e 3 ,
~~
10,00
3~
• BRASIL,Lael Vital- Os Pereira de
MagallIães Descendentes do CeI. José
Francisco Pereira
20,00
15,00
• COSTA.Alonso - As Orfãs da Rainha unico exemplar
40,00
• PASIN,José Lins - Pasin: Cem Anos de
uma Família Italiana no Brasil
15,00
• Costa, Didio - Noronha - com genealogia
- unico exemplar
15,00
• REVISTA
do Instituto Genealógico da
Bahia, n 2, 4, e 19, cada
20,00
• FONSECA,Raymundo da- A Saga dos
Fonsecas
20,00
• RIBEIRO,Armando Vidal Leite-A Família
Vidal Leite Ribeiro (raro)
40,00
• LEITE,Aureliano - O Cabo-Maior dos
Paulistas na Guerra com os Emboabas - um
exemplar
20,00
• DUTRA,Marco Polo Phence Uma família
Silva na São Paulo Setecentista
20,00
• CAVALCANTI,
Arthur de Siqueira
Reminiscências de uma vida
(com genealogia)
• ALEXANDRE
CARNEIRO
DEMENDONÇA
- Rio
de Janeiro
• CARLOSFREIREMACHADO-Riode Janeiro
• JosÉ LUlZMACHADO
RODRIGUES-Riode
Janeiro
• LUlz ALBERTO
COSTAFERNANDES
-Rio de
Janeiro
CORRESPONDENTE
• JOÃOCARLOSDECAMPOSALMIRO-LisboaPortugal
A IMPERIAL
IRMANDADE
DEN. S. DAGL6RIADO
OUTEIROcom a Ia Mostra de Heráldica do
Império do Brasil, comemorou
o 1800
Aniversário da Independência, na primeira
quinzena de setembro.
O MEMORIAL DO IMIGRANTE-antiga
Hospedaria do Imigrante, no Braz em S.Paulo,
promoveu em Limeira-SP um ciclo de ações
histórico-culturais, constituido de projeção de
filmes, palestras,
lançamento
de livros,
exposições de documental raro, obras de arte
e peças do secoXIX, ligados à imigração alemã
e italiana.
O MEMORIAL
JUDAICODEVASSOURAs-RJ,
em
comemoração ao seu loa aniversário, está
promovendo
um programa constando de
Exposição dos Costumes e Cultura Judaica,
com apresentação
de danças folclóricas.
Excursão em 10 de Novembro, a partir do Rio
de Janeiro, pode ser agendada com nossa
confreira, idealista do Memorial e Presidente
da Sociedade dos Amigos do mesmo Sra.Frieda
Wolff (TeI. 2551-1887).
Lanlentamos registrar o falecimento de nosso
sócio Colaborador Alfredo Mello Soares
• MOURA,Carlos Eduardo Marcondes de Os Galvão de França no Povoamento de
Santo Antônio de Guaratinguetá 2 V. 35,00
• MOYA,Salvador de - Genealogia
Resumida da Casa Imperial Brasileira e Real
Portuguesa (raro)
20,00
Os Gonçalves de Queluz (raro)
20,00
• NEVES,Ilka de Guittes-Adélia Câmara
Barcelos
25,00
Canguçu,RS: Primeiros Moradores,
Primeiros Batismos
25,00
Vital Brasil Mineiro de Campanha-uma
genealogia brasileira
43,00
Nossas boas vindas aos novos SOCIOS
aprovados em Reunião de Diretoria de 18 Mai
2002:
COLABORADORES
• MIRANDA,Victorino Chermont de - Como
Pesquisar sua Própria Genealogia
5,00
Iconografia e Bibliografia dos Titulares do
Império - III - Títulos de letras C-D 15,00
Iconografia e Bibliografia dos Titulares do
Império - IV - Títulos de letras E-H
Lançamento
40,00
• LEAL,Waldemar Rodrigues de OliveiraGenealogia: Famílias Nogueira da Gama e
Gomes Leal
20,00
., LEME,Luiz G. Siiva - Genealogiã
Paulistana- (9 vol+índice, raro)
2 000,00
• LIMA,Roberto Guião de Souza Lima et
aI.- Fazenda São Lourenço
(com genealogia)
10,00
• MATTOS,Armando-Manual
genealogia portuguesa (raro)
de
30,00
Entre outras, nossa Biblioteca recebeu as
seguintes obras:
• Furtado de Menezes-Servidor do Pobre Menezes DF, Frei Alano Porto de- Ia Ed. do
autor - doação do autor
• Estudo da Nobreza Brasileira - VI - Duques
- Cunha, Ruy Vieira da - Rio de Janeiro - Ed.
