plano de curso - Faculdade de Arquitetura - UFBA

Transcrição

plano de curso - Faculdade de Arquitetura - UFBA
Serviço Público Federal
Universidade Federal da Bahia
FACULDADE DE ARQUITETURA
Coordenação Acadêmica
Endereço: Rua Caetano Moura, 121, Federação
CEP: 40.210-905 – Salvador / Bahia
Telefone: (071) 3283-5882 / E-mail: [email protected]
PLANO DE CURSO
Disciplina:
Arquitetura Contemporânea
Código:
ARQ023
Semestre letivo:
Carga horária:
2016.1
Turma:
68
T10100
T30300
Pré-requisito:
Horário:
Nenhum
07h00 às 08h50
13h00 às 14h50
Docente:
Junia Mortimer
Titulação:
Doutorado em Arquitetura (http://lattes.cnpq.br/8454192216516833)
Conhecimento desejável:
1. Ementa
Produção arquitetônica, urbanística, tecnológica, paisagística e artística dos principais movimentos a
partir da metade do século XX aos dias atuais. Principais correntes e métodos historiográficos.
Perspectivas críticas acerca do quadro histórico-cultural brasileiro no período. Metodologias de análise
do arquitetônico e do urbanístico.
2. Objetivos (Aprendizagem esperada dos alunos ao concluir a disciplina)
OBJETIVOS GERAIS:
Apresentar e discutir as produções arquitetônicas considerando aspectos sociais, econômicos, políticos e
culturais que atravessam a construção dos discursos da arquitetura.
Prover instrumentação teórica para análise, discussão e crítica de arquitetura.
Explorar a autonomia intelectual do estudante e abordar a experiência do espaço como processo de
emancipação de professor e aluno.
Promover espaço para o estudante desenvolver práticas autônomas de problematização, análise,
interpretação, tomada de decisões, formulações, prospecções, explorando um pensamento de natureza
relacional, importante para atualizar no mundo contemporâneo as narrativas relevantes que furaram o
tecido do real em termos de arquitetura, arte, e cidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Analisar a arquitetura contemporânea, a partir de 1945, como instância de construção de discursos e
narrativas que se costuram a condicionantes sociais, econômicos, políticos, culturais e tecnológicos
constituindo, assim, importante documento histórico, muitas vezes mediado por fotografias, ao arquitetourbanista.
Relacionar a habilidade dos estudantes para análise projetual arquitetônica, a partir de exercícios
gráficos, com a capacidade de contextualização do objeto arquitetônico.
Agenciar o aluno à leitura, interpretação e escrita de textos, de modo autônomo e reflexivo.
Agenciar o aluno à atividade de transformar o espaço por meio de um projeto coletivo para receber os
trabalhos finais (montagens).
Serviço Público Federal
Universidade Federal da Bahia
FACULDADE DE ARQUITETURA
Coordenação Acadêmica
Endereço: Rua Caetano Moura, 121, Federação
CEP: 40.210-905 – Salvador / Bahia
Telefone: (071) 3283-5882 / E-mail: [email protected]
3. Conteúdo programático Unidade 1 – CRISE – A crise do modernismo: continuidades e disjunções (1945 – 1970)
-TEAM X e a crítica ao Estilo Internacional. Críticas e revisões locais: continuidades e disjunções do
movimento moderno em Richard Neutra, José Antonio Coderch e Le Corbusier.
-Neo-brutalismo britânico. Alisson e Peter Smithson, James Stirling, Denys Lasdun. Revisões formas nos
EUA. SOM, Eero Saarinen e Louis Khan.
-Críticas e revisões locais: Carlo Scarpa e Giancarlo de Carlo (Itália), Luis Barragán e Legorreta
(México), Jörn Utzon (Dinamarca), Yoshiro Taniguchi (Japão).
-Experimentalismos e novo funcionalismos. Buckminster Fuller, Archigram (Plug-In Cities), Cedric Price
(Potteries Thinkbelt), Yona Friedman (Ville Spatiale), Metabolistas japoneses, Kisho Kurokawa, Constant
Nieuwenhuys (New Babylon), Superstudio (The Continuous Monument), Archizoom (No-Stop-City),
Haus-Rucker-Co’s.
-“Escolas paulista” (Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha, Lina Bo Bardi) e “escola carioca” (Oscar
Niemeyer, Lucio Costa, Affonso Reidy). Brutalismos brasileiros.
-Arte e arquitetura: o campo expandido da escultura, Rosalind Krauss. O interesse de artistas pela
experiência espacial do corpo. Rodin, Robert Smithson, Carl Andre, Ana Mendieta, Gordon Matta-Clark,
Yves Klein.
Unidade 2 – TEORIZAÇÕES – Teorias e contextos arquitetônicos das décadas de 1970 a 1990.
-­‐Arquiteturas do estruturalismo: Herman Hertzberger, Aldo van Eyck, Christopher Alexander, John Habraken. Texto: “Lições de Arquitetura” (1972), Herman Hertzberger. Do usuário ao morador, O intervalo. - Arquiteturas da fenomenologia – significado e lugar: Norberg-­‐Schulz, Kenneth Frampton, Juhani Pallasmaa, Peter Zumthor, Enric Miralles. -­‐Arquiteturas da tipologia: Aldo Rossi, a Escola de Veneza. BBPR. Giulio Carlo Argan. -Arquiteturas do cotidiano: o pop e o popular. Robert Venturi, Denise Scott-­‐Brown, Steve Izenour. Edward Ruscha. Andy Warhol, Stephen Shore. The New Topographics.