do autor - 2002
• Bom Jesus do Itabapoana - Teixeira, Francisco Camargo - Rio de Janeiro EDUFF e
Academia Bonjesuense de Letras -1985 doação de Paulo Roberto Gavião
• O Quadro de Saudades - Carmo do Rio Claro
- Ferreira, Celeste Novielo - Tres Corações MG
Em nosso número anterior, no artigo A
Informática
na Recuperação
de Imagens
indicamos
somente
o programa
"Photoshop"
No entanto,
econômicos
os programas
e mais
fáceis
abaixo,
mais
de operar,
• WOLFF,Egon e Frieda - Os Cristãos
Novos na Obra de C. Rheingantz
5,00
Genealogia Carioca II - A Família Hime
3,00
ITIdio,o l'!egro e seus Descendentes na
Obra de C. Rheingantz
5,00
Sepulturas Israelitas, voI. I, 2, 3 e 4,
cada
10,00
Pedidos para o CBG acompanhados de cheque
cruzado e nominal ao Instituto Histórico e
o
Geográfico Brasileiro no valor respectivo
acrescido da taxa de R$ 3,00 por volume.
- Excelcior Grafica, 2002 - doação da autora
• Arvore Genealógica-Parentes e AncestraisFreitas, Frederico Leite e Freitas, Angela Lage
- IllIéus - BA - Ateneu Artes Gráficas Ltda.
2002 - doação de Adriano Lage de Freitas
• Revista do IHGSC-3a Fase - nO20 - Inst.
Histórico e Geográfico
de S. Catarina Florianópolis - 200 I
• A Republica Vista do Meu Canto - Schuttel,
Duarte Paranhos -Florianópolis- IHGSC 2002
- 356 pg.
• Entrelaçamento
Genealógico da Família
Grisard, Oliveira e Silva - Grisard, lza Vieira
Rosa, -Florianópolis - 2001- 39 pg Il.
podem também produzir
na maioria dos casos.
bons resultados
Photoshop EIements 2.0 - Adobe
Photo Impact 7.0 - UIead
Paint Shop Pro 7.0 - JASC
10 - CoreI
Picture Publisher ProfessionaI
•••
CBG - Carta Mensa{ 66
GENEALOGIA MOLECULAR
Nelson V.Pamplona
EM QUE CONSISTE
A Genealogia
Molecular grupa os
indivíduos em árvores genealógicas com
base na identificação privativa e única das
marcas genéticas. Através das informações
contidas ou impressas no DNA de um
indivíduo, ou de uma população, pode-se
determinar
o relacionamento
dos
indivíduos, das fall1llias, dos grupos tribais
ou das populações. A árvore de ancestrais,
baseada em marcas genéticas, pode revelar
relacionamentos
não detectávyis
em
genealogias baseadas em nomes, r'
escritos, ou tradições orais. Pode
muitas pessoas chamadas João Silva, mas
a identificação genética é úQica~~capaz
de di stinguir
atéientre':indi
.Jftluos
familiarmente mu
função de determinadas marcas genéticas,
denominada genotipagem, e armazenado
em bancos de dados digitais. Afim de
definir o grau de relacionamento entre
indivíduos é necessário identificar aqueles
genes ou marcas que são idênticos em
função da ancestralidade comum. Existem
diversos meios para alcançar este objetivo.
Os sistemas genéticos normalmente
usados para testar relacionamentos são os
genes
o~/}I marcal~llh;~'Xnominados
autosômicas;Estes
êStãõiiicontidos nos
genéticas
múltiplas
é chamado de
genotipo e serve como identificador
genético exclusivo de um determinado
indivíduo.
COMO OBTER O DNA
O DNA pode ser obtido de qualquer
espécime biológico. Fontes normalmente
usadas são sangue, saliva e cabelo. O
sangue, por possuir a maior quantidade e
elhor qualidade de DNA, é mais
icado para construção
de bancos
ealógicos.
possuem o mesmo li
seres humanos, que ~.
da terra ou venh~T a viv
mesma id~n~it\*~ç&:2 ge
DNA é hêi\
de seus pais
ser usado PéUiª:qy§<;pbri
d_~Il]. indivíduo bem_como_ide
membros de uma mesma famíl
mesmo grupo
população.
tribal
ou uma
COMO SE FAZ
Para construir genealogias moleculares
é necessário correlacionar parentescos
biológicos
conhecidos
com marcas
genéticas transmitidas ao longo do tempo.
A medida que os indivíduos levantam seus
relacionamentos biológicos no passado,
linhagens afIoram através dos ancestrais
comuns. Todas as pessoas recebem
material genético de seus pais. Este
principio fundamental de transmissão
genética
significa
que é possível
determinar a origem de genes baseado em
ancestrais comuns e conhecidos modos de
hereditariedade. Como este processo se
repete a cada geração, todos os indivíduos
carregam em seu DNA um registro de
quem são e como estão relacionados com
todas as outras pessoas do universo. Ainda
mais, diferentes regiões do DNA tem a
capacidade
de identificar
pessoas,
relacioná-Ias
com grupos familiares
próximos, com fall1l1ias mais afastadas,
com tribos, grupos e populações. Por meio
de métodos muito simples, o DNA
considerado neste processo, é retirados dos
indivíduos, analisado em laboratório em
as ou oraIs.
ao genética
mano.
ingulares, pois
los ou quase
mitido de pai
e segue a linha
obrenomes.
O
dos os filhos pela
e retransmitido
destes sistemas
temente para
de interesse
de genealogia
§lx.S2pstruir
determinar
rêlacJ0ritmentos entre iIldivíduos através
da identjficação
dec:ombinações
de
marcas genéticas absolutamente únicas.
Uma marca genética representa uma
localização especifica no cromossoma
onde as unidades genéticas
básicas
existem em números variáveis de copias
repetidas. Cópias diferentes em uma
localização
no cromossoma
são
denominados
alelos. Enquanto dois
indivíduos podem ter alelos comuns em
uma ou outra localização, o exame de
algumas
dúzias
ou centenas
de
localizações, detectará diferenças entre
pessoas, mesmo com relacionamento
muito próximo. A combinação de marcas
e paroquiais
tem
istória de famílias e
comunidades. Infeliimente,Clíistória-de
algumas famílias ou comunidades foi
perdida ou destruída ao longo dos tempos.
Neste caso os documento escritos ou não
existem ou nada informam,
o que
representa um obstáculo intransponível
para aqueles que buscam suas raízes.
Utilizando o registro genético, que cada
qual retem do seu passado, é possível tirar
importantes conclusões quanto à origem
e ao relacionamento de qualquer indivíduo
com outras pessoas ou populações.
UM PROJETO EM EXECUÇÃO
A Brigham Young University de ProvoUtah-USA, em associação com a Sorenson
Molecular Genealohy Foundation, através
dos pesquisadores Ugo A Perego-MS,
Natalie Myres-MS, Joel E. Myres-PhD e
sob a direção do Dr. ScoU R. WoodwardPhD, executam um projeto de coleta de
informações para montagem do primeiro
banco genealógico obtido a partir de fontes
genéticas, com os seguintes objetivos
principais:
a - Determinar a composição genética
da maioria das populações do mundo. O
banco de dados obtido pode ser usado para
determinar as origens e as afinidades de
um indivíduo e/ou fall1l1iacom ancestrais
desconhecidos.
Este estudo incluirá pelo
CBG - Carta !Mensa{ 66
menos 500 populações de todo o
universo. Indivíduos de cada população
serão identificados,
informações
genealógicas de pelos quatro gerações
serãocompiladas, e ainformação genética
será determinada. O mapeamento de
conjuntos de marcas de DNA, ou
haplotipos,
que são únicos
e
identificadores de uma determinada
população, serão usados para definir
origens especificas e afinidades entre
indivíduos.
b - Reconstruir genealogias usando
registros genéticos. Esta informação pode
solucionar genealogias interrompidas por
falta de informações ou registros, filhos
ilegítimos ou adotivos que não puderam
ser entroncadosem suasfann1ias.Também
permite a identificação genética de
parentes perdidos.