-Arquiteturas da abstração. Série Shhhhh. The Cooper Union. John Hejduk. Judith Turner. The Five Architects. Peter Eisenman. IAUS. Gordon Matta-­‐Clark. Oppositions. -­‐Arquiteturas historicistas. Rafael Moneo, Ricardo Bofill, Phillip Johson, Michael Graves. -­‐Arquiteturas da desconstrução: Bernard Tschumi, Frank Gehry, Daniel Lisbeskind, Coop Himmelblau, Zaha Hadid. -Regionalismo crítico: cultura local versus civilização universal. Kenneth Frampton. Alexander Tzonis, Liane Lefaivre. Álvaro Siza, Mario Botta, Antoine Predock. -­‐Contextualismo, colagem, montagem: Collin Rowe, Situacionistas, teorias urbanas. -­‐High-­‐Tech: funcionalismo e retórica. Renzo Piano, Norman Foster, Richard Rogers, Santiago Calatrava, Jean Nouvel, Herzog & de Meuron.
Unidade 3 – AMPLIAÇÕES – As expansões do campo arquitetônico: 1990 - 2015.
-Anthony Vidler, O campo expandido da arquitetura. Rosalind Krauss. Dan Granham, Richard Serra, Robert Smithson. Ideias de paisagem, analogias biológicas, novas exigências de programa e exploração interna da forma arquitetônica. UNStudio, MVRDV (paisagem). Greg Lynn (biológicas). Rem Koolhaas (programa). Toyo Ito (arquitetura diagramática). - A linguagem da máquina. Morphosis, Eric Owen Moss, Michael Sorkin, Neil Denari, Peter Pran, Asymptote, Bolles + Wilson, Rob Mothershed. Thomas Struth, Toisho Shibata, Edward Burtynsky. -­‐ Blob architecture, jelly-­‐fish architecture, blur architecture. Greg Lynn (FORM), Peter Eisenman, UNStudio (Ben van Berkel), NOX (Lars Spuybroek), Zaha Hadid, Vito Acconcci, Diller & Scofidio. Hiroshi Sugimoto. Textos: “Curvilinearidade arquitetônica: o dobrado (folded), o maleável (pliant) e o flexivel (supple)”, Greg Lynn (1993). -Ecologia, sustentibilidade: High Low Tech. Renzo Piano, Ken Yeang x Hundertwasser, Javier Senosiain. -Incursões pela arquitetura brasileira contemporânea. -Arquiteturas menores. Assemble (UK). Alejandro Aravena (Ch). Ocupações: Belo Horizonte, Salvador, Recife.
Serviço Público Federal
Universidade Federal da Bahia
FACULDADE DE ARQUITETURA
Coordenação Acadêmica
Endereço: Rua Caetano Moura, 121, Federação
CEP: 40.210-905 – Salvador / Bahia
Telefone: (071) 3283-5882 / E-mail: [email protected]
4. Metodologia
As aulas se organizam em torno de atividades de três naturezas: exposição, debate e orientação. As
aulas expositivas irão apresentar uma série de posições arquitetônicas, sistemas de trabalho e
estratégias interpretativas, desenvolvidas entre as décadas de 1950 e 2015, que serão explicitadas a
partir da discussão de casos arquitetônicos selecionados. Adotaremos um percurso cronológico ou
temático quando necessário. As aulas de debate acontecem a partir da discussão de textos previamente
selecionados, que devem ser lidos e analisados pelos estudantes anteriormente aos momentos de
debate. As aulas de orientação são dedicadas às atividades de orientação individual/coletiva para
realização dos trabalhos discriminados neste plano de curso.
5. Recursos
Espaço: Sala passível de apresentação de aulas e trabalhos com projeção em datashow
Pessoas: 01 professor, palestrantes convidados
Equipamentos: Projetor datashow, computador, multimídia
Didáticos: impressões de matriz de textos para discussão
6. Avaliação
Participação nas aulas, atividades e orientações.
Produção de caderno de desenhos.
Leituras e produção de textos críticos (artigo científico)
Entregas/apresentações programadas.
7. Bibliografia
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
COHEN, Jean-Louis. O futuro da arquitetura desde 1889. Uma história mundial. São Paulo: Cosac-Naify,
2013.
FRAMPTON, Kenneth; CAMARGO, Jefferson Luiz; CIPOLLA, Marcelo Brandão; FISCHER, Julio.
História crítica da arquitetura moderna. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
MONEO, Rafael. Inquietação teórica e estratégia projetual na obra de oito arquitetos contemporâneos.
Tradução Flávio Coddou. São Paulo: Cosac Naify, 2008. 368p.
MONTANER, Josep Maria. Depois do movimento moderno: arquitetura da segunda metade do século
XX. Barcelona: G. Gili, 2001. 271 p.
NESBITT, Kate. Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica (1965-1995). São Paulo: Cosac
Naify, 2006. 659p.
NORBERG-SCHULZ, Christian. Arquitectura occidental: la arquitectura como historia de formas
significativas. Barcelona: Gustavo Gili, 1973. 240p.
SYKES, A. Krista. O campo ampliado da arquitetura. Antologia teórica 1993-2009. São Paulo: CosacNaify, 2013.
VENTURI, Robert. Aprendendo com Las Vegas: o simbolismo (esquecido) da forma arquitetônica. São
Paulo: Cosac & Naify, 2003. 219 p.