Relacionamentos
genealógicos
suspeitos, mas impossíveis de serem
confirmados pelos métodos tradicionais,
podem estabelecer novas relações de
pessoas vivas.
C - Produzir identificações únicas para
pessoas que não possuem genealogias
tradicionais baseadas em nomes. Permitir
a reconstrução de genealogiasbaseadas no
DNA e lançar luzes sobre os
relacionamentos no mundo.
No Brasil um projeto pioneiro foi
implantado com a 1a Conferencia
Internacional de Estudos Genealógicos,
Memoria Familiiar e Genealogia
Molecular, realizado na Universidade de
Passo Fundo-RS no mês de agostoúltimo,
patrocinado pelo INGERS - Instituto
Histórico e Geográfico do Rio Grande do
Sul, cujo presidente Ari S. Thomaz, não
mediu esforços para coroar de êxito
tamanho pioneirismo.
Um total de 1380 voluntários das
cidades de Passo Fundo-RS, PortoAlegreRS, Florianópolis-SC, Santos-SP, São
Paulo-SP e Rio de Janeiro-RJ submeteram
seus dados genealógicos, árvore de
costado de 4 gerações, e espécimes
genéticos através da saliva.
Os encontros foram relizados no
Departamento de História da Fanulia da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, conhecida como dos
Mormons, sob a orientação técnica da
coordenadora de Coleta de Amostras
enson Foundation.
INSTITUTO mSTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO
Attila A. Cruz Machado
Fundado há 164 anos, em 21 de
outubro, em plena Regência e na
menoridade de D.Pedro II, o Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro
tinha como objetivos estatutários,
entre outros: coligir, metodizar,
publicar ou arquivar documentos,
promover cursos e editar a
Revista
Trimestral
de
autores, assuntos, iconografia
e
Arquivo Ultramarino, o qual contem
documentos dos séculos XVII a XIX.
O Arquivo também pode ser acessado
através de um banco de dados do
Instituto, o qual já possui, na sua
memória, a quase totalidade do acervo
História e Geografia ou
Jornal do IHGB.
Atualmente, o Instituto
dispõe de um Arquivo, uma
Bilblioteca e uma Mapoteca
para consultas, além de um
Museu e uma Pinacoteca.
Todo este acervo oferece
ao genealogista uma imensa
e preciosa fonte de material
para as suas pesqUIsas;
senão, vejamos:
• Biblioteca - com mais
de 500 mil volumes, contém inúmeras
publicações genealógicas, além de
coleções de periódicos do IHGB e de
institutos congêneres (arquivadas na
Sala de Consultas e manuseadas sem
formalidades), com muitos trabalhos
genealógicos e biográficos.
• Arquivo - um dos melhores do
País, deve ser consultado por fichas
dentro das diversas classificações -
• Museu e Pinacoteca - apezar de
menor
importância
para
os
genealogistas em geral, não o é para
pesquisadores de descendentes de
figuras de projeção nacional, os quais
poderão encontrar
enriquecedor
material para suas obras.
Os materiais do Arquivo, da
Bilblioteca e da Mapoteca são
solicitados
na Sala de
Consultas
- ampla, bem
iluminada
e mobiliada,
dispondo de ar-condicionado;
o atendimento
é cordial e
eficiente.
Para o ingresso, basta a
apresentação
de
um
documento de identidade na
portaria do Instituto.
INSTITUTO HISTÓRICO E
GEOGRÁFICO BRASILEIRO
da Instituição.
• Mapoteca - mais de 12 mil cartas
geográficas,
principalmente
do
território brasileiro, compõem esta
coleção, permitindo ao pesquisador
localizar vilas, cidades, caminhos e
outros dados indispensáveis
ao
conhecimento
do habitat
e da
mobilização de seus ancestrais.
Avenida Augusto Severo, 8 / 10°
andar
20.021-040 Rio de Janeiro, RJ
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CB G - Carta !Mensal 66
UNIVERSIDADE DO MINHO - PORTUGAL
NUCLEO DE ESTUDOS DE POPULAÇÃO E SOCIEDADE - SEÇÃO DE GENEALOGIAS
João Simões Lopes Filho
< http:/sarmento.eng.uminho.pt/-neps/genealogias.htm
>
A constituição formal do NEPS-Núcleo de Estudos de População e
Sociedade remonta ao ano de 1996, tendo sido criado na seqüência
natural de um processo lançado com o primeiro curso da área das
Ciências Sociais do Pólo de Guimarães da Universidade do Minho.
O objetivo consiste na reconstituição
das histórias de vida dos
elementos de uma comunidade, na investigação em demografia histórica,
para lançar as bases de uma nova história, superando o amadorismo do
historiador antiquário que, muitas vezes, transparece dos livros que
narram os anais das povoações. Uma história erguida sobre alicerces
de rigor científico para o conhecimento das raizes históricas e culturais,
baseado na reconstituição das paróquias.
1nformatização
Normalizada
de Arquivos, Reconstituição
de
Paróquias e História das Populações e Espaços Urbanos e Rurais:
Micro-Análise de Comportamentos Demográficos, de Mobilidades
Populacional e Social e Dinâmicas Culturais foram dois projetos básicos
desenvolvidos sobre os quais estão calcados os estudos subsequentes.
Dentro desta conceituação foram montados os bancos genealógicos
referentes às freguesias:
• Viana do Castelo - Freguesias de Romarigães com 3 324 nomes e
Meadela com 4 794 nomes
• Braga - Freguesia de Esporões com 13416 nomes
• Ilha do Pico - Açores - Freguesias de Ribeiras, com 16306, São
Mateus/São Caetano com 22 793, São João com 10 163, Lajes com
16290, Calheta do Nesquim com 8 396 nomes registrados.
• Famalicão - Freguesias de Ruivães com 11 638, Santo Adrião com
- 18575 e Avidos com 13 501 nomes registrados
~
• Ovar - Freguesia de Cortegaça com 17 860 nomes
• Guimarães - Freguesias de São Paio com 22 659 nomes, Oliveira
com 42656, São Sebastião com 32 493, Fermentões com 18 147,
Mesão Frio com 18 159, Ronfe com 14369 e Azurém com 9 159
nomes registrados
7. Celorico de Basto -Freguesias de Basto Santa Tecla com 10 750 e
Carvalho com 9169 nomes.)
O site vem sendo regularmente ampliado com a inclusão de novos
nomes e novas freguesias. Todos os nomes aparecem devidamente
entroncados fauúliarmente com todas as datas quando disponíveis ..
COMO PESQUlSAR
Primeiramente selecione a Freguesia, e depois que nova página se
abrir, clique em Aceder às Genealogias
A pesquisa pode ser feita por:
• PESSOA- que inclui as opções :
-nome apelido ou nome público ou alias ou apelido - busca o
nome inteiro, ou combinações de sobrenome.
-nome - busca apenas o primeiro nome, ou os primeiros nomes.
-apelido - busca apenas o último sobrenome
• TITULO:LUGAR
• LUGAR- APELIDO
• LISTADENOMESPRÓPRIOS.
Uma vez selecionado um indivíduo, podem ser obtidos:
Antepassados - Descendentes, sob forma de listagem ou de árvore Primos - Irmão precedente - Irmão seguinte.
Vale salientar que o banco de dados não usa preposições. Assim, se
quisermos pesquisar "José da Rosa Pereira", devemos digitar "Jose Rosa
Pereira". O programa faz uma busca ampliada que permite não apenas
ignorar acentuação (Jose ou José) como nome semelhantes (Manuel ou
Manoel).
TI;ta-se de um bil!1q5.cÍet!ados-::-;;liOSí~§i.tn9~'pi~iJ~:h-P,esguisa
sucessiva de vári~~,,:g~tàç6es' ~os-regist0.s:paTô'quiais de C!dallogar.
Para cada local~ 9á~co ff?,I.)asinclui ás pe~~bãs q~ n?fc~;"c~s~am,
ou morreram nestà frduesÜf; sem correlaclOnar com o'mdlvld'í;q liSIado
em outra
